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Cursos de Medicina no Brasil
CONTEXTO E PERSPECTIVAS
Médicos no Brasil1
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Evolução do número de médicos no BrasilA relação de médicos x mil hab. vem crescendo nos últimos anos e melhorou em 2015. Esse aumento foi impulsionado pelo crescimento do número de médicos formados no período.
Fonte: Demografia Médica no Brasil 2018* Médicos formados: Censo Inep 2016
30%
22%16% 15% 13%
11%15%
14%9% 8% 7% 7% 5% 5%
1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015
% Cres. Médicos % Cresc. Pop.
TAXA DE CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO X MÉDICOS
1,3 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2,1
2013Início
Mais Médicos
10.575 10.525 11.298 12.205 12.738 12.705
16.508 16.42518.611 18.801 18.081 18.753
1.280 1.277 1.348 1.416 1.530 1.435 1.633 1.535 1.735 1.227 1.340 824
12.98214.556
16.280 16.425 16.043 17.042 16.568
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Novos Médicos cadastrados CRM Saída de Médicos do CRM Médicos formados na faculdade*ENTRADA DE NOVOS MÉDICOS
Razão de médicospor mil habitantes
InícioMais Médicos
20172,2
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Médicos no BrasilHá concentração de profissionais nas regiões Sul e Sudeste e grande discrepância entre a quantidade na capital vs. o interior dos estados.
46% 54%
3,62,8
2,3
2,6
1,4
2,12,3
2,4
1,71,4
1,4
1,7
1,71,71,2
1,7
0,9
2,0
2,0
4,41,6
1,01,2
1,21,5
1,61,1
2,2Médicos / 1.000 habitantes
Meta do Mais Médicos: atingir a proporção de 2,7 médicos/1.000 habitantes
até 2026.
Fonte: Demografia Médica no Brasil 2018
Relação Médicos x Habitantes
Idade %
< 30 anos 14%
30 – 39 anos 30%
40 – 49 anos 19%
50 – 59 anos 17%
60 – 69 anos 16%
70 anos ou mais 4%
55%45%
Capitais Interior
5,11,3
Índice de desigualdade: 4,0(Razão de médicos por mil habitantes da capital sobre o interior)
451.777Médicos cadastrados
AM
AC
RR
AP
RO
PA
MT
MS
TO
MA
GO
PI CE
BA
RNPB
PEAL
SE
MG
ES
RJSP
PR
SCRS
DF
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Desigualdade capital x interiorAs regiões Norte e Nordeste são as que possuem os maiores índices de desigualdade na relação médicos x mil hab.
Fonte: Demografia Médica no Brasil 2018
RELAÇÃO MÉDICOS X 1.000 HABITANTES – CAPITAL VS. INTERIOR
2,73 3,031,98 2,15 2,18
3,90
1,62
3,98 4,54 4,05 3,58 3,654,81 5,12
7,15
3,78
5,444,16
5,63
7,12
12,27
5,88
4,98
7,50
5,74
9,689,04
4,78
3,684,68
6,19
4,44
0,47 0,93 0,49 0,17 0,56 0,36 0,271,16
0,54 0,29 0,35 0,49 0,60 0,82 0,61 0,31 0,19 0,681,89 1,65 1,43
2,07 2,02 1,53 1,36 1,72 1,580,99 1,47 0,98 0,83
0,000,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
NO
RTE
RO AC AM RR PA AP TO
NO
RDES
TE MA PI CE RN PB PE AL SE BA
SUD
ESTE MG ES RJ SP SUL
PR SC RS
CEN
TRO
-OES
TE MS
MT
GO DF
Capital Interior
5,8 3,3 4,0 12,4 3,9 11,0 6,0 3,4 8,4 14,0 10,2 7,5 8,0 6,2 11,8 12,4 28,5 6,1 3,0 4,3 8,6 2,8 2,5 4,9 4,2 5,6 5,7 5,0 2,9 4,8 7,5 –
Índice de desigualdade:(Razão de médicos por mil habitantes da capital sobre o interior)
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Médicos x tamanho do município Quanto menor a população, pior a relação médicos x habitantes.
Fonte: Demografia Médica no Brasil 2018
RELAÇÃO MÉDICOS X 1.000 HABITANTES – POR FAIXA DE POPULAÇÃO
0,30 0,32 0,390,67
1,16
2,14
4,33
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
Até 5 milhabitantes
5 a 10 milhabitantes
10 a 20 milhabitantes
20 a 50 milhabitantes
50 a 100 milhabitantes
100 a 500 milhabitantes
Mais de 500 milhabitantes
4.184.601
1.273
1.255
8.664.121
2.796
1.215
19.379.074
7.588
1.352
33.526.377
22.364
1.10324.658.771
28.618
355
54.622.975
116.681
268
62.625.010
271.366
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PopulaçãoNúmero de MédicosNúmero de Municípios Médico/Habitante
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Expectativa de crescimentoAté 2024, a tendência é de que o número de profissionais aumente a cada ano.
Fonte: Demografia Médica no Brasil 2018
Novos registros Novas vagas
18.753
19.00220.979
21.642
25.29026.771
27.350
27.48728.792
16 17 18 19 20 21 22 23 2024
8.514
8.536
9.253
9.299
10.575
10.525
11.298
12.205
12.738
12.705
16.508
16.425
18.611
18.801
18.081
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
2001 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
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Projeção – médicos x habitantesSeguindo a estimativa de crescimento, a meta de 2,7 médicos por 1.000 habitantes estabelecida pelo Mais Médicos será atingida já em 2022.
Fontes: Demografia Médica no Brasil 2018Projeção da População - IBGE
207.660.929
209.186.802 210.659.013
212.077.375 213.440.458
214.747.509 215.998.724
217.193.093 218.330.014
219.408.552
451.777472.756
494.298519.588
546.359573.709
601.196629.988
658.780687.572
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
700.000
800.000
200.000.000
205.000.000
210.000.000
215.000.000
220.000.000
225.000.000
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
População Número de médicos
A partir de 2025, ingressantes estáveis pela proibição de novas vagas a partir de 2019.
2,2 2,3 2,3 2,4 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1Razão de médicospor mil habitantes
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Projeção – capital x interiorMesmo atingindo a meta geral de 2,7 médicos para cada 1.000 habitantes em 2022, o índice do interior ainda ficaria bem distante do das capitais.
Nota: A projeção capital x interior leva em consideração que a divisão da população, tanto geral quanto de médicos, irá manter a mesma proporção entre capital e interior de 2017.
5,1 5,2 5,4 5,7 5,9 6,2 6,4 6,7 7,0 7,2
1,3 1,3 1,4 1,4 1,5 1,6 1,6 1,7 1,8 1,8
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0
7,0
8,0
9,0
10,0
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Capital Interior
2,2 2,3 2,3 2,4 2,6 2,7 2,8 2,9 3,0 3,1Razão de médicospor mil habitantes
TOTAL
Fontes: Demografia Médica no Brasil 2018Projeção da População - IBGE
Papel das Universidades2
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Tamanho inicial = 103.419
Tamanho final = 111.398
Períodos= 3
CAGR = (111.389 / 103.419) ^ (1/3) -1 = 2,5%
Primeiramente vamos entender um conceito importante:
CAGR Compound Annual Growth Rate (Taxa Composta Anual de Crescimento)
Representa a taxa de crescimento anual média de uma série histórica e é muito utilizada na comparação de taxas de
crescimento. Neste conjunto de análises, ela representará o crescimento anual médio das variáveis em análise,
considerando-se, majoritariamente, o período 2010-2016 (CAGR de outros períodos estarão marcadas com *).
Fórmula: CAGR = (Valor final / Valor inicial) ^ (1/períodos) -1
Tamanho inicial = Tamanho do mercado no início da série histórica
Tamanho final = Tamanho do mercado no final da série histórica
Períodos= Quantos períodos estamos considerando na análise
Primeiramente vamos entender um conceito importante para as análises:
2010 2011 2012 2013
103.419 107.429 111.001 111.389
Exemplo: Evolução do número de matrículas em medicina
“
CAGR (10-13) + 2,5%Potência
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Ingressantes x concluintesA quantidade de ingressantes vem crescendo, mas isso ainda não refletiu no número de concluintes, que está estável nos últimos três anos.
18.575 18.013 20.026 20.982 26.879 27.082 30.159
12.982 14.556 16.280 16.425 16.043 17.042 16.568
103.419 107.429 111.001 111.389 118.602 126.889 136.011
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Ingressantes Concluintes MatriculadosENTRADA E SAÍDA DO CURSO DE MEDICINA
InícioMais Médicos
171 171 186 191216 229 240
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
NÚMEROS DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO COM CURSOS DE MEDICINA
Fonte: Censo INEP 2016
+ 6,9%
CAGR13-16
+ 0,3%
+ 12,9%
+ 2,5%
CAGR10-13
+ 4,1%
+ 8,2%
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Ingressantes por tipo de instituiçãoHouve um salto no número absoluto de ingressantes de 2013 para 2014, principalmente nas instituições particulares.
11.270 11.070
12.56813.367
18.026 17.813
19.307
7.305 6.9437.458 7.615
8.853 9.269
10.852
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Particular PúblicaINGRESSANTES POR TIPO DE INSTITUIÇÃO
InícioMais Médicos
+ 5,9%
+ 1,4%
CAGR10-13
+ 13,0%
CAGR13-16
+ 12,5%
Fonte: Censo Inep 2016
2013x2014+ 35%
2013x2014+ 16%
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Ingressantes por regiãoNas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste ouve um aumento significativo de novos alunos a partir de 2013.
979 982 1.111 1.376
2.0322.530 2.757
4.1983.601
4.101 4.356
5.901 6.172
7.086
1.8301.471 1.693 1.555
1.973 2.082 2.383
8.864 9.032
9.95710.575
13.411
12.432
13.862
2.704 2.9273.164 3.120
3.562 3.866 4.071
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste SulINGRESSANTES POR REGIÃO
InícioMais Médicos
+ 6,1%
+ 1,2%
+ 4,9%
- 5,3%
+ 12,0%
CAGR10-13
+ 9,4%
CAGR13-16
+ 17,6%
+ 9,3%
+ 26,1%
+ 15,3%
Fonte: Censo INEP 2016
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Ingressantes – capital x interiorA relação de ingressantes nas capitais vs. o interior dos estados melhorou nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, mas isso não é garantia que esses estudantes vão exercer a profissão na região de formatura.
Fonte: Demografia Médica no Brasil 2018
6,6
4,4
3,0
2,01,3 0,8
0,7
1,82,4 2,5
2,4
1,7 1,61,3
1,5
2,53,0
2,4
3,02,5
2,9
0,60,5 0,5 0,5
0,6 0,4 0,4
0,7
0,4 0,5 0,5 0,4 0,40,4
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste SulÍNDICE DE DESIGUALDADE:(Razão de ingressantes da capital sobre o interior)
58%
22%16%
2% 1% 1%
Programa de residência médica emoutra escola ou instituição
Programa de residência médica namesma escola onde concluí o curso
Início imediato de prática médica Aperfeiçoamento ou especializaçãoem outro tipo de curso, não a
residência médica
Sair do País para trabalho ouespecialização
Outra atividade
O QUE PRETENDE FAZER APÓS SE FORMAR?
Fonte: Censo Inep 2016
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Número de instituições – por regiãoAs instituições com cursos de medicina vem crescendo em quase todas as regiões, menos na Norte. Além disso, o valor médio da mensalidade tem pouca variação entre elas.
INTITUIÇÕES DE ENSINO POR REGIÃO
12 12 14 16 18
21 22
35 3539 41
50 5156
18 18 18 18 20
20 20
76 76
84 84
93
100104
30 3031 32
35 37 38
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul
Fonte: Censo INEP 2016
InícioMais Médicos
Mensalidademédia:
R$ 7.394
R$ 7.115
R$ 6.519
R$ 6.583
R$ 6.813
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Performance dos cursos de medicinaOs principais indicadores de qualidade têm performances muito parecidas, independente do ano no qual o curso começou a ser ofertado pela instituição, o que pode indicar manutenção da qualidade do curso mesmo com a entrada de novas instituições.
3,7
3,23,0
3,2
3,9
3,2 3,22,9
CC CPC IDD ENADE
Antes de 2000* A partir de 2000*
MÉDIA DAS NOTAS DE AVALIAÇÃO POR ANO DE INÍCIO DO CURSO NA INSTITUIÇÃO
Fonte: Ciclo avaliativo 2016 (http://emec.mec.gov.br/)
CC: O Conceito de Curso (CC) é a nota final de qualidade dada pelo MEC aos cursos de graduação das instituições de ensino superior no Brasil. Este conceito final é feito a partir de uma avaliação presencial dos cursos pelos técnicos do MEC e pode confirmar ou modificar o CPC.CPC: O Conceito Preliminar de Curso (CPC) vai de 1 a 5 e é um indicador prévio da situação dos cursos de graduação no país. Ele é composto por diferentes variáveis, que traduzem resultados da avaliação de desempenho de estudantes, infraestrutura e instalações, recursos didático-pedagógicos e corpo docente.IDD: O Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado é um indicador de qualidade que busca mensurar o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes, considerando seus desempenhos no Enade e no Enem, como medida proxy (aproximação) das suas características de desenvolvimento ao ingressar no curso de graduação avaliado.ENADE: O Conceito Enade é um indicador de qualidade que avalia os cursos por intermédio dos desempenhos dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes.
Começaram a oferecer o curso:
Nota: O corte foi o ano 2000 para segmentar as instituições que passaram a oferecer o curso nos 10 anos anteriores à avaliação.
Principais Mensagens3
19
Quando olhamos o último ciclo dos indicadores de qualidade (2016), as instituições que começaram a oferecer o curso de medicina mais recentemente (últimos 10 anos antes da avaliação) têm performance muito parecida com as instituições mais antigas. Isso pode indicar que não houve queda na qualidade do curso com a entrada de novas instituições, pois essas entram com uma oferta de serviços também de qualidade.
4
O Brasil possui uma relação de 2,2 médicos a cada 1.000 habitantes. Esse número vem crescendo nos últimos anos, principalmente depois de 2013 quando teve início o programa Mais Médicos. Com isso, estamos caminhando no sentido de atingir a meta do programa que é de 2,7 médicos/1.000 habitantes em 2026. No entanto, levando em conta a estimativa de crescimento da quantidade de médicos, essa meta seria atingida já em 2022. Porém, ainda há concentração de médicos nas regiões Sul e Sudeste e grande diferença entre a quantidade de médicos nas capitais vs. no interior dos estados, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. E, mesmo com o atingimento da meta de 2,7 médicos/1.000 habitantes em 2022, o número de Interior ainda ficaria bem abaixo do da Capital.
1
2
Apesar de a relação de ingressantes das capitais vs. interior dos estados ter melhorado nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, ainda falta muito para se alcançar a meta estabelecida pelo programa Mais Médicos nessas regiões. Além disso, a maioria dos alunos declara que pretende fazer a residência em uma região/instituição diferente da que estudou. Então, seriam necessárias ações que incentivassem esses alunos a permanecerem nas regiões que estudaram.
3
O número de ingressantes nas instituições de educação superior vem crescendo a medida que novas instituições passaram a oferecer o curso de medicina. Com esse aumento, o número de médicos tende a aumentar ainda mais nos próximos, o que pode ajudar a combater a desigualdade de médicos em algumas regiões. Isso porque o número de concluintes tem ficado estável nos últimos 3 anos, então é necessário a entrada de mais alunos para aumentar o número dos que chegam ao final do curso.
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