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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – UEL
CADERNO PEDAGÓGICO
Célula: unidade de construção dos seres vivos
AUTORA: Suely Tereza Capelasso
COAUTORAS: Nilce Nazaret Truber
Valéria Capelassi de Mello
ORIENTADORA: Lúcia Giuliano Caetano
PDE – Ciências
NRE – Londrina
Londrina – Paraná
2009/2010
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 03
UNIDADE 1- TÉCNICAS APLICADAS À BIOLOGIA CELULAR ............................. 04
UNIDADE 2- CÉLULA .............................................................................................. 18
UNIDADE 3 – SISTEMA CIRCULATÓRIO ............................................................... 25
UNIDADE 4 – SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................... 33
UNIDADE 5- SISTEMA EXCRETOR ........................................................................ 40
UNIDADE 6- MATERIAL GENÁTICO ....................................................................... 44
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 61
3
APRESENTAÇÃO
Ao ser trabalhada a definição de conceitos de forma literal e arbitrária, o
ensino não possibilita que os alunos construam seu próprio modelo mental, sua
própria rede de relações conceituais sobre o conhecimento científico escolar
(MOREIRA, 1999, p.77).
O aprendizado então depende, basicamente, da interação entre professor-
aluno-conteúdos. Neste sentido, é preciso situá-los no assunto que está sendo
estudado, orientá-los em seu raciocínio e levá-los a tirar suas próprias conclusões
(PARANÁ, DCE Ciências, 2008, p. 63)
Com a necessidade de se utilizar de um pluralismo metodológico para o
ensino de Ciências e de (PARANÁ, 2008) devido às suas diversas especialidades,
construímos como Produção Didático-pedagógica, um Caderno Pedagógico
intitulado Célula: Unidade de Construção dos Seres Vivos que oferece subsídios
para o professor adaptar de acordo com a realidade da sala de aula em suas
respectivas séries de ensino.
A produção didático-pedagógica ancora-se no conteúdo estruturante
“Sistemas Biológicos” em Ciências, no qual parte dos conceitos científicos escolares
é estudada, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio, que abordam a
constituição dos sistemas dos organismos, bem como suas características
específicas de funcionamento contemplando os componentes celulares até suas
respectivas funções.
Esperamos desta forma contribuir para que esse material didático proporcione
para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-
aprendizagem nas disciplinas de Ciências.
A autora.
4
UNIDADE 1 – TÉCNICAS APLICADAS À BIOLOGIA CELULAR
I - MICROSCOPIA
Há vários tipos de microscópios que podem ser utilizados para estudos em
Biologia Celular como: Microscópio de polarização, óptico, de fluorescência, de
contraste de fase, eletrônico de transmissão, eletrônico de varredura e outros. O
mais utilizado é o microscópio óptico.
Microscópio Óptico
A invenção do microscópio tornou as células visíveis e permitiu o estudo
sobre elas (ALBERTS et al., 1999).
O microscópio óptico é conhecido também como microscópio de luz ou
microscópio fotônico, porque usa a luz para iluminar os objetos observados; permite
aumentar o tamanho de células até mil vezes e revelar detalhes até 0,2 micrômetros
(µm). (ALBERTS et. al.,1999).
Compõe-se de uma parte mecânica, que serve de suporte, e uma parte
óptica, constituída por três sistemas de lentes: o condensador, a objetiva e a ocular
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2005).
Parte Mecânica
Segundo Jordão et. al (1998, p. 14):
a) Pé ou Base – è o suporte do microscópio.
b) Braço ou Coluna – peça que liga o pé a parte superior do microscópio.
c) Platina – peça de apoio da lâmina contendo o material para estudo. No
centro possui um orifício para a passagem de luz.
d) Charriot – peça ligada á platina para movimentar a lâmina no plano
horizontal. Possui uma alavanca que prende a lâmina sobre a platina. Dois
parafusos laterais promovem a movimentação do charriot: o permitindo o
deslizamento da lâmina da esquerda para a direita e vice-versa e de trás
para frente e vice-versa
e) Parafuso Macrométrico – localiza-se também em ambos os lados da coluna
5
e serva para ajustar o foco. Permite grandes avanços ou recuos da platina
em relação á objetiva.
f) Parafuso micrométrico – localiza-se também em ambos os lados da coluna
encaixada sobre o parafuso macrométrico. Ajusta o foco finamente,
através de pequenos avanços e recuos da platina
g) Canhão – parte superior do microscópio constituída por uma peça semi -
esférica ligada a um tubo oco. Internamente abriga um prisma e sustenta
as lentes objetivas e oculares.
h) Revolver – peça em que se encaixam as lentes objetivas. Nela existe um
disco com ranhuras por onde se faz o giro do revolver para a mudança das
objetivas.
Parte Óptica
Segundo Jordão et. al. (1998, p. 16):
a) Sistema de iluminação – todos estão abaixo da platina.
a.1)Fonte de luz – acoplada ao pé do microscópio.opcionalmente pode
receber filtros.
a.2)Condensador – conjunto de lentes situado abaixo da platina. Concentra
a luz e fornece iluminação uniforme a preparação biológica. Fornece também
possibilidades de contraste de imagem, principalmente no caso da
observação a fresco. O parafuso localizado lateralmente permite a
movimentação do condensador.
a.3)Diafragma – dispositivo que regula a intensidade de luz que atinge a
preparação, comandado por uma alavanca de abertura e fechamento da
peça, localizada no condensador.A sua regulagem adequada evita os raios
luminosos marginais, obtendo uma imagem mais nítida.(Alguns microscópios
são dotados ainda de outro tipo de diafragma chamado de diafragma de
campo, constituído de um anel giratório sobre a fonte de luz, no pé do
microscópio).
b) Objetivas - cada objetiva é um conjunto de 4 ou mais lentes superpostas.
O microscópio possui geralmente 4 objetiva proporcionando aumentos
diferentes. O valor do aumento está gravado na própria objetiva. O segundo
6
número gravado corresponde a abertura numérica da lente
c) Ocular – é a lente superior do microscópio que se encaixa no tubo, o qual
pode sustentar 1 ou 2 oculares. Constitui-se de 2 lentes convergentes que
ampliam e corrigem defeitos da imagem formada pela objetiva. Traz gravado
o aumento que proporcionará.
Poder de resolução e aumento
Normalmente, a utilidade do microscópio está associada a sua capacidade de
ampliação da imagem de um dado objeto. No entanto, a qualidade de um
microscópio está ligada ao seu poder de resolução, que pode ser inferido
indiretamente através do limite de resolução do sistema óptico.
Poder de resolução é a capacidade de um sistema óptico de revelar detalhes
da estrutura.
Limite de resolução (LR) corresponderá à menor distância entre dois pontos
que ainda permite que sejam distinguidos separadamente, individualizados.
Unidades de medida
O sistema mais utilizado para medidas é o métrico, de acordo com o Sistema
Internacional de medidas (SI).
As principais unidades de medidas usadas em Biologia celular são milímetro
(mm), micrômetro (μm), nanômetro (nm)
Tabela de Medidas
- 1m = 103 nm
= 106 μm
= 109 nm
7
Manuseio correto para focalização
Segundo Jordão et. al. (1998, p.16):
1. Gire o revólver, encaixando a objetiva de menor aumento no eixo óptico.
Quando se encaixa corretamente se produz um pequeno ruído característico.
2. Abra a presilha do charriot e coloque a lâmina sobre a platina, sempre com a
lamínula voltada para cima, verifique anteriormente se lâmina esta limpa.
3. Centralize o material no orifício da platina, utilizando os parafusos do charriot
4. Coloque o condensador na posição mais elevada.
5. Levante a platina até o fim movimentando o parafuso do macrométrico com as
duas mãos. Quando chegar ao final não force o parafuso, pois pode danificá-
lo.
6. Acenda a luz do microscópio
7. Certifique-se de que o diafragma está aberto, olhando se há passagem de luz
através da lâmina.
8. Olhando agora através da(s) ocular (es), com os dois olhos abertos, abaixe
lentamente a platina, movimentando o parafuso do macrométrico com as duas
mãos, até que o material possa ser visto
9. Observando o material, corrija a distância entre as duas oculares, de tal forma
que passe a enxergar só um campo de imagem.
10. Neste momento, refine o ajuste de foco utilizando o parafuso micrométrico.
11. Explore a preparação utilizando os parafusos do charriot.
12.A preparação pode agora ser observada com as demais objetivas,
respeitando sempre a ordem crescente de seus aumentos. Antes de passar para
a objetiva de aumento imediatamente superior, coloque sempre a parte do
material a ser observada no centro do campo de observação.
13. A partir da objetiva de aumento médio (10X) e com as demais objetivas, faça
o ajuste de foco utilizando somente o parafuso micrométrico
14. Quando necessário o uso da objetiva de (100X), chamada objetiva de
imersão, é imprescindível o uso do óleo de imersão entre a lâmina e a objetiva.
Para fazê-lo siga os seguintes passos:
a) Após ter focado com a objetiva de quarenta X gire o revólver em direção
à objetiva de 100X sem encaixá-la no eixo óptico.
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b) Pingue uma gota de óleo de imersão sobre a região iluminada da
lâmina.
c) Complete o giro do revolver encaixando a objetiva de 100X. Ao encaixar
a objetiva de 100X esta lente deve mergulhar na gota de óleo e arrastá-
la pela lâmina à medida que a preparação é explorada.
15. A cada objetiva que estiver usando ajuste a iluminação.
Como Guardar:
Terminada a observação:
a) desligue a luz;
b) gire o revólver para encaixar a objetiva de menor aumento;
c) abaixe totalmente a platina;
d) retire a lâmina e limpe-a, antes de guardá-la;
e) limpe as objetivas, as de 4X, 10X e de 40X somente com papel ultrafino
e a objetiva de 100X inicialmente com um papel ultrafino embebido em
uma solução de álcool/éter e em seguida com papel ultrafino seco.
f) enrole o fio no pé do microscópio e cubra-o com a capa.
Prática 1: Microscópio óptico
Objetivo: Observando a imagem de um microscópio, identificar no esquema abaixo
seus componentes.
Material:
►microscópio óptico
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Prática 2: Funcionamento da lente do microscópio
Objetivo: verificar o mecanismo de funcionamento das lentes e o manuseio correto
do microscópio.
Material:
►microscópio óptico;
►lâmina;
►decalque de letras;
►esmalte transparente.
Procedimento:
1. aplicar sobre a lâmina duas ou três letras do decalque.
2. observar a posição da letra, na imagem formada pelo microscópio, com a objetiva
de 5X e de 10X.
Resultado:
Fig.1 letra A aumento de 5x Fig.2 letra F aumento de 5X
10
Fig.3 Lâmina usada para observação das letras
II - LÂMINAS PERMANENTES
Preparo de lâminas permanentes
Embora seja possível o estudo microscópico das células vivas, muitas vezes
há vantagem em obter um preparado (lâmina permanente) no qual as células ficam
preservadas, isto é, fixadas e coradas, para melhor demonstração de seus
componentes.
Essa técnica tem como objetivo a preservação e estabilização das estruturas
celulares, que permitem a utilização do material por longos períodos de tempo.
(JORDÃO et.al, 1998).
Objetivo: Confeccionar lâminas permanentes de diferentes órgãos, como rim,
fígado, coração e estômago de rato para a observação de diferentes tecidos e
estruturas celulares.
Para a obtenção desse material (permanente) que serão observados ao
microscópio óptico e em multimídia com clareza e nitidez, para isso, torna-se
necessário um conjunto de etapas pelas quais os materiais de estudo necessitam
passar.
1 - OBTENÇÃO DO MATERIAL
a) Faça uso de luvas para pegar o animal (camundongo).
b) Com algodão embebido em éter etílico anestesia-se o mesmo.
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c) Prenda-o em uma placa de cortiça sempre deixando o algodão bem próximo de
suas narinas.
d) Cuidadosamente, com o auxílio de uma tesoura e uma pinça retire-se a pele do
abdômen sem danificar o peritônio, que também será removido posteriormente.
(fig.4).
e) Retiram-se os órgãos desejados para o estudo (nesse caso foram utilizados o
fígado, coração, estômago e rins).
f) Se houver necessidade de lavagem prévia, utilizar soro fisiológico.
g) Introduza os órgãos no fixador Bouin de 12 a 24 horas e após 5 min. os mesmos
serão cortados ao meio para melhor absorção do produto.
Fig.4- Camundongo previamente anestesiado e aberto para a retirada de alguns órgãos
2. FIXAÇÃO 2.1) Preparo e função do fixador
O fixador deve ser preparado no momento do uso, pois pode sofrer mudanças
de estado físico devido à evaporação.
O fixador Bouin tem a seguinte fórmula (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
Mistura-se em uma proveta graduada de 100 ml:
· 75 ml de solução saturada de ácido pícrico;
· 25 ml de formol;
· 5 ml de ácido acético fazendo uso de uma pipeta graduada.
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Tem como função manter a integridade do tecido preservando suas estruturas
celulares, provoca o enrijecimento das células, permite que o material resista melhor
às etapas seguintes e ainda pode aumentar a afinidade do material pelos corantes
citológicos.
Os órgãos foram imediatamente colocados num Becker contendo Bouin,
Assim que foram retirados, passado 5 minutos o órgão foi cortado em pedaços
próximos a 2cm3, em seguida o tecido permaneceu no fixador por 24horas.
3. DESIDRATAÇÃO
Decorridas as 24horas no fixador de Bouin, o material deverá ser desidratado
para posterior inclusão, passando pelas seguintes etapas:
· Álcool 70% -------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.
· Álcool 95%--------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.
· Álcool absoluto---------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.
4. DIAFANIZAÇÃO
Depois do banho em álcool absoluto a peça passará para:
· Xilol----------------------------------------------------------------- 4 banhos de 30 min.
O último banho ocorrerá dentro da estufa 70ºC, em recipiente aberto.
O Xilol tem como função retirar o álcool do material para que a parafina
penetre na peça.
· Em seguida damos banhos de Parafina------------------------ 4 banhos de 30
min.(todos dentro da estufa a 70ºC), para que o material adquira resistência para
que possa ser posteriormente cortado.
5. INCLUSÃO
Em um molde de ferro (bloco) é colocada parafina em estado líquido. Em
seguida coloca-se o material nos blocos contendo parafina líquida, que depois de
solidificados serão fixados em blocos de madeira (taqueamento), aparando-se suas
arestas, para realizar a microtomia (fig. 5 e fig. 6).
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Fig.5 mostra o material sendo incluído na parafina no molde de ferro
Fig. 6 Mostra o material sendo fixado nos tacos; Taqueamento
6. MICROTOMIA
Após o taqueamento, leve o material para o micrótomo (fig. 7), que é o
equipamento próprio para executar cortes muito finos (aproximadamente de 5-
7micrômetros), através de uma navalha de aço (fig.8).
Os cortes em seguida são colocados em um banho-maria (equipamento
contendo água e gelatina sem sabor) para que os cortes sejam distendidos e fiquem
aderidos na lâmina. (fig. 9) Os cortes são pescados com uma lâmina e levados ao
microscópio para verificar se há formação de bolhas, sujeiras etc.
14
Fig.7 Material no micrótomo para ser cortado
Fig.8 Corte do material no micrótomo
Fig.9- Banho-maria
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7. COLORAÇÃO
O material é corado para evidenciar os diferentes componentes celulares, a
Hematoxilina cora de azul ou violeta o núcleo e outras estruturas ácidas e a Eosina
cora o citoplasma em cor-de-rosa. Antes da coloração o material deverá passar
pelas seguintes etapas:
· Desparafinização: Após 24 horas na estufa as lâminas serão colocadas em um
suporte (cesta) e mergulhadas em xilol por 10 min, novamente em outro recipiente
contendo xilol por mais 5 min.
Fig.10- Lâminas na estufa
· Hidratação: Neste momento as lâminas serão mergulhadas em:
Álcool absoluto_________________________________________ 5 min.
Álcool absoluto_________________________________________ 5 min.
Álcool 95%____________________________________________ 5 min.
Álcool 70%____________________________________________ 5 min.
Água destilada_________________________________________ 5 min.
Após a hidratação, para retirada do excesso de água, introduza a cesta na
hematoxilina por 1 minuto, depois leve para água corrente por 10 minutos, escorra
bem e coloque na eosina por 30 segundos, leve novamente para água corrente e em
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seguida passe pelos seguintes banhos:
Álcool 70%_______________________________________ banho rápido.
Álcool 95%_______________________________________ banho rápido.
Álcool absoluto__________________________________________ 5 min.
Álcool absoluto__________________________________________ 5 min.
Álcool + xilol____________________________________________ 5 min.
Xilol diafanização________________________________________ 5 min.
Xilol montagem__________________________________________ 5 min.
Fig.11 Lâminas na cesta para a coloração Fig.12 Coloração das lâminas
8. MONTAGEM
Depois da coloração o material deverá ser protegido. Coloca-se uma gota de
bálsamo na lamínula e em seguida a lâmina sobre ela, guarde na estufa, a 25ºC,
onde ficará por aproximadamente 30 dias até a secagem do bálsamo.
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Fig.13 Bálsamo sendo colocado na lamínula
Fig.14 Lâmina pronta
Responda
1) Mediante as diversas etapas do preparo da lâmina permanente, cite a importância
da:
Fixação;
Inclusão;
Microtomia;
Coloração;
Desidratação;
Diafanização.
18
UNIDADE 2 - CÉLULA
CÉLULA:
A célula é a menor unidade morfofuncional dos seres vivos. Existem dois tipos
de células: as procariontes e as eucariontes.
Procariontes: (pro, primeiro e cario, núcleo) cujo DNA não está separados do
citoplasma por membrana e as Eucariontes: (eu, verdadeiro, cario, núcleo) com o
núcleo bem individualizado e delimitado pelo envoltório nuclear. Entre a célula
procarionte e eucarionte há outras diferenças importantes como a pobreza de
membrana nas células procariontes, nelas a única membrana presente é a
membrana plasmática. Possui uma parede rígida externa a membrana plasmática
com a função de proteção mecânica. Na face interna da membrana encontram-se
enzimas relacionadas com a respiração. O citoplasma contém numerosos
polirribossomos.
Já as células Eucariontes são compartimentalizadas e apresentam três partes
morfologicamente distintas, a membrana plasmática, o citoplasma e o núcleo. O
citoplasma é envolto pela membrana plasmática, nele encontramos varias
organelas, o núcleo pelo envoltório nuclear (COOPER, 2007). Podendo ocorrer
isoladamente os seres unicelulares ou formar arranjos ordenados, os tecidos que
constituem o corpo dos seres multicelulares.
As células de um organismo multicelular têm formas e estruturas variáveis e
se diferenciam de acordo com suas funções específicas nos diferentes tecidos (DE
ROBERTIS,et. al., 2001).
O corpo humano, por exemplo é composto por mais de 200 tipos de células
diferentes cada uma especializada para funções distintas, como memória,
movimento e digestão.
As células que compõem o corpo humano geralmente são consideradas
como componentes de quatro tipos principais de tecidos: tecido epitelial, tecido
conjuntivo, tecido nervoso e muscular.
As plantas são compostas por uma menor variedade de tipos celulares que os
animais, mas cada tipo diferente de célula vegetal e especializado para realizar uma
função específica. As células das plantas são organizadas em três principais
19
sistemas de tecidos: tecido de sustentação, tecido de revestimento e tecido vascular.
(COOPER, 2007).
Estrutura da Célula:
A célula é constituída de membrana plasmática, citoplasma e núcleo.
Membrana Plasmática: envolve toda célula. Ela é contínua e apresenta proteínas
por meio das quais a célula realiza o intercâmbio de substâncias com o exterior.
Tanto nas células vegetais como animais, a membrana permanece em constante
atividade.
Nas células vegetais, além da membrana, existe a parede de celulose sobre a
membrana plasmática que tem função de conferir sustentação e proteção a célula.
Nas células animais, além da membrana temos o glicocálix (do grego: glikys,
açúcar; calys, casca) composto por glicoproteínas, glicolipídios e polissacarídeos,
possui varias funções alem de proteção, está envolvido também no reconhecimento
molecular entre as células (DE ROBERTIS, 2001) e é também capaz de reter
nutrientes e enzimas ao redor da célula (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
Citoplasma: é a porção da célula localizada entre um núcleo e a membrana
plasmática. Ele contém uma parte fluida denominada citosol em que há varias
estruturas mergulhadas denominadas organóides.
O citosol é constituído por água, proteínas, sais minerais e açúcares,
possuem um aspecto gelatinoso.
Apresenta um citoesqueleto que desempenha um papel mecânico de suporte,
mantendo a forma celular e a posição de seus componentes celulares, podendo
ainda auxiliar nos movimentos celulares como a contração, formação de
pseudópodos, deslocamentos intracelulares de organelas, cromossomos, vesículas
e grânulos diversos.
Núcleo: é uma estrutura celular que comanda a maioria das atividades da célula
através da regulação gênica. Este separado do citoplasma por uma membrana dupla
chamada envoltório nuclear que contem a mesma composição química da
membrana plasmática (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
20
O núcleo, geralmente único, localiza-se no centro da célula. No entanto, em
células que armazenam material a ser secretado, como as células acinosas do
pâncreas e as caliciformes do intestino, o núcleo tem posição basal.
As células vegetais apresentam núcleo periférico devido à presença do
grande vacúolo citoplasmático. Também existem células com dois ou mais núcleos.
São exemplos algumas células hepáticas com dois núcleos e as fibras musculares
com várias dezenas de núcleos.
Fig.15 Partes da célula. Célula da mucosa oral aumento 40X
Diferenças Morfológicas das Células Eucarióticas:
As células de um organismo multicelular variam em forma e estrutura,
diferenciando-se de acordo com sua função específica dos diversos tecidos e
órgãos.
Algumas células, como as amebas e os leucócitos, mudam de forma
frequentemente. Outras, como as células nervosas e a maioria das células vegetais,
sempre possuem um formato típico que é mais ou menos fixo e específico para cada
tipo de célula.
A configuração celular depende principalmente de suas adaptações
funcionais, tensão superficial e viscosidade do protoplasma, da ação mecânica
exercida pelas células vizinhas da rigidez da membrana celular, da orientação dos
microtúbulos.
O tamanho da célula também é variável, a maioria das células é visualizada
com o auxílio do microscópio, pois possuem apenas poucos micrômeros de
diâmetro.
21
Num determinado tipo de célula, o volume e bastante constante e
independente do tamanho do organismo (DE ROBERTIS, 2001).
Atividade Prática:
1. Diversidade das formas celulares.
Objetivo: Observar as formas variáveis das células.
Material: Lâmina permanente de corte de fígado corada com Hematoxilina – eosina
(HE) e de folha de samambaia a fresco.
Procedimento: Observar a lâmina permanente de corte de fígado, de rato, através
das objetivas: 5x, 10x, 40x.
Resultado:
Fig.16 – Imagem das células de fígado de rato na objetiva de 100x
Observação da folha da samambaia.
Objetivo: Observar as formas variáveis das células.
Material:
-Folha da Samambaia;
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-Lâmina;
-Lamínula;
-Água;
-Microscópio;
-Lâmina de barbear;
-Pinça.
Procedimento: Dobrar o limbo da folha da samambaia para facilitar a retirada da
epiderme inferior, com o auxilio da lâmina de barbear retirar a epiderme inferior.
Com o auxílio da pinça, acomodar o material na lâmina. Pingar uma gota de água e
cobrir com a lamínula evitando a formação de bolhas de ar. Em seguida leve ao
microscópio para observar na objetiva de 5x
Resultado:
Fig.17 Epiderme de folha de samambaia 20x
Fig.18 Epiderme de samambaia 40x: A - parede celular, B -cloroplasto C -núcleo
Responda:
1) O que é célula?
2) Qual a diferença entre célula procarionte e eucarionte?
3) Como é constituída a célula? Explique.
4) O que vamos encontrar no citoplasma?
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CÉLULA VEGETAL
Tanto as células animais como vegetais são semelhantes em muitos aspectos
de sua morfologia, como estruturas moleculares das membranas e de várias
organelas.
Elas diferem na característica morfofisiológica como a presença de uma
parede celular rígida, composta de celulose, resistente, dá sustentação e proteção
mecânica à célula.
Possui grandes vacúolos com características próprias, diferentes dos
pequenos vacúolos das células animais, estrutura que chega a ocupar 95% do
volume celular.
O vacúolo é uma organela que desempenha inúmeras funções. Acumula
nutrientes metabólicos e catabólitos, servem de depósito de substâncias específicas
com proteína, ópio, látex e também de várias substâncias venenosas ou de gosto
desagradável, que protegem a planta contra seus predadores. Essa variedade de
função se dá pela variedade de substâncias que possui.
As células vegetais possuem ainda os plastos ou plastídios, alguns deles
como o leucoplasto são incolores e participam principalmente do armazenamento e
metabolismo do amido, proteínas, lipídeos.
Outros plastos contêm diversos pigmentos e são em conjunto denominados
cromoplastos. Destes os mais importantes são os cloroplastos, que contêm um
pigmento verde, a clorofila (clhoros, verde), presentes nas algas verdes e partes
aéreas verdes das plantas, que conferem a capacidade de sintetizar compostos
orgânicos utilizando gás carbônico e a energia da luz solar através de um processo
complexo chamado fotossíntese.
Os demais pigmentos presentes nos cromoplastos recebem nomes especiais,
de xantoplastos, quando pigmento predominante é a xantofila (Xantós, amarela), ou
eritroplastos, quando neles predomina a eritrofila (erithrós, vermelho) tem a função
de atração de insetos e outros animais com os quais co-evoluíram tendo, assim, um
papel essencial na polinização das flores e na dispersão de frutos e sementes.
24
Fig.21 - Plastos (Elodea sp) 40x
Fig 19 Vacúolo de cel. vegetal (Tradescantia sp)40X Fig.20- parede celulósica
25
UNIDADE 3 – SISTEMA CIRCULATÓRIO
Sistema Circulatório
Segundo Ross (2008), o sistema circulatório abrange o sistema linfático e
vascular sanguíneo. O sistema linfático inicia-se por túbulos de fundo cego, os
capilares linfáticos que gradualmente se anastomosam para formar vasos de
calibres cada vez maiores e que terminam atingindo o sistema vascular sanguíneo,
desembocando em grandes veias perto do coração.
Função: devolver ao sangue o fluido dos espaços teciduais, que, ao penetrar
nos capilares linfáticos, contribuem para formar a parte liquida da linfa. Participa
também da circulação de linfócitos e imunoglobulinas, que penetram nos vasos
linfáticos quando estes atravessam os órgãos linfáticos.
O sistema vascular sanguíneo e formado por:
Coração- é uma bomba muscular que mantém o fluxo unidirecional do
sangue. O coração em vertebrados superiores tem quatro câmaras, os átrios direito
e esquerdo e os ventrículos direito e esquerdo, através dos quais o sangue é
bombeado. Válvulas protegem as saídas das câmaras, impedindo o fluxo de sangue.
Um septo intralateral e um septo intraventricular separam os lados direito e esquerdo
do coração.
O átrio direito (AD) recebe sangue retornando ao corpo pelas veias cavas
superior e inferior, as duas maiores veias do corpo.
O ventrículo direito (VD) recebe sangue do átrio direito e bombeia para os
pulmões para a oxigenação pelas artérias pulmonares.
O átrio esquerdo (AE) recebe o sangue oxigenado retornando aos pulmões
pelas quatro veias pulmonares.
O ventrículo esquerdo (VE) recebe sangue do átrio esquerdo e o bombeia à
aorta para a distribuição à circulação sistêmica.
As paredes do coração contêm:
·Uma musculatura para a contração visando impelir o sangue.
·Um esqueleto fibroso, que consiste em quatro anéis fibrosos
circundando os orifícios das valvas, dois trígonos fibrosos unindo os
anéis e a parte membranosa do septo intraventricular e intratrial.
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Artérias- função de transportar para os tecidos o sangue rico em nutrientes e
oxigênio.
Capilares- função de intercâmbio de substâncias entre sangue e tecidos.
Veias- função de retornar o sangue ao coração.
Sangue:
É um tecido do tipo conjuntivo. É uma massa líquida contida num
compartimento fechado, o aparelho circulatório, que a mantém em movimento
regular e unidirecional, devido essencialmente às contrações rítmicas do coração. O
volume total de sangue de um homem normal pesando 70 kg, e aproximadamente
5,5l. Tem a função de transportar, oxigênio, gás carbônico, glicose, ureia, hormônios
e água.
Oxigênio: transportado dos pulmões para os tecidos do corpo.
Gás Carbônico: transportado dos tecidos para os pulmões
Glicose: distribuída para todos os tecidos do corpo, onde será utilizada na
respiração celular liberando energia.
Hormônios: transportados das glândulas endócrinas para os tecidos onde
vão exercer sua ação específica
Água: distribuídas para todos os tecidos, em diferentes quantidades,
adequadas em suas funções.
Calor: resultante das transformações energéticas celulares deve ser
distribuído por todo corpo contribuindo para a manutenção de uma temperatura geral
constante.
O sangue é formado de duas fases: do volume considerado, plasma 55% de
cor clara e 45% os glóbulos sanguíneos de cor vermelha.
A maior parte desse volume corresponde aos glóbulos vermelhos (hemácias).
Apenas uma pequena parte desse volume é constituída pelos glóbulos brancos
(leucócitos) e pelas plaquetas.
Plasma: onde as substancias transportadas pelo sangue ficam dissolvidas.
Apresenta uma notável constância de composição química, que, aliás, é muito
complexa. O plasma tem 90 a 91% de água e 9 a 10% de substâncias orgânicas e
inorgânicas.
A fração mineral é pequena, da ordem de 0,9% predominando os íons sódio,
cloro, potássio, cálcio e fosfatos.
27
Eritrócitos ou Hemácias: células anucleadas na fase adulta, na fase jovem
apresentam núcleo possui uma forma bicôncava, são flexíveis.
A concentração normal de eritrócitos no sangue é de aproximadamente 4,5 e
5,5 milhões por milímetro cúbico na mulher e no homem, respectivamente.
Quando o sangue contém elevada porcentagem de hemácias anormais, diz-
se que existe anisocitose.
A função das hemácias é carregar a hemoglobina, uma proteína básica a qual
é responsável pelo transporte de gases gás carbônico, gás oxigênio, monóxido de
carbono.
Leucócitos: Os leucócitos ou glóbulos brancos do sangue são corpúsculos
incolores envolvidos nas defesas celulares do organismo. São células esféricas,
quando em suspensão no sangue circulante, porém capazes de tomar um aspecto
amebiforme ao encontrarem um substrato sólido. Constantemente, os leucócitos
deixam os capilares (diapedese) e penetram no tecido conjuntivo e deslocam-se em
diferentes tecidos, emitindo pseudopodes, com os quais podem fazer fagocitose de
corpos estranhos de várias naturezas, incluindo microorganismos.
O número de leucócitos por mm³ de sangue no adulto normal é de 5 a 10 mil
por mm³. Grandes variações desse número podem ocorrer em curtos períodos de
tempos, muitas vezes revelando processos infecciosos alérgicos no organismo.
Um pequeno aumento do número de leucócitos é chamado de leucocitose; na
leucemia o número é exageradamente alto. Uma diminuição do número normal é
chamado de leucopenia.
Tipos de leucócitos:
Os leucócitos são classificados em agranulócitos (hialinos) com citoplasma
homogêneo e granulócitos, com granulações dispersas pelo citoplasma e núcleos
lobulados ou irregulares.
1. Agranulocitos apresentam finíssimas granulações especificas no
citoplasma. Podem sofrer mitose, são mais ou menos indiferenciados.
Tem núcleo com forma irregular.
Há dois tipos de agranulócitos: linfócitos e monócitos.
a) Linfócitos: apresenta núcleo único tomando praticamente todo o
28
citoplasma.
Função: particularmente ativos nas reações a antígenos, relacionando-se à
produção de anticorpos.
b) Monócito: apresenta núcleo único com uma chanfradura, o que o
diferencia do linfócito jovem; são grandes.
Função: fagocitária, podem concentrar-se em maior número em regiões de
focos infecciosos, em outros tecidos sendo chamados de macrófagos.
2. Granulócitos : São células maduras, que não se dividem e permanecem
pouco tempo no sangue, migrando para os tecidos.
Possuem núcleo de forma irregular e mostram no citoplasma grânulos
específicos que de acordo com sua afinidade tintorial distinguem-se três tipos:
a) Neutrófilo : Tem cerca de 12μm; núcleo pouco volumoso é formado por
dois a cinco lóbulos(mais frequentemente, três lóbulos) ligados entre si por finas
pontes de cromatina. O citoplasma apresenta poucas granulações então pouca
afinidade por corantes.
Função: Os neutrófilos constituem a primeira linha de defesa celular contra
invasão de microorganismo, sendo fagócitos ativos de partículas de pequenas
dimensões.
b) Eosinófilo: Tem um diâmetro de 9μm, sendo, portanto um pouco menor
que o neutrófilo. São menos numerosos que os neutrófilos. Seu núcleo, em geral, é
bilobulado. A principal característica para a identificação do eosinofilo é a presença
de granulações ovóides (ácidas) no citoplasma as quais se coram pela eosina.
Função: fagocitar e destruir determinados complexos de antígenos e
anticorpos e limitar e circunscrever o processo inflamatório.
c) Basófilo: Mede cera de 12μm de diâmetro e têm um núcleo volumoso,com
forma retorcida e irregular, geralmente com aspecto de letra “S”. O citoplasma
apresenta grânulos básicos metacromáticos e, nos esfregaços corados com mistura
tipo Romanoswsky. Bastante raro no esfregaço de sangue humano de pessoas
normais.
Função: Estão relacionadas as reações de hipersensibilidade com liberação
de histamina.
Plaquetas: São corpúsculos anucleados com forma de um disco, medindo
cerca de 3μm de diâmetro, derivados de células gigantes da medula óssea, os
megacariócitos.
29
Existem apenas nos mamíferos. Sua concentração no sangue é muito
variável e os métodos para sua contagem são poucos precisos, devido à
propriedade que têm as plaquetas de se aglutinarem.
Acredita-se que seu número varia entre 200mil a 300mil por mm³ de sangue.
Função: relacionam-se com a capacidade que tem o sangue de impedir sua
própria saída quando os vasos sanguíneos são lesados. Quando um vaso se rompe,
as plaquetas da zona de lesão liberam a serotonina contida em seus grânulos. A
serotonina contida é vaso constritora, determina a contração da musculatura lisa dos
vasos sanguíneos, fazendo parar ou diminuindo o fluxo de sangue na área lesada.
As plaquetas aderem facilmente ao colágeno exposto pela lesão e junto com
as células endoteliais atingidas pelo ferimento liberam tromboplastina que através de
uma reação em cadeia faz a conversão enzimática da protrombina do plasma em
trombina. Esta converte o fibrinogênio em fibrina.
Tanto a protrombina como o fibrinogênio são sintetizados no fígado pelos
hepatocitos e lançados no plasma. Após sua formação, a fibrina se polimeriza,
formando uma matriz fibrilar que prende mais plaquetas e células do sangue, dando
origem ao tampão hemostático, que é a base do coagulo sanguíneo.
As plaquetas liberam também trombostenina, uma proteína contrátil, que se
incorpora ao coagulo e causa sua retração. Subsequentemente as enzimas dos
lisossomos das plaquetas podem contribuir para a lise e remoção do coágulo, após
cessar a hemorragia (JUQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
Sugestão de atividade prática
Objetivo: visualizar e identificar as células do sangue.
Serão apresentadas aos alunos as imagens obtidas de lâminas permanentes
confeccionadas no laboratório de Biologia Celular – UEL.
A técnica de confecção de lâminas de esfregaço sanguíneo está apresentada
abaixo:
30
Material:
Lanceta;
Algodão com álcool 70%;
Lâmina;
Corante (Leishmann);
Água destilada.
Procedimento:
a) Desinfete com algodão embebido em álcool a 70% a polpa do dedo anelar de
uma das mãos. Em seguida, faça uma punção no local desinfetado, com o auxílio de
uma lanceta descartável.
b) Com a outra mão,pressione o dedo lancetado da base para extremidade, até
formar uma gota de sangue.
c)Deposite imediatamente a gota de sangue sobre a lâmina limpa e seca próximo a
uma de suas extremidades.
d) Apoie uma outra lâmina sobre a que tem a gota de sangue em um ângulo de 45°,
deslocando-a para trás até encostar na gota de sangue.Espere que a gota se
espalhe uniformemente pela borda da lâmina por capilaridade.
e)Escorregue esta lâmina para frente, de forma que ela carregue o sangue de uma
só vez, para formar uma camada delgada e uniforme
f) Deixe o esfregaço secar completamente ao ar livre.
Coloração :
a) Cobrir a lâmina completamente com o corante Leishmann por 6 minutos.
b) Acrescentar cerca de 20 gotas de água destilada e deixar 10 minutos.
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c) Em seguida, lavar a lâmina em água corrente suavemente
d) Apoiar a lâmina em um suporte em que ela fique inclinada para secar
completamente.
e) Observar em microscópio óptico nas objetivas de 5X, 10X,40Xe100X.
Resultado:
Fig. 22 células do sangue 1.Hemácias humanas, 2.Hemácias humanas, 3 Hemácias de aves, 4 Monócito,5.Linfócito jovem, 6 Linfócito com chanfradura ,7Linfócito Trilobado 8.Linfócito Bilobado, 9 Linfócito Tetralobado 10.Eosinófilo, 11.Eosinófilo 12.Eosinófilos.
Observação: Serão trabalhadas com os alunos as imagens obtidas de lâminas
permanentes confeccionadas no laboratório de Biologia Celular - UEL.
32
1. Responda
a) O que compreende o sistema circulatório?
b) Qual a função do sistema linfático?
c) Quais órgãos compõem o sistema vascular sanguíneo?
d) Que tipo de tecido é o sangue e qual sua função?
2. Relacione as colunas:
(a) Plasma ( ) relacionados com reações de hipersensibilidade.
(b) Hemácias ( ) carregar hemoglobina,transporte de gases.
(c) Neutrófilo ( ) fagocitar e destruir determinados complexos antígeno com anticorpo. (d) Eosinófilo ( ) relacionadas com a coagulação.
(e) Basófilo ( ) fagocitar partículas de pequenas dimensões.
(f) Plaquetas ( ) transporte de substâncias.
3. Através da observação das imagens caracterize:
(a) Eosinófilo:
(b) Neutrófilo:
(c) Eritrócitos:
(d) Linfócitos:
(e) Monócito:
33
UNIDADE 4 – SISTEMA DIGESTÓRIO
Sistema Digestório
Este sistema é formado pelo tubo digestivo e glândulas anexas e tem como
função retirar dos alimentos ingeridos os metabolitos necessários para o
desenvolvimento e a manutenção do organismo.
O tubo digestivo tem um comprimento surpreendente cerca de 10 a 12 metros
no adulto. A maior parte corresponde ao intestino delgado, que mede
aproximadamente 9 metros.
Essa decomposição molecular se caracterizará pela ação de enzimas de
diversos órgãos digestivos. A redução atende a dois objetivos. Primeiramente
permitirá que as moléculas atravessem membranas do intestino delgado,
penetrando na corrente sanguínea sendo, então utilizadas pelo organismo. Em
segundo lugar, simplificará moléculas complexas dando-lhes condições de
aproveitamento pelas células do corpo, para a elaboração de novo protoplasma ou
para a combustão.
O alimento penetra no organismo pela boca, onde sofre ação mecânica de
dentes e ação química da saliva chegando ao esôfago.
No estômago pode permanecer por 4 horas deixando o estômago o alimento
é empurrado para o intestino delgado, no qual ocorre a absorção do alimento já
digerido que passa para a corrente sanguínea, a parte não aproveitável dos
alimentos vai para o intestino grosso onde ocorre grande absorção de água, a parte
inaproveitável chega ao reto e é eliminado pelo ânus (BLOUCH et al.,1995).
Estômago
É uma porção dilatada do tubo digestivo situado abaixo do diafragma e recebe
o bolo alimentar proveniente do esôfago. O estômago é dividido em três regiões de
acordo com o tipo de glândula que cada uma delas contém:
Porção Cárdia: circunda o orifício esofágico .
. Fundo: situa-se acima do nível de uma linha horizontal traçada através do orifício
esofágico cárdico.
34
. Corpo: situa-se abaixo dessa linha.
Porção Pilórica: é uma região em forma de funil que conduz ao piloro, a região
esfincteriana estreita e distal entre estômago e duodeno.
Porção Fúndica: é a maior, está situada entre a cárdia e o piloro e contém glândulas
fúndicas.
Visão geral do estômago
Esse tubo tem a mesma organização básica em todo seu comprimento. Sua
parede é formada por 4 camadas distintas:
Mucosa: consistindo em um epitélio de revestimento, um tecido conjuntivo
subjacente denominado lâmina própria e na muscular da mucosa, composta de
músculo liso.
Submucosa: Consiste em um tecido conjuntivo irregular denso.
Muscular externa: consiste na maior das porções em duas camadas de músculo liso.
Serosa: uma membrana constituída de um epitélio simples pavimentoso, mesotélio e
uma pequena quantidade de tecido conjuntivo subjacente.
Adventícia: Constituída apenas de tecido conjuntivo é encontrada onde a parede do
tubo está diretamente acoplada ou fixada a estruturas adjacentes (isto é, parede do
corpo e certos órgãos retroperitoneais).
Intestino
É um tubo longo dividido em duas partes:
Intestino Delgado
É a porção do tubo digestivo onde ocorrem processos finais da digestão dos
alimentos e de absorção dos produtos da digestão. É um órgão bastante longo
(cerca de 6m) o que permite uma ação mais demorada das enzimas digestivas.
Apresentam três porções: Duodeno, Jejuno e Íleo.
35
Intestino Grosso
É a parte final do tubo digestivo onde se completam as funções digestivas.
Ocorre absorção da água presente no material que chega do intestino delgado. Os
resíduos que sobram após a absorção de água se compactam e formam as fezes,
eliminadas pelo ânus. (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1999).
Sugestões de atividade prática
Observação de diferentes tecidos e estruturas celulares.
Objetivo:
Observar as diversas estruturas celulares, tecidos e forma da célula do
estômago.
Material:
Lâmina permanente de corte de estômago de rato, corada com Hematoxilina-
Eosina (HE).
Procedimento:
Observar a lâmina permanente de corte de estômago ao M.O. com as
objetivas de 5x,10x,40x,e100x.
36
Resultado:
Fig. 23 - Estômago de rato 10x Fig.24- Estômago de rato 40x
Principais glândulas anexas do sistema digestório
I - Fígado
É a maior massa de tecido glandular do organismo e o maior órgão interno,
pesando cerca de 1.500 gramas e sendo responsável por aproximadamente 2,5%
do peso corporal do adulto.
O fígado é glândula anexa do tubo gastrointestinal
Está localizado no quadrante superior direito e parcialmente no quadrante
superior esquerdo da cavidade abdominal, protegido pelo arcabouço costal. O fígado
é recoberto por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso, um revestimento seroso
circunda a cápsula exceto onde o fígado adere diretamente ao diafragma ou a outros
órgãos
No embrião o fígado se desenvolve com evaginação endodérmica da parede
do intestino anterior (local que se tornará o duodeno) para formar o divertículo
hepático. Esse divertículo prolifera, dando origem aos hepatócitos (fig.25) que
assumem arranjos em cordões celulares (fígado), com isso formando o parênquima
hepático (fig.26).
Portanto as células do fígado, os hepatócitos, são células de grande
versatilidade funcional, pois têm funções glandulares endócrinas e exócrinas
Mucosa Submucosa
37
simultâneas, além de sintetizar e acumular vários outros compostos.
Funções endócrinas e exócrinas do fígado:
Produz e segrega muitas proteínas plasmáticas circulantes.
Faz captação e armazenamento e distribuição de nutrientes e vitaminas da
corrente sanguínea.
Mantém o nível sanguíneo de glicose e regula os níveis circulantes das
lipoproteínas de muito baixa densidade.
Degrada e conjuga inúmeras substâncias tóxicas e medicamentos.
Produz uma secreção biliar que contem sais biliares, fosfolipídios e colesterol.
II – Pâncreas
É uma glândula mista tanto endócrina como exócrina.
A porção endócrina é formada pelas ilhotas de Langerhans.
A porção exócrina apresenta-se como uma glândula acinosa composta.
O pâncreas apresenta uma cápsula de tecido conjuntivo extremamente
delicada e pouco visível, que envia septos para o interior dividindo a glândula em
lóbulos.
A parte exócrina, células acinosas pancreáticas, são ricas em acido
ribonucléico (RNA) do nosso organismo o que está de acordo com sua intensa
atividade de síntese proteica.
O pâncreas exócrino humano produz, além de íons e água, enzimas e
proenzimas digestivas. O controle das secreções pancreáticas é feito principalmente
pelos hormônios secretina e colecistoquinina, produzidos no intestino delgado.
O pâncreas também participa de outras funções não relacionadas com a
digestão. Nele há produção de hormônios, insulina e glucagon, que participa do
controle da glicose no sangue.
A insulina reduz a glicose e o glucagon aumenta essa substância no sangue.
(JUNQUEIRA e CARNEIRO 1999).
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Sugestão de atividade prática
Observação de células hepáticas.
Objetivo:
Observar a presença dos hepatócitos (células que constituem o parênquima
hepático).
Material:
Lâmina permanente de corte de fígado de rato com Hematoxilina-Eosina.
Procedimento:
Observar a lâmina permanente de corte de fígado ao microscópio óptico com
as objetivas de 5x, 10x, 40x e 100x
Resultado:
Fig.25 Corte de fígado de rato 10X Fig.26 Corte de fígado de rato 40X
Responda:
Quais os órgãos que constituem o sistema digestório?
Onde se inicia a digestão dos alimentos?
Em que parte do aparelho digestório acontece a absorção dos alimentos?
Como é formada a parede do estômago?
Cordões Núcleo
Citoplasma
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Qual a função do sistema digestório?
Descreva o fígado e cite suas funções?
Qual a função do pâncreas?
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UNIDADE 5 – SISTEMA EXCRETOR
Sistema excretor
Segundo Junqueira e Carneiro (1999), durante a atividade normal do corpo
formam-se produtos residuais. Os principais resíduos do corpo são gás carbônico,
água, uréia e sais. Água e gás carbônico se formam em cada célula como resultado
da oxidação do alimento para produzir energia. A eliminação de água se faz pelos
pulmões, pela pele e pelos rins. Os rins também fazem a eliminação da ureia que é
um produto resultante da decomposição das proteínas e do protoplasma.
O sistema Urinário consiste em dois rins, dois ureteres que cursam do rim até
a bexiga e uretra que cursa da bexiga ate o exterior do corpo.
Este sistema tem por função contribuir para a manutenção da homeostase,
produzindo a urina.
Rim
Os rins são órgãos avermelhados em forma de feijão localizado em ambos os
lados da coluna vertebral no espaço retroperitoneal da cavidade abdominal posterior.
Cada rim mede cerca de 10 cm de comprimento, e 6,5cm de largura e 3 cm de
espessura.
A superfície renal é coberta por uma cápsula de tecido conjuntivo. A cápsula
consiste em duas camadas distintas, uma camada externa de fibroblasto e colágeno
e uma interna de miofibroblastos. Ela adentra o hilo, onde forma o tecido conjuntivo
que recobre o seio e torna-se contínua com o tecido conjuntivo que forma as
paredes dos cálices e da pelve renal. Além da cápsula pode ser observado num rim
hemissecionado duas regiões; a medula e o córtex.
Córtex – A porção marrom–avermelhada externa.
Em seu interior encontram-se os néfrons.
O néfron é a unidade funcional do rim, filtrando o sangue e produzindo uma
pequena quantidade de urina. Mais de um milhão de néfrons encontram-se no córtex
de cada rim e filtram o sangue de todo o corpo aproximadamente trezentas vezes
por dia, um litro de sangue a cada cinco minutos.
Medula – A parte interna de coloração muito mais clara tem aspecto estriado,
essas estrias são raios medulares, seu nome reflete seu aspecto, uma vez que as
41
estrias parecem irradiar da medula.
Função do rim
Cada rim tem aproximadamente um milhão de filtros microscópicos.
O sangue atravessa esses filtros e são removidos a ureia,os sai e a água, que
se encaminham para a bexiga formando a urina, periodicamente eliminada.
Bexiga Urinaria
É o reservatório incumbido de armazenar temporariamente a urina formada
pelos rins.
Tem a forma aproximadamente esférica quando cheia, quando vazia ela se
colaba e se achata.
Sua capacidade de armazenamento gira em torno de 300ml a 1,5litro de
urina, antes da sensação de repleção.
Está situada na cavidade pélvica, por trás da sínfise púbica, da qual é
separada por um espaço denominado espaço retropúbico que é preenchido por
denso tecido gorduroso.
A maior extensão da bexiga recebe o nome de corpo ,enquanto para ela se
apresenta ligeiramente pontiaguda,recebe o nome de ápice.
Apresenta duas túnicas continuas que são muscular (músculo detrusor da
urina) e mucosa, separadas pela tela submucosa.
A mucosa é acidentada por um complexo de pregas que se entrecruzam, ao
nível do trígono é sensivelmente lisa.
Uretra
É um tubo que liga a bexiga com o meio exterior, sua função é levar a urina
da bexiga para o meio exterior, no ato da micção.
No sexo masculino, a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação.
No sexo feminino, é um órgão exclusivamente do aparelho urinário.
É muito diferente entre os dois sexos, portanto a uretra masculina se relaciona
também com o aparelho genital.
42
No homem é muito mais longa e sinuosa tem aproximadamente 20cm de
comprimento, na mulher é mais curta mede aproximadamente de 4 a 5cm de
comprimento e mais reta.
A uretra feminina não desempenha qualquer função que se relacione com os
órgãos genitais.
Essencialmente, a uretra masculina, como a feminina, é constituída por uma
túnica muscular forrada por uma túnica mucosa.
Tanto a uretra masculina como a feminina apresentam um esfincter profundo,
involuntário constituído de fibras representado pelo músculo esfincter da uretra
(fibras estriadas) que faz parte do diafragma urogenital, o qual controla a saída da
urina (CASTRO, et al. 1985).
Sugestão de atividade prática
Observação de rim de rato
Objetivo:
Observar as células do rim.
Material:
Lâmina permanente de corte de rim de rato, corado com hematoxilina eosina.
Procedimento:
Observar a lâmina permanente de corte de rim ao microscópio óptico nas objetivas
de 4X,10X,40X e 100X.
43
Resultado
Fig. 27 Rim de rato 10x Fig.28 rim de rato 40x – Túbulos contorcidos proximais com a bordadura em escova (microvilosidades)
Responda:
1) Quais as partes que compõem o aparelho excretor urinário?
2) Qual a função dos rins?
3) O corpo humano tem em média 5 litros de sangue , sabendo que a cada 5 min. o
rim filtra 1litro de sangue, quantos litros de sangue são filtrados a cada 24h?
4) Quais elementos tóxicos são retirados do sangue pelos rins?
5) Como é chamado os milhões de filtros renais?
Bordadura
estriada
Glomérulo
Túbulos
Renais
44
UNIDADE 6 - MATERIAL GENÉTICO
I - MATERIAL GENÉTICO
O núcleo, a cromatina e os cromossomos
A presença do núcleo é a principal característica que distingue uma célula
eucarionte de uma procarionte.
A maior parte da informação genética da célula está contida no DNA do
núcleo, existindo apenas uma pequena porção fora dele, nas mitocôndrias e
cloroplastos.
O núcleo controla o metabolismo celular pela transcrição do DNA nos
diferentes tipos de RNAs. Os RNAs são traduzidos em proteínas, produto final da
informação genética. (DE ROBERTIS et. al., 2001).
O núcleo contém componentes específicos relacionados a sua atividade
(cromatina, nucléolos, RNAs e diversas proteínas) e efetua trocas de substâncias
com o resto da célula.
Geralmente a forma do núcleo acompanha a forma da célula. As células
prismáticas têm núcleos alongados, enquanto as células poligonais ou esféricas têm
núcleos esféricos. Existem também muitos núcleos com forma irregular.
(JUNQUEIRA e CARNEIRO, 2005).
O núcleo interfásico é composto pelo envoltório nuclear, o nucleoplasma, a
cromatina e o(s) nucléolo(s).
Envoltório nuclear – Protege o material nuclear, separa o núcleo do citoplasma,
sendo responsável pela manutenção do núcleo como um compartimento distinto e
permitindo que a célula controle o acesso ao seu material genético. Visível apenas
ao microscópio eletrônico, não é contínuo apresentando vários complexos de poro, o
que facilita o transporte de substâncias.
Nucleoplasma – É constituído por uma solução aquosa de proteínas, RNAs,
nucleosídeos, nucleotídeos e íons, onde encontramos a cromatina e o nucléolo.
45
Nucléolo – São compostos por numerosas proteínas, pela porção do DNA que
contém os genes que codificam os RNAs ribossômicos e de montagem das
subunidades das ribossômicas. São estruturas nucleares esféricas, não envolvidas
por membrana. Eles são facilmente vistos ao microscópio de luz. Seu tamanho varia
de 1 a 7μm de acordo com o tipo celular e o estado funcional da célula.
Em células que apresentam alta atividade de produção de ribossomos, os
nucléolos são grandes e complexos. Nucléolos pequenos, em formas de anel, são
encontrados em células que produzem poucos ribossomos, como os linfócitos e
monócitos do sangue. Apesar de existirem núcleos com dois ou mais nucléolos,
geralmente o nucléolo é único.
Cromatina
Cromatina (do grego croma, cor) é toda a porção do núcleo que se cora e é
visível ao microscópio da luz, com exceção dos nucléolos.
O DNA é a principal substancia genética da célula, transportando informações
de maneira codificada de célula a célula e de organismo para organismo. O DNA não
está livre dentro da célula eucariótica, mas forma complexos com proteínas
histônicas (básicas) denominando-se cromatina.
No núcleo em divisão (mitose ou meiose) a cromatina está altamente
espiralizada e duplicada, constituindo os cromossomos. Assim a cromatina e os
cromossomos representam dois aspectos morfológicos e fisiológicos da mesma
estrutura.
Fig.29 graus de condensação da cromatina em 1.núcleo interfásico(cromatina distendida), 2.Núcleo em prófase (cromatina espiralizada 3.cromossomo humano (mais espiralizado) 4.cromossomos em seu grau máximo de espiralização.
46
Cromossomos:
Na grande maioria dos organismos vivos, são visíveis apenas durante a
divisão celular, na metáfase, etapa do ciclo celular que se encontra altamente
condensado.
O cromossomo metafásico é formado por um esqueleto de proteínas ácidas
responsáveis pela condensação da fibra de cromatina, na forma de solenóide.
Estrutura do Cromossomo Metafásico:
Cada cromossomo é constituído por duas regiões longitudinais .idênticas,
chamadas de cromátides (fig. 30), duas estruturas simétricas que contém duas
moléculas de DNA, unidas pela contrição primária, o centrômero (fig. 30) ponto de
ligação de cromátides irmãs, e local de união com o fuso mitótico,através de um
disco de proteínas, o cinetócoro que se encontra unido a heterocromatina do
centrômero.(DE ROBERTIS et. al, 2001).
Nas extremidades do cromossomo metafásico são encontrados sequência
especiais de DNA, que constituem os telômeros (do grego telos, fim) (fig.30) este
termo aplica-se ás pontas dos cromossomos que contem as extremidades da longa
molécula de DNA que constitui cada cromátide. Os telômeros apresentam
propriedades especiais, por exemplo, impedindo a adesão dos cromossomos entre
si, mantendo assim sua estabilidade.
Fig 30 – Partes de um cromossomo metafásico
47
Classificação dos Cromossomos:
A posição do centrômero vai definir quatro tipos de cromossomos:
A) Metacêntrico: Apresentam centrômero central, dividindo o cromossomo em dois
braços com tamanhos iguais (fig.31).
B) Submetacêntrico: O centrômero divide o cromossomo em braços desiguais (fig.
31) .
C) Acrocêntrico: apresentam centrômero quase terminal , deslocados para uma das
extremidades (fig 31).
D) Telocêntrico: Apresentam centrômero terminal o qual não é considerado em
humanos e em outros vertebrados.
Fig.31 Classificação de cromossomos humanos
Cariótipo:
Toda espécie animal e vegetal tem um complemento cromossômico
característico, o qual se denomina cariótipo.
O cariótipo é o conjunto de características constantes dos cromossomos da
espécie, quanto ao número, tamanho e morfologia ordenados aos pares e em ordem
48
decrescente de tamanho.
Nas células somáticas dos eucariontes, os cromossomos ocorrem aos pares,
sendo um cromossomo do par de origem paterna e outro de origem materna. Cada
cromossomo de um par e homólogo ao outro, ou seja, eles apresentam o mesmo
tamanho, a mesma morfologia, e a mesma sequência gênica (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
O número de cromossomos de uma espécie e constante e é mantido durante
os ciclos de divisão pelos quais a célula passa. Apenas durante a meiose quando se
formam gametas, ocorre a redução à metade no número de cromossomos da célula.
Os gametas são haplóides, isto é, apresentam n cromossomos. As células
somáticas são diplóides, ou seja, possuem dois n cromossomos.
O numero diplóides de cromossomos varia muito entre as espécies (fig. 4 e 5)
indo desde 2n = 2 na lombriga intestinal do cavalo Ascaris megalocefala, sendo 2n
= 46 para espécie humana.
Fig. 32 cromossomo humano Fig.33 cromossomo de rato
Exemplo: Número de cromossomos nas células diplóides de algumas espécies animais e vegetais.
Culex pipiens (mosquito)...................2
Rattus ratus (rato)..............................6
Carica papaya(Mamão)....................18
Solanum tuberosum(batata)...............48
49
Sugestão de atividade prática
Objetivo: Observar imagens de cromossomos metafásicos e identificar suas partes
Responda:
1) Faça o desenho de um cromossomo metacêntrico e localize suas partes.
2. Como é formado o cromossomo metafásico? De acordo com a posição do
centrômero, como podem ser classificados os cromossomos?
3 .Exemplifique células haploides.
4. Todas espécies têm o mesmo número de cromossomos? Exemplifique.
5) Relacione:
a) Haploide ( ) Estrutura simétrica que contem uma única molécula
de DNA.
b) Diploide ( ) Células que possuem metade do numero de cromossomos.
c) Telômero ( ) Ponto de ligação das cromátides irmãs.
d)Cromátide ( ) Células que possuem o número total de cromossomos da espécie.
e)Centrômero ( ) Sequência especiais de DNA localizadas no fim.
Sugestão de atividade prática
Objetivo: Observar a presença do núcleo celular em preparação a fresco de mucosa
bucal.(animal)
Material:
. Espátula de pau
. Lâmina
. Lamínula
. Corante – Azul de metileno
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. Microscópio
. Papel absorvente
Procedimento:
1. Com o auxílio de espátula colete o material da parte interna da boca (bochecha),
mucosa bucal.
Coloque sobre a lâmina, deixe secar, pingue o corante azul de metileno, com
o auxílio do papel absorvente, retire o excesso de corante, deposite a lamínula
tomando o cuidado para não formar bolha de ar. Em seguida leve ao microscópio
para observar a presença do núcleo nas objetivas de 4x,10x e 40x.
2. Observar a lâmina permanente de corte de fígado de rato, das hemácias de aves
e humana.
Resultados
Fig .34 - Hemácia de ave - mononucleada
Fig. 35- Hemácia Humana - anucleada
Fig. 36- Mucosa oral - mononucleada
Fig 37 - Células de Fígado mono e binucleada
Responda:
1) Qual a estrutura celular distingue uma célula eucariótica de uma procariótica?
2) Onde está contida a maior parte da informação genética da célula?
3) Como o núcleo controla o metabolismo celular?
4) Quais as partes que podem ser observadas no núcleo interfásico
5) Com que forma geralmente o núcleo se apresenta?
6) O que são nucléolos?
7) Existe núcleo com mais de um nucléolo?
51
II - DIVISÃO CELULAR
O crescimento, desenvolvimento e regeneração dos organismos vivos,
dependem do crescimento e da manipulação de suas células. (DE ROBERTIS et.al.,
2001 p.15)
Ciclo celular é o processo básico de gênese de novas células, compreende os
fenômenos que ocorrem desde a formação de uma célula até sua própria divisão em
células-filhas (JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2005).
A interfase, período em que a célula não esta em divisão ocorrendo a maioria
das reações químicas das células, incluindo a duplicação do DNA, a síntese de RNA
e a produção de proteínas celulares.
A interfase é dividida em três períodos G ¹ (do inglês gap, intervalo), S (de
síntese) e G ².
G ¹: Caracteriza-se pelo re-início da síntese de RNA e proteínas
S: Início da síntese de DNA; Durante esse período a célula duplica seu
conteúdo de DNA elaborando réplicas perfeitas das moléculas de DNA.
G ²: Neste período ocorrem os preparativos necessários para a divisão celular.
Neste período ocorre a checagem. onde a célula permanece com seu genoma
completamente replicado e reparado antes de ser transmitido as células filhas
(JUNQUEIRA E CARNEIRO, 2005).
A divisão celular é o período em que a célula reparte igualmente seu
conteúdo, já duplicado na interfase, em células filhas.
Esse período inclui essencialmente dois processos: a partilha exata do
material nuclear, chamada no sentido estrito de mitose (do grego Mitos, fio, filamento
) ou cariocinese (kario, núcleo e kinesis, movimento) e a divisão citoplasmática ou
citocinese (kitos, célula).
Costuma-se identificar a mitose como a própria divisão celular (JUNQUEIRA
E CARNEIRO, 2005).
MITOSE:
A mitose é um tipo especial de divisão celular que ocorre somente em células
somáticas e se caracteriza em manter a estabilidade de numero cromossômico. Nela
geram-se núcleos filhos com mesmo número de cromossomos; logo as células filhas
52
são idênticas umas às outras e às suas antecessoras. Esse tipo de divisão celular
compreende uma série de fases consecutivas conhecidas como: prófase, metáfase,
anáfase e telófase, as quais descrevem as principais alterações e a movimentação
dos cromossomos durante o processo. (DE ROBERTIS et. al., 2001).
Tendo passado pela interfase, o núcleo entra nesse processo de divisão ou
mitose seguindo as seguintes fases:
1ª Fase: Prófase – Os cromossomos iniciam o processo de condensação, os
nucléolos desorganizam-se e formam-se feixes de microtúbulos a partir dos
centrossomos, constituindo o fuso mitótico.
A fragmentação do envoltório nuclear marca o final da prófase.
2ª Fase: Metáfase – Maior condensação cromossômica. Os cromossomos
dispõem-se na zona equatorial da célula, presos a microtúbulos do fuso que estão
ligados aos polos opostos da célula.
3ª Fase: Anáfase – os centrômeros de cada cromossomo se separam, e as
cromátides-irmãs (agora cromossomos-filhos) são movidas para os polos opostos,
com a participação das fibras do fuso e de proteínas motoras.
4ª Fase: Telófase – os cromossomos filhos chegam aos polos e ocorre a
reconstituição dos núcleos com a descondensação dos cromossomos, a
reorganização dos nucléolos e a desagregação do fuso mitótico e reorganização do
envoltório nuclear.
Após a reconstituição dos núcleos filhos, completasse a divisão do citoplasma
(citocinese), originando assim, duas células filhas independentes (JUNQUEIRA E
CARNEIRO, 2005).
Sugestão de Atividade Prática
Objetivo: Observar as 4 fases da mitose em célula vegetal (raiz de cebola).
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Material:
-Raiz de cebola em álcool 70%
-Lâmina
-Lamínula
-Vidro de relógio
-Pinça
-Lamparina
-Microscópio
-Papel de filtro
-Estilete de agulha
-Lâmina de barbear
-Corante: Orceina Acética 2%
-Fixador: Ácido acético 50%
-Copo de Becker
Procedimento:
Segundo Jordão et al. (1998):
- Para obter a raiz coloca-se uma cebola sobre um copo de Becker com água,
apenas com o caule em contato com a água, para que as raízes cresçam após 3 a 4
dias as raízes terão atingido de 1 a 2cm de comprimento.
-Coletar as mesmas e colocar no fixador etanol acido acético por 24h.
-O fixador é usado para matar as células sem alterar suas estruturas
celulares. Depois se coloca em álcool 70%, guarda na geladeira para conservação e
utilização do mesmo.
-Retire com a pinça três raízes do álcool 70%.
-Coloque no vidro de relógio com o ácido acético 45% durante 5 minutos, para
que ocorra a hidrólise da camada de pectina existente na parede celulósica das
células vegetais.
-Retire do ácido acético 45% e coloque sobre a lâmina de vidro, ou algumas
gotas de orceína acética (corante).
-Aqueça a lâmina na lamparina sem deixar ferver (2vezes).
-Cubra com a lamínula.
54
-Com o auxílio de um lápis esmague o material batendo suavemente sobre a
lamínula.
-Cobrir a lâmina com um pedaço de papel filtro e com o polegar pressione o
material, para que as raízes fiquem bem esmagadas, para melhor observação no
microscópio.
-Levar ao microscópio e observar nas objetivas de 5x, 10x, 40x, 100x para
identificar as diferentes fases da mitose.
Fig 38. Fases da mitose em raiz de cebola – 1.Interfase, 2.Prófase, 3.Metáfase, 4.Anáfase, 5.Telófase, 6 Citocinese.
Responda:
Baseado no texto sobre divisão celular, responda:
- O que compreende o ciclo celular?
- O que o período de divisão celular inclui essencialmente dois processos, quais são
eles?
-Em que tipos de células ocorrem mitose?
-Quais são as fases da mitose e descreva as principais alterações e movimentação
dos cromossomos?
-O ciclo celular tem duração constante em todos os tecidos?
55
MEIOSE:
É um tipo de divisão celular que ocorre nas células diferenciadas
(germinativas) de organismos que se reproduzem sexuadamente.
Para que sejam produzidas células sexuais ou gametas, existe um complexo
mecanismo que consiste em duas divisões sucessivas, meiose I e meiose II, através
da qual o número de cromossomos e reduzido à metade, sendo assim, quatro
células resultantes de uma divisão meiótica possuem um número haploide de
cromossomos.
O estudo da meiose está diretamente relacionado ao da hereditariedade, pois
as leis que regem a transmissão dos caracteres baseiam-se no comportamento dos
cromossomos durante a meiose (DE ROBERTIS et. al., 2001).
Fases da meiose:
Prófase: ou prófase I é a mais complexa e divide-se em 5 períodos:
· Leptóteno (do grego leptos: delgado e tainia: filamento). Os
cromossomos começam a se condensar gradualmente em
cromossomos que ficam visíveis. Apesar de duplicados desde a
interfase eles aparecem bem desespiralizados.
· Zigóteno: (do grego Zygós: laço, união) Os cromossomos homólogos se
atraem iniciando o pareamento. Esse pareamento é conhecido como
sinapse ou complexo sinaptonêmico. O pareamento ocorre
ordenadamente ponto por ponto, ou seja, cromômero por cromômero,
aproximando os cromossomos homólogos que se alinham
naturalmente de uma maneira precisa, mas não se fundem,
permanecendo entre eles uma distância final (150 a 200 nm).
· Paquíteno (do grego pachys: espesso) As duas cromátides de cada
cromossomo tornam-se visíveis os dois homólogos pareados mostram
quatro filamentos que em conjunto chamamos de tétrades bivalentes
ou bivalentes.
Essa organização dos bivalentes assegura que regiões
56
homólogas do DNA sejam colocadas em proximidade, de tal, que é
favorecida a ocorrência de um segundo evento de grande importância
na meiose: a troca de segmentos de DNA entre os cromossomos
homólogos, que se denomina permuta ou crossing-over ou ainda
recombinação genética.
· Diplóteno (do grego diplos: duplo) Observa-se o início de separação
entre cromossomos homólogos, que passam a ser observados
individualmente. Essa separação não chega a ser completa, porque
persistem vestígios ou fragmentos, em certos locais denominados
quiasmas (do grego chiasma, disposição em cruz) onde os
cromossomos homólogos permanecem ligados.
Os quiasmas correspondem aos locais onde, na fase de
paquíteno ocorreu troca de genes entre os cromossomos homólogos,
os quiasmas são considerados a evidencia citológica do crossing-over.
· Diacinese: (do grego: dia, através e Kinesis: movimento e caracteriza-
se pelo aumento da repulsão entre os cromossomos homólogos. Esse
afastamento leva à chamada terminalização de quiasmas. fenômeno
que consiste em um deslocamento dos quiasmas para as extremidades
dos cromossomos à medida que aumenta a separação.
Durante a diacinese, os quiasmas são mantidos, o que é
importante para a distribuição correta dos cromossomos durante a
migração em anáfase.
Durante a diacinese acontece um marcante aumento de
condenação cromossômica, a desorganização dos nucléolos, a ruptura
do envoltório nuclear em pequenas vesículas, a ligação de cada
cromossomo do par de homologo às fibras do fuso, que os prendem
aos polos opostos da célula, e o movimento dos cromossomos para
aplaca equatorial da célula.
.
57
Metáfase I: Os cromossomos homólogos se dispõe na placa equatorial lado a
lado, na placa equatorial cada cromossomo do par homologo se
dispõe com seus dois cinetócoros voltados para polo opostos da
célula. Essa disposição assegura a disjunção dos cromossomos
homólogos, com uma distribuição de cromossomos paternos e
maternos (na maior parte das vezes carregando seguimentos
trocados) para os polos opostos.
Anáfase I: Os cromossomos homólogos são separados migrando para os polos
opostos da célula
Telófase I: O envoltório nuclear se reorganiza; os cromossomos desespiralizam.
O citoplasma sofre divisão e ocorre reorganização dos dois núcleos
filhos.
Interfase: é muito curta ou inexistente porque os cromossomos encontram-se
com dois filamentos duplicados.
As duas células resultantes da 1ª divisão meiótica são marcadas
pela presença de um número haploide de cromossomos(n) e de uma
quantidade “2c” de DNA, já que cada cromossomo ainda é duplo.
Diz-se, portanto, que a meiose I é uma divisão reducional e a divisão
II ocorre em seguida.
Meiose II
É uma divisão equacional do material genético, onde haverá uma divisão
equitativa do conteúdo de DNA entre os núcleos-filhos.
Apresentando as fases abaixo:
Prófase II: É semelhante a mitose. O envoltório nuclear e o nucléolo se
desorganizam. Os cromossomos condensam-se e há formação das
fibras do fuso mitótico
Metáfase II: Os cromossomos alinham-se no plano equatorial da célula
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Anáfase II: Ocorre a disjunção das cromátides irmãs, migrando para os polos
opostos da célula, porque as fibras do fuso, já ligadas aos
cromossomos começam a encurtar-se e atrair as cromátides irmãs
para os pólos opostos da célula.
Telófase II: Os cromossomos se desespiralizam, o envoltório nuclear os
nucléolos se reorganizam. Em seguida ocorre a citocinese, que dá
origem a quatro células, cada uma com numero haplóide de
cromossomos (n) e com quantidade “c” de DNA (JUNQUEIRA e
CARNEIRO, 2005).
Sugestão de atividade prática
Divisão celular – Meiose
Objetivo – Observar as fases da meiose em uma célula vegetal: antera de milho
(inflorescência masculina )
Material
. Inflorescência de milho
. Pinça
. Lâmina
. Lamínula
. Lâmina de barbear
. Papel filtro
. bastão metálico
. Lamparina de álcool
. Corante Carmim propiônico
. Prego (ferro) para oxidar o corante.
. Fixador Carnoy ( álcool etanol,acido acético na mesma proporção)
Procedimento:
Retira-se a inflorescência masculina, coloca-se no fixador carnoy por 24hrs.
Em seguida coloque em álcool 70% para conservar.
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Com o auxílio de uma pinça colete o material (anteras) conservado e coloque
sobre uma lâmina. Com uma lâmina de barbear corte a parte basal das anteras,
retire todas as membranas fique com apenas a massa celular. Ainda com a lâmina
de barbear corte em pedaços ainda menores, pingue uma gota de Carmim
propiônico e macere com o bastão de erro por alguns segundos.
Posteriormente coloque o material macerado em contato com o prego, para
que ocorra a oxidação do corante, isso tornará o material mais escuro, facilitando a
visualização.
Coloque a lamínula sobre o material delicadamente para que não forme
bolhas.
Envolver a lâmina com um pedaço de papel absorvente e com o polegar,
pressionar o material.
Observar a lâmina no microscópio com as objetivas 4X,10X,40X,100X para
identificar as diferentes fases da meiose.
Figura 39 – Fases da meiose
Observação: Serão trabalhadas com os alunos as imagens obtidas de lâminas
confeccionadas no laboratório de Biologia Celular U.E.L.
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Responda:
1) A meiose em células germinativas(diferenciadas) de organismo que se
reproduzem sexuadamente para que se produza o quê?
2) Por que o estudo da meiose está diretamente relacionado à hereditariedade?
3) A meiose I é também chamada de divisão reducional, por quê?
4) Cite as fases da prófase I
5) O que é diacinese?
6) Por que é importante a manutenção dos quiasmas durante a diacinese?
7) O que pode levar à falta de quiasma?
8) Por que dizemos que meiose II é equitativa?
9) Onde ocorre a intercinese?
10) Cite a sequência que ocorre a Meiose I e a Meiose II?
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REFERÊNCIAS
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BLOUCH O. G., SCHWARTZ, P. e HUGGETT J. A. Como ensinar ciências Tradução de Nelly Sousa de Sá Freire Dantas e Neisa Dias da Cruz Azevedo. 3 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995, 673p.
CASTRO, V. S. Anatomia Fundamental. 3 ed São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda.,1985. 586p
COOPER, M. Geofrey; HAUSMAN, E. Robert. Tradução Maria Regina B. Osorio
A célula: uma abordagem molecular. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, 736 p.
De ROBERTIS, E. M. F; HIB, J. Bases da biologia celular e molecular. Tradução de Telma Maria Tenório Zorn (Superv.) 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. 418p.
JORDÃO, B. Q. (Org.). Práticas de biologia celular. Londrina: Editora UEL, 1998. 163p.
JUNQUEIRA, L.C. CARNEIRO, J. Histologia básica 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. 1999, 427p.
______. Biologia celular e molecular, 8.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2005, 332p.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Ciências. Curitiba: 2008.
ROSS, H. M., PAWLINA, W. Histologia; texto e atlas. Em correlação com biologia celular e molecular.1ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2008. 908p.
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