View
20
Download
0
Category
Preview:
DESCRIPTION
Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Organização Industrial Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto. Objetivo da Disciplina. - PowerPoint PPT Presentation
Citation preview
Curso: Engenharia de ProduçãoDisciplina: Organização Industrial
Prof. Luis Roberto de Mello e Pinto
Prof. Luis R.M.Pinto2
Objetivo da Disciplina
Apresentar ao aluno as diversas estruturas de métodos, processos e avaliação dos tempos dentro da organização, além de definição de lay outs e movimentação dentro da indústria, capacitando-o para o entendimento e gerenciamento da mesma.
Prof. Luis R.M.Pinto3
Bibliografias renovadas
Bibliografia Básica
1. ZILSTRA,K. D. Distribuição Lean, porto alegre. Bookman, 2008 2. WOMACK, J.P. et al. A Máquina que Mudou o Mundo. 3. ed. Rio
de Janeiro: Campus, 1992. 3. Rocha, D. R., 2008, Gestão da Produção e Operações, Rio de
Janeiro, Ed. Ciência Moderna . 4. Rodrigues, P.S.A., 2007, Gestão Estratégica da Armazenagem,
2ª ed., São Paulo, Ed. Aduaneiras.
Bibliografia Complementar
1. Zilstra, K.D., 2008, Distribuição Lean, Porto Alegre, Bookman
Prof. Luis R.M.Pinto4
Avaliação
2 provas (1 por bimestre), ou Trabalhos Freqüência Mínima: 75%
(onde N1 e N2 são as médias bimestrais e MS é a média semestral)
5
3221
NNMS
Prof. Luis R.M.Pinto5
Avaliação
MS >= 70 e freqüência > 75% - Aprovado 35 > MS >70 – Exame Final MS < 35 – Reprovado Freqüência < 75% - Reprovado
Prof. Luis R.M.Pinto6
Avaliação
5
23
EFMSMF
MF = Média FinalMS = Média do semestreEF = Nota do Exame Final
MF > 50 - Aprovado
Prof. Luis R.M.Pinto7
Horário de Aula
Terças das 21:00 as 22:40
Quartas das 19:00 as 20:40
Prof. Luis R.M.Pinto8
Ementa da disciplina
Noções básicas de organização. (da produção em massa para a produção enxuta)
Processo de Projeto. Projeto de Método (Estudo de Movimento): Técnicas de Registro e
Análise Economia de Movimentos. Técnicas de Medida do Trabalho: Estudo de Tempos, Amostragem
do Trabalho, Tempos Pré-determinados, avaliação/ritmo, Diagrama Homem-máquina.
Balanceamento de linhas. Tempo Padrão. Estudo do arranjo físico ‘’Layout’’.
Prof. Luis R.M.Pinto9
Capítulo 1:
Organização : Da Produção em Massa para a produção Enxuta.
Prof. Luis R.M.Pinto10
1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta
Conceitos serão estudados com ajuda de estudos de caso.
A indústria escolhida é a automobilística por ser historicamente didática na apresentação dos conceitos.
Prof. Luis R.M.Pinto11
1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta :
1.1. A Indústria automobilística em transição:
Prof. Luis R.M.Pinto12
1.1 A Indústria automobilística em transição
A indústria automobilística é uma das maiores em atividade industrial, com mais de 50 milhões de veículos produzidos a cada ano.
Por duas vezes no século passado esta indústria alterou nossas noções de como produzir bens.
Prof. Luis R.M.Pinto13
1.1 A Indústria automobilística em transição
Após a 1º guerra mundial, Alfred Sloan (GM) e Henrry Ford (Ford) conduziram uma mudança importante: de séculos de produção artesanal (com liderança de indústrias européias) para a era da produção em massa (início da liderança dos EUA)
Prof. Luis R.M.Pinto14
1.1 A Indústria automobilística em transição
Após a 2º guerra mundial, Eiji Toyoda e Taiichi Ohno da Toyota japonesa, foram os pioneiros no conceito da Produção Enxuta. Com as outras companhias japonesas copiando este sistema, o Japão logo saltou para a atual proeminência econômica.
Prof. Luis R.M.Pinto15
1.1 A Indústria automobilística em transição
Histórico comparativo:
– Produção Artesanal– Produção em massa– Produção enxuta
Prof. Luis R.M.Pinto16
1.1 A Indústria automobilística em transição
Produção Artesanal: Características
– Trabalhadores muito qualificados– Ferramentas simples e flexíveis– Um item por vez conforme desejo do cliente– Ex; móveis por encomenda, trabalhos de arte
decorativa, alguns modelos de super-carros, etc.
Prof. Luis R.M.Pinto17
1.1 A Indústria automobilística em transição
Produção Artesanal: resultado
– Bens produzidos muito caros, o que levou à produção em massa.
Prof. Luis R.M.Pinto18
1.1 A Indústria automobilística em transição
Produção em Massa: Características
– Trabalhadores menos qualificados.– Máquinas complexas e dispendiosas.– Alto volume de produção de cada item.– Necessita suprimentos, trabalhadores e espaço
extra para garantir a continuidade da produção.
Prof. Luis R.M.Pinto19
1.1 A Indústria automobilística em transição
Produção em Massa: resultado
– Mudança de Produto muito cara, mantém os modelos padrão pelo máximo tempo possível.
– Bens produzidos muito baratos, porém com pouca variedade.
– Métodos de trabalho tediosos
Prof. Luis R.M.Pinto20
1.1 A Indústria automobilística em transição
Produção Enxuta: Características
– Mescla os dois métodos anteriores.– Evita o alto custo do processo artesanal.– Evita a rigidez do processo de produção em massa.– Emprega trabalhadores multiqualificados nos
diversos níveis da Organização.– Máquinas mais flexíveis e automatizadas
Prof. Luis R.M.Pinto21
1.1 A Indústria automobilística em transição
Produção Enxuta: resultado
– Produção de grandes volumes de produtos com ampla variedade
Prof. Luis R.M.Pinto22
1.1 A Indústria automobilística em transição
A produção Enxuta foi uma expressão definida pelo pesquisador John Krafcik. É “Enxuta”, por empregar menores quantidades de tudo em comparação com os métodos de produção em Massa.
Prof. Luis R.M.Pinto23
1.1 A Indústria automobilística em transição
Vantagens da Produção Enxuta.
– Menos esforço dos operários da fábrica.– Menos espaço para a fabricação.– Menos investimento em ferramentas.– Menos tempo para planejamento e desenvolvimento de novos
produtos.– Menos estoques no local de fabricação.– Menos defeitos de fabricação.– Maior e sempre crescente variedade de produtos.
Prof. Luis R.M.Pinto24
1.1 A Indústria automobilística em transição
Diferenças de Mentalidade (Enxuta x Massa).
– Massa: Objetivo – meta limitada, que seja boa o suficiente. Quantidade tolerável de defeitos. Nível máximo de estoques aceitável Limitada variedade de produtos padronizados.
Prof. Luis R.M.Pinto25
1.1 A Indústria automobilística em transição
Diferenças de Mentalidade (Enxuta x Massa).
– Enxuta: Objetivos: Custos declinantes. Ausência de itens defeituosos. Nenhum estoque. Grande variedade de novos produtos.
Prof. Luis R.M.Pinto26
1.1 A Indústria automobilística em transição
Para o trabalhador a principal vantagem é que para cada produto os processos diferem, tornando o trabalho mais desafiador e menos monótono que o processo relacionado com a produção em massa.
Isso torna o trabalho mais estimulante.
Prof. Luis R.M.Pinto27
1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta :
1.2. Ascensão e queda da Produção em Massa:
Prof. Luis R.M.Pinto28
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
História:– 1894: S.EX.A Evelyn Henry Ellis – Abastado membro do
Parlamento Inglês saiu para comprar um carro.– Não na concessionária, nem em qualquer loja, pois na
Inglaterra não existia.– Foi à fábrica de ferramentas “Panhard e Levassor” ou “P&L” na
França.– 1887: A P&L obteve licença para fabricar o motor de Gottilieb
Daimler.
Prof. Luis R.M.Pinto29
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
História:– Início da década de 1890: P&L fabricava algumas centenas de
automóveis por ano.– Processo artesanal com artesãos habilidosos que montavam a
mão um pequeno número de carros.– Peças vinham de oficinas artesanais por toda Paris.– Os contatos com clientes eram feitos pelos próprios donos.– Não existia um carro igual ao outro ( processos de metalurgia
da época não permitiam isso)
Prof. Luis R.M.Pinto30
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Solicitações de Ellis:
– Aceitou o motor e os chassis– A carroceria pediu de uma fábrica de carruagens– Controles e volante no centro do carro
Prof. Luis R.M.Pinto31
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Teste do carro de Ellis:
– Contratou um mecânico e um motorista e ficou um bom tempo em Paris para testar o carro (que era um protótipo)
Prof. Luis R.M.Pinto32
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Em Londres – Fora da Lei:
– Junho de 1895: Ellis foi o 1º a dirigir um automóvel na Inglaterra.
– 90 km em 5 h e 32 min– Média de 16 km/h (ilegal – máxima = 4 m/h = 6,44
km/h)
Prof. Luis R.M.Pinto33
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Em Londres – Mudando a Lei:
– 1896: Ellis assume a liderança do parlamento Inglês e muda o limite para 12 m/h (19,32 km/h)
Prof. Luis R.M.Pinto34
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Características que derrubaram a Produção Artesanal:
– Força de trabalho altamente qualificada e cara.– Alguns trabalhadores se tornavam empreendedores
autônomos e conduziam suas próprias firmas.– Organizações descentralizadas.– Peças provinham de pequenas oficinas
Prof. Luis R.M.Pinto35
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Características que derrubaram a Produção Artesanal:
– Utilização de máquinas gerais para todas as funções.– Volume de produção muito baixo.– Menos de 1000 carros por ano, dos quais 50 ou menos
conforme o mesmo projeto.– Produtos sem qualidade e sem confiabilidade (todos protótipos
sem testes.
Prof. Luis R.M.Pinto36
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Características que derrubaram a Produção Artesanal:
– Incapacidade de pequenas oficinas fornecedoras desenvolverem tecnologia.
Prof. Luis R.M.Pinto37
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
O início da Produção em Massa:
– 1903: Ford inicia a produção do Modelo A.– 1908: Ford inicia a produção do Modelo T.
Prof. Luis R.M.Pinto38
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Modelo T:
– Carro projetado para a Manufatura.– User-friendly (amigo do usuário)
Não precisava motorista (qualquer um podia dirigir) Nem mecânico (qualquer um podia concertar)
Prof. Luis R.M.Pinto39
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Uma Grande sacada financeira:
– Ford percebeu que a padronização de medidas se converteria em benefícios financeiros.
Prof. Luis R.M.Pinto40
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Uma Grande sacada metalúrgica:
– Ford se beneficiou do avanço das máquinas e ferramentas que possibilitaram o trabalho com metais pré endurecidos.
– O arqueamento resultante do aquecimento das peças impedia a padronização anteriormente.
– Ford fundiu o bloco do motor em uma peça única eliminando ajustadores qualificados
Prof. Luis R.M.Pinto41
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Uma Grande sacada para o tempo de montagem:
– Com a produção especializada (uma tarefa por trabalhador) o tempo médio de um montador caiu de 514 minutos para 2,3, graças a não necessidade de ajustes das peças.
– Com a produção em linha (o carro ia ao trabalhador) o tempo médio de um montador caiu de 2,3 minutos para 1,19minutos.
Prof. Luis R.M.Pinto42
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Prof. Luis R.M.Pinto43
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
1920: Ford fabricou 2 milhões de modelos T idênticos derrubando se custo para 1/3 do inicial em 1908.
A Ford se tornou a maior fabricante de automóveis do mundo e encaminhou para o fim a maioria da indústrias artesanais, com exceção de alguns produtores artesanais europeus de carros de luxo.
Prof. Luis R.M.Pinto44
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A produção em massa de Henry Ford orientou a indústria automobilística por 50 anos, sendo adotada em quase todas as atividades industriais na Europa e na América do Norte.
Estudaremos a seguir algumas das suas características mais importantes.
Prof. Luis R.M.Pinto45
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Características da Produção em massa para estudo:
– Força de trabalho– Organização– Ferramentas– Produtos
Prof. Luis R.M.Pinto46
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
1) Força de Trabalho:
– Os operários das linhas passaram a ser tão intercambiáveis quanto os carros.
– Troca da mão de obra especializada em montagem e ajuste de peças por mão de obra menos qualificada par a linha de montagem.
– Surgimento dos engenheiros de produção ou engenheiros industriais com a incumbência de projetar e garantir o funcionamento das linhas.
Prof. Luis R.M.Pinto47
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
1) Força de Trabalho:
– Somente os supervisores e fiscalizadores mantinham as qualidade de montagem dos operários originais.
– Equipes mais qualificadas reparavam partes com defeitos ao final da linha.
Prof. Luis R.M.Pinto48
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
1) Força de Trabalho:
– Surgem os trabalhadores da “inteligência” que contrastavam com os pouco qualificados trabalhadores da linha, que não passavam de supervisores ao longo da carreira.
– Os engenheiros tinham agora uma carreira executiva e substituíram os trabalhadores especializados que acabavam abrindo suas firmas.
Prof. Luis R.M.Pinto49
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Ford era inicialmente um montador. Motor = Irmãos Dodge Itens diversos de outras firmas
Prof. Luis R.M.Pinto50
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– 1915 – Ford iniciou a incorporação de todas as funções em sua empresa.
– 1931 Ford conclui a incorporação
Prof. Luis R.M.Pinto51
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Motivos para Ford incorporar todas as funções:
Ford aperfeiçoou as técnicas da Produção em massa antes de seus fornecedores.
Ford não confiava nas pessoas. Ford necessitava de peças com tolerâncias menores e com
cronogramas de entrega mais rígidos.
Prof. Luis R.M.Pinto52
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Surge a moderna corporação verticalmente integrada.
Prof. Luis R.M.Pinto53
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Características da Organização verticalmente integrada:
Serviços e matérias primas necessárias eram obtidas de divisões operacionais internas
Estas divisões eram coordenadas por executivos seniores dentro da própria corporação.
Prof. Luis R.M.Pinto54
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:
Excesso de burocracia. Problemas de transporte para a escala de fabricação em
um só local. Barreiras alfandegárias impostas por políticas
governamentais.
Prof. Luis R.M.Pinto55
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:
Em 1926 a Ford montava automóveis em 36 cidades americanas e em mais 19 países, apesar de os projetos serem todos desenvolvidos, as peças desenhadas e fabricadas em Detroit
Prof. Luis R.M.Pinto56
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:
Novo problema:
– O produto padrão não se adaptou em todos os lugares do mundo.
– EUA descobriram petróleo e a gasolina era barata.– Europa não tinha gasolina, tinha que importá-la, ou seja,
gasolina cara
Prof. Luis R.M.Pinto57
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
2) Organização:
– Conseqüências da Organização verticalmente integrada:
Para minimizar as barreiras impostas na Europa, Ford vendeu fatia minoritária do negócio para os ingleses.
No início dos anos 30, Ford estabeleceu 3 sistemas integrados na Inglaterra, Alemanha e França.
Estas empresas “Européias” manufaturavam produtos de acordo com os gostos de cada país e eram administradas por gerentes nativos.
Prof. Luis R.M.Pinto58
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
3) Ferramentas:
– As ferramentas foram a chave para o sucesso das peças intercambiáveis.
– Tinham a capacidade de cortar o metal de alta dureza e de prensar o chapas de aço com precisão absoluta.
Prof. Luis R.M.Pinto59
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
3) Ferramentas:
– A chave para a intercambiabilidade de peças a baixo custo foi a preparação das máquinas para realização de uma única tarefa e não mais receber ajustes como no processo de produção artesanal, onde as máquinas realizavam várias funções.
Prof. Luis R.M.Pinto60
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
3) Ferramentas:
– Vantagens:
Tempo menor por operação. Trabalhadores menos qualificados e mais baratos. Grande volume de produção.
Prof. Luis R.M.Pinto61
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
3) Ferramentas:
– Desvantagens:
Pouca ou nenhuma flexibilidade nos equipamentos e na linha de produção.
Mudanças nas linhas e nos equipamentos caras e demoradas.
Prof. Luis R.M.Pinto62
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
4) Produto:
– Modelo T: Nove versões com o mesmo chassi:
Conversível para duas pessoas Passeio aberto para quatro pessoas Sedan coberto para quatro pessoas Caminhão com compartimento de carga atrás
Prof. Luis R.M.Pinto63
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
4) Produto:
– 1923 foi o pico da produção do Modelo T, com 2,1 milhões de chassis construídos. (número somente alcançado pelo fusca)
Prof. Luis R.M.Pinto64
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
4) Produto:
– Motivos do sucesso:
Custo baixo e declinante. Facilidade de manutenção (manual do proprietário) Durabilidade do projeto e dos materiais. Pouca atenção dos consumidores em detalhes como
pinturas e demais acabamentos.
Prof. Luis R.M.Pinto65
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
4) Produto:
– Devido à facilidade de manutenção dos Modelo T pelos próprios proprietários, raramente a Ford ligava um motor antes de o carro estar já fora da linha de produção.
– Testes de qualidade e de funcionamento eram quase inexistentes.
Prof. Luis R.M.Pinto66
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
4) Produto:
– A linha de produção do modelo T teve seu fim em 1927, em parte devido aos carros da GM que eram melhores e pouco mais caros que os Ford do mesmo segmento.
Prof. Luis R.M.Pinto67
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Onde Ford falhou:
– Tecnicamente o processo desenvolvido por Ford era muito bom, porém, administrativamente, Ford propiciou espaço para evoluções.
Prof. Luis R.M.Pinto68
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Ford investiu com recursos próprios em:
– Plantação de borracha no Brasil– Fundição– Fábrica de vidros– Minas de ferro em Minnessota– Navios pra transporte de minério– Ferrovias interligando suas instalações
Prof. Luis R.M.Pinto69
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Ford queria produzir em massa de alimentos (fabricando tratores e uma usina de extração de soja) até transporte aéreo, com baixo custo.
Financiar tudo com recursos próprios, pois odiava bancos.
Administrar centralizadamente com um homem tomando todas as decisões, ele.
Prof. Luis R.M.Pinto70
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
Conseqüência inevitável:
– Fracasso dos empreendimentos.
Prof. Luis R.M.Pinto71
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A evolução da Produção em Massa:
– A GM pos a frente de sua indústria o executivo Alfred Sloan, que revolucionou a administração da produção em Massa.
Prof. Luis R.M.Pinto72
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A revolução de Sloan:
– Descentralizou a administração das diversas unidades, gerenciando seus números com frequencia.
– Revolucionou o Marketihg da indústria automotiva: Modificando a aparência externa dos carros anualmente. Lançando uma série de acessórios como ar condicionado,
transmissão automática e rádios.
Prof. Luis R.M.Pinto73
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
O apogeu da Produção em massa:
A produção em massa em sua forma final amadurecida se deve à:
– Práticas de fabricação de Ford – Técnicas administrativas de Sloan – O papel do movimento sindical no controle das
definições e conteúdo das tarefas
Prof. Luis R.M.Pinto74
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
O apogeu da Produção em massa:
Resultados:
– Companhias automobilísticas norte-americanas dominaram este mercado mundial.
– O mercado norte-americano representou maior percentagem de vendas do mundo.
– Companhias dos demais ramos de atuação adotaram métodos semelhantes.
– Sobreviveram algumas firmas artesanais em nichos de pequenos volumes.
Prof. Luis R.M.Pinto75
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
O apogeu da Produção em massa:
1955:
– Vendas de automóveis nos EUA superou 7 Mi de carros.– Sloan se aposenta após presidir a GM por 35 anos.– Ford + GM + Chysler = 95% das vendas– Seis modelos representavam 80% das vendas.– Fim da produção artesanal nos EUA.
Prof. Luis R.M.Pinto76
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
O apogeu da Produção em massa:
1955:
– Início da queda do domínio norte-americano no setor, pois:
Demais companhias automobilísticas começaram a aplicar os mesmos métodos e a alcançar os mesmos resultados
Conseqüentemente a importação de veículos teve início na América e não mais deixou de crescer.
Prof. Luis R.M.Pinto77
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Empresários que copiaram o modelo proposto por Ford após visitas a Higland Park:
– André Citroen– Louis Renault– Giovanni Agnelli (Fiat)– Herbert Austin e William Morris (Morris e MG
inglesas)
Prof. Luis R.M.Pinto78
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Desde os anos 30 Ford discutia abertamente seus métodos com os empresários europeus, além de apresentar-lhes suas instalações.
Somente nos anos 50 estes começaram a produzir conforme modelo de Ford.
Prof. Luis R.M.Pinto79
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Motivos pelos quais as marcas européias demoraram 2 décadas para iniciar a produção em massa:
– Caos econômico pós grande depressão de 30.– Nacionalismo dos anos 20 e 30.– Apego às tradições de produção artesanal.
Prof. Luis R.M.Pinto80
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
No final dos anos 50 já produziam na Europa em escala comparável a Detroit:
– Wolfsburg (VW)– Flins (Renault)– Mirafiori (Fiat)
Prof. Luis R.M.Pinto81
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Inicialmente os Europeus especializaram-se em dois tipos de carros que os norte americanos não ofereciam:
– Compactos e econômicos
Prof. Luis R.M.Pinto82
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Exemplo: Fusca.
Prof. Luis R.M.Pinto83
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Nos anos 70 o carro de luxo foi redesenhado para menor:
– Mercedes monobloco: 1,6 Ton, injeção de gasolina e suspensões independentes, versus:
– Cadillac: 2,3 Ton, carburador, eixo reto e carroceria sobre chassis.
Prof. Luis R.M.Pinto84
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Do início dos anos 50 até meados dos anos 70, os europeus obtiveram sucesso nas exportações.
Prof. Luis R.M.Pinto85
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Apostas européias:
– Preços competitivos (salários menores).– Tração dianteira.– Carrocerias monobloco(rígidos, leves e silenciosos).– Ótima relação peso / potência
Prof. Luis R.M.Pinto86
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Apostas européias:
– Freios a disco.– Transmissão de 5 marchas– Injeção de combustível
Prof. Luis R.M.Pinto87
1.2 Ascensão e queda da Produção em Massa
A Difusão da Produção em Massa:
Apostas americanas:
– Sistemas de ar condicionado.– Direção hidráulica.– Aparelhos de som stereo.– Transmissão automática.– Motores potentes.
Prof. Luis R.M.Pinto88
1. Organização Da Produção em massa para a produção enxuta :
1.3. O Surgimento da Produção Enxuta:
Prof. Luis R.M.Pinto89
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
1937: Toyota Motor Company (TMC)é fundada pela família Toyoda
Toyoda significa “arrozal abundante”, motivo pelo qual foi realizado um concurso em 1936 para escolha de novo nome: Toyota, que não tem significado algum em japonês.
Prof. Luis R.M.Pinto90
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
1929: Kiichiro Toyoda visitou a fábrica de Ford. 1950: Eiji Toyoda passa 3 meses estudando a
fábrica Rouge da Ford em Detroit. Anos 30; Toyota proibida de fabricar carros e
obrigada a fabricar caminhões e veículos pesados para atender os esforços de guerra.
Prof. Luis R.M.Pinto91
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
1949: Kiichiro Toyoda renunciou à companhia, pondo fim a longa greve iniciada com a demissão de grande parte da força de trabalho.
1950: Toyota fabricou 2.685 automóveis, contra 7.000 fabricados por Rouge num único dia.
Prof. Luis R.M.Pinto92
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Quando Eiji voltou para Nagoya, junto com seu gênio de produção taiichi Ohno, concluíram que o processo de Ford não seria bem sucedido no Japão, criando o que eles chamaram de processo “Toyota”.
Prof. Luis R.M.Pinto93
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:
Mercado doméstico Limitado: Demandava vasta gama de veículos.
– Carros de luxo para autoridades.– Caminhões grandes para mercadorias– Caminhões pequenos para agricultores– Carros pequenos para cidades populosas e
combustível caro.
Prof. Luis R.M.Pinto94
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:
Força de trabalho não disposta a ser intercambiável:
– Novas leis trabalhistas introduzidas pela ocupação norte americana pós 2ª guerra fortaleceram os trabalhadores nas negociações com as companhias.
– Direito de empresas de demitir foi restrito.
Prof. Luis R.M.Pinto95
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:
Força de trabalho não disposta a ser intercambiável:
– Sindicatos, representando todos os empregados de uma companhia tinham muita força de barganha.
– Inexistência de trabalhadores “hóspedes” dispostos a enfrentar condições precárias de trabalho em troca de baixos salários , como foi constituído o grosso da força de trabalho na maioria das companhias de produção em massa do ocidente.
Prof. Luis R.M.Pinto96
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:
Economia do País:
– Devastada pela guerra.– Ávida por capitais e trocas comerciais.– Não possibilitava a compra de tecnologias de
produção ocidentais mais recentes.
Prof. Luis R.M.Pinto97
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:
Mundo Exterior:
– Repleto de produtores de veículos, ansiosos para operarem no Japão e prontos para defender seu território comercial contra as exportações japonesas.
Prof. Luis R.M.Pinto98
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Cenário do Nascimento da Produção Enxuta:
Atitude do governo japonês que alavancou a indústria automobilística japonesa:
Proibiu investimentos externos diretos na indústria automobilística japonesa.
Prof. Luis R.M.Pinto99
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:
Estampagens ocidentais prensavam 12 peças por minuto (mais de 1 milhão de peças ano), o que ultrapassava demais produção inicial da Toyota.
Prof. Luis R.M.Pinto100
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:
Os moldes podiam ser trocados, mas:
– Pesavam várias toneladas.– O alinhamento tinha que ser preciso.– Pequeno desalinhamento produzia peças com
defeito.– Deselinhamentos maiores poderiam fundir as peças
aos moldes.
Prof. Luis R.M.Pinto101
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:
Trocas de moldes no ocidente:
– Somente especialistas realizavam tais mudanças.– Eram executadas metodicamente.– Custavam pelo menos 1 dia de trabalho.– Conjunto de prensas para algumas peças, para
evitar a troca do molde que aconteceria somente a cada três meses.
Prof. Luis R.M.Pinto102
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:
Trocas de moldes na Toyota ( Ohno):
– Iniciou testes de trocas de prensas no final de 1940 e em meados de 1950, a Toyota trocava moldes em apenas 3 minutos.
– Os próprios trabalhadores realizavam as trocas.– Os trabalhadores eram mais valorizados pois tinham
que ser mais especialistas.
Prof. Luis R.M.Pinto103
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Diferencial técnico do Modelo “Toyota”: Estampagem:
Conseqüências da troca de moldes da Toyota:Custos de por peça prensada em pequenos lotes era menor que no processamento se lotes imensos.
– Eliminava o custo financeiro de estoques de matéria prima e peças acabadas.
– Erros de prensagem apareciam instantaneamente e não se acumulavam nos imensos estoques.
Prof. Luis R.M.Pinto104
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Acordo da Toyota com os trabalhadores:
– Com a saída de Kiichiro Toyoda, cerca de ¼ da força de trabalho foi demitida em função das crises financeiras e fortes restrições de crédito.
– Quem ficou teve garantia de emprego vitalício e valorização salarial constante segundo o tempo de serviço em cada função.
Prof. Luis R.M.Pinto105
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Acordo da Toyota com os trabalhadores:
– Com os trabalhadores motivados. Ohno pode reconfigurar a linha de montagem, fazendo com que a linha fosse parada quando um trabalhador não conseguisse resolver um problema, possibilitando o envolvimento de todos na solução.
Prof. Luis R.M.Pinto106
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Acordo da Toyota com os trabalhadores:
– Na linha da produção em massa as vezes os trabalhadores não paravam a linha, deixando a solução dos problemas para o final do processo, possibilitando a multiplicação da falha...
Prof. Luis R.M.Pinto107
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
O legado de Ohno foi sua busca pela qualidade na e pela não realização do retrabalho no final da linha.
Hoje o rendimento nas fábricas da Toyota se aproxima dos 100%.
Enquanto que em companhias de produção em massa, 90% é considerado um ótimo resultado.
Estas companhias reservam de 20% de sua área operacional e 25% do total de horas de trabalho ao retrabalho de erros.
Prof. Luis R.M.Pinto108
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Rede de fornecedores:
– Ohno deu aos fornecedores independência de projetos exigindo somente o cumprimento das funções solicitadas.
– Ajudou financeiramente seus fornecedores.– Tornou-se acionista de seus fornecedores– Estimulou que os fornecedores se falassem para
encontrar soluções ao invés de esconder informações.
– Desestimulou a concorrência entre os fornecedores.
Prof. Luis R.M.Pinto109
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Ohno desenvolveu o sistema “jus in time” de fornecimento ao longo do processo: ou Kanban na Toyota.
Prof. Luis R.M.Pinto110
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Demanda dos consumidores:
– Confiabilidade; a espátula e a chave inglesa já não ajudavam os clientes a resolverem problemas de seus carros.
– O mercado passou a exigir vários segmentos de produtos.
– Como a Toyota garantia a confiabilidade dos carros, logo percebeu que podia cobrar mais que os concorrentes de produção em massa.
Prof. Luis R.M.Pinto111
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Demanda dos consumidores:
– 1990: Toyota oferecia tantos modelos quanto a GM apesar de ter metade do tamanho dela.
– Para mudar um produto, a Toyota gasta metade do que gasta uma empresa que atua conforme modelo de produção em massa.
– Hoje as companhias japonesas oferecem tantos modelos quanto todas as companhias ocidentais juntas.
Prof. Luis R.M.Pinto112
1.3 o Surgimento da Produção Enxuta
Demanda dos consumidores:
– A Ford e a GM, focalizam suas montadoras para a meta de um único modelo por fábrica, enquanto que as fábricas japonesas transplantadas para os EUA constroem todas dois ou três diferentes produtos.
Recommended