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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
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O PAPEL DO PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO LÍDER EM
SALA DE AULA
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Por: Liliane dos Santos Trindade Dettogni
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Orientador
Prof. Monica Ferreira de Melo
Rio de Janeiro
2013
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
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O PAPEL DO PROFESSOR COMO LÍDER EM SALA DE AULA
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Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em docência do ensino
superior.
Por: Liliane S. T. Dettogni.
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, ao meu marido
Thiago pelo apoio. Aos meus pais
Lilian e Carlos por não me deixarem
desistir. A minha orientadora Mônica
Melo pela paciência. Aos meus amigos
de turma Priscila, Adauto, Carlos e
Reginaldo.
4
DEDICATÓRIA
A Deus por ter me permitido concluir mais
esta etapa da minha vida.
5
RESUMO
Este trabalho enfatiza a importância do papel do professor universitário
como líder e do relacionamento professor aluno no desenvolvimento da
aprendizagem. Tendo por objetivo destacar importantes conceitos como
liderança, educação e aprendizagem. Destaca sobre a importância do bom
relacionamento entre educadores e educandos tornando o professor um elo
importante para criar, motivar e manter seus alunos atuantes e interessados a
atingir seus objetivos.
6
METODOLOGIA
Esta monografia visa objetivar a temática “O Professor universitário
como líder em sala de aula”. Para atingir este objetivo utilizou-se como
metodologia, a pesquisa bibliográfica em livros, artigos, periódicos e internet. O
trabalho esta dividido em três partes na primeira parte, discorre sobre a
liderança propriamente dita, conceitos e tipos de liderança. Na segunda parte
apresentam-se a aprendizagem, comunicação e o relacionamento professor
aluno. Na ultima parte vê-se o professor líder no processo de agente
transformação dos alunos. Após este desenvolvimento fazem-se as
considerações finais.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I 10
O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO LÍDER 10 CAPÍTULO II 16
COMUNICAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE PROFESSOR E
ALUNO 16
CAPÍTULO III 25
O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO AGENTE
TRANSFORMADOR E CONSTRUTOR DO CONHECIMENTO 25
CONCLUSÃO 44
BIBLIOGRAFIA 45
ÍNDICE 48
8
INTRODUÇÃO
A liderança é o processo de influenciar e apoiar outras pessoas para
que elas trabalhem com entusiasmo na obtenção de determinados objetivos. A
liderança é, portanto um fator importante que ajuda o individuo ou um grupo de
indivíduos a identificar suas metas, para então motiva-los e ajuda-los nas
conquistas das metas.
Ao fazermos uma reflexão sobre a evolução do ensino e da real
probabilidade de mudança deste preocupante cenário seria o papel
desempenhado pelo professor nas universidades, sendo este uma figura
importante na educação formadora dos alunos que serão futuros profissionais.
Os professores exercem um verdadeiro papel de líder em sala de aula,
já que corresponde ao principal elo que interfere diretamente no desempenho
e nas atividades do aluno. Os educadores são considerados como principais
identificadores e agentes de comunicação, tornando cada dia mais importante
a relação professor aluno, uma vez que a busca pelo ensino superior já não é
mais somente técnica, mas sim, a evolução e o crescimento pessoal e
profissional do aluno.
A capacidade de inspirar, motivar e movimentar os alunos a atingirem
e superarem suas metas, ultrapassando seus limites é chamado de liderança
no ensino. Tornar este aluno capaz de ter uma visão clara e atraente do futuro.
Enfim é a qualidade de inspirar confiança.
Já afirmava Sócrates (apud CARAVANTES, 2008), que o mestre tem
um papel de importância que vai muito além de ser simples fornecedor de
informações, sendo de alguém que contribui para que seus discípulos sejam
capazes, por si mesmos, de gerar e construir seu próprio conhecimento. No
entanto, este papel de gerador de conhecimento, deve ser praticado no dia-a-
9
dia da sala de aula, no contato físico humano, no incentivo, através de
questionamentos sistemáticos e o diálogo mestre-discípulo.
Neste sentido, este trabalho visa mostrar que os professores tem uma
enorme influencia na aprendizagem, na transformação e na construção do
conhecimento destes alunos, destacando a necessidade de assumir diferentes
posturas em relação à educação, pois são moderadores, defensores e
motivadores do seu desempenho, influenciando pela orientação e aplicação de
atitudes e de exemplos que os estimulam, alicerçada em ouvir e a cuidar dos
seus educandos compreendendo suas emoções de forma inteligente,
transmitindo com competência e eficácia seu conhecimento ao alunado,
transformando-o em seres participantes, colaboradores e profissionais de
sucesso.
10
CAPÍTULO I
O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO LÍDER
Liderança e Líder são palavras presentes em diversas situações
da nossa vida, seja na escola, nas religiões em geral, no trabalho e nas
universidades. Sempre existirá em um grupo social alguém que se destacará
neste papel para representar e tomar decisões. Sem seus liderados não
existirá um líder, pois é através deles que ele se faz presente.
1.1 – O que é ser líder?
Antes de abordarmos do papel deste professor na sala de aula é
importante mencionar o que seria liderança e que existem vários tipos de se
liderar uma equipe.
Primeiramente para dirigir pessoas não basta apenas dar ordens,
deve-se instruir como deve ser feito de modo que motive o individuo a executar
com perfeição.
Segundo (Cury, 1990) “O foco principal da liderança esta em respeitar
as pessoas, estimular o auto-gerenciamento, as equipes autônomas e as
unidades empreendedoras” Os lideres pensam mais ao longo prazo, percebem
inter-relações que fazem parte de relações mais amplas, pensam em termos
de renovação.
A palavra liderança define a influência que se tem sobre outras
pessoas, incentivando-as de a trabalharem com entusiasmo por um objetivo
comum.
Segundo Bartlett & Ghoshal (1997) Liderança é o processo de
influenciar as atividades de um indivíduo ou de um grupo para a consecução
11
de um objetivo numa dada situação. É um processo do líder, do liderado e de
variáveis.
A capacidade de se conquistar o respeito e a admiração dos outros é
definida como liderança. O Verdadeiro líder é aquele em que o grupo se
espelha que serve como referência na hora destas pessoas tomarem suas
decisões
Liderança é um tipo especial de relacionamento
de poder caracterizado pela percepção dos membros do
grupo no sentido de que outro membro do grupo tem o
direto de prescrever padrões de comportamento na
posição daquele que dirige, no que diz respeito à sua
atividade na qualidade de membro do grupo’(JANDA,
1960, p.35).
Podemos entender que não basta apenas ser líder, liderar é o desafio
máximo para o ser humano, é passar confiança, ter habilidade de comandar
sua equipe criando um bom relacionamento, procurando motiva-la mostrando a
importância da busca do melhor caminho para realizar seus objetivos,
procurando entender as situações para que possa atendê-los da melhor forma
possível.
Joe Namath ex-jogador de futebol americano citou uma frase muito
interessante sobre liderança onde ele diz que para ser um líder, nós
precisamos fazer com que as pessoas queiram nos seguir e ninguém quer
segui quer seguir alguém que não sabe para onde está indo
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Joe_Namath, acessado em 04 de dezembro de
2012).
1.2 – Tipos de liderança
12
As lideranças refletem alguns padrões e estilos e se acordam com a
nova abordagem seriam elas:
O “Líder carismático”: carisma é uma palavra grega que significa “dom
de inspiração divina”. Ou seja, o líder carismático é aquele que inspira em seus
liderados a confiança, aceitação incondicional, obediência espontânea e
envolvimento emocional. O líder carismático é visto por seus liderados como
alguém que possui qualidades excepcionais. “Carismáticas” em sua acepção
original. Um exemplo deste tipo de líder são os líderes religiosos como Jesus
Cristo ou Gandhi;
O “Líder executivo”: é aquele que surgiu por causa da busca das
organizações pela obtenção da ordem, ele costuma possuir muitas habilidades
técnicas, competência;
“Líder coercitivo”: aquele que exerce a liderança através da coerção,
violência, que pode ser verbal ou física. Neste estilo de liderança a relação
entre líder e liderado é instável;
O “Líder distributivo”: aquele que apenas delega tarefas, sempre
controlando, acompanhando de perto e cobrando resultados. É o líder que não
constrói nem destrói mantendo um posicionamento de “posições e papéis”;
O “líder educativo”, aquele que costuma dar o exemplo, seus liderados
tem uma relação de responsabilidade com o trabalho. É onde existe abertura
para troca de conhecimentos não apenas técnicos, mas também humanos;
O “Líder inspirador”, aquele que raramente precisa dar ordens a seus
liderados, eles se sentem atraídos pela figura do líder e estão dispostos a fazer
o que é necessário. (http://www.infoescola.com/administracao_/tipos-de-
lideranca/ dia 13/01/2012)
1.3 – O Professor líder
13
Ao falarmos de liderança e do professor universitário, podemos
dizer que ele é visto com um ponto de referencia na sua área de conhecimento
por seus educandos e neste momento ele assume um conjunto de papeis em
que ele precisa apoiar a escola, ajudar seus colegas e o resultado do sucesso
deles podendo ser este formal ou informalmente, este papel de líder no
momento em que todos seus alunos estão prontos para saber e ouvir o que
você esta querendo.
Como explica Carlos Harmmit, mestre em educação:
"O professor líder é aquele que serve de fonte de
inspiração e arrebanha seguidores para
um determinado projeto dentro da escola. Ele pode dar
direcionamento ao grupo de professores, diagnosticando
e desenvolvendo o potencial da equipe, provendo
recursos em termos de conhecimento, planejando,
organizando e avaliando durante todo o processo."
http://www.esoterikha.com/coaching-pnl/o-professor-lider-
lideranca-na-escola-e-na-sala-de-aula-archarm.php,
acesso em: 02 de Novembro de 2012).
No mundo moderno os professores já não podem ser apenas meros
docentes, pois sua responsabilidade a cada dia maior é de formar alunos
preparados para vida e para o mercado de trabalho, estimulando a criatividade,
participação coletiva, cooperação, motivação e trabalho em equipe, todos
sendo indispensáveis no desenvolvimento destes alunos.
Segundo Paulo Freire não há docência sem discência (FREIRE,
1996, p.23).
14
Portanto, o educador deve refletir constantemente sobre a relação
teoria e prática, ou seja “(...) quem forma se forma e reforma ao
formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”
(FREIRE, 1997. p.25).
Ao falarmos de liderança também falamos de motivação e na
universidade este é um fator muito importante, pois geralmente quando um
aluno se identifica com um professor este é motivado e tende a gostar mais da
matéria e a se dedicar mais a ela. Este papel do professor que lidera e motiva
seus alunos pode ser desempenhado de duas maneiras, este professor poderá
ser autocrático ou democrático. O mesmo acontece nas empresas com seus
lideres.
Liderança Autocrática: Implica em dizer com clareza o que fazer, como
e onde deve ser feito. Esse tipo de liderança seria a que menos motiva, pois é
impositiva.
Liderança Democrática: Neste tipo de liderança o líder continua a dirigir
e a supervisionar a realização da tarefa, mas também dá apoio emocional e
solicita sugestões, envolve as pessoas e as discursões do trabalho.
Podemos diante de estas informações fazer uma comparação entre o
ambiente empresarial e nas universidades, pois nos dois ambientes
identificamos os dois tipos de lideres. Cabendo ao professor desempenhar um
dos dois papeis.
No ensino superior os professores devem estar envolvidos em um
papel central em todas as frentes, pois é sobre estes profissionais que recai a
tarefa de pôr em prática toda e qualquer forma de educação que procuremos
desenvolver nos tempos atuais. Nele cabe um dos papeis fundamentais no
processo de fracasso ou sucesso da turma, ajudando-os a atingir o limite
máximo de suas capacidades e mostrando um caminho onde eles não seriam
capazes de irem sozinhos.
15
A liderança é o que há de mais importante em uma organização, sem
ela nada acontece porque não adianta método e conhecimento técnico se não
houver liderança para fazer acontecer.
16
CAPÍTULO II
COMUNICAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE PROFESSOR E
ALUNO
O mercado hoje passa por dificuldades de encontrar um profissional
formado que atenda suas atuais exigências, este tipo de circunstância é
confirmado quando considerando o conteúdo das disciplinas do ensino
superior, constante nas ementas, que estão distantes das transformações e
dos avanços científicos e tecnológicos, característicos da atualidade.
Hoje alguns dos profissionais quando concluem o ensino superior
costumam a encontrar uma realidade diferente e distanciada da sua formação.
Desta forma, encontram dificuldades para serem inseridos no mercado de
trabalho. O oferecimento de aprendizagem pelas instituições de ensino
superior não estão acompanhando a evolução e a competição obrigatória do
mercado que estão em busca de profissionais audaciosos, dinâmicos e lideres.
Paldês (1998) afirma que uma das finalidades da educação é
constituir-se na fase final da formação cultural do profissional do cidadão,
dirigindo-o para as funções de investigação cientifica, produção e difusão do
conhecimento.
2.1– Os desafios do ensino superior
Uma pesquisa realizada pelo Trabalhando.com Brasil com 300
estudantes universitários apontou que 55% dos universitários estão satisfeitos
e se sentam seguros para iniciar um estágio. Deste numero, 36% afirmam que
na sua grade curricular estão inclusas disciplinas com foco em carreira e na
sua área de atuação.
Porém 28% dos entrevistados acreditam que a sua instituição de
ensino não os prepara para o mercado.
17
Para o diretor geral da trabalhando.com, os números confirmam que as
instituições de ensino estão cada vez mais preocupadas em preparar os
alunos para o mercado de trabalho. Muitas destas instituições já incluíram em
sua grade curricular disciplinas que abordam matérias como comportamento,
networking, liderança e outros que ajudem a preparar os alunos a lidar melhor
com o ambiente corporativo.
A Educação é o processo que visa revelar e
desenvolver as potencialidades da pessoa em contato
direto com a realidade, a fim de leva-la a atuar na mesma
maneira consciente (com conhecimento), eficiente (com
tecnologia) e responsável (eticamente) a fim de serem
atendidas as suas necessidades e aspirações (NÉRICI,
1993).
Segundo Monteiro, Consentino e Merlin, (2003). Alguns especialistas
estimam que os conhecimentos adquiridos pelos alunos, nos anos de estudo
do nível superior, costumam ser uteis apenas no primeiro ano de sua vida
profissional, e que, durante a sua carreira, terão que se adaptar às mudanças
paradigmáticas. Isso significa dizer que cada vez mais o aluno tem que estar
preparado para aprender e aprender. Além disso, precisa estar apto a
acompanhar as transformações, na mesma velocidade em que elas ocorrem.
Para tanto, torna-se necessário o desenvolvimento de sua competência para
priorizar a seletividade na coleta e analise dos casos atuais, dada a
continuidade e a velocidade que as informações costumam estar
disponibilizadas pelos diversos meios de comunicação.
2.2– Onde estão os líderes?
A construção de liderança com qualidade acadêmica de competência
e gestão é um desafio cada vez mais permanente nas instituições que desejam
18
garantir uma posição de destaque, porém para formação de gestores que
deem conta do mercado as instituições precisam investir mais na qualificação
de seu pessoal.
Com a carência de profissionais preparados para avançar o processo
de formação de lideres as universidades precisam ter visão te de precisam de
professores com perfil definido, somente com a mudança de mentalidade no
comando das instituições que fará com que o desenvolvimento de liderança no
ensino superior seja mais acelerado. As instituições precisam de professores
com visão de futuro que sejam capazes de transformar o modelo de ensino
para receber os alunos que estão chegando.
Este novo momento requer novas análises e reflexões. As mudanças
oriundas do embate entre o antigo e o novo geram um grande impacto nos
hábitos, nas crenças, nos valores e na autoimagem de grande parte dos
universitários.
Ao mudar-se o relacionamento com os recursos tecnológicos mais
variados e distintos que existem, ao ampliar-se o âmbito das mudanças e ao
calcularem-se seus respectivos ritmos, rompe-se com o passado.
Apesar, ainda há um contingente de professores de ensino superior
que julga tais mudanças como ameaçadoras, não incorporando esse
conhecimento a sua realidade profissional e não levando em conta esse fato
social crítico.
Assim, novos processos educacionais deveriam exigir professores
universitários com habilidades e competências para liderar seus alunos de
forma trabalhar com uma nova visão de se interpretar, aplicar, alterar, e
repensar qualquer tipo de conhecimento (Vallius, 2009).
19
Segundo Koontz e O’Donnell (1978), do mesmo modo que a
motivação e a comunicação, a liderança é um meio de direção. Nos léxicos, os
sinônimos para o verbo liderar são “guiar, conduzir, dirigir e preceder”. Essas
acepções identificam o líder como parte de um grupo e, contudo, são distintas
dele. O líder age para ajudar um grupo a alcançar objetivos mas nunca perde
sua própria identidade.
Liderança acadêmica significa ser proativo, estar comprometido e
aberto a novas ideias, ao diálogo, com capacidade de reformular valores,
estratégias e relações sociais dentro das instituições de ensino superior.
De acordo com Kimbrough (1977), liderança é uma qualidade que
emerge da interação de pessoas dentro de uma situação. O professor como
líder, portanto, é aquele que induz seus alunos à ação, à reflexão, à atitude, à
busca por resultados constantes e que os converte em seguidores e agentes
de mudanças, pois o mercado atual e o mundo assim exigem.
Liderar significa o comportamento de um indivíduo quando está
dirigindo as atividades de um grupo em direção a um objetivo, exercendo uma
influência pessoal sobre uma situação e coordenada através de um processo
de comunicação, no sentido do atendimento de tal objetivo.
Segundo Drucker (1999), o líder eficaz não é alguém amado e
admirado. É alguém cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade
não é liderança. Resultados sim!
Chiavenato (2004) define liderança como a influência interpessoal
exercida numa situação e dirigida através do processo da comunicação
humana à consecução de um ou de diversos objetivos específicos.
Nogueira (2007) conceitua liderança como uma relação interpessoal e
social que obedece a uma dinâmica complexa.
20
Para Orosco (2010), liderança é a capacidade de interagir, influenciar e
conduzir um grupo.
A partir de tais definições, pode-se dizer que a liderança seja não deixa
de ser uma condição para o pleno exercício docente.
2.3– Comunicação e liderança como competência acadêmica
A Comunicação é a forma como as pessoas se relacionam entre si,
dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações,
modificando mutuamente a sociedade na qual estejam inseridas.
Chiavenato (2004) define comunicação como a troca de informações
entre pessoas, o que significa tornar comum uma mensagem ou informação.
Constitui um dos processos fundamentais da experiência humana e da
organização social.
O processo de globalização faz com que o diferencial seja uma união
de competências e habilidades dos indivíduos, que para o processo de
comunicação faça com que seja cada vez mais necessário, pois é
imprescindível envolver e influenciar de forma positiva os alunos universitários
para motivar e garantir o melhor de si, ou seja, para que estes utilizem
plenamente todo o seu potencial, muita vezes desconhecidos pelos próprios.
Graduandos de qualquer área do conhecimento, dentro de um
mercado cada vez competitivo e que exige competências diferenciadas,
habilidades múltiplas, conhecimentos sucessivos e resultados rápidos e
constantes.
Baseado em Koontz e O’Donnell (1978), embora a comunicação tenha
aplicação multiforme em todas as fases acadêmicas, ela é particularmente
importante nas funções acadêmicas. A boa comunicação foi definida pela “The
21
American Society of Training Director” como o intercâmbio de pensamento e
informações para criar compreensão mútua e confiança ou boas relações
humanas.
Uma das atribuições básicas dos professores universitários justamente
é a de se comunicar bem com seus alunos e os deixarem envolvidos e
motivados nas suas atividades acadêmicas, auxiliando na sua própria
sobrevivência bem como a da instituição de ensino superior.
.
2.4 – Principais falhas de comunicação professor x aluno
Há de se salientar que existam fatores que possam influenciar,
negativamente, o processo de comunicação acadêmica entre docente e
discente:
a) O professor de ensino superior, geralmente, não se percebe que seja um
mau comunicador e isso pode causar ruídos entre as relações comunicativas
entre ele e seus discentes;
b) O professor não tem características como o desembaraço e não usa o
humor na conversação com os alunos;
c) Ele, normalmente, se preocupa mais em expor o conteúdo de sua aula, ou
seja, em apenas falar ou “tentar” transmitir as informações. Em outras
palavras, ele não desperta atenção e interesse, não consegue mobilizar as
competências do aluno, não o induz à expressão e ao diálogo. Ele crê que sua
função consista, simplesmente, em transmitir informações e que seja função
do discente ouvir, compreender e transformá-las em conhecimento;
d) O professor gesticula demasiadamente em aula e usa trocadilhos com
frequência;
22
e) Ele pode, ainda, estar com suas ideias desorganizadas e,
consequentemente, suas mensagens serão transmitidas de forma confusa e
insegura. Neste caso, os discentes terão dificuldade para entender e se
apropriar do assunto. Por outro lado, se ele estiver com suas ideias
exageradamente organizadas, poderá não gostar de ser interrompido,
tampouco aceitar contribuições dos discentes, evitando quaisquer ameaças
que possam interromper sua ordem mental;
f) O professor usa tons agressivos e não permite que os alunos falem ou
intervenham durante as suas explanações;
g) O professor dá a sua aula pressupondo que, se os melhores alunos
entendem o que ele diz, os outros todos também entenderão, não verificando
se isto, de fato, aconteceu ou não;
h) O professor faz uso de palavras, expressões, conceitos ou termos que ainda
não sejam comuns ao conhecimento ou às experiências de seus alunos;
i) O professor não fomenta a possibilidade de ampliar o vocabulário dos
discentes, o que poderia ser feito explicando os significados e diversas
aplicações de novas palavras ou expressões;
j) O professor apresenta aos alunos diversos conceitos ou ideias em cada
exposição e apenas alguns deles conseguem ser compreendidos ou
assimilados pelos alunos;
l) Alguns professores falam tão rapidamente ou pronunciam tão mal as
palavras que os alunos não conseguem perceber as ideias apresentadas;
m) Há professores que falam em voz muito baixa ou em tom monótono e,
consequentemente, não atraem a atenção dos discentes.
23
n) O professor tende ao monólogo, traduzindo sua falta de interesse pela
participação efetiva dos alunos. À medida que os discentes sejam mais
passivos, mais feliz terá sido o professor em sua aula (Valluis, 2009).
2.5 – Facilidade de comunicação
O sucesso do professor esta diretamente ligada com sua habilidade de
se comunicar e de transmitir informações alcançando o de seus alunos o
entendimento sobre uma situação. O objetivo deste professor é que seu
conteúdo seja transmitido de forma que este seja recebido de forma esperada
e sem distorções.
Conforme Libâneo (1994) diz:
“O professor não apenas transmite uma informação ou
faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-
lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se,
a expor opiniões e dar respostas. O trabalho docente
nunca é unidirecional. As respostas e as opiniões dos
alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do
professor (...)”.(p. 250)
Segundo Trewatha e Newport (1979), a comunicação é um meio de
obter a ação dos outros e é definida como o processo de transmitir e entender
uma informação. É um modo de desenvolver entendimento entre pessoas
através de um intercâmbio de fatos, opiniões, ideais, atitudes e emoções.
Condições para se obter a eficácia de comunicação.
a) Quanto mais contato se estabelece entre professores e alunos, em
profundidade, mais a comunicação terá possibilidade de ser autêntica.
24
b) Quanto mais à expressão de se conseguir integrar a comunicação verbal e a
não verbal, mais a troca com o aluno terá condições de ser autêntica.
c) Quanto mais à comunicação se estabelecer de pessoa a pessoa para além
das personagens, das máscaras, do status e das funções, mais terá
possibilidade de ser autêntica.
d) Quanto mais às comunicações entre grupos em sala de aula forem abertas,
positivas e solidárias, mais as comunicações terão possibilidades, em
consequência, de serem autênticas e de não servirem de evasão ou de
compensação a uma falta de comunicação.
Contudo podemos observar a importância de se manter uma boa
comunicação com os alunos, de mostrar interesse e sempre os orientando a
alcançar seus objetivos, realizando um intercâmbio de conhecimentos e
experiências, sendo considerado não apenas como uma conversação, mas
sim busca recíproca do saber.
25
CAPÍTULO III
O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO AGENTE
TRANSFORMADOR E CONSTRUTOR DO
CONHECIMENTO
Na sua profissão o professor tem a oportunidade de interagir com
diversas classes sociais, estabelecendo conexões e proporcionando uma troca
de informações que podem produzir transformações intensas no
comportamento e no pensamento ideológico dos alunos.
O professor tem a oportunidade de analisar todo o contexto
social, as ideologias abrangidas na sociedade e usar o seu poder de
comunicação, para tentar influenciar de forma positiva seus educandos,
provocando assim uma consciência econômica, politica social, conduzindo a
sua transformação.
Freire (1979, p 78) reforça: “a chave fundamental para
transformação é a consciência da realidade e da própria capacidade para
transforma-la”.
O professor universitário é um agente de transformação que deve
se preocupar todos os dias em propiciar em conversação onde o aluno é
envolvido em reflexões referente a sua postura, responsabilidades, mudanças
e possibilidades.
3.1 – O Conhecimento
26
Quando falamos que o professor é importante na construção do
conhecimento começamos entendendo o que é o conhecimento, uma vez que
possui inúmeras definições.
A palavra conhecimento é definhada por alguns dicionários da seguinte
forma: “processo de percepção, decodificação, compreensão e incorporação
de algumas informações, que se tornam significativas e se incorporam ao
contexto e ao repertório que já possuía até agora e o transforma em algum
aspecto”; “a capacidade adquirida por alguém, de interpretar e operar sobre
um conjunto de informações”; “memorização de fatos específicos, de padrões
de procedimentos e de conceitos”.
Entretanto Aldanondo (2006) define:
“Como aquilo que nos permite tomar decisões e, por isso,
atuar. Se nos permite atuar então adquire-se com o fazer,
com a pratica, e demonstra-se através de ações, e não
falando sobre ele. Avalia-se o conhecimento de uma
pessoa a partir do seu desempenho e não sobre o disser
saber”.(p. 01)
Nesta concepção, o conhecimento vau muito além da
memorização de simples fatos, devendo ser direcionado a apropriação
intelectual de determinado campo empírico a fim de domina-los e utilizá-los.
Nonaka e Takeuchi já afirmavam que a criação do conhecimento
refere-se a um processo reflexivo que envolve o pensamento racional, a mente
e o corpo, a analise e a experiência, o implícito e o explicito.
Neste caso o conhecimento se dá a partir do desenvolvimento
junto da pratica e da teoria, sendo que o ponto de partida do conhecimento
está no próprio aluno.
27
De acordo com Pecotche O conhecimento acontece de maneira
natural e gradativa, ou seja:
“...em geral, quem começa a aprender o faz sem
saber por quê; pensa que é por necessidade, por uma
exigência de seu temperamento, por um desejo ou por
muitas outras coisas, as quais costuma atribuir este
porquê. Mas quando já começa a vincular-se àquilo que
aprende, vai despertando nele o interesse e , ao mesmo
tempo, reanimam-se as fibras adormecidas da alma, que
começa a buscar, chamando ao estudo, os estímulos que
irão criar a capacidade de aprender”.(PECOTCHE, 2000,
P.259)
Vimos que apesar de vários tipos de conhecimentos existentes, pode-
se observar que o conhecimento não nasce do vazio e sem das experiências
do cotidiano, através de experiências dos relacionamentos interpessoais, das
leituras de livros, do buscar do saber.
3.2 – A Construção do conhecimento
Para o conhecimento ser construído é necessário aprender, isto é, há
que acumular experiência para serem usadas no futuro, e para isso é preciso
tempo, motivação e muita prática. Quando tratamos de conhecimento, não se
trata somente de saber, mas de fazer.
De acordo com Vasconcelos (1993), a escola, desde o ensino básico,
nos convence que aprender consiste em ouvir e repetir em vez de praticar, e
algumas universidades deram continuidade a este pensamento.
28
Outro ponto importante a ser citado na construção do conhecimento,
como cita Pecotche (2000) é que as pessoas não são iguais, elas agem e
pensam de maneiras distintas e únicas, o que mostra que o processo
educacional é eficaz quando se conscientiza de tais diferenças dentro do
mesmo.
3.3 – O professor e aluno no processo aprendizagem
É indispensável o interesse do aluno no processo de transformação de
sua aprendizagem para que o mesmo tenha motivos de ação no sentido de
apropriar-se do conhecimento, uma vez que o processo de construção dá-se,
na convivência com suas adversidades.
O professor não deve preocupar-se somente com o
conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo
processo de construção da cidadania do aluno. Apesar de tal, para que isto
ocorra, é necessária à conscientização do professor de que seu papel é de
facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando
compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas
de seus alunos e tentar levá-los à auto realização.
De modo concreto, não podemos pensar que a construção do
conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da
atividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel
do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da
aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os
alunos é expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura.
Como afirma Abreu & Maseto (1990):
29
“É o modo de agir do professor em sala de aula,
mais do que suas características de personalidade que
colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos;
fundamenta-se numa determinada concepção do papel
do professor, que por sua vez reflete valores e padrões
da sociedade”.(P.15)
Segundo FREIRE (1996).
“O bom professor é o que consegue, enquanto fala,
trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu
pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma
cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem.
Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu
pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas,
suas incertezas”. (p.96)
Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso,
o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o
professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com
raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles
passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia
e respeito entre professores e alunos para que se desenvolva a leitura, a
escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro,
SIQUEIRA (2005), afirma que os educadores não podem permitir que tais
sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor. Assim,
situações diferenciadas adotadas com um determinado aluno (como melhorar
a nota deste, para que ele não fique de recuperação), apenas norteadas pelo
30
fator amizade ou empatia, não deveriam fazer parte das atitudes de um
“formador de opiniões”.
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente,
do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de
sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos
e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também,
que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar
educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa
abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação
de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades
sociais.
A ação educativa da universidade para com o aluno deve incluir desde
conteúdos curriculares específicos, como suporte e complementação ao
trabalho a ser desenvolvido em sala de aula, ao atendimento dos currículos
regulares, de modo a atingir os objetivos traçados, sempre voltados ao
despertar de interesses, necessidades e desejo de se apropriar do saber e do
saber fazer. (Revista de Educação, edição nº 15, 2010)
Porém observamos que a realidade por parte dos alunos é de que eles
possuem o costume de escutar passivamente o que os professores tem a dizer
sem a preocupação em debater e questionar as informações passadas.
A concentração, segundo silva (1995) pode ser apresentada como um
dos principais problemas do aluno, onde os motivos desta falta de
concentração podem ser originados tanto por fatores internos, ou seja,
preocupações e problemas pessoais e emocionais como pelos fatores
externos, barulho em sala de aula, telefonemas, conversas, barulhos nos
corredores e etc.
31
3.4 – A importância do bom relacionamento entre professor e
aluno
Cada professor no decorrer da sua vida profissional deve observar que
o relacionamento entre ele e o aluno é um fator primordial no desenvolvimento
do processo ensino aprendizagem. Quando isso acontece, o aluno se mostra
disposto a aprender o que seu professor está ensinando, ele fica atento a
todos os gestos, palavras, maneiras de se portar e se vestir, pois aquela figura
é seu professor e modelo.
Com isso, percebe-se que tudo o que acontece na sala de aula entre o
professor e aluno, são marcas que os alunos podem registrar em suas vidas,
sendo positivas ou negativas. Neste sentido, o professor deve estar atento a
tudo que ocorre ao seu redor, sendo mediador das diferenças e um
incentivador das curiosidades e das descobertas.
A relação professor aluno se dá de acordo com o clima estabelecido
pelo professor, da empatia com seus alunos, com a criação de pontes entre o
seu conhecimento e o deles, levando em conta a sua capacidade de ouvir,
avaliar e refletir os níveis de compreensão dos alunos.
Sendo assim, é preciso que o professor tome ciência de sua
responsabilidade ao assumir sua função em uma sala de aula com vários
alunos em uma total diversidade.
De acordo com Marchand (1985):
As reações sentimentais do professor variarão em função
de cada aluno, segundo seus êxitos escolares, seu
comportamento, seu caráter. Na prática pedagógica que
coloca frente a frente o educador e o aluno, podem surgir
atração ou repulsão como resultados do confronto entre
dois caracteres. Todas estas atitudes sentimentais
influem sobre as metodologias, com o risco de alterá-las,
32
e provocam na criança, rudes transformações afetivas
mais ou menos desfavoráveis ao ensino. A instrução
dada por um mestre apresenta aspectos emotivos e
afetivos que lhe conferem um feito original e pessoal,
variando, por outro lado, com cada uma das crianças que
a recebe.(p. 19).
Tomando como referência alguns comportamentos comuns a muitos
professores, alguns autores classificam os professores em algumas categorias,
estabelecendo relações comparativas, Gabriel Chalita define onze “tipos” de
professores, conforme suas atitudes. É claro que, assim como qualquer
profissional ou qualquer pessoa, cada professor tem suas próprias
características, sejam boas ou ruins, é único. Porém, os “estereótipos”
propostos por Chalita (2001) reúnem as características mais comuns
observadas em certos professores.
A seguir, serão apresentados os tipos de professores e uma discussão
acerca de cada um deles:
a) O professor arrogante
Características: é o professor que acredita ser o detento do saber, e costuma
colocar os alunos em um patamar de inferioridade. Defende-se de qualquer
questionamento dos alunos argumentando sobre o seu grau de instrução,
questionando sobre o número de graduações que o aluno possui, ou se possui
alguma publicação importante, para se mostrar superior. Não gosta de ser
interrompido, e não permite que os alunos manifestem suas ideias.
Relação professor-aluno: quase inexistente, e, quando existe, trata-se de uma
relação de subordinação por parte do aluno pelo professor.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: os alunos do professor arrogante dificilmente darão alguma
33
importância subjetiva aos conteúdos enunciados por este professor, e
provavelmente, não guardarão as informações transmitidas por ele. Como não
há a construção de uma relação de confiança entre professor e aluno, toda vez
que os alunos não compreenderem o assunto, não terão coragem de fazer
perguntas, e a aprendizagem não se efetivará, o que, consequentemente, faz
com que não haja ensino.
b) O professor inseguro
Características: tem medo dos alunos, teme ser rejeitado e de não conseguir
fazer um bom trabalho. Mesmo preparando a aula, não sabe por onde começar
a ensinar a sua matéria. Pensa que talvez seu método não esteja adequado,
ou que talvez os alunos não vão concordar com o seu método de avaliação.
Receia que os pais dos alunos não gostem da relação que ele mantém com
seus filhos, ou que talvez a direção da escola reprove o seu trabalho, assim
como tem medo das críticas dos outros professores. Diante de tantos receios e
temores, se vê paralisado e tem o seu potencial educador anulado.
Relação professor-aluno: talvez este professor tenta construir uma boa relação
com os seus alunos, mas, ao contrário do professor arrogante, ele é que acaba
tomando uma posição de subordinação com relação aos alunos.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: além de não conseguir crescer profissionalmente e nem
trabalhar em parceria com outros professores e com a escola onde trabalha, o
professor inseguro torna-se motivo de piadas entre os alunos e tem sua
credibilidade posta em cheque em sala de aula, visto que ele mesmo
demonstra que não tem confiança em si mesmo, desmotivando os seus alunos
a confiarem no seu ensino. Assim, também o ensino é prejudicado, visto que
muitos alunos não irão dar real importância para o aprendizado.
c) O professor lamuriante
34
Características: este professor reclama o tempo todo. Reclama do seu baixo
salário, da situação atual do país, da escola, dos alunos, da falta de estrutura e
de materiais da escola, do pouco tempo que dispõe para ministrar sua matéria,
de sua vida pessoal. Sempre passa a impressão de que está arrasado e de
que não está feliz com seu trabalho. Muitas vezes se aproveita da condição de
professor e usa seus alunos para fazer terapia.
Relação professor-aluno: este professor cria com seus alunos a mesma
relação que cria com seu cabeleireiro, usando seus alunos para descarregar
seu cansaço, sua irritação com problemas diários. Talvez assim até consiga
criar algum tipo de relação mais pessoal, mas dificilmente esta relação irá
auxiliar o processo de ensino aprendizagem.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: o professor lamuriante mostra aos seus alunos apenas o lado
ruim da educação, do ensino, da aprendizagem, enfim, de qualquer aspecto
que possa fazer ou vir a fazer parte da vida de seus alunos, desmotivando-os
no processo de ensino aprendizagem. Sem motivação, é muito difícil que um
aluno consiga se interessar pelo aprendizado, inutilizando o ensino.
d) O professor ditador
Características: este professor não respeita a autonomia do aluno, e trabalha
como se fosse um comandante em batalha. Exige disciplina o tempo todo, às
custas de gritos e ameaças. Não permite nenhum barulho, e impõe horários
rígidos para tudo: ninguém chega mais tarde ou sai mais cedo, e ninguém vai
ao banheiro a não ser no horário do intervalo. Em dia de prova, observa aluno
por aluno, proíbe empréstimo de material e ameaça quem ousar olhar para o
lado.
Relação professor-aluno: a relação existente entre o professor ditador e o
aluno existe mais na cabeça do professor do que dos seus alunos, sendo uma
35
relação de subordinação e obediência por parte dos alunos para com o
professor.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: o respeito é algo que precisa ser conquistado, e não imposto.
Ninguém gosta de ser forçado a fazer algo. Portanto, não haverá prazer no
aprendizado, e talvez, realmente não haja aprendizado. Também, na sala de
aula do professor ditador, não haverá a possibilidade de interação entre os
alunos, e, portanto, a possibilidade de construção conjunta do conhecimento
será vetada. Talvez os alunos saibam a hora de fazer silêncio ou de ir ao
banheiro, mas dificilmente saberão se comportar durante o processo de
ensino-aprendizagem. Na verdade, este processo será muito prejudicado, pois
grande parte dos professores ditadores faz com que os alunos decorem sua
matéria, e não auxilia na aprendizagem efetiva. Portanto, muitas vezes pode
não haver ensino, no seu sentido pleno.
e) O professor bonzinho
Características: ao contrário do professor ditador, este professor força a
amizade com os alunos, sempre reforçando a idéia de que gosta dos seus
alunos, trazendo presentes e dando notas altas indiscriminadamente. Deixa
que seus alunos decidam quais serão os métodos de avaliação, e, durante a
prova, responde questões para os alunos para que eles não fiquem tristes ou
não tirem notas baixas.
Relação professor-aluno: a relação pessoal entre o professor bonzinho e os
alunos é geralmente boa, mas a relação profissional é praticamente anulada.
Da mesma forma que o professor ditador, este professor precisa entender que
o respeito é algo a ser conquistado, e não implorado por ações que acabam
por prejudicar o aluno.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: este professor é um dos que mais prejudicam o processo de
36
aprendizagem dos alunos. Pode-se considerar que neste caso, pode sim existir
o processo de ensino-aprendizagem, mas ele é prejudicado pela falta de
importância que o aluno dará ao aprendizado, pois ele saberá que, na prova, o
professor dará as respostas, então ele não precisa saber o conteúdo neste
momento (e este fato remete a dois grandes problemas da educação: a prova
como o único método de avaliação e a idéia errônea que os alunos têm de que
eles só precisam aprender para reproduzir na prova, não sendo necessário
aprender para a vida).
f) O professor desorganizado
Características: o professor desorganizado entra na sua sala sem ter a menor
idéia do que vai ensinar. Não prepara aula, não estuda o conteúdo. Como não
sabe ao certo a sua matéria, se põe a enrolar seus alunos com conversas e
banalidades, e inventa atividades aleatórias, para os quais os alunos não
tiveram nenhuma preparação e não dispõem de subsídio. Ao contrário do
professor bonzinho, que tenta forçar uma imagem de respeito exagerado pelos
alunos, este professor não tem respeito pelo seu próprio trabalho e nem pelos
seus alunos.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: para que haja aprendizado, é necessário que o aluno seja
preparado gradativamente, que ele tenha subsídios ensinados anteriormente
para que possa construir novos aprendizados. Sem preparação, o aluno não
irá desenvolver um novo aprendizado. Portanto, o professor deve planejar sua
aula, desenvolver e seguir um planejamento que leve aos seus alunos a
desenvolver-se durante os seus aprendizados.
g) O professor oba-oba
Características: este tipo de professor adora dinâmicas de sala de aula, passa
muitos filmes e reportagens, transforma qualquer aula em um passeio para que
os alunos observem os fenômenos fora da sala de aula.
37
Relação professor-aluno: este professor consegue manter boas relações com
os alunos, porém peca na falta de objetividade do seu ensino.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: toda aula dinâmica ou diferente das mesmas aulas repetitivas
usando-se quadro e giz, sem que os alunos possam observar os conteúdos
sendo aplicados é uma carta na manga para chamar a atenção dos alunos e
conseguir efetivar o aprendizado. Porém, quando se usa filmes, dinâmicas de
grupo ou aulas-passeios sem que haja uma reflexão sobre o objetivo deste
método, sem uma discussão sobre os conteúdos envolvidos e sem que o
objetivo que permeia estas atividades sejam deixados bem claros para os
alunos, estas atividades são inutilizadas e só servem para passar o tempo na
sala de aula, e não enriquecem o processo de ensino-aprendizagem da forma
que poderiam e deveriam enriquecer.
h) O professor livresco
Características: este professor tem uma vasta cultura, possui um profundo
conhecimento de sua matéria, mas não consegue relacioná-la com a vida,
como o seu próprio dia-a-dia ou com o dos seus alunos. Ele entende de livros,
sabe indicar referências bibliográficas para qualquer assunto, mas não entende
nada do cotidiano. Ele não utiliza outro método pedagógico a não ser o livro.
Não se interessa se os alunos conseguem ou não acompanhar o seu
raciocínio, apenas passa tudo aquilo que preparou para ser falado durante a
aula. Se algum aluno faz uma pergunta, consulta no livro para responder;
enquanto prepara a sua aula, consulta livros e mais livros e considera como
relevante à sua aula apenas o que vê escrito neles.
Relação professor-aluno: o mediador entre este professor e o aluno é o livro. A
relação entre o professor e o aluno é muito prejudicada, pois o professor
livresco ignora qualquer tentativa de associação do aluno entre o conteúdo e o
seu dia-a-dia, e também resolve qualquer questão levantada indicando livros
que devem ser lidos para sanar qualquer dúvida.
38
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento:este professor acredita que seu trabalho como orientador do
conhecimento possa ser facilmente substituído pela leitura de alguns livros.
Assim, ele anula a sua função e os seus alunos sofrem com a falta da figura de
um mediador, que os ajude a aprender os conteúdos e, principalmente, que
mostre a importância dos conteúdos aprendidos, indicando várias situações
cotidianas onde estes conteúdos poderiam ser aplicados e mostre o quanto
sua disciplina está presente no dia-a-dia dos alunos, e, portanto, quanto é
importante que os alunos tenham estes conhecimentos.
I) O professor “tô fora”
Características: ele não se compromete com a comunidade acadêmica, não
participa de reuniões, de preparação de projetos conjuntos, não participa de
nenhum evento que ocorra na escola. Simplesmente dá a sua aula e vai
embora. É, muitas vezes, um bom professor, mas não evolui social e nem
profissionalmente, pois não convive com as outras pessoas que trabalham na
escola e não evolui seu conteúdo interdisciplinar, pois não está presente.
Alguns são arrogantes a ponto de acreditar que não têm mais nada a
aprender, e, portanto, não vão ficar discutindo sobre o que consideram
“bobagens”. Outros não participam de nenhuma outra atividade que não seja a
sua aula propriamente dita por não estarem recebendo para isto.
Relação professor-aluno: a relação estabelecida entre este professor e os seus
alunos é muito restrita à sala de aula. Pode ser que estas atitudes do professor
não venham a prejudicar o processo de ensino-aprendizagem, porém, os
alunos jamais o verão como um professor amigo e participativo, e o professor
perde a oportunidade de construir uma relação mais amistosa e de confiança
entre seus alunos e também com seus colegas de trabalho.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: como este professor não compreende os aspectos
interdisciplinares da educação, ele não saberá relacionar sua disciplina com as
39
demais, e o ensino de sua disciplina será fragmentado, pois ele não
estabelecerá pontes entre as disciplinas aprendidas por seus alunos em outras
aulas. Além disso, ele não saberá aproveitar as oportunidades do trabalho em
conjunto com outros professores, o que poderia enriquecer muito o
aprendizado dos seus alunos.
j) O professor dez questões
Características: reduz toda a matéria que ministrou durante o bimestre a um
determinado número de questões. Pode ser que o número de questões seja
maior ou menor que dez, mas não importa, o objetivo é sempre o mesmo. Se
utilizar o livro didático, manda que os alunos leiam o livro, façam um resumo do
capítulo e respondam às questões. Geralmente, suas questões não são
relacionais, nem críticas. Se for um professor de ciências exatas, geralmente
os alunos devem decorar fórmulas para resolver suas questões. No final do
bimestre, para comprovar sua generosidade, apresenta algumas questões que
devem ser decoradas para prova.
Relação professor-aluno: muito dificultada. Se o professor resume a sua
matéria a algumas questões, seus alunos se sentem torturados decorando
questões.
Problemas prováveis no ensino-aprendizagem decorrentes deste
comportamento: o trabalho de um professor não pode ser resumido a
simplesmente passar matéria no quadro, ou ainda indicar capítulos de um livro,
para depois resumir tudo isto em algumas questões que não exigem um
mínimo de reflexão e que não possuem nenhuma correlação. Novamente, não
pode haver aprendizado em decorar respostas, e, assim, também não há
ensino. Com tantos métodos alternativos de ensino, que exigem talvez um
mínimo de criatividade, esforço e algum conhecimento tecnológico, é
inadmissível que um professor se utilize ainda somente neste velho método de
questionários.
40
l) O professor tiozinho
Características: a denominação “tiozinho” tem aqui um sentido pejorativo. Este
tipo de professor gasta suas aulas mais para conversar e dar conselhos aos
seus alunos do que para ensinar sua disciplina. Trata-os como se fossem da
sua própria família, e se incomoda com suas vidas pessoais, suas atitudes em
relação a todos os aspectos particulares: o que fazem em casa, que lugares
costumam frequentar etc. Emite opiniões sobre todos estes aspectos e
costuma diagnosticar todos os problemas dos alunos somente pelos
comentários feitos por eles.
Relação professor-aluno: tem uma relação com seus alunos mais familiar do
que educacional. (http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAthsAD/a-relacao-
professor-aluno, acesso em: 31 de janeiro de 2013).
3.5 – O Professor universitário como agente de transformação
Rotineiramente o professor deve avaliar e repensar seus próprios
conceitos, deve por sua vez, ser também um centro gerador de transformação
social, sendo um professor universitário como um moderador, sempre
provocando discussões levando sempre os seus alunos a uma extensa
reflexão, utilizando seu papel neste contexto de transformação social, não
sendo somente um reprodutor de conhecimentos. O professor deve ser o
agente efetivo de reflexão.
Em referência à profissão professor, não podemos deixar enfatizar a
forte influência que é exercida na formação profissional e até mesmo pessoal
dos seus alunos. É claro e evidente que o conteúdo ministrado é um potente
ponto de influencia e não um fator único. O seu comportamento em sala de
aula, assim como o seu pensamento, os valores sociais e morais, também são
aspectos importantes que, naturalmente, acabam influenciando no
aprendizado oferecido.
41
Esta influência que o professor exerce na vida de seus alunos é
natural, e isto acontece geralmente de forma indireta, sem que as partes se
deem conta. Entretanto, é uma relação estabelecida entre aluno e professor
que vai determinar a intensidade desta influencia.
Voltando um pouco ao passado, em nossos tempos de escola, em que
o professor era considerado de obter todo conhecimento e depositava em seus
alunos aquilo que há havia estudado. Porém, esse estudo era normalmente
lido e repassado sem reflexão ou visão critica dos conteúdos.
Como nos aponta Vasconcelos (2003), o papel e a atuação do
professor já não é, há muito tempo, a mesma do passado.
Hoje, felizmente, o professor pode e deve ensinar seus alunos a
pensar, questionar e aprender a ler a realidade, para que eles possam
construir opiniões próprias.
Como nos mostra Tardiff (2005), o professor deve assumir uma
posição inovadora, deixando de ser mero ministrador de aulas. Mas essa
posição passa a exigir do mesmo, uma atualização constante, tanto no que se
refere a sua disciplina, como também, sobre os problemas enfrentados em
sala de aula – indisciplina, método de avaliação ente outros, assim somando
com o entendimento acerca da realidade, tanto do aluno como do desempenho
do professor, e também na evolução de uma emancipação intelectual e politica
para ambos.
Cerqueira (2006) nos ensina que “ o espaço da sala de aula é um lugar
privilegiado, pois nela se encontram professores e alunos que participam de
ambientes sociais diversificados, que necessitam estabelecer uma
convivência.” E também comenta, recordando Vasconcelos (2003) “que o
42
professor necessita colaborar com a formação do educando na sua totalidade
(consciência, caráter, cidadania), tendo como mediação fundamental o
conhecimento, visando emancipação humana”.
Entendemos o tamanho da influencia que o professor pode ter sobre
seus alunos, mas mesmo sendo este detentor de uma experiência maior e de
uma formação acadêmica profissional mais especifica, ele não pode ser
considerado o dono de um conhecimento, muito menos o mentor do
conhecimento. Por este motivo, deverá respeitar todas as opiniões ainda que
contrarias aos seus conceitos e ideais. Este fator deverá ser fundamental de
uma atitude de um profissional.
Cerqueira (2006) nos desafia com um questionamento: “diante dessa
complexidade que é o homem e do conceito de conhecimentos como objetivo
de mediação que possibilita emancipação do ser, como enfrentar tal desafio
em sala de aula?”.
Em resposta a este questionamento podemos citar Coll e Solé (1996),
está no fato de ser na sala de aula o local onde se depara com todas essas
questões, em virtude de que este é o lugar instituído pela sociedade, para
concretização das aprendizagens, lugar de encontro de pessoas que carregam
no seu intimo quase todas essas características já citadas.
Segundo Pedro Morales (2001) o professor precisa ter uma boa
conduta e competência para ensinar, atitudes como controlar a classe, ser
compreensivo, atencioso e estar disponível para ajudar os alunos, são
comportamentos fundamentais para manter-se um bom relacionamento.
A relação aluno-professor é humana e influímos tanto para o bem
como para o mal. O professor transmite ensinamentos importantes e
duradouros, os alunos também influem sobre o comportamento do professor
43
que ao perceber a dedicação e o sentimento do aluno em relação aos
trabalhos, dedica-se mais e passa a melhorar o seu modo de tratar seus
alunos e quando isso não ocorrer o professor não deverá punir-se como
culpado, precisará controlar seus sentimentos e não responder com
desinteresse o desinteresse de seu aluno.
44
CONCLUSÃO
Podemos concluir que um professor líder que atua em sala de aula de
forma eficaz é determinante para motivar seus alunos, pois ele pode agir de
um modo impulsionador e determinar níveis de desempenho pessoal e
profissional. Para isto é necessário que o relacionamento entre professor e
aluno esteja em sintonia para que estes atuem de forma harmônica.
O professor é a autoridade máxima numa sala de aula, que enfrenta
muitos desafios e necessita ter postura e firmeza para lidar com diferentes
situações, discutindo sobre direitos e deveres dos indivíduos na sociedade
buscando sempre instrumentalizar seus alunos com conhecimentos para que
possam enfrentar a realidade, deve envolver sua própria ação social e a
concepção social da educação, a fim de formar cidadãos críticos.
O docente deve promover a aprendizagem, buscando sempre a ajudar
a formar jovens conscientes de suas ideias. Tanto por parte do aluno quanto
por parte do professor é necessário que ambos percebam seu lugar na
universidade e a importância de se trabalhar juntos, como se um dependesse
do outro, pois um professor participativo e interessado aprende durante a troca
de experiências com seu alunado.
Compreendemos que a relação entre professor e aluno e o dialogo são
elementos fundamentais no processo de construção do conhecimento dos
alunos e mostra qual a real função do mestre e do seu comando. A abordagem
comportamental do professor em sala de aula os influenciará de forma positiva
ou negativa.
Entendemos que é necessário que os educadores estejam
constantemente atualizando-se, conhecendo seus educandos, suas culturas,
expectativas e necessidades de aprendizagens, refletindo permanentemente
45
sobre seu papel em sala de aula e buscando aperfeiçoar suas praticas de
ensinos e abordagens em sala de aula.
Assim, ao finalizar essas considerações, percebe-se que o papel do
professor na construção do conhecimento é de extrema importância, mas para
tal objetivo se consolide, ou seja, para que o papel do professor na construção
do conhecimento ganhe importância, o professor deve também assumir um a
postura diferente em relação à educação e suas metodologias que procuram
articular processos de ensino e de aprendizagem com o de mudanças sociais
que assolam o dia-a-dia de professores a alunos.
46
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Management, 1997
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VASCONCELOS, C.S.Construção do Conhecimento em Sala de Aula. São
Paulo: Libertad, 1993.
48
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I 10
O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO LÍDER 10
1.1 – O QUE É SER LIDER? 10
1.2 – TIPOS DE LIDERANÇA 12
1.3 – O PROFESSOR LÍDER 13
CAPITULO II 16
COMUNICAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE PROFESSOR E 16
ALUNO
2.1 – OS DESAFIOS DO ENSINO SUPERIOR 16
2.2 – ONDE ESTÃO OS LÍDERES? 17
1.3 – COMUNICAÇÃO E LIDERANÇA COMO COMPETÊNCIA 20
CAPITULO III 25
O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO AGENTE 25
TRANSFORMADOR E CONSTRUTOR DO CONHECIMENTO
3.1 – O CONHECIMENTO 25
3.2 – CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO 27
3.3 – O PROFESSOR E ALUNO NO PROCESSO DE 28
APRENDIZAGEM
3.4 – A IMPORTANCIA DO BOM RELACIONAMENTO 31
PROFESSOR E ALUNO
3.5 – O PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COMO 40
AGENTE DE TRANSFORMAÇÃO
CONCLUSÃO 44
49
BIBLIOGRAFIA 45
ÍNDICE 48
Recommended