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Série de documentos (fluxogramas, formulários para controle de atividades padronizadas para o Sistema de Qualidade ISO 9001 e PBQP-H )
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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
EDVALDO JOSÉ DE OLIVEIRA
PROPOSTA PARA ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL: VEDAÇÕES HORIZONTAIS, ESQUADRIAS E
PINTURAS.
CURITIBA
2015
EDVALDO JOSÉ DE OLIVEIRA
PROPOSTA PARA ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL: VEDAÇÕES HORIZONTAIS, ESQUADRIAS E
PINTURAS.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do titulo de Bacharel em Engenharia Civil da Universidade Tuiuti do Paraná.Orientador: Prof.º Gerônimo Teider Rocha.
CURITIBA
2015
TERMO DE APROVAÇÃO
EDVALDO JOSÉ DE OLIVEIRA
PROPOSTA PARA ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL: VEDAÇÕES HORIZONTAIS, ESQUADRIAS E
PINTURAS.
Esta Monografia foi apresentada e julgada para obtenção do titulo de Bacharel no
Curso de Bacharelado em Engenharia Civil da Universidade Tuiuti do Paraná.
Curitiba, XX de julho de 2015.
___________________________________________________
Bacharelado em Engenharia Civil
Universidade Tuiuti do Paraná
Orientador: Profº. Gerônimo Teider Rocha
UTP - FACET
.
CURITIBA
2015
AGRADECIMENTOS
Para as pessoas que se dispõem a doar de forma voluntária os seus
conhecimentos adquiridos para os futuros profissionais, até mesmo em
algumas circunstâncias privando-se das suas tarefas.
Em especial, agradeço aos meus queridos mestres, professores,
profissionais e amigos que contribuíram para que este trabalho viesse a
ser concluído.
“O conhecimento e a informação são os recursos estratégicos para o desenvolvimento de qualquer país. Os portadores desses recursos são as pessoas.”
(Peter Drucker)
RESUMO
Este trabalho acadêmico trata da Proposta para Administração de Serviços da Construção Civil.Este trabalho tem como objetivo, propor uma estrutura de documentos com a finalidade de administrar as atividades exigidas pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), quanto ao controle executivo das tarefas. O presente trabalho será composto das atividades nas categorias de vedações horizontais, instalação de esquadrias e execução de pinturas, conforme cumprimento da exigência do citado programa de qualidade e produtividade.Considerando que as outras atividades exigidas para controle, foram tratadas anteriormente nos trabalhos de diplomação dos anos de 2005 e 2012.O material foi elaborado partindo-se de uma estrutura sequencial dos processos executivos, segundo as informações obtidas nos conteúdos das normas técnicas brasileiras e na literatura peculiar das atividades abordadas, e estão apresentadas na forma de fluxogramas e formulários para inspeção e verificação.Com esta publicação acadêmica se espera contribuir para melhoria dos processos executivos, bem como disponibilizar recurso técnico facilitador para auxiliar nos processos de implantação de sistema da gestão da qualidade nas empresas.
Palavras-chave: construção civil, qualidade, produtividade, normas.
ABSTRACT
This academic work deals with the Proposal for a Manual for Implementation and Services Evaluation of Construction.The basis for the preparation of this material comes from new challenge to perpetuate the continued growth in the construction industry in Brazil, which is the productivity index in the processes of construction. From this aspect comes to seeking to establish a mechanism to assist this factor, which also interferes in the indices of the country's economy.This paper proposes a framework of procedures for monitoring the implementation of activities in the categories: horizontal seals, frames installation and execution of paintings which are based in the context of the Brazilian Program of Quality and Productivity of Habitat (PBQP-H).Whereas other activities controlled by this program have been prepared previously in other academic work.The material was prepared starting from a sequential structure of business processes, according to information obtained in the Brazilian standards and content in the technical literature, and are presented as flow charts and forms.With this academic publication is expected to contribute to improved productivity and quality in executive processes of activities in construction, as well as provide technical resource to assist in obtaining certification in quality programs.
Keywords: construction, quality, productivity, technical standards.
LISTA DE SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IT Instruções de Trabalho
NBR Norma Brasileira
NR Norma Regulamentadora
PBQP-H Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat
SGQ Sistema de Gestão da Qualidade
LISTA DE ACRÔNIMOS
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial
ISO International Organization for Standardization
OCO Organismos de Certificação de Obras
OHSAS Occupational Health and Safety Assessment Specification
ONU Organização das Nações Unidas
PIB Produto Interno Bruto
POP Procedimento Operacional Padrão
QUALIHAB Qualidade da Construção Habitacional do Estado de São Paulo
SiAC Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e
Obras
SiQ Sistema de Qualificação da Empresas de Serviços e Obras
SINAPI Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
ANSI American National Standards Institute
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Qualidade para Empresa, Funcionários e Clientes 24
Figura 2 – Ciclo PDCA - Melhoria Continua .............................................................25
Figura 3 – Modelo do Sistema de Gestão da Qualidade ..........................................26
Figura 4 – Seleção de Normas Técnicas ..................................................................32
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Serviços Controlados – ANEXO IV - SiAC 29
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Taxa do crescimento anual do PIB - Brasil 2000 a 2011 16
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................14
1.1 OBJETIVO GERAL.........................................................................................16
1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS...........................................................................16
2 REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................17
2.1 INDUSTRIALIZAÇÃO......................................................................................17
2.2 QUALIDADE...................................................................................................19
2.3 PRODUTIVIDADE...........................................................................................21
2.4 PRODUTIVIDADE E QUALIDADE..................................................................25
2.5 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE.......................................................28
2.5.1 Procedimentos Operacionais..........................................................................32
2.6 CONSTRUÇÃO CIVIL.....................................................................................34
2.6.1 Cenário Empresarial e a Influência Econômica.............................................34
2.6.2 Caracteristicas do Processo............................................................................38
2.6.3 Desperdicios na Visão de Entulhos e Reciclagem..........................................41
2.6.4 Fatores Influentes nas Perdas.......................................................................43
2.6.5 Indicadores de Desperdicios...........................................................................46
2.6.6 Perdas Através das Patologias.......................................................................48
3 PROGRAMA BRASILEIRO QUALIDADE E PRODUTIVIDADE-HABITAT....49
4 ATIVIDADES CONTROLADAS.......................................................................52
5 FLUXOGRAMAS E FORMULÁRIOS DAS ATIVIDADES...............................56
6 DOCUMENTOS PARA ADMINISTRAÇÃO DAS ATIVIDADES......................57
6.1 PINTURA INTERNA........................................................................................57
6.2 PINTURA EXTERNA.......................................................................................64
6.3 COLOCAÇÃO DE BATENTE E PORTA.........................................................72
6.4 COLOCAÇÃO DE CONTRAMARCO E CAIXILHO.........................................79
6.5 COLOCAÇÃO DE FORRO.............................................................................86
6.6 IMPERMEABILIZAÇÃO..................................................................................94
6.7 ESTRUTURA DE TELHAMENTO.................................................................104
7 SUGESTÃO PARA FUTUROS TRABALHOS...............................................114
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................115
REFERÊNCIAS.......................................................................................................116
1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil nos últimos anos mostrou um avanço muito
significativo de crescimento, chegando a superar momentos difíceis frente a
economia do país. Contando principalmente com sua participação nos índices
econômicos através da geração de empregos e a comercialização dos materiais de
construções(CAMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL,
2009).
Com processos construtivos operacionalizados em sua maioria de forma
rudimentar, a indústria também é caracterizada pela baixa qualificação da mão de
obra. Grande produtora de bens duráveis com suas linhas de produção pulverizadas
em todo o país, a indústria da construção também produz índices e impactos
desfavoráveis que impedem o alcance dos melhores resultados (CAMARA
BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, 2009).
Em função de inúmeros fatores o índice que dita à marcha de atuação das
empresas no setor é a produtividade ligada diretamente com a qualidade, algo que
vêm sendo explorado e pesquisado amplamente. A produtividade em uma razão
muita direta, expressa à aplicação dos mesmos recursos de forma que possam
gerar uma produção superior, sem influenciar a qualidade, em uma visão mais
modernizada até mesmo superando as expectativas (CAMARA BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, 2009).
Com a intervenção de fatores externos diante da economia globalizada, a
forte influência dos mercados internacionais aliadas a redução do capital investidor
no país, diante da pequena taxa de crescimento, acirra-se a competitividade entre as
empresas que lutam para a sua sobrevivência no mercado. Uma das formas de
encarar esse novo desafio é percorrer o caminho para a busca constante de
melhorar os índices de produtividade em todos os segmentos das empresas
(AMBROZEWICZ, 2001).
O tema é recorrente e abordado por várias entidades e pesquisadores do
assunto em publicações acadêmicas, em particular tem-se o estudo realizado pela
parceria da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com a Fundação
Getúlio Vargas (FGV), que traz elementos para avaliar o que ocorreu com a
produtividade no setor, tendo como referência a Pesquisa Anual da Indústria da
Construção (Paic-IBGE), o estudo relata entre vários fatores a necessidade da
melhoria, controle e inovação dos processos produtivos, como um dos pontos chave
para melhoria da produtividade (CAMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO CIVIL, 2009).
Com o enfoque na produtividade e qualidade é que este trabalho propõe a
elaboração de procedimentos executivos, que são documentos importantes para o
bom gerenciamento das atividades de forma padronizada, composto por
fluxogramas de atividades demonstrando a sequência das subtarefas e suas
relações em interdependência, formulários de controle e inspeção das atividades
expressando seus requisitos e critérios de aceitação segundo as atividades exigidas
em serem controladas, conforme o Anexo IV do Sistema de Avaliação da
Conformidade das Empresas de Obras e Serviços (SiAC) que é parte integrante do
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H.
Outra consideração para a justificativa de se elaborar este material, diz
respeito a prosseguir na continuidade do desenvolvimento dos procedimentos em
sequência aos itens da lista de atividades controladas, pois anteriormente em outros
trabalhos de diplomação as demais tarefas antecessoras foram devidamente
tratadas, seguindo a mesma contextualização e desta forma atingir a abrangência
das atividades referenciadas no programa de qualidade e produtividade, material
técnico que pode servir de base para futuras produções acadêmicas.
No contexto teórico serão relatados nos capítulos iniciais os assuntos
referentes a industrialização, qualidade, produtividade, participação da construção
civil na economia nacional e suas características, aspectos sobre o sistema de
gestão integrado na construção civil com relevância para o Programa Brasileiro de
Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) e a descrição das atividades
controladas abordadas neste trabalho. Compondo-se em sua parte final das
considerações e perspectivas, bem como as recomendações para continuidade do
trabalho.
A base bibliográfica esta fundamentada nos livros de autores conceituados
sobre os assuntos intitulados no contexto do trabalho, conforme acesso ao sistema
bibliotecário físico, assim como os estudos e índices técnicos econômicos obtidos a
partir das publicações pelos órgãos governamentais e as teses de doutorado
através das instituições de ensino acadêmico, conforme acesso em meio digital.
Em particular as normas técnicas vigentes no país, foram consultadas a
partir dos títulos das atividades controladas no meio digital de pesquisa via internet
no site da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) informadas no campo
texto para as palavras-chave :
1) Vedações horizontais conforme a execução de forro, aplicação
de impermeabilização e execução de cobertura em telhado;
2) Esquadrias referente a colocação de batente de porta e janela;
3) Pintura em paredes internas e externas.
1.1 OBJETIVO GERAL
Elaborar uma proposta para administração dos serviços através de
fluxogramas e formulários para verificação e inspeção das atividades exigidas a
serem controladas conforme o regimento do PBQP-H, conforme o Anexo IV do
Sistema de Avaliação da Conformidade das Empresas de Obras e Serviços (SiAC) .
1.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
Demonstrar a relação entre a produtividade, qualidade e perdas (desperdícios)
na administração de processos;
Estruturar os fluxogramas das atividades controladas com as respectivas
interdependências entre as tarefas em sentido lógico de processamento;
Descrever os métodos executivos das tarefas baseados em normas e
literatura técnica;
Estabelecer os pontos críticos de controle e os critérios de aceitação para
aprovação das tarefas;
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 INDUSTRIALIZAÇÃO
As indústrias tiveram origem nos tempos remotos provindos da
Primeira Revolução Industrial que teve início no final do século XVIII e
começo do século XIX na Inglaterra. A partir deste período histórico até os
dias atuais essa atividade econômica passou por inúmeras transformações
sofrendo uma evolução tecnológica, adequando e modernizando suas
estruturas diante das necessidades do mundo moderno, mudanças estas
que continuam em um processo ascendente e ininterrupto (CHIAVENATO,
2000).
Industrializar significa exercer qualquer atividade humana, que com
auxílio do trabalho independentemente, se for de maneira manual,
mecanizada ou mista converta alguma matéria-prima também designada
em algumas considerações como recursos em produto, os quais serão
consumidos ou utilizados pelas pessoas ou por outras indústrias,
agregando valores para comercialização. O resultado da quantidade de
produtos industrializados em determinado período, pode ser expresso em
várias espécies tais como: unidades, peso, volume e outros. A partir do
avanço dos processos econômicos vieram a surgir várias atividades, entre
as quais os seguros, o crédito, o armazenamento, a venda, o marketing, a
distribuição, a comunicação e a prestação de serviços, estas atividades
agregam valor ao produto (CHIAVENATO, 2000).
Um modelo geral de indústria esta inter-relacionado com as
operações sequenciadas em processo configurado por entradas em formas
variadas e saídas com determinado níveis de beneficiamento, dependendo
do seu destino a ser empregado (CHIAVENATO, 2000).
Neste ambiente surge um universo de processos associados a
industrialização nos quais estão inseridas as diversas formas de organizar
a produção para atender a demanda, entre elas estão o controle e
planejamento dos métodos de trabalho, criação e inovação de produtos
em visão estratégica, adequação e modernização dos arranjos físicos e
dos fluxos produtivos dependendo das particularidades de cada divisão
industrial, para isso se faz imprescindível a atuação da administração da
produção ou administração de operações que tem a função de estudar e
implementar técnicas de gestão na produção de bens e serviços
(CHIAVENATO, 2000).
A necessidade da industrialização e comercialização dos produtos
de forma interna, bem como externa provém principalmente do fluxo de
importações realizadas, que gera um desequilíbrio econômico onde é
preciso possuir muito poder de compra para suprir a defasagem. A
industrialização no Brasil se deu do meio da década de 1950 até o fim da
década de 1970 (CHIAVENATO, 2005).
Os setores da indústria brasileira estão divididos da seguinte forma:
primário, diretamente relacionado com a extração de recursos minerais e
vegetais, incluindo agricultura, mineração e madeireira, como característica
marcante esta o não processamento dos produtos e sim a transferência para as
fábricas; secundário, destina-se ao processamento direto de produtos estão nesta
área as indústrias de refino, construções, fabricação de bens duráveis e de
consumo, agropecuários e outros e terciário, grupo foca-se no oferecimento de
serviços, inclui os professores, administradores e outros serviços do gênero
(CHIAVENATO, 2003).
2.2 QUALIDADE
O fator qualidade esta presente em todos os aspectos na vida das
pessoas, de um modo generalista, pode se afirmar que representa o
conjunto de atributos contidos em um determinado produto, quer seja
bem ou serviço, e que estejam adequados ao uso ou consumo dos clientes
atendendo e superando as necessidades e expectativas (CERQUEIRA,
1994).
Notoriamente, a importância da qualidade na estrutura corporativa das
empresas é preponderante e faz parte da filosofia da empresarial, com o lema da
mudança cultural e do comprometimento de todos. A sistematização implica em ter
a empresa focada no planejar, implantar, controlar e aprimorar em um ciclo evolutivo
e interminável a busca dos melhores resultados da qualidade total (CERQUEIRA,
1994).
Garvin, um dos atuais pensadores sobre qualidade diz: “...se a
qualidade deve ser gerenciada, precisa ser primeiro entendida” , também
em sua obra o autor elenca uma série de oito (08) categorias, denominadas
dimensões da qualidade, que referem-se ao: desempenho, estética, durabilidade,
confiabilidade, conformidade, características secundárias (acessórios), qualidade
percebida e capacidade de sofrer assistência técnica e complementa : “... as
dimensões da qualidade tornam-se mais do que simples sutilezas teóricas, passam
a constituir a base do uso da qualidade como arma de concorrência.” (CERQUEIRA,
1994 apud GARVIN,1988).
O gerenciamento abordado por Garvin tem muito a ver com a
função de propiciar movimento harmônico ao sistema ao ponto de atribuir
a ele dinamismo próprio. Para isso é necessário constituir uma estrutura
composta de articulações capazes de serem flexíveis e organizadas e que
sigam determinadas instruções predefinidas pela empresa em seu objetivo
maior, e tudo dentro de um ambiente no qual as pessoas são o núcleo
central da operacionalização (CERQUEIRA, 1994). Um dos grandes
obstáculos e desafios a serem vencidos para se atingir bons resultados com os
processos voltados para a qualidade total se concentra nas pessoas em todos os
níveis hierárquicos, pois suas ações são decisivas na condução das atividades,
tecnicamente abordadas como implicações humanas no processo. Algo que afeta
diretamente esta relação são os paradigmas, causa maior que impede e bloqueia a
mudança (CERQUEIRA, 1994).
Existe uma regra interessante editada por Joel Backer que
diz :”quando um novo paradigma se estabelece, você volta a zero e seu
sucesso de ontem não assegura seu sucesso amanhã” (CERQUEIRA, 1994,
p.22 apud BACKER,1988).
Joseph Moses Juran definiu que o processo de gerenciamento da qualidade
tem suporte em uma trilogia dada pelo: planejamento, controle e aprimoramento
(CERQUEIRA, 1994).
Planejamento, voltado para identificar os clientes e suas necessidades e por
consequente desenvolvimento dos projetos e processos.
Controle, com o objetivo de avaliar o desempenho real do processo e atuar
com ações de restabelecimento da normalidade conforme o planejamento.
Aprimoramento, foco na melhoria de todos os processos constituintes do
sistema.
Dentro do contexto sobre a participação das pessoas, estas estarão inclusas
em toda a trilogia, porém no pilar do aprimoramento estará à etapa dos treinamentos
que têm a função de transferir conhecimentos e habilidades de forma a melhorar o
desenvolvimento das atividades, elevar o nível técnico da equipe de trabalho e
capacitar as pessoas para exercer as funções com competência. Trata-se do
processo educacional profissional dos colaboradores, em uma visão moderna se
fala em capital intelectual de valor próprio, criado nas bases da própria empresa
(CERQUEIRA, 1994).
Adquirir modernos recursos tecnológicos unicamente, investindo em
máquinas e instrumentos, deixando de lado o patrimônio humano, indutor e
mantenedor das ações, faz ruir um dos pilares da trilogia de Juran e é algo muito
comum nos dias atuais com a ideia dos resultados em curto prazo e rentabilidade
imediata. Em visão estratégica poderia se obter com a viabilidade humana, melhores
resultados em um custo reduzido (CERQUEIRA, 1994).
2.3 PRODUTIVIDADE
O principal agente nocivo para a produtividade é o desperdício, em todas as
maneiras e aspectos que se possa pensar, ele atua como um inibidor na geração de
produtos diante do processo operacionalizado. O desperdício pode se manifestar de
inúmeras formas, em escalas variadas e de maneira irreversível, pois, se condiciona
ao fator cronológico de processamento, mas acertadamente o local aonde se
encontra é no ambiente da linha de produção. Em um discurso direto, quanto menor
o desperdício, maior será a produtividade, de forma inversamente proporcional de
análise positiva e negativa. De forma análoga pode se fazer alusão ao balão á gás,
quanto mais peso desnecessário se retira, mais alto se chega, assim à medida que o
desperdício sai à produtividade sobe (CHIAVENATO, 2003).
A produtividade é expressa pela razão entre a saída (produto) no processo e
a entrada (insumo) somada ao desperdício, devidamente atribuídas às unidades de
cada variável e aos critérios inerentes aos tipos de processos, normalmente a
produtividade é convertida à fração percentual. A produtividade ás vezes é tratada
como rendimento, aproveitamento, desempenho, eficiência entre outras
denominações conforme sua aplicabilidade na área de estudo (CHIAVENATO,
2003).
A importância da produtividade esta diretamente relacionada com a
lucratividade, através do desempenho global dos processos que consomem de um
modo geral uma cadeia de insumos e a utilização das instalações e equipamentos
para processar tarefas e como também constituir por consequência em sua estrutura
outro indicador importante de ser avaliado denominado de despesa ou custos
(CHIAVENATO, 2003).
TAREFA
TRABALHADORFERRAMENTAINFORMAÇÃO
PRODUTOINSUMO
Chiavenato (2000, p. 151 apud DRUCKER, 2003, p.57) afirma que “o lucro
não é uma causa e sim uma consequência, resultado do desempenho da empresa
em marketing, inovação e produtividade [...]”.
Entretanto, os processos além dos insumos também são constituídos por
pessoas que são agentes que interferem no processamento tanto no teor positivo
como negativo. Rensis Likert, um dos mais renomados estudiosos sobre o
comportamento humano nas organizações, elencou as variáveis que influem no
desempenho global das empresas apresentadas como (CHIAVENATO, 2000):
Variáveis causais são determinadas por meio das decisões da empresa,
como uma estrutura organizacional, a filosofia e políticas administrativas, estilos de
liderança, planos e controles, enfim, todos os fatores que a administração incorpora
segundo seu ponto de vista.
Variáveis intervenientes aquelas provocadas pelos participantes da
empresa, ou seja, pelas atitudes individuais ou coletivas segundo suas percepções,
motivações, interação social entre outras.
Variáveis resultantes apresentam se na forma das consequências ou os
efeitos das variáveis causais e dos desdobramentos provocados pelas variáveis
intervenientes.
Com base nas considerações apresentadas uma célula de processo, é
representada conforme a figura 1.
FIGURA 1 – CÉLULA DE PRODUÇÃO.
Fonte: CERQUEIRA, 1994, p. 2.
Segundo Chiavenato (2000), o índice de produtividade, desempenho global
da empresa, não é algo simples e imediato de obter em uma organização, pois
depende de muitos critérios e considerações, compreende em uma sistemática que
leva a tomada de decisões de forma a gerar transformações com o objetivo em prol
da sobrevivência da empresa.
Uma das técnicas mais difundidas para o estudo da produtividade tem a
estrutura vinculada preliminarmente em: estabelecer os padrões de desempenho,
avaliar o desempenho, inter-relacionar o desempenho e o padrão e posteriormente
tomar as ações corretivas, preventivas ou melhorativas. Porém anteriormente é
necessário se conhecer tecnicamente o processo produtivo, onde estejam
contemplados todos os aspectos no detalhamento de tudo o que se possa ter
influência sobre os mesmos, visando a redução do tempo de ciclo de produção, de
forma a quebrar as barreiras, eliminar fases obsoletas, estreitar e encurtar relações
e outros agentes indesejáveis (CHIAVENATO, 2000)
Os fundamentos da produtividade os quais são aplicados e explorados até
os dias atuais, tem historicamente sua base no inicio do século XX com o
engenheiro Frederick Winslow Taylor, que procurava uma forma de elevar o nível de
produtividade afim de que o trabalhador produzisse mais em menos tempo sem
elevar os custos de produção e propõe a racionalização do trabalho por meio do
estudo dos tempos e movimentos. A formatação consiste de que o trabalho deve ser
decomposto, analisado e testado cientificamente e deve ser definida uma
metodologia a ser seguida por todos os operários através da padronização do
método e das ferramentas. Os operários devem ser escolhidos com base em suas
aptidões para realizar determinadas tarefas e então serem treinados para que
executem da melhor forma possível e tempo reduzido. Taylor, também, defendia que
a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada,
pois desta forma, ele o operário teria um incentivo para produzir mais
(CHIAVENATO, 2000) .
Nascia deste modo a Administração Cientifica com quatro princípios
fundamentais clássicos:
Princípio de planejamento que consiste na substituição de métodos
empíricos por procedimentos científicos onde sai de cena o improviso e o julgamento
individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus movimentos decompostos a
fim de reduzir e racionalizar sua execução.
Princípio de preparo dos trabalhadores que visa selecionar os operários de
acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais
e melhor, de acordo com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida.
Princípio de controle que objetiva controlar o desenvolvimento do trabalho
para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia
estabelecida e dentro da meta.
Princípio da execução voltado para distribuir as atribuições e
responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.
A partir desta base Frank e Lilian Gilbreth se aprofundaram nos estudos dos
tempos e movimentos e no estudo da fadiga propondo princípios relativos à
economia de movimentos; Henry Grant trabalhou o sistema de pagamento por
incentivo; Harrington Emerson definiu os doze princípios da eficiência; Morris Cooke
estendeu a aplicação da administração científica à educação e às administrações
públicas; e Henry Ford criou a linha de montagem aplicando e aperfeiçoando o
princípio da racionalização proposto por Taylor (CHIAVENATO, 2000).
Através dos índices de produtividade em uma visão estratégica permite
avaliar e reestruturar a funcionalidade de um ou mais processos, perante uma
análise criteriosa, com muito embasamento técnico da situação para se conseguir
grandes progressos. Os desgastes causados pela insistência demasiada na
operacionalização de processos que ficam estagnados em resultados muitas vezes
imutáveis, em processos que geram oscilações de resultados entre outros fatores,
indicam o declinio e necessitam de engenharia, pois seus frutos são o retrabalho,
refugos e defeitos e por consequente baixa qualidade que podem comproter a
imagem da empresa (CHIAVENATO, 2000).
De forma geral empregar somente os recursos necessários de maneira
racional para gerar os melhores produtos, não se trata apenas de uma questão
filosófica futurista, mas de uma visão muito ampla e de uma conscientização sobre a
escassez dos recursos naturais como a água e fontes energéticas, vista pela ótica
da sustentabilidade a partir dos impactos ambientais (CHIAVENATO, 2000).
Resultado ObtidoEficácia = Resultado Proposto
2.4 PRODUTIVIDADE E QUALIDADE
Em um processo produtivo, são vários os trabalhos voltados para uma
melhor administração ou gestão dos mesmos, porém alguns fatores devem estar em
sintonia com os objetivos a serem alcançados, tanto aqueles fatores voltados para
os resultados internos como para os resultados externos. Os resultados internos são
relacionados com o desenvolvimento da tarefa de forma padronizada e cumprir o
planejamento. O resultado externo tem a ver com o cliente, bem como a extensão
quanto a avaliação do produto no mercado consumidor (CHIAVENATO, 2000).
Os dois focos interno e externo devem ter convergência, para uma
característica denominada efetividade dos processos a qual associa a eficiência e a
eficácia (CHIAVENATO, 2000).
A eficiência diz respeito a conformidade, a disciplina aplicada em seguir
todas as instruções e procedimentos, na maneira de como a tarefa será realizada
contando com os recursos necessários.
A eficácia tem a sua atenção voltada ao produto, que é o resultado da tarefa,
ou seja, a saída do processo, com todas as características adequadas para os fins
a que se propõe sem constar de defeitos, satisfação aos usuários.
Abreu (2002 apud NAKAGAWA,1993) relaciona a eficácia com a qualidade
através da expressão (1) , em conclusão para quanto maior for a qualidade dos
produtos e serviços, maior será a eficácia da organização.
(conforme)
FORMA DE FAZER(conformidade com os padrões)
CERTA EFICIENTE e INEFICAZ EFETIVO
(1)
QUADRO 1 – DIFERENÇAS ENTRE EFICIÊNCIA E EFICÁCIA
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
Ênfase nos meios Ênfase nos resultados
Fazer corretamente as coisas Fazer as coisas corretas
Resolver problemas Atingir objetivos
Salvaguardar os recursos Otimizar a utilização de recursos
Cumprir tarefas e obrigações Obter resultados
Fonte: CHIAVENATO, 2000, p. 130.
A relação entre eficiência e eficácia gera algumas considerações, como
podem ser vistas na figura 2, o bom desempenho de um processo esta na
efetividade, onde se tem a maior probabilidade (garantia) de realizar o produto para
atingir os requisitos da qualidade, conforme os procedimentos adotados. Em outra
situação, quando se atinge a qualidade desejada, mas não se aplica os
procedimentos, o processo não trabalha de maneira padronizada, perdendo assim a
segurança de atingir o mesmo resultado conforme o desenvolvimento subsequente e
a organização dos métodos. (CHIAVENATO, 2000).
FIGURA 2 – EFETIVIDADE DE UM PROCESSO
QualidadeProdutividade =Custos
Fonte: CERQUEIRA, 1994, p. 3.William Edwards Deming um matemático voltado para área da estatística
que no Japão suas obras possuem um grande valor pela contribuição na evolução
econômica daquele país, definiu a partir de seus estudos que a qualidade e a
produtividade aumentam à medida que a taxa de variabilidade do processo ou seja a
imprevisibilidade é reduzida. A variabilidade de um processo é caracterizada pela
sua inconstância, irregularidade e oscilação, não se pode confundir com a
quantidade de variáveis e sim com o resultado do comportamento destas e a
posterior ação de controle afim de manter o processos estável. Dentre os 14
(catorze) principios de Deming, cabe atenção para o 5º (quinto) principio que relata:
Melhore constantemente o sistema de produção e o de prestação de serviços, de
modo a melhorar a qualidade e a produtividade e, conseqüentemente, reduzir de
forma sistemática os custos (DEMING,1990).
Segundo Abreu (2002) , pelas afirmações de Deming pode-se melhor
compreender a relação de interdependência entre a qualidade, produtividade e
custos, pela expressão (2) :
(2)
A qualidade sintetiza os produtos gerados (saidas) a partir dos processos,
isentos de defeitos e nos custos estão concentrados todas as despesas (entradas)
com todos os recursos para o processamento dos produtos, consumidos sem
desperdicios.
Como uma regra geral, para aumentar a produtividade deve-se agregar o
máximo de valor (máxima satisfação das necessidades dos clientes) ao menor custo
(ABREU,2002).
2.5 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
Sistema é o conjunto de processos que estão interconectados por meio de
seus subprodutos gerados estabelecem uma fluência ininterrupta e de permanente
dependência, afim de compor o objetivo maior de uma organização. A gestão é a
maneira de manter e evoluir o sistema e equilibrar as diferentes funções para uma
única ação coordenada. O maior exemplo é uma orquestra que produz uma música
de boa qualidade, onde cada instrumento representa um processo, coordenados por
uma regência, que não institui uma valorização individual maior de um sobre os
outros (CERQUEIRA, 1994).
A gestão funciona de forma a organizar e extrair de cada parcela integrante
do todo a melhor contribuíção, para isso é necessário implantar uma sistematização,
ou seja, instituir um conjunto de regras, normas, principios, responsabilidades e
outros aspectos a serem seguidos por todos (CERQUEIRA, 1994).
A implantação de um sistema de gestão passa primeiramente por um
processo de credibilidade voltado para o cliente (mercado consumidor), onde se tem
a necessidade de evidenciar de maneira objetiva que os requisitos, ou seja, as
exigências solicitadas serão plenamente atendidas conforme as tarefas
desempenhadas no processo. Esta comprovação disponibilizada de forma concisa e
materializada por documentos credenciados por orgãos certificadores, proporciona a
empresa a abertura para comercialização e fornecimento de seus produtos
(CERQUEIRA, 1994).
Um sistema de gestão deve estar fundamentado em uma politica, no sentido
de expressar de forma clara uma diretriz que em sua essência deve constar a
missão, valores, visão de futuro e outros aspectos nomeados pela alta administração
da organização (CERQUEIRA, 1994).
Ao implementar o sistema a empresa contará com uma nova metodologia de
trabalho em todos os niveis que virá com o processo da padronização das tarefas e
processos, que é um recurso importante para assegurar que a execução se
processará da mesma maneira independente dos profissionais que a desempenhem
na ocupação das funções no processo operacionalizado. A partir da padronização, o
gerenciamento do sistema de gestão, terá informações resultantes das análises e
observações dos processos afim de aprimorar suas funcionalidades (CERQUEIRA,
1994).
ORGANIZAÇÃO(capacidade de implantar padrões)
FLEXIBILIDADE(capacidade de mudar padrões)
POUCA MUITA
MUITA
POUCA CAOS
BUROCRACIA
ANARQUIA
ORQUESTRAÇÃO
A padronização deve ser documentada e estruturada através do processo de
normalização, onde estão os tipos de documentos : procedimentos, especificações,
métodos de ensaio, terminologia, simbologia, classificação entre outros conforme os
processos e necessidades. Estes podem ser elaborados internamente na empresa,
bem como adquiridos por orgãos externos. O importante é que a documentação do
sistema de gestão seja distribuida com o objetivo de facilitar, orientar e permitir que
os usuários executem as tarefas de maneira eficiente. Todo o sistema de gestão
necessita de um grau de flexibilização, caracteristica importante para as questões de
adaptação á mudanças, que fazem parte das melhorias e da criatividade como
apresentado na figura 3 (CERQUEIRA, 1994).
FIGURA 3 – FLEXIBILIDADE DO SISTEMA
Fonte: CERQUEIRA, 1994, p. 3.
Dentre os documentos do sistema de gestão, estão a série de normas
oficializadas pela International Stardardization for Organization (ISO) instituíção sem
vinculos governamentais com sede na Suíça que foi fundada em 1947, no periodo
pós guerra. Atualmente presente em cerca de 162 países estas normas estabelecem
os requisitos que auxiliam a melhoria dos processos internos, a maior capacitação
dos colaboradores, o monitoramento do ambiente de trabalho, a verificação da
satisfação dos clientes, colaboradores e fornecedores, num processo contínuo de
melhoria do sistema de gestão da qualidade. Aplicam-se para materiais, produtos,
processos e serviços, formatando um modelo de gestão da qualidade padronizado
conforme apresentado na figura 4 (CERQUEIRA, 1994).
Figura 4 - Modelo do Sistema de Gestão da Qualidade
Fonte: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT),2008.
O sistema de gestão deverá estar baseado no gerenciamento dos
processos, para isto se faz necessário que a estrutura organizacional siga a trilogia
de Juran constando de planejamento , controle e aprimoramento. Uma das técnicas
de gestão que proporciona a melhoria continua é o ciclo de DEMING - PDCA , onde
consta as ações Plan (Planejar) , Do (Fazer corretamente) , Check (Verificar) e
Action (Agir corretivamente) (CERQUEIRA, 1994).
Intrinsecamente na fase Do (Fazer corretamente) , estão as ações voltadas
para a execução das tarefas na realização do produto, onde ressalta-se a
importância dos procedimentos de trabalho especificos, aliado com a capacitação
técnica operacional conferida pelos treinamentos. Os procedimentos são
documentos que detalham como fazer o que esta estabelecido no documento de
primeiro nível do Sistema de Gestão que é o Manual da Qualidade, onde constam
os compromissos, a estrutura organizacional e as declarações de garantia em
respeito a norma de qualidade. A abordagem dos procedimentos dentro do sistema
é de suma atenção, pois como regra universal dentro da empresa deve-se adotar
como regra que as pessoas em todos os níveis devam tomar decisões e se orientar
conforme o que está estabelecido nos procedimentos, caso o contrário deixará de
existir a padronização e cada um exercitará o livre arbitrio para definir o que seja
melhor para os processos. Isso não impede que os documentos sejam revisados e
aprimorados dentro de uma sistemática de controle de documentos, conforme
determinado em norma (CERQUEIRA, 1994).
2.5.1 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
Os procedimentos operacionais possuem algumas recomendações para sua
elaboração, tais como serem elaborados pela participação de todos os membros
envolvidos no processo operacional e administrativo, incluindo também o setor de
recursos humanos da empresa Estes documentos dividem-se em cinco estágios
conforme estão descritos a seguir: (CERQUEIRA, 1994).
1. a descrição operacional;
2. a identificação dos processos;
3. acordo e consenso sobre a adequação;
4. aprovação e emissão;
5. implementação.
A utilização de uma linguagem clara, objetiva e de fácil interpretação deve
ser adotada e conter notas explicativas para os termos mais especificos e
referências para outros documentos que complementem as informações, visando a
melhor funcionalidade do procedimento.
Os fluxogramas são fundamentais para a representação e identificação das
etapas que compõem o documento, devem constar das responsabilidades que
competem aos envolvidos, com as respectivas medidas a serem tomadas, bem
como os critérios de aceitação em cada fase do processamento e os registros de
dados conforme as fases do processo.
Sempre que possivel a descrição operacional e os fluxogramas deverão
estar em sincronia de sequência das tarefas, isto é, composição lógica.
As reuniões com os envolvidos devem ser realizadas ao longo de todo o
desenvolvimento do documento e serem relatadas de forma oficial para servirem de
material de consulta e para uma retro informação no caso de ajustes e melhorias
futuras, para que não ocorra dúvidas no ato de ser realizada a tarefa.
O documento deve estar aprovado e constar no sistema de controle dos
documentos, importante prever um agendamendo para a data de revisão do
procedimento ou mesmo um periodo de recorrência para avaliação da eficiência. Os
procedimentos devem ser comunicados para toda a organização como vigentes, ou
seja, liberados para uso e estarem em locais estratégicos para acesso às
informações das mais variadas formas.
Os critérios de revisão dos procedimentos também devem ser descritos de
forma a aprimora-los e mantê-los, afim de expressar resultados em caráter de
melhoria continua, como exemplos podem ser citados: alteração de atividades com
inserção de novos métodos de trabalhos, alteração de equipamentos e ferramentas,
adequação dos níveis de aceitação dos resultados e outros fatores.
Anteriormente, a inserção do documento na área de trabalho é importante
que todos os operadores estejam capacitados para exercer a aplicação do mesmo,
algo obtido através de treinamentos, que dependendo do processo podem passar
por um estágio de operação simulada ou mesmo um periodo de adaptação.
Dentro da hierarquia dos documentos do sistema de gestão, os
procedimentos podem conter outros documentos subsuquentes de niveis inferiores a
ele, denominados em muitas empresas como as instruções de trabalho, que visam
detalhar em alguma instância do processo os desdobramentos necessários diante a:
uma atividade especifica, complexidade das atividades ou até mesmo por interesse
da administração da empresa .
A elaboração dos procedimentos não podem ser encarados como um relato
das atividades que os processos realizam com auxilio dos recursos e sim uma forma
de repensar a forma como são realizadas as atividades e proceder neste momento a
reflexão e possiveis maneiras de serem novamente executadas, com base no
conhecimento das pessoas que já efetuam essas tarefas (CERQUEIRA, 1994).
Os procedimentos tem a função de fornecer informações para: o
gerenciamento das operações do processo produtivo como um todo, apontando os
focos positivos e os que devem ser melhorados; o processo de auditorias; a visão
estratégica de novos projetos; estudo gerencial das funções operacionais; resultados
dos produtos finais realizados; desempenho produtivo dentre outros (CERQUEIRA,
1994).
2.6 CONSTRUÇÃO CIVIL
2.6.1 CENÁRIO EMPRESARIAL E A INFLUÊNCIA ECONÔMICA
As empresas em sua totalidade administram somente com olhos
financeiros grande parte dos negócios, o sistema informal da mão de obra
para execução também possuí uma grande fatia do mercado, em alguns
setores as empresas formulam os custos a serem aplicados e não
permitem uma negociação de valores, devido ás influências políticas. A
visão do repasse dos custos para o cliente é ainda uma prática usual no
formato da lucratividade, bem como a associação com outras empresas
em regime de parcerias ou consórcios como manobra financeira
(AMBROZEWICZ, 2001).
Na média administração de algumas empresas existem as barreiras,
predominantemente, entre os profissionais, empresas executoras e
contratantes onde o foco principal das suas potencialidades fica voltado
para os cronogramas, muitas vezes apenas para a data de entrega e no
plano de desembolso financeiro do empreendimento acertado com a área
comercial. Os aspectos de planejamento e organização que farão com que
os resultados sejam atingidos de forma racionalizada e que estão no
sistema de gestão integrado em muita das vezes são deixados em outro
patamar. A partir disto toda a cadeia produtiva fica contaminada pela
naturalidade das ocorrências e a tolerância com as discrepâncias, onde
impera uma postura conformista, e reativa somente nos momentos de
perda súbita do controle das ações, quer seja no aspecto técnico como
também financeiro mediante a intervenção por força contratual
(AMBROZEWICZ, 2001).
A rede empresarial alocada no setor é vasta e um dos principais
fatores se dá pela terceirização de muitos processos construtivos nas
etapas de trabalho, compreendendo desde a infraestrutura até a entrega
do empreendimento propriamente dita, isto promove no mercado uma
série de negócios e um giro de capital na busca do melhor preço, visando
o ganho financeiro direto sobre o custo do orçamento global aprovado.
Isto porque se emprega nas atividades outros tipos de subprodutos semi-
industrializados como as estruturas metálicas, pré-moldados, dentre
outros, além da mão de obra diversificada empregada em cada fase da
elaboração do produto (AMBROZEWICZ, 2001).
A indústria da construção possui um custo baixo de implantação
devido a remuneração da classe operária e a inexistência dos custos com
a qualificação dos operários que vêm pela transferência de experiência
repassada de um operário para outro, em cadeia informal no próprio canteiro de
obras durante a execução do trabalho na linha de produção, sem o registro dos
treinamentos por órgãos credenciadores, fazendo com que não se promova uma
qualificação oficial da função, bem como pela qualidade dos materiais
empregados e a prestação de serviços de forma informal sem registro em
carteira de trabalho, omitindo o pagamento de impostos (AMBROZEWICZ,
2001).
Porém, uma nova era está chegando em função do avanço
tecnológico, políticas econômicas globalizadas e da elevação do nível de
exigência dos clientes, o fator da competitividade transformou o cenário
empresarial, onde surge à necessidade de se buscar estratégias para
conduzir as empresas aos melhores resultados na qualidade, custos,
produtividade e consequente sobrevivência no mercado (AMBROZEWICZ,
2001).
Segundo Ambrozewicz (2001, p.29): “Competitividade é a
capacidade de uma empresa ou setor em formular e implementar
estratégias concorrentes que permitem conservar, de forma duradoura,
uma posição sustentável no mercado”. A vantagem competitiva
empresarial passa a ser verificada por fatores como a diferenciação de
executar e apresentar os produtos executados com a inovação e alto
padrão de qualidade.
Segundo o engenheiro civil Augusto Pedreira de Freitas, presidente
da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE),
enfatiza que as obras estão tarifadas em custos no limite em suas
operações e que as empresas em um modo geral devem se preparar
antecipadamente de maneira célere para as situações futuras como
medida preventiva e voltem seus pensamentos para a questão da
produtividade, tanto na parte construtiva quanto na parte de
desenvolvimento de projeto e se reduza o retrabalho nos canteiros de
obras. A atenção deve ser focada na engenharia de produtividade que vai
propiciar uma rentabilidade direta (FREITAS, 2014).
Aniquilar as práticas viciosas que contaminam o mercado da
construção civil e que afetam a sustentabilidade está em seus momentos
finais, devido aos seguintes aspectos como a forte tendência do mercado
em oprimir os repasses de custos, a baixa taxa de crescimento do país e a
incerteza das políticas econômicas certamente é o que fará com as
empresas busquem definitivamente aperfeiçoar seus os sistemas de
gestão e elaborar as estratégias técnico comerciais para a
mantenabilidade de sua atuação no mercado (AMBROZEWICZ, 2001).
A indústria da construção civil destaca-se amplamente no cenário nacional
pela influência direta do seu papel nos índices econômicos do país, através da forte
incidência nos seus processos da quantidade de mão de obra absorvida, bem como
da cadeia de materiais empregados em suas atividades para consolidar seus
produtos finais, o que gera a incorporação de várias empresas fornecedoras de
insumos ao plano do negocio compreendendo em classes de materiais brutos e
acabados comercializados de forma intermediária. Nesta contextualização as
atividades comerciais no mercado da construção civil se ampliam não tão somente
na fase de construção, mas também para a atuação frente aos processos voltados
para a manutenção e a modernização. Na visão ampla de se tratar o termo
construção pode se elencar a abrangência de todos os diferentes segmentos, tais
como edifícios, estradas, portos, aeroportos, canais de navegação, túneis,
instalações prediais, obras de saneamento, de fundações e de terra em geral e
barragens, considerando seus sistemas de infraestrutura como suporte técnico
inicial (COLOMBO; BAZZO, 1999).
Desta forma parte da grande massa operária esta amplamente associada
aos processos na indústria da construção civil quer seja de forma direta e indireta,
resultante deste aspecto é que o governo tem uma preocupação especial com o
setor em decorrência do índice de desemprego no país que representa um dos
principais indicadores da economia (COLOMBO; BAZZO, 1999).
Conforme divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e dos
Estudos Socioeconomicos (DIEESE) em 2013, o predomínio do setor da construção
civil é de construtoras de pequeno porte. Das 195 mil empresas em atividade formal
no país até 2011 (último dado disponível), 97,6% tinham menos de cem
funcionários, 94,8% empregavam até 50 pessoas, 77,2% não passavam de 10
funcionários e somente 0,3% tinham mais de 500 empregados.
O governo toma iniciativas necessárias para estabilizar e melhorar o
mercado da construção civil, pois tem neste segmento uma das bases sólidas para
alavancar a economia, o que se verifica nos últimos anos com atitudes voltadas para
desoneração da folha de pagamento dos trabalhadores, a redução de alíquota dos
impostos sobre os materiais de construção civil, facilidades no crédito para
financiamento do setor imobiliário, a continuidade do plano de moradias populares
em todo país, incluindo também as creches e escolas, contando ainda com as obras
do plano de aceleração do crescimento e os eventos mundiais da Copa do Mundo
de Futebol e as Olimpíadas da cidade do Rio de Janeiro (DEPARTAMENTO
INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E DOS ESTUDOS SOCIO-
ECONÔMICOS,2013).
O setor da construção representou 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em
2012 que em moeda representa R$ 4,403 trilhões de reais. Em 2011, o setor
possuía cerca de 7,8 milhões de ocupados, representando 8,4% de toda a
população ocupada do país, sendo que o melhor desempenho do setor, nos últimos
24 anos, foi alcançado em 2010 quando registrou taxa de crescimento de 11,6% -
vide gráfico 1 (DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E DOS
ESTUDOS SOCIO-ECONÔMICOS, 2013).
Gráfico 1 - Taxa de crescimento do PIB.
Fonte: CBIC e IBGE elaborado por: DIEESE, 2013.
2.6.2 CARACTERISTICAS DO PROCESSO
A interação entre a sociedade e a engenharia civil, resulta em uma cadeia
de grande variabilidade de produtos finais, devido aos aspectos e fatores socio
culturais, principalmente quanto à heterogeneidade das etnias relacionadas com os
seus hábitos intrínsecos e coletivos que sofrem transformações ao longo dos
tempos, com relevância também para o poder aquisitivo e para as características
das regionais do país (MASCARÓ; MASCARÓ, 1981).
A partir desta consideração pode se notar que a construção civil não é uma
produção seriada, homogênea e sim possuí alto grau de combinação estética e
funcional retratada pelas suas formas, cores, proporções e outros aspectos muito
destes ligados com a área da arquitetura e urbanismo (MASCARÓ; MASCARÓ,
1981).
A indústria da construção civil possui uma caracterização
particularizada quando comparada aos outros modelos industriais tais
como a indústria naval, aeronáutica, automobilística, pois a grande parte
dos inúmeros produtos gerados não possui uma linha de produção
tipificada e estanque. A indústria da construção civil gera produtos finais
em ambiente externo, com dimensões maximizadas, tarefas itinerante
conforme o processamento do produto, com a inserção de outras
atividades ao longo do período de execução, grande parte dos seus
processos são sucessivos em dependência da conclusão das etapas
antecessoras e não possuí sazonalidade em relação ás estações climática,
pois, cumpre jornada ao longo do ano em regime de trabalho quase
constante (MASCARÓ; MASCARÓ, 1981).
Uma característica do produto da construção civil é a singularidade
para o usuário com certo grau de afetividade, em função da customização
pela utilização e do custo investido para aquisição, o que não permite o
fator ligado ao descarte e sim a adaptabilidade com a inserção de outros
serviços ligados a cadeia produtividade, muita vezes executados pela mão
de obra do proprietário ou pela informalidade, estão nesse contexto os
serviços de pequenas reformas em geral (MASCARÓ; MASCARÓ, 1981).
Diante do cenário multiplicador a indústria da construção civil esta
pulverizada por todo o país e pela sua grandiosidade tudo o que esta
relacionada a ela evidencia um impacto muito expressivo. Os produtos
gerados pela indústria da construção civil tem forte influência nos
segmentos voltados para os impactos ambientais, pois, a obtenção de
alguns insumos como cimento, areia, aço, tijolos entre outros provém da
extração mineral de jazidas, como também pelos resíduos resultantes dos
mais variados processos na ocupação de passivos e o consumo de água
(MASCARÓ; MASCARÓ, 1981).
Em outro aspecto volta-se a atenção para o grande contingente de
operários alocados nas frentes de trabalho, pois grande parte do
processamento das atividades na construção civil é pela aplicação da mão
de obra braçal diretamente no manuseio dos materiais. Ao contrário dos
sistemas robotizados e automatizados, os trabalhadores desempenham suas
funções com ferramentas e equipamentos simples, sem uma tecnologia sofisticada
(MASCARÓ; MASCARÓ, 1981).
O fator cultural dos trabalhadores tem muita influência nos
processos, quanto a resistência na implantação de novas metodologias,
devido ao nível de escolaridade e o ambiente familiar que convivem, outra
observação se dá pela motivação operacional onde não se tem plano de
ascensão de cargos devido ao reduzido número de níveis hierárquicos de
cargos nos canteiros de obras. Nesse contexto esta o nomadismo, devido
à transferência de mão de obra para outras regiões do país em virtude da
implantação das obras em locais distantes dos domicílios de origem ,
assim como pelas oportunidades de ganho de renda, onde surgi a
heterogeneidade da classe operária no local de trabalho (MASCARÓ;
MASCARÓ, 1981).
2.6.3 DESPERDICIOS NA VISÃO DE ENTULHOS E RECICLAGEM
Os desperdícios na construção civil é algo latente, com as
consequências verificadas principalmente nos depósitos de restos dos
materiais espalhados em alguns casos de forma clandestinas, com
potencial para gerar enchentes e proliferação de pragas. Deve dizer que
tanto os pequenos consumidores pelas suas reformas caseiras até as
grandes obras nos processos de execução e demolições produzem este
tipo de rejeito. Mas a causa ou a origem em grande parcela também esta
em outras fontes como a legislação, concepção de projetos, formulação de
contratos, fiscalização, organização dos ambientes de trabalho, logística,
gerenciamento dos processos operacionais entre outros. Estes fatores
influem na administração das empresas e na gestão das obras não tão
somente para atendimento aos requisitos de conformidade com a geração
dos produtos, isentos de defeitos, mas também para impulsionar o melhor
aproveitamento dos recursos de mão de obra, equipamentos e materiais,
em contrapartida atenuando a geração de entulhos (AMBIENTE BRASIL,
2015).
Uma materialização ou o resultado dos fatores que desencadeiam a
perda de produtividade nas frentes de trabalho nas obras é visto pela
quantidade de resíduos gerados, caracterizados por restos de argamassas,
concretos, madeira, cerâmicas, tijolos dentre outros. Conforme estudos no
Brasil a geração de entulhos chega a 850.000 ton/mês, em comparação
com outros países estamos muito acima, por exemplo, Reino Unido 53.000
ton/mês e Japão 6.000 ton/mês. O número chega a ser assustador, porém
o que há de diferente é que nestes países é adotada a política de
reciclagem que tem a viabilidade técnica e econômica assegurada
(ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2002).
A reciclagem de materiais de construção civil no Brasil não é uma
prática usual, mas pode ser vista como um nicho de mercado de alta
rentabilidade em absorver postos de trabalho e reduzir impactos
ambientais. Esta área da reciclagem de materiais da construção civil
perde a sua força, pois, fica estagnada nas políticas municipais,
investimentos em equipamentos, sistema de coleta e a comercialização
dos produtos entre outros entraves (AMBIENTE BRASIL, 2015).
Entretanto o Brasil poderia estar em outro nível, se os processos
produtivos operassem devidamente alinhados ao objetivo de redução de
custos para evitar a geração dos resíduos em grandes volumes em
aterros. Analisados por outro lado estes rejeitos contêm em suas
composições os custos de transporte, máquinas e mão de obra agregados
nas movimentações das cargas os quais são repassados ao produto final
(AMBIENTE BRASIL, 2015).
2.6.4 FATORES INFLUENTES NAS PERDAS
A maneira direta onde visivelmente, notam-se as perdas nas linhas
de produção é dada pela presença de operários parados, máquinas
desligadas, serviços demolidos, concentração de operários em uma
atividade, grandes sobras e restos de materiais acumulados etc... . Os
fatores indiretos que muitas vezes causam os efeitos nas frentes de
trabalho podem ser evidenciados pela baixa qualificação técnica, falta de
procedimentos operacionais, falha de planejamento, ausência da
fiscalização dentre outros (FORMOSO, 2010).
A seguir estão algumas considerações sobre os fatores que
influenciam na administração dos processos, voltadas para o melhor
aproveitamento dos recursos materiais, mão de obra e equipamentos.
O controle de recebimento de materiais, ferramentas e
equipamentos e demais insumos e de suma importância e deve ter a
estrutura basicamente de duas formas, uma na fonte do fornecedor e
outra no próprio ponto de recebimento, com as devidas verificações
conforme os requisitos das normas técnicas. As tomadas de decisões
sobre o rejeito total ou parcial deve se processar em tempo hábil para não
comprometer as datas acordadas no planejamento executivo. Materiais
fora de especificações causam retardo na execução, excesso de entulhos,
retrabalhos entre outros aspectos (FORMOSO, 2010).
A ociosidade, o retrabalho e retardo, produz atraso em cronogramas
e potentes prejuízos para as empresas executoras. Fruto de métodos
gerenciais operacionais e planejamento deficiente, aliados a um processo
de padronização ineficaz por conta dos procedimentos, principalmente
quanto à quantidade e a especificação técnica dos recursos tanto os
mecanizados como os de mão de obra devidamente capacitados para
produzir o resultado esperado (FORMOSO, 2010).
A organização dos ambientes de trabalho a englobar os canteiros de
obras e os postos de operação ou também denominados frentes de
trabalho, devem ter suas ocupações avaliadas continuamente e quando
necessário deve-se realizar as adaptações e rearranjos dos elementos,
pois tem grande influencia no desempenho dos operários (FORMOSO,
2010).
A logística deve ser vista como a área, que funcionará juntamente
como o planejamento das tarefas, cabe a ela implantar a metodologia
necessária para administrar da maneira eficaz e eficiente o fluxo de todos os
produtos, serviços e informações. Compreendendo desde a saída representada
pelos fornecedores, passando pela produção, tempo de armazenamento,
transportes até a saida após a realização dos serviços ou entrega dos materiais nas
linhas de trabalho, com o objetivo de simplificar ao máximo os tempos de transição
entre as partidas e chegadas, de maneira a não provocar os atrasos (FORMOSO,
2010).
O controle da execução em função do planejamento é uma das maneiras
mais diretas de evitar os desvios nas tarefas, porém, deve ser embasada em
métodos de análise e tomada de decisões convergindo para as melhores práticas de
produção, afim de não causar sobrecarga e provocar variações do indice de
produtividade nos processos, a melhor situação é prover um fluxo constante no
desempenho operacional. A prática de se realizar as tarefas segundo os
procedimentos operacionais deve se tornar um hábito nas frentes de trabalho, bem
como a ação de fiscalizar a execução das atividades, conforme rendimento e
qualidade e tomar as ações corretivas de forma planejada. Os dados ou registros
das atividades realizadas devem ser tratados de maneira especial, pois, terão muita
utilidade para configuração de históricos de execução que futuramente irão servir
para a retroalimentação de futuras etapas de trabalho no planejamento de tarefas
(FORMOSO, 2010).
A gestão dos projetos também é alvo de grandes perdas, ás vezes em
extensas proporções com elevados dos custos ocasionando o desiquilibrio financeiro
do contrato, em função da imcompatibilidade entre as funcionalidades que
envolvem o empreendimento, a não observância as normas técnicas e as
particularidades dos demais projetos. Evidenciadas pelas interferências,
sobreposições e conflitos gerais de maneira a afetar o dinamismo do processo
produtivo vindo a provocar a paralização e o replanejamento das atividades , bem
como a contratação de consultorias técnicas adicionais, dependendo da magnitude
e complexidade da situação (FORMOSO, 2010).
A motivação em todos os níveis deve estabelecer o espirito de grupo e a
sinergia proviniente do melhor resultado pela soma dos esforços de todos. Faz parte
disso as ações de reconhecimeno pela conquista dos resultados alcançados, além
dos treinamentos e beneficios concedidos pela a organização empresarial. Estas
atitudes reduzem a rotatividade da mão de obra, o que beneficia a organização, pois
as pessoas passarão a se dedicar mais e de forma voluntaria para o crescimento da
empresa e contribuir para o ganho de produtividade e qualidade (FORMOSO,
2010).
2.6.5 INDICADORES DE DESPERDICIOS
O indice de desperdicios registrados nos processos deveria ser abordado de
maneira sistemica pelas empresas e administrados por uma equipe treinada e
capacitada com a função de monitorar, registrar, quantificar, analisar as causas e
implementar melhorias afim de reduzir e eliminar os resultados negativos da gestão
dos processos que acaretam desperdicios . No Brasil , a maioria das empresas não
tem a cultura de registrar dados e ocorrências do processo e realizar uma análise
técnica. A partir desta atitude cultural de não expressar as deficiências ao modo de
transparecer imcompetência e que não se tem uma realidade dos indicadores de
perdas e sim alguns estudos cientificos divulgados, por outro lado existe a falta por
parte dos orgãos governamentais de uma fiscalização mais efetiva quanto a gestão
de residuos da construção civil. A resolução 307 do CONAMA (Conselho Nacional
do Meio Ambiente) auxiliou no processamento quanto ao destino dos resíduos
gerados nas obras, por conta do papel das empresas como diretamente
responsáveis pelo gerenciamento e ações que favoreçam a reciclagem ou
reutilização ou disposição em aterros (FORMOSO, 2010).
Um indice global sobre o desperdicio de materiais nas obras de construção
civil que foi formulado com apoio de 16 universidades brasileiras e em 100 canteiros
de obras, concluiram que as perdas em massa chegavam até 28%, refletindo em um
impacto financeiro de 5% nos custos das obras (FARIA,2006).
Um dos estudos recentes sobre o assunto que foi financiado pela
Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) com realização da parceria entre a
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP) e o Sindicato da
Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), contou com a
colaboração de nove empresas, que disponibilizaram seus ambientes de obras para
análises físicas e financeiras sobre as perdas de materiais. Sobre a coordenação do
professor Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, Doutor pela EPUSP/Pennsylvania State
University, este projeto possui uma abordagem de além de mensurar a perda
concilia as ações corretivas, ou seja, as práticas adotadas para redução do
desperdício. Uma recomendação relatada no trabalho pelo professor Ubiraci
Espinelli trata da atuação de um profissional diretamente na gestão de consumos,
que interaja com os projetos multidisplinares e orçamentos, a considerar as
especificações de materiais com uma convergência para área de suprimentos e na
contratação de serviços (FARIA, 2006).
O trabalho concluiu que as atividades com maior índice de perdas se
concentram nas tarefas que envolvem a maior participação da mão de obra pelo
manuseio com os materiais que se transformam praticamente em entulhos. Em
destaque o processamento e aplicação de argamassas em revestimentos das
paredes e lajes e assentamento de blocos na execução de paredes. A seguir segue
quadro adaptado dos resultados obtidos conforme a conclusão do trabalho (FARIA,
2006).
QUADRO 3 – REDUÇÃO DE PERDAS NOS PROCESSOS
MATERIAL Perdas diagnosticadas Perdas após ações REDUÇÃO
Argamassa 17% 8,5% 50%
Concreto 5% 3% 40%
Blocos de
concreto 2,9% 1,8% 38%
Placas cerâmicas 11,76% 5,72% 51%
Fonte: Adaptado conforme Revista Techne, Ed. 113.
As ações corretivas se deram através de soluções triviais tais como : uso de
embalagens com volume menor, execução de baias para armazenamento,
reutilização de resíduos nas atividades da própria obra, lançamento de concreto em
maior volume de forma mais continua sem interrupções, trajetos curtos no fluxo
manual dos materiais, alteração da especificação dimensional de materiais junto aos
fornecedores para adaptação aos projetos, treinamentos e a elaboração de
procedimentos (FARIA, 2006).
2.6.6 PERDAS ATRAVÉS DAS PATOLOGIAS
Patologia na construção civil é a manifestação de defeitos, caracterizada por
uma anomalia ou anormalidade na edificação, assim sendo a recuperação
operacional será através dos reparos com objetivo reestabelecer a funcionalidade. O
processo investigatório e os tratamentos corretivos exigem uma série de atividades e
em algumas situações contratações especificas envolvendo projetos, consultorias,
aquisição de materiais, equipamentos e mão de obra. O campo de estudo abrange
as causas, os mecanismos de proliferação e os sintomas que decorrem as
consequências dos defeitos, ainda também as situações de desempenho
insatisfatório conforme um requisito mínimo (COSTA, 2001).
Os defeitos em obra se manifestam por meio de uma causa ou mais
causas que combinadas ou individualmente dão origem a uma ou mais
irregularidades e estas causas se processam nas fases da concepção de
uma edificação compreendida em cinco etapas principais: o planejamento,
projeto, materiais, execução e uso (COSTA, 2001).
O desenvolvimento das etapas, bem como o controle de qualidade
exercido, está relacionado diretamente com as possíveis futuras
manifestações patológicas que poderão ocorrer na edificação. Devido aos
elevados indicadores de patologias e os custos para recuperação, busca-
se cada vez mais, a garantia e o controle da qualidade em todo o processo
construtivo. Como regra a qualidade final do produto depende da
qualidade do processo e da interatividade entre as etapas do processo de
concepção da obra desde o projeto até a execução (COSTA, 2001).
Os custos com a recuperação das obras decorrem por conta das
empresas executoras, dentro do exercício do período legal por força das
legislações. Concernente á este aspecto, o que era lucro pode se tornar
prejuízo por conta das falhas no sistema de gestão, onde muitas empresas
se deparam com o retorno para o exercício de uma gestão de processos
eficientes com resultados eficazes, fazendo do erro o recomeço (COSTA,
2001).
A origem das patologias no Brasil apresenta-se subdivida nos
seguintes aspectos: projetos 18% ; materiais 6%; processo executivo 52%;
uso (manutenção) 14% e outras causas 16% (COSTA, 2001).
3 PROGRAMA BRASILEIRO DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE - HABITAT
O setor da construção civil tem sofrido pressões devido às
modificações ocorridas em nosso país e no mundo, e notória uma nova
realidade de comercialização, principalmente com a escalada dos índices
MINISTRO
Conselho Nacional das Cidades
Gabinete
Secretaria Executiva
Habitação
Saneamento Ambiental
Transportes e Mobilidade
Programas Urbanos
PBQP - H
SECRETÁRIAS
inflacionários, algo que vêm a ser exigido das empresas da construção
civil (AMBROZEWICZ, 2001).
O governo passou a exercer grande influência no mercado da
construção e assumir o seu papel de um dos principais indutores da
competitividade, fazendo valer expressivamente o seu poder de compra
pelos pacotes de investimentos no setor ao longo dos anos. A suprir em
parte as carências do país nas áreas de transportes, energia elétrica,
combustíveis, telecomunicações e essencialmente na habitação, onde se
agrega grande parte de outros subprodutos (AMBROZEWICZ, 2001).
Em 1991, foi lançado o Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade (PBQP-H), atualmente com o intuito de organizar o setor da
construção civil em torno de duas questões principais: a melhoria da
qualidade e a modernização produtiva e instituir um novo ambiente
tecnológico. O programa tem um sistema avaliativo em níveis adequados
às características específicas das empresas de todos os portes. O
certificado é um pré-requisito exigido por instituições financeiras para a
concessão de financiamentos e a participação em licitações e esta
engajada no plano de governo conforme o organograma abaixo
(AMBROZEWICZ, 2001).
FIGURA 4 – ORGANOGRAMA PBQP-H.
Fonte: PBQP-H, 2015.Os moldes do programa trazem como vantagem empresarial os
objetivos de aumentar o poder de competitividade, por meio do fator de
redução de custos, capacitação técnica da mão de obra, controle de
materiais, melhoria da gestão de projetos e adequação às normas
técnicas. Acrescentando a funcionalidade para que a empresa se adapte
às diretrizes das disposições do Código de Defesa do Consumidor, a
prevenir penalidades legais diante da comercialização de produtos em
não conformidade no mercado consumidor. Para implementação do
programa o programa conta com a parceria e colaboração dos agentes da
cadeia produtiva e técnica do setor através das coordenadorias nacionais
e estaduais (AMBROZEWICZ, 2001).
A metodologia para desenvolvimento e implantação do sistema de
gestão do programa está baseada nos padrões da série de normas da
International Organization for Standardization (ISO), relativas à NBR ISO 9000.
Desta forma a certificação torna-se de caráter abrangente para os ambitos nacionais
e internacionais dentro do mercado da construção civil, porém as empresas
necessitam ter conhecimento nas duas fundamentações, caso da necessidade de
atender e responder ás duas certificações para a normatização (ISO) International
Organization for Standardization e (PBQPH) Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade no Habitat (AMBROZEWICZ, 2001).
O Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e
Obras (SiAC) é o sistema avaliativo do programa e tem como base a lista
de vinte e cinco atividades controladas e trinta itens de materiais, a
metodologia opera em caráter evolutivo, estruturado em níveis de
controle níveis C, B e A, segundo a abrangência do controle dos itens. As
empresas para obtenção da qualificação devem ter os procedimentos
operacionais devidamente estruturados e repassados em treinamentos
para a classe operacional com a comprovação dos registros da sua
aplicação em obras (AMBROZEWICZ, 2001).
FIGURA 5 – ORGANOGRAMA SISTEMA DE AVALIAÇÃO
FONTE: PBQP-H, 2015
Os itens de qualificação segundo o Sistema de Avaliação da
Conformidade de Empresas de Serviços e Obras (SiAC) compreendem em:
responsabilidade da direção; sistema de qualidade; análise critica do
contrato; controle de projeto; controle de documentos e dados; aquisição;
controle de produtos fornecidos pelo cliente; identificação e
rastreabilidade; controle de processo; inspeção e ensaio; controle e
equipamentos de inspeção, medição e ensaios; situação de inspeção e
ensaios; controle de produto não conforme; ação corretiva e ação
preventiva; manuseio, armazenamento, embalagem, preservação e
entrega; registros da qualidade; auditorias internas; treinamentos;
serviços associados e técnicas estatísticas (AMBROZEWICZ, 2001).
A atenção central deve ser dada ao cumprimento dos procedimentos
operacionais das atividades, através da aplicação dos controles e da
fiscalização a garantir a segurança técnica e econômica. Como
prerrogativa, a elevação do nível da qualificação dentro da estrutura do
programa está condicionada com as informações contidas nestes
documentos, os procedimentos operacionais, as quais necessitam ser
repassadas para os operários em um processo estruturado de
treinamentos voltado para a qualificação da mão de obra. De maneira
COORDENAÇÃO GERAL (MINISTÉRIO DAS
CIDADES)
GAT- Grupo de Assessoramento
Técnico
SiAC – Sistema de Avaliação
da Conformidade
SETOR PÚBLICO
CTECH - Comite Nacional de
Desenvolvimento Tecnológico da
Habitação
SETOR PRIVADO
SiMAC – Sistema de Qualificação de Materiais e
Sistemas Construtivos
SiNAT – Sistema Nacional de
Avaliação Técnica de Produtos
Inovadores
REPRESENTANTES ESTADUAIS
lógica, na mão de obra é onde se concentra o manuseio dos materiais e
equipamentos diretamente na realização das atividades, a centralizar
assim a geração dos indicadores que influenciam a produtividade e a
qualidade (AMBROZEWICZ, 2001).
Segundo Ambrozewicz (2001, p.180), a partir da introdução de um
plano de ações conjuntas que vise melhorias na qualidade, a organização
traduz para todos um processo de mudança na maneira de pensar e se
trata de uma reflexão e posterior alteração comportamental e isto
necessita de tempo, educação e treinamento.
O resultado da sintonia operador, procedimento e treinamento caracteriza o
bom desempenho natural a ser exercido dentro do ambiente onde permeia as
diretrizes do Sistema de Gestão, o qual atua como garantidor do processo de forma
a assegurar a qualidade dos produtos ou serviços a ser entregue aos clientes e
assim consolidar a empresa no mercado com credibilidade (AMBROZEWICZ,
2001).
4 ATIVIDADES CONTROLADAS
As atividades controladas conforme o Sistema de Avaliação da
Conformidade de Empresas de Serviços e Obras (SiAC) , constam conforme o
quadro (quatro) 4, sendo que foram desenvolvidas inicialmente por Neves, Azevedo
e Suaretz (2005), as atividades de: compactação do aterro; locação da obra;
execução da fundação; execução de fôrmas; montagem das armaduras e
concretagem de peça estrutural e em continuidade por Oliveira (2012) as atividades
de : execução de alvenaria não estrutural; execução de revestimento interno de área
seca; execução de revestimento interno de área úmida; execução de revestimento
externo; execução de contrapiso; execução de revestimento de piso interno de área
seca; execução de revestimento de piso interno de área úmida; execução de
revestimento de piso externo.
O presente trabalho esta engajado em prosseguir com a elaboração de
material técnico, com ênfase para os procedimentos operacionais das atividades:
execução de forro; execução de impermeabilização; execução de cobertura em
telhado (estrutura de telhamento); colocação de batente e porta; colocação de
janela; execução de pintura interna; execução de pintura externa em conformidade
com o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). O
programa em seu formato institui as atividades que devem ser controladas, porém
as empresas gestoras dos processos devem realizar a elaboração dos
procedimentos conforme as bases técnicas e administrativas de acordo com suas
estruturas internas de materiais, equipamentos e mão de obra.
O conteúdo proposto acima visa atender o Regimento Geral do Sistema de
Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras (SiAC-PBQPH),
conforme :
Capitulo 7 - Execução da Obra;
Item 7.5 - Operações de Produção e Fornecimento de Serviços;
Subseção 7.5.1 - Controle de Operações;
Onde constam as obrigações das empresas em planejar, realizar a produção
e o fornecimento de serviços e devem constar de modo evolutivo os seguintes
aspectos: informações que descrevam as características do produto; procedimentos
de execução; equipamentos; dispositivos para monitoramento e medição dentre
outras funcionalidades (PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E
PRODUTIVIDADE NO HABITAT, 2015).
Dentre os vários aspectos de importância das atividades em destaque no
quadro 4 (quatro) abaixo referente às atividades controladas as quais serão
documentadas, salienta-se os fatores sobre os serviços serem executados
diretamente pela ação da mão de obra e do acabamento final apresentado. Devido
ao contato com a percepção dos clientes, em função do contato visual e funcional
que as envolve, a partir disto é que a atenção para estas tarefas devem ser de
cunho especial quanto ao rigor no cumprimento de seus requisitos. Cabe relatar
novamente o que foi dito pelo autor Garvin na abordagem sobre as 8 (oito)
dimensões da qualidade, onde também estão citadas: a estética, desempenho e
qualidade percebida (CERQUEIRA,1994).
QUADRO 4 – SERVIÇOS CONTROLADOS – ANEXO IV –
SiAC - Sistema de Avaliação da Conformidade de Empresas de Serviços e Obras
SERVIÇOS CONTROLADOS
ATIVIDADES CONTROLADAS
Serviços Preliminares
1. Compactação de aterro;
2. Locação de obra;Fundações 3. Execução de fundação;
Estrutura
4. Execução de fôrmas;
5. Montagem de armaduras;
6. Concretagem de peça estrutural;
7. Execução de alvenaria estrutural;
Vedações Verticais
8. Execução de alvenaria não estrutural e de divisória leve;9. Execução de revestimento interno de área seca;
10. Execução de revestimento interno de área úmida;
11. Execução de revestimento externo;
Vedações Horizontais
12. Execução de contrapiso;
13. Execução de revestimento de piso interno de área seca;
14. Execução de revestimento de piso interno de área úmida;
15. Execução de revestimento de piso externo;
16. Execução de forro;
17. Execução de impermeabilização;
18. Execução de cobertura em telhado (estrutura de telhamento);
Esquadrias19. Colocação de batente e porta;
20. Colocação de janela;Pintura 21. Execução de pintura interna;
22. Execução de pintura externa;
Sistemas Prediais
23. Execução de instalação elétrica;
24. Execução de instalação hidro-sanitária;
25. Colocação de bancada, louça e metal sanitário;
Fonte: PBQP-H ,2015
5 FLUXOGRAMAS E FORMULÁRIOS DAS ATIVIDADES
A documentação normativa do Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade no Habitat (PBQP-H) no que diz respeito ao item 4.2.2 sobre o Manual
da Qualidade (MQ) determina que o referido documento deve estar composto pelos
procedimentos executivos documentados bem como a descrição dos processos
(PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE NO HABITAT,
2015).
Partindo do propósito de embasamento no referido programa de qualidade, os
fluxogramas e formulários foram elaborados de maneira a atender ao item referente
aos processos. Os fluxogramas estão representados conforme a simbologia
padronizada segundo normativa ANSI (American National Standards Institute) e
esta correlacionada ao seu significado de acordo com a legenda funcional dos
elementos ( CERQUEIRA,1994).
As informações técnicas, os materiais diversos e a lista de equipamentos de
proteção individuais para o processamento das atividades, bem como os formulários
foram elaborados a partir dos modelos apresentados por Souza e Mekbekian (1996)
denominados como Procedimento e Execução de Serviços (PES), Procedimento e
Inspeção de Serviços (PIS) e a Ficha de Verificação de Serviços (FVS). Os
formulários apresentados são propositivos e podem ser reformulados conforme o
estudo e detalhamento dos processos, visando atender as necessidades conforme
suas particularidades (SOUZA; MEKBEKIAN, 1996).
6 DOCUMENTOS PARA ADMINISTRAÇÃO DAS ATIVIDADES
6.1 PINTURA INTERNA
PES - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA INTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
Unidade de produção:
m²/dia
FOLHAS: 1 a 3
1- RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
EXECUÇÃO: Serventes e Pintores.
INSPEÇÃO: Engenheiro e/ou Profissional técnico da obra ou qualidade.
SUPERVISÃO: Mestre de obras e/ou Encarregado.
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
NBR 13245 - Tintas para construção civil — Execução de pinturas em edificações não industriais — Preparação de superfície;
NBR 11702 - Tintas para construção civil – Tintas para edificações não industriais – Classificação;
NBR 15348 - Tintas para construção civil - Massa niveladora monocomponentes à base de dispersão aquosa para alvenaria – Requisitos;
NBR 15303 - Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação da absorção de água de massa niveladora;
NBR 15312 - Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação da resistência à abrasão de massa niveladora;
NBR 5841 – Determinação do grau de empolamento de superfícies pintadas;
NR 18 – Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção civil
Projeto Arquitetônico, Água, Esgoto, Drenagem, Elétrica e outros correlatos;
Memorial descritivo da obra;
Manual Técnicio do fabricante do material;
Documentos do sistema de gestão da qualidade: Manual da Qualidade 3 - PRÉ-REQUISITOS
Materiais e Ferramentais em quantidades suficientes e boas condições de uso e disponíveis em locais de fácil acesso;
Mão de Obra alocada na atividade conforme planejamento das atividades; Revestimentos de lajes e paredes concluídos e liberados com antecedência
de 30 dias; Batentes, portas e caixilhos devem estar instalados; Vedar entradas que dão acesso para o exterior dos ambientes, propensos a
entrada de intempéries e outros contaminantes;
4 - RECURSOS NECESSÁRIOS
MATERIAIS EQUIPAMENTOS EPIs e EPCs
- Água sanitária;- Detergente;- Lixas grana 100, 150 e180;- Massa corrida PVA; - Água - Seladora á base de resina PVA- Fundo preparador de paredes á base de solvente;- Aguarrás;- Tinta látex PVA;- Fita adesiva;
- Desempenadeira lisa de aço;- Espátula;- Rolo de lã;-Escovas de cerdas metálicas;- Pincel ¼” e 4”; - Espanador;- Bandeja plástica;- Vassouras;- Lona plástica de proteção;- Andaimes metálicos e/ou plataformas.- Escadas;
- Bota- Óculos - Luvas- Capacete - Protetor auricular- Fitas de sinalização de isolamento da área.
5 – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O MÉTODO EXECUTIVO
1 – Preparo da base:
Proteger elementos com fita crepe, jornal, lona plástica para evitar sujidade
com respingos de tinta sobre os mesmos. Eliminar todas as partes soltas ou mal
aderidas, sujeiras e eflorescências por meio de raspagem ou escovação das
superfícies, lavar com detergente e água os focos de leve sujidade e para bolores e
outros contaminantes aplicar métodos específicos com produtos inertes aos
revestimentos posteriores; corrigir com massa PVA as imperfeições rasas oriundas
das reentrâncias das camadas de revestimentos em argamassas e fissuras de
retração. Anteriormente a utilização da massa corrida deve se aplicar o selador á
base de PVA nos pontos, em caso de correções profundas deve se utilizar
argamassa de mesma composição do revestimento; Aplicar a lixa grana 100 em
toda superfície das paredes e teto e proceder a limpeza com as vassouras. Aplicar
uma demão de fundo preparador de superfícies á base de solvente, com diluição
em aguarraz na proporção indicada pelo fabricante para conter a absorção pela
porosidade.
2- Execução da pintura:
Aplicar sucessivas camadas finas de massa corrida PVA sobre a base com
desempenadeira de aço, até obter o nivelamento desejado, aguardar a secagem
por um período de quatro horas (em dias úmidos este período poderá ser maior). A
massa corrida deverá ser aplicada na consistência, porém se necessário, pode ser
diluída na proporção orientada pelo fabricante. Lixar toda a parede com lixa grana
150 e 180, fazendo com a base fique totalmente lisa, ou seja, livre de ondulações,
sulcos e asperezas. Caso note se irregularidades, aplicar novamente outras
camadas de massa corrida atentando para o intervalo de secagem de quatro horas.
Proceder a limpeza do substrato, retirando toda a poeira oriunda do lixamento da
massa acrilica. Diluir a tinta em recipiente adequado, seguindo as proporções do
fabricante. Efetuar os recortes nas arestas com auxilio dos pincéis. Sendo que na
primeira demão a diluição dever ser em proporção maior, e após o término desta
etapa, deve-se verificar com auxilio da luminosidade de uma lâmpada a presença
de imperfeições. Traçar uma sequência de inicio e termino quanto ao sentido de
distribuição da tinta nas paredes e aplicar o material sobre a superfície, com rolo e
pincéis nos cantos e arestas dos ambientes, verificar o intervalo entre as demãos e
a quantidade de aplicações recomendada pelo fabricante. Limpar todo o ambiente
permanentemente e deixar com que o mesmo receba a ventilação adequada para
a secagem, tomar cuidado com as paredes que possam receber insolação e/ou
umidade e respingos a fim de evitar o aparecimento de defeitos.
3- Informações adicionais:
A espessura das camadas de massa corrida não devem exceder 2 mm.
Agitar constantemente a tinta para evitar decantação dos sólidos e alteração de
tonalidade.
PIS - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA INTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
PES REF. Nº4 FOLHA: 1
1- PERIODICIDADE DA INSPEÇÃO
A periodicidade de inspeção será conforme o término de cada etapa em acompanhamento dos intervalos de secagem das camadas. Após a conclusão dos serviços deverão ser realizadas outras inspeções para verificação da uniformidade dos aspectos.
2- ITENS DE CONTROLE - MÉTODO - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ITENS ITENS CONTROLADOS MÉTODO DE
AVALIAÇÃOCRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
01
02
03
04
Liberação das paredes
Focos de umidade, infiltrações e bolores;
Proteções dos elementos
Correção das imperfeições (saliências,
Cronograma real
Visual
Visual
Visual
30 dias para cura dos
revestimentos;
Inspeção visual
Inspeção no local
Inspeção no local
Inspeção no local
Programação da
atividade
3- PROTEÇÕES
Para acesso em locais elevados do piso utilizar andaimes conforme NBR 6494 e os EPIs conforme NR 6 e NBRs 14626 -14627-14628 -14629.
FVS - FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA INTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
PES REF. Nº 4 FOLHA: 1
2- VERIFICAÇÃO
ITENS ITENS VERIFICADOS APROV. REPROV. DATA OBSERVAÇÕES
E AÇÕES
01
02
03
Preparação da base
Aplicação de massa PVA
Execução de pintura com tinta PVA
3- RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO:
4- RESPONSÁVEL TÉCNICO (ENGENHEIRO):
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA INTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
PES/PIS REF. Nº 4 FOLHAS: 1 a 2
INÍCIO
A cura do revestimento está atendida em 30 dias?
Reprogramar atividades
Não
Sim
Não
Os recursos materiais,
ferramentais, EPIs/EPCs e Mão
de Obra estão disponíveis?
Sim
Relatar as anormalidades
Limpar a superfície e observar a presença de trincas, fissuras e focos contaminantes.
Descrever os itens.
Reparar a base, limpar e corrigi as trincas,
fissuras, obturações.
Aplicar massa corrida, lixar e
limpar.
As superfícies estão
regularizadas?
Sim
Não
Aplicar a tinta sobre a superfície conforme a
quantidade de demãos.
Aplicar massa corrida na superfície e efetuar o lixamento e limpeza.
Relatar as quantidades consumidas.
Reparar a base, limpar e corrigi as trincas,
fissuras, obturações.
A
Paredes com padrões
aprovados?
Não Executarrepintura.
Inspecionar: bolhas, escorrimento e
tonalidade.
Inspecionar: Planeza (sem
ondulação)
6.2 PINTURA EXTERNA
PES - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA EXTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
PES Nº 4
FOLHAS: 1 a 3
1- RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
EXECUÇÃO: Serventes e Pintores.
INSPEÇÃO: Engenheiro e/ou Profissional técnico da obra ou qualidade.
SUPERVISÃO: Mestre de obras e/ou Encarregado.
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
NBR 13245 - Tintas para construção civil — Execução de pinturas em edificações não industriais — Preparação de superfície;
NBR 11702 - Tintas para construção civil – Tintas para edificações não industriais – Classificação;
NBR 15348 - Tintas para construção civil - Massa niveladora monocomponentes à base de dispersão aquosa para alvenaria – Requisitos;
NBR 15303 - Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação da absorção de água de massa niveladora;
NBR 15312 - Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação da resistência à abrasão de massa niveladora;
NBR 5841 – Determinação do grau de empolamento de superfícies pintadas;
FIM
Sim
NR 18 – Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção civil
Projeto Arquitetônico, Água, Esgoto, Drenagem, Elétrica e outros correlatos;
Memorial descritivo da obra;
Manual Técnicio do fabricante do material;3 - PRÉ-REQUISITOS
Materiais e Ferramentais em quantidades suficientes e boas condições de uso e disponíveis em locais de fácil acesso;
Mão de Obra alocada na atividade conforme planejamento das atividades; Revestimentos de lajes e paredes concluídos e liberados com antecedência
de 30 dias; Batentes, portas e caixilhos devem estar instalados;
4 - RECURSOS NECESSÁRIOS
MATERIAIS EQUIPAMENTOS EPIs e EPCs
- Água sanitária;- Detergente;- Lixas grana 100, 150 e180;- Massa corrida acrilica; - Água - Seladora á base de resina acrilica- Fundo preparador de paredes á base de solvente;- Aguarrás;- Tinta látex acrílica;- Fita adesiva;
- Desempenadeira lisa de aço;- Espátula;- Rolo de lã;-Escovas de cerdas metálicas;- Pincel ¼” e 4”; - Espanador;- Bandeja plástica;- Vassouras;- Lona plástica de proteção;- Andaimes metálicos e/ou plataformas.- Escadas;
- Bota- Óculos - Luvas- Capacete - Protetor auricular- Fitas de sinalização de isolamento da área.
5 – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O MÉTODO EXECUTIVO
1 – Preparo da base:
Proteger elementos com fita crepe, jornal, lona plástica para evitar sujidade
com respingos de tinta sobre os mesmos. Eliminar todas as partes soltas ou mal
aderidas, sujeiras e eflorescências por meio de raspagem ou escovação das
superfícies, lavar com detergente e água os focos de leve sujidade e para bolores e
outros contaminantes aplicar métodos específicos com produtos inertes aos
revestimentos posteriores; corrigir com massa acrílica as imperfeições rasas
oriundas das reentrâncias das camadas de revestimentos em argamassas e
fissuras de retração. Anteriormente a utilização da massa corrida deve se aplicar o
selador á base acrílica nos pontos, em caso de correções profundas deve se
utilizar argamassa de mesma composição do revestimento; Aplicar a lixa grana 100
em toda superfície das paredes e proceder à limpeza com as vassouras. Aplicar
uma demão de fundo preparador de superfícies á base de solvente, com diluição
em aguarraz na proporção indicada pelo fabricante para conter a absorção pela
porosidade.
2- Execução da pintura:
Aplicar sucessivas camadas finas de massa acrilica sobre a base com
desempenadeira de aço, até obter o nivelamento desejado, aguardar a secagem
por um período de quatro horas (em dias úmidos este período poderá ser maior). A
massa corrida acrílica deverá ser aplicada na consistência, porém se necessário,
pode ser diluída na proporção orientada pelo fabricante. Lixar toda a parede com
lixa granas 150 e 180, fazendo com a base fique totalmente lisa, ou seja, livre de
ondulações, sulcos e asperezas. Caso note se irregularidades, aplicar novamente
outras camadas de massa corrida atentando para o intervalo de secagem de quatro
horas. Proceder à limpeza do substrato, retirando toda a poeira oriunda do
lixamento da massa acrílica. Efetuar os recortes nas arestas com auxilio dos
pincéis. Diluir a tinta em recipiente adequado, seguindo as proporções do
fabricante. Traçar uma sequência de inicio e termino quanto ao sentido vertical de
distribuição da tinta nas paredes e aplicar o material sobre a superfície, com rolo e
pincéis nos cantos e arestas, atentar para os transpasses entre uma demão e
outra, verificar o intervalo entre as demãos e a quantidade de aplicações
recomendada pelo fabricante. Limpar todo o ambiente permanentemente e deixar
com que o mesmo receba a ventilação adequada para a secagem, tomar cuidado
com as paredes que possam receber insolação e/ou umidade e respingos a fim de
evitar o aparecimento de defeitos.
3- Informações adicionais:
A espessura das camadas de massa corrida não devem exceder 2 mm.
Agitar constantemente a tinta para evitar decantação dos sólidos e alteração de
PIS - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA EXTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
PES REF. Nº4 FOLHA: 1
1- PERIODICIDADE DA INSPEÇÃO
A periodicidade de inspeção será conforme o término de cada etapa em acompanhamento dos intervalos de secagem das camadas. Após a conclusão dos serviços deverão ser realizadas outras inspeções para verificação da uniformidade dos aspectos.
2- ITENS DE CONTROLE - MÉTODO - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ITENS ITENS CONTROLADOS MÉTODO DE
AVALIAÇÃOCRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
01
02
03
04
Liberação das paredes
Focos de umidade, infiltrações e bolores;
Proteções dos elementos
Correção das imperfeições (saliências,
Cronograma real
Visual
Visual
Visual
30 dias para cura dos
revestimentos;
Inspeção visual
Inspeção no local
Inspeção no local
Inspeção no local
Programação da
atividade
3- PROTEÇÕES
Para acesso em locais elevados do piso utilizar andaimes conforme NBR 6494 e os EPIs conforme NR 6 e NBRs 14626 -14627-14628 -14629.
FVS - FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA EXTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
PES REF. Nº 4 FOLHA: 1
1- LOCAL DO SERVIÇO
2- VERIFICAÇÃO
ITENS ITENS VERIFICADOS APROV. REPROV. DATA OBSERVAÇÕES
E AÇÕES
01
02
03
Preparação da base
Aplicação de massa acrílica
Execução de pintura com tinta acrílica
3- RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO:
4- RESPONSÁVEL TÉCNICO (ENGENHEIRO):
SERVIÇO: EXECUÇÃO DE PINTURA EXTERNA COM ACABAMENTO LISO CONVENCIONAL
PES/PIS REF. Nº 4 FOLHAS: 1 a 2
INÍCIO
A cura do revestimento está atendida em 30 dias?
Reprogramar atividades
Não
Sim
Não
Os recursos materiais,
ferramentais, EPIs/EPCs e Mão
de Obra estão disponíveis?
Descrever os itens
Sim
Relatar as anormalidades
Limpar a superfície e observar a presença de trincas, fissuras e focos contaminantes.
Aplicar massa corrida , efetua o
lixamento e limpeza.
A
As superfícies estão
regularizadas?
Sim
Não
Aplicar a tinta sobre a superfície conforme a
quantidade de demãos.
Aplicar massa corrida na superfície e efetua o lixamento e limpeza.
Relatar as quantidades consumidas.
Reparar a base, limpar e corrigir as trincas, fissuras, obturações.
A
Inspecionar: bolhas, escorrimento e
tonalidade.
Inspecionar: Planeza (sem
ondulação)
FIM
Paredes com os padrões aprovados?
Sim
Não Executar repintura
Inspecionar: bolhas, escorrimento e
tonalidade.
6.3 COLOCAÇÃO DE BATENTE E PORTA
PES - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE BATENTE E PORTA
PES Nº 4
FOLHAS: 1 a 3
1- RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
EXECUÇÃO: Serventes e Carpinteiros.
INSPEÇÃO: Engenheiro e/ou Profissional técnico da obra ou qualidade.
SUPERVISÃO: Mestre de obras e/ou Encarregado.
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
NBR 15930 – Portas de madeiras para Edificações – Terminologia e Requisitos;
NBR 14913 – Fechaduras de embutir – Requistos, Classificação e Métodos de Ensaio;
NBR 13245 - Tintas para construção civil — Execução de pinturas em edificações não industriais — Preparação de superfície;
NR 18 – Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção civil
Projeto Arquitetônico, Água, Esgoto, Drenagem, Elétrica e outros correlatos;
Memorial descritivo da obra;
Manual Técnico do fabricante do material;
Documentos do sistema de gestão da qualidade: Manual da Qualidade (MQ);
3 - PRÉ-REQUISITOS
Materiais e Ferramentais em quantidades suficientes e boas condições de uso e disponíveis em locais de fácil acesso;
Mão de Obra alocada na atividade conforme planejamento das atividades; Revestimentos, paredes e pisos concluídos e liberados com antecedência;
4 - RECURSOS NECESSÁRIOS
MATERIAIS EQUIPAMENTOS EPIs e EPCs- Batentes e Porta de madeira;- Chapa de compensado espessura de 6 mm;- Sarrafo dim. 1” x 2” ;- Cunha de madeira; - Dobradiças - Fechadura - Guarnições;- Brocas de aço rápido e videa; - Cavilha de madeira 12,5 mm;- Parafusos auto-atarraxante 10 x 65 mm; - Pregos 7x8 – 15x15 – 19x36 – 12x12;- Buchas S-8 e S-10; - Cola e espuma poliuretano;
- Martelo;- Serra circular de bancada;- Serra circular elétrica manual;- Prumo de face;- Furadeira elétrica;- Régua metálica; - Nível de bolha;- Trena;- Esquadros;- Bancada de montagem;- Lápis de carpinteiro;- Plaina;- Formão; - Graminho; - Borrifador de água;- Estilete
- Bota- Óculos - Luvas- Capacete - Protetor auricular- Fitas de sinalização de isolamento da área.
5 – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O MÉTODO EXECUTIVO
1 – Preparo dos batentes:
As paredes em alvenaria devem estar com as faces planas e prumadas com
folga de 10 a 15 mm. Os batentes devem ser montados em bancadas conforme as
dimensões das portas especificadas no projeto de arquitetura e seus elementos
ombreiras e travessa, travados com sarrafos de maneira na parte inferior e superior
de forma a permanecer em esquadro em ambas as faces dos batentes. Deve-se
verificar atentamente o alinhamento das peças e suas deformações ao longo da
peça. Verificar na alvenaria o posicionamento dos blocos preenchidos com
argamassa no traço 1:4 e furar devidamente os batentes nas respectivas alturas
em duas unidades lateralmente espaçados em 3 a 5 cm. Posicionar os batentes
nos vãos, centralizar a peça nas espessuras das paredes e encostar os pés das
ombreiras conforme a cota do piso acabado e travar as ombreiras segundo a
localização das taliscas. Travar as peças com as cunhas de madeira, conferir
novamente o esquadro, prumo e nível das peças nas faces laterais e frontais. Furar
as taliscas nas paredes de alvenaria e fixar os parafusos com as buchas de
expansão, colar as cavilhas nos furos deixando-as com acabamento superficial das
faces dos batentes. Aplicar espuma de poliuretano no vão entre as paredes de
alvenaria e as peças do batente, anteriormente colocar um anteparo no contorno
em uma das faces, recortar o excesso de material.
2- Colocação da folha de porta:
Encostar a folha da porta no batente para verificar os ajustes necessários para
serem realizados, com tolerância máxima de 3 mm em relação ao batente nas
laterais e parte superior e 8 mm em relação ao piso acabado. Marcar as posições
das dobradiças e da fechadura com auxilio do graminho. Fixar primeiramente as
dobradiças com os referidos parafusos e centralizar a abertura para o furo da
fechadura e do canal da lingueta de fechamento da folha na outra extremidade do
batente, realizar a perfuração com os ferramentais adequados e travar as vistas
dos metais de acabamentos. Lubrificar parafusos das dobradiças e mecanismos da
fechadura e realizar os deslocamentos sucessivos das folhas das portas,
verificando se há ruídos, riscos de marcação nos pisos e frestas entre a folha da
porta e o batente. Fixar as guarnições chanfradas á 45 graus nas extremidades
com parafusos sem cabeça, tomando o cuidado para não marcar os elementos
com a ação do martelo.
3- Informações adicionais:
Verificar o nivelamento do piso na área de influência do arco de abertura da folha
da porta;
Proteger o ambiente contra a umidade, afim de evitar o empenamento dos
elementos de madeira;
Sempre consultar antecipadamente o manual técnico do fabricante.
Descartar os materiais conforme programa de gestão de resíduos.
PIS - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE BATENTE E PORTA
PES REF. Nº4 FOLHA: 1
1- PERIODICIDADE DA INSPEÇÃO
A periodicidade de inspeção será conforme o término de cada etapa. Após a conclusão dos serviços deverão ser realizadas outras inspeções para verificação da uniformidade dos aspectos.
2- ITENS DE CONTROLE - MÉTODO - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ITENS ITENS CONTROLADOS MÉTODO DE
AVALIAÇÃOCRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
01
02
03
04
05
Liberação das paredes e piso
Esquadros das aberturas nas paredes
Espessura e prumo das paredes
Nível do piso acabado
Deformações nas peças do batente
Cronograma real
Posicionamento de esquadros à 90 graus Medição com trena Régua e nível de bolha
Régua e nível de bolha
30 dias para cura dos
revestimentos;
Desvios máximos de 3
mm
Desvios máximos de 5
mm
Desvio permitido de 5
mm para escoamentos
de fluidos.
Desvios máximos de 3
3- PROTEÇÕES
Para acesso em locais elevados do piso utilizar andaimes conforme NBR 6494 e os EPIs conforme NR 6 e NBRs 14626 -14627-14628 -14629.
FVS - FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE BATENTE E PORTA PES REF. Nº 4 FOLHA: 1
1- LOCAL DO SERVIÇO
2- VERIFICAÇÃO
ITENS ITENS VERIFICADOS APROV. REPROV. DATA OBSERVAÇÕES
E AÇÕES
01
02
03
Montagem dos batentes
Instalação dos batentes.
Instalação das ferragens e funcionamento do conjunto (abertura, fechamento)
3- RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO:
4- RESPONSÁVEL TÉCNICO (ENGENHEIRO):
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE BATENTE E PORTA
PES/PIS REF. Nº 4 FOLHAS: 1 a 2
As dimensões das paredes e
as medidas das peças estão em conformidade?
Os recursos materiais,
ferramentais, EPIs/EPCs e Mão
de Obra estão disponíveis?
INÍCIO
Reprogramar atividades
Não
Sim
Relata as anormalidades
Conferir as dimensões dos vãos nas paredes
e das peças.
Descrever os itens.
Não
Inspecionar: prumo, esquadro
e nível.
FIM
Realizar ajustes necessários.
A
A instalação esta em
conformidade?
Sim
Não
Fixar as dobradiças, colocar a fechadura e
ajustar a folha da porta.
Relatar as anormalidades.
Montar e Instalar os batentes no vão da
parede.
A
Acionar fechadura e repetir
fechamento da folha.
6.4 COLOCAÇÃO DE CONTRAMARCO E CAIXILHO
PES - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE CONTRAMARCO E CAIXILHO DE ALUMINIO
PES Nº 4
FOLHAS: 1 a 3
1- RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
EXECUÇÃO: Serventes e Pedreiros.
INSPEÇÃO: Engenheiro e/ou Profissional técnico da obra ou qualidade.
SUPERVISÃO: Mestre de obras e/ou Encarregado.
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
NBR 10821 – Esquadrias externas para Edificações – Terminologia, Requisitos, Classificação e Métodos de Ensaio;
NBR 7199 – Projeto, Execução e Aplicação de Vidros na Construção Civil.
NR 18 – Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção civil
Projeto Arquitetônico e outros correlatos;
Memorial descritivo da obra;
Manual Técnico do fabricante do material;
Documentos do sistema de gestão da qualidade: Manual da Qualidade (MQ);
3 - PRÉ-REQUISITOS
Materiais e Ferramentais em quantidades suficientes e boas condições de uso e disponíveis em locais de fácil acesso;
Mão de Obra alocada na atividade conforme planejamento das atividades; Revestimentos e paredes concluídos e liberados com antecedência;
4 - RECURSOS NECESSÁRIOS
MATERIAIS EQUIPAMENTOS EPIs e EPCs- Contramarcos e grapas de chumbamento;- Sarrafo dim. 1” x 2” ;- Arame recozido nº 18; - Cunhas de madeira; - Brocas de videa;- Eletrodos;- Barras de aço 6,3 mm;- Selante para vedação;- Caixilhos de alumínio;- Vidro - Massa de calafetar ou mangueira plástica;- Fita adesiva;- Alcool;- Detergente;- Estopa;
- Martelo;- Marreta 0,5 kg;- Máquina de Solda;- Torquês;- Prumo de face;- Régua metálica 1”x2”; - Colher de pedreiro;- Nível de bolha;- Trena;- Esquadros;
- Bota- Óculos - Luvas- Capacete - Protetor auricular- Fitas de sinalização de isolamento da área.
5 – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O MÉTODO EXECUTIVO
1 – Fixação dos contramarcos:
As paredes em alvenaria devem estar com as faces planas e prumadas com
folga de 5 cm junto à contraverga e 3 cm para as demais faces das paredes em
alvenaria. Fixar dois sarrafos de madeira no vão, pela face externa do contramarco,
utilizando as cunhas de madeira para travar os mesmos no vão da alvenaria. Furar
o fundo da viga e as laterais dos vãos com broca para colocação das grapas. Fixar
as barras de aço de 6,3 mm nos furos e amarrar os contramarcos com arame
recozido. Ajustar os contramarcos no vão centralizando conforme a espessura da
parede e esquadrinhando segundo as dimensões da largura e altura, bem como o
prumo nas faces internas e externas. Realizar o travamento através do aperto dos
arames recozidos junto aos sarrafos e encaixar as grapas no contramarco em
espaçamento de 20 cm em relação aos cantos e não exceder a distância de 80 cm
entre as grapas. Efetuar as soldas nas barras de aço colocadas anteriormente e as
grapas do contramarco e preencher a furação das barras de aço com argamassa
de consistência plástica traço 1:3, deixando transcorrer o período de 24 horas para
cura, realizar novamente a conferência das medidas e arrematar com argamassa
as folgas entre o contramarco e alvenaria.
2- Colocação do caixilho:
Efetuar a limpeza dos contramarcos, aplicar o selante nas superfícies e
encostar o caixilho cuidadosamente no quadro fixado, fixar os parafusos entre o
PIS - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE CONTRAMARCO E CAIXILHO DE ALUMINIO
PES REF. Nº4 FOLHA: 1
1- PERIODICIDADE DA INSPEÇÃO
A periodicidade de inspeção será conforme o término da etapa da pré-fixação dos contramarcos e após a conclusão da etapa de soldagem das barras de aço. Após a conclusão dos serviços deverão ser realizadas outras inspeções para verificação do funcionamento do mecanismos de deslizamento e fechamento, bem como folgas e ruídos.
2- ITENS DE CONTROLE - MÉTODO - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ITENS ITENS CONTROLADOS MÉTODO DE
AVALIAÇÃOCRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
01
02
03
04
Liberação das paredes e revestimentos;
Esquadros das aberturas nas paredes;
Espessura, prumo e dimensões dos vãos das paredes;
Deformações nas peças
Centralização do contramarco no vão e na
Cronograma real
Esquadros à 90 graus
Medição com trena e prumo
Régua e nível de bolha
Prumo e nível de
30 dias para cura dos
revestimentos;
Desvios máximos de 3
mm
Desvios máximos de 5
mm
Desvios máximos de 3
mm
Sem desvios
3- PROTEÇÕES
Para acesso em locais elevados do piso utilizar andaimes conforme NBR 6494 e os EPIs conforme NR 6 e NBRs 14626 -14627-14628 -14629.
FVS - FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE CONTRAMARCO E CAIXILHO DE ALUMINIO
PES REF. Nº 4 FOLHA: 1
1- LOCAL DO SERVIÇO
2- VERIFICAÇÃO
ITENS ITENS VERIFICADOS APROV. REPROV. DATA OBSERVAÇÕES
E AÇÕES
01
02
03
Fixação dos contramarcos
Colocação do caixilho e instalação dos vidros
Funcionamento do conjunto (abertura, fechamento repetitivo)
3- RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO:
4- RESPONSÁVEL TÉCNICO (ENGENHEIRO):
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE CONTRAMARCO E CAIXILHO DE ALUMINIO
PES/PIS REF. Nº 4 FOLHAS: 1 a 2
A abertura na parede esta
compatível com as dimensões da
esquadria?
Os recursos materiais,
ferramentais, EPIs/EPCs e Mão
de Obra estão disponíveis?
INÍCIO
Reprogramar atividades
Não
Sim
Relata as anormalidades
Conferir as dimensões do vão na parede e da
esquadria.
Descrever os itens.
Não
Realizar ajustes necessários.
A
A instalação esta em
conformidade?
Sim
Não
Soldar chumbadores, realizar acabamentos e instalar caixilho/vidro.
Relatar as anormalidades.
Posicionar e travar o contramarco no vão da
parede de alvenaria.
A
Repetirvárias vezes
deslocamento e travamento.
Inspecionar: prumo, esquadro
e nível.
Sim
O contramarco está
devidamente centralizado e
alinhado?
Realizar ajustes necessários.
Não
Relatar as anormalidades.
6.5 COLOCAÇÃO DE FORRO
PES - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE FORRO PES Nº 4
FOLHAS: 1
1- RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
EXECUÇÃO: Serventes , Pedreiros e Profissionais do gesso .
INSPEÇÃO: Engenheiro e/ou Profissional técnico da obra ou qualidade.
SUPERVISÃO: Mestre de obras e/ou Encarregado.
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
NBR 15758 – Sistemas construtivos em chapa de gesso para drywall- Projeto e procedimento executivo para montagem – Parte 2.
NBR 15217 – Perfis de aço para sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Requisitos e métodos de ensaio
NBR 12775 – Placas lisas de gesso para forro – Determinação de dimensões e propriedades físicas – Método de ensaiio;
NBR 13867 - Revestimento interno de paredes e tetos com pasta de gesso - Materiais, preparo, aplicação e acabamento;
FIM
NR 18 – Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção civil
Projeto Arquitetônico e outros projetos correlatos;
Memorial descritivo da obra;
Manual Técnico do fabricante do material;
Documentos do sistema de gestão da qualidade: Manual da Qualidade 3 - PRÉ-REQUISITOS
Materiais e Ferramentais em quantidades suficientes e boas condições de uso e disponíveis em locais de fácil acesso;
Mão de Obra alocada na atividade conforme planejamento das atividades; Revestimentos de paredes e lajes concluídos e liberados com
antecedência; Instalações elétricas, sanitárias, ar condicionado e demais concluídas e
liberadas; Sistemas de impermeabilizações devem estar liberados;
4 - RECURSOS NECESSÁRIOS
MATERIAIS EQUIPAMENTOS EPIs e EPCs-Placas de gesso para forro, estruturado com arame de aço galvanizado;- Gesso lento em pó;- Arame galvanizado nº16;- Estopa de sisal;- Lata de 18 litros ou
- Régua de alumínio 1”x 2”- Desempenadeira de aço- Serrote- Sistema de fixação a pino (finca-pino)- Martelo- Espátula- Cavalete- Mangueira de nível
- Bota- Óculos - Luvas- Capacete - Protetor auricular- Fitas de sinalização de isolamento da
masseira;- Pregos de aço 15 x 15 ou 16 x 18;- Sarrafo de madeira de 1 x 1 para travamento do forro e regulagem do nível do arame;- Fita adesiva;
- Linha de algodão e pó xadrez ou aparelho próprio para marcação com linha- Vassouras;
área.
5 – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O MÉTODO EXECUTIVO
1 – Serviços preliminares:
Vistoriar as paredes e lajes se há presença de infiltração ou foco de bolores no
ambiente, caso haja executar a devida limpeza e comunicar as ocorrências.
Montar os andaimes internos nos ambientes, utilizando os cavaletes e proceder o
travamento entre as peças.Definir e marcar nas paredes o nível de assentamento
do forro, com o uso de mangueira de nível ou nível a laser, de acordo com as
especificações dos projetos. Mapear os pontos para sustentação do forro e cravar
os pinos com uso de pistola finca-pino (no caso de lajes pré-fabricadas procurar
fixar os pinos nas viguetas de concreto, escarificar a camada de revestimento para
localização das peças) . Fazer a amarração do arame galvanizado no pino da laje
(verificar se os arames estão bem ancorados na laje) .Os arames devem ser
fixados sempre a prumo, quando não for possível, utilizar mais um tirante na
diagonal oposta, de modo a não criar esforços horizontais nas placas. Os tirantes
devem estar cortados em altura uniforme afim de assegurar o nivelamento das
placas.
2- Colocação das placas
Pendurar as placas com o uso do arame galvanizado (02 pendurais por placa,
exceto a primeira fiada de placas que terão 04 pendurais cada placa) e assentá-
las no nível definido, observando o perfeito encaixe entre as placas e nivelamento
do conjunto com o uso de régua de alumínio ou linha de nylon. Cuidar para que os
pendurais em arame galvanizado fiquem aprumados a fim de se evitar a
transmissão de esforços horizontais para o forro. Nos encontros entre o forro e as
paredes e na face superior das juntas entre as placas, deverá ser executado um
chumbamento com uso de pasta formada por gesso em pó e água, estruturada por
fibra de coco.
Caso seja especificada a colocação de molduras de gesso, elas deverão ser
fixadas ao forro com o uso da pasta de gesso (caso das molduras colocadas fora
da periferia do forro) ou fixadas nas paredes com a pasta formada por gesso em
pó e água, estruturada por fibra de coco (no caso de molduras de periferia).
Para grandes vãos deverá ser previstos a execução de juntas de
movimentação, com o objetivo de evitar trincas por dilatação térmica diferencial.
PIS - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE FORRO PES REF. Nº4 FOLHA: 1
1- PERIODICIDADE DA INSPEÇÃO
A periodicidade de inspeção será conforme o término da etapa da pré-fixação dos tirantes e da marcação do nível acabado do forro. Após a conclusão dos serviços deverão ser realizadas outras inspeções para verificação do aparecimento de trincas e/ou recalques das placas.
2- ITENS DE CONTROLE - MÉTODO - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ITENS ITENS CONTROLADOS MÉTODO DE
AVALIAÇÃOCRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
01
02
03
Liberação das paredes e revestimentos;
Esquadros das paredes;
Deformações nas peças
Cronograma real
Esquadros à 90 graus
Régua e nível de bolha
30 dias para cura dos
revestimentos;
Desvios máximos de 3
mm
Desvios máximos de 3
mm
3- PROTEÇÕES
Para acesso em locais elevados do piso utilizar andaimes conforme NBR 6494 e os EPIs conforme NR 6 e NBRs 14626 -14627-14628 -14629.
FVS - FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE FORRO PES REF. Nº 4 FOLHA: 1
1- LOCAL DO SERVIÇO
2- VERIFICAÇÃO
ITENS ITENS VERIFICADOS APROV. REPROV. DATA OBSERVAÇÕES
E AÇÕES
01
02
03
Fixação dos pinos e tirantes de arame galvanizado
Prumo, quantidade e corte dos tirantes na altura do nivelamento das placas.
Colocação e chumbamento das
3- RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO:
4- RESPONSÁVEL TÉCNICO (ENGENHEIRO):
SERVIÇO: COLOCAÇÃO DE FORRO PES/PIS REF. Nº 4 FOLHAS: 1 a 2
Os recursos materiais,
ferramentais, EPIs/EPCs e Mão
de Obra estão disponíveis?
INÍCIO
Reprogramar atividades
Não
Sim
Conferir os esquadros nas paredes.
Descrever os itens.
Existe a presença de
foco de infiltração e bolores no ambiente?
Relata as anormalidades
A
Posicionar e fixar os pinos na laje, conforme
o mapeamento das placas.
A
Sim
Os tirantes estão em prontos para receber a carga das placas de
gesso?
Realizar ajustes necessários.
Não
Relatar as anormalidades.
Inspecionar: prumo,
quantidades e suporte de carga.
Não
Sim
6.6 IMPERMEABILIZAÇÃO
PES - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: IMPERMEABILIZAÇÃO FOLHAS: 1
FIM
Realizar ajustes necessários.
A instalação esta em
conformidade?
Sim
Não
Fixar as placas de gesso e realizar os
acabamentos.
Relatar as anormalidades.
Verificar o nível do pano e ondulações.
PES Nº 4
2- RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
EXECUÇÃO: Serventes e Pedreiros.
INSPEÇÃO: Engenheiro e/ou Profissional técnico da obra ou qualidade.
SUPERVISÃO: Mestre de obras e/ou Encarregado.
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
NBR 9952 – Manta asfáltica para impermeabilização;
NBR 9575 – Impermeabilização – Seleção e Projeto;
NBR 9574 – Execução de impermeabilização;
NBR 9686 – Solução e emulsão asfática empregadas como material de imprimação na impermeabilização;
NR 18 – Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção civil
Projeto Arquitetônico e outros projetos correlatos;
Memorial descritivo da obra;
Manual Técnico do fabricante do material;
Documentos do sistema de gestão da qualidade: Manual da Qualidade (MQ);
3 - PRÉ-REQUISITOS
Materiais e Ferramentais em quantidades suficientes e boas condições de uso e disponíveis em locais de fácil acesso;
Mão de Obra alocada na atividade conforme planejamento das atividades;
Revestimentos de paredes e lajes concluídos e liberados com antecedência;
Instalações elétricas, sanitárias, ar condicionado e demais concluídas e liberadas;
4 - RECURSOS NECESSÁRIOS
MATERIAIS EQUIPAMENTOS EPIs e EPCs- Argamassa de cimento e areia ;- Manta asfáltica; - Tinta de base asfáltica (primer);- Camada separadora (filme de polietileno ou papel Kraft)
- Régua de alumínio 1”x 2”- Desempenadeira - Nível de bolha- Maçarico- Espátula- Mangueira de nível- Vassouras;- Colher de pedreiro; - Rolo -Pincéis
- Bota- Óculos - Luvas- Capacete - Protetor auricular- Fitas de sinalização de isolamento da área.
5 – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O MÉTODO EXECUTIVO
1 – Serviços de preparo do substrato:
Antes de iniciar esse serviço, deve ser fazer a regularização da superfície com
argamassa de cimento e areia. As cavidades ou ninhos existentes na superfície
deverão ser preenchidos com argamassa de cimento e areia (traço 1:3, em
volume), com ou sem aditivos. O substrato não deverá apresentar cantos e arestas
vivos, os quais deverão ser arredondados com raio compatível com o sistema de
impermeabilização.As superfícies a serem impermeabilizadas deverão estar limpas
de poeiras, óleos ou graxas e isentas de restos de forma, pontas de ferro,
partículas soltas, etc..A superfície a ser impermeabilizada deverá ser isenta de
protuberâncias e com resistência e textura compatíveis com o sistema de
impermeabilização.Em rodapés, muros, paredes e jardineiras, os cantos devem ser
arredondados e a argamassa de regularização deve subir de 30 a 40 cm. Essa
etapa é importante, pois também garante os caimentos adequados para a água e
minimiza as chances de perfuração da manta. Em especial deve se tratar os pontos
problemáticos como ralos, rodapés e tubulações emergentes, que deverão ser
devidamente impermeabilizados para evitar infiltrações. Importante verificar se
existe desagregação de materiais na superficie.
2-Impermeabilização da superfície, pontos de drenagem e tubulações
ascendentes.
A impermeabilização da superfície deverá ser realizada após a regularização
e limpeza do local, com a aplicação do primer na base regularizada e a limpeza
com auxílio de boneca ou rolo. Deve se esperar o período de quatro horas para
começar a aplicar a manta. Primeiramente deve se aplicar o primer no rodapé
(meia-cana), sempre de cima para baixo. Após a cura do primer sempre partindo
do lado mais baixo desenrole a primeira manta e verifique se o encontro com a
superfície vertical (parede, platibanda) está perfeito. Se não estiver, enrole a manta
novamente, ajeite a posição do rolo, e o desenrole de novo. Depois de verificada a
posição da primeira manta, enrole-a novamente e com o maçarico, proceder o
aquecimento do primer e o dorso da manta durante esse processo a manta deverá
ser resenrolada e pressionada firmemente contra a base. Depois que a primeira
manta já estiver soldada ao primer, desenrole a segunda manta, atentar para a
sobreposição de 10 cm de uma faixa sobre a outra e o cuidado para que a manta
já aplicada e a nova fiquem perfeitamente paralelas. Enrole e desenrole quantas
vezes forem necessárias, até que o material fique perfeitamente posicionado .
Com o maçarico, deve ser aquecer o primer, uma faixa de 10 cm no início da
manta já instalada e o verso da manta nova. Durante o aquecimento deve se
processar o desenrolamento da nova manta, pressionando a mesma firmemente
contra a base e o topo da manta já instalada. Logo após deve se aquecer a colher
de pedreiro e a sobreposição de mantas simultaneamente e pressionar o encontro
das duas mantas, até que se fundam em uma só camada. Cuidar para deixar uma
dobra de 20 cm no encontro das mantas com superfícies verticais. No caso de
jardineiras e banheiras encostadas em paredes, deve ser ultrapassada em 20 cm a
altura em que a água poderá chegar e cortar uma faixa de manta e aplicar na
parede como foi feito no piso, de forma que fique sobreposta à manta aplicada na
base. No caso de jardineiras e peitoris, deve se cobrir todo o topo da parede. Após
o posicionamento da faixa recortada, deve ser retirada e processar o aquecimento
do primer, do verso da faixa e da extremidade da manta aplicada na base e colar
firmemente a faixa de manta na parede e na manta já aplicada na base. No caso
da lateral e topo de paredes, o mesmo processo deverá ser realizado de mesma
forma, iniciando pela base e arrematando na parte superior da parede. Cuidar para
pressionar muito bem a manta contra a base e contra a manta já aplicada. A área
impermeabilizada deverá ser imersa em água por no mínimo 72 horas. Antes de
fazer o revestimento, coloque a camada separadora composta por papel Kraft ou
polietileno. Nos pontos de drenagem como os ralos, deve ser feito a soldagem
especial para a aderência entre as superfícies da nova manta e da manta de
recorte do ralo obtida por um círculo correspondente ao tamanho do ralo e
adentrada para seu interior e com acabamento realizado com a colher de pedreiro
aquecida. O ralo deve estar cercado de um rebaixo quadrado. Deverá ser cortado
um pedaço de manta de 20 cm x 10 cm com o estilete, e fazer cortes transversais,
a cada 3 cm, sempre até a metade da manta e soldar um dos cantos opostos aos
recortes e dobrar a manta e colar a mesma, formando um rolinho. Deve-se colocar
um cilindro no ralo, de forma que as tiras fiquem para fora, formando uma
"margarida" e com auxilio do maçarico, soldar as tiras sobre a base, nas laterais
do tubo de queda. Com a colher de pedreiro, deve se pressionar as tiras contra o
piso e cortar uma faixa de manta com o tamanho do rebaixo e posicionar a manta
para a soldagem. Desta forma através do maçarico, a manta deverá ser solada
sobre a margarida e o primer da base. Na abertura do ralo, deve ser feito dois
cortes em forma de cruz e com o emprego da colher de pedreiro realizar a
moldagem da manta nas laterais do tubo de queda. Para impermeabilizar pontos
da tubulação emergente, deve se repetir os passos da impermeabilização do ralo,
porém a manta com as tiras deverá ser soldada voltada para baixo junto ao piso
com auxílio de maçarico e colher de pedreiro e com estilete, deve ser recortada
uma circunferência marcada na manta e soldar a mesma, insirindo a peça circular
a partir do topo da tubulação, para soldar sobre as tiras da margarida e a base,
com o auxílio do maçarico, exercendo uma pressão sobre o material para
consolidar a adesão. Após a realização do ensaio hidráulico de 72 horas deverá ser
executada a camada de proteção mecânica sobre o revestimento das camadas de
impermeabilização, com argamassa de cimento e areia variando entre 1 a 5 cm e
traço de dosagem conforme prescrição de projeto.
3- Informações adicionais:
PIS - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: IMPERMEABILIZAÇÃO PES REF. Nº4 FOLHA: 1
1- PERIODICIDADE DA INSPEÇÃO
A periodicidade de inspeção será conforme o término da etapa da preparação do substrato, colocação das mantas sobre a superfície e após o teste da lâmina liquida de 72 horas.
2- ITENS DE CONTROLE - MÉTODO - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ITENS ITENS CONTROLADOS MÉTODO DE
AVALIAÇÃOCRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
01
03
04
05
06
07
Liberação das lajes e áreas ;
Inspeção da superfície presença de fissuras, trincas e focos de umidade;
Inclinação da superfície regularizada (caimento);
Imprimação e revestimento acabado com mantas;
Vedação dos pontos de drenagem e tubulações.
Planicidade das superfícies e caimento para drenagem.
Cronograma real
Visual
Régua e nível
Visual e normativo
Visual e normativo
Visual e normativo
30 dias para cura dos
revestimentos;
Sem tolerâncias
Conforme projetos
Sem desvios
Sem desvios
Sem desvios
3- PROTEÇÕES
Para acesso em locais elevados do piso utilizar andaimes conforme NBR 6494 e os EPIs conforme NR 6 e NBRs 14626 -14627-14628 -14629.
FVS - FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: IMPERMEABILIZAÇÃO PES REF. Nº 4 FOLHA: 1
1- LOCAL DO SERVIÇO
2- VERIFICAÇÃO
ITENS ITENS VERIFICADOS APROV. REPROV. DATA OBSERVAÇÕES
E AÇÕES
01
02
03
Camada de regularização
Aplicação das mantas asfálticas e vedação dos pontos de drenagem.
Proteção mecânica e inclinação da superfície para drenagem.
3- RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO:
4- RESPONSÁVEL TÉCNICO (ENGENHEIRO):
SERVIÇO: IMPERMEABILIZAÇÃO PES/PIS REF. Nº 4 FOLHAS: 1 a 2
O substrato esta liberado?
Os recursos materiais,
ferramentais, EPIs/EPCs e Mão
de Obra estão disponíveis?
INÍCIO
Reprogramar atividades
Não
Sim
Relata as anormalidades
Limpar o substrato, verificar fissuras, trincas e
umidade e deixar a superfície rugosa.
Descrever os itens.
A
Sim
Não
Inspeção: teste hidráulico.
FIM
Realizar ajustes necessários.
A instalação esta em
conformidade?
Sim
Não
Realizar a imprimação, ,assentar as
mantas asfálticas e efetuar teste de estanqueidade.
Relatar as anormalidades.
Realizar a camada de regularização com
argamassa de cimento e areia.
A
A camada de regularização esta liberada?
Realizar ajustes necessários.
Não
Relatar as anormalidades.
Inspecionar: nívelamento
(caimento para drenagem)
Sim
Cura da camada de
regularização (3 dias)
Teste hidráulico (72 horas)
Executar a camada de proteção mecânica
6.7 ESTRUTURA DE TELHAMENTO
PES - PROCEDIMENTO DE EXECUÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: ESTRUTURA DE TELHAMENTO e COBERTURA COM TELHAS CERÂMICAS
PES Nº 4
FOLHAS: 1
3- RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES
EXECUÇÃO: Serventes , Pedreiros e Carpinteiros
INSPEÇÃO: Engenheiro e/ou Profissional técnico da obra ou qualidade.
SUPERVISÃO: Mestre de obras e/ou Encarregado.
2- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
NBR 8039 – Projeto e Execução de telhados com telha cerâmica tipo francesa- Procedimento;
NBR 7190 – Projeto de Estruturas de Madeira;
NBR 12551 – Madeira serrada – Terminologia;
NBR 12807 – Madeira serrada - Dimensões;
NBR 7203 – Madeira serrada e beneficiada
NBR 6627 – Pregos comuns e arestas metálicas para madeira
NR 18 – Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção civil
Projeto Arquitetônico e outros projetos correlatos;
3 - PRÉ-REQUISITOS
Materiais e Ferramentais em quantidades suficientes e boas condições de uso e disponíveis em locais de fácil acesso;
Mão de Obra alocada na atividade conforme planejamento das atividades; Paredes e lajes revestidas e liberadas com antecedência (incluindo os oitões
ou empena) ; Material metálico dos rufos, calhas e acabamentos entregues; Instalações elétricas, instalação de distribuição de água com reservatórios
instalados e descidas de água pluvial, dutos de ar condicionado e demais instalações concluídas , testadas e liberadas;
Serviços de impermeabilização testados e liberados;
4 - RECURSOS NECESSÁRIOS
MATERIAIS EQUIPAMENTOS EPIs e EPCs- Argamassa de cimento e areia ;- Telhas Cerâmicas;- Cumeeiras (goiva);- Pregos;- Parafusos;- Ripa ou ripão;- Caibro;- Viga;- Pontalete;- Solução imunizante;
- Régua de alumínio 1”x 2”- Desempenadeira;- Nível de bolha;- Espátula;- Mangueira de nível;- Vassouras;- Colher de pedreiro; - Serrote;- Furadeira elétrica;- Serra portátil elétrica;- Martelo- Linha de nylon;- Lápis de carpinteiro- Esquadros
- Bota- Óculos - Luvas- Capacete - Protetor auricular- Fitas de sinalização de isolamento da área.
5 – RECOMENDAÇÕES BÁSICAS PARA O MÉTODO EXECUTIVO
1 – Serviços iniciais e execução do madeiramento:
Deverá ser conferido o nivelamento dos panos de lajes para o perfeito assentamento das tesouras sobre as lajes, poderá ser executadas bases de apoio para assentamento conforme especificações de projeto ou consulta ao projetista.
As tesouras deverão ser montadas conforme projeto com as vigas, pernas, pendural e escoras nas posições e quantidades especificadas, preferencialmente as peças devem ser pré-montadas separadamente e depois receberem os ajustes e fixação definitiva no local. Nos tirantes, poderão ser utilizados sarrafos de 10 cm de largura, porém em dobro, pregados nos dois lados da estrutura.
O caimento deverá estar entre 32% a 40% para telhas francesas, conforme prescrição da norma.
As emendas de terças deverão ser fixadas sobre os apoios. Atentar para colocação de calços triangulares para o travamento. Em algumas situações, para melhor aproveitamento e desempenho da madeira, uma extremidade poderá ser balanceada em até 0,70m (setenta centímetros), o que proporciona uma diminuição de igual dimensão do vão subseqüente.
As terças serão de viga 6 x 12 cm, até um vão máximo de 3,20m. Para vãos maiores, deverão ser utilizadas peças de 6 x 16 cm.
No apoio das terças com os oitões, deverão ser colocados coxins 9 x 11 x 30 cm, confeccionados com concreto armado, para evitar que concentração de carga fissura a alvenaria.
Para apoios com pontaletes, alguns cuidados devem ser observados: Os pontaletes não podem se apoiar diretamente sobre as lajes ou paredes, mas sim sobre sapatas de base constituídas de pedaços de viga de madeira com comprimento mínimo de 30 cm para melhor distribuição da carga. Os encontros de peças do pontalete serão fixadas com pregos.
Para a colocação dos caibros, a distância máxima para as terças será de 2,50m. Cortar as extremidades inferiores somente após a definição do beiral.
Para a colocação dos ripões a distância máxima entre caibros será de 0,65 cm, e para ripas de 0,50 cm.
Para a colocação dos ripões e ripas, galgar as telhas para que se tenha preferencialmente uma peça inteira tanto na primeira quanto na última fiada, para evitar recortes excessivos dos materiais.
Para toda a estrutura não poderão ser utilizadas peças que se apresentarem com esmagamentos, nós soltos ou nós que abranjam grande parte da seção transversal, rachas, desbitolamento excessivo, empenamento ou umidade excessiva (“verdes”).Sempre deverá ser verificada a rigidez adequada dos encaixes entre os elementos.
2- Assentamento das telhas cerâmicas:
Antes de se iniciar a colocação das telhas, verificar se a trama (malha superior) está formando um plano uniforme sem concavidades.
PIS - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: ESTRUTURA DE TELHAMENTO e COBERTURA COM TELHAS CERÂMICAS
PES REF. Nº4 FOLHA: 1
1- PERIODICIDADE DA INSPEÇÃO
A periodicidade de inspeção será conforme o término da etapa da preparação das tesouras, posicionamento e termino da montagem do madeiramento e colocação das telhas com os devidos acabamentos.
2- ITENS DE CONTROLE - MÉTODO - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO ITENS ITENS CONTROLADOS MÉTODO DE
AVALIAÇÃOCRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
01 Liberação das lajes e instalações
Cronograma real 30 dias para cura dos
revestimentos;
02
03
04
complementares;
Inspeção da superfície de apoio (lajes) presença de fissuras, trincas;
. Montagem das peças conforme projeto (quantidade e posição).
Nivelamento da trama
Nivelamento
Visual, normativo e projetos;
Nivel de
Sem tolerâncias
Sem desvios
Sem desvios
3- PROTEÇÕES
Para acesso em locais elevados do piso utilizar andaimes conforme NBR 6494 e os EPIs conforme NR 6 e NBRs 14626 -14627-14628 -14629.
FVS - FICHA DE VERIFICAÇÃO DE SERVIÇOS VERSÃO 01
SERVIÇO: ESTRUTURA DE TELHAMENTO e COBERTURA COM TELHAS CERÂMICAS
PES REF. Nº 4 FOLHA: 1
1- LOCAL DO SERVIÇO
2- VERIFICAÇÃO
ITENS ITENS VERIFICADOS APROV. REPROV. DATA OBSERVAÇÕES
E AÇÕES
01
02
03
04
Montagem das tesouras.
Instalação das tesouras e montagem das terças (trama inferior).
Montagem da trama superior (ripamento e caibros)
.Assentamento das telhas e acabamentos.
3- RESPONSÁVEL PELA VERIFICAÇÃO:
4- RESPONSÁVEL TÉCNICO (ENGENHEIRO):
SERVIÇO: ESTRUTURA DE TELHAMENTO e COBERTURA COM TELHAS CERÂMICAS
PES/PIS REF. Nº 4 FOLHAS: 1 a 2
Os recursos materiais,
ferramentais, EPIs/EPCs e Mão
de Obra estão disponíveis?
INÍCIO
Reprogramar atividades
Não Descrever os itens.
O local esta liberado para a montagem da estrutura do
telhado?
Sim
Relata as anormalidades
Conferir o nivelamento, presença de fissuras,
trincas e demais instalações.
A
A
Sim
Não
Posicionar as tesouras conforme projeto e
fixar as terças.
A estrutura esta pronta para
receber as ripas e caibros?
Realizar ajustes necessários.
Não
Inspecionar: prumo, nível
quantidades e rigidez.
FIM
Realizar ajustes necessários.
A instalação esta em
conformidade?
Sim
Não
Montar a trama de caibros e ripas.
Relatar as anormalidades.
Verificar o nível do pano e
ondulações.
Relatar as anormalidades.Sim
Assentar as telhas e realizar os
acabamentos.
7 SUGESTÃO PARA FUTUROS TRABALHOS
Como sugestão para trabalhos futuros ressalta-se a propriedade de se
avançar nos itens dos serviços controlados pelo Programa Brasileiro de Qualidade e
Produtividade no Habitat (PBQP-H), os quais seguem:
Elaboração do manual de procedimentos para os serviços controlados
compreendidos entre os itens 23 aos 25 referentes aos sistemas prediais;
Pesquisa sobre os materiais controlados.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em observação ao que esta relatado pode ser verificado os seguintes
aspectos gerenciais:
Planejamento, no que consiste em reservar recursos materiais,
equipamentos e mão de obra, anteriormente ao inicio das atividades. A evitar
possiveis interferências que podem originar o baixo de desempenho por falta de
recursos alocados no trabalho.
Execução, onde se tem as recomendações técnicas executivas e as
referências das normas técnicas peculiares a cada tarefa, para que possa servir de
recurso orientativo no desenvolvimento dos serviços. Fator que introduz no processo
o caracter de padronização normativo baseado em fundamentos técnicos.
Verificação, quanto a evolução das atividades, pela utilização do formulário
onde constam as fases do trabalho a serem cumpridas e acompanhadas com a
marcação da sua aprovação ou reprovação. Função que tem a utilidade de informar
o percentual conclusivo das tarefas na visão de planejamento, bem como
interromper o processo para a busca da solução de uma não conformidade
evidadenciada.
Checagem, que fica evidenciada nas representações pelos fluxogramas
onde se tem a indicação da ação de inspeção a ser tomada e em qual momento
durante a tarefa se dará o seu processamento de acordo com os critérios.
Em visão abragente o material apresenta um cunho preventivo, pois busca
de forma antecipada bloquear as tarefas, caso algum item não esteja em
conformidade, afim de que não possa ser gerado fatores que comprometam a
qualidade do produto final, assim como o retardo das tarefas pode ser avaliado
através dos reciclos representados nos fluxogramas quando do não atendimento
aos requisitos.
A associação e a combinação das informações compõem a proposta de uma
ferramenta avaliativa no desempenho das tarefas e estabelecem uma maneira de
conduzir a equipe de trabalho para uma administração dos serviços, baseada no
controle e na tomada de ações para uma melhor qualidade e aumento de
produtividade.
REFERÊNCIAS
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001:2008: Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos. Rio de Janeiro, 2008.
______. NBR 15961 - Alvenaria estrutural — Blocos de Concreto: Projeto, Execução e controle de obras.
______. NBR 15812 - Alvenaria estrutural — Blocos cerâmicos: Projeto, Execução e controle de obras.
______. NBR 8545 - Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos – Procedimento.
______. NBR 7200 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento.
______. NBR 13749 - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação
______. NBR 13754 - Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento
______. NBR 13753 - Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento.
______. NBR 6137 - Pisos para revestimento de pavimentos – Classificação
______. NBR 12260 - Execução de piso, com argamassa de alta resistência mecânica – Procedimento.
______. NBR 12255 - Execução e utilização de passeios públicos – Procedimento.
______. NBR 12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento – Procedimento.
CERQUEIRA, Jorge P. No ambiente da qualidade total – série Qualidade e Produtividade. 3. ed. Rio de Janeiro: Imagem, 1994.
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