Doenças Genéticas Carlos Eduardo N. Nigro Prof. Auxiliar de ensino do depto ORL da UNITAU

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Doenças Genéticas

Carlos Eduardo N. Nigro

Prof. Auxiliar de ensino do depto ORL da UNITAU

Introdução

PenetrânciaExpressividadeHerança autossômica dominanteHerança autossômica recessivaHerança ligada ao sexoPerda auditiva congênitaPerda auditiva hereditáriaFenótipo / Genótipo

Surdez Hereditária

1:1000 RN com surdez severaPaíses desenvolvidos : 60% DA pré

linguais => causas genéticasBrasil : maioria => causas infecciosas

Surdez Hereditária

DNA => RNAm => ribossomo => proteínaPredisposição genética nas perdas

auditivas tardiasImportância da investigação clínica nos

casos de DA congênita e do aconselhamento genético para portadores sintomáticos ou não do gene

Surdez Hereditária

Sindrômica (30%) 60 genes já foram mapeados Náo sindrômica (70%)Mapeamento mais difícil

Autossômica recessiva (85%)Fenotipicamente mais graves, responsáveis por aprox. todas as

formas de surdez congênita, não progressivas. PASN

Autossômica dominante (15%)> Contribuição nos casos de surdez pós lingual, progressivas,

menos graves, >ia PA condutiva ou mista

Ligada ao cromossomo X (1%)

PASN Hereditária Dominante

Síndrome de Waardenburg Síndrome de Alport Doença de Von Recklinghausen

Síndrome de Waardenburg

Diapositivos Def. auditiva em 25-50% dos indivíduos Atrofia do órgão de Corti, estria vascular e de

poucas fibras nervosas 4 tipos (Hageman) I anacusia bilateral II disacusia severa bilateral III anacusia unilateral IV disacusia moderada unilateral, pp/ freq. graves

Síndrome de Alport

>ia mulheres, porém pior prognóstico auditivo nos homens

20-40 anosNefrite hemorrágica, catarata (15%)Perda auditiva sensorial (o.Corti),

bilateral, >acometimento das freq. médias, raramente precede a nefrite

Doença de Von Recklinghausen

Neurofibromatose tipo 1: crom.17 - manchas café com leite na pele, boca - neurofibroma vestibular é raro, unilateral tipo 2: crom.21 - manchas café com leite raras - neurofibroma vestibular bilateral em 90% dos casos,

unilateral em 5% - neurofibromas em face, parótida,outros nervos cranianos,

na orelha média é raro

PASN Hereditária Recessiva

Síndrome de Hurler Doença de Morquio Síndrome de Hunter Síndrome de Jervell e Lange-Nielsen Síndrome de Pendred Síndrome de Usher Síndrome de Cockayne Síndrome de Refsum Doença de Leopard

Sínd. de HurlerParada do crescimento após a infância, retardo mental, opacificação corneana,

comprometimento da mobilidade articular, ivas de repetição

Sínd. de MorquioParada do crescimento após a infância, deformidades esqueléticas, excessiva

mobilidade articular

Sínd. de HunterRetardo mental, alt. Musculoesqueléticas, degen. psicomotora

Sindrome de Jervell e Lange – NielsenAlt. cardíaca, ritmo respiratório tipo Stokes - Adams

Sínd. de PendredBócio tireoidiano desde cça, PA simétrica, bilateral, plor nas freq, agudas

Sínd. de Usher-Retinite pigmentosa progressiva, sem retardo mental, sem hemiplegia e sem

diabetes-PASN pior nas freq. Agudas (diagnóstico ao redor dos 3 anos de idade)Tipo I : congênita (instalação precoce), severaTipo II :instalação tardia, moderada

Sínd. De Cockayne-retardo mental, nanismo, prognatismo, degeneração de retina-PASN precocePrognóstico bastante reservado

Sínd. de Refsum- retinite pigmentosa, neuropatia periférica, ataxia cerebelar- -PASN , pode ser assimétrica que aparece em torno dos 10 - 20 anos

Sínd. de Leopard- hiperpigmentação com manchas que vão se juntando

PASN Hereditária ligada ao sexo

Doença de Norrie- só em homens- cegueira progressiva, retardo mental- PASN em 30% dos casos

PA Condutiva (predominantemente)

Em síndromes De Crouzon De Klippel-Feil De Franceschetti - Klein ou Treacher - Collins De Pierre Robin De Duane De Apert

Outras Osteopetrose Otosclerose Osteogenesis imperfecta

Sínd. Crouzon (disostose craniofacial)

Transmissão autossômica dominanteCaracterísticas :

- exoftalmia, hipoplasia maxilar, fechamento precoce das suturas cranianas, implantação baixa dos pavilhões auriculares, estenose ou atresia de CAE, PA condutiva ou mista

Sínd. de Klippel - Feil

Pescoço curto

-fenda palatina,

-escoliose

-implantação baixa dos cabelos

PASN e/ou condutiva

Sínd. de Treacher – Collins (disostose mandibulofacial)

Transmissão autossômica dominante

Características :

-Hipoplasia malar e mandíbula

-Fenda palatina

-Malformação de pavilhões auriculares e CAE

-PA condutiva, às vezes sensorioneural

Sínd. de Pierre Robin

Alterações craniofaciais e esqueléticas

-micrognatia

-fenda de palato mole

-glossoptose

-implantação auricular baixa

-PA condutiva e/ou sensorioneural

Sínd. de Duane(displasia cérvico-óculo-acústica)Transm. autos. dom.Características :

-pescoço curto

-paralisia do VI par

-microtia, atresia CAE e OM

-PAC ou mista

Sínd. de Apert (acrocefalossindactilia)

Transm. autos. dom. Características :

-cranioestenose irregular

-deficiência mental

-hipoplasia do terço médio da face

-nariz em cela

-fenda palatina

-PAC

Osteopetrose

Ocorre uma falha na reabsorção de cálcio das cartilagens e ossos primitivos

Características :

-retardo de crescimento e mental, atrofia ótica, hepatoesplenomegalia, fraturas frequentes, paralisia facial

Otosclerose

Transm. autos. dom. com 40% de penetrância

Caucasianos (1%), brancos (1:200), negros (não existe)

Sexo feminino 2:1 Picos : 12-14 e 20-30 anos Após os 40 anos < ativi// foco Tinitus (70%)

Otosclerose estapediana

-PAC que nl/ evolui com PAS Otosclerose coclear

-Expansão do foco para o endosteo deformando o ligamento espiral

-shunts vasculares

-teoria enzimática Otosclerose histológica

-assintomático (10% dos brancos)

Otosclerose

Ocorre depósito de cálcio nos remanescentes cartilaginosos da camada encondral da cápsula labiríntica

Geralmente se inicia no terço anterior da platina (efeito on-off)

O grau de fixação dp da idade e da atividade do foco

Também pode ocorrer na platina, ao redor da janela oval ou no CAI

Otosclerose Estapediana

PAC inicialmente, 80% bilateral, com períodos evolutivos, tinitus (70%)

- Paracusia de Willis :ouve melhor no barulho pois o reflexo cocleo-laríngeo está normal

- ¨dificuldade para ir ao cinema mas vão a concertos¨

- =>otoscopia normal

Otosclerose Estapediana

Audiometria(Schambaugh –67) -tipo AFixação do estribo puraCurva ascendente, pior nos gravesEntalhe de Carhart

-tipo BFixação de toda a platinaCurva horizontalizada

-tipo CLesão coclear com maior perda nos agudosCurva descendente

-tipo DGap pequenoCurva bem descendente

Impedanciometria-tipo Ar,reflexo negativo, efeito on-off

Otosclerose Coclear

História familiar de cirurgia para surdez na família, jovem, relação com mudança hormonal (se mulher)

Mancha rosa de SchwartzePASN simétrica, pior nas freq. gravesDiscriminação muito boa para o limiar

audiométrico Impedanciometria -tipo Ar, reflexo estapédico ausente, efeito on-off

Otosclerose - tratamento

Clínico´-fluoreto de sódio

- difosfatos

Cirúrgico- PAC, bilateral ?- Qual lado ?- Estapedectomia ou estapedotomia- Qual prótese ?- PA mista com gap pequeno ?

Protetização

- bons resultados

Osteogenesis imperfecta

Transm. autos. dom.Ocorre desorganização do colágeno nos ossosForma congênita : pode ocorrer múltiplas fraturas no útero

e nascer mortoForma tardia : fraturas após pequenos traumasHistologia :-lesão ~otosclerose ou atrofia das crurasSínd. de Van de Hoeve:-fraturas recorrentes, esclera azul, otosclerose -a presença de PASN parece ser mais frequente do que na

otosclerose isolada

Malformação das orelhas externa, média e interna

Pavilhão auricularConduto auditivo externoOssículosLabirinto membranosoLabirinto ósseo

Malformação da orelha externa

Pavilhão auricular

-isolada

-síndromes

Malformação de orelha externa

Conduto auditivo externo

Malformação de orelha média

Ossículos

Malformação de orelha interna labirinto membranoso

Scheibe- a mais freq. da OI- Atrofia da estria vascular,

degeneração do órgão de Corti, enrolamento da membrana tectórica

Causa

-genética : Usher, Waardenburg

-não genética : rubéola...

Bing-Siebermann- agenesia do lab. memb. - Retinite pigmentosa- Retardo mental

Malformação da orelha interna labirinto ósseo Mondini (do 58º ao 70 º dia IU)- cóclea com 1espira e meia- sem lâmina óssea das espiras apicais- ducto coclear dilatado- membrana basilar alargada- deformidade ou ausência dos canais

semi – circulares- dilatação do saco endolinfático- QC :cça com audição flutuante, SN,

uni ou bilateral, curva descendente que evolui para surdez

Tto :drenagem do ducto endolinfático pode deter a progressão (W. House)

Michel Agenesia labirinto e n. Auditivo -

Diagnóstico Audiológico

AudiometriaImpedanciometriaBERAEOA

Tratamento

Cirúrgico- Estapedotomia- Reconstrução de cadeia ossicular- Canalplastia- Otoplastia- Prótese de pavilhão auricular- Implantes de orelha média- Implante coclear

Tratamento

ProtetizaçãoTerapia genética diagnóstico pré natal de inúmeros genes causadores da

surdez já é possível- interromper a gravidez ? Análise do DNA para prever a suscetibilidade do

indivíduo para ototóxicos, PAIR e outras doenças auditivas

Troca do(s) gene(s) antes da manifestação da doença Aspectos éticos