DOENÇAS DA SERINGUEIRA: POR FASE DO CULTIVOaprob.com.br/ckfinder/userfiles/files/Doenças na...

Preview:

Citation preview

DOENÇAS DA SERINGUEIRA:

POR FASE DO CULTIVO

Edson Luiz Furtado

Universidade Estadual Paulista – UNESP

Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA /

Departamento de Produção Vegetal

Setor Defesa Fitossanitária

elfurtado@fca.unesp.br

Cx. P. 237, CEP 18603-970, Botucatu-SP

•DIAGNOSESintomas

Sinais

Agente causador

Doenças bióticas

Doenças abióticas

PRIMEIRO PASSO DO MANEJO

DE DOENÇAS

Zoneamento climático para a cultura da seringueira – Ortolani, et al. 1983

Que região climática está o plantio?

Patógenos foliares de seringueira, observados nas principais regiões climáticas brasileiras.────────────────────────────────────────────

RegiõesPatógenos AM2 - AM3 - AM4 –A - A1 – B - B1 ────────────────────────────────────────────Colletotrichum gloeosporioides + + - ++ ++ + + Microcyclus ulei +++ +++ + + + ++ ++Phytophthora spp. (Requeima) - - - - - - ++*Tanatephorus cucumeris +++ +++ - - - - -Phyllachora huberi +++ +++ - + ? +? - -Oidium heveae - - - ++ + - +───────────────────────────────────────────────────- Ausência; + poucos sintomas (endêmico), ++(epidemias pouco frequentes); +++ (epidemias frequentes). *Sul da Bahia.

Patógenos do painel e do tronco da seringueira, observados nas principais regiões climáticas brasileiras.───────────────────────────────────────────

RegiõesPatógenos AM2 - AM3 - AM4 –A - A1 – B - B1 ───────────────────────────────────────────Colletotrichum gloeosporioides - - - ++ ++ + + Phytophthora spp. (Cancro) - - + - + - ++*Ceratocystis fimbriata + + - - - + ++Fusarium spp. + + - + + ++ ++ ───────────────────────────────────────────

- Ausência; + poucos sintomas (endêmico), ++(epidemias pouco frequentes); +++ (epidemias frequentes). *litoral da Bahia.

Qual a fase do cultivo?

• Sementes

• Sementeira e repicagem

• Formação dos cavalinhos

• Enxertia

• Plantio

• Explotação

Doenças na região de “escape” (mais de um milhão de há aptos para plantio)

Doenças por fase do cultivo

• Sementes

• Sementeira e repicagem

• Formação dos cavalinhos

• Enxertia

• Plantio

• Explotação

Semeadura

Repicagem

Doenças por fase do cultivo

• Semeadura e repicagem

Colletotrichum

Fusarium

Lassiodiplodia

Phomopsis

• Fungos veiculados pelas sementes ou

presentes no substrato

Formação dos cavalinhos

Doenças por fase do cultivo

• Formação dos cavalinhos

Colletotrichum

Fusarium (via solo)

Lassiodiplodia

Phomopsis

Microcyclus ulei

Nematóides (via solo)

Enxertia

Doenças por fase do cultivo

• Enxertia

Colletotrichum

Lassiodiplodia

Phomopsis

• Falta de assepsia na enxertia

Condução do enxerto

Escaldadura ou cozimento pelo calor

Falta dágua

Patógenos no toco podado

Antracnose

Seleção das mudas para plantio

Doenças por fase do cultivo

• Condução do enxerto e seleção de mudas

Colletotrichum

Alternaria

Microcyclus

Jardim Clonal

• Plantio adensado 1 x 1 m entre plantas;

• Mesmos problemas de implantação do seringal

definitivo:

1)Abióticas (escaldadura, afogamento do coleto)

2)Bióticas: podridões e seca de toco por podas;

Doenças foliares diversas, dependendo da região

do país e do período do ano

Pode disseminar patógenos para outras áreas!

Crostra negra

Phyllachora huberi (Catacauma huberi)

Fungo Ascomycota, sintomas (esquerda) e desfolha (direita)

Plantio definitivo

Doenças por fase do cultivo

• Plantio

Escaldadura, afogamento da cicatriz do

enxerto, plantas daninhas e microclima

Lassiodiplodia (na base da planta)

Phomopsis (seca do ponteiro)

Colletotrichum (folhas e seca do ponteiro)

Microcyclus (folhas, irrigação ou

proximidade com viveiros e jardim clonal)

Phylachora huberi (folhas)

Condução

Afogamento do coleto

Escaldadura – com entrada de Lassiodiplodia

Suscetibilidade à antracnose

Mal das folhas

(Baixadas, viveiros irrigados, área úmida

Seca de ponteiro de Phomopsis

Fechamento da copa

Mal rosado

Doenças por fase do cultivo

• Fechamento da copa

Lesões no tronco (chuva de pedra, vento,

maquinário e maldade)

Lassiodiplodia (na base da planta)

Phomopsis (seca do ponteiro)

Colletotrichum (folhas e seca do ponteiro)

Oídio

Microcyclus (folhas, irrigação ou proximidade com

viveiros e jardim clonal)

Chuva de pedra

Vento unidirecional

Antracnose (2010, 2011 e 2012)

Antracnose (1989)

Crostra negra

Phyllachora huberi (Catacauma huberi)

Fungo Ascomycota, sintomas (esquerda) e desfolha (direita)

Preparo para a sangria

entrecascacâmbio

células vaso

raio medular

Doenças por fase do cultivo

• sangria

Lesões no tronco (chuva de pedra, vento, maquinário e faca de sangria)

Anteriores + fungos do painel:

Colletotrichum - Antracnose do painel

Ceratocystis – Mofo cinzento

Phytophthora – Cancro estriado

Fusarium – Fusariose

ANTRACNOSE

• SINTOMAS

ANTRACNOSE

• DANOS

• Antracnose – Glomerella cingulata

(Stonem.) Spauding & Schenk (fase

sexuada) ou Colletotrichum

gloeosporioides Penz. (fase

assexuada).

ETIOLOGIA

ANTRACNOSE

• EPIDEMIOLOGIA

• Temperatura média abaixo de 21oC

• UR > 90% por 13 horas e períodos chuvoso

• Fungo sobrevive em lesões latentes e outros hospedeiros

• Disseminação pelo vento e chuva

CONTROLE DE

ANTRACNOSE

PRODUTO ATIVO COMERCIAL DOSE (g ou ml/l)

Clorotalonil + Tiofanato Cerconil 10,0

metitilico

Clorotalonil Daconil, 10,0

Bravonil

Tebuconazole Folicur 4,0

Propiconazole Tilt 4,0

Mancozeb Dithane 30,0

Obs. A aplicação pode ser efetuada adicionando-se Natural oil 50 ml/l

MOFO CINZENTO

• SINTOMAS

MOFO CINZENTO

• DANOS

• Mofo cinzento – Ceratocystis fimbriata Ellis

Halsted (sexuada), Thielaviopsis sp (forma

assexuada).

ETIOLOGIA

CANCRO ESTRIADO

• SINTOMAS

CANCRO ESTRIADO

• DANOS

• Cancro estriado – Phytophthora spp.

P. palmivora Butler e P. capsici

Leonian principais espécies

no mundo

P. Citrophthora (Sm. E Sm.) Leonian

em São Paulo

ETIOLOGIA

CANCRO ESTRIADO

EPIDEMIOLOGIA

• ZOÓSPOROS DAS FOLHAS E DO SOLO

• Temperatura – abaixo de 21ºC

• Período de incubação – 2 a 3 dias

• Período chuvoso

• Disseminação: água

ETIOLOGIA

A

B

C

CONTROLE DE CANCRO

ESTRIADO

PRODUTO ATIVO COMERCIAL DOSE (g ou ml/l)

Metalaxyl + mancozeb Ridomil-Mancozeb 10,0

Fosetyl-Al Aliette 15,0 Chlorothalonil Bravonil, Daconil 10,0

Obs. PINCELAMENTO: Preventiva ou curativamente

Obs: Fungicidas cúpricos aplicados no painel de sangria reduz a plasticidade

da borracha.

Atualização taxonômica e

resistência a patógenos

foliares

Antracnose em folhas e hastes

Silveira et al. 1989

Furtado, 2009

Mirassolandia

ANTRACNOSE

• SINTOMAS

ANTRACNOSE

• DANOS

Figura 2: Dendrograma filogenético dos 9 isolados de seringueira ilustrando a distância derivada das seqüências das regiões ITS-5.8S rDNA. O número nas ramificações representa o valor de 1000 “bootstrap”.

Espécies

3,125% 6,25% 12,5% 25% 50%

Figura1: Escala Diagramática de avaliação de antracnose em

seringueira (Pizetta, et al. 2008)

Escala de avaliação de

antracnose foliar

Oídio Agente causal:

Oidium heveae

Fase sexuada:

Erysiphe alphitoides

Quercus

Furtado et al. 1992

% 0 2,5 5 10 22,5 40 50

Escala para avaliação de oídio

(Tumura e Furtado, 2005)

Avaliação de clones (Tumura e Furtado, 2007)

Clone ASCPO

GT 1 1155,7 ab

PB 235 1498,7 a

RRIM 701 624,4 ab

PR 255 1036,02 ab

RRIM 600 419,3 b

Tukey(5%)

Molecular phylogenetic and

morphological analyses of Oidium

heveae, a powdery

mildew of rubber tree

FULL PAPER

Saranya Limkaisang · Sawanee Kom-un · Edson Luiz Furtado · Kon Wui Liew ·

Baharuddin Salleh · Yukio Sato · Susumu Takamatsu

Received: Accepted:

_________________________________________

S. Limkaisang · S. Kom-un · S. Takamatsu (Corresponding author)

Faculty of Bioresources, Mie University, 1515 Kamihama, Tsu, Mie 514-8507, Japan

Tel. +81-59-2319497; Fax. +81-59-2319540

E-mail: takamatu@bio.mie-u.ac.jp

E.L. Furtado

Dept. of Producão Vegetal/FCA-UNESP, PO box 237, 18603-970, Botucatu/SP, Brazil

K.W. Liew · B. Salleh

School of Biological Sciences, Universiti Sains Malaysia, Penang 11800, Malaysia

Y. Sato

Toyama Prefectural University, Kosugi-Cho, Toyama 939-0398, Japan

LIMKAISANG, Saranya ; KOM-UN, Sawanee ; FURTADO, E. L. ; LIEW, Kon Wui ; SALLEH, Baharuddin ; SATO,

Yukio ; TAKAMATSU, Susumu . Molecular phylogenetic and morphological analyses of Oidium heveae, a powdery

mildew of rubber tree. Mycoscience, v. 46, p. 220-226, 2005.

Seca fisiológica ou patológica?

Agentes causais

• Fusarium sp.

• Fusarium moniliforme

• Fusarium solani

Solo? Faca de

sangria? Stress?

Controle?

Sintomas finais da fusariose:

Deformações no tronco

Meloidoginose em Seringueira

SINTOMAS

- Morte descendente das plantas (secamento dos ramos

mais altos, redução da copa, morte, da planta.

- Associação com o fungo

Lasiodiplodia theobromae

Associação com Lassiodiplodia theobromae

Desfolha

Seca de

ponteiros

Seca de ramos

Morte da planta

Associação nematóides na raiz com Lassiodiplodia theobromae na parte aérea

Desfolha

Seca de

ponteiros

Seca de ramos

Morte da planta

Clone M.exigua M. javanica M. incógnita raça 2 M. incógnita raça 3

RRIM 600 S R MS S

RRIM 511 R S

RRIM 527 R

RRIM 701 R R S

IAN 873 S R MS S

IAN 3087 R

PB 217 R

PB 235 S R

PB 5/63 R R S

FX 25 R

GT 1 R

Reação de alguns porta-enxertos a Meloidogyne spp.

S = Suscetível; R = Resistente; MS = Moderadamente suscetível.Fonte: Lordello ET al. (1994); Lordello ET al. (1997); Fonseca ET al. (1998); Fonseca & Jaehn (1998)

Agradecimentos

A Associação dos Produtores de Borracha Natural de

Goiás e Tocantins – APROB-GOTO

Aos produtores da região de Goianésia pela recepção nas

visitas de campo

A todos os participantes do III Workshop da cultura da

seringueira de Goianésia

Faculdade de Ciências Agronômicas UNESP

Campus de Botucatu

Passarela do café

OBRIGADO!

Recommended