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COOPERAÇÃO EUROPEIA
COM ÁFRICA
Verónica Silva
Coimbra - 2010
COOPERAÇÃO EUROPEIA
COM ÁFRICA
Trabalho de avaliação contínua no âmbito da unidade curricular
de Fontes de Informação Sociológica
Licenciatura em Sociologia, 1º ano
Ano Lectivo 2010/2011
Docente: Paulo Peixoto
Aluna: Verónica Rodrigues da Silva
Número: 2010135511
Imagem da capa:
http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.enterpriseeuropenetwork.
pt/info/cooperacao/PublishingImages/foto.jpg&imgrefurl=http://www.enterp
riseeuropenetwork.pt/info/cooperacao/Paginas/default.aspx&usg=__dBudFFs
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br&start=0&zoom=1&tbnid=57IJDsWruxKRBM:&tbnh=137&tbnw=183&prev
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TlDw&esq=1&page=1&ndsp=44&ved=1t:429,r:7,s:0
Índice
1. Introdução .................................................................................... 1
2. Conteúdos .................................................................................... 2
2.1 O Processo de Pesquisa das Fontes .............................................. 2
2.2 O Estado das Artes .................................................................... 3
2.2.1 A definição da problemática ................................................ 3
2.2.2 Conceitos fundamentais ...................................................... 3
2.2.3 Principais programas de cooperação da União Europeia em relação
a África ........................................................................................ 5
2.2.4 Razões da ajuda a África .................................................. 11
2.2.5 Formas de ajuda ............................................................. 13
2.2.6 Quais as consequências e riscos da cooperação Europa-África 14
3. Ficha de Leitura ........................................................................... 16
4. Avaliação de uma Página Web ....................................................... 20
5. Conclusão ................................................................................... 21
6. Referências Bibliográficas ............................................................. 22
Anexo I) Imagens relacionadas com o tema em questão
Anexo II) Texto suporte da Ficha de Leitura
Anexo III) Imagem da página de Internet avaliada
Cooperação Europeia com África
1
1. Introdução Neste trabalho, o tema abordado é a Cooperação Europeia com África.
Um tema actual e que, no fundo deveria ser do conhecimento de todos, uma
vez que estamos inseridos na Comunidade Europeia e se há riscos ou
vantagens desta cooperação, esses riscos e essas vantagens podem afectar-
nos a nós também.
Vou abordar duas ideias distintas, mas relacionadas entre si, a
cooperação com África em concreto e as barreiras existentes nessa
cooperação. A minha ficha de leitura não está inserida na minha
problemática, alargando um pouco os horizontes, para outra problemática
igualmente importante – os estudos Africanos.
Este trabalho é dirigido a todos aqueles que querem saber um pouco
mais sobre a acção da União Europeia perante o continente africano.
A realização do trabalho exigiu um estudo prolongado e uma dedicação
completa, de forma a ficar concreto e claro a todos.
Cooperação Europeia com África
2
2. Conteúdos
2.1 O Processo de Pesquisa das Fontes
Ao longo de todo este processo de pesquisa para um trabalho que
preencha as expectativas do docente, utilizei vários recursos para a pesquisa
de informação. A internet, sendo o recurso mais viável e prático foi uma das
minhas principais fontes, baseei-me nos motores de busca da Google, tanto
nas notícias como em sites oficiais e comerciais.
Para dar início à minha pesquisa, e para esta ser mais completa, usei
as palavras chave “cooperação europeia com África”, “cooperação”, “Europa
África” e “Europa”, na pesquisa avançada do motor de busca do Google.
Com as primeiras palavras chave não encontrei material algum que me
favorecesse o trabalho; apenas com a palavra “Europa”, e através do portal
da União Europeia, consegui encontrar algumas notícias e até mesmo
alguma informação pertinente.
Depois de várias pesquisas na internet e sem obter grandes resultados
decidi recorrer à Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de
Coimbra, onde tentei ao máximo tirar algum partido para a pesquisa. Então
procurei através da biblioteca on-line da faculdade até conseguir algo que se
enquadrasse com o tema do meu trabalho, baseei-me então em alguns
livros relacionados com África e mesmo a cooperação entre o continente
africano e europeu e em revistas críticas de ciências sociais.
Foi através dos livros encontrados na biblioteca que fiz grande parte
do trabalho, utilizando depois alguns artigos de jornais electrónicos e outras
páginas de internet para completar o restante.
Cooperação Europeia com África
3
2.2 O Estado das Artes
2.2.1 A definição da problemática
Depois de pesquisar várias fontes e ao deparar-me com certos
materiais, concluí que para o meu tema poderia haver várias problemáticas.
Desde a questão da saúde, da educação (problemática que vou referenciar
apenas na ficha de leitura), da política, entre muitos outros. Mas um dos
temas que mais me cativou foi a ajuda para o desenvolvimento, uma vez
que estamos a falar de um país subdesenvolvido – África - com grande
diversidade étnica, cultural e política e onde as condições de pobreza são
claramente visíveis.
Mas para um melhor entendimento destas matérias resolvi, num passo
inicial, falar um pouco das relações específicas de cooperação entre a Europa
e África – Quais os principais programas de cooperação?. Numa segunda
fase, e como já referi, pretendo falar das barreiras na cooperação para o
desenvolvimento – Quais as razões e formas de ajuda e respectivas
consequências e riscos?”.
2.2.2 Conceitos fundamentais
A cooperação é o acto de cooperar, ou seja, trabalhar em comum com
outrem na mesma obra. A cooperação entre a Europa e a África é um sub-
produto da Nova Ordem Económica Internacional e inclui a transferência de
recursos de um país para outro a fim de promover o desenvolvimento do
país receptor. (Wikipédia, 2010) O continente africano é o mais pobre de
todos, com mais problemas de subnutrição, analfabetismo, baixa expectativa
de vida, etc. O subdesenvolvimento, os conflitos entre povos e as enormes
desigualdades sociais internas, são o resultado das grandes modificações
introduzidas pelos colonizadores europeus. (Público, 2007)
Cooperação Europeia com África
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A III Cimeira África-Europa, realizada em Tripoli (Líbia) no dia 2 de
Dezembro de 2010, recomendou o contínuo reforço da parceria estratégica
entre os dois continentes. Foi reforçada a parceria Europa-África, não em
termos de ajuda ao desenvolvimento, de doador-necessitado, mas em
termos de se encontrar soluções para melhores investimentos e comércio na
África e na Europa. Valorizou-se a cooperação recíproca e reafirmou-se o
interesse dos dois continentes "trabalharem juntos para objectivos comuns"
(Barroso in Jornal@Verdade, 2010), priorizando "a paz, sem a qual não se
pode falar de desenvolvimento" (Barroso in Jornal@Verdade, 2010). Decidiu-
se pela cooperação na prevenção de conflitos, na promoção da paz e da
estabilidade, combate ao terrorismo, gestão de catástrofes, fome e pobreza.
A boa governação e a organização administrativa, a consolidação da
democracia e o respeito pelos direitos, investimentos em infra-estruturas,
produção alimentar e alterações climáticas são outras áreas nas quais se
deverá entender a cooperação.
Sob o tema Investimento, Crescimento Económico e Criação de
Emprego, os líderes europeus e africanos discutiram sobre a paz e
segurança, governação e direitos humanos e emigração, mobilidade e
criação de emprego. Debateram também a integração regional, infra-
estruturas, tecnologia de informação e desenvolvimento do sector privado,
energia e alterações climáticas e objectivos de desenvolvimento do milénio,
agricultura e segurança alimentar.
Antes desta cimeira já tinham ocorrido duas, a primeira cimeira no
Cairo (Egipto), em 2000, e a segunda em Dezembro de 2007, em Lisboa
(Portugal). (@Verdade, 2010)
Cooperação Europeia com África
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2.2.3 Principais programas de cooperação da União
Europeia em relação a África
Se existe uma relação quase íntima entre a Europa e a África é devido
a factores geográficos, históricos, económicos e culturais; uma vez que a
África é ameaçada pela fome, pobreza, doenças e subdesenvolvimento que
podem originar guerras internas e intervenções externas, logo os
continentes vizinhos e até mesmo o mundo inteiro sentem a necessidade de
agir. Se a África estiver numa situação explosiva a Europa fica vulnerável,
daí a cooperação entre estes dois continentes.
O continente africano só ganha vantagem em manter e alargar os
laços com a Europa, mais propriamente a Europa Ocidental e foi neste
contexto que nasceu o processo de relacionamento, consolidação e
desenvolvimento da política de ajuda comunitária à Àfrica.
Com o alargamento da Comunidade Económica Europeia e a
necessidade de manutenção de relações comerciais estáveis entre as regiões
desenvolvidas e subdesenvolvidas do globo, torna-se imperioso incrementar
mudanças na política comunitária, é assim que surge o Sistema de
Preferências Generalizadas, destinado a favorecer a política de ajuda
alimentar junto da CEE. Assim negociou-se um acordo geral de cooperação
envolvendo matérias nos domínios comercial, financeiro e técnico. Como
consequência desta relação nasceu a convenção de Lomé que também
resultou do aprofundamento do espírito da convenção de Yaoundé1. A
convenção de Lomé baseou-se nos seguintes pressupostos:
• cooperação fundada nos princípios do respeito pelas opções políticas e
económicas de cada Estado envolvido;
1Foi um acordo de intercâmbio comercial e cooperação assinado em Yaoundé, Camarões entre a CEE e inicialmente as 18 ex-colónias europeias em 1963.
Cooperação Europeia com África
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• cooperação segura e sustentável que deve surgir de um contrato
negociado de forma livre;
• cooperação global e integrada, envolvendo a ajuda a todos os
domínios sociais e económicos;
• existência de diálogo permanente entre as instituições fundamentais
do processo: Conselho de Ministros ACP2/UE; Comité de
Embaixadores; e Assembleia Paritária ACP/UE.
Noutro sentido a cooperação comunitária, considerada de âmbito
multilateral, tem amplas vantagens sobre a cooperação de âmbito bilateral,
está implementada entre cada estado-membro da UE e cada estado-membro
do grupo ACP. De todas as vantagens, as que mais se destacam são:
• as ajudas concedidas no âmbito de Lomé, na sua maioria por
donativos, não oneram a dívida dos países beneficiários;
• o modelo institucional de Lomé, por ser paritário e equilibrado, não
tem paralelo nas relações Norte-Sul;
• o carácter plurianual da ajuda atribuída pela Convenção funciona como
garantia política para os países ACP e permite um quadro estável para
a Comunidade gerir a sua política de cooperação; a relação UE/ACP é
eminentemente de natureza contratual, o que favorece os interesses e
as reivindicações dos países ACP;
• grande transparência de todo o processo de cooperação UE/ACP;
• por não estar vinculada a qualquer interesse nacional e particular, a
Convenção passou a ser um instrumento relevante na articulação
entre a política comunitária e a política bilateral de cada um dos seus
estados-membros no que respeita à cooperação;
• a Convenção nunca permitiu o financiamento de armamento nem a
ajuda política a alguns dos países ACP;
2África, Caraíbas e Pacífico. A convenção de Lomé debruça-se sobre estes três países em conjunto.
Cooperação Europeia com África
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• Lomé permitia ainda criar os meios necessários à cooperação regional,
colocando assim a Comunidade na liderança da ajuda estrutural.
De seguida vou fazer uma breve análise das quatro versões de Lomé,
que primeiramente tinham o objectivo de financiar projectos de hospitais e
escolas e apenas o Lomé IV agiu de forma diferente definindo projectos de
enquadramento no âmbito de políticas sectoriais e sendo um instrumento
institucional e oficial da cooperação europeia. (Monteiro, 2001a)
Lomé I
Lomé I foi assinada em 1975, tinha uma vigência de 5 anos e faziam
parte 46 países da ACP, na sua maioria países do continente africano.
Esta convenção abandonou o princípio da reciprocidade (presente em
Yaoundé I e II) e passou a incrementar um princípio baseado na aceitação
das desigualdades de desenvolvimento entre a CEE e a ACP. Ficou também
marcada uma evolução em relação a Yaoundé, umas vez que os países
passaram a ser parceiros da CEE, beneficiando assim dos produtos tropicais
dos ACP de isenção de direitos aduaneiros e de ausência de restrições
quantitativas.
Porém, estas intenções nem sempre foram respeitadas, o sector
comercial foi o mais afectado uma vez que houve uma diminuição acentuada
do espaço do mercado comunitário ocupado pelos produtos tropicais. Além
disto, a aceitação do princípio das desigualdades de desenvolvimento ter
criado um desequilíbrio comercial, favorecendo sempre as economias mais
fortes e desenvolvidas da Comunidade, uma vez que deveria ter ocorrido
precisamente o contrário. Então criou-se o sistema Stabex – Sistema de
Estabilização das Receitas de Exportação dos países ACP e dos PTU3, que
3Países e Territórios Ultramarinos.
Cooperação Europeia com África
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tinha o objectivo de estabilizar as receitas de exportações de produtos
agrícolas. (Monteiro, 2001a)
Lomé II
Foi assinada em 1979, mas só entrou em vigor em 1980 e teve
também uma vigência de 5 anos.
A agricultura foi um ponto em vista desta Convenção, bem como os
países menos desenvolvidos do interior e insulares (Cabo Verde, Guiné
Bissau e São Tomé e Príncipe). O sistema Sysmin – Sistema de Estabilização
das Receitas de Exportação de Produtos Minerais, veio com esta segunda
Convenção e consistia em garantir um financiamento especial para todos os
produtos minerais4 dos ACP e PTU e envolvendo a modernização de toda a
actividade extractiva. Os seus principais objectivos eram:
• ajudar a manutenção das capacidades de produção dos centros de
extracção mineira, através de ajuda técnica e de financiamento de
programas do sector mineiro;
• contribuição técnica e financeira, atendendo ao desenvolvimento de
novos recursos mineiros e energéticos dos Estados ACP. (Monteiro,
2001a)
Lomé III
Esta convenção foi assinada em 1985 e haveria de durar até 1989.
Ficou marcada pela adesão de Portugal e Espanha à CEE e pela Angola e
Moçambique ao espaço ACP. As negociações que antecederam Lomé III
foram bastante difíceis e duras porque a conjuntura internacional da época
era desfavorável pelas seguintes razões:
4Cobre, cobalto, fosfatos, manganês, estanho, bauxite, alumínio, pirites de ferro e minério de ferro aglomerado. Em Lomé IV o ouro e o urânio passam a ser produtos beneficiados por este sistema, embora o petróleo, o gás natural e os minerais raros nunca chegaram a ser abrangidos por este sistema.
Cooperação Europeia com África
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• impasse no diálogo Norte-Sul e o consequente aumento do fosso entre
as duas regiões;
• elevado número de Estados participantes nas negociações, o que
dificultou o processo negocial;
• grande desencanto resultante do balanço feito, naquela época, sobre a
cooperação entre a CEE e os países ACP;
• crise na economia internacional e consequente diminuição das
transferências APD, colocando na ordem do dia dos debates as
vantagens e as desvantagens dos diversos tipos de ajuda.
Para concretizar os seus propósitos, Lomé III, utilizou os seguintes
instrumentos:
• acesso livre ao mercado comunitário da quase totalidade dos produtos
exportados pelos ACP, elemento fundamental porque cerca de 40% do
comércio externo dos países ACP era feito com a CEE;
• rendimento mínimo garantido aos ACP, no que respeita à exportação
dos produtos de base, por via do funcionamento dos sistemas Stabex
e Sysmin;
• fomento da cooperação industrial e agrícola por intermédio de dois
centros de cooperação fundamentias: o Centro de Desenvolvimento
Industrial e o Centro Técnico de Cooperação Agrícola;
• reforço do sector humano, através da valorização dos recursos
humanos, do reforço da identidade cultural de cada país e ainda do
apoio a trabalhadores e estudantes emigrados na Europa;
• reforço da dotação global. (Monteiro, 2001a)
Lomé IV
A última versão da Convenção entrou em vigor em 1991 e esteve em
vigência até 1999, foi única, uma vez que teve uma vigência de 10 anos.
Houve mais algumas adesões ao espaço ACP, contando já com 71 países.
Cooperação Europeia com África
10
Esta Convenção foi marcada pelo Tratado de Maastricht, que
consagrou uma política institucional comunitária de cooperação; além de que
houveram algumas inovações em Lomé IV:
• pela primeira vez, há a possibilidade do acordo ser denunciado ou
suspenso se uma das partes não respeitar os direitos humanos, o
Estado de direito ou a democracia, com a particularidade de serem os
Estados ACP a poderem tomar esta iniciativa em relação ao parceiro
que não respeite os compromissos;
• a Convenção traduz a tendência e a mentalidade que se manifestam
no Ocidente: em virtude do modelo ocidental de desenvolvimento ter
vencido há que o implementar noutras regiões.
De uma forma geral, Lomé IV privilegiou os domínios do
desenvolvimento agrícola e rural, do desenvolvimnto industrial e dos
serviços, a cooperação cultural social e regional e com um pouco mais de
ênfase, as questões culturais.
Ocorreram também algumas inovações através desta Convenção:
• no plano da cooperação comercial, que se traduz fundamentalmente
pelo princípio, não recíproco, do livre acesso dos produtos ACP ao
mercado comunitário, estão previstas isenções de direitos aduaneiros
ou de taxas de efeitos semelhantes. Foi ainda alargado a quase todos
os produtos ACP o regime preferencial de acesso ao mercado europeu,
como foram igualmente alargados os calendários de concessão
tarifária e alargadas as quotas de alguns produtos. Apesar destes
alargamentos há produtos que gozam de regimes especiais que se
traduzem em protocolos anexos ao texto da Convenção (rum,
bananas, açúcar e carne de bovino);
• em relação à cooperação de produtos de base, agrícolas e minerais,
destaca-se o papel do Stabex, que nesta Convenção viu as suas
Cooperação Europeia com África
11
transferências transformadas em autênticos subsídios e sem
necessidade de reembolso;
• na cooperação financeira e técnica destaca-se um vasto conjunto de
programas e projectos de desenvolvimento. Neste contexto, é de
ressaltar o grande esforço de revitalização do sector privado através
de um contacto mais estreito entre empresários dos ACP e da UE,
criando-se condições para a formação e diversificação de pequenas e
médias empresas. (Monteiro, 2001a)
2.2.4 Razões da ajuda a África
Razão Humanitária: pela dinâmica e complexidade dos fenómenos
sociais, políticos e económicos do Sul, este aspecto conjuntural e temporário
tende a tornar-se estrutural e permanente. Por uma questão de dignidade,
ética e moral, é reprovável que estas situações de carência continuem nos
países do Sul, portanto a motivação humanitária da ajuda ganha cada vez
maior dimensão.
Razão Política: esta razão associou-se aos interesses que as antigas
metrópoles tinham e têm nas suas ex-colónias. A opinião pública está muito
sensibilizada para as questões da cooperação, independentemente da
ideologia e da postura dos governos em exercício, a ponto de esperarem e
exigirem do seu país forte empenhamento na ajuda. Em termos de política
externa, ajudar também quer dizer presença política, influência económica e
até cultural nas regiões receptoras.
Razão estratégico-militar: a presença de um país dador pode ser
uma forma estratégica no âmbito da política internacional. Esta situação
ocorreu muitas vezes no período da guerra fria, associando-se ao esforço
humanitário do Ocidente, em matéria de política externa. A ideia não era o
modelo de uma sociedade política ideal nas regiões receptoras de ajuda,
mas sim a criação de sociedades africanas onde os alicerces residam no
Cooperação Europeia com África
12
cidadão, indo muito para lá da simples intenção de enfrentar o comunismo
na África.
Razão económica: a ajuda pós-independência tem sido importante
uma vez que as economias locais tiveram de se diversificar, modernizar e
abrir ao exterior, havendo portanto a necessidade de aumentar a sua
capacidade organizativa e concorrencial. Esta ajuda iria beneficiar o Norte,
dado que as suas empresas estavam habituadas a operar em África com os
proteccionismos derivados dos pactos coloniais.
Razão da paz e segurança mundiais: a ajuda não garante a riqueza
nem o bem-estar das regiões receptoras; apenas assegura um nível mínimo
de vida que poderá ser a fronteira entre a paz e a conflitualidade, entre a
segurança e a segurança locais e regionais e até a estabilidade das relações
Norte-Sul. Actualmente, esta questão está associada ao
subdesenvolvimento, à divisão Norte-Sul relacionada com o binómio
desenvolvimento/subdesenvolvimento e com os problemas raciais e
xenófobos daí resultantes. A intervenção do Ocidente na África tem sido
orientada de forma a conter os conflitos regionais africanos saídos dos
processos de independência e também no sentido de fomentar a segurança
regional, uma vez que os conflitos fronteiriços e inter-étnicos têm sido uma
constante no continente.
Interdependência Norte-Sul: os fenómenos são cada vez mais
globalizados e globalizantes, de maneira que o desenvolvimento não é
apenas um problema do Sul mas de todo o planeta, por isto, não é possível
desenvolver um projecto durável sem ter em conta os efeitos da
globalização, sinteticamente, o futuro do Norte depende do modo como se
resolve o problema do Sul, interessando assim tanto aos doadores como aos
receptores. As interdependências mais importantes são a económica
(globalização da economia, grau de abertura do mercado), demográfica
Cooperação Europeia com África
13
(fluxos migratórios do Sul para o Norte) e ambiental (existe apenas um
Planeta, para recursos finitos, se há problemas ligados à Terra, então são
problemas globais). (Monteiro, 2001b)
2.2.5 Formas de ajuda
Quanto à origem ou fonte, a juda pode ser bilateral,
multilateral ou multibilateral: 1. a ajuda bilateral caracteriza-se pela
relação directa entre o país doador e o país beneficiário, esta é a forma de
ajuda preferida pelos países doadores, pois conseguem subordinar os seus
próprios interesses; 2. a ajuda multilateral mantém a fonte controlada pelo
país doador, mas o canal de transmissão de ajuda, a responsabilidade e o
controlo cabem a uma entidade intermediária que desfruta de grande
autonomia em relação aos seus países membros; 3. a ajuda multibilateral é
a que se verifica quando um determinado país doador fornece a certo
organismo multilateral recursos para serem utilizados num objectivo
específico e bem definido.
Quanto à condicionalidade da ajuda estabelecida entre o país
doador e o beneficiário, existe a ajuda ligada e não-ligada: 1. a ajuda
ligada caracteriza-se pelo facto do país doador fazer depender a sua APD da
observância de certas condições ou critérios, ou seja, haverá APD sob a
condição de os equipamentos necessários serem adquiridos no país doador,
ou mesmo a determinadas empresas desse país; 2. a ajuda não-ligada não
tem qualquer condição ou restrição à sua concessão. O país beneficiário é
livre de procurar no mercado os bens e serviços de que necessita e que pode
adquirir das ajudas que recebeu.
Quanto ao objectivo ou destino, a ajuda pode ser dirigida a
projectos ou programas: 1. a ajuda a projectos destina-se a uma
actividade ou a um conjunto de actividades cujos resultados são previsíveis;
2. a ajuda a programas destina-se à actividade social de um país,
Cooperação Europeia com África
14
considerado este no seu todo. Esta forma de ajuda a programas torna-se
mais eficaz e é mesmo a preferida pelos organismos multilaterais.
Quanto à natureza ou conteúdo, a ajuda pode ser financeira de
emergência, alimentar e de assistência técnica: 1. a ajuda financeira
envolve apenas a transferência de recursos financeiros, podendo ser sob a
forma de donativos, ou de empréstimos ou créditos de ajuda. Os países
receptores preferem os donativos e os doadores e os organismos
multilaterais os créditos de ajuda; 2. a ajuda de emergência são as
operações de socorro imediato em situações difíceis vividas pelos países
receptores; 3. A ajuda alimentar pode associar-se à ajuda de emergência e
há uma possibilidade de os alimentos serem vendidos no mercado local. Os
fundos de contrapartida, os que são obtidos dessa venda, são canalizados
para o financiamento de projectos ou programas sectoriais de
desenvolvimento. Do lado pessimista, a ajuda alimentar pode gerar críticas e
até efeitos perversos não esperados nos países beneficiários. Tanto a ajuda
de emergência como a ajuda alimentar são de carácter humanitário de curto
prazo e tendem a extinguir-se a vários países do Sul; 4. A assistência
técnica caracteriza-se pelo fornecimento de pessoal técnico especializado
para assessorar certa área ou projecto específico. Esta ajuda pode envolver
o fornecimento de recursos tendentes à formação nos domínios da educação
e da formação profissional, ou ainda o fornecimento de equipamentos
necessários ao funcionamento dos serviços de assessoria e de formação
assim prestados. (Monteiro, 2001b)
2.2.6 Quais as consequências e riscos da cooperação
Europa-África
Tal como em tudo, a ajuda não tem só defensores ou só benefícios,
tem também alguns críticos e alguns efeitos não desejados ao
desenvolvimento dos povos. Alguns são da opinião que a ajuda gera uma
Cooperação Europeia com África
15
dependência económica e política no país receptor. Também existem alguns
países doadores que pensam que estão a fazer um favor aos países
carenciados de ajuda, o que dificulta o que deveria ser a ajuda em concreto:
desinteressada, criteriosa, eficaz, humanitária a até mesmo moral em certos
casos.
Os riscos que esta cooperação comporta são:
• a ajuda pode ser interpretada como uma forma de neo-colonialismo,
ou seja, de forma a haver interesse de uma das partes apenas;
• se a ajuda for mal enquadrada e mal acompanhada, incita a
manutenção de regimes políticos locais corruptos e até mesmo
conflitos armados;
• a ajuda apenas pode perpetuar a miséria e a dependência;
• nos dias de hoje há uma opinião geral de que a actual situação do
Terceiro Mundo se deve à ajuda externa. (Monteiro, 2001b)
Cooperação Europeia com África
16
3. Ficha de Leitura Título da Publicação: Revista Crítica de Ciências Sociais
Local onde se encontra: Biblioteca da Faculdade de Economia da
Universidadde de Coimbra e do Centro de Estudos Sociais
Data de publicação: Março de 2008
Local de edição e editora:Coimbra, Imprensa do Centro de Estudos
Sociais da Universidade de Coimbra
Título do artigo: “Conhecimnto de África, conhecimento de Africanos: Duas
perspectivas sobre os Estudos Africanos”
Autor:Paulin J. Hountondji
Assunto: Os estudos africanos
Palavras-chave: África; Educação; Estudos.
Páginas: 149 - 160
Data de Leitura: Dezembro de 2010
Notas sobre o autor: Paulin Hountondji foi educado na École Normale
Supérieure, em Paris, graduou-se em 1966, e doutorou-se em 1970 (a sua
tese foi sobre Edmund Husserl). Após dois anos de ensino na França e na
República do Congo, aceitou um cargo na Universidade Nacional do Benin,
em Cotonou, onde ainda ensina como professor de Filosofia. Passou pela
política, tendo sido um destacado crítico da ditadura militar que governou o
seu país. Actualmente é diretor do Centro Africano de Estudos Avançados
em Porto-Novo e foi Professor Bingham de Humanidades.
Cooperação Europeia com África
17
Resumo/Argumento: O estudo da África é parte de um projecto que se
tem adquirido através do conhecimento controlado pelo Ocidente. Este
artigo afirma que as sociedades africanas devem ter noção das suas próprias
capacidades em termos de educação, de investigação e conhecimento.
Portanto, sugere aos investigadores africanos que comecem por fazer
pesquisas de África, o seu continente, e só depois do Norte.
Desenvolvimento: Várias disciplinas como a “história africana”, a
“antropologia e sociologia africana”, “política africana”, “filosofia africana”,
entre outras, de uma forma ou de outra estão relacionadas entre si. Se há
ligações especiais que unem as disciplinas, também há uma solidariedade
geral entre as ciências. Disciplinas como a informática, a física ou a filosofia
são também objectos de ensino e investigação para além dos próprios
estudos africanos. Os estudos africanos não são de todo africanos, uma vez
que se denota sempre uma perspectiva sobre África e não de África; além de
que os seus estudos não são desenvolvidos por africanos. Vários autores
partem do princípio de que os africanos não têm consciência da sua própria
filosofia, e devido a isso os analistas ocidentais traçam um quadro
sistemático da sua sabedoria. A filosofia é a disciplina considerada como a
mais autoconsciente por parte de muitos intelectuais africanos, então ela é
vista como uma descrição da mundivisão dos seus antepassados. O autor
defende que isto que se estava a fazer não era filosofia, mas sim
etnofilosofia – estavam a escrever um capítulo específico da etnologia que
visava estudar os sistemas de pensamento das sociedades habitualmente
estudadas pela etnologia. Paulin também diz que as monografias fazem
parte integrante da filosofia africana e que esta não é uma filosofia feita por
africanos.
Devido ao novo conceito de filosofia, houve uma distinção entre africanistas
e africanos no campo da filosofia. Os pensadores ocidentais deixaram de
poder ser vistos como pertencentes à filosofia africana, enquanto que as
Cooperação Europeia com África
18
obras dos seus pares africanos faziam parte da escrita africana; existe
também uma solidariedade temática entre a etnofilosofia africana e não-
africana.
A filosofia africana inclui escritos que criticam a etnofilosofia, o que
demonstra uma falta de unanimidade em África perante esta questão. O
conceito de ilusão unânime, dado pelo autor, diz-nos que a unanimidade ao
ser concordada por toda a gente pode ser vista como uma virtude ou como
algo perigoso.
No caso dos estudos africanos na Alemanha, há uma identidade própria.
Segundo o autor, a tradição alemã é a que se deve seguir em África: na
Alemanha fala-se na própria língua; as ideias são dirigidas ao público
alemão; as questõs debatidas dizem respeito à comunidade académica e são
partilhadas; ao debater questões endógenas, isso não leva a uma autarcia
científica nem a um autofechamento intelectual. Os académicos não-alemães
sentem necessidade de traduzir a sua discussão o mais rápido possível, já
que as discussões alemãs ganham importância facilmente na comunidade
científica global. Este modo de fazer investigação é autónomo e confiante,
enquanto o que se faz em África é precisamente o oposto. Os artigos
africanos são publicados fora de África, logo os africanos não os lêem e
quando se publica em África, as revistas académicas são mais lidas fora do
que dentro de África. Conclui-se assim que a actividade científica africana é
extravertida – orientada para o exterior, são respostas aos do Ocidente. Ao
serem usadas línguas europeias só confirma esta ideia, o que se torna mais
difícil para os africanos uma vez que eles não percebem a língua usada; os
poucos que percebem acabam por não poder participar principialmente na
discussão uma vez que os estudos não são direccionados a eles.
Conclusão: Nos dias de hoje já há uma melhor educação em África, no que
toca à existência de universidades, centros de investigação, excelentes
Cooperação Europeia com África
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cientistas, entre outros; mas o alcance do objectivo final ainda se encontra
longe de realizar: “um processo autónomo e autoconfiante de produção de
conhecimento e de capitalização que nos permita responder às nossas
próprias questões e ir ao encontro das necessidades tanto intelectuais como
materiais das sociedades africanas.” (Hountondji, 2008). Para que tal
aconteça seria necessário a formulação de problemáticas originais com base
na experiência africana.
Perante tudo isto os chamados estudos africanos não têm o mesmo
significado em África e no Ocidente. Os investigadores africanos devem ter a
capacidade de desenvolver estudos com base em África e com a ajuda dos
académicos não africanos, de forma a determinar uma agenda de
investigação. Também ajudava o facto de haver acontecimentos em África
de modo a fazê-la conhecer ao mundo.
Principais autores citados: Houtondji, Tempels, Probst, Taiwo.
Referências histórico-culturais: África, Guerra-fria, Alemanha.
Recursos de estilo e linguagem: numa fase inicial - linguagem um pouco
complexa, com termos difíceis e desconhecidos da minha parte; a parte final
está mais clara e compreensível.
Conceitos, temas e problemáticas: África num contexto global; Os
estudos/investigações africanos; Relação Ocidente-África; Relação Mundo-
África.
Cooperação Europeia com África
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4. Avaliação de uma Página Web A página web que eu escolhi encontra-se em anexo e através do link
http://europa.eu/pol/hum/index_pt.htm. Esta página pertence ao portal da
União Europeia, cujo nome é Europa. Consultei a página na língua
portuguesa, mas pode ser também consultada em muitas outras línguas.
Para aceder à informação que pretendia, cliquei no link dos Domínios
de Intervenção pertencente aos Domínios e actividades. Então houve ligação
para outra página, onde escolhi a Ajuda humanitária, apartir deste link tirei
um gráfico de ajuda para o meu trabalho.
A página tem um acesso facilitado a: A UE; Políticas e actividades;
Viver na UE; Participe!; Publicações e documentos; Média. Estes links
encontram-se na totalidade da página e incluem vários subtemas de forma a
facilitar a pesquisa. Não é necessário qualquer programa para abrir algum
dos links, bastando apenas o acesso à internet.
O conteúdo da página é essencial para uma pesquisa eficaz; tem uma
boa integridade de informação, uma vez que tem o objectivo de informar
qualquer pessoa das suas matérias. Suponho que seja uma página
fidedigna, pois relata mesmo que é o portal oficial da União Europeia. A
informação é anónima e o grau de actualização parece-me ser recorrente.
Não acho que seja uma página muito original, mas é concisa. Respeita o
critério da amigabilidade, pois tem uma fácil navegação. É uma página
interactiva, pois remete-nos para outras páginas.
Fiz portanto uma avaliação positiva desta página, apesar de não ter
recorrido muito a ela para a realização do trabalho, mas já foi usada por
mim e penso que irá ser usada mais vezes para outro tipo de trabalhos. É
fácil de navegar e aceder e o facto de estar em português facilita bastante.
Cooperação Europeia com África
21
5. Conclusão Na elaboração deste trabalho encontrei sérias dificuldades.
Inicialmente na escolha do tema, a princípio pensei elaborar o trabalho sobre
a Internet e a liberdade de opinião, depois de fazer alguma pesquisa tanto
em internet, como em bibliotecas e sem encontrar material suficiente
desisti, optando portanto por este tema.
Recomeçando novamente, agora sobre a cooperação europeia com
África, concluí que também não era só através da internet que me podia
basear para fazer o trabalho. Pesquisei em vários livros encontrando
posteriormente algum material. Depois deste recolhido, outra dificuldade
encontrada foi a definição da problemática, uma vez que existiam várias
matérias por onde me podia debruçar, mas nenhuma delas inteiramente
ligada com o tema em questão. Acabei, por definir duas problemáticas e
trabalhar sobre elas.
Foi-me um pouco difícil a interpretação de certos textos e até mesmo
do artigo da ficha de leitura. Tentei simplificar ao máximo e exprimir a
minha ideia de forma natural e concisa.
Apesar destas dificuldades, considero ter tido algumas vantagens no
que toca à estruturação do trabalho em si, delimitei logo de início as minhas
ideias e organizei de forma a facilitar o trabalho.
No final do trabalho consegui compreender todas estas problemáticas
relacionadas com a cooperação e aprendi a fazer uma ficha de leitura mais
completa, assim como uma página de internet avaliada que me era
completamente desconhecido. Em relação à referenciação bibliográfica,
também não tive qualquer dificuldade, pois já fiz noutros exercícios e
aprendi com os meus próprios erros.
Cooperação Europeia com África
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6. Referências Bibliográficas Fontes bibliotecárias
Araújo, Sara (2008), “Pluralismo Jurídico em África”. Revista Crítica de
Ciências Sociais, 83, 121-139.
Hountondji, Paulin J. (2008), “Duas perspectivas sobre os estudos
Africanos”. Revista Crítica de Ciências Sociais, 80, 149-160.
Monteiro, Ramiro Ladeiro (2001a), “Relações Específicas de Cooperação
entre a Europa e a África”, in Ramiro Ladeiro Monteiro, A África na Política
de Cooperação Europeia. Universidade Técnica de Lisboa: Instituto Superior
de Ciências Sociais e Políticas, 119-152.
Monteiro, Ramiro Ladeiro (2001b), “A Problemática da Ajuda e da
Cooperação para o Desenvolvimento”, in Ramiro Ladeiro Monteiro, A África
na Política de Cooperação Europeia. Universidade Técnica de Lisboa:
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 63-80.
s. a. (2005), Os Desafios das Relações Europa-África: uma agenda de
prioridades. Lisboa: Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais (IEEI).
Fontes electrónicas
@Verdade (2010), “África e Europa reafirmam prosseguimento de
cooperação estratégica”, 02 de Dezembro. Página consultada a 23 de
Novembro de 2010, acedido em
http://www.averdadeonline.com/internacional/15828-africa-e-europa-
reafirmam-prosseguimento-de-cooperacao-estrategica.
EUROPA – O portal da União Europeia (2010), “Ajuda Humanitária”. Página
consultada a 1 de Dezembro de 2010, acedido em
http://europa.eu/pol/hum/index_pt.htm.
Cooperação Europeia com África
23
Eurostat (s. d.), “File:Africa-EU - Per capita - Gross Domestic Product (GDP)
at current prices in 2005, 2007 and 2008 (in EUR).Página consultada a 15 de
Novembro de 2010, acedido em
http://epp.eurostat.ec.europa.eu/statistics_explained/index.php?title=File:Af
rica-EU_-_Per_capita_-
_Gross_Domestic_Product_%28GDP%29_at_current_prices_in_2005,_2007
_and_2008_%28in_EUR%29.png&filetimestamp=20100722124616.
Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais (2003), “Os Desafios das
Relações Europa-África”. Página consultada em 12 de Novembro de 2010,
acedido em http://www.ieei.pt/files/BackgroundDocument_PT.pdf.
Público (2007), “Cimeira UE-África: Sócrates diz que foram cumpridos
«todos os grandes objectivos»”, 19 de Dezembro. Página consultada a 23 de
Novembro de 2010, acedido em
http://dossiers.publico.pt/noticia.aspx?idCanal=2218&id=1313223.
United Nations Statistics Division (2010), “Progression of the 2010 Census
Round”. Página consultada a 15 de Novembro de 2010, acedido em
http://unstats.un.org/unsd/demographic/sources/census/2010_PHC/Census
ClockMore.htm.
Wikipédia (2010), “África”. Páfina consultada a 1 de Dezembro de 2010,
acedido em http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica.
Anexos
Anexo I)
Imagens relacionadas com o tema em questão
Figura 1 – Ajuda Humanitária da União Europeia em 2007 (Europa, 2010)
Figura 2 – Produto Interno Bruto a preços correntes (euros) (Eurostat, (s.d.))
Anexo II) Texto suporte da Ficha de Leitura
Anexo III)
Imagem da página de Internet avaliada
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