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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DIOGO EDUARDO DOS REIS SANTOS
ESTUDO SOBRE OS FATORES QUE INFLUENCIAM A ADERÊNCIA DA
PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO POR PARTES DE HOMENS E
MULHERES HIPERTENSOS EM UMA ACADEMIA DA CIDADE DE
ALAGOINHAS- BAHIA.
ALAGOINHAS- BAHIA
2009
1
DIOGO EDUARDO DOS REIS SANTOS
ESTUDO SOBRE OS FATORES QUE INFLUENCIAM A ADERÊNCIA DA
PRÁTICA DE EXERCÍCIO FÍSICO POR PARTES DE HOMENS E
MULHERES HIPERTENSOS EM UMA ACADEMIA DA CIDADE DE
ALAGOINHAS- BAHIA.
Monografia apresentada como
requisito parcial para Conclusão do
Curso de Licenciatura Plena em
Educação Física da Universidade do
Estado da Bahia.
Orientador: Prof. Dr. Mauricio Maltez.
Alagoinhas-BA
2009
2
A minha avó Isaura de Jesus (in memória) aos meus pais, Raimunda e José, que são o porto seguro da minha vida pessoal e profissional, ao meu irmão Lucas que é a pessoa, que me motiva a supera todos os obstáculos e a minhas tias, Ledna e Maria que são como mães para mim.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar ao criador de tudo e de todos o Senhor Deus por
ter me dado força, e não me deixar fraquejar nos obstáculos, ate agora
vencidos.
À minha mãe, a mulher mais guerreira deste mundo.
A meu pai, pela força e “paitrocinio” em todos esses anos.
As minhas tias, por me suportarem, e me aconselhar desde a minha infância.
A uma pessoa muito especial, na minha vida, que quando eu conheci a melhor,
minha vida mudou pra melhor, Ana Paula Nunes minha namorada e Amor.
A equipe dos “Feras”, por todos esses anos de alegria e amizade que espero
levar todos os integrantes para toda a vida como bons e velhos amigos.
Ao meu orientador, Professor Doutor Mauricio Maltez.
Ao meu amigo e professor Valter Abrantes, por todos os ensinamentos.
A Jadson Sena meu amigo pessoal, pelos ensinamentos, teóricos e práticos e
pelo meu primeiro estagio.
A academia CEGE pela contribuição ao meu crescimento humano e
profissional.
E por fim a todos aqueles que passaram e ao que ficarão em minha vida, a
todos vocês, só tenho uma coisa a dizer,
VALEUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!
4
“Eu acredito, eu luto até o fim: não há como perder, não há como não vencer.”
Oleg Taktarov, sd.
5
RESUMO
Este trabalho tratou de investigar dentro da academia CEGE homens e
mulheres hipertensos com faixa etária entre 23 e 75 anos de idade, como eles se relacionam, quais os exercícios realizados, a motivação pela procura, os motivos que influenciam a permanência ou não no ambiente, como os exercícios servem de aliados para esses sujeitos que necessitam de uma vida fisicamente ativa.Nesse estudo pontua-se a importância da prática regular de exercícios em sujeitos hipertensos, para obter uma nova condição de vida, o exercício pode exercer influência sobre o modo de como se pode amenizar um caso patológico de hipertensão diagnosticada, além da importância da aderência ao exercício. Aderência significa necessariamente o comprometimento, compromisso com algo em que o sujeito por opção ou necessidade resolve incluir em seu cotidiano, e esse é o desafio para quem frequenta a academia por motivos de saúde, como os hipertensos, como objetivo geral o trabalho buscou analisar os fatores que influenciam a aderência da pratica de exercício físico por partes de homens e mulheres hipertensos, este trabalho teve caráter quantitativo, trata-se de uma pesquisa direta, estudo do tipo descritivo, pois neste trabalho o pesquisador descreve as características, propriedades ou relações existentes no grupo ou da realidade em que foi realizada a pesquisa, com a coleta de dados através de questionário, assim percebeu-se que a condição de ser hipertenso não impõe que o sujeito seja sedentário e dependente de tratamento farmacológico, é possível abrandar esta patologia e seus agravantes como a obesidade, com a prática constante e ininterrupta, alterando a sua qualidade de vida. Foi possível notar, ainda, que com a prática de exercícios em grupo auxiliam a convivência social e a vontade de estar fisicamente ativo.
Palavras-Chaves: Hipertensão, exercício físico, qualidade de vida e
aderência.
6
ABSTRACT
This study sought to investigate within the academy CEGE hypertensive men
and women aged between 23 and 75 years old, how they relate, which exercises are
performed, the motivation for seeking the reasons that influence the presence or not
the environment, exercises serve as allies to those guys who need a life physically
ativa.Nesse study points to the importance of regular exercise in hypertensive subjects,
to obtain a new condition of life, exercise can influence the way how can mitigate a
pathological case of hypertension diagnosed and the importance of adherence to
exercise. Adherence necessarily mean the involvement, commitment to something in
the subject by choice or necessity decides to include in your daily life, and that's the
challenge for those attending the academy for health reasons, or those with
hypertension, the general objective of the study aimed to analyze the factors that
influence the adhesion of the practice of physical exercise for shares of hypertensive
men and women, this study was a quantitative, it is a direct research, descriptive study
because this study the researcher describes the characteristics, properties or
relationships the group or the reality in which the research was conducted with data
collection through questionnaire, so it was felt that the condition of being hypertensive
does not require that the individual is sedentary and dependent on drug treatment, it is
possible to mitigate this disease and its own problems such as obesity, through
constant practice and continuous changing their quality of life. We observed also that
the practice of group exercises help social harmony and the desire to be physically
active.
Key Words: Hypertension, exercise, quality of life and adherence.
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
GRAFICO1. Porcentagem de alunos de acordo com a
faixa etária.
34
GRAFICO2. Porcentagem de alunos hipertensos e não-
hipertensos matriculados.
35
GRAFICO3. Tempo de permanência entre os alunos
hipertensos matriculados.
36
GRAFICO4. Motivo pela procura da prática de exercícios. 40
GRAFICO5. Aspectos pessoais. 41
GRAFICO6. Aspectos comportamentais e sociais. 42
GRAFICO7. Facilitadores da prática de exercício físico. 43
8
DEFINIÇÕES DE TERMOS
- Aderência: Comprometer-se “abraçar um idéia”, ligando-se a ela de forma
permanente, ou a menos duradoura criando condições para que a prática da
atividade proposta seja continua de forma prazerosa e produtiva. (SABA, 2001)
- Exercício Físico: Exercício físico é uma das formas de atividade física
planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da aptidão
física, de habilidades motoras ou a reabilitação orgânico-funcional. Incluem,
geralmente, atividades de níveis moderados ou intensos, tanto de natureza
dinâmica como estática (NAHAS, 2003).
-Pressão Arterial: É uma pressão que todos nós temos dentro dos vasos
sanguíneos. Ela é o resultado da contração do coração a cada batimento e da
contração dos vasos quando o sangue por eles passa (GALLO, 2008).
- Hipertensão: A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que
compromete os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar
paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão arterial se mantém
freqüentemente acima de 140 por 90 mmhg (GALLO, 2008).
- Qualidade de vida: Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana
que aproxima-se do grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa,
social e ambiental (FONTOURA, 2002 apud MINAYO et al, 2000).
- Saúde: multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados para
um estado de completo bem-estar físico, mental e social (PITANGA, 2004 apud
WHO, 1978).
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 10
2 OBJETIVOS 13
2.1 OBJETIVO GERAL 13
2.2 Objetivo Específico 13
3 REFERENCIAL TEÓRICO 14
3.1 Hipertensão 14
3.2 Exercício físico, hipertensão e qualidade de
vida
19
3.3 Aderência 25
4 METODOLOGIA 29
4.1 Modelo de estudo 29
4.2 Público e amostra 29
4.3 Local do estudo 29
4.4 Características da academia 30
4.5 Instrumento de medida 30
4.6
4.7
Coleta de “dados”
Análise de dados
31
31
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 32
5.1 Comprometimento com o programa de
exercícios
32
5.2 Características do grupo estudado 32
5.3 Características do contexto de prática:
academia
33
5.4 Perfil demográfico e aspectos da aderência a
exercícios físicos de indivíduos hipertensos
36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 43
REFERENCIA 45
ANEXO 1 49
ANEXO 2 51
ANEXO 3 54
ANEXO 4 57
10
1 INTRODUÇÃO
A importância da atividade física atualmente é um dos assuntos mais
abordados pela mídia, canais abertos, rádio e revistas, que torna mais fácil o
acesso de toda a população a este tema tão contemporâneo e importante.
Depois de conhecer a prática de exercícios, e sabendo que não é preciso de
um espaço especializado ou privado torna o exercício mais acessível e
aumenta o desejo de o indivíduo se comprometer a pelo menos fazer uma
caminhada em seu bairro ou avenida.
Aderência é vista como uma forma de comprometimento e disciplina
com algo que tenha escolhido para praticar e tentar com isto fazer parte do
cotidiano, não como obrigação mais como uma forma prazerosa e de estilo de
vida.
A primeira influência que leva o indivíduo a aderir a sua rotina os
exercícios físicos é o prazer que se tem na prática do mesmo. Mesmo que este
não seja previamente estruturado e que não esteja levando a condição plena
de bem estar o prazer em praticá-lo garante seu comprometimento. O prazer é
o elemento fundamental no processo de interesse pela prática do exercício
físico levando consequentemente o indivíduo a um conhecimento maior da
prática realizada.
As mudanças, físicas e psicológicas, de aparência, o divertimento, a
melhora na flexibilidade, a redução do estresse são outros motivos que levam o
indivíduo a permanecer na prática das atividades realizadas.
Este trabalho visou à importância da prática regular de exercícios físicos
em indivíduos hipertensos, com finalidade na melhoria da saúde e qualidade de
vida.
Sabendo dos benefícios inquestionáveis do exercício físico o desafio
para a prática do exercício é fazer com que cada indivíduo conscientize sobre
os resultados principalmente relacionados às doenças crônicas degenerativas.
Independente de sexo, idade e profissão, exercício físico acarreta
melhoras na qualidade de vida em todos os aspectos.
11
O sedentarismo é um dos fatores de risco de maior prevalência,
interferindo negativamente nas doenças cardiovasculares dentre elas a
hipertensão arterial e suas consequências.
Essa doença atinge mais de 30 % da população adulta, principalmente
acima dos 30 anos de idade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009), embora haja
casos mesmo que menos frequentes entre crianças e jovens.
Dentre as causas que influenciam o aumento da pressão arterial (PA)
pode-se citar como as mais frequentes o fumo, o consumo de bebidas
alcoólicas, obesidade, estresse, grande consumo de sal, níveis altos de
colesterol, falta de exercícios físicos. Além desses fatores de risco, a incidência
é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até
50 anos, é maior entre mulheres acima de 50 anos e maior em diabéticos.
Com a prática de exercícios físicos pode-se notar que o indivíduo de
hipertensão leve a moderada tende-se a diminuir sua dosagem de
medicamentos ate controlar sua PA sem uso dos mesmos.
Somado a este conhecimento, durante a observação aos indivíduos na
academia CEGE, nasceu o interesse em pesquisar o mundo dos hipertensos e
os motivos que os levam a aderir um programa de exercícios. Neste grupo
foram encontrados indivíduos que relatam a procura, pelo local muitas vezes
por indicação medica, e após iniciação aos exercícios vêem os resultados
benéficos a sua saúde, decidem realmente ter o exercício como parte da sua
rotina, muitas vezes buscando a melhora na saúde, o convívio social, relatando
que após a prática dos exercícios ouve uma diminuição significativa nos níveis
de pressão arterial, podendo haver uma redução no consumo de
medicamentos.
Quando há um vínculo emocional entre o indivíduo e a atividade que ele
se propôs a fazer, estabelece um elo entre prática, satisfação e resultados que
levam a uma continuidade da atividade praticada de uma forma positiva
levando-o a concluir os seus objetivos com os resultados pretendidos, assim
tornando os exercícios parte constante de seus hábitos, elevando assim seu
patamar de bem estar física e mental, melhora na qualidade de vida.
A academia CEGE foi criada em 1980 com finalidade de reforçar o
treinamento dos atletas do time Atlético Futebol Clube mais conhecido como
12
Atlético de Alagoinhas, abrindo espaço posteriormente para a comunidade
pagante, tornado-se assim uma das primeiras academias da cidade. Fundada
e administrada pelo Sr. Dauto Oliveira. A academia atende indivíduos de
ambos os sexos e faixa etária variada, com 453 alunos matriculados, destes 77
são hipertensos entre homens e mulheres.
Os alunos expressam em seus questionários a interferência do exercício
físico no seu cotidiano, demonstrando assim o comprometimento com a
atividade que este se propôs a cumprir, durante determinadas horas da
semana e mostrando seu compromisso.
Alguns estudos mostram que o programa de exercícios físico regular
para hipertensos, relacionados a esses aspectos, acredita-se que esta
participação dos hipertensos provoca importantes adaptações que vão
influenciar o sistema cardiovascular. Há aumento no débito cardíaco,
redistribuição no fluxo sanguíneo e elevação da perfusão circulatória para os
músculos em atividade.
Este trabalho chama atenção para a importância da prática regular de
exercícios físicos para hipertensos.
De ante disto, procurou-se investigar quais os fatores que influenciam a
aderência da prática de exercício físico por partes de homens e mulheres
hipertensos em uma academia da cidade de Alagoinhas- Ba?
13
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
O estudo teve por objetivo analisar os fatores que influenciam a
aderência da prática de exercício físico por partes de homens e mulheres
hipertensos em uma academia da cidade de Alagoinhas- Bahia.
2.2 Objetivo Específico
Identificar e descrever os fatores que influenciam a aderência da prática
de exercício físico em indivíduos hipertensos praticante de uma devida
academia.
Delimitação do Estudo
O intuito deste estudo foi procurar descrever e discutir informações
referentes a homens e mulheres hipertensos, sobre a prática regular de
exercícios físicos em uma academia na cidade de Alagoinhas.
O estudo restringiu-se na investigação de indivíduos hipertensos que
estiveram matriculados na academia no período de 2 de junho a outubro do
ano de 2008, que praticavam regularmente exercício físico com período
superior a 12 meses.
Limitações
Foram utilizados como instrumento de coleta de dados, as anamneses,
um questionário adaptado e fichas de matrícula de cada um dos indivíduos
analisados. A investigação desse material e a aplicação do questionário foram
realizadas na academia CEGE, fornecendo informações importantes para este
estudo.
14
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Hipertensão
A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença que compromete os
vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins.
Ocorre quando a medida da pressão arterial se mantém frequentemente acima
de 140 por 90 mmhg (GALLO, 2008), herdada dos pais em 90% dos casos,
mas há vários fatores que influenciam os níveis ou valores, os mais comuns
são: o consumo excessivo de bebida alcoólica, excesso de peso e obesidade,
hábitos alimentares pouco saudáveis como, por exemplo, o uso excessivo de
sal na alimentação, pessoas com diabetes e pessoas da raça negra, entre
outros.
Aproximadamente 35% da população acima dos 40 anos no Brasil
sofrem de hipertensão arterial. Isso representa cerca de 12 milhões de
pessoas, Ministério da Saúde (2009), embora haja casos mesmo que menos
frequentes entre crianças e jovens.
É necessário que todas as pessoas, mesmo que não sintam nada,
verifiquem sua PA no Posto de Saúde pelo menos a cada seis meses (no
máximo). As pessoas com hipertensão arterial podem fazer exercícios físicos,
desde que estejam com a PA controlada e que os exercícios sejam realizados
de forma adequada e acompanhados de um profissional competente e
qualificado.
Antes de começar o exercício físico, o indivíduo deve realizar uma
avaliação médica completa incluindo o teste ergométrico, principalmente, se
tiver outros fatores de risco cardiovasculares associados. A supervisão médica,
durante as sessões de exercício, não é necessária, a não ser que o hipertenso
tenha alguma doença no coração. Mas, se for acompanhado por um
profissional de educação física, desenvolverá um trabalho mais eficiente,
completo e com menos riscos à sua saúde.
De acordo com Mano (1999) a primeira mensuração experimental da PA
foi realizada na primeira metade do século XVIII por Stephen Halles, na
Inglaterra, que usou uma coluna de vidro conectada a uma artéria de um
15
cavalo, sendo observada a elevação da coluna de sangue no tubo e a
oscilação do pulso. Até a década de 40 a importância clínica da PA elevada era
controvertida e muitos duvidavam inclusive da necessidade do tratamento. O
limite máximo para a PA normal variava muito nessa época, dependendo da
opinião de cada autor, mas em geral níveis até 160/100mmhg eram
considerados aceitáveis (MANO, 1999).
A Hipertensão arterial sistêmica também conhecida como hipertensão
arterial essencial, doença hipertensiva popularmente chamada de “Pressão
Alta” é caracterizada pelos níveis pressóricos, ou seja, quando a pressão
arterial sistólica (pressão do sangue dentro das artérias no momento da
contração do coração) é maior do que 140 milímetros de mercúrio, e/ou quando
a pressão arterial diastólica (pressão do sangue dentro das artérias entre uma
contração e outra) é maior que 90 milímetros de mercúrio (TEIXEIRA, 2006).
Apesar do reconhecimento da hipertensão como uma entidade de
prevalência elevada, seu tratamento continua inadequado. Estudos americanos
demonstram que apenas 27% dos hipertensos mantêm um controle satisfatório
da PA (< 140/90 mmhg). Apesar de devidamente diagnosticados, apenas 50%
dos pacientes utilizam medicação de forma regular. Isto se deve principalmente
ao caráter assintomático da hipertensão durante seus 15 a 20 primeiros anos
de evolução, sendo difícil convencer um paciente do perigo em potencial que
corre e da necessidade de mudar seu estilo de vida e principalmente da
necessidade de utilizar as medicações (MANO, 1999).
A classificação utilizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
é preconizada na V Diretriz de HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica), esta
classificação é idêntica à utilizada no VI JNC (Joint National Committee)
americano, é a descrita na tabela abaixo (MANO 2003).
Tabela 1: Classificação dos níveis de pressão arterial. Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC), Mano 1999 (apud MANO, 2003).
Nível da Pressão Arterial Classificação
< 120 sistólica e < 80 diastólica Ideal
< 130 sistólica e < 85 diastólica Normal
16
130~139 sistólica ou 86~89 diastólica Normal-alta
140~159 sistólica ou 90~99 diastólica Hipertensão Estágio 1
160~179 sistólica ou 100~109
diastólica
Hipertensão Estágio 2
> 110 diastólica ou > 180 sistólica Hipertensão Estágio 3
Diastólica normal com sistólica > 140 Hipertensão Sistólica Isolada
Tabela 1, Nível de pressão arterial e classificação
A tabela 1 revela os níveis de PA seguido de sua classificação
credibilizada pela SBC, que auxilia o profissional na hora de categorizar seu
cliente ou paciente, a fim de estabelecer metas que não traga riscos ao
indivíduo.
Dentre as causas que influenciam o aumento da PA pode-se citar como
as mais frequentes o fumo, o consumo de bebidas alcoólicas, obesidade,
estresse, grande consumo de sal, altos níveis de colesterol, falta de exercícios
físicos. Além desses fatores de risco, a incidência é maior na raça negra,
aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, é maior entre
mulheres acima de 50 anos e maior em diabéticos.
Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a
pressão sobe muito. Podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas,
zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal. Mesmo
que na maioria dos casos de hipertensão não haja uma causa identificável,
existem vários fatores associados, o excesso de peso é um deles. Ele é
responsável pelo aumento do risco de hipertensão.
A obesidade é uma condição crônica que aumenta a morbidade de
muitas doenças e a mortalidade por todas as causas, sendo considerado um
dos maiores fatores de risco para doença arterial coronariana, além da
associação com a prevalência elevada de hipertensão arterial, diabetes mellitus
e dislipidemia. Evidências mostram correlação entre hipertensão arterial em
homens obesos com uma maior incidência de câncer renal (CAMPO apud
MANO, 2003).
17
Essa associação entre as doenças indica que a obesidade é um
importante e independente fator de risco para hipertensão, sabendo que com a
diminuição do peso corporal consequentemente influenciara na baixa da PA.
A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada.
Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente,
mas além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível adotar
um estilo de vida saudável (GALLO, 2008): Manter o peso adequado, se
necessário, mudar hábitos alimentares; Não abusar do sal, utilizando outros
temperos que ressaltam o sabor dos alimentos; Praticar exercício físico
regularmente; Aproveitar momentos de lazer; Moderar o consumo do álcool; e
Evitar alimentos gordurosos.
Uma dieta equilibrada é constituída pela ingestão de frutas, verduras,
derivados de leite desnatado, e alimentos com quantidade reduzida de
gorduras saturadas e colesterol, trocar quando possível a carne bovina pelo
peixe e frango sem pele. Mas o hipertenso deve tomar ainda a outros cuidados
com sua dieta. Se as verduras consumidas forem ricas em potássio é mais um
aliado para baixar a PA, pode ser encontrado em verduras e frutas de cor verde
escura.
É extremamente importante que as pessoas com hipertensão reduzam a
quantidade de sal. Porque o sal retém água nos tecidos, permitindo uma
elevação da PA.
Alimentos com grande quantidade de gordura são também aqueles com
maior quantidade de sal, assim é preferível a utilização de alimentos grelhados
e cozidos ao invés de fritos. Os alimentos industrializados como, enlatados,
conservas, defumados e outros são igualmente ricos em cloreto de sódio
devido à presença de temperos indústrias que devem ser trocados por
produtos naturais como limão, alho, ervas e outros.
Para o tratamento da hipertensão envolvem-se vários aspectos:
mudanças dietéticas, comportamentais e medicamentosas.
18
As medidas não farmacológicas são modificações de estilo de vida, que
comprovam a redução da PA, como a redução do peso, a redução da ingestão
de sódio, maior ingestão de potássio que diminui a necessidade de
medicamentos, uma dieta rica em frutas e vegetais e alimentos com pouco teor
de gordura, a diminuição ou abolição do álcool que interfere na identificação
imediata da doença por se mostrar hipotensor e a prática de exercícios físicos,
pois após o exercício há dilatação nos vasos que diminuem a pressão. É
possível realizar modificações no estilo de vida de todos os pacientes que se
propõe a diminuição do risco cardiovascular, esse tipo de tratamento é
necessário também quando o individuo se opõe ao tratamento farmacológico
da hipertensão.
Como tratamento farmacológico se encontra inibidores da enzima
conversora, os beta bloqueadores, Bloqueadores AT1 Adrenérgicos, os
bloqueadores alfa, Diuréticos, os bloqueadores Ca+, e Bloqueadores de Ação
Central, os vasodilatadores de ação direta (ABRANTES, 2008).
Outros estudos mostram a existência de uma vacina que controla a
hipertensão que poderia ser melhor que medicamentos, pesquisada por Dias,
2008 (apud MARTIN BACHMANN, 2006).
Segundo Mano (2004) o diurético tiazidico tem demonstrado o melhor
resultado no prognóstico cardiovascular, sendo também promotor de melhor
resposta anti-hipertensiva em regimes com várias drogas. Assim, isoladamente
ou em combinação é a melhor droga como primeira opção.
19
3.2 Exercício Físico, Hipertensão e Qualidade de Vida
Sabendo dos benefícios inquestionáveis do exercício físico, o desafio
para a prática do exercício é fazer com que cada indivíduo se conscientize
sobre os resultados. Que os mesmos podem proporcionar principalmente
relacionados ás doenças crônicas degenerativas.
Exercício físico, segundo Nahas (2003), é uma das formas de atividade
física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento da
aptidão física, de habilidades motoras ou a reabilitação orgânico-funcional.
Incluem, geralmente, atividades de níveis moderados ou intensos, tanto de
natureza dinâmica como estática.
De acordo com Pitanga (2004), esses exercícios devem ser prescritos e
orientados de forma individualizada, tendo resultados mais satisfatórios com
relação à saúde. O autor acredita que os exercícios aeróbicos devam ter sua
prática incentivada a partir do momento em que as pessoas se conscientizarem
da importância da adoção de um estilo de vida fisicamente ativo.
Independente de sexo, idade e profissão, exercício físico acarreta
melhoras na qualidade de vida em todos os aspectos.
O sedentarismo é um dos fatores de risco de maior prevalência,
interferindo negativamente nas doenças cardiovasculares, dentre elas a
hipertensão arterial e suas consequências.
O exercício físico realizado regularmente provoca importantes
adaptações que vão influenciar o sistema cardiovascular. Há aumento no
débito cardíaco, redistribuição no fluxo sanguíneo e elevação da perfusão
circulatória para os músculos em atividade. A pressão arterial sistólica (PAS)
aumenta diretamente na proporção do aumento dos batimentos cardíacos. Já
na pressão arterial diastólica (PAD) o mecanismo vasodilatador onde ocorre
uma maior irrigação sanguínea no local dos músculos em atividade, sendo que
quanto maior a dilatação do vaso maior será a densidade da irrigação
sanguínea muscular. Consequentemente, a resistência total ao fluxo sanguíneo
cai drasticamente elevando-se durante o exercício físico. (GUIMARÃES,
NAGEM e MENDES 2007).
20
Com a prática de exercícios físicos pode-se notar que o indivíduo com
hipertensão leve a moderada tende-se a diminuir sua dosagem de
medicamentos, até mesmo controlar sua PA sem uso dos mesmos
(VITOR, SAKAI e CONSONI 2008).
A prática de exercícios físicos deve tornar-se permanente em seu estilo
de vida pelos benefícios que este pode proporcionar como: queima de calorias;
manutenção do tônus muscular; melhoria na circulação; melhoria nas funções
cardíacas e pulmonares; aumento do auto controle; redução de estresse;
aumento da concentração; melhora da aparência; redução da depressão;
melhora na qualidade do sono; prevenção do colesterol alto, entre outros.
De acordo com a American College of Sports Medicine position stand.
Exercise and hypertension, publicada em 2004, relatam conclusões referentes
aos benefícios das atividades físicas, como recomendações aos hipertensos:
Exercícios dinâmicos aeróbicos reduzem a pressão arterial de repouso dos
indivíduos com pressão arterial normal e nos portadores de HA (Evidencia de
categoria A); A diminuição da pressão arterial decorrente de atividades físicas
regulares é mais pronunciada em hipertensos do que em normotensos
(Evidência de categoria B); Exercícios aeróbicos regulares reduzem tanto a
pressão arterial de ambulatório quanto a pressão submáxima de esforço
(Evidência de categoria B); e As diferentes respostas encontradas nos diversos
estudos são explicadas incompletamente pelas características diferentes dos
programas de exercícios, em relação à frequência, intensidade, tempo e tipo de
atividade (Evidência de categoria B).
Para elaborar uma prescrição adequada é preciso conhecer o histórico
médico do indivíduo e seu nível de condicionamento físico. Em partes os
hipertensos na fase inicial do treinamento a intensidade da atividade é baixa ou
moderada para que haja adaptação ao programa de exercício, após adaptação
é possível acrescentar um pouco mais de esforço do indivíduo para conhecer
suas limitações, evitando agravos na saúde e lesões.
Na prática ou prescrição de treinamento físico com o objetivo de obter
algum efeito fisiológico de treinamento, seja a melhora do condicionamento
21
físico ou a prevenção e tratamento de doenças, devem-se levar em
consideração quatro princípios básicos. O primeiro é o princípio da sobrecarga,
que preconiza que, para haver uma resposta fisiológica ao treinamento físico é
necessário que esse seja realizado numa sobrecarga maior do que a que se
está habituado, a qual pode ser controlada pela intensidade, duração e
frequência do exercício. O segundo é o princípio da especificidade, que se
caracteriza pelo fato de que modalidades específicas de exercício
desencadeiam adaptações específicas que promovem respostas fisiológicas
específicas. O terceiro é o princípio da individualidade, pelo qual deve-se
respeitar a individualidade biológica de cada indivíduo na prescrição de um
determinado programa de exercícios, pois a mesma sobrecarga e modalidade
de exercício irá provocar respostas de diferentes magnitudes em diferentes
indivíduos. O quarto e último princípio é o da reversibilidade, que se caracteriza
pelo fato de que as adaptações fisiológicas promovidas pela realização de
exercício físico retornam ao estado original de pré-treinamento quando o
indivíduo retorna ao estilo de vida sedentário (CIOLAC e GUIMARAES, 2004).
A prática de exercícios do tipo isotônico de carga moderada resulta na
redução sustentada da PA, juntamente com a perda de peso, principalmente
nos pacientes hipertensos com obesidade central, pode resultar em grande
benefício para esses pacientes, pelo fato de não só reduzir a PA mais também
facilitar o controle do diabetes e dislipidemia (BRUM et al 2004).
Segundo IV Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (2002), são
recomendadas no mínimo três sessões por semana de atividade física aeróbica
de 30 a 40 minutos, controlando-se a frequência cardíaca entre 60% a 80% da
frequência cardíaca máxima. Atividade física com exercício de resistência
muscular localizada pode ser realizada com sobrecarga que não ultrapasse
50% da contração voluntária máxima.
A frequência de treino, preferivelmente, deve ocorrer todos os dias da
semana, com descanso de apenas um dia. Já a intensidade, deve ser mantida
dentro de esforços moderados (40-60% do VO 2 max),com o tempo ajustado
para 30 minutos de exercícios contínuos ou de atividade física acumulada ao
dia. Primariamente priorizar exercícios aeróbicos complementados por
exercícios resistidos com pouco peso (FERREIRA et al 2003).
22
Para o início do exercício é aconselhável utilizar roupas leves e calçados
adequados para evitar o estresse pelo calor ou pelo frio, procurar um espaço
especializado, que de suporte para atender tais necessidades.
Os efeitos fisiológicos do exercício físico podem ser classificados em
agudos imediatos, agudos tardios e crônicos. Os agudos (respostas), são
relacionados com a sessão de exercício, ocorrem nos períodos pré-imediatos,
per e pós-imediato rápido (até alguns minutos) ao exercício físico (aumento da
FC, da pressão sistólica e pela sudorese associada ao esforço). Estes efeitos
são aqueles observados durante as 24 ou 48 horas (às vezes até 72 horas)
após uma sessão de exercício e podem ser identificados na discreta redução
dos níveis tensionais (especialmente nos hipertensos), na expansão do volume
plasmático, na melhora da função endotelial e no aumento da sensibilidade
insulínica nas membranas das células musculares. Os efeitos crônicos,
também denominados adaptações, são resultados da frequência e regularidade
às sessões de exercício, e são características morfofuncionais que distinguem
um indivíduo fisicamente treinado de um sedentário (GUIMARAES, NAGEM e
MENDES, 2007).
A hipotensão pós-exercício caracteriza-se pela redução da PA durante o
período de recuperação. Para que tenha importância clínica é necessário que
essa hipotensão perdure 24 horas após a finalização do exercício. O exercício
aeróbico demonstra maior resposta em relação à hipotensão pós-exercício.
Forjaz 2004 (apud REZK, 2004) descreve que apenas o exercício de
baixa intensidade reduz a pressão arterial diastólica.
Em relação ao exercício aeróbio, a influência da duração desse exercício
está bem demonstrada, apontando para o fato de que exercícios mais
prolongados possuem efeitos hipotensores maiores e mais duradouros
(FORJAZ et al., 1998), porém o efeito da intensidade do exercício ainda é
controverso.
O exercício físico regular e a quantidade ideal são suficientes para
prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida, ajuda a desenvolver melhor
circulação sanguínea e maior proteção contra doenças cardíacas. Ajuda ainda
23
a combater a ansiedade e o sedentarismo, levando assim a um equilíbrio
emocional.
O sedentarismo além de contribuir para o aumento do estresse provoca
mudanças funcionais no aparelho locomotor, nos órgãos e nos sistemas
solicitados durante a prática de exercício, além da perda de flexibilidade. Isto
implica que mais facilmente haverá lesões ou até mesmo doenças.
Alternativas simples como subir dois ou três andares de escada ao chegar em
casa ou ao trabalho, dispensar o controlo remoto ou estacionar o automóvel
intencionalmente num local mais distante são meios de evitar o sedentarismo.
Hipertensão arterial, diabetes tipo 2, obesidade, ansiedade, aumento do
colesterol e enfarte do miocárdio são algumas das doenças às quais o
indivíduo sedentário se expõe.
Conforme Fontoura 2002 (apud MINAYO et al, 2000), qualidade de vida
é uma noção eminentemente humana que aproxima-se do grau de satisfação
encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental. Pressupõe uma
síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera
como seu padrão de conforto e bem-estar. Os autores identificam o uso
polissêmico em que o modo e as condições de vida inter relacionam-se com os
ideais de desenvolvimento sustentável, ecologia humana e democracia. Este
conceito remete, pois, a uma relatividade cultural, pois se trata de uma
construção social e historicamente determinada, concebida segundo o grau de
desenvolvimento de uma sociedade específica.
Ainda no seu sentido geral, qualidade de vida, de acordo com Silva
(1999) é uma terminologia que aplica-se ao indivíduo aparentemente saudável
e diz respeito ao seu grau de satisfação com a vida nos seus múltiplos
aspectos que a integram: moradia, transporte, alimentação, lazer,
satisfação/realização profissional, vida sexual e amorosa, relacionamentos com
outras pessoas, liberdade, autonomia e segurança financeira.
A qualidade de vida, esta relacionada a resultantes do conjunto de
benefícios, atribuídos ao estilo de vida do indivíduo. Pires et al (1998). Tendo
por base essa afirmativa, e de acordo com as observações feitas durante a
pesquisa de campo, o exercício físico é mais um dos fatores que contribui para
24
um melhor estilo de vida. Já que segundo Nahas (2003), um estilo de vida ativo
pode promover bem-estar físico, psicológico e a auto-estima.
25
3.3 Aderência
Uma das consequências da globalização é a quantidade de informações
rápidas e continuas disponibilizadas a população, com vários temas
relacionados à saúde. Todo tipo de informação sobre dietas alimentares,
exercício físico, intervenções cirúrgicas e outros, informam ao indivíduo o que
comer ou vestir-se, na tentativa de influenciar mudanças positivas e também a
construção de um novo estereótipo de beleza. Mesmo assim segundo Saba
(2003) saber dos perigos do sedentarismo e dos benefícios do exercício físicos
não leva necessariamente a prática regular e permanente destes.
Para Saba 2001 (apud DISHMAN, 1994), ressalta que o conhecimento
da incapacidade coronária ou fatores de risco não é capaz de promover o
comportamento para o exercício.
Daí o desafio de torna o exercício físico uma rotina na vida de cada
indivíduo, a fim de transformar o tempo ocioso em qualidade de vida. Saba
(2001) define aderência como o comprometimento dos participantes de
exercício físico como rotina de treinamento.
A primeira influência que leva o indivíduo a aderir a sua rotina os
exercícios físicos é o prazer que se tem na prática do mesmo. Mesmo que este
não seja previamente estruturado e que não esteja levando a condição plena
de bem estar, o prazer em praticá-lo garante seu comprometimento. O prazer é
o elemento fundamental no processo de interesse pela prática do exercício
físico, levando, consequentemente, o indivíduo a um conhecimento maior da
prática realizada.
Um outro fator que influência na aderência do exercício físico é a
satisfação nos resultados físicos e psicológicos. A mudança na aparência, o
divertimento, a melhora na flexibilidade, a redução do estresse, fazem os
praticantes de exercícios físicos permanecerem em sua prática.
Entende-se como aderência, conforme explicita Tahara et al 2003 ( apud
BARBANTI, 1994), a participação mantida constante em programa de
exercícios, considerados nas formas individual ou coletiva, previamente
estruturado ou não. A prática do exercício físico em grupo é um aliado no caso
de desconforto pessoal na realização deles em locais públicos.
26
Segundo Venlioles (2005) são três os fatores que levam as pessoas a
procurarem academias de ginástica: saúde, estética e sociabilidade. Não
necessariamente nessa ordem.
Geralmente os indivíduos que procuram a academia por motivo de
saúde são encaminhados por orientação médica, devido a seu diagnóstico.
Aqueles que estão preocupados com a estética são a grande maioria dos que
lotam as academias independente de sexo ou idade, os quais sofrem influência
da mídia ou desejo pessoal. A sociabilidade é uma forma de aumentar o círculo
de amigos, levando o indivíduo a ter motivação para rever as pessoas que
estão em um mesmo ambiente, independente de seus interesses.
O histórico pessoal é um facilitador no envolvimento da prática de
exercício físico, devido aos seus antecedentes. Os antigos hábitos criam uma
familiarização que trás aos praticantes autoconfiança e motivação para retomar
a prática. A retomada advém de antigos resultados pessoais sem grande
dependência de incentivos externos. Para manter esta autoconfiança o aluno
deve ser instruído de início a realizar atividades de menor grau de dificuldade.
O indivíduo antes de começar a realizar qualquer tipo de exercício físico
deve se informar sobre o espaço e os profissionais da área. Sempre frequentar
espaços especializados, não utilizar equipamentos inadequados (caseiros) e
sem instrução adequada, todos os fatores negativos podem trazer prejuízos a
saúde como: lesão, postura inadequada, atrofia musculares, desidratação,
entre outros, a iniciação inadequada pode afastar de vez o indivíduo da prática
de qualquer atividade física.
O que levam as pessoas a desistirem da prática regular muitas vezes
são os valores pessoais, que a prática do exercício esteja associado. Estes
seriam valores frágeis, alheios, adiáveis ou aquela atividade na forma como se
apresenta não é satisfatória, é incomoda desagradável, decepcionante ou
estressante.
A diversos fatores que atrapalham a aderência ao exercício tais como: a
figura do professor, que nem sempre tem empatia com o praticante, dando
maior atenção a determinados alunos, por amizade, interesse pessoal, por
motivo sexual; o ambiente mal localizado, as instalações e a higienização
inadequadas, aparelhos mal conservados; público, pessoas não relacionáveis,
27
formação de grupos, excluindo outros praticantes, comportamento inadequado;
atendimento na recepção, falta de preparação dos funcionários para lidar com
o público; inaptidão para a atividade proposta, sobre carga de exercícios nas
primeiras semanas, não familiarização com exercícios e aparelhos; música
ambiente, preferência da escolha da trilha musical a praticantes mais antigos
dentro do estabelecimento; vários são os fatores que incomodam e levam a
desistência do participante (POLLOCK, WILMORE, 1993)
Neste caso o melhor a se fazer é contornar esses incômodos de forma
que o exercício físico seja um momento desejado e não um transtorno.
Observando as instalações, segurança, se o preço é compatível com que o
espaço tem a oferecer a formação dos funcionários que lá trabalham adequar o
horário da prática do exercício com sua rotina, evitando a desistência, observar
infra estrutura, se preciso certificar-se de acompanhamento de profissionais da
área de saúde, observar a conservação e modernização dos aparelhos. Em fim
ter certeza de que este é um espaço que se adéque as suas necessidades.
Segundo Saba (2003), iniciar a prática de exercícios movidos pelo
desejo de promover mudanças drásticas na composição corporal é como uma
compra por impulso: depois de passar a euforia, vem a consciência de que o
produto comprado não era exatamente a solução de todos os problemas. Isso
pode ser exemplificado na lotação das academias durante o período de verão e
férias, onde vários indivíduos estão à procura de uma transformação imediata
em suas características físicas, percebendo que não será possível essa
mudança o indivíduo mais uma vez desistirá da prática do exercício físico.
Em matéria de aderência a prática de exercício, o desejo de ficar com o
corpo mais bonito e atraente é uma busca que tem lados positivos, e seguido
de negativos. Já que a busca por resultados estéticos é ao mesmo tempo o
motivo que mais gera matricula e desistência também.
O comprometimento que orienta e incentiva a maior das atividades
humanas. O fato de uma pessoa “abraçar uma idéia” ligando-se a ela de forma
permanente, ou ao menos duradoura, cria condições para que a prática da
atividade proposta seja contínua de forma prazerosa e produtiva, (SABA,
2001).
28
Quando há um vínculo emocional entre o indivíduo e a atividade que ele
se propôs a fazer, estabelece um elo entre prática, satisfação e resultados que
levam a uma continuidade da atividade praticada de uma forma positiva,
levando-o a concluir os seus objetivos com os resultados pretendidos, assim
tornando o exercício parte constante de seus hábitos, elevando assim seu
patamar de bem estar físico, mental e melhora na qualidade de vida.
Um indivíduo fisicamente ativo facilita a conquista do bem estar, e
modifica seu estilo de vida, que influencia na mudança comportamental e
melhora nas condições da saúde, tornando-o mais disposto para o dia-a-dia.
29
4 METODOLOGIA
4.1 Modelo de estudo
Este estudo utilizou uma abordagem quantitativa, que com base em
MINAYO (2007); LAKATOS et al (1986) “Considera que tudo pode ser
quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para
classificá-las e analisá-las. Requer o uso de recursos e de técnicas
estatísticas...”
Trata-se de uma pesquisa direta onde os dados são obtidos diretamente
da fonte de origem, com característica de estudo do tipo descritivo, descrevem
as características, propriedades ou relações existentes no grupo ou da
realidade em que foi realizada a pesquisa MATTOS et al, (2003).
4.2 Público e amostra
O público- alvo do estudo foi formado por uma amostra de 15 indivíduos
de ambos os sexos, frequentadores de uma de uma academia de ginástica.
Sendo o estudo composto por indivíduos hipertensos, regularmente
matriculados nesta academia no período de 02 de junho a 02 de outubro de
2008. Os indivíduos do estudo frequentaram a academia, por no mínimo três
vezes por semana, totalizando um mínimo de 75% de assiduidade semanal,
com média de 1 hora e meia por dia, dados conseguidos pelas fichas de
acompanhamento, com registros diário por cada instrutor e ou estagiário de
educação física que os acompanhavam nos treinos.
Esta amostra foi elaborada apenas com um grupo de pessoas
hipertensas que frequentaram o espaço há 12 meses ou acima.
4.3 Local do estudo
O município de Alagoinhas esta localizado a 119 km da cidade de
Salvador capital da Bahia e tem população estimada de acordo com censo do
IBGE no ano de 2007 de 132.725 habitantes. Esta localizado na cidade a
30
Universidade do Estado da Bahia Campus- II, oferecendo 7 cursos, dentre eles
Licenciatura em Educação Física.
4.4 Características da academia
A Academia Cege, com 30 anos no mercado, está situada na Praça
Dionísio Evilazio 1º andar S/N Centro no município de Alagoinhas-Ba, que no
período de Junho a Outubro de 2008 foram matriculados 453 alunos, sendo
que deste total 232 tem faixa etária de 16 a 29 anos, 103 de 30 a 45 anos, 82
de 46 a 52 anos e 36 de 53 a 75 anos de ambos os sexos.
Durante a coleta de “dados” foi registrado que dos 453 alunos que foram
matriculados até Outubro de 2008 foram identificados 77 alunos com
hipertensão arterial.
A academia contava com 2 instrutores graduados e especializados em
educação física, e também com 5 estagiários da área de educação física, que
se revezavam no horário de funcionamento, a academia funcionava de
segunda a sábado sendo que de segunda a sexta o horário de funcionamento
era das 5:00 horas da manhã as 22:00 da noite sem intervalos e aos sábados
das 6:00 horas da manhã a 12:00 horas.
4.5 Instrumento de medida
O estudo foi intencionalmente dirigido a um grupo de homens e
mulheres hipertensos. A partir de levantamento realizado através das fichas de
matrículas e anamneses pertencentes aos indivíduos estudados, que estão
arquivados na própria academia, possibilitando pesquisa no acervo a qualquer
momento (ANEXO I e II).
Além da aplicação de um questionário com objetivo de verificar a
aderência a prática de exercício físico por parte de homens e mulheres
hipertensos nesta academia (ANEXO III).
O questionário foi composto por 12 perguntas relativas a informações
sobre fatores pessoais (idade, sexo, entre outros), fatores ambientais (apoio da
família, facilidade de acesso ao local entre outros) e características dos
31
exercícios (atividades realizadas, tempo total da prática, frequência semanal,
fidelidade ao programa pelo instrutor, entre outras). Para o programa de
exercícios físicos foram analisados os exercícios de musculação e aeróbicos
(esteira, bicicleta e elíptico). Na coleta de dados sobre a academia, utilizou-se
um questionário com informações sobre a estrutura física, os profissionais e os
programas disponibilizados (APÊNDICE).
4.6 Coletas de “dados”
Foi utilizado como forma de coleta de “dados” um questionário, com os
indivíduos selecionados, abordados sempre após terminarem suas atividades.
O questionário (ANEXO III) foi feito apenas com os participantes que se
adequavam as características da pesquisa, composto por questões fechadas,
efetuadas pelo próprio pesquisador. Essa coleta foi registrada no período de 7
dias.
4.7 Análise de “dados”
A análise de “dados” foi feita a partir de estatísticas descritivas (média,
porcentagem), foram construídos gráficos e tabelas, utilizando-se o software
Micosoft Excel 2007. Os “dados” das tabelas e gráficos foram apresentados em
porcentagem e media, respeitando o desvio padrão.
Além disso, foram analisados os dados em relação a cada categoria, a
partir do que Triviños (1987) chama de “sínteses coincidentes”, ou seja,
regularidades nas alternativas dos sujeitos ou, em outras palavras, os
elementos que aparecem com mais frequência.
32
5 RESUTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo, descreve-se o processo da realização e análise dos
dados que foram obtidos durante os questionários realizados com o grupo
estudado.
A princípio serão apresentadas características da academia pesquisada
e do comprometimento com o programa de exercício e as características do
grupo estudado.
5.1 Comprometimentos com o programa de exercícios
Dos 453 alunos que foram matriculados até Outubro de 2008 foram
identificados 77 (17%) alunos com hipertensão arterial, dos 77 apenas 6 (7,8%)
permaneceram por menos de 2 meses, 32 (41,5%) de 2 a 6 meses, 24 (31,1%)
de 6 a 12 meses e 15 (19,4%) por mais de 12 meses, sendo estes o grupo
escolhido para o referido estudo.
A esse que permaneceram por mais de 12 meses foi aplicado um
questionário adaptado com questões fechadas de caráter quantitativo, baseado
no autor Saba, (2001), que se refere aos determinantes para a prática e
permanência de exercício físico.
O programa de exercício era elaborado de acordo com as necessidades
e limitações de cada indivíduo, contendo exercícios de musculação e
exercícios aeróbicos (esteira, bicicleta, elíptico, entre outros), esses programas
eram elaborados por instrutores graduados e especializados na área de
educação física, após o indivíduo responder uma anamnese e passar por uma
avaliação física, pós matrícula.
5.2 Características do grupo estudado
O grupo estudado contava com 15 indivíduos de ambos os sexos, todos
com hipertensão arterial, tendo faixa etária de 23 a 75 anos, praticantes de
programa de exercício físico, com frequência mínima de 3 vezes por semana
com média de tempo estimado em 1 hora e meia por dia.
33
Em suas avaliações nota-se que os sujeitos estão ali por orientação
médica, visando uma melhora na qualidade de vida associado a lazer e
estética. Os indivíduos procuraram um ambiente especializado, que tivesse
acompanhamento de profissionais da área de educação física para realizar
seus exercícios com estrema qualidade e obter benefícios dos programas
devidamente atualizados a medida da necessidade de cada um.
5.3 Características do contexto de prática: academia
A análise do trabalho foi realizada através do levantamento do número
de indivíduos matriculados em uma academia entre o período de Junho a
Outubro de 2008. Por intermédio da verificação da ficha de acompanhamento
do treinamento e das avaliações realizadas pelos alunos matriculados no
referido período foi possível investigar o tempo de permanência (referência em
quantidade de meses) destes na academia.
Entre o período de Junho a Outubro de 2008 foram matriculados 453
alunos na Academia Cege, situada na Praça Dionísio Evilazio S/N, Centro no
município de Alagoinhas-Ba, sendo que deste total, 232 apresentavam a faixa
etária entre 16 a 29 anos, 103 indivíduos entre a faixa etária de 30 a 45 anos,
82 indivíduos entre 46 a 52 anos e apenas 36 indivíduos com idade entre 53 a
75 anos, de ambos os sexos (Figura 1).
Figura 1: Porcentagem de alunos de acordo com a faixa-etária.
34
Na figura 1 os participantes foram distribuídos em quatro grupos
divididos por faixa-etária independente do sexo, mostra a discrepância
relacionada à quantidade de alunos por idade, mostra que 51,2% dos alunos
matriculados são jovens, 22,7% tem entre 30 – 45 anos, 18,1% 46 – 52 anos e
apenas 7,9% 53 – 72 anos de idade.
Durante a coleta de dados foi registrado que dos 453 alunos
matriculados, entre Junho e Outubro de 2008, 77 alunos apresentavam o
quadro de hipertensão arterial, anteriormente diagnosticado (Figura 2).
Figura 2: Porcentagem de alunos hipertensos e não-hipertensos matriculados.
A figura 2 traz a importante informação de que mais de 80% dos alunos
matriculados não são hipertensos, e apenas 17% são hipertensos, esse dado
pode estar relacionado ao fato de que seu publico é em maioria jovem.
Dos 77 indivíduos hipertensos, apenas 6 permaneceram por menos de 2
meses. Sendo que, 32 indivíduos (41,5%) frequentaram a academia por um
período entre 2 a 6 meses, 24 indivíduos (31,1%) permaneceram freqüentando
um período entre 6 a 12 meses e 15 indivíduos (19,4%) hipertensos
mantiveram a sua frequência na academia por um período superior a 12
meses. (Figura 3).
35
Figura 3: Tempo de permanência entre os alunos hipertensos matriculados
Dos alunos matriculados na figura 3 mostra que apenas 2 alunos
frequentam um período inferior/igual a 2 meses, 32 alunos de 2 – 6 meses, 24
alunos 6 – 12 e 15 alunos superior/igual a 12 meses. Sendo assim foi concluído
neste estudo que o tempo de permanência dos alunos hipertensos em sua
maioria fica em torno de 2 a 6 meses ininterruptos.
Aos indivíduos hipertensos que permaneceram por um período superior
a 12 meses, de atividade física na academia, foi aplicado um questionário
adaptado, com questões fechadas de caráter quantitativo (SABA, 2001), que se
refere aos determinantes para de exercício físico.
Para o autor (SABA, 2001) o questionário identifica fatores que
propiciam a aderência, sendo dividido em três grupos principais: fatores
pessoais, fatores ambientais e características do exercício físico. Neste
trabalho o fator que se atribuiu ao resultado foram os fatores pessoais, mais
especificamente a estética.
36
5.4 Perfil demográfico e aspectos da aderência a exercícios físicos de
indivíduos hipertensos.
Planilha demográfica
Nível de escolaridade
Ensino médio incompleto 14%
Ensino médio completo 60%
Ensino superior incompleto 13%
Ensino superior completo 13%
Tempo de prática do exercício
Mais de 12 meses 100%
Motivo da procura por esse espaço, para pratica de
exercícios
Saúde 26%
Saúde e Estética 60%
Saúde e Lazer 14%
Tipo de atividade realizada
Musculação e treino aeróbio 86%
Ginástica 14%
Fatores pessoais que levam a permanência no espaço
Aumento da massa muscular – estética 13%
Melhora na saúde e Aumento da força - desempenho 13%
Melhora na saúde e Perda de peso 40%
Melhora na saúde e Aumento da massa muscular - estética 27%
Melhora na saúde e Melhora na auto-estima 7%
Fatores comportamentais e sociais que levam a
37
permanência no espaço
Convio social 20%
Melhora na autoconfiança/ auto - estima e Convívio social 7%
Redução do estresse 33%
Melhora na autoconfiança/ auto - estima 40%
Facilitadores da prática de exercícios físicos
Orientação dos professores e Controle de peso 13%
Prazer e Socialização 7%
Incentivo de familiares e amigos 13%
Prazer 13%
Controle do peso 13%
Prazer e Orientação dos professores 27%
Incentivo de familiares e amigos e Controle do peso 7%
Prazer, Orientação dos professores e Socialização 7%
Dificulta dores da prática de exercícios físicos
Disposição 40%
Falta de tempo 40%
Orientação inadequada e Ambiente inadequado 7%
Ambiente inadequado 13%
Frequência semanal
3 vezes 40%
4 vezes 26%
5 ou mais vezes 34%
Duração média das atividades (min)
50 min 26%
60 mim 60%
Mais de 60 mim 14%
Resultados esperados
38
Hipertrofia 40%
Resistência muscular 13%
Emagrecimento 34%
Saúde 13%
A idade média entre os alunos pesquisados é de 47 anos com desvio
padrão de 20 a mais ou a menos. Dos 15 alunos, 60% tem ensino médio
completo os outros 40% variam entre médio incompleto, superior incompleto e
superior completo, todos tem duração superior a doze meses de prática de
exercícios físicos na academia Cege, todos marcam no questionário que fazem
o exercício por motivo de saúde, mas com a peculiaridade de terem juntamente
com saúde 14% lazer, 60% estética e 26% apenas saúde, 86% dos alunos
procuram musculação e treino aeróbico e apenas 14% apenas a ginástica.
Em relação aos aspectos pessoais que levam a procura de prática de
exercícios 86% vão por motivo de saúde juntamente com aumento de força,
perda de peso, aumento de massa muscular e melhora na auto-estima, o
restante 14% vão à procura de aumento da massa muscular, em relação aos
aspectos comportamentais e sociais.
A maioria, 40% dos alunos trazem como principal fator para
permanência na academia apenas a melhora na autoconfiança/auto-estima, o
restante se divide em convívio social, autoconfiança e convívio social, redução
do estresse.
Vale ressaltar que nos resultados finais do estudo evidencia-se o motivo
pela procura que foi estética.
O que mais facilita na pratica dos exercícios esta bem diversificada.
Todos marcam mais de uma alternativa, as que prevalecem são prazer pela
atividade realizada e controle do peso. O que mais dificulta esta bem dividido
em disposição e falta de tempo, além de reclamação por orientação
inadequada e ambiente inadequado.
Pela idade média ser 47 anos 40% tem frequência semanal de três
vezes, 34% cinco ou mais vezes e 26% quatro vezes, em relação ao tempo de
exercício 60% mais da metade passam 60 minutos, 26% 50 minutos e 14%
39
mais de 60 minutos. O resultado esperados pela maioria é a hipertrofia seguido
de emagrecimento, resistência e saúde respectivamente.
As figuras a seguir estão relacionadas as resposta encontradas
compatíveis aos objetivos gerais do estudo
Figura 4: Motivo pela procura da prática de exercícios.
Na figura 4 mostra os motivos que levam os alunos à procura da
academia para prática de exercícios, nota-se que todos marcam no
questionário a alternativa saúde, sendo que dentre as alternativas saúde
estava ligada a outras duas características: lazer e estética.
Dos 15 indivíduos que participaram da pesquisa, 4 optaram pelo motivo
saúde, estão na academia com o intuito de melhora na saúde, por indicação
médica ou por motivação própria. Apenas 2 indivíduos citam saúde e lazer,
além de buscarem a melhora no quadro de saúde tem o momento na academia
como divertimento. Já a grande maioria, ou seja, 9 dos indivíduos escolheram a
opção saúde e estética, demonstrando o fato que a grande procura pelas
academias é o de benefícios estéticos, como modelar e tornear o corpo.
Vale salientar que o estudo tratou de indivíduos hipertensos, que tem
consciência da academia como mais um instrumento no tratamento de sua
patologia.
Segundo Rosário e Líberali 2008 (apud NUNOMURA, 1998), onde em
estudo feito com 2054 pessoas, entre 18 e 60 anos, o motivo da aderência em
40
programas de atividade física, foi estético com um percentual de 53% e a
saúde ficou em segundo lugar com 36%. No estudo de Rosário e Líberali 2008
(apud TAHARA e SILVA, 2003), em que avaliaram alunos de uma academia
em Rio Claro/SP e verificaram que a maioria tem como objetivo a questão da
estética e qualidade de vida.
Em estudos que questionaram os usuários de academias sobre os
motivos para que permaneçam nos programas de exercícios físicos e mentais
provenientes do programa. Entre os mais comuns, constam: saúde,
condicionamento físico, emagrecimento, convivência com o grupo e bem estar
Rojas (2003) (apud DUARTE et al 2000; MALINA e AZEVEDO, 2000;
NUNOMURA 1998; PEREIRA, 2002; SILVA et al, 1999).
Figura 5: Aspectos pessoais.
Na figura 5 mostra os aspectos pessoais que levam o indivíduo a aderir
a um programa de exercício físico, sendo que 2 dos 15 indivíduos tem o
aumento da massa muscular e estética como aspecto determinante, outros 2
escolheram melhora na saúde e aumento da força- desenpenho. A maior parte
dos indivíduos (6) , apontaram melhora na saúde e perda de peso , 4 idivíduos
marcaram melhora na saúde e aumento da massa muscular–estética e apenas
41
1 indivíduo optou por melhora na saúde e melhora na auto-estima como
aspecto determinante.
Não foi encontrado na literatura os aspectos citados no estudo ligados
aos aspectos pessoais, Saba 2001 (apud DISHMAN, 1993) diz que os fatores
pessoais também estão relacionados a forma de como foi sua vivência com a
prática de atividades físicas de cada indivíduo.
Figura 6: Aspectos comportamentais e sociais.
A figura 6 trás os aspectos comportamentais que levam os indivíduos a
permanecerem no espaço de pesquisa. Dos 15, 3 vão estimulados através do
convívio social, apenas 1 esta a procura de auto-estima e convívio social, 5
acreditam na redução do estresse, e em sua maioria 6 procuram a
autoconfiança / auto- estima, como motivação para permanência.
Segundo Saba (2001), o reforço social visto como influência de grupos
ou parceiros, associa-se positivamente à prática de exercícico físico, sendo
mais forte para programas espontâneos do que para os supervisionados.
Saba 2001( apud ROBERTSON e MUTRIE, 1989) concluuíram que a
prática em grupo é muito importante para as mulheres que adere ao programa,
pois o grupo tem sobre elas um efeito encorajador.
42
Figura 7: Facilitadores da prática de exercício físico.
A figura 7 identifica os facilitadores da prática de exercícios. 5 dos
pesquisados praticam exercício para controle de peso, sendo que essa
característica esta subligada a outras duas: orientação dos professores e
incentivo de familiares e amigos, 8 estão em busca de prazer subligada a
outras três característica: socialização, orientação dos professores e
socialização e orientação dos professores , outros 2 vêem incentivo de
familiares como motivos que facilitam a permanência no âmbito da academia.
Os fatores que indicam as características facilitadoras, não estão
claramente descritos na literatura, entretanto, percebeu-se que alguns fatores
reconhecidos como barreiras, se analisados a partir do outro extremo de um
continuum de positividade-negatividade, são então reconhecidos como fatores
que facilitam e estimulam a prática de atividades físicas. Exemplos disto são os
fatores “suporte social” e “ambiente estimulante”, que com frequência têm sido
bastante relatados na literatura Martins 2000 (apud CANADIAN FITNESS and
LIFESTYLE RESEARCH INSTITUTE, 1996b, 1998; MARCUS, 1995; U.S.
DEPARTMENT OF HEALTH and HUMAN SERVICES et al., 1999). Sendo que
os mesmos fatores citados já estão presentes no questionário deste estudo, só
que foram classificado em outro grupo de identificação de aderência a
programas de exercício.
43
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho abordou aspectos de aderência aos exercícios físicos, em
um grupo de indivíduos hipertensos. O objetivo foi identificar e analisar os
fatores que influenciam esta aderência por partes de homens e mulheres
hipertensos de faixa etária variada frequentadores da academia CEGE.
Para a realização do trabalho foram utilizados como referência estudos
sobre aderência, hipertensão, exercício físico e qualidade de vida, e como
manter a frequência desses sujeitos em um programa de exercício físico.
Discutiu-se a princípio sobre hipertensão, seus riscos, medidas de prevenção,
tratamento farmacológico e não farmacológico e relação com outras
complicações na saúde, como obesidade. Falou-se da ligação entre exercício
físico, hipertensão e qualidade de vida mostrando os benefícios da prática de
exercícios adequados para necessidade de cada sujeito para a melhora da
saúde, prevenção e tratamento da hipertensão e melhorar a qualidade de vida.
Por fim discutiu-se ainda sobre aderência a programa de exercícios, indicando
os fatores para que cada sujeito tenha motivação e comprometimento com os
seus programas afim de tornalo parte de sua rotina. O trabalho, no referencial
teórico, utilizou estudo que apontam a prática de exercício como aliado no
tratamento da hipertensão dos sujeitos estudados no que se refere a saúde,
numa pespectifa ampla desse conceito.
A grande maioria dos frequentadores que compôs o universo de estudo,
a academia CEGE não são hipertensos, e em sua maior parte está neste
espaço apenas por motivos estéticos, em relação ao grupo estudado a procura
se dar por motivos de saúde, por indicação medica e consequentemente o
espaça propicia outras demandas como estética, lazer e socialização.
Assim observa-se que o grupo de hipertensos que praticam exercícios
na academia CEGE tem melhoria na prevenção de doenças cardiovasculares,
na perda de peso, na socialização, redução do estresse, assim obtendo uma
melhor qualidade de vida.
Os resultados obtidos com este estudo apontam que a aderência de
hipertensos esta direcionado a melhora na autoconfiança e ou auto-estima, e
44
que a procura pela academia mais ligada a fatores estéticos que direcionada a
saúde, mostrando a carência de informação. Para tal será preciso novas
publicações que não apenas ressalte as informações aqui empregadas, mas as
avaliem. É sugerido que este estudo realize uma amostra mais expressiva, e
que seja ampliada as varáveis, aqui expostas.
45
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ANEXO 1
50
51
ANEXO II
52
53
54
ANEXOIII
55
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO – CAMPUS II
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Questionário Nome:__________________________________________________________ Sexo: M ( ) F ( ) Idade:_____ anos Escolaridade: ( )Ensino fundamental Incompleto ( )Ensino fundamental completo ( )Ensino médio incompleto ( )Ensino médio completo ( )Nível superior incompleto ( )Nível superior completo Há quanto tempo pratica atividade física sem interrupção? ( )Menos de 2 meses ( )Entre 2 e 6 meses ( )Entre 6 e 12 meses ( )Mais de 12 meses Que motivos levam você a procurar este espaço para a prática de exercícios? ( )Saúde (indicação médica) ( )Estética ( )Lazer ( )Outros______________________________________________________ Que tipo de atividade você realiza nesse espaço? ( )Musculação ( )Musculação e treino aeróbio ( )Ginástica ( )Outros_______________________________________________________ Quais os principais fatores que levam você a permanecer freqüentando esse espaço?
56
Aspectos pessoais: ( )Melhora no estado de saúde- melhora de alguma patologia presente ( )Aumento da força- desempenho ( )Aumento de massa muscular – estética ( )Perda de peso ( )Melhora na auto-estima ( )Outros_______________________________________________________ Aspecto comportamental e social: ( )Redução do estresse ( )Melhora na auto confiança/auto-estima ( )Convívio social com outras pessoas ( )Outros_______________________________________________________ Facilitadores da pratica de exercício físico: ( )Prazer pela atividade realizada ( )Orientação dos professores ( )Incentivo de familiares e amigos ( )Socialização ( )Controle do peso corporal ( )Outros_______________________________________________________ Aspectos que dificultam a prática? ( )Orientação inadequada ( )Falta de tempo ( )Dificuldade co transporte ( )Disposição ( )Falta de incentivo de familiares e amigos ( )Ambiente inadequado ( )Outros_______________________________________________________ Quantas vezes por semana você freqüenta á academia? ( )2 vezes ( )3 vezes ( )4 vezes ( )5 ou mais vezes Qual a duração media da atividade? (minutos) ( ) 30’ ( ) 40’ ( ) 50’ ( )60’ ( )mais que 60’ Qual o resultado que você espera obter? ( )Ganho de força ( )Hipertrofia ( )Resistência muscular ( )Outros_______________________________________________________
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ANEXO IV
58
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
COLEGIADO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
TERMO DE CONCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Senhor (a)___________________________________________________________
Estamos realizando uma pesquisa com o objetivo de verificar o estudo
sobre os fatores que influenciam a aderência da prática de exercício físico por partes de homens e mulheres hipertensos freqüentadores da academia cege na cidade de Alagoinhas, Bahia, tendo como responsável o Prof. Dr. Mauricio Maltez e como pesquisador Diogo Eduardo dos reis Santos.
O Senhor(a) esta sendo convidado a participar desta pesquisa, onde está feito o uso do espaço da academia em que é proprietário. Solicitamos então a sua autorização para a pesquisa nos seus arquivos.
Este estudo presente segui os princípios éticos de pesquisa envolvendo seres humanos, evitando danos/agravos aos sujeitos envolvidos na pesquisa. Sua participação é voluntária e, a qualquer momento, estaremos a sua disposição para esclarecimentos sobre a pesquisa você terá todo direito de desistir dela quando não se sentir devidamente satisfeito, sem nenhum prejuízo para o senhor(a).
Caso haja algum prejuízo por quaisquer danos decorrentes desta pesquisa, o senhor(a) terá direito à indenização, que estará de acordo com Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
Será garantido o sigilo de todas as informações individuais coletadas nessa pesquisa, preservando a identidade de seus clientes. Os resultados desse estudo serão publicados e poderão ajudar a entender os fatores que influencia da aderência da prática de exercício físico por partes de homens e mulheres hipertensos freqüentadores da academia cege na cidade de Alagoinhas, Bahia.
Se você concordar em participar, deverá assinar este termo. Uma copia dele ficará com você e a outra com o pesquisador.
Alagoinhas(BA),____/____/____ _ __________________________ Assinatura do participante
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