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HISTÓRIA, CONQUISTAS E PERSPECTIVAS
Diretoria de Direitos Humanose Polícia Comunitária
POLÍCIA INTERATIVA
Diretoria de Direitos Humanose Polícia ComunitáriaHistória, conquistas e perspectivas
PolíCia Militar Do EstaDo Do EsPírito santo (PMEs)
CoManDantE-gEral Da PMEsCel PM Marcos Antônio Souza do Nascimento
subCoManDantE-gEral Da PMEsCel PM Ruy Guedes Barbosa Junior
CHEfE Do EstaDo-Maior-gEral Da PMEsCel PM Glauco Carminat Rodrigues
DirEtoria DE DirEitos HuManos E PolíCia CoMunitária (DDHPC)
DirEtorCel PM Carlos Henrique Pereira França
DirEtor aDjuntoTen Cel PM Jailson Miranda
CHEfE Da Divisão CorPorativa DE PolíCia CoMunitáriaTen Cel PM Jailson Miranda
CHEfE Da Divisão CorPorativa DE DirEitos HuManosTen Cel PM Jailson Miranda
CHEfE Da Divisão DE Mobilização CoMunitária E intEgração instituCionalMaj PM Sandro Roberto Campos
CHEfE Da sEção DE ProMoção Doutrinária EM PolíCia CoMunitáriaCap PM Clara Adriana da Fraga
CHEfE Da sEção DE ProMoção Doutrinária EM DirEitos HuManos E sECrEtaria1º Ten PM Sâmea Coelho
CHEfE Da sEção DE PrEvEnção ativa/ProErDCap PM Valc Angelo Rufino
aDMinistraçãoSub Ten PM Júlio César Freitas, 1º Sgt PM Luciana Bulhões, 2º Sgt PM Flávio de Souza Silva, Cb PM Valter Rodrigues Junior e Sd PM José Luiz Aguiar
CoorDEnação EstaDual Do PrograMa EDuCaCional DE rEsistênCias às Drogas (ProErD)
CoorDEnaDor EstaDual Do ProErDCap PM Valc Angelo Rufino
sEtor DE aCoMPanHaMEnto téCniCo1º Ten PM Luiz Carlos Soares da Silva
sEtor DE Cursos2º Ten PM Wamberto Reis da Silva Sd PM Thais Nascimento Leão Nunes
sECrEtaria1º Sgt PM Isaque Rodrigues
sEtor DE CoMuniCação soCialCb PM Ronaldo Duarte Barrozo
sEtor DE logístiCaCb PM Wagner Darci da Conceição
ExpEdiEntE
AprEsEntAçãoA sEGUrAnçA QUE QUErEMos prECisA sEr ConstrUÍdA por todos nÓs
omo entidade pública e social que é, a Polícia
Militar deve ser representativa da comunidade,
ser responsável por ela e, ao mesmo tempo, pres-
tar-lhe contas. E para fazer cumprir essa premis-
sa junto à sociedade capixaba, apresentamos os
resultados obtidos de 2007 a 2014 pela Coordenação Esta-
dual de Polícia Interativa, inicialmente, e, depois, pela Dire-
toria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária.
A filosofia do policiamento interativo, ou comunitário,
no Estado do Espírito Santo foi posta em prática a partir do
início da década de 90, quando a PM incorporou em suas
atividades conceitos como produtividade, informatização,
qualidade total e gestão participativa. Desde então, o que
era apenas conceito se tornou prática e rotina na atuação
policial. A institucionalização do novo modelo de fazer poli-
cial foi instrumentalizado na Diretriz de Instrução n. 003/99
(3ª EMG “Parâmetros para o modelo interativo de polícia”)
e ficou a cargo de uma coordenação específica, a Coorde-
nação Estadual de Polícia Interativa, que, posteriormente,
em 2012, transformou-se na Diretoria de Direitos Humanos
e Polícia Comunitária.
Neste relatório de prestação de contas, dividido em quatro
partes, apresentamos, inicialmente, um histórico da polícia co-
munitária no mundo, no Brasil e no Espírito Santo para mos-
trar como esse conceito foi incorporado à atividade policial,
C
de modo a mudar sua forma de atuação, passando de uma
polícia coercitiva para uma que trabalha para “prevenir o cri-
me e a desordem”, nas palavras de Robert Peel, que estabele-
ceu os fundamentos do policiamento comunitário no mundo.
Esse resgate histórico é importante porque permite en-
tender as iniciativas, projetos e programas que foram imple-
mentados ao longo dos sete anos que compreendem o pe-
ríodo deste relatório. Os resultados das ações empreendidas
pela PMES no sentido de prevenir a ocorrência criminal estão
descritos na parte dois desta prestação de contas. Dedicamos
a terceira parte para um programa especial desenvolvido no
âmbito da DDHPC: o Programa Educacional de Resistência
às Drogas (Proerd), cuja essência e metodologia são capazes
de sintetizar todo o trabalho desenvolvido pela Diretoria.
Na quarta parte do relatório, são expostas as projeções
que a Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária
faz para o próximo biênio. Assim, a partir da experiência do
passado e da avaliação do presente, projetamos o futuro que
desejamos em policiamento interativo. Cabe à sociedade e
ao Estado, junto à PM, colaborar para que os resultados que
estão por vir sejam ainda melhores e que os projetos atinjam
mais pessoas, principalmente crianças e adolescentes em si-
tuação de vulnerabilidade social. Afinal, policiamento comu-
nitário se faz a muitas mãos: polícia, comunidade, entidades
representativas e privadas são todos copartícipes do proje-
to de segurança pública que queremos e buscamos, ou seja,
aquele que prevê, acima de tudo, o bem-estar do cidadão e
a prevenção de crimes.
Resgatando nossa história e trabalhando para que o fu-
turo seja melhor, a segurança deixará de ser apenas uma sen-
sação e passará a ser uma realidade, da qual todos são, ao
mesmo tempo, protagonistas e beneficiários.
Ten Cel Jailson MirandaDiretor adjunto da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária (DDHPC) da Polícia Militar do Espírito Santo e Coordenador Estadual de Polícia Comunitária
sUMário
4» planejar o futuroAtUAr no prEsEntE, 59» » » » » » » » » » » » » » » »
3» de polícia de proximidade
proErd CoMofErrAMEntA 39» » » » » » » » » » » » » » » »
estratégica e preventivaAtUAção 21» » » » » » » » » » » » » » » »
2»
História, conceitos e princípiospoLÍCiA CoMUnitáriA: 11» » » » » » » » » » » » » » » »
1»
oi a partir desse princípio, do ex-pri-
meiro ministro do Reino Unido Ro-
bert Peel, que surgem no mundo
os conceitos da polícia comunitária,
ainda na primeira metade do século
XIX. Responsável pela reforma da polícia ingle-
sa e autor do Regimento Policial Civil de Lon-
dres, em 1829, Robert Peel foi o criador dos
fundamentos de uma polícia cidadã, voltada
para as relações e os conflitos sociais nos es-
tados de direito.
Peel defendeu a prioridade para a preven-
ção ao crime e à desordem em vez da repres-
são militarizada e punições severas contra a po-
pulação, além da aprovação social da atuação
da polícia e da cooperação do público para a
aplicação das leis. Foi ele também quem esta-
beleceu a imparcialidade da polícia no cumpri-
mento das normas legais, livre de sectarismos
sociais ou econômicos, bem como a proteção
da vida como maior objetivo da polícia e o uso
da força física apenas como última alternativa,
dentro dos limites da lei.
Robert Trojanowicz e Bonnie Bucqueroux
aprofundaram as discussões sobre o policiamen-
to comunitário, sedimentando a necessidade de
participação de alguns segmentos sociais defi-
nidos como necessários para a implementação
e o sucesso da comunitarização dos serviços
policiais: a polícia, a comunidade, a comuni-
dade de negócios, a mídia, as autoridades cí-
vicas eleitas e outras instituições.
Esses autores destacam ainda princípios que
norteiam essa filosofia, como a parceria entre
polícia e comunidade e a prevenção contra a
violência e o crime. Outro princípio importan-
te é a fixação do efetivo da polícia nas comuni-
dades, a fim de promover maior envolvimento
com as pessoas e os problemas locais e, conse-
quentemente, a responsabilidade territorial por
parte dos policiais. Assim, a comunidade passa
a contar com o seu próprio policial, bem como
atendimento mais personalizado, que acaba por
gerar maior confiança, sensação de segurança
e diminuição do medo.
Outros estudiosos contemporâneos também
apontam como premissa central do policiamen-
to comunitário a necessidade de uma postura
mais ativa e coordenada, por parte do públi-
co, na obtenção de segurança. É o caso de Da-
vid H. Bayley e Jerome H. Skolnick, para quem
a população deve ser vista como coprodutora
da segurança e da ordem, cabendo às polícias
a criação de maneiras inovadoras e apropria-
das de associar o público ao policiamento e à
manutenção da ordem.
“A missão fundAmentAl pArA A políciA existir é prevenir o crime e A desordem.”
f
prEVEnção CoMo Missão
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 13
o Brasil, os problemas de segurança
pública sempre foram considerados
uma questão “apenas da polícia” e,
com isso, os demais segmentos da
sociedade se eximiam de sua impres-
cindível participação. O fato de o modelo tradi-
cional de atuação da PM estar pautado em ações
repressivas de controle à criminalidade e violên-
cia – com a presença da polícia apenas de ma-
neira pontual – tornou essa situação ainda mais
complexa. Tanto que a instituição policial atua-
va apenas de maneira reativa às demandas das
comunidades e, em alguns casos, as ações des-
sa “polícia repressiva” causavam mais temor do
que a criminalidade e a violência que já existem.
No entanto, a nova ordem constitucional es-
tabelecida a partir de 1988 exigiu do Estado e da
sociedade comportamentos pautados no respei-
to e na promoção dos direitos humanos. Diante
desse novo modelo, as instituições policiais pas-
saram a buscar uma identidade que melhor se
adequasse aos novos paradigmas sociais.
Nesse contexto, a polícia interativa surge com
um importante diferencial: atuar de maneira proa-
tiva, junto à comunidade, promovendo parcerias
e trabalho recíproco. É a polícia do “pode acon-
tecer” substituindo a “polícia do aconteceu”. A
construção dessa nova identidade institucional da
polícia não é tarefa apenas dos seus integrantes,
mas sim de toda a coletividade. Poder público e
sociedade civil têm de atuar em conjunto nesse
processo. A própria Constituição é clara nesse sen-
tido, quando define que a segurança pública é res-
ponsabilidade de todos, e não apenas do Estado.
MUdAnçA dE pArAdiGMA
norMas básiCas Do PoliCiaMEnto CoMunitário sEgunDo baYlEY E sKolniCK
Para Bayley e Skolnick, existem normas básicas para a filosofia
de policiamento conhecida como polícia comunitária:
1. Organizar a prevenção do crime tendo como base a comunidade;
2. Reorientar as atividades de patrulhamento para
enfatizar os serviços não emergenciais;
3. Aumentar a responsabilização das comunidades locais;
4. Descentralizar o comando.
n
14 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
iante da necessidade de seguir os
novos princípios de policiamento
que apontavam para o conceito de
polícia comunitária, a Polícia Militar
do Espírito Santo passou a buscar
nas comunidades as parcerias necessárias para a
coautoria na produção da seguridade social. As-
sim, outras agências de controle social deixaram
a passividade de seus comportamentos para atua-
rem como protagonistas na construção das políti-
cas públicas de segurança.
O primeiro passo para a implementação des-
sa filosofia foi dado em 1994, na cidade de Gua-
çuí, onde foram incorporados conceitos especí-
ficos de polícia comunitária, aqui chamada de
polícia interativa, como produtividade, informa-
tização, qualidade total e gestão participativa.
A avaliação dessa experiência, a partir de 1997,
quando a PMES ingressou no Programa Iniciati-
vas da Qualidade na Gestão Pública do Estado
do Espírito Santo, constatou a necessidade do
estabelecimento de alguns critérios norteado-
res e mecanismos de controle para a sua imple-
mentação, posto que, embora os resultados te-
nham sido favoráveis, foram identificadas tam-
bém necessidades de ajustes.
a PolíCia Da CoPartiCiPação
A implementação e a promoção da
polícia comunitária devem seguir os
princípios de sua filosofia, obedecidas
as características e peculiaridades
regionais e locais. Isso significa dizer
que as mesmas estratégias para
a aplicação tático-operacional do
modelo podem não funcionar em
comunidades distintas. É preciso deixar
bem claro que a simples execução
do policiamento nas comunidades
pode não significar a aplicação da
filosofia da polícia comunitária.
O patrulhamento policial aleatório,
por exemplo, pode caracterizar-
se apenas como a prática de
uma modalidade no exercício do
policiamento ostensivo. Para caracterizar
o trabalho comunitário, policiais e as
comunidades envolvidas devem buscar
aproximação recíproca, com objetivo
de sedimentar uma parceria, baseada
no respeito e na confiança mútua.
A polícia comunitária deve nascer e viver
dessa coparticipação envolvendo policiais
e representantes dos demais segmentos
sociais na identificação de prioridades
locais, discussão e elaboração de
propostas para a solução dos problemas
de segurança pública que afetam as
comunidades, visando à melhoria da
qualidade de vida de todos os cidadãos.
poLÍCiA intErAtiVA no EspÍrito sAnto
D
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 15
As mudanças necessárias foram delibera-
das através de consultas internas, seminário
técnico e discussões em comissão designada
pelo Comando-geral da Corporação, que cul-
minou na elaboração e publicação da Diretriz
de Instrução n. 003/99 – “Parâmetros para
o Modelo Interativo de Polícia”. Essa diretriz
estabelece os critérios e a forma como se da-
ria o cadastramento e o credenciamento dos
Conselhos Interativos de Segurança pela Polí-
cia Militar, bem como define os itens de con-
trole que permitiriam a verificação da confor-
midade e qualidade na aplicação do modelo
interativo de polícia.
»»Cia. de Guaçuí.
»»A comunidade participa da Modalidade de
Interação Social na Cia. de Guaçuí.
»»Visita do comandante-geral ao Cel Julio César Costa,
idealizador da Polícia Interativa no Espírito Santo.
»»I Fórum Nacional sobre Polícia Interativa, com a
presença do comandante-geral Cel Carlos Magno.
»»I Fórum Nacional sobre Polícia Interativa.
»»I Fórum Nacional de Polícia Interativa com a presença de
autoridades públicas do Brasil. Na foto, Paulo Hartung, Luiz Ferraz Moulin, Nelson Jobim, Vitor Buaiz e Ricardo Ferraço.
16 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
A partir das experiências da evolução da polícia
interativa, em 26 de novembro de 2001 foi insti-
tuído o Decreto 936-R, o Accoountability Policial
no Espírito Santo, que conjugava o pensamento
da população associada e envolvida nos assuntos
da segurança pública, cuja essência é assegurar a
participação da sociedade civil na formulação e
no controle das ações de segurança pública, re-
presentando uma das legislações mais avança-
das com relação à filosofia de policia interativa.
Outra experiência exitosa foi realizada na
2ª Cia. do 1º BPM, na Região da Grande Santo
Antônio, com o projeto Célula Interativa do Mor-
ro do Quadro, em Vitória, que ganhou reconhe-
cimento nacional e internacional, após ter sido
escolhida como a melhor experiência de policia-
mento comunitário do Brasil, durante o primeiro
concurso promovido pela Motorola do Brasil em
2001/2002. O exemplo do Morro do Quadro foi
apresentado no livro “Policiamento Comunitá-
rio. Experiências no Brasil 2000-2002”, editado
pelo Ministério da Justiça em 2002, que propor-
cionou um reconhecimento ainda maior para as
experiências do Espírito Santo.
»»Equipe do Morro do Quadro.
»»O capitão Miranda mostra no quadro o resultado
da boa convivência com a comunidade.
»»Reunião do Conselho Interativo de Segurança
do Prêmio Motorola Morro do Quadro.
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 17
Em 2006, por determinação do Comando-
geral da PMES foi elaborado o Projeto de Rees-
truturação da Polícia Interativa no Espírito San-
to. Em seu diagnóstico inicial, feito junto aos
Comandos de Unidades, no documento foram
constatados alguns problemas sobre a situação
do policiamento interativo no Espírito Santo, den-
tre eles a inexistência de um setor institucional
ou estrutura de apoio, responsável pelo acom-
panhamento, desenvolvimento e sedimentação
da filosofia comunitária e interativa e direitos hu-
manos na Polícia Militar.
Estimulada por esse projeto, além de reco-
mendações ministeriais e programas nacionais de
segurança pública e direitos humanos, foi insti-
tuída a Coordenação de Polícia Comunitária-In-
terativa, criando na estrutura da 3ª Seção do Es-
tado Maior Geral o Sistema de Polícia Comuni-
tária-Interativa, através da Portaria n. 477-R, de
16 de abril de 2009.
E tendo como base o modelo interativo de
polícia, em 2009, a Polícia Militar do Espírito
Santo apresentou também, na 1ª Feira do Co-
nhecimento em Segurança Pública, da 1ª Confe-
rência Nacional de Segurança Pública (Conseg),
em Brasília, o projeto Rede de Promoção de Am-
bientes Seguros (Repas) – Batalhão Participativo,
conquistando para o Estado do Espírito Santo o
primeiro lugar na votação popular como melhor
experiência do Brasil na temática da prevenção
à violência e à criminalidade.
Representantes do Programa das Nações Uni-
das para o Desenvolvimento (PNDU) que estiveram
na Conferência também aprovaram a excelência
da iniciativa do policiamento interativo capixaba,
que, com o Repas – Batalhão Interativo, chegou
a ser destaque na gestão pública estadual, ven-
cendo o Prêmio Inoves na categoria Participação
e Controle Social, em 2010.
No ano de 2010, o Decreto 2579-R, de 10 de
setembro, organiza a atuação dos órgãos de se-
gurança pública, estabelecendo áreas de compa-
tibilização mediante a integração de suas ativida-
des operacionais, e dispõe sobre a comunitariza-
ção de políticas de segurança pública no estado.
O Sistema de Polícia Comunitária-Interativa
foi reorganizado através da Portaria n. 528-R,
de 16 de junho de 2011, na estrutura do Esta-
do Maior Geral, criando as Coordenadorias Re-
gionais de Polícia Interativa. Nesse mesmo ano,
a Coordenação Estadual do Programa Educacio-
nal de Resistência as Drogas (Proerd), principal
ferramenta de polícia de proximidade da PMES,
foi inserida na responsabilidade da Coordena-
ção Estadual de Polícia Interativa.
A Coordenação Estadual de Polícia Interativa
assumiu status de Diretoria de Direitos Humanos
e Polícia Interativa (DDHPI) com a reformulação
do quadro organizacional da PMES, conforme es-
tabelecido no Decreto Estadual n. 3032-R, de 19
de junho de 2012, em seu artigo 13, Inciso XIX.
Nele, estabelece-se como missão da coordena-
ção “planejar, desenvolver, difundir e coordenar
a doutrina, a filosofia e a prática da polícia inte-
rativa, dos direitos humanos e de ações de res-
ponsabilidade social da corporação”.
18 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
No ano seguinte, com a reestruturação do quadro organizacional da
PMES, a Diretoria passa a ter uma nova nomenclatura: Diretoria de Di-
reitos Humanos e Polícia Comunitária (DDHPC), através do Decreto n.
3412-R, de 15 de outubro de 2013, trazendo como missão “promover,
através de planejamento, direção, organização e controle, a doutrina, a
filosofia e a prática do sistema comunitário, dos direitos humanos e de
ações sociais da corporação, bem como garantir a eficácia das políticas
do Comando-Geral no âmbito institucional”.
No modelo a seguir, podemos verificar os principais parâmetros do
modelo interativo de policiamento, como o executado no Espírito Santo:
princípios cArAcTErísTicAs
Comunitarização» Gestão participativa e prestação de contas» Interação/troca de informações» Fixação do efetivo
Cidadanização
» Politização» Supervisão civil da polícia» Defesa dos Direitos Humanos» Isenção político-partidária
Controle da
Qualidade total
» Produtividade» Orientação pelo cliente-cidadão» Qualidade em primeiro lugar » Ação orientada por prioridades» Ação orientada por fatos e dados (cientificidade)» Clientes no processo» Controle prévio (proatividade na prevenção)» Ação de bloqueio» Valorização humana» Comprometimento da alta direção
Profissionalização
» Ênfase proativa» Reação técnica e legal» Qualificação (treinamento/formação)» Valorização da inteligência policial» Implementação do policiamento velado» Opção pelo policiamento integrado» Metodologia científica para a administração
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 19
De 2007 a 2014, a PMES por meio da Coor-
denação Estadual de Polícia Interativa, primei-
ramente, e da Diretoria de Direitos Humanos
e Polícia Comunitária, mais tarde, participou
de diversos projetos e programas, seja como
condutor principal, seja como coadjuvante do
processo. Neste capítulo, relatamos cada um
deles e apresentamos seus avanços, que, aci-
ma de tudo, representam benefícios para toda
a população do Espírito Santo.
partir do diagnóstico do Projeto
de Reestruturação da Polícia In-
terativa, de 2006, a Coordena-
ção Estadual de Polícia Interativa
reestruturou as práticas policiais
militares no Espírito Santo. Seu objetivo é criar,
estabelecer e manter ambientes seguros, capa-
zes de potencializar o desenvolvimento de pro-
jetos sociais públicos e privados, bem como ga-
rantir o pleno exercício de todos os aspectos da
cidadania a partir de projetos pilotos nos muni-
cípios com locais de vulnerabilidade social até
alcançar todo o Estado.
Para isso, são implementadas ações de melho-
ria na aquisição de equipamentos, materiais de
proteção individual e viaturas e capacitação conti-
nuada em polícia comunitária e direitos humanos
de policiais militares. Para desenvolver as ações,
a PMES conta com parceiros como o Ministério
da Justiça, através da Secretaria de Segurança
projEto dE rEEstrUtUrAção dA poLÍCiA intErAtiVA no EspÍrito sAnto
a
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 23
Pública (Senasp) e Secretaria de Estado da Se-
gurança Pública e Defesa Social do Espírito San-
to (Sesp). Com eles, foram construídos projetos
e acordos de cooperação junto ao Programa Na-
cional de Segurança Pública com Cidadania (Pro-
nasci) e no Plano Estadual de Segurança Pública.
Além disso, também foram realizadas adesões aos
programas Brasil Mais Seguro e Crack, é Possível
Vencer, ambos do Governo Federal
A capacitação profissional também ganhou
força. Com a Coordenação Estadual de Polícia
Interativa, de 2007 a 2014 foram realizados 63
cursos, dos quais participaram 2.815 pessoas,
entre policiais militares, civis e rodoviários fe-
derais, integrantes das comunidades e guardas
municipais. Também foram promovidos 15 con-
gressos e seminários, que atingiram um públi-
co de 2.564 participantes.
24 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
cUrsos rEALiZADos AnTEs DA coorDEnAÇÃo EsTADUAL DE poLíciA inTErATiVA
Ano 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006Cursos 1 15 37 1 1 1 1
Participantes
PM 32PM 292 PM 684 PM 44 PM 30 PM 21 0
PC 120 PC 495 PC 1 PC 2 PC 2 0
T 32COM 132 COM 224 COM 0 COM 7 COM 5 0
T 544 T 1.403 T 45 T 39 T 28 0
Congressos e seminários 1 Não
houve 1 Nãohouve
Nãohouve 1 0
Participantes 300 — 1.166 — — 35 0
total deParticipantes 332 544 2.569 45 39 63 0
cUrsos rEALiZADos ApÓs A criAÇÃo DA coorDEnAÇÃo DE poLíciA inTErATiVA
Ano 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014Cursos 10 10 11 11 6 6 5 4
Participantes
PM 360 PM 340 PM 353 PM 447 PM 255 PM 300 PM 189 PM 169
PC 12 PC 10 PC 7 PC 4 PC 0 PC 2 PC 6 PC 3
CB 13 CB 6 CB 12 CB 14 CB 6 CB 5 CB 10 CB 3
GM 43 GM 22 GM 23 GM 23 GM 23 GM 14 GM 35 GM 12
PRF 4 PRF 4 PRF 0 PRF 0 PRF 0 PRF 0 PRF 0 PRF 0
COM 8 COM 5 COM 27 COM 20 COM 8 COM 0 COM 13 COM 5
T 440 T 387 T 422 T 508 T 292 T 321 T 253 T 192
Congressos e seminários 1 0 2 3 2 2 3 2
Participantes 150 0 459 750 213 300 431 261
total deParticipantes 590 387 881 1.258 442 621 684 453
»»PM = policiais militares • PC = policiais civis • COM = integrantes das comunidades • T = total
»»PM = policiais militares • PC = policiais civis • COM = integrantes das comunidades
PRF = policiais rodoviários federais • GM = guardas municipais • OF = oficiais • T = totalObs.: Incluídas em 2012 duas edições do ciclo de cursos do Programa Crack, é Possível Vencer e quatro CNPPC.
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 25
Pronasci (2007 a 2012)
» Realização de acordos de cooperação técnica para a realização do
Curso Nacional de Multiplicadores de Polícia Comunitária (CNMPC),
Curso Nacional de Promotor de Polícia Comunitária (CNPPC) e
Curso Internacional de Multiplicador de Polícia Comunitária.
» Execução de 49 edições do CNPPC e cinco do CNMPC com o objetivo
de capacitar policiais militares e civis, bombeiros militares, guardas
municipais e lideranças comunitárias para gerenciar a ordem
pública, orientados pela filosofia de polícia comunitária, bem
como para atuar na docência da filosofia de polícia comunitária
e mobilização social. Mais de 2 mil pessoas foram capacitadas.
1» Outras ações reestruturantes da Coordenação Estadual de Polícia
Interativa estão descritas a seguir:
»»1ª turma do
Curso Nacional de Polícia
Comunitária Senasp.
26 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
2» Parceria brasil-japão: sistema Koban (2009 a 2011)
» Realização do Curso de Gestor de Policiamento Comunitário
Sistema Koban (CGPC-SK) e Curso de Operador de
Policiamento Comunitário Sistema Koban (COPC-SK).
» Execução de oito edições do CIMPC-SK com 24 oficiais da
PMES formados no curso internacional realizada na PMSP para
sedimentação da filosofia de polícia comunitária japonesa (Sistema
Koban). Três desses oficiais capacitados foram indicados para
participação de intercâmbio junto a Polícia Nacional do Japão.
» Capacitação de 46 sargentos no CGPC-SK e de 41 cabos e soldados
no COPC-SK para gerenciar e operar os Serviços de Atendimento ao
Cidadão (SACs) na filosofia do sistema Koban e Chuzaisho de bases
comunitárias, orientando-os pela filosofia de polícia comunitária, bem
como para atuar na mobilização social das lideranças comunitárias.
»»Treinamento Intercâmbio, na Policia Nacional do Japão.
»»Recepção da delegação brasileira no Japão, em 2011.
»»Primeiro Seminário Internacional de Policia Comunitária - Sistema Koban, na PMES.
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 27
3» outras ações de fortalecimento da comunitarização e integração da segurança pública
» Cadastro anual dos Conselhos Municipais,
Regionais e Interativos de Segurança Pública,
Serviços de Atendimentos ao Cidadão (bases
comunitárias) e Bases Comunitárias Móveis.
» Implementação de cinco projetos pilotos (Territórios
de Paz) na Região Metropolitana da Grande Vitória
com investimentos em equipamentos, viaturas,
rádios transmissores e ocupação nos territórios de
150 policiais capacitados no CNPPC para atuação
no policiamento comunitário em 2010.
» Inclusão do Proerd, com atuação de 36
policiais militares instrutores com exclusividade
nos Territórios de Paz em 2010.
» Elaboração do Decreto n. 2579-R, de 10 de setembro
de 2010, que organiza a atuação dos órgãos
de Segurança Pública, estabelecendo áreas de
compatibilização mediante a integração de suas
atividades operacionais e dispõe sobre a comunitarização
de políticas de segurança pública no Estado.
» Criação da Diretoria de Direitos Humanos e
Polícia Interativa, tendo a Coordenação Estadual
de Polícia Interativa como embrião.
28 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
riado pelo Governo Federal e alinhado
com os projetos sociais do Programa
Nacional de Segurança Pública com
Cidadania (Pronasci), o Projeto Ter-
ritórios de Paz abrange áreas da Re-
gião Metropolitana da Grande Vitória de maior
vulnerabilidade social. No Espírito Santo, o Terri-
tórios de Paz foi coordenado pela PMES através
da Coordenação Estadual de Polícia Interativa.
No dia 15 de maio de 2010, data do lançamento
oficial do projeto pela PMES, a gestão dos Terri-
tórios de Paz passou a ser orientada pelo Siste-
ma de Governança Operacional, que visa a am-
pliar a abrangência da filosofia e das práticas de
excelência em policiamento interativo com base
na resolutividade, motivação profissional, logís-
tica e ostensividade policial.
Cabe destacar que o Projeto Territórios de
Paz tem origem no projeto de reestruturação da
polícia interativa do Espírito Santo e que, quan-
do apresentado à Senasp, foi reconhecido como
um dos melhores projetos apresentados pela Po-
lícia Militar no Brasil, servindo de inspiração para
outros estados, com financiamento da União.
Conforme levantamento da Gerência de
Estatística e Análise Criminal (Geac) verificou-
se que o objetivo principal do projeto, ou seja,
a diminuição da criminalidade, em especial os
homicídios, alcançou resultados favoráveis, com
significativa redução.
No primeiro ano de projeto, a Região Metro-
politana reduziu em 21,18% o número de homicí-
dios. Ocorreram 934 crimes fatais contra a vida de
maio de 2010 a abril de 2011, contra quase 1.200
homicídios no mesmo período do ano anterior. Os
bairros da Grande Vitória onde foram implemen-
tados os Territórios de Paz também acompanha-
ram essa tendência, conforme a tabela a seguir.
projEto tErritÓrios dE pAZ
VAriAÇÃo no númEro DE homicíDios
região 15/05/2009 01/04/2010
15/05/2010 01/04/2011
Variação ao ano (%)
Espírito santo 1.825 1.499 -17,86região
Metropolitana da grande vitória
1.185 934 -21,18
são Pedro 34 21 -38,24terra vermelha 50 41 -18
feu rosa 33 26 -21,21nossa senhora
da Penha 16 6 -62,5
vila bethânia 12 4 -66,67
C
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 29
proGrAMA EstAdo prEsEntEom a transição do Governo Federal
após as eleições de 2010, o Proje-
to Territórios de Paz, que era man-
tido majoritariamente por recursos
da União, viu-se necessitado de con-
tinuidade. Coube ao Governo do Estado então
prover e ampliar as políticas públicas de segu-
rança. Surge assim o Estado Presente, que her-
dou do Territórios de Paz não só a metodologia
de atuação, mas também o objetivo de desen-
volver respostas rápidas e permanentes, em par-
ceria com municípios, ONGs e iniciativa privada,
para reduzir os crescentes índices de criminalida-
de, na maior parte das vezes associados ao trá-
fico de drogas, além de democratizar o acesso
aos serviços públicos, especialmente para a po-
pulação residente em áreas de grande vulnera-
bilidade social.
De 2009 a 2013, o Estado Presente foi res-
ponsável pela redução de 16,32% do índice de
homicídios no Espírito Santo, principalmente nos
bairros da Grande Vitória atendidos inicialmen-
te pelo Territórios de Paz e depois pelo Estado
Presente, conforme tabela a seguir.
C
VAriAÇÃo no númEro DE homicíDios
região 2009 2010 2011 2012 2013Variação
por período
(%)Espírito santo 2.034 1.847 1.710 851 1.702 -16,32
região Metropolitana
da grande vitória
1.307 1.160 1.091 551 1.102 -15,68
são Pedro 39 38 24 5 10 -74,36terra vermelha 69 46 68 28 56 -18,84
feu rosa 56 42 41 26 52 -7,14nossa senhora
da Penha 19 21 18 8 16 -15,79
vila bethânia 23 15 13 6 12 -47,83
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 31
Para coordenar as ações do Estado Presente,
que previa uma governança democrática e par-
ticipativa, orientada para resultados, o Governo
do Estado instituiu a Secretaria Extraordinária
de Ações Estratégicas (Seae), que ficou encar-
regado de articular e integrar as diversas secre-
tarias, órgãos e instituições públicas e privadas
participantes do programa.
xecutado pela Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comuni-
tária entre 2013 e 2014, o Programa Brasil Mais Seguro, lança-
do em 2012 pelo Governo Federal objetivava a redução da cri-
minalidade violenta, por meio de acordo de cooperação técni-
ca entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Seu in-
tuito era diminuir a impunidade, aumentar a sensação de segurança da
população e promover maior controle de armas.
proGrAMA BrAsiL MAis sEGUro
E
Projetos da Diretoria de Direitos Humanos e Polícia Comunitária vinculados ao Estado Presente
» Expansão do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).
» Expansão das práticas do policiamento comunitário nos aglomerados urbanos.
» Inclusão do Proerd no Programa Estadual de Ações
Integradas sobre drogas, o Rede Abraço.
32 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
proGrAMA CrACK, É possÍVEL VEnCEr
aseado no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Ou-
tras Drogas, instituído pelo Governo Federal em 2010 e exe-
cutado no Espírito Santo desde 2012, o Programa Crack, é
Possível Vencer estrutura-se em três eixos:
As formas de atuação do eixo Autoridade, à cargo da DDHPC, se dão
por meio da capacitação de policiais para atuação ostensiva, articula-
ção com estados e municípios, revitalização e criação de espaços públi-
cos de convivência comunitária, instalação de videomonitoramento em
pontos fixos e unidades de comando e controle móveis para monitora-
mento de áreas deflagradas. Entre as ações empreendidas pela PMES
dentro do Programa Crack, é Possível Vencer, destacam-se:
b1. Prevenção: ações voltadas à educação, informação e capacitação
2. Cuidado: ações dedicadas ao aumento da oferta de tratamento
de saúde e atenção aos usuários
3 autoridade: enfrentamento ao tráfico de drogas e às organizações criminosas
Para isso, foram firmados dois acordos de
cooperação técnica com a Senasp para exe-
cução de cinco edições do Curso de Promotor
de Polícia Comunitária em 2013 e três edições
em 2014. Foram formadas 410 pessoas, entre
policiais militares e civis, bombeiros militares,
guardas municipais e lideranças comunitárias
para o desempenho de seus papéis no contex-
to da segurança pública orientada pela filosofia
de polícia comunitária.
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 33
» Execução de três edições do ciclo de cursos do
Programa Crack, é Possível Vencer, composto
pelo Curso Nacional de Multiplicador de Polícia
Comunitária: Tópicos Especiais em Policiamento
e Ações Comunitárias (Tepac) – Redes de Atenção
e Cuidados e Tópicos Especiais em Policiamento
e Ações Comunitárias (Tepac) – Abordagem
Policial a Pessoas em Situação de Risco.
» Capacitação de 49 operadores de segurança pública
na terceira edição do curso, em 2014, totalizando,
com edições anteriores, 139 policiais militares, civis e
guardas municipais para atuação em cenas de uso e
tráfico de drogas no que tange ao emprego racional
e adequado das tecnologias de menor potencial
ofensivo e no reconhecendo das redes de atenção,
prevenção e cuidado aos usuários de drogas de Vitória.
34 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
» Duas edições do Curso de Capacitação de
Unidade Móvel Volare Programa Crack, é Possível
Vencer, totalizando 57 policiais militares.
» Execução de duas edições do Treinamento de utilização
da Unidade Móvel de Videomonitoramento do Programa
Crack, é Possível Vencer, totalizando 36 policiais militares.
» Plano de Emprego Tático-Operacional do
Programa apresentado ao Estado Maior do EMG,
CPOM e DDHPC pelo Comando do 1º BPM.
» Oficina de alinhamento com os gestores em cena de
uso da assistência, saúde e Guarda Civil Municipal
de Vitória, em parceria com a Coordenação
Estadual de Políticas sobre Drogas e PMV.
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 35
» Treinamento do efetivo do Programa Crack, é Possível
Vencer, realizado pela Diretoria de Saúde sobre aspectos
de prevenção à saúde dos policiais nas cenas de uso.
» Entrega de equipamentos, armas de menor
potencial ofensivo e viaturas para execução e
desenvolvimento do programa de policiamento
comunitário com vídeo monitoramento ao 1º BPM:
» 2 Unidades Móveis: Micro-ônibus (Comando e Controle) e bases comunitárias moveis com vídeo monitoramento
» 40 câmeras PTZ Domo, HD (com toda infraestrutura para seu funcionamento)
» 4 viaturas e 4 motos
» 100 pistolas elétricas Spark
» 300 espargidores de pimenta
» Luvas de proteção individual e EPI para o efetivo empregado, sendo 50 óculos de proteção, 50 respiradores e 50 pares de luvas descartáveis
36 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
» Participação em reuniões e audiências públicas na construção do PEDH,
em especial no eixo que trata da segurança pública, democratização e
modernização, e do PEEDH, na área que trata da educação dos profissionais dos
sistemas de Justiça e segurança pública e demais agentes do poder público.
» Representação e participação em reuniões, fóruns, seminários dos órgãos
ligados aos direitos humanos, em especial da Secretaria de Estado da
Assistência e Direitos Humanos do Espírito Santo (Seadh) e do Conselho
Estadual dos Direitos Humanos e Conselho Estadual sobre Drogas.
» Inclusão da PMES na Comissão Interinstitucional do Sistema
Socioeducativo do Estado do Espírito Santo.
pLAno EstAdUAL dE EdUCAção EM dirEitos HUMAnos (pEEdH) E proGrAMA EstAdUAL EM dirEitos HUMAnos (pEdH)
Plano Estadual de Educação em Di-
reitos Humanos (PEEDH) e o Pro-
grama Estadual de Direitos Huma-
nos (PEDH) do Espírito Santo são
documentos mutuamente com-
plementares. O primeiro cuida da realização da
formação em Direitos Humanos na educação
básica, superior, não formal ou não escolar;
formação dos profissionais dos sistemas de jus-
tiça e segurança e do poder público em geral,
e a mídia como parte do campo da educação.
Dentro do escopo do PEEDH e do PEDH,
a PMES participou dos planos com as seguin-
tes ações:
o
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 37
rEConHECEndo E rEsistindo às droGAs
Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd)
é uma efetiva ferramenta de polícia de proximidade, que
consiste em um esforço cooperativo entre policiais milita-
res, famílias e comunidade escolar de modo a prevenir o
uso de drogas e, consequentemente, atos de violência pra-
ticados por crianças e adolescentes. O cerne do programa está em au-
xiliar os alunos a reconhecerem e resistirem à pressão para experimen-
tar drogas ou mesmo se envolver em atividades violentas. No entan-
to, para que esse objetivo seja alcançado, é necessário que o relaciona-
mento entre a corporação policial e a comunidade seja construído de
forma colaborativa e harmoniosa.
No Proerd, o papel do policial professor segue por dois caminhos:
por um lado, ele é o facilitador da aprendizagem, atuando na preven-
ção ao uso de drogas e à prática de atos de violência; por outro, é um
agente de promoção dos direitos humanos e exercício da cidadania para
o fortalecimento dos vínculos sociais.
Desde a criação do Proerd no Espírito Santo, em 2000, foram for-
mados cerca de 500 instrutores e atendidos mais de 257 mil alunos em
todo o Estado do Espírito Santo. Hoje, o programa conta com quatro
currículos: anos iniciais, quinto e sétimo anos do Ensino Fundamental e
Pais/Comunitário. O programa possui como materiais didáticos o Livro
do Estudante, o Livro dos Pais, cartazes para Educação Infantil e o Ma-
nual do Instrutor, que auxiliam os cursandos e os policiais no desenvol-
vimento das lições do Proerd.
Os policiais militares que trabalham no programa, denominados
instrutores Proerd, são formados, não apenas no Espírito Santo, mas
também em vários outros estados da Federação com os quais a Coor-
denação do Proerd do Espírito Santo está alinhada e trabalha de for-
ma equânime.
o
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 41
o Proerd é processado basicamente em oito etapas:
CoMo fUnCionA o proGrAMA
formatura do policial instrutor
Contato com as escolas
relatório secretaria
O policial militar é
selecionado e passa
80 horas/aula se
capacitando para
atuar em sala de aula,
tornando-se assim um
instrutor do programa.
Os instrutores
procuram ou
são demandados
pelas escolas.
O policial encaminha
o relatório de
planejamento de
aula à Coordenação
Estadual do Programa.
A Coordenação
encaminha o relatório
à Secretaria, que vai
gerar o relatório anual
de atendimentos
do programa.
1 2 3 4» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
42 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
logística reunião pedagógica e de pais
início das aulas
formatura
A Coordenação
também encaminha
os dados para o
setor de Logística,
que vai encaminhar
ao instrutor os
materiais necessários
para que seja dado
início as aulas.
O instrutor dá início às
aulas do programa.
O instrutor reúne-
se com a direção e a
equipe pedagógica da
escola para explicar
a metodologia do
trabalho e também
com os pais dos
alunos, para adiantar-
lhes o conteúdo das
aulas do Proerd.
Formatura dos alunos
do programa.
5 6 7 8» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 43
o proErd no EspÍrito sAnto
Inicia-se a formação de instrutores do Espírito
Santo, com 27 instrutores formados.
Começam os atendimentos das primeiras
turmas de alunos do ensino fundamental
das escolas do Estado do Espírito Santo.
2000»
2001»
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
44 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
O Proerd é institucionalizado na PMES, por
meio da Portaria 346-R. Neste ano, também é
formado o primeiro facilitador do Espírito Santo.
Inicia-se a formação de mentores,
com 13 mentores formados.
2003»
2002»
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 45
O Proerd alcança a marca de
107.087 atendimentos.
É realizada a formação de instrutores e aplicação
do Proerd nas escolas dos cinco Territórios de
Paz, projeto da PMES com o Governo Federal.
2009»
2010»
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
46 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 47
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
2011-2014: UM noVo proErd
A partir da incorporação da Coordenação
Estadual do Proerd à Coordenação Estadual
de Polícia Interativa, em 2011, gerenciada à
época pelo então major Jailson Miranda, ini-
cia-se o modelo de Gestão pela Qualidade
com Foco nos Resultados. Com isso, o Proerd
passou a trabalhar com recursos e ferramen-
tas do próprio setor público, como plano de
trabalho, termo de referência, ata de regis-
tro de preços, licitação e acordos de coope-
ração técnica.
Um diagnóstico do Proerd foi elaborado
a partir das demandas e anseios dos princi-
pais colaboradores, ou seja, os instrutores do
Proerd. Eles apontaram a necessidade de re-
uniões com a coordenação do programa, a
realização de seminários e encontros entre
a comunidade e os profissionais que atua-
vam no Proerd, bem como a criação da co-
missão de monitoramento das práticas de di-
reitos humanos e interação social da PMES,
o que culminou com a elaboração do Proje-
to de Expansão do Proerd no Espírito Santo.
Para a melhoria da qualidade do progra-
ma, foi ainda fundamental a elaboração do
Projeto de Ensino Permanente, com metas
na execução dos cursos de atualização, ca-
pacitação e formação dos instrutores, men-
tores e facilitadores.
Tudo isso somado, o quadriênio 2011-
2014 foi realmente muito profícuo para o
Proerd. Além de o programa ter alcançado a
marca de 132.429 atendimentos, em 54 mu-
nicípios, foram estabelecidas parcerias e fir-
mados acordos com a Secretaria Nacional de
Segurança Pública; a Secretaria Nacional So-
bre Drogas/MJ, através do Programa Crack, é
Possível Vencer, e os programas Estado Pre-
sente e Rede Abraço, do governo estadual.
O reconhecimento veio com quatro
premiações importantíssimas: o Gente
que Transforma o Amanhã, na área social,
conferido pela ArcelorMitaal Foundation;
a Medalha Paulo Freire, pelo destaque à
educação da coletividade, concedida pela
Assembleia Legislativa do Espírito Santo;
o Diploma de Mérito pela Valorização da
Vida, do Conselho Estadual sobre Drogas,
e o Prêmio Inoves, na categoria Resultados
para a Sociedade.
48 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »É realizada a formação de instrutores para
aplicação do Proerd nas escolas dos cinco
projetos pilotos do Projeto Territórios de
Paz, do Governo Federal. Também há a
expansão do Proerd tendo como base o
modelo de Gestão pela Qualidade com
Foco nos Resultados. O projeto de expansão
do programa é incluso no Sistema de
Gerenciamento Estratégico de Programas
e Projetos do Espírito Santo (SigES).
2011»
»»Formatura no Território de Paz da Grande São Pedro.
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 49
O Proerd alcança a marca de 221.291
atendimentos e vence o Prêmio Inoves, na
categoria Resultados para a Sociedade. Também
recebe a premiação internacional Gente
que Transforma o Amanhã, na área social,
conferida pela ArcelorMittal Foundation.
Conquista também a medalha Paulo Freire
pelo destaque à educação coletiva, concedida
pela Assembleia Legislativa do Espírito Santo,
e o Diploma de Mérito pela valorização da
vida do Conselho Estadual Sobre Drogas. O
Projeto de Expansão do Proerd é elaborado
e conveniado com o Ministério da Justiça no
valor de R$ 1,879 milhão para sua execução.
O Proerd passa a integrar o Programa Crack,
é Possivel Vencer, do Governo Federal.
É criado o Cine Proerd e 41 viaturas são
adquiridas para atuação exclusiva dos
instrutores do programa. Além disso, o 1º
Encontro Estadual da Comunidade Proerd
é realizado no Espírito Santo, bem como o
1º Curso de Proerd para Pais/Comunitário.
Neste mesmo ano, quatro facilitadores são
formados no Centro de Treinamento do Proerd
da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Também em 2012 é criado o mascote do
Proerd, o amigável e corajoso Leão Daren.
2013»
2012»
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
50 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
A partir da aplicação do modelo de
Gestão pela Qualidade com Foco nos
Resultados no período de 2011 a 2014,
o Proerd alcança a expressiva marca de
132.310 atendimentos entre esses anos. É
lançado o Projeto Conhecendo a Lei Maria
da Penha (Convênio PMES e TJES) para
desenvolvimento de palestras de prevenção
da violência contra a mulher, crianças e
adolescentes no âmbito das escolas de
Ensino Fundamental através dos instrutores
Proerd, com capacitação de 88 instrutores
do programa. Entre os anos de 2012 e
2014, o Proerd realiza 16.100 atendimentos
diretos com o Cine Proerd, atuando em
nove municípios da Grande Vitória, e de
norte e sul do Estado no evento Estado
Presente: Ação Integrada Pela Cidadania.
2014»
» » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » » »
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 51
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
27
00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 04110 0 0 0 0 0 0 0 0
124 4 3
13
0
56
24
0
52
24
0
15
47
35
140
30
52
INSTRUTORES FORMADOS
ALUNOS ATENDIDOS
MENTORES FORMADOS FACILITADORES FORMADOS
11.346
7.1739.977 10.119
17.178
12.133 11.089
16.056
12.016
18.351
32.058
28.004
35.791 36.576
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
27
00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 04110 0 0 0 0 0 0 0 0
124 4 3
13
0
56
24
0
52
24
0
15
47
35
140
30
52
INSTRUTORES FORMADOS
ALUNOS ATENDIDOS
MENTORES FORMADOS FACILITADORES FORMADOS
11.346
7.1739.977 10.119
17.178
12.133 11.089
16.056
12.016
18.351
32.058
28.004
35.791 36.576
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
A EVoLUção nA forMAção dE instrUtorEs E nos AtEndiMEntos rEALiZAdos pELo proErd
52 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
1º B
PM
2º B
PM
3º B
PM
4º B
PM
5º B
PM
6º B
PM
7º B
PM
8º B
PM
9º B
PM
10º
BPM
11º
BPM
12º
BPM
13º
BPM
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51
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2.6212.138
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1.576 1.428
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2011por UnidAdE
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6ª Cia Ind
10º BPM
6º BPM1º BPM
4º BPM7º BPM
11ª Cia Ind
5.636
51
1.638
517
2.9602.662
2.881
883
4.651
474 662
1.189
654
1.772
0
1.827 1.632
292818
2900
315708
AtEndiMEntos
2012por UnidAdE
51
1.349
2.6212.138
3.508
4.056
651
3.922
1.024
491791
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0
1.576 1.428
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H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 55
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AtEndiMEntos
2013por UnidAdE
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3º BPM 9º BPM10ª Cia Ind
9ª Cia Ind
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10º BPM
6º BPM1º BPM
4º BPM7º BPM
11ª Cia Ind
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2.081
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1.7912.458
2.1002.1592.248
3.956
559956
1.5051.009
2.2772.374
1.407
6090 256 0 225 298
1.192
AtEndiMEntos
2014por UnidAdE
1º B
PM
2º B
PM
3º B
PM
4º B
PM
5º B
PM
6º B
PM
7º B
PM
8º B
PM
9º B
PM
10º
BPM
11º
BPM
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14º
BPM
2ª C
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6ª C
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9ª C
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10ª
Cia
Ind
11ª
Cia
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A DS
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2º BPM
11º BPM
13º BPM
12º BPM8º BPM
5º BPM
8ª Cia Ind
2ª Cia Ind
14º BPM
3º BPM 9º BPM10ª Cia Ind
9ª Cia Ind
6ª Cia Ind
10º BPM
6º BPM1º BPM
4º BPM7º BPM
11ª Cia Ind
7.527
1.972
671
2.1572.413
0
2.823
2.067
2.942
1.0781.3391.851
731
1.789
2.520
1.458
367 502789 750
234 205
940
0
1.000
2.000
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H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 57
ara o biênio 2015-2016, a Diretoria
de Direitos Humanos e Polícia Co-
munitária se prepara para fortalecer
a atuação dos instrutores do Progra-
ma Educacional de Resistência às Dro-
gas (Proerd), por meio do Projeto de Expansão do
Proerd no Espírito Santo, com a contratação de ser-
viços de editoração, diagramação, impressão de
materiais didáticos e de divulgação. Além disso, es-
pera-se facilitar a atuação dos instrutores do pro-
grama por meio da aquisição de equipamentos de
informática. Os investimentos para isso são da or-
dem de R$ 1,8 milhão, vindos do Governo Federal.
Na tabela a seguir, é possível perceber o
quão ousadas são as metas do Proerd para os
próximos dois anos:
PAÇõEs rEsULTADo
Em 2014 rEsULTADo pLAnEjADo
Atender 10 mil crianças por ano do currículo de Educação Infantil/Anos Iniciais (quatro a nove anos)
8.106 crianças atendidas
20 mil crianças atendidas
Atender 50 mil crianças por anos do currículo do 5º ano do Ensino Fundamental (dez a 12 anos)
22.102 crianças atendidas
100 mil crianças atendidas
Atender 10 mil adolescentes por ano do currículo do 7º ano do Ensino Fundamental (13 a 16 anos)
5.314 adolescentes atendidos
20 mil adolescentes atendidos
Atender 2 mil adultos por ano no currículo para pais
1.054 adultos atendidos
4 mil adultos atendidos
Formar de 180 instrutores Proerd por ano
60 instrutores Proerd formados
360 instrutores Proerd formados
Formar de 144 instrutores no currículo Proerd para pais/comunidade por ano
94 instrutores formados
288 instrutores formados
Propor à Sesp Ata de Registro de Preço para atender eventos e formaturas do programa.
Nenhum evento ou formatura custeada pelo Estado
Atender 40 formaturas (duas por unidade), custeadas pelo Governo do Estado
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 61
Além do estabelecimento de metas para o Proerd, a DDHPC construiu
o plano diretor para o biênio 2015-2016, prevendo a realização dos se-
guintes projetos:
1. Projeto de ocupação e práticas policiais comunitárias em
regiões de vulnerabilidade social latente.
2. Projeto de implantação do policiamento comunitário com videomonitoramento
em cenas de usos do Programa Crack, é Possível Vencer, do Governo Federal,
a serem pactuados com os municípios de Serra, Vila Velha e Cariacica.
3. Projeto de educação continuada em Direitos Humanos,
Polícia Comunitária e Proerd/PMES.
4. Acordo de Cooperação Técnica entre Senasp/MJ, PMES, Agência Brasileira
de Cooperação (ABC/MRE) e Japan International Cooperation Agency
(Jica/Japão) para capacitação de gestores e operadores em segurança
pública no policiamento comunitário pelo Sistema Koban.
62 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
posfáCiopoLÍCiA CidAdã E protAGonistA
o tempo em que cumprimentamos a Direto-
ria de Direitos Humanos e Polícia Comunitá-
ria (DDHPC) da PMES pela perseverança, cons-
tância de propósitos e resultados alcançados,
não poderíamos deixar de destacar a impor-
tância de seu trabalho para a gestão da segurança pública.
No cenário de turbulência, há anos vivido em todo o
território nacional, é da maior relevância a constante revi-
são, reavaliação e revalidação de nossos princípios opera-
cionais, com foco na prevenção.
Assim, a contínua requalificação dos policiais e os in-
vestimentos na atenção à infância e à juventude represen-
tam tanto em qualquer sociedade moderna e são alguns
dos principais esteios do exercício democrático do contro-
le social, pautado nas leis, no bem comum e nas liberda-
des individuais.
A polícia que ora se constrói não pode estar distante
dos clamores da sociedade da qual ela própria é oriunda.
Assim, não podemos nos furtar da percepção de que a jus-
tiça social é um dos principais fatores do desenvolvimento
das sociedades e de que não haverá condições básicas para
o desenvolvimento da justiça social onde não haja paz so-
cial. Este é o papel das polícias modernas, colaborar para a
construção da paz social de todas as formas possíveis.
a
64 • D i r e t o r i a D e D i r e i t o s H u m a n o s e p o l í c i a c o m u n i t á r i a
Cada policial requalificado é um profissional que renas-
ce para a sociedade, sendo mais capaz de atendê-la em suas
múltiplas e crescentes demandas. Cada criança ou adoles-
cente ao qual se dá atenção é mais uma semente de cida-
dania que será capaz de germinar no seio da sociedade.
Embora as condições de desenvolvimento do trabalho
policial sejam quase sempre adversas e os ambientes pare-
çam hostis e o recursos, insuficientes, nada disso pode re-
presentar senão estímulo ao desenvolvimento de nossos ta-
lentos em prol da sociedade.
Nesse sentido, a DDHPC tem dado sobejas mostras de
que a dedicação de nossos homens e mulheres pode produ-
zir transformações significativas na realidade social. Mui-
to além do atendimento de ocorrências policiais e patru-
lhamento de rotinas, há muito espaço para a atuação da
Polícia Militar como uma polícia cidadã e protagonista na
transformação da realidade.
A herança que deixaremos a nossos descendentes come-
ça a ser construída em cada gesto de mútua consideração
e respeito entre polícia e comunidade, ou mesmo no bri-
lho do olhar de jovens e crianças que passam a perceber no
policial militar um aliado em seu caminhar para o futuro.
Parabenizando à DDHPC pelo trabalho. Fica, então, lan-
çado o desafio de continuidade sem continuísmo, de inova-
ção com respeito às tradições e de enriquecimento da ativi-
dade policial, por intermédio da constante valorização da
cidadania, dos direitos humanos e da ordem democrática.
Cel PM Marcos Antônio Souza do NascimentoComandante-geral da PMES
H i s t ó r i a , c o n q u i s t a s e p e r s p e c t i v a s • 65
Elaboração
tEn CEl PM jailson MiranDaCaP PM valC angElo rufino
EDição Do ContEúDo
PrEviEw EDitora27 3225.6119Rua Professor Sarmento, 41, Lj 01, Ed. Eller, Praia do SuáCEP: 29.052-370, Vitória, ES
ProjEto gráfiCo E DiagraMação
linK EDitoração27 3337.7249Rua Vila Lobos, 118, Bairro de FátimaCEP: 29.160-821, Serra, ES
iMPrEssão
grafitusa27 3434.2200Av. José Maria Vivacqua, 580, Rod. Norte-Sul, Jardim CamburiCEP 29.090-160, Vitória, ES
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