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REPÚBLICA DE ANGOLA
CONTA GERAL DO ESTADO EXERCÍCIO FISCAL 2016 CGE
E
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |1
FORMA DE APRESENTAÇÃO DA CGE
Parte I
Relatório Descritivo
Parte II
Anexos:
1. Resumo dos Relatórios de Gestão dos Órgãos do Sistema Contabilístico do Estado
a. Órgãos de Soberania
b. Administração Central
c. Administração Local
d. Institutos Públicos
e. Serviços Públicos
f. Fundos Autónomos
2. Quadros das Demonstrações Financeiras
2.1 Balanço Orçamental
2.2 Balanço Financeiro
2.3 Balanço Patrimonial
2.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais
2.5 Balancete
2.6 Resumo Geral da Receita por Natureza
2.7 Resumo Geral da Receita por Fonte de Recurso
2.8 Resumo Geral da Despesa por Natureza
2.9 Resumo Geral da Despesa por Função
2.10 Resumo Geral da Despesa de Funcionamento por U.O
2.11 Resumo Geral da Despesa do PIP por Órgão de Governo
2.12 Resumo Geral da Despesa por Unidade Orçamental por O.D
2.13 Resumo Geral da Despesa por Natureza por Província
2.14 Resumo Geral da Despesa do Órgão Orçamental Por Categoria
2.15 Demonstrativo da Execução de Restos a Pagar
2.16 Resumo Geral da Despesa por Programa
3. Resumo Geral do Inventário de Bens
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |2
PARTE I ÍNDICE DOS ASSUNTOS
1. ..........INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................................................................................... 5
1.1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................................................................................................ 5
1.2. DEFINIÇÃO ....................................................................................................................................................................................................................................... 5
1.3. QUADRO LEGAL ............................................................................................................................................................................................................................... 6
2. ..........EVOLUÇÃO DA CGE DE 2012 A 2016 ................................................................................................................................................................................................. 6
3. ..........CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL................................................................................................................................................................. 8
3.1. CONTEXTO INTERNACIONAL ............................................................................................................................................................................................................. 8
3.1.1. Economia Real .................................................................................................................................................................................................................... 9
3.1.2. Comércio Internacional ..................................................................................................................................................................................................... 11
3.1.3. Inflação ............................................................................................................................................................................................................................. 13
3.2. CONTEXTO ECONÓMICO NACIONAL ................................................................................................................................................................................................ 13
3.2.1. Sector Real ........................................................................................................................................................................................................................ 15
3.2.2. Sector Externo ................................................................................................................................................................................................................... 16
3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas ...................................................................................................................................................................................... 18
3.2.4. Endividamento Público em 2016 ....................................................................................................................................................................................... 20
3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro ............................................................................................................. 20
3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo ............................................................................................................................................................................ 21
3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro ............................................................................................................................ 21
3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito .................................................................................................................................................... 22
3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB ......................................................................................................................................................... 23
3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas ....................................................................................................................................................................... 24
3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores ............................................................................................................. 24
3.2.5.1. Sector da Educação ..................................................................................................................................................................................................... 26
3.2.5.2. Sector do Ensino Superior ........................................................................................................................................................................................... 26
3.2.5.3. Sector da Saúde .......................................................................................................................................................................................................... 27
3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social ................................................................................................................................................................... 27
3.2.5.5. Sector Petrolífero ........................................................................................................................................................................................................ 28
3.2.5.6. Sector da Construção .................................................................................................................................................................................................. 29
3.2.5.7. Sector da Indústria ...................................................................................................................................................................................................... 29
3.2.5.8. Sector dos Transportes ................................................................................................................................................................................................ 30
3.2.5.9. Sector da Energia e Águas .......................................................................................................................................................................................... 30
3.2.5.10. Sector do Ambiente .................................................................................................................................................................................................... 31
3.2.5.11. Sector da Agricultura .................................................................................................................................................................................................. 31
3.2.5.12. Sector das Pescas ........................................................................................................................................................................................................ 32
3.2.5.13. Sector da Cultura ........................................................................................................................................................................................................ 32
3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação ............................................................................................................................................................................... 33
3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação ......................................................................................................................................... 33
3.2.5.16. Sector do Comércio .................................................................................................................................................................................................... 34
3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia ................................................................................................................................................................................... 34
3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos ................................................................................................................................................................................. 35
3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria............................................................................................................................................... 35
3.2.5.20. Sector da Comunicação Social .................................................................................................................................................................................... 36
3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos ......................................................................................................................................................................... 36
3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social .................................................................................................................................................. 37
3.2.5.23. Sector da Administração do Território ........................................................................................................................................................................ 37
3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas ........................................................................................................................................................................................ 38
3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo ..................................................................................................................................................................................... 38
3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher .................................................................................................................................................................... 38
3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública .................................................................................................................................................................................... 39
3.3. BALANÇO ORÇAMENTAL, FINANCEIRO E PATRIMONIAL DE 2016 ..................................................................................................................................................... 39
3.3.1. Introdução ......................................................................................................................................................................................................................... 39
3.3.2. A Revisão do Orçamento Geral do Estado no Exercício de 2016 ...................................................................................................................................... 40
3.3.3. Balanço Orçamental .......................................................................................................................................................................................................... 40
3.3.3.1. Execução da Receita ................................................................................................................................................................................................... 41
3.3.3.2. Execução da Despesa .................................................................................................................................................................................................. 43
3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo ............................................................................................................................................................ 45
3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimento Público ..................................................................................................................................... 47
3.3.3.5. Receita e Despesa por Província ................................................................................................................................................................................. 48
3.3.3.5.1. Receita por Província .................................................................................................................................................................................................. 48
3.3.3.5.2. Despesa por Província................................................................................................................................................................................................. 49
3.3.4. Balanço Financeiro ........................................................................................................................................................................................................... 50
3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro ................................................................................................................................................................................ 51
3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis ...................................................................................................... 51
3.3.5. Balanço Patrimonial ......................................................................................................................................................................................................... 53
3.3.6. Critério de valorimetria ..................................................................................................................................................................................................... 54
3.3.7. Disponível ......................................................................................................................................................................................................................... 55
3.3.7.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado ............................................................................................................................................. 56
3.3.7.2. Inventário Geral de Bens Públicos .............................................................................................................................................................................. 61
3.3.7.3. Restos a pagar ............................................................................................................................................................................................................. 62
3.3.8. Demonstração das Variações Patrimoniais ....................................................................................................................................................................... 62
3.3.9. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola .......................................................................................................................................................... 63
3.3.10. As Empresas do Sector Empresarial Público - ISEP ......................................................................................................................................................... 65
3.3.11. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro ...................................................................................................................... 66
3.3.12. Subsídios a Preços Transferidos para as Empresas ........................................................................................................................................................... 67
3.3.13. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado ........................................................................................................................................................................ 68
4. ..........CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................................................................................................... 72
5. ..........GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS ................................................................................................................................................................................................................. 73
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |3
ÌNDICE DE TABELAS Quadro 1 - Quadro Legal.......................................................................................................................................................................................................................................... 6
Quadro 2 - SIGFE em Números ............................................................................................................................................................................................................................... 7
Quadro 3 – Projeccções de crescimento do PIB mundial .......................................................................................................................................................................................... 9
Quadro 4 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais .......................................................................................................................................................................... 11
Quadro 5 - Quadro Macroeconómico ..................................................................................................................................................................................................................... 15
Quadro 6 – Principais Produtos Importados ........................................................................................................................................................................................................... 17
Quadro 7 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2016 .............................................................................................................................................................................................. 20
Quadro 8 – Garantias Emitidas ............................................................................................................................................................................................................................... 24
Quadro 9 - Desempenho do sector da Educação ..................................................................................................................................................................................................... 26
Quadro 10 - Desempenho do sector do Ensino Superior ......................................................................................................................................................................................... 27
Quadro 11 - Desempenho do sector da Saúde......................................................................................................................................................................................................... 27
Quadro 12 - Desempenho do sector da Assistência Social ...................................................................................................................................................................................... 28
Quadro 13 - Desempenho do sector Petrolífero ...................................................................................................................................................................................................... 28
Quadro 14 - Desempenho do sector da Construção ................................................................................................................................................................................................ 29
Quadro 15 - Desempenho do sector da Indústria .................................................................................................................................................................................................... 30
Quadro 16 - Desempenho do sector dos Transportes .............................................................................................................................................................................................. 30
Quadro 17 - Desempenho do sector da Energia e Águas ........................................................................................................................................................................................ 31
Quadro 18 - Desempenho do sector do Ambiente .................................................................................................................................................................................................. 31
Quadro 19 - Desempenho do sector da Agricultura ................................................................................................................................................................................................ 32
Quadro 20 - Desempenho do sector das Pescas ...................................................................................................................................................................................................... 32
Quadro 21 - Desempenho do sector da Cultura ...................................................................................................................................................................................................... 33
Quadro 22 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação ............................................................................................................................................................................. 33
Quadro 23 - Desempenho do sector das Telecomunicações .................................................................................................................................................................................... 34
Quadro 24 - Desempenho do sector do Comércio................................................................................................................................................................................................... 34
Quadro 25 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia ................................................................................................................................................................................. 35
Quadro 26 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos ............................................................................................................................................................................... 35
Quadro 27 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria ............................................................................................................................................. 36
Quadro 28 - Desempenho do sector da Comunicação Social .................................................................................................................................................................................. 36
Quadro 29 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos ....................................................................................................................................................................... 36
Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social ................................................................................................................................................ 37
Quadro 31 - Desempenho do sector da Administração Território ........................................................................................................................................................................... 38
Quadro 32 - Desempenho do sector da Geologia e Minas ...................................................................................................................................................................................... 38
Quadro 33 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo ................................................................................................................................................................................... 38
Quadro 34 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher .................................................................................................................................................................. 39
Quadro 35 - Número de efectivos da Função Pública ............................................................................................................................................................................................. 39
Quadro 36 – Revisão OGE/Contrapartidas Internas................................................................................................................................................................................................ 40
Quadro 37 - Balanço Orçamental ........................................................................................................................................................................................................................... 41
Quadro 38 - Receitas Arrecadadas.......................................................................................................................................................................................................................... 42
Quadro 39 – Despesa Realizada ............................................................................................................................................................................................................................. 43
Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função ................................................................................................................................................................................................... 46
Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento .............................................................................................................................................................. 47
Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimento Público ............................................................................................................................................................. 48
Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro.......................................................................................................................................................................................................... 51
Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro ......................................................................................................................................................................................... 51
Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas ...................................................................................................................................................................... 52
Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas ............................................................................................................................................................................ 52
Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação ................................................................................................................................................................................... 53
Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial ........................................................................................................................................................................................................ 53
Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas ............................................................................................................................................................................................................. 55
Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva .............................................................................................................................................................................................................. 55
Quadro 51 – Doações Recebidas ............................................................................................................................................................................................................................ 56
Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social ........................................................................................................................................................................... 57
Quadro 53 – Entidades participadas pelo FSDEA .................................................................................................................................................................................................. 58
Quadro 54 – Investimentos em subsidiárias ............................................................................................................................................................................................................ 58
Quadro 55 – Balanço Patrimonial FSDEA ............................................................................................................................................................................................................. 59
Quadro 56 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas ...................................................................................................................................................................... 61
Quadro 57 – Inventário Geral de Bens Públicos ..................................................................................................................................................................................................... 62
Quadro 58 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante ........................................................................................................................................................................................................ 62
Quadro 59 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial ............................................................................................................................................................................ 63
Quadro 60 – Posição Patrimonial do Banco Central ............................................................................................................................................................................................... 64
Quadro 61 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP ........................................................................................................................................................................................ 65
Quadro 62 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP ....................................................................................................................................... 66
Quadro 63 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas ................................................................................................................................................................................ 66
Quadro 64 – Participações Directas do Estado no País ........................................................................................................................................................................................... 67
Quadro 65 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro ................................................................................................................................................................................ 67
Quadro 66 – Quadro detalhado dos Dividendos recebidos...................................................................................................................................................................................... 67
Quadro 67 – Privatizações em 2016 ....................................................................................................................................................................................................................... 67
Quadro 68 – Subvenções Operacionais para as Empresas ...................................................................................................................................................................................... 68
Quadro 69 – Requisitos para Incentivos Fiscais ..................................................................................................................................................................................................... 69
Quadro 70 – Incentivos às Pequenas e Médias Empresas ....................................................................................................................................................................................... 69
Quadro 71 – Incentivos Fiscais no Exercício 2016 ................................................................................................................................................................................................. 69
Quadro 72 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas ................................................................................................................................................................ 71
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |4
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2016 ................................................................................................................................................... 7
Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2016 .......................................................................................................................................................... 10
Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolanas e do Brent ...................................................................................................................................... 11
Ilustração 4 – Exportações e Importações Mundiais .............................................................................................................................................................. 12
Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais ............................................................................................................................................ 13
Ilustração 6 - Evolução do PIB Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero ............................................................................................ 14
Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Câmbio ..................................................................................................................... 15
Ilustração 8 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio ..................................................................................................................... 16
Ilustração 9 – Principais Países de Procedência das Importações .......................................................................................................................................... 17
Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 21
Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 22
Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 22
Ilustração 13 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro .............................................................................................................................................. 23
Ilustração 14 - Estrutura da Receita Arrecadada .................................................................................................................................................................... 43
Ilustração 15 - Estrutura da Despesa Realizada ..................................................................................................................................................................... 45
Ilustração 16 – Estrutura da Despesa por Função .................................................................................................................................................................. 46
Ilustração 17 – Estrutura da Despesa Função – PIP ............................................................................................................................................................... 48
Ilustração 18 – Receita Arrecadada por Província ................................................................................................................................................................. 49
Ilustração 19 - Despesa executada por província ................................................................................................................................................................... 50 Ilustração 20 – Evolução do Disponível em Banco………………..………………………………………………………………………………………… 55
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |5
1. INTRODUÇÃO
1.1. Apresentação
01. A elaboração da presente Conta Geral do Estado (CGE) obedece às disposições da Lei n.º 15/10, de 14
de Julho – Lei do Orçamento Geral do Estado (OGE), combinado com o Decreto Executivo nº 32/17, de
26 de Janeiro – e demais normas complementares.
02. A CGE reveste-se de grande importância como acto de demonstração da aplicação dos recursos públicos
disponibilizados e evidenciar os resultados obtidos, em conformidade com a legislação e normas
aplicáveis.
03. O Ministério das Finanças, através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública, sustentou o seu
trabalho nos dados constantes do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), que se
constitui na base para a elaboração da CGE e no relatório de gestão dos órgãos do sistema contabilístico
do Estado, dos Fundos Autónomos e do Instituto Nacional de Segurança Social.
04. O SIGFE apesar de ser executado desde Janeiro de 2004, numa plataforma informática de última
geração, permitiu a implementação do Sistema Contabilístico do Estado e a introdução da contabilidade
patrimonial, com base no método das partidas dobradas. Desta forma, foi possível obter, de forma
consistente, os relatórios da execução orçamental, financeira e patrimonial, bem como as demonstrações
financeiras exigidas na Lei do OGE, embora de maneira não abrangente, por ficarem excluídas as
situações patrimoniais passadas e cuja incorporação requer o seu inventário.
05. Hoje executam o orçamento directamente no SIGFE os Órgãos da Administração Central e Local do
Estado e as instituições com autonomia administrativa e financeira que recebem transferência do Estado.
1.2. Definição
06. A CGE é o conjunto de demonstrações financeiras, documentos de natureza contabilística, orçamental e
financeira, relatórios de desempenho da gestão, relatórios e pareceres de auditoria correspondentes aos
actos de gestão orçamental, financeira, patrimonial e operacional e a guarda de bens e valores públicos,
devendo ser apresentada aos órgãos de controlo externo, a cada exercício financeiro, nos prazos e
condições previstos nas normas e legislação pertinentes. A CGE compreende as contas de todos os
Órgãos da Administração Central e Local do Estado e dos Serviços, Institutos Públicos e Fundos
Autónomos, bem como da Segurança Social e dos Órgãos de Soberania.
07. A CGE é elaborada pelo Ministério das Finanças através da Direcção Nacional de Contabilidade Pública,
enquanto Órgão Central do Sistema Contabilístico do Estado (SCE) com o suporte dos órgãos que
integram o referido sistema.
08. A Conta Geral do Estado de 2016, foi elaborada de acordo as recomendações do Tribunal de Contas,
referente aos Exercícios de 2012, 2013, 2014 e 2015, atendendo ao Relatório e Parecer sobre a Conta
Geral do Estado 2015. Com isso, as recomendações foram respondidas em conformidade, sendo
algumas, resultado de diferenças de conceitos, e apreciação técnica. Ainda assim, a melhoria na
elaboração da CGE é um processo contínuo, que deverá ter sempre em conta os seguintes aspectos: (i)
procedimento de reconciliação bancária, (ii) apuramento dos projectos estruturantes finalizados e
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |6
incorporação nas contas do Activo definitivas; (iii) controlo da execução da Receita e Despesa das UO´s
no Exterior (Missões Diplomáticas); e (iv) o nível de registo no SIGFE dos Institutos, Serviços e Fundos
Autónomos.
1.3. Quadro Legal
09. Os diplomas legais que dão suporte à elaboração e apresentação da CGE, são os que constam na tabela
seguinte:
N/O DIPLOMA LEGAL DESCRIÇÃO DISPOSIÇÃO
1 Lei n.º 13/10, de 09 de Julho Aprova a Lei Orgânica e do Processo do
Tribunal de Contas Artigo 6.º, alínea a), conjugado com o Artigo 7º
2 Lei n.º 13/12 de 18 de Abril Aprova o Regimento da Assembleia Nacional Artigos 244.º a 247.º
3 Lei n.º 15/10, de 14 de Julho Lei do OGE
Artigo 58.º combinado com os nºs 2, 3 e 6 do
Artigo 63.º, bem como a alínea a) do Artigo
64.º
4 Lei nº 12/13, de 11 de Dezembro Lei de alterações à Lei nº 15/10
5 Lei n.º 28/15, de 31 de Dezembro Aprova o Orçamento Geral do Estado para o
ano 2016
6 Lei n.º 19/16, de 24 de Outubro Lei que Aprova a Revisão do OGE 2016
7 Decreto Presidencial n.º 299/14 de 04
de Novembro
Aprova o Estatuto Orgânico do Ministério das
Finanças Artigo 18.º , alínea p)
8 Lei nº 21/16, de 29 de Dezembro Altera alguns art. da Lei da Divida Pública Artigo 2º e 4º
9 Decreto n.º 39/09, de 17 de Agosto
Estabelece as normas e procedimentos a
observar pelo Ministério das Finanças na
fiscalização orçamental, financeira,
patrimonial e operacional da Administração
do Estado e dos órgãos que dele dependem
(Decreto dos Ordenadores da Despesa)
Artigo 9.º
10 Decreto n.º 36/9, 12 de Agosto Aprova o Regulamento do Sistema
Contabilístico do Estado
11 Decreto Executivo n.º 32/17, de 26 de
Janeiro
Aprova as instruções para elaboração da
Conta Geral do Estado
Quadro 1 - Quadro Legal
2. EVOLUÇÃO DA CGE DE 2011 A 2016
10. O presente capítulo, pretende fazer uma breve abordagem da evolução qualitativa, em termos da
apresentação quantitativa dos dados consolidados extraídos dos relatórios da execução orçamental,
financeira e patrimonial, bem como as demonstrações financeiras exigidas na Lei do Orçamento Geral
do Estado. Com isso, notamos que existe um crescimento em termos de utilização do SIGFE, como
veículo de gestão orçamental, financeira e patrimonial do Estado, o que também reflecte o esforço em
trazer de forma clara e transparente todas operações ligadas à execução do OGE de acordo com os
programas emanados pelo Executivo Angolano. Esta evolução, permitiu assim a melhoria sucessiva da
Conta Geral do Estado desde o Exercício de 2011, onde desde, então foram incorporados:
Dados de Utilização do SIGFE, como plataforma de gestão do Estado, em sede do processo
constante de Transparência na Execução do OGE;
Informação sobre o desempenho do Comércio/Sector Externo, a nível das Importações e
Exportações, evidenciando o saldo da Conta Corrente e de Capital;
O desempenho do Programa Anual de Endividamento, detalhando o comportamento das
Emissões de Papéis (Obrigações e Títulos do Tesouro), a apresentação das garantias emitidas
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |7
para financiamento de projectos agrícolas, e os desembolsos em linhas de crédito, o que garantiu
também a apresentação do Rácio de Sustentabilidade;
O balanço da implementação das acções e actividades dos diversos sectores, na magnitude de
Políticas Nacionais de Desenvolvimento, sendo no sector social, económico, defesa e segurança,
bem como serviços gerais;
As transações com a Sonangol EP e companhias petrolíferas, a título da Receita Declarada, no
processo de pagamento de Impostos, que reflecte directamente na Receita Arrecadada, em função
do Cost Oil/Recuperação de Custos;
A evolução do Fundo de Reservas, recursos domiciliados no Banco Nacional de Angola,
caracterizados como REPIB – Receita Estratégica para Infraestrutura de Base, e o Diferencial do
Preço do Petróleo;
Os Fundos da Administração Directa e Indirecta, com significância a nível de transações em
fluxos reais e capacidade de contribuição na Economia;
O resultado do processo de Inventariação Geral dos Bens Públicos, a nível Central, Local e no
Sector Empresarial; e
A posição patrimonial do Banco Nacional de Angola, e das Empresas do Sector Empresarial
Público, plano de privatizações, participações do Estado nas Empresas, o Subsídios Operacionais
e Subvenções aos Combustíveis, bem como as Despesas Fiscais (Benefícios Fiscais).
11. Pode ser observado no quadro 2, o crescimento dos utilizadores, de Unidades Orçamentais, Órgãos
dependentes do SIGFE de 2011 a 2016.
N/O COMPONENTES 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Crescim.%
2011-2016
1 Unidades Orçamentais 522 531 547 595 609 621 19%
2 Órgãos Dependentes 1.544 1.616 1.786 2.116 2.115 2.314 50%
3 Utilizadores 3.789 5.789 8.760 11.266 15.326 16.536 336% 4 Documentos 5.967.456 8.934.573 12.694.398 19.791.799 23.362.336 26.803.322 349%
5 Registos Contabilísticos 59.345.672 76.234.567 106.709.364 153.789.491 148.237.812 155.691.709 162% Fonte: MINFIN
Quadro 2 - SIGFE em Números
12. Podemos observar na ilustração 1 que os utilizadores, os documentos gerados e os registos
contabilísticos do SIGFE de 2011 à 2016 aumentaram 336%, 349% e 162% respectivamente.
Ilustração 1 - SIGFE em números evolução de 2011 à 2016
19%50%
336% 349%
162%
0%
50%
100%
150%
200%
250%
300%
350%
400%
Unidades
Orçamentais
Órgãos
Dependentes
Utilizadores Documentos Registos
Contabilísticos
2%
9%8%
15%
5%
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
Unidades
Orçamentais
Órgãos
Dependentes
Utilizadores Documentos Registos
Contabilísticos
Evolução SIGFE 2011-2016
Evolução SIGFE 2015-2016
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |8
3. CONJUNTURA ECONÓMICA MUNDIAL E NACIONAL
3.1. Contexto Internacional
13. Angola continua a enfrentar ameaças externas nomeadamente relativas aos baixos preços do petróleo e
à incerteza macroeconómica. A médio prazo, é expectável que os mercados financeiros e de capitais
permaneçam voláteis, e Angola, tal como outros mercados emergentes, enfrentará pressões
inflacionárias e de falta de liquidez, como resultado de condições macroeconómicas desafiantes.
14. Em 2016 um invulgar risco político teve origem tanto em mercados emergentes como em economias
avançadas. Uma extrema volatilidade do mercado seguiu-se às notícias do resultado do referendo no
Reino Unido para deixar a UE, e ao resultado da eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA.
Estes acontecimentos recentes indicam um avanço em direcção a políticas proteccionistas e criam
incertezas na UE numa altura em que esta se depara com questões económicas urgentes e uma crise
migratória. Os ataques terroristas também representaram um risco contínuo para a Europa em 2016 e
permanecerão no centro das agendas políticas, como testemunhado pelos ataques na Turquia no início
de 2017. No Médio Oriente, o levantamento das sanções ao Irão colocou um novo conjunto de desafios
que continuarão a moldar a dinâmica regional. O mercado aberto do Irão mudou o tipo de relações dentro
da OPEP e também reforçou as tensões existentes com países vizinhos como Arábia Saudita e Israel.
15. Em 2016, a economia mundial observou um ligeiro abrandamento, ao registar um crescimento de 3,1%,
contra os 3,4% observados no ano de 2015. O abrandamento da economia mundial foi fortemente
influenciada pelo desempenho desfavorável dos mercados emergentes e em desenvolvimento, enquanto
responsável por mais de 70 % do crescimento, viram o seu crescimento reduzir de 4,2% em 2015 para
4,1% no ano de 2016. De igual modo, as economias avançadas, registaram um arrefecimento, ao
passarem de 2,1% em 2015 para 1,7% em 2016.
16. Apesar do fortalecimento global do impulso na demanda, observado na segunda metade de 2016, o fraco
desempenho da economia mundial, foi em grande medida, devido dos resultados menos favoráveis para
a produção industrial e as trocas comerciais, associados ao contínuo abrandamento e reequilíbrio da
actividade económica na China que reduziu o investimento e de produção de manufacturas para priorizar
o consumo e serviços, por outro lado, observou-se a manutenção do impacto dos preços mais baixos
para a energia e outras commodities.
17. O desempenho económico no conjunto das economias emergentes e em vias de desenvolvimento
manteve-se moderado, considerando que o crescimento económico da China reduziu, reflectindo a
manutenção da política de reestruturação do tecido económico, a diminuição da actividade económica
na India, bem como, a entrada do Brasil para um estado profundo de recessão. Quanto às economias
avançadas, a flexibilização da política fiscal e monetária assumida na zona euro e no Japão foram
implementadas de formas a impulsionar uma recuperação cíclica, de facto o crescimento observado
excedeu as expectativas anteriores em 1,8% (WEO – Abril/2016).
18. O preço do petróleo em 2016 registou ligeira estabilidade, com a inversão do curso decrescente
observado até Janeiro/2016, mês em que registou o seu mínimo de USD 28,2/Barril, reflectindo as
expectativas de redução dos níveis de produção nos países membros da Organização dos Países
Exportadores de Petróleo (OPEP) e das condições geopolíticas no Médio Oriente.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |9
3.1.1. Economia Real
19. A crise financeira global de 2008 marcou o início de um período de estagnação económica e baixas taxas
de juros. Os governos e os bancos centrais procuraram formas criativas de estimular a procura através
do corte das taxas de juros e da política fiscal, mas encontraram dificuldades em obter ganhos
significativos em termos de crescimento económico. No entanto, e cada vez mais, parece haver um
consenso entre as instituições financeiras internacionais de que o baixo crescimento já não é um sintoma
de uma economia pós-crise financeira, mas sim uma característica que a define.
20. Em Outubro de 2016, o FMI reviu em baixa as projecções de crescimento global. A projecção do
crescimento do PIB mundial é de 3,1%, abaixo dos 3,2% de 2015, como se pode verificar na Tabela
seguinte.
N/O PIB real (% variação face ao ano anterior) 2013 2014 2015 2016P 2017P 2018P
1 Mundo 3,3 3,4 3,2 3,1 3,4 3,6
2 África Subsaariana 5,2 4,9 3,4 1,5 2,9 3,6
3 África do Sul 2,3 1,6 1,3 0,1 0,8 1,6
4 Nigéria 5,4 6,3 2,7 -1,7 0,6 1,6
5 Angola 6,8 4,8 3 0 1,5 2,4
Fonte: FMI
Quadro 3 – Projeccções de crescimento do PIB mundial
21. Apesar da forte produção petrolífera, o FMI prevê que Angola venha a registar um crescimento de 0,0%
em 2016. A partir de taxas de crescimento anual do PIB superiores a 20% em 2006 e 2007, as
perspectivas económicas para Angola transformaram-se drasticamente nos últimos dez anos.
22. As estimativas mais recentes do FMI (WEO de Abril 2017) para 2016, espelham a manutenção dos
níveis de crescimento efectivo de 3,1% para a economia global, publicadas nas projecções do WEO de
Outubro de 2016, no entanto, registou-se a revisão em baixa das estimativas de crescimento das
economias emergentes e em via de desenvolvimento, ao se fixarem em 4,1% e as economias avançadas
registaram uma revisão em alta ao se fixarem em 1,7%.
23. A manutenção da desaceleração do crescimento da economia mundial em 2016, deveu-se ao
arrefecimento da economia dos EUA e dos países da União Europeia, do conjunto dos BRIC´S,
observou-se o arrefecimento da China e India, das tenções geopolíticas na grande maioria dos países do
Médio Oriente, bem como a manutenção da crise económica instalada na Rússia e no Brasil contribuíram
para o aumento do clima de incertezas relativamente aos mercados.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |10
Fonte: FMI
Ilustração 2 - Taxas de Crescimento Económico 2016
24. Nos mercados emergentes e em vias de desenvolvimento, o crescimento desacelerou ligeiramente,
passando de 4,2% em 2015 para 4,1% no ano de 2016. O comportamento das economias emergentes e
em vias de desenvolvimento, foi marcado, sobretudo, pelo crescimento negativo observado da economia
brasileira e da russa, e do menor crescimento da economia chinesa que apresentou elevada volatilidade
do mercado de capitais, desvalorizações sucessivas do Yuan face ao dólar, diminuição das importações
e das exportações, indiana e sul-africana que apresentaram políticas domésticas fracas, condições
financeiras desfavoráveis e restrições a nível da oferta e dos investimentos. Por outro lado, enquanto o
abrandamento da economia chinesa se mantem, por conta do programa de reformas estruturais de
transição económica para um modelo com maior predominância do consumo interno e do sector de
serviços.
25. Relativamente à actividade petrolífera mundial, o ano de 2016 foi marcado por uma ligeira recuperação
do preço do petróleo nos mercados internacionais, com início no princípio do ano, após um período
relativamente longo de declínio que teve início na segunda metade do ano de 2014. A inversão na
tendência decrescente do preço do petróleo, foi consequência das espectativas criadas à volta e resultante
dos acordos de redução das cotas de produção por parte da OPEP (Organização dos Países Exportadores
de Petróleo) e do ligeiro recuo nos níveis de produção do petróleo de Xisto nos EUA, dado os elevados
níveis de custos num contexto de preços baixos.
26. O ligeiro recuo do nível de oferta do crude, pelos motivos acima mencionados, o preço do petróleo bruto
no mercado internacional registou um incremento de cerca de 18% na segunda metade do ano de 2016,
conforme é possível verificar na ilustração 3.
3,1
1,6 1
,71 1
,8 -0,2
6,7
6,8
-3,6
0,3
-1,5
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
Mundo EUA Zona Euro Japão Reino
Unido
Rússia China Índia Brazil Africa do
Sul
Nigeria
ECONOMIAS AVANÇADAS MERCADOS EMERGENTES E EM VIAS DE DESENVOLVIMENTO
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |11
Fonte: MINFIN
Ilustração 3 - Evolução do Preço das Ramas Angolanas e do Brent
27. Apesar de inversão da tendência de queda do preço do petróleo, a recuperação não foi o suficiente para
gerar um impacto positivo sobre uma grande maioria de países produtores e profundamente dependentes
das receitas das exportações petrolíferas, como a Rússia, Venezuela, Irão, Angola entre outros, que viram
melhoradas as suas posições fiscais. Embora a Arábia Saudita e diversos países do Golfo também sejam
grandes exportadores de petróleo, o baixo custo de extração do petróleo permitiu-lhes alcançar ligeira
melhoria nas margens de lucro.
Indicadores Macroeconómicos Internacionais
N/O Descrição Taxa de crescimento do PIB (%) Inflação (%) Saldo da Conta Corrente (%PIB))
2014 2015 2016 2014 2015 2016 2014 2015 2016
1 MUNDO 3,5 3,4 3,1 2.9 2.8 3.1 - - -
2 Economias Avançadas 2,0 2,1 1,7 1,4 0,3 0,8 0.5 0,7 0,8
3 EUA 2.4 2,6 1,6 1,6 0,1 1,3 -2.3 -2,6 -2,6
4 Zona Euro 1,2 2,0 1,7 0,4 0,0 0,2 2.4 3,0 3,4
5 Japão 0,3 1,2 1,0 2,8 0,8 -0,1 0,8 3,1 3,9
7 Economias Emergentes 4,7 4,2 4,1 4,7 4,7 4,4 0.5 -0,2 -0,3
8 Rússia 0.7 -2,8 -0,2 7.8 15,5 7,0 2,8 5,1 1,7
9 China 7.3 6,9 6,7 2,0 1,4 2,0 2,2 2,7 1,8
10 Índia 7.2 7,9 6,8 5.9 4,9 4,9 -1.3 -1,1 -0,9
11 Brasil 0,5 -3,7 -3,5 6.3 9,0 8,7 -4,2 -3,3 -1,3
12 África do Sul 1,7 1,3 0,3 6.1 4,6 6,3 -5,3 -4,4 -3,3
13 Nigéria 6.3 2,6 -1,5 8.0 9,0 15,7 0.2 -3,2 0,6
Fonte: FMI
Quadro 4 - Alguns Indicadores Macroeconómicos Internacionais
3.1.2. Comércio Internacional
28. Os mercados continuam voláteis à medida que os países adoptam políticas proteccionistas. Angola
enfrenta ameaças externas, particularmente sob a forma dos preços baixos do petróleo e da incerteza
50,2 51,1 50,9
57,8
61,959,5
53,9
44,8 45,7 46,5
52,9
35,9
28,530,0
36,1
39,9
44,7 46,142,8
44,6 45,447,6
44,2
52,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Jan
eir
o
Fevere
iro
Março
Ab
ril
Maio
Ju
nh
o
Ju
lho
Agost
o
Sete
mb
ro
Ou
tub
ro
Novem
bro
Dezem
bro
Jan
eir
o
Fevere
iro
Março
Ab
ril
Maio
Ju
nh
o
Ju
lho
Agost
o
Sete
mb
ro
Ou
tub
ro
Novem
bro
Dez
emb
ro
2015 2016
U$D
Brent Ramas Angolanas
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |12
macroeconómica. Os grandes acontecimentos políticos globais, o referendo da UE no Reino Unido e a
eleição presidencial dos EUA, sugerem uma potencial mudança para políticas proteccionistas e voltadas
para o interior em duas das economias mais avançadas do mundo.
29. Os analistas preveem dois impactos externos importantes nas regiões da África Subsaariana, da China e
dos EUA. Enquanto a China pretende reequilibrar a sua economia em direcção a um modelo orientado
para os serviços e o consumo, muitos esperam que o crescimento do seu PIB vá desacelerar em 2018. A
OCDE prevê um crescimento na China de 6,1% em 2018, enquanto a Economist Intelligence Unit
("EIU") prevê um crescimento de 4,2%. Uma desaceleração económica na China terá um impacto directo
sobre Angola e outros países exportadores de matérias-primas através de uma diminuição dos
investimentos directos estrangeiros e uma redução nas compras de petróleo. No entanto, há projecções
de crescimento mais positivas para 2017, com a previsão de 6,4% da Bloomberg e 6,3% da Moody's.
Também é esperado que a China continue a implementar importantes políticas de estímulo fiscal e
monetário que apoiem o crescimento.
30. O anúncio efectuado pelo Financial Action Task Force em Fevereiro de 2016 de que Angola deixou de
estar sujeita ao seu processo de monitorização representou um feito significativo.
31. Em 2016, observou-se a manutenção da tendência de queda da actividade comercial a nível mundial,
justificado pela queda do volume das exportações de bens e serviços das economias avançadas de 3,7%
em 2015 para 2,1% em 2016, enquanto o nível das importações reduziu de 4,4% em 2015 para 2,4% no
ano de 2016. A queda do volume de importações de bens e serviços nas economias avançadas em 2016,
foi fortemente impactada pela redução das transações observada nos Estados Unidos da América que
viram as suas importações a caírem de 4,5% em 2015 para 1,1% em 2016. Quanto às exportações, a
redução observada nas economias avançadas, foi consequência justificada pelo decréscimo acentuado
do nível das exportações na França, Reino Unido, Alemanha e Itália, ao registarem 1,1%, 1,8%, 2,6% e
2,4%, no ano de 2016, contra os 6,1%, 6,0%, 5,2% e 4,4% observados em 2015.
32. No geral, o fraco desempenho do comércio mundial deveu-se à redução da actividade comercial
registada em mercados emergentes e em desenvolvimento, o que gerou a manutenção do desequilíbrio
das contas correntes a nível mundial.
Fonte: WEO-Abril de 2017 (FMI)
Ilustração 4 – Exportações e Importações Mundiais
3,5
2,8
2,3
3,9
2,52,2
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
2014 2015 2016
%
Volume das Exportações de Bens e Serviços Volume das Importações de Bens e Serviços
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |13
3.1.3. Inflação
33. No que toca à inflação mundial em 2016, apesar da manutenção dos preços baixos para as commodities
tais como o petróleo bruto e os seus derivados, assim como os alimentos, a redução dos níveis de
investimento e da produção mundial de manufacturas, contribuíram para o incremento da variação do
índice de preços, posicionando-se em 3,1% de acordo com dados do FMI. Nas economias avançadas, a
inflação esteve abaixo das expectativas de inflação de longo prazo (1%), fixando-se em 0,7%.
34. Comparativamente a 2015, a inflação na Zona Euro sofreu um ligeiro aumento passando de 2,2% para
os 1,1% em 2016, enquanto as economias emergentes e em desenvolvimento observaram ligeira redução
da taxa de inflação de 4,7% de 2015 para 4,3% em 2016. Nas economias da África Sub-Sahariana, a
taxa de inflação registou uma subida considerável, justificada pela redução dos investimentos e a sua
consequência sobre oferta agregada.
Fonte: FMI Ilustração 5 - Taxas de Inflação em alguns mercados mundiais
35. No que diz respeito às taxas de juro, de acordo com o FMI, as taxas de referência de depósitos (London
InterBank Offered Rate – LIBOR), de seis meses, em dólares norte-americano fixaram-se em 0,3% em
2016. Adicionalmente, a nível mundial, as taxas de juro reais de longo-prazo sofreram considerável
redução, ao fixarem-se próximas de zero (0,5% em média).
3.2. Contexto Económico Nacional
36. No ano de 2016, a economia nacional foi marcada pela contínua desaceleração do seu crescimento, ao
atingir taxa de crescimento de 0,1% do PIB, contrariamente ao crescimento de 3,0% do PIB global
registada em 2015. Este desempenho menos favorável, é consequência da desaceleração de cerca de
0,7% no sector não petrolífero, ao passar de um crescimento de 1,5% em 2015 para cerca de 0,8 no ano
de 2016. Esta desaceleração do sector não petrolífera resultou da redução generalizada dos níveis de
produção, com destaque para a redução da produção de pescados e seus derivados, dos diamantes e
outros minérios, da indústria transformadora e da construção, ao passarem de um crescimento de cerca
2,9 2,8 3,10,7 0,5
1,5
4,7 4,6 4,4
6,1
8,1
12,6
-1
1
3
5
7
9
11
13
2014 2015 2016
Mundo Economias Avançadas Mercados Emergentes Sub-Saharan Africa
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |14
de 8.1%, 2,2%, (2,1) % e 3,5%, respectivamente, para níveis de crescimento da produção de 1,7%, (0,6)
%, (5,2) % e 1,3% alcançados em 2016.
37. Relativamente ao sector petrolífero, o desempenho foi negativo, ao registar no seu crescimento taxas
negativas de cerca de 1,7%, contra o crescimento favorável de 6,5% observado em 2015. Os níveis de
produção física do petróleo bruto registaram uma variação negativa, ao se fixar em cerca de 638,3
MMbl/ano, contra os 649,5 MMbl/ano.
38. De acordo com dados disponíveis, no decorrer de 2016 os sectores que mais contribuíram na formação
do PIB-Não Petrolífero foram o sector da agricultura e o da energia, com taxas de 6,7%, 19,9%,
respectivamente. Os restantes sectores tiveram um contributo negativo na formação do PIB.
Fonte: MPDT
Ilustração 6 - Evolução do PIB Petrolífero e Não Petrolífero/Estrutura do PIB não Petrolífero
39. As estimativas actuais mostram que a taxa de crescimento do PIB real passou de um médio de 5,8%, de
2013 a 2014, para 1,3%, entre 2015 e 2016, tendo o sector petrolífero registado, em quase todos estes
anos, um crescimento negativo. Apesar do fraco desempenho do sector petrolífero, que tem implicações
no resto da actividade económica, importa realçar que o sector não petrolífero observou, ainda assim,
taxas de crescimento positivas.
5,2
6,8
4,8
3
0,1
4,3
-0,9 -2,6
6,5
-1,7
5,6
10,9
8,2
1,50,8
-4
-2
0
2
4
6
8
10
12
2012 2013 2014 2015 2016
%
PIB - Sector
petrolifero
Agricultura
19%
Pesca e seus
derivados
5%
Diamantes e
outros
-2%Industria
transforma
dora
-15%Construção
3%
Energia
56%
Serviços
Mercantis
0%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |15
Fonte: MPDT/BNA
Ilustração 7 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Câmbio
40. De acordo com as estimativas de fecho do exercício económico de 2016, os resultados alcançados
estiveram longe das metas económico-sociais do PND 2013-2017 que previa como objectivo de
crescimento real do Produto Interno Bruto (PIBpm) de 7,5%, para o ano de 2016. No entanto, dados
preliminares de fecho do exercício económico apontam um crescimento menor para 2016 de 0,1%. De
um modo geral, o quadro macroeconómico que sustentou o ano de 2016 resume-se na tabela seguinte:
Indicadores Macroeconómicos Nacionais
N/O Indicadores de Base 2014 2015 2016
1 Inflação acumulada anual (%) 7,5 14,3 42,0
2 Produção de petróleo (milhões/Bbls) 610,2 649,5 638,3
3 Taxa de câmbio 98,3 120,1 164,0
4 Preço médio do petróleo (USD/Bbls) 96,9 49,9 41,8
5 Taxa de crescimento real do PIB (%) 4,8 3,0 0,1
6 Sector petrolífero (%) -2,9 6,5 -1,7
7 Sector não-petrolífero (%) 8,2 1,5 0,8
8 Saldo primário Não Petrolífero (% do PIB Não petrolífero) -44,6 -16,9 -12,0
Fonte: MPDT/BNA
Quadro 5 - Quadro Macroeconómico
3.2.1. Sector Real
41. De acordo com dados mais recentes de fecho do ano 2016, o sector não petrolífero registou um
crescimento de 0,8%, enquanto o petrolífero terá assinalado taxa negativa no seu crescimento de 1,7%.
Nesta perspectiva, estima-se que o PIB nominal tenha atingido Kz 16.662,3 mil milhões.
42. No período em análise o desempenho do sector não petrolífero foi determinado, pelo crescimento de
cerca de 19,9% da produção energética e da agricultura que registou um crescimento de 6,7%. O sector
da Construção foi o que menos cresceu, ao registar a taxa de 1,3%, enquanto a indústria transformadora
cresceu a taxas negativa (5,2).
10
876,0
2
12
056,3
4
12
457,8
8
12
320,7
8
16
620,0
2
9,0 7,7 7,5
14,3
42,0
5,2 6,8 4,83,0
0,1
-5
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
2012 2013 2014 2015 2016
PIB Nominal Inflação Taxa de crescimento
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |16
43. O desempenho do sector petrolífero foi fortemente influenciado pela redução da produção física do
petróleo que passou de 649,5 milhões Bbls em 2015, para 638,2 milhões Bbls em 2016, conjugada com
a manutenção do cenário de baixos preços do petróleo no mercado internacional ao longo período em
análise. O preço médio do barril petróleo em 2016 fixou-se à volta dos US$ 41,8
Fonte: MPDT/BNA
Ilustração 8 – Indicadores do Sector Petrolífero/ Impacto na Taxa de Cambio
44. Angola tornou-se em 2016 o maior produtor de petróleo de África com níveis de produção atingindo 1,8
milhões de barris por dia. Em comparação, a média anual de produção da Nigéria foi de 1, 5 milhões de
barris por dia. Como parte de um acordo mais amplo dos países produtores de petróleo da OPEP e não-
OPEP, não foi pedido à Nigéria que cortasse a sua produção em 2016, o que significa que a produção
Nigeriana poderá aumentar, se os recentes ataques aos poços de petróleo no Delta do Níger cessarem ou
forem menos frequentes. Em contrapartida, foi pedido a Angola que diminua a partir de Janeiro de 2017
a sua produção em 78.000 barris por dia.
3.2.2. Sector Externo
45. A informação da Balança de Pagamentos reflecte o conjunto de transacções reais e financeiras realizadas
por Angola com o resto do mundo durante o ano de 2016.
46. A redução do preço médio do petróleo bruto e a consequente queda das Receitas de exportação das ramas
angolanas conduz a um impacto negativo a posição externa da economia angolana. Assim, o saldo global
da balança de pagamentos poderá ser deficitário em 2016, na ordem de USD 17,3 milhões contra USD
3.035,7 milhões do período homólogo, cujo desempenho será impulsionado principalmente pela redução
do défice da Conta Corrente.
47. A Conta Corrente da balança de pagamentos apresenta uma melhoria do seu saldo deficitário em
36,9%, ao passar de USD 10.272,8 milhões em 2015 para USD 6.484,4 milhões em 2016. Deste modo,
o défice da conta corrente em 2016 corresponde a 6,4% do PIB, contra os 9,8% observados em 2015.
48. Para obtenção deste resultado, a conta de bens surge como o principal factor ao apresentar uma melhoria
do seu saldo superavitário na ordem dos 14,6%, situando-se em USD 14.309,3 milhões em 2016, contra
USD 12.488,6 milhões apurados em 2015, continuando assim a desempenhar um papel importante nas
contas externas. Esta melhoria deveu-se a redução das despesas de importação em 40,9%, apesar da
queda das receitas de exportação em 20%.
633
,6
626,3
610,2
649,5
638,3
111,6 107,7
96,9
49,941,8
95,4 96,6 98,3
120,1
164,0
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
590
600
610
620
630
640
650
660
2012 2013 2014 2015 2016
Prod. Petróleo Bruto (milhões BBL) Preço Médio do Petróleo (US$/BBL) Taxa de Câmbio
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |17
49. Para as restantes contas, verificou-se uma melhoria do saldo deficitário das contas de serviços na ordem
dos 8,5%, de rendimentos primários (que inclui salários, lucros e juros) em 10,4% e um ligeiro
agravamento dos rendimentos secundários (que inclui acções, remessa e outras transferências) na ordem
dos 0,1%.
50. As importações de mercadorias registaram uma diminuição de USD 8.471,5 milhões, com realce para a
queda das importações de máquinas, aparelhos mecânicos e eléctricos (USD 2.503,4 milhões),
combustíveis (USD 1.527,6 milhões), material de construção (USD 1.378,3 milhões), veículos (USD
819,7 milhões), bem como os bens alimentares (USD 722,6 milhões).
Principais Produtos Importados
N/O DESCRIÇÃO 2016 2016 Var.% Homóloga
1 Máquinas, aparelhos mecânicos e eléctrios 5.600 3.097 -45%
2 Bens alimentares 3.007 2.284 -24%
3 Combustível 3.018 1.490 -51%
4 Material de construção 2.509 1.131 -55%
5 Produtos químicos 1.088 856 -21%
6 Obras diversas 1.026 559 -46%
7 Aeronaves e embarcações 225 419 86%
8 Plásticos, borrachas, pele e couros 651 417 -36%
9 Veículos 1.156 337 -71%
10 Têxteis e vestuário 434 258 -41%
11 Outros 1.978 1.666 -16%
12 Total 20.692 12.514 -40%
Fonte: BNA
Quadro 6 – Principais Produtos Importados
Ilustração 9 – Principais Países de Procedência das Importações
51. Previu-se que a conta Capital e Financeira em 2016 apresentariam um superavit de USD 6.467,1
milhões contra USD 6.927.3 milhões em 2015, o que corresponderia a uma redução de USD 460,2
milhões. Este resultado poderá ser explicado, essencialmente, pela redução da entrada de investimento
estrangeiro (IDE), permitindo assim que o saldo do investimento directo atingisse um superavit de
apenas USD 638,2 milhões registado em 2015. De realçar que o investimento directo estrangeiro
manteve uma forte relação com o desempenho do sector petrolífero, uma vez que o fluxo de entrada do
IDE dependeu, sobretudo, da execução de projectos ligados maioritariamente ao sector petrolífero.
28
62
26
72
18
79
15
26
13
19
13
08
79
5
78
7
76
8
63
8
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
Mil
hõ
es
de U
SD
Exercício 2015
Exercício 2016
17
35
14
33
13
99
91
2
59
4
49
6
47
6
40
3
39
2
-
200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
1 800
2 000
Mil
hõ
es
d e
Usd
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |18
52. Esperava-se que a entrada de investimento directo estrangeiro em Angola viria a atingir USD 8.257,6
milhões em 2016, contra USD 16.176,4 milhões do período homólogo de 2015, representando uma
redução de 49%.
53. A saída de capitais tanto através de investimento angolano no exterior como pela recuperação do
investimento directo estrangeiro em Angola, fixou-se em USD 7.619,5 milhões, contra USD 7.940,9
milhões em 2015, representando uma redução de 4%.
54. No que concerne ao endividamento externo, estimou-se um aumento dos desembolsos em USD 7.260,3
milhões, ao passar de USD 5.694,8 milhões em 2015 para USD 12.955 milhões em 2016, enquanto a
amortização da dívida externa passou de USD 6.086,3 milhões em 2015 para USD 5.746,4 milhões do
período em análise. Assim, em termos líquidos, os fluxos da dívida externa apresentaram um superavit
na ordem de USD 7.208,7 milhões em 2016, contra o saldo negativo de USD 391,5 milhões do período
homólogo de 2015.
55. As reservas internacionais brutas têm como princípios-base da sua gestão a preservação do capital, a
elevada liquidez dos activos financeiros que a compõem e a obtenção de retorno ajustado ao perfil
conservador do Banco Nacional de Angola, à luz da política de investimentos aprovada pelo comité de
investimentos. As metas da gestão das reservas internacionais materializadas através da política de
investimentos visam:
Garantir a liquidez necessária para cumprimento das obrigações soberanas de curto prazo em moeda
estrangeira e os objectivos da estabilidade do valor da moeda nacional;
Diversificar a carteira tendo em conta as oportunidades de investimento;
Gerir com parcimónia os activos que compõem as reservas internacionais, considerando que estes
representam, quer uma garantia para o país, quer uma parcela significativa da sua riqueza.
56. Para efeitos do cumprimento da política de investimento, as reservas internacionais estão segmentadas
em três tranches: a) de liquidez; b) intermédia; e c)de investimento, sendo elegíveis, de acordo com a
política de investimento, os instrumentos do mercado monetário, os instrumentos de rendimento fixo
(soberanos, supranacionais, agências governamentais e corporativa com elevada qualidade), os
instrumentos de renda variável que garantem a preservação de capital e o Ouro Monetário.
57. Com referência a 31 de Dezembro de 2016, as Reservas Internacionais Brutas expandiram 1% no ano,
situando-se em USD 24.438,1 milhões, devido a uma gestão prudente das disponibilidades cambiais e
uma maior contenção da despesa fiscal.
3.2.3. Reservas Internacionais Líquidas
58. A posição das reservas brutas no final de 2015 foi de USD 24.550 milhões, 21,7% do Produto Interno
Bruto, contra os USD 28.173 milhões, 21,7% do Produto Interno Bruto no exercício de 2014. No entanto,
apesar disso, assiste-se a um aumento do rácio de cobertura das importações de 6,5 meses em 2014 para
os 8,0 meses de importações de bens e serviços em 2015. A redução das RIL em 2015 deveu-se
essencialmente, à redução dos Depósitos em moeda estrangeira do Governo e dos Bancos em 14,4% e
67,3%, situando-se nos USD 9.845 milhões e USD 974 milhões, respectivamente, tendo as Reservas do
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |19
BNA aumentado em cerca de 4% face ao ano anterior, fixando-se nos USD 13.883 milhões. Por sua vez,
as Obrigações de curto prazo reduziram em 70% para os USD 154 milhões, tendo tido por conseguinte
um contributo positivo na variação das RIL.
Quadro Macro Fiscal para 2016 (Valores em Mil Milhões de Kz)
N.º Descrição
Mil Milhões de Kz
2016
OGE
Revisto
2016
Total
2016
I Trim.
2016
II Trim.
2016
III Trim.
2016
IV Trim.
1 Receitas 3.484,6 2.900,0 602,7 760,5 781,7 755,1
1.1 Receitas correntes 3.484,6 2.899,1 602,5 760,3 781,3 755,0
1.1.1 Impostos 3.092,0 2.599,3 527,9 692,5 700,4 678,6
1.1.1.1 Petrolíferos 1.535,5 1.372,6 264,8 349,8 380,2 377,8
Dos quais: Direitos da concessionária 968,1 905,6 168,7 228,9 249,9 258,1
1.1.1.2 Não petrolíferos 1.556,5 1.226,7 263,0 342,7 320,2 300,8
1.1.1.2.1 Impostos sobre rendimentos, lucros e ganhos de capital 917,1 719,5 148,5 227,2 198,6 145,1
1.1.1.2.2 Impostos sobre propriedades 43,9 35,2 9,5 8,8 8,3 8,6
1.1.1.2.3 Impostos sobre bens e serviços 372,6 209,8 46,1 47,8 49,7 66,2
1.1.1.2.4 Impostos sobre transacções e comércio internacional 152,6 89,4 21,3 18,6 19,9 29,7
1.1.1.2.5 Outros impostos 70,3 172,9 37,6 40,3 43,7 51,2
1.1.2 Contribuições sociais 153,0 158,7 37,6 39,0 40,9 41,1
1.1.3 Doações 0,0 1,8 0,2 0,5 0,7 0,5
1.1.4 Outras receitas 239,6 139,2 36,8 28,3 39,3 34,9
1.2 Receitas de capital 0,0 0,9 0,3 0,2 0,4 0,1
2 Despesas 4.484,6 3.534,2 665,6 726,9 909,5 1.232,2
2.1 Despesas correntes 3.523,5 2.889,2 626,1 673,8 738,1 851,2
2.1.1 Remuneração dos empregados 1.562,6 1.396,9 326,3 325,6 362,7 382,3
2.1.1.1 Vencimentos 1.484,0 1.316,6 305,6 305,3 342,1 363,6
2.1.1.2 Contribuições sociais 78,7 80,3 20,8 20,3 20,5 18,7
2.1.2 Bens e serviços 847,6 624,1 85,7 131,6 149,3 257,5
2.1.3 Juros 441,7 356,5 77,4 111,2 111,1 56,8
2.1.3.1 Externos 221,5 155,2 28,0 48,4 28,5 50,2
2.1.3.2 Internos 220,2 201,3 49,4 62,8 82,6 6,5
2.1.4 Transferências 671,5 511,7 136,6 105,4 115,0 154,6
2.1.4.1 Subsídios 361,9 160,9 30,3 50,3 27,5 52,8
Dos quais: Subsídios ao preço 319,2 71,1 4,8 20,9 21,1 24,3
2.1.4.2 Doações 0,0 8,2 0,2 2,8 4,6 0,7
2.1.4.3 Prestações sociais 200,1 295,7 97,3 41,4 70,2 86,7
2.1.4.4 Outras despesas 109,5 46,9 8,8 10,9 12,7 14,4
2.2 Despesas de capital 961,1 645,0 39,5 53,1 171,4 381,0
2.2.1 Aquisição de activos não financeiros 961,1 634,3 39,5 53,1 161,2 380,5
2.2.2 Outras 0,0 10,8 0,0 0,0 10,3 0,5
Saldo corrente sem doações -38,9 8,0 -23,8 86,0 42,6 -96,7
Saldo corrente -38,9 9,9 -23,6 86,5 43,2 -96,2
Saldo global sem doações -1.000,0 -636,1 -63,1 33,1 -128,5 -477,6
Saldo global (compromisso) -1.000,0 -634,2 -62,9 33,6 -127,8 -477,2
3 Restos a pagar e a receber 0,0 22,3 -56,8 24,6 -41,2 95,8
3.1 Internos 0,0 22,3 -56,8 24,6 -41,2 95,8
3.1.1 Activos 0,0 -295,5 -92,1 -117,8 -172,9 87,3
3.1.1.1 Impostos 0,0 -295,5 -92,1 -117,8 -172,9 87,3
3.1.1.1.1 Petrolíferos 0,0 -295,5 -92,1 -117,8 -172,9 87,3
3.1.2 Passivos 0,0 317,8 35,3 142,4 131,7 8,5
3.1.2.1 Remunerações 0,0 0,5 2,4 70,2 -61,3 -10,8
3.1.2.2 Uso de bens e serviços 0,0 65,4 5,6 32,5 24,4 2,9
3.1.2.4 Transferências 0,0 27,6 9,7 28,9 7,4 -18,4
3.1.2.4.1 Subsídios 0,0 27,3 6,0 12,9 17,1 -8,7
Dos quais: Subsídios ao preço 0,0 27,3 0,0 18,7 17,1 -8,5
3.1.2.4.2 Doações 0,0 0,0 0,1 -0,1 0,0 -0,1
3.1.2.4.3 Prestações sociais 0,0 0,2 1,1 13,9 -13,8 -0,9
3.1.2.4.4 Outras despesas 0,0 0,0 2,4 2,2 4,1 -8,7
3.1.2.5 Despesas de capital 0,0 224,3 17,6 10,9 161,2 34,7
Saldo global (caixa) -1.000,0 -611,9 -119,7 58,2 -169,0 -381,4
4 Financiamento líquido 1.000,0 611,9 119,7 -58,2 169,0 381,4
4.1 Financiamento interno (líquido) 189,4 -1.386,7 90,3 -1.856,0 -22,8 401,8
4.1.1 Activos -406,6 -2.560,9 -176,5 -1.981,0 -323,1 -80,3
4.1.1.1 Moeda e depósitos 0,0 -768,6 522,9 -1.238,4 -272,3 219,2
4.1.1.1.1 Depósitos (líquido) 0,0 -768,6 522,9 -1.238,4 -272,3 219,2
4.1.1.1.1.1 Bancos 0,0 -768,6 522,9 -1.238,4 -272,3 219,2
4.1.1.4 Acções e outras participações -406,6 -1.136,0 -699,3 -86,5 -50,8 -299,4
4.1.1.4.1 Aquisição -408,1 -1.136,6 -699,4 -86,8 -50,9 -299,5
4.1.1.4.2 Venda 1,5 0,6 0,1 0,3 0,1 0,1
4.1.1.7 Outras contas a receber 0,0 -656,2 0,0 -656,2 0,0 0,0
4.1.2 Passivos 596,0 1.174,2 266,8 125,0 300,3 482,1
4.1.2.1 Crédito líquido obtido 656,4 1.174,2 266,8 125,0 300,3 482,1
4.1.2.1.1 Desembolsos 2.089,4 2.135,5 323,7 376,0 672,3 763,4
4.1.2.1.1.1 Obrigações do Tesouro 1.510,0 321,6 236,6 515,1 436,7
4.1.2.1.1.2 Bilhetes do Tesouro 597,9 0,0 137,7 145,6 314,6
4.1.2.1.1.3 Outros 27,5 2,1 1,7 11,6 12,1
4.1.2.1.2 Amortizações -1.433,0 -961,3 -57,0 -251,0 -372,0 -281,3
4.1.2.1.2.1 Obrigações do Tesouro -454,8 -42,0 -115,1 -81,0 -216,8
4.1.2.1.2.2 Bilhetes do Tesouro -155,2 0,0 -118,2 -16,0 -20,9
4.1.2.1.2.3 Outros -351,3 -15,0 -17,7 -275,0 -43,6
4.1.2.3 Reservas técnicas de seguro -60,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
4.2 Financiamento externo (líquido) 810,5 1.998,6 29,4 1.797,8 191,8 -20,4
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |20
N.º Descrição
Mil Milhões de Kz
2016
OGE
Revisto
2016
Total
2016
I Trim.
2016
II Trim.
2016
III Trim.
2016
IV Trim.
4.2.2 Passivos 810,5 1.998,6 29,4 1.797,8 191,8 -20,4
4.2.2.1 Empréstimos líquidos recebidos 810,5 1.998,6 29,4 1.797,8 191,8 -20,4
4.2.2.1.1 Desembolsos 1.384,2 2.390,2 94,0 1.916,4 274,2 105,7
4.2.2.1.1.2 Linhas de crédito 2.390,2 94,0 1.916,4 274,2 105,7
4.2.2.1.2 Amortizações -573,7 -391,6 -64,6 -118,5 -82,3 -126,2
*Dados da Receita Petrolífera na óptica do compromisso/Receita Declarada
Fonte: MINFIN
Quadro 7 – Quadro Macro Fiscal/Memorando 2016
59. O Quadro Fiscal compreende todos os dispositivos, procedimentos, regras e instituições que sustentam
a condução da política fiscal da administração pública, sendo portanto, sinônimo de governança fiscal.
Nele é assegurada a sustentabilidade das finanças públicas e da dívida pública.
60. Recentemente, o impacto fiscal decorrente da actual conjuntura económica aumentou o rácio da dívida,
intensificando assim a necessidade de consolidação fiscal. Nesta senda, para o exercício económico de
2016, um conjunto de medidas de política (fiscal, monetária e cambial) foram consideradas de formas a
fortalecer a governança fiscal.
61. Os resultados apurados apontam que, em termos gerais, para o exercício fiscal de 2016, a Receita Fiscal
excluindo a Receita de Financiamento registou o montante de Kz 2.900,0 mil milhões, representando
uma redução de cerca de 13,8% face ao 2015. Relativamente as Despesas Fiscais excluindo a
Amortização de Passivos Financeiros, totalizou o montante de KZ 3.534,2 mil milhões, cerca de 6,3%
abaixo do executado em 2015, sendo que a combinação Receita e Despesas resultou no Saldo Fiscal
deficitário de KZ 634,2 mil milhões, cerca de 3,8% do PIB.
3.2.4. Endividamento Público em 2016
3.2.4.1. Dívida Interna – Emissões de Bilhetes do Tesouro e Obrigações do Tesouro
62. A Dívida Interna Titulada compreende os Bilhetes do Tesouro (BT), as Obrigações do Tesouro em
Moeda Nacional (OT MN) e as Obrigações do Tesouro em Moeda Externa (OT ME).
63. As emissões dos Bilhetes do Tesouro realizadas ao longo de 2016 totalizaram cerca de Kz 1.689,10 mil
milhões, distribuídos pelas maturidades de 91, 182 e 364 dias que corresponderam aos montantes de Kz
633,02 mil milhões (37%), Kz 519,12 mil milhões (31%) e Kz 536,97 mil milhões (32%),
respectivamente. Quanto às Obrigações do Tesouro MN, pode-se salientar que foi prevista a emissão
em leilão um total de Kz 661,98 mil milhões, revisto na reestruturação para Kz 748,30 mil milhões.
Neste contexto, e considerando que as OT são títulos indexados à taxa de câmbio, registou-se uma maior
procura por este título, ao passo que as Obrigações em moeda externa (ME) não apresentaram nenhuma
procura.
N/O Memorando
1 Inflação ac. (%) 38,5 42,0 10,5 21,7 33,6 42,0 2 Taxa de câmbio média (Kz/US$) 184,7 164 156,8 165,3 165,9 165,9
3 Exportações de petróleo bruto (milhões de barris) 654,6 638,3 158,2 152,5 153,8 146,8 4 Preço do petróleo bruto (US$/barril) 40,9 41,8 31,5 43,7 44,3 48,5
5 Produto Interno Bruto (mil milhões de Kz) 16 879,6 16 662,3
6 PIB petrolífero 3 659,2 3 149,2 7 PIB não petrolífero 13 220,4 13 513,1
8 Taxa de Cresc. Produto Real (% chg) 1,1 0,1
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |21
Ilustração 10 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
3.2.4.2. Dívida Interna em Contratos Mútuo
64. Em 2016, ocorreram desembolsos de Contratos de Mútuo na ordem de Kz 54,77 mil milhões em relação
ao montante inicialmente programado de Kz 50,36 mil milhões, representando um grau de execução de
9% acima do programado.
3.2.4.3. O Serviço da Dívida Interna em Bilhetes e Obrigações do Tesouro
65. O levantamento dos dados do serviço da dívida dos Bilhetes de Tesouro executado no período em
referência indica, que foram efectuados pagamentos na ordem de Kz 1.176,01 mil milhões, cerca de
105% do montante previsto Kz 1.117,68 mil milhões. Este ligeiro desvio é explicado pela subida das
taxas de remunerações destes títulos no final do ano.
66. O serviço da dívida das Obrigações do Tesouro cifrou-se em Kz 627,71 mil milhões, repartido em
despesas com capital na ordem dos Kz 454,81 mil milhões e de juros de Kz 172,89 mil milhões. Quanto
ao volume previsto, foi programado um montante de Kz 666,09 mil milhões, representando uma
execução de 94%.
545,51
1 709,40 1 689,10
0,00
200,00
400,00
600,00
800,00
1 000,00
1 200,00
1 400,00
1 600,00
1 800,00
PAE Inicial PAE Reestruturado Execução
AK
Z M
il m
ilh
ões
661,98
748,30
740,72
600,00
620,00
640,00
660,00
680,00
700,00
720,00
740,00
760,00
Programação (PAE inicial) Programação (PAE
reestruturado)
Execução
AK
Z M
il m
ilh
ões
Obrigações do Tesouro
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |22
Ilustração 11 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
3.2.4.4. Dívida Externa. Desembolsos de Linhas de Crédito
67. No que concerne à análise dos desembolsos para o ano de 2016, foram projectados um montante total
de Kz 526,79 mil milhões, de modo a acomodar as operações de financiamento do PIP e para o apoio
à tesouraria. Em conformidade com os dados do Debit Management Financing Analysis System
(DMFAS), em 2016, registou-se uma execução de Kz 1.069,87 mil milhões (USD 6,56 mil milhões)
para os desembolsos efectivos. Quanto à distribuição de desembolsos por banco credor pode-se realçar
que os bancos China Development Bank e Eximbank da China apresentaram uma maior quantidade de
desembolsos para o ano de 2016, que representam do total desembolsado de 58% e 13%,
respectivamente.
Ilustração 12 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
68. No âmbito da distribuição dos desembolsos por Unidades Orçamentais, destaca-se o Ministério das
Finanças (58%), Ministério da Energia e Águas (27%), Ministério da Construção (5%).
601,70
34,26
1 043,82
73,86
1 116,32
59,69
-
200,00
400,00
600,00
800,00
1 000,00
1 200,00
Amortização Juros
Kz
Mil
mil
hões
Programado (PAE Inicial) Programado (PAE Reestruturado) Executado
450,71
137,91
481,82
184,28
454,81
172,89
-
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
Amortização Juros
Kz
Mil
mil
hões
Programado (PAE Inicial) Programado (PAE Reestruturado) Executado
Obrigações do Tesouro
Credores Externos
BAD
8%
CHINA
DEVELOPMEN
T BANK
58%
EXIMBANK
OF CHINA
13%
HSBC
6%
ICBC
4%
LUMINAR
FINANCE
2%
OUTROS
9%
-
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Kz
Mil
Mil
hões
Programado Executados
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |23
Ilustração 13 – Emissão de Bilhetes e Obrigações do Tesouro
69. No âmbito do serviço da dívida externa, as amortizações executadas até o mês de Dezembro cifravam-
se em, Kz 391,56 mil milhões, correspondente a cerca de 85% do projectado. No que concerne ao
pagamento de juros, foram pagos cerca de Kz 184,54 mil milhões, com um grau de execução de 99%
em relação ao projectado; as comissões pagas perfazem um montante total de Kz 19,26 mil milhões
(42%). Assim sendo, o serviço da dívida externa executada foi de cerca de Kz 595,36 mil milhões, 86%
do programado.
3.2.4.5. O Stock da Dívida Pública. O Rácio Dívida/PIB
70. O stock da Dívida Interna a 31 de Dezembro de 2016 posicionou-se em cerca de Kz 5.070,54 mil
milhões (USD 30,72 mil milhões), dos quais as Obrigações do Tesouro em Moeda Nacional
contribuíram com a maior fatia correspondente a 67% do total (Kz 3.385,74 mil milhões – USD 20,51
mil milhões), a seguir os Bilhetes do Tesouro com 19% (Kz 941,36 mil milhões – USD 5,70 mil
milhões), as Obrigações do Tesouro em Moeda Externa com 11% (Kz 572,19 mil milhões – USD 3,47
mil milhões), e os contratos de mútuo com 3% (Kz 171,25 mil milhões – USD 1,04 mil milhões).
71. Igualmente o stock da Dívida Pública Externa, no período em análise, é composto por 79% equivalente
a Kz 5.788,45 mil milhões (USD 35,07 mil milhões) de dívida Externa governamental e 21% (Kz
1.537,76 mil milhões, equivalente a USD 9,32 mil milhões) de dívida das empresas públicas,
totalizando uma Dívida Externa Pública de Kz 7.326,21 mil milhões (USD 44,38 mil milhões).
72. O stock da dívida pública em Dezembro de 2016, posicionou-se em Kz 12.396,75 mil milhões (USD
75,10 mil milhões), dos quais cerca de 41% (Kz 5.070,54 mil milhões - USD 30,72 mil milhões),
correspondem a dívida interna e 59% (Kz 7.326,21 mil milhões - USD 44,38 mil milhões) à dívida
externa.
Ministério da
Agricultura
1%
Ministério da
Construção
5%Ministério da
Defesa Nacional
1%
Ministério da
Energia e Águas
27%
Ministério Da
Justiça E Dos
Direitos
Humanos
2%
Ministério da
Saúde
1%
Ministério das
Finanças
58%
Ministério Do
Planeamento E
Do Desenv.
Territorial
1%
OUTROS
4%
Desembolsos por Unidade Orçamental Desembolsos por Projectos
3ª Facilidade do CDB- Apoio à
Tesouraria. Kz 378,00 mil milhões
Contrato para a construção de
uma Linha de Transmissão de
400 Kv, Soyo-Kapari e
Substações (Ciclo Combinado
do Soyo) TBEA 1ª Fase Kz 26,72 mil milhões
Fornecimento, montagem e
comissionamento dos
Equipamentos electromecânicos
da da Segunda Central
Hidroeléctrica de Cambambe no
âmbito do Aproveitamento
Hidroeléctrico de Cambambe,
Fase II. kz 17,42 mil mihões
Contrato para a construção
da Central Térmica do Ciclo
Combinado do Soyo. kz 22,97
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |24
73. O stock da dívida governamental em Dezembro de 2016 estava composto por 48% de dívida Externa
(Kz 5.788,45 mil milhões, equivalente a USD 35,07 mil milhões) e 52% por dívida interna (Kz 5.070,54
mil milhões, equivalente a USD 30,72 mil milhões), perfazendo um total de dívida governamental de
Kz 10.858,99 mil milhões (USD 65,78 mil milhões).
3.2.4.6. A Dívida Indirecta. Garantias Emitidas
74. O processo de concessão de garantias controladas pela UGD, segue os parâmetros definidos no Regime
Jurídico de Emissão da Dívida Pública Directa e Indirecta (Lei n.º 21/16, de 29 de Dezembro) e tem
como base uma análise criteriosa dos projectos e das entidades a serem avalizadas. É necessário lembrar
que, devem-se considerar aquelas Garantias emitidas, e não aquelas programadas, mas que não foram
activadas dando um stock até 31 de Dezembro de Kz 65,68 mil milhões (USD 0,4 mil milhões).
Garantias Emitidas (Valores em Kwanzas/U$D)
N/O Descrição Valor Kz Valor USD Data de Emissão Banco Financiador
1 Angola Cables (CA) - 130 000 000 2017 BDA
2 Angola Cables (SACS) / BDA - 109 795 000 2016 JBIC
3 Banco de Poupança E Crédito - 325 214 602 2016 BAD
4 Biocom - 210 000 000 2016 BPA
5 Sodiam / Adenda - 32 789 434 2015 BIC
6 Ministério das Finanças / BPC 1 718 560 000 - 2015 BPC
7 Ministério das Finanças / BCI 1 374 848 000 - 2015 BCI
8 Ministério das Finanças / B.SOL 859 280 000 - 2015 B.SOL
9 TAAG 2 - 25 267 769 2014 Consorcio (BPC, BNI E BAI )
10 TAAG 2 - 130 199 651 2014 HSBC
11 TAAG 2 - 131 449 151 2014 HSBC
12 TAAG 2 - 30 000 000 2014 HSBC
13 Ferrangol E:P 978 400 000 - 2014 BDA
14 Ferrangol E:P 978 400 000 - 2014 BDA
15 Batas Holding 943 567 122 - 2014 BPA
16 Total 6 853 055 122 1 124 715 608
Fonte: MINFIN
Quadro 8 – Garantias Emitidas
3.2.5. Balanço de Implementações das Acções e Desempenho Económico dos Sectores
75. No sentido de melhor acompanhar o desempenho dos sectores via acções e actividades, abaixo
apresenta-se o balanço de implementações das acções e o desempenho económico dos Sectores, sendo
estes realizados na magnitude de Políticas Nacionais de Desenvolvimento, onde se destacam:
Políticas da População, Realizado o Recenseamento Geral da População e Habitação e
divulgados os seus Resultados Preliminares, estando em curso, a preparação da publicação dos
Resultados Definitivos;
Políticas de Apoio à Reintegração Socioeconómica dos Ex-Militares, Foi prestada
assistência médica e medicamentosa ao Hospital Militar Principal, na Clínica Multiperfil e nos
Hospitais Provinciais e Regionais das FAA, formação nas especialidades de Construção Civil,
Serralharia, Mecânica, Informática na óptica do utilizador, Restauração, Carpintaria, Mesa e
Bar, Corte-costura, Electricidade, Operador de Máquina, Agricultura, Alvenaria, Educador
Social, Contabilidade, Artes e Ofícios, Informática e Empreendedorismo;
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |25
Política da Reforma Tributária e das Finanças Públicas, A elaboração da proposta
conceptual para o novo modelo de tributação do rendimento das pessoas singulares e colectivas
e a proposta do Imposto Único sobre a Micro Actividade Empresarial, Revistos os códigos do
Imposto Industrial e do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho, bem como ajustados os
códigos do Imposto de Selo, Regulamento do Imposto de Consumo e o Código do Imposto
sobre a Aplicação de Capitais;
Política de Promoção do Crescimento Económico, do Aumento do Emprego e de
Diversificação Económica, Aprovados 16 Programas Dirigidos aos sectores de Agricultura,
Pescas e Indústria, orientados para o desenvolvimento de projectos empresariais públicos e
privados, Introduzido o serviço de emprego móvel através das Unidades Móveis de Serviços de
Emprego, nas províncias de Benguela, Cuanza Sul e Uíge;
Política de Repartição Equitativa do Rendimento Nacional e de Protecção Social
Desenvolvido o programa de ajuda para o trabalho (PROAJUDA), que visa aumentar a
produtividade das famílias mais pobres, Apoiadas as famílias vulneráveis, através do fomento
ao empreendedorismo e integração da população rural na economia, e do Programa de Ajuda
para o Trabalho, cujo foco são as transferências sociais;
Política de Modernização da Administração e Gestão Públicas, A rede SIAC - Sistema
Integrado de Atendimento ao Cidadão, constituída pelas unidades de Talatona, Caxito, Malange,
Uíge, Zango, Cazenga, Benguela, Huambo, Saurimo e Cabinda, prestou serviços a 10.061.297
cidadãos e agentes económicos;
No âmbito da Política Integrada para a Juventude, Prosseguida a criação de “Incubadora de
pesca artesanal”, no âmbito da promoção e criação de incubadoras de negócios, e o Programa
de formação profissional para jovens, ajustado às necessidades do mercado de trabalho, com
destaque para as tecnologias de informação e comunicação, no Instituto de Ciência e
Tecnologia;
Política de Promoção do Desenvolvimento Equilibrado do Território, a construção de infra-
estruturas integradas, nas províncias de Cabinda, Zaire (Mbanza Congo, Soyo e Nzeto),
Malanje, Benguela (Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta), Cuanza Sul (Sumbe, Porto
Amboim e Gabela), Uíge (Negage e Uíge), Lunda Sul (Saurímo) e Cuando Cubango
(Menongue), Elaborados 11 Planos de Requalificação Urbana, 53 Planos Directores Municipais,
73 Planos de Urbanização e 6 Planos de Requalificação, bem como prosseguida a
implementação dos Planos Directores Municipais, em 15 províncias;
Política de Reforço do Posicionamento de Angola no Contexto Internacional e Regional,
A aprovação por unanimidade pela Cimeira, a proposta da República de Angola da promoção e
difusão da língua portuguesa na região da SADC, Eleição de Angola a membro não permanente
do Conselho de Segurança das Nações Unidas, no período 2015-2016, e a candidatura ao Comité
de Direitos Humanos.
76. Com isso, foi possivel extrair dados para a avaliação do desempenho de cada sector com base nos
objectivos, avaliação das metas e execução das medidas de política.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |26
3.2.5.1. Sector da Educação
77. Em promover o desenvolvimento humano e educacional, com base numa educação e aprendizagem ao
longo da vida para todos e cada um dos angolanos, no Exercício de 2016 o sector da Educação
continuou a prestar maior atenção à Expansão do Ensino Pré-Escolar, ao Desenvolvimento do Ensino
Primário e Secundário, à Intensificação da Alfabetização de Adultos e ao Desenvolvimento e
Estruturação da Formação Técnico- Profissional de Professores.
Desempenho do sector da Educação
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Número de Alunos matriculados por Níveis de Ensino (Mil) (S) 7.203 8.539 7.189 9.087
2 Alfabetização (Mil) (S) 596 781 602 571
3 Ensino Especial (Mil) (S) 26 26 27 27
4 Iniciação (Mil) (S) 642 727 666 712
5 Ensino Primário (Mil) (S) 4.521 5.300 43.245 5.938
6 Ensino Secundário, 1º ciclo (Mil) (S) 844 1.083 912 1.136
7 Ensino secundário, 2º ciclo (Mil) (S) 574 622 658 702
8 Nº de Professores por Níveis de Ensino (Mil)* (S) ND 185 ** 180
9 Número de salas de aula (Mil) (S) ND 82 ** 88
10 Taxa Bruta de Escolarização (%) (S) ND 93 ** 120
11 Iniciação (S) 97 110 97 108
12 Ensino Primário (S) 128 144 114 168
13 Ensino Secundário, 1º ciclo (S) 55 70 57 74
14 Ensino secundário, 2º ciclo (S) 43 46 47 52
15 Taxa de Aprovação (%)**(S) 77 78 78 80
16 Taxa de Reprovação (%)** (S) 10 11 9 10
17 Taxa de Abandono (%)**(S) 13 11 12 10
18 Rácio aluno/sala de aula (S) 93 95 86 96
19 Rácio aluno/professor (S) 40 48 40 65
20 Construção de Magistérios Primários *** (S) 2 0 ND ND
21 População em idade escolar (Mil) (S) 7.072 7.517 7.284 7 284
22 Iniciação (5 anos) (Mil) (S) 664 664 684 684
23 Ensino Primário (6-11 anos) (Mil) (S) 3.524 3.524 3.630 3 630
24 Ensino Secundário, 1º ciclo (12-14 anos) (Mil) (S) 1.540 1.540 1.586 1 586
25 Ensino secundário, 2º ciclo (15-17 anos) (Mil) (S) 1.343 1.788 1.384 1 384
Fonte: MPDT
Quadro 9 - Desempenho do sector da Educação
3.2.5.2. Sector do Ensino Superior
78. Em estimular e desenvolver um ensino superior qualificado, o sector realizou as suas actividades no
sentido de garantir as condições para a melhoria do subsistema do ensino superior, dotando as
Instituições de Ensino Superior (IES) de instrumentos para implementar novos cursos no âmbito do
PNFQ.
Desempenho do sector do Ensino Superior
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº de empregos directos (S) 14.950 14.538 16.080 16.520
2 Nº de docentes (S) 9.500 8.660 10.800 9.603
3 Não docentes (auxiliares e pessoal técnico de apoio) (S) 1.278 5.878 1.367 6.917
4 Taxa bruta de escolarização (S) 8 7 9 7
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |27
5 Nº de estudantes matriculados (S) 269.042 218.433 326.886 241.284
6 Nº de vagas no ensino superior (F) 41.871 111.290 43.266 104.305
7 Nº de docentes no ensino superior público (S) 4.569 3.715 4.706 4.162
8 Nº de candidatos inscritos pela 1ª vez no ensino superior público (F)
43.276 19.711 49.335 23.809
9 Nº de candidatos por vaga no ensino superior público (F) 4 5 4 6
10 Nº de novas bolsas de estudo interna (F) 8.000 8.000 9.000 9.000
11 Nº de novas bolsas de estudo externa (F) 1.200 899 1.200 692
Fonte: MPDT
Quadro 10 - Desempenho do sector do Ensino Superior
3.2.5.3. Sector da Saúde
79. O sector da Saúde tem por objectivo promover de forma sustentada o estado sanitário da população
angolana, assegurar a longevidade da população apoiando os grupos sociais mais desfavorecidos e
contribuir para o combate à pobreza, onde desenvolveu as suas actividades com vista a melhorar a
prestação de cuidados de saúde, de modo a assegurar a longevidade da população, apostando na
prevenção e na melhoria de prestação de cuidados de saúde, assim como a capacitação dos técnicos de
saúde.
Desempenho do sector da Saúde
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Taxa de morbilidade atribuída a malária (todas idades) em % (S) 17 29 15 39
2 Taxa de Incidência da Tuberculose (novos casos por 100 mil habitantes) (S) 20 22 16 9
3 Incidência da Tripanossomíase (novos casos notificados) (S) 75 77 35 73
4 Taxa de Prevalência do VIH/SIDA na População Adulta (em %) (S) 2 2 2 2
5 Partos Assistidos por Pessoal de Saúde Qualificado (%) (MICS de 2001, somente áreas
acessíveis) (S) 60 50 65 50
6 Nº de Médicos por 10.000 Habitantes (S) 2 2 3 2
7 Crianças menores de 1 ano vacinadas (%) (S) 95 34 95 39
8 Relação de leitos hospitalares por habitante (%) (S) 13 11 14 11
9 Crianças com 1 ano de idade imunizadas de sarampo (S) 90 103 90 52
10 Mulheres grávidas que beneficiaram de Tratamento Intermitente e Preventivo da malária
(TIP) (%) (S) 55 43 65 59
11 Mulheres grávidas que receberam mosquiteiros impregnados (%) (S) 75 36 85 9
12 Crianças menores de 5 anos que receberam mosquiteiros tratados (%) (S) 60 5 70 1
13 Crianças entre 0-4 anos de idade que estiveram doentes com febre e tomaram anti-
palúdicos (%) (S) 50 8 60 8
14 Taxa de Cura da Tuberculose alcançada através da estratégia DOTS (%) (S) 70 ND 75 ND
15 Três ou mais consultas Pré-natal (%) (S) 80 44 85 27
16 Cobertura de vitamina A em crianças dos 6 aos 59 meses (%) (S) 90 37 95 7
17 Parto Institucional (%) (S) 50 60 55 48
18 Planeamento familiar (% de mulher em idade fértil) (S) 30 15 40 36
19 Taxa de mortalidade em menores de cinco anos (por 1.000 nados vivos) (S) 130 68 120 68
20 Taxa de mortalidade infantil (por 1.000 nados vivos) (S) 80 44 75 44
21 Rácio da mortalidade materna (mortes maternas por 100.000 nascidos vivos) (S) 350 283 300 155
Fonte: MPDT
Quadro 11 - Desempenho do sector da Saúde
3.2.5.4. Sector da Assistência e Reinserção Social
80. Em contribuir activamente para a redução da pobreza, através da assistência aos grupos mais
vulneráveis para a sua reintegração social e produtiva, as acções previstas centraram-se no (i) apoio
social às pessoas carenciadas e em situação de vulnerabilidade, às populações afectadas por
calamidades naturais (chuvas e seca), às crianças com leite e papa, às crianças e idosos em instituições
sob tutela do Executivo e às pessoas, na comunidade, com doenças crónicas, assim como na atribuição
de meios de locomoção e dispositivos de compensação; (ii) na geração de trabalho e renda com
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |28
atribuição de equipamentos e kits profissionais; (iii) na protecção e promoção dos direitos das crianças,
(iv) na formação e capacitação de quadros sociais, (v) na reintegração socioprofissional dos ex-militares
e (vi) na desminagem.
Desempenho do sector da Assistência Social
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº de Famílias assistidas (F) 20.000 23.062 15.000 6.496
2 Nº de crianças assistidas nas instituições (F) 200.000 46.276 20.000 42.944
3 Nº de crianças protegidas/denúncias (F) 1.700 2.079 1.275 4.921
4 Nº de Idosos assistidos (F) 16.000 37.876 12.000 18.655
5 Nº de idosos nas instituições (F) 2.050 929 2.050 973
6 Nº de pessoas c/deficiência assistidas em meios de locomoção e ajudas técnicas (F)
25.000 3.185 20.000 4.033
7 Nº de vítimas de sinistros e calamidades assistidas (F) 100.000 366.764 75.000 26.961
8 Nº de (criança dos 0-2 anos), assistidas com leite e papas (F) 16.000 13.552 12.000 3.700
9 Nº de beneficiários assistidos com kits profissionais e equipamentos (F) 20.000 1.233 15.000 397
10 Nº de kits profissionais e equipamentos atribuídos (F) 10.000 798 5.000 271
11 Nº de oportunidades de ocupação criadas (F) 30.000 1.237 22.500 397
12 Nº de doentes assistidos (F) 21.200 1.406 15.900 644
13 Nº de ex- militares e deficientes de guerra reintegrados (F) 25.779 8.918 10.163 210
14 Verificação e desminagem de Vias rodoviárias e projectos de telecomunicações (km) (F)
5.000 1.239 5.000 210
15 Verif.. e desminagem de áreas de expan. das linhas de transp. de energia
eléctrica de alta tensão 20.000 124.484 20.000 182.406
16 Verif. e Desminagem de Áreas Agrícolas, Fundiárias, Polos Industriais e agro-
pecuários (Mil m²) (F) 55.000 28.984 60.000 58.532
17 Admissão e formação de técnicos de desminagem (F) 250 288 250 3486
18 Admissão, capacitação e formação de trabalhadores sociais e funcionários (F) 3.800 2.468 2.850 2.073
Fonte: MPDT
Quadro 12 - Desempenho do sector da Assistência Social
3.2.5.5. Sector Petrolífero
81. Com o objectivo de assegurar a inserção estratégica de Angola no conjunto dos países produtores de
energia e desenvolver o cluster do petróleo e gás natural, contribuindo para financiar o desenvolvimento
da economia e sua diversificação, o sector continuou a desenvolver actividades no sentido de alcançar
os seus objectivos, nomeadamente: intensificar as actividades de prospecção, pesquisa de petróleo bruto
e gás natural; aumentar a capacidade de refinação de petróleo bruto; desenvolver a Indústria do Gás
Natural, assim como incrementar a inserção do empresariado nacional no sector de petróleo e gás.
Desempenho do sector Petrolífero
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Produção de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 733 650 760 632
2 Produção média diária de petróleo bruto (milhões de bbls) (F) 2 1,78 2 1,7
3 Exportações de petróleo bruto (milhões de barris) (F) 624 628 610 611*
4 Preço estimado de exportação de petróleo bruto (USD/bbl) (F) 92 50 90 42
5 Capacidade de armazenagem em terra (mil m3) (S) 1.526 360 1.650 367
6 Postos de abastecimento (novos) (F) 29 102 66 110
7 Venda de produtos refinados (mil TM) (F) 5.591 6.479 5.909 5.672
8 Investimentos (milhões USD) (F) 14.121 20.084 10.255 8.683*
9 Força de trabalho (S) 96.668 130.273 106.306 130.273*
Fonte: MPDT
Quadro 13 - Desempenho do sector Petrolífero
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |29
3.2.5.6. Sector da Construção
82. Para este sector o objectivo é contribuir para o esforço de construção nacional, promovendo a
reabilitação e a construção das infraestruturas adequadas às necessidades do processo de
desenvolvimento do País e continua a desenvolver acções centradas na construção e reabilitação de
infra-estruturas integradas, na expansão e recuperação de estradas e pontes, na construção de edifícios
administrativos e nas obras dos novos corredores rodoviários estruturantes.
Desempenho do sector da Construção
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Rede fundamental (km) (F) 3.500 400 3.000 120
2 Rede secundária (km) (F) 1.500 36 1.000 40
3 Rede terciária (km) (F) 15.000 1.244 10.000 214
4 Avaliação patrimonial (un) (F) 5.000 315 5.000 100
Edifícios Públicos e Monumentos
5 Reabilitação (un) (F) 17 1 18 0
6 Avaliação patrimonial (un) (F) 15 0 17 0
Infraestruturas Integradas
7 Projectos de execução (un) (F) 0 5 0 17
8 Construção (un) (F) 6 0 5 4
9 Reabilitação (un)* (F) 3 1 3 0
Emprego
10 10 Emprego (un) (F) 33.700 1.968 34.800 990
Fonte: MPDT
Quadro 14 - Desempenho do sector da Construção
3.2.5.7. Sector da Indústria
83. Este sector tem o objectio de promover o desenvolvimento do sector, no contexto do cluster da
alimentação e da diversificação da economia nacional, em bases sustentáveis, contribuindo para a
geração de empregos, o aproveitamento de matérias-primas agrícolas e minerais, a distribuição
territorial das actividades, o equilíbrio da balança comercial e a economia de divisas.
Desempenho do sector da Indústria
N/O Indicadores 2.015 2.016
Meta Real Meta Real
1 Óleo Alimentar (Klt) (F) 5.250 2.129 6.500 1.286
2 Leite Pasteurizado (Klt) (F) 4.200 2.504 4.700 3.716
3 Leite em Pó (Ton) (F) 3.250 9.668 3.500 7.473
4 Iogurtes (mil copos) (F) 2.600 7.732 2.800 11.811
5 Rações para Animais (Ton) (F) 25.085 44.073 30.085 56.792
6 Produção de Bebidas (Mil Hlt) (F) 19.096 21.204 19.677 20.950
7 Produção de Têxteis (F) 11.000 - 140.000 -
8 Confecções (Unidades) (F) 110.620 358.678 168.620 130.752
9 Produção de Couro e Calçado (F) 5.000 - 6.000 -
10 Produção de Madeira (m3) (F) 22.950 6.067 234.500 12.486
11 Produção de Papel (Embal. Cartão) (Ton) (F) 6.100 6.010 8.000 4.459
12 Produção de Livros Escolares (Mil) (F) 72.500 15.681 85.000 1.690
13 Produção de Acetileno (Mm3) (F) 545 88 545 87
14 Produção de Oxigénio (Mm3) (F) 8.225 1.239 8.225 1.417
15 Gás Carbónico (Ton) (F) 15.755 1.926 16.950 843
16 Produção de Pesticidas-HIDROSIL (mil lts) (F) 6.534 - 7.187 -
17 Produção de Insecticidas (Ton) (F) - - - -
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |30
N/O Indicadores 2.015 2.016
Meta Real Meta Real
18 Produção de Tintas e Similares (Klt) (F) 8.300 16.822 8.300 11.155
19 Sabão (Ton) (F) 30.850 23.070 31.850 19.135
20 Detergentes Líquidos (Kl) (F) 12.025 16.504 12.630 13.954
21 Detergentes Sólidos (Ton) (F) 1.000 16.723 1.000 6.455
22 Produção de Explosivos (Ton) (F) 6.500 6.447 8.000 4.104
23 Cartuchos de Caça (Mil) (F) 230 - 240 -
24 Produção de Injectados (Ton) (F) 3.630 19.272 4.330 21.798
25 Produção de Vidros de Embalagem (Mil) (F) 71.094 43.506 81.758 46.279
26 Produção de Metais (ton) (F) 53.600 134.071 67.600 128.981
27 Produção de Maquinas e Equipamentos (tractores-unidades) (F) 16.721 - 18.393 -
28 Emprego Gerado (nº de pessoas) (F) 70.210 6.339 37.497 3.882
29 Investimento Privado (Mil USD) (F) 4.551 618.864 2.421 456.993
Fonte: MPDT
Quadro 15 - Desempenho do sector da Indústria
3.2.5.8. Sector dos Transportes
84. Com o objectivo de dotar o País de uma rede de transportes integrada e adequada aos objectivos de
desenvolvimento nacional e regional, facilitador do processo de desenvolvimento económico e
potenciador das políticas territorial e populacional, o sector dos transportes continuou a desenvolver
acções no sentido de aumentar o volume de carga transportada e manipulada, assim como o número de
passageiros transportados nos vários meios de transporte (rodoviário, aéreo, ferroviário,
marítimo/fluvial), que neste último caso, atingiu os cerca de 9.980 milhões de passageiros (incluindo
os autocarros públicos e privados nas carreiras urbanas, intermunicipais, interprovinciais e
táxis/colectivos, em Luanda).
Desempenho do sector dos Transportes
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº Passageiros Transportados (Rede Pública) (mil) (F) 55.368 13.117 60.127 9.980
2 Nº Carga Manipulada/ Transportada (Rede Pública) (Mil Ton)
(F) 22.016 12.700 24.291 9.948
3 Emprego no sector (F) 18.420 16.029 19.709 16.158
4 Profissionais do sector de transportes treinados (F) 3.540 2.128 3.565 1.507
5 Novas escolas e centros de formação instaladas. (F) 0 0 0 0
6 Cidades beneficiadas com expansão da rede de táxis. (F) 0 0 0 0
Fonte: MPDT
Quadro 16 - Desempenho do sector dos Transportes
3.2.5.9. Sector da Energia e Águas
85. O objectivo do sector da Energia é aumentar e melhorar a qualidade do fornecimento de energia
eléctrica para satisfazer as necessidades de consumo induzidas pelo desenvolvimento económico e
social do País e utilizar os recursos energéticos nacionais de forma racional e com protecção ambiental.
Já o sector das Águas, tem por objectivo promover, em bases sustentáveis, o abastecimento de água
potável à população e de água para uso no sector produtivo, bem como serviços adequados de
saneamento de águas residuais, que são fundamentais para a melhoria do bem-estar das populações,
bem como assegurar a oferta permanente de água e melhorar a qualidade da sua prestação, garantindo
o seu uso racional e sustentável.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |31
Desempenho do sector da Energia e Águas
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Potência Total Instalada (MW) (S) 3.561 2.354 5.828 3.129
2 Produção de Electricidade (GWH) (F) 17.018 9.625 21.168 10.908
3 Energia Distribuída (GWH) (F) 14.465 8.383 17.993 9.054
4 Produção média de água potável nas sedes provinciais (m3/ dia) (F) 1.488.176 585.851 1.637 587
5 Número de pontos de água existentes (S) 7.117 6.272 7.337 6.417
6 Número de chafarizes/Fontenários construídos (S) 7.820 6.901 8.620 7.252
7 Número de pequenos sistemas de água (S) 742 979 853 1.066
8 Número de furos de água abertos (S) 6.383 6.272 6.578 6.440
9 Número de cacimbas melhoradas (S) 734 ND 759 ND
10 Taxa de cobertura da população servida com água (%) (S) 65 65 75 67
Fonte: MPDT
Quadro 17 - Desempenho do sector da Energia e Águas
3.2.5.10. Sector do Ambiente
86. Com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável, garantindo a preservação do meio
ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos, este sector continuou a realizar as suas acções tendo em
vista a materialização das Políticas e Estratégias Nacionais e dos compromissos internacionais, tendo
sido executadas actividades e implementados projectos, como a construção e manutenção de
infraestruturas dos Parques Nacionais e Regionais, o combate à seca e à desertificação, acções no
domínio da biodiversidade e áreas de conservação, campanhas de educação, formação, sensibilização
e consciencialização ambiental.
Desempenho do sector do Ambiente
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº de aldeias ecológicas (existentes) (F) 3 0 3 0
2 Nº Campanhas de educação, sensibilização e formação das populações (F)
2 165 3 8.286
3 Nº de Beneficiários de Educação, Sensibilização e Formação (F) 500 222.539 600 734.222
4 Nº de Estações de Tratamento de Resíduos com Tecnologias
Ambientais (F) 6 0 8 0
5 Número de Projectos com Impacte Ambiental (aprovados) (F) 3 196 33 186
6 Nº de Parques Nacionais e Transfronteiriços (existentes) (F) ND 12 ND ND
7 Nº de Reservas Naturais Integradas (existentes) (F) ND 2 ND ND
8 Nº de Áreas de Conservação Terrestre (existentes) (F) 13 14 14 14
9 Projectos de Eficiência Energética e Captação de Carbono (F) 5 0 10 0
10 Projecto de Combate à Seca e à Desertificação (F) ND 1 ND ND
Parques Naturais Regionais (existentes) (F) ND 1 ND ND
Fonte: MPDT
Quadro 18 - Desempenho do sector do Ambiente
3.2.5.11. Sector da Agricultura
87. Com o objectivo de promover o desenvolvimento integrado e sustentável do sector agrário, tomando
como referência o pleno aproveitamento do potencial dos recursos naturais produtivos e a
competitividade do sector, visando garantir a segurança alimentar e o abastecimento interno, bem como
realizar o aproveitamento das oportunidades relacionadas aos mercados regional e internacional, o sector
deu prosseguimento às acções centradas no fomento da actividade produtiva, desenvolvimento da
agricultura comercial, saúde pública, veterinária, desenvolvimento da fileira das carnes e leite,
construção e reabilitação dos perímetros irrigados.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |32
Desempenho do sector da Agricultura
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Produção de Cereais (mil toneladas) (F) 2.873 2.016 3.177 2.380
2 Produção de Leguminosas (feijão, amendoim e soja) (mil toneladas) (F) 1.034 679 1.192 686
3 Produção de Raízes e tubérculos (mandioca, batata rena e batata doce) (mil toneladas) (F)
30.622 10.328 34.162 10.531
4 Produção de frangos (toneladas) (F) 25.668 29.386 36.602 27.579
5 Produção de carne bovina (toneladas) (F) 16.861 23.745 251.134 21.121
6 Produção de carne caprina (toneladas) (F) 210.803 149.640 225.155 125.376
7 Produção de ovos (toneladas) (F) 8.169 25.064 8.395 34.800
8 Evolução da procura de Leite (Milhares de Litros/Ano) (F) 63.367 ND 848.228 ND
9 Volume da produção nacional de leite (toneladas) (F) 69.704 3.570 118.752 3.872
Fonte: MPDT
Quadro 19 - Desempenho do sector da Agricultura
3.2.5.12. Sector das Pescas
88. Com o objectivo de promover a competitividade e o desenvolvimento da pesca industrial e artesanal, de
modo sustentável, contribuindo para a promoção de emprego, com o objectivo de combater a fome e a
pobreza e garantir a segurança alimentar e nutricional, este sector das Pescas deu seguimento às acções
centradas no desenvolvimento da aquicultura; na melhoria da sustentabilidade da exploração dos
recursos pesqueiros; no apoio à pesca artesanal; no reforço do sistema de formação técnica e científica
do sector e melhoria da operacionalidade da frota pesqueira, no âmbito da estratégia do executivo para
o combate à fome e à pobreza.
Desempenho do sector das Pescas
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Volume total da Produção do Sector Pesqueiro (Tons) (F) 442.850 496.213 445 533
2 Industrial e Semi Industrial (Tons) (F) 290.000 318.149 290 306
3 Artesanal marítima (Tons) (F) 87.000 138.678 89 208
4 Artesanal continental (Tons) (F) 5.850 38.514 6 18
5 Aquicultura (Tons) (F) 60.000 872 60 0,66
6 Produção de peixe seco (Tons) (F) 40.000 57.024 40 33
7 Produção do sal (Tons) (F) 120.000 42.845 120 93
8 Produção de conservas (Tons) (F) 3.400 0 4.600 2
9 Emprego Gerado (Nº Pessoas) (F) 14.293 1.567 14.303 2.025
Fonte: MPDT Quadro 20 - Desempenho do sector das Pescas
3.2.5.13. Sector da Cultura
89. Com o objectivo da promoção do acesso de todos os cidadãos aos benefícios da cultura sem qualquer
tipo de discriminação, tomando em linha de conta as aspirações dos diferentes segmentos da população,
promovendo a liberdade de expressão e a mais ampla participação dos cidadãos na vida cultural do
País, o fortalecimento livre e harmonioso da sua personalidade e o respeito dos usos e costumes
favoráveis ao desenvolvimento, o que contribuirá para a consolidação da identidade nacional,
caracterizada pela diversidade cultural, o sector da Cultura realizou várias actividades que visaram
preservar, proteger e valorizar o património histórico material e imaterial, fomentar a indústria cultural
e divulgar a cultura
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |33
Desempenho do sector da Cultura
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº de leitores e consulentes na Biblioteca Nacional (F) 92.456 50.284 115.570 152.555
2 Nº de leitores e consulentes no Arquivo Nacional de Angola (F) 2.700 719 3.000 1555
3 Nº de alunos matriculados nas Escolas técnicas de artes (F) 1.036 244 1.236 375
4 Nº de visitantes à Museus (F) 68.283 59.085 70.331 70.771
5 Nº de participantes ao Carnaval (F) 374.000 1.020.000 376.000 1.224.000
6 Nº de peças de artesanato seladas para exportação (F) 16.785 4.334 17.289 5.873
7 Nº de documentários produzidos (F) 7 5 8 6
8 Nº de casas de cultura (F) 20 1 36 10
Fonte: MPDT Quadro 21 - Desempenho do sector da Cultura
3.2.5.14. Sector do Urbanismo e Habitação
90. Na promoção da requalificação, reabilitação e valorização dos centros urbanos e rurais, possibilitando a
fixação ordenada das populações, bem como a dinamização e interacção dos espaços, o sector do
Urbanismo e Habitação teve suas baterias viradas no ordenamento do território, urbanismo, geodesia e
cartografia. Garantir o direito a uma habitação condigna para todos os cidadãos, especialmente para as
camadas de menor poder aquisitivo, e fomentar a habitação no quadro do realojamento e melhorar o
saneamento básico das cidades, o sector continuou a prestar maior atenção à implementação do
Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, do qual se destacam os sub-programas de
desenvolvimento de novas centralidades, de promoção de habitação social, de gestão e alienação de
imóveis e o sub-programa dos 200 fogos por municípios, urbanização de reservas fundiárias, infra-
estruturação e fomento da auto-construção dirigida
Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº de províncias beneficiadas com instrumentos de ordenamento do território (S) 16 18 17 18
2 Nº de municípios beneficiados com instrumentos de ordenamento do território (S) 56 86 74 86
3 Nº de centros urbanos com projectos de requalificação urbanística executados ou em
execução (F) 3 5 3 5
4 Nº de centros rurais com projectos de requalificação urbanística executados ou em
execução (F) 3 6 3 6
5 Parcelas de terra cadastradas na Rede Geodésica Nacional (Km2) (F) 500 3.327 550 8.063
6 Nº de fogos habitacionais (F) 103.023 9.412 41.218 418
7 Desenvolvimento de novas centralidades (S) 2 19 2 23
8 Reservas fundiárias (hectares) (S) 165 0 170 0
9 Alienação do património habitacional do Estado (un) (F) 18.500 220 7.500 2.368
Fonte: MPDT
Quadro 22 - Desempenho do sector do Urbanismo e Habitação
3.2.5.15. Sector das Telecomunicações e Tecnologia de Informação
91. Com o objectivo de garantir a disponibilidade, com eficácia e a custos baixos, de todas as formas de
troca de informação entre os agentes económicos e a difusão das mais modernas tecnologias de
informação, foram desenvolvidas acções visando o fortalecimento da estrutura organizativa do Estado,
com destaque para a implementação do Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que tem
como fim o desenvolvimento de uma estratégia que permita o país recuperar o atraso e avançar na
geração, difusão e criação de conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento socioeconómico
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |34
Desempenho do sector das Telecomunicações
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº de Linhas Fixas Instaladas (S) 579.883 813.432 588.581 924.560
2 Nº de Linhas Fixas Ligadas (S) 354.342 286.178 382.689 30.449
3 Taxa de Teled. Fixa (%) (S) 2 1 1,77 1,16
4 Nº de Usuários da rede Móvel (mil) (S) 13.873 13.884 14.324 13.001
5 Taxa de Teled. Móvel (%) (S) 66 54 66,35 49,4
6 Subscritores Internet (mil) (S) 3.888 4.502 4.666 4.133
7 Taxa de Teled. Digital (%) (S) 19 18 21,61 15,7
8 Correspondências Manuseadas (Mil Und) (F) 32.349 1.731 3.354 1.711
9 Estações Postais Informatizadas (F) 15 1 18 1
10 Estações Postais com Sala de Internet (F) 15 1 18 1
11 Estações Postais Reabilitadas (F) 10 0 12 0
12 Estações Postais Construídas (F) 5 1 6 0
13 Estações Sísmicas (existentes) (F) 0 0 0 0
Fonte: MPDT Quadro 23 - Desempenho do sector das Telecomunicações
3.2.5.16. Sector do Comércio
92. O objectivo deste sector é promover e manter um conjunto de infraestruturas logísticas, de circuitos
comerciais e uma rede de distribuição que, possibilita a realização de excedentes de produção e o
abastecimento de todo o território com “inputs” produtivos e bens de consumo essenciais, contribuindo
activamente para a eliminação da fome e da pobreza bem como para o desenvolvimento harmonioso do
território e a valorização da posição geo-estratégica, onde o sector desenvolveu as suas actividades e
acções nos domínios do comércio interno e externo, defesa do consumidor, formação e capacitação
institucional, inspecção, controlo de qualidade, segurança alimentar e combate à pobreza.
Desempenho do sector do Comércio
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Estabelecimentos Comerciais Licenciados (F 12.656 20.470 13.921 25.463
2 Empregos Criados (F) 37.967 59.875 41.764 27.875
3 Armazéns de Retenção de Reserva de Estado Construídos (F) 0 7 0 0
4 Armazéns Provinciais Construídos (F) 4 39 3 0
5 Centros de Recolha, Lavagem, Calibragem e Embalagem Construídos (F)
3 3 2 0
6 CLODS Construídos (F) 1 1 ND 1
7 Mercados Municipais Construídos (F) 15 41 20 0
8 Lojas de Proximidade Criadas (F) 30 9620 20 11640
9 Formandos / ENCO / Loja Pedagógica (F) 1.900 2.617 1.995 1.079
Fonte: MPDT
Quadro 24 - Desempenho do sector do Comércio
3.2.5.17. Sector da Ciência e Tecnologia
93. Com o objectivo de promover o avanço científico e tecnológico do País e adaptar, criativamente, os
conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo e criar uma base nacional de inovação
de produtos e processos e o sector desenvolveu acções no sentido de promover o avanço científico e
tecnológico do país, adoptar os conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis no mundo, e criar
uma base nacional de inovação, produtos e processos.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |35
Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Nº de Unidades de I&D (S) 41 26 42 26
2 Nº de Investigadores em Ciência e Tecnologia* (F) 36 259 37 259
3 Não Investigadores (Auxiliares e pessoal técnico de apoio da Ciência e Tecnologia /MESCT) (F) 41 884 42 884
4 Técnicos de Investigação em Formação Avançada** (F) 82 22 83 22
5 Nº de Pessoas Empregadas (S) 2.986 3.799 2.997 3.799
Fonte: MPDT
Quadro 25 - Desempenho do sector da Ciência e Tecnologia
3.2.5.18. Sector da Juventude e Desportos
94. Este sector tem o objectivo promover a generalização da prática desportiva nas diferentes camadas da
população, em particular os jovens e as mulheres, dando especial atenção ao desporto na escola, e foram
desenvolvidas actividades que permitiram a execução do Programa de Desenvolvimento e Promoção
Desportiva, destacando-se a prospecção e detecção de novos talentos, com vista a valorização do
desporto como factor de unidade nacional, bem-estar, equidade e qualidade de vida dos cidadãos.
Desempenho do sector da Juventude e Desportos
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Federações (S) 25 26 25 26
2 Associações Provinciais (S) 108 211 110 211
3 Clubes (S) 815 1.274 817 1.274
4 Técnicos (S) 3.750 3.537 3.800 3.537
5 Árbitros (S) 1.660 3.607 1.662 3.607
6 Atletas (S) 65.560 133.544 72.844 133.544
7 N.º de praticantes desportistas (S) 58.079 2.565.269 60.499 2.565.269
8 N.º de técnicos desportivos formados (S) 5.080 5.058 5.100 5.198
9 N.º de treinadores formados 1.090 1.270 1.100 1.320
10 N.º de novos talentos descobertos (S) 1.500 2.056 1.688 2.056
11 N.º de animadores desportivos (S) 3.040 3.000 3.050 3.000
12 N.º de atletas inseridos na alta competição (S) 16.500 7.477 17.000 7.477
13 N.º de crianças inseridas na prática desportiva (S) 25.200 2.058.765 26.250 2.058.765
14 Nº de Atletas registados (S) 57.000 50.500 57.500 50.500
Fonte: MPDT
Quadro 26 - Desempenho do sector da Juventude e Desportos
3.2.5.19. Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria
Tendo o objectivo de promover a dignificação dos antigos combatentes e veteranos da Pátria, em
reconhecimento à sua participação na luta de libertação nacional e na defesa da Pátria, o Sector
desenvolveu a sua actividade com o objectivo da melhoria das condições de vida dos Antigos
Combatentes, Veteranos da Pátria, Deficientes de Guerra e Familiares de Combatentes Tombados, bem
como a capacitação técnica dos seus quadros.
Desempenho do Sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Recenseados Existentes (S) 180.000 159.394 185.000 159.445
2 Recenseados Deficientes (S) 22.000 24.154 21.000 24.020
3 Beneficiários de Pensão de Reforma (F) 180.000 159.394 185.000 159.250
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |36
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
4 Assistidos Recadastrados (F) 115.000 149.121 110.000 159.250
5 Assistidos Bancarizados (F) 160.000 139.057 165.000 140.582
Fonte: MPDT
Quadro 27 - Desempenho do sector dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria
3.2.5.20. Sector da Comunicação Social
95. Com o objectivo de materializar uma política que garanta a veiculação de uma informação plural, isenta,
independente, responsável e que amplie as conquistas alcançadas no que concerne aos direitos e
garantias das liberdades de expressão, no quadro dos ditames do Estado democrático e de direito, o
sector centrou as suas as acções no reforço do sistema de comunicação social, na valorização e
mobilização dos recursos humanos e na valorização dos serviços públicos, destacando-se a expansão
da Rede de Difusão em todo Território Nacional.
Desempenho do Sector da Comunicação Social
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Expansão e cobertura do Sinal da Rádio (%) (S) 95 90 100 92
2 Expansão e cobertura do Sinal de Televisão (S) 80 72 85 75
3 Aumento da distribuição das publicações da Edições Novembro (dia)
(F) 81.700 35.500 93.400 16.164
Fonte: MPDT Quadro 28 - Desempenho do sector da Comunicação Social
3.2.5.21. Sector da Justiça e Direitos Humanos
96. Com o objectivo de consolidar a reforma do sector da justiça, dando continuidade à política de
modernização e de informatização, assente nos princípios da desburocratização e simplificação de
procedimentos, bem como na proximidade dos serviços junto das comunidades, garantindo o acesso dos
cidadãos ao direito e à justiça, colocando o sistema de justiça ao serviço dos direitos humanos este sector
da justiça, no cumprimento dos objectivos plasmados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-
2017, desenvolveu um conjunto de actividades ligadas à promoção dos direitos humanos, à
massificação e simplificação do registo civil e à atribuição do bilhete de identidade, ao combate ao uso
de drogas e à elaboração de propostas de leis que viabilizam a organização e o funcionamento deste
sector. As acções e medidas de políticas executadas
Desempenho do Sector da Justiça e Direitos Humanos
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Número de BI´s (F) 2.169.462 1.543.888 3.169.462 1.086.404
2 Certificados de Registo Criminal (F) 396.702 647.489 410.000 713.510
3 Nº de Lojas de Registo e Notariado (F) 16 2 18 1
4 Nº Conservadores e Notários (F) 397 21 431 0
5 Nº de Oficiais de Registo e Notariado (F) 2.950 267 3.120 0
6 N.º de Técnicos Superiores de identificação (F) 89 5 89 0
7 N.º de Técnicos de Identificação (F) 217 20 217 0
8 N.º de Técnicos Superiores do Regime Geral (F) 18 0 18 0
9 Nº de técnicos do Regime Geral (F) 18 104 18 0
10 Nº Magistrados em função dos Tribunais e Órgãos de Polícia (F) 50 22 50 0
11 Nº Magistrados Municipais (F) 120 0 140 0
12 Nº Magistrados Provinciais (F) 80 27 80 36
Fonte: MPDT Quadro 29 - Desempenho do sector da Justiça e Direitos Humanos
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |37
3.2.5.22. Sector da Administração Pública e Segurança Social
97. O sector da Administração Pública tem como objectivo prosseguir o interesse público, qualificando e
fortalecendo o Estado; adaptar o papel do Estado à sua missão e capacidade de gestão; melhorar a
governação e promover a boa governação; prestar serviços adequados e de forma eficiente aos cidadãos
e aos agentes económicos, melhorando a sua receptividade e acolhimento; contribuir para o
desenvolvimento económico e social, sendo que continua a desenvolver actividades com vista à
melhoria da prestação dos serviços públicos e à divulgação e acompanhamento da implementação dos
Decretos Presidenciais nº 2/13 e 3/13, de 25 de Junho e 23 de Agosto, respectivamente.
98. Já o sector da Segurança Social tem como objectivo estabilizar uma nova gestão de risco social, em que
a intervenção do Estado visa assistir indivíduos, agregados familiares e comunidades a melhor gerir os
riscos a que estão expostos, bem como apoiar aqueles que se encontram em situação de extrema pobreza.
O Sistema de Protecção Social Obrigatório prosseguiu com o desenvolvimento de actividades no
sentido de aumentar o número de contribuintes da Segurança Social, e assegurar a assistência aos
segurados e pensionistas.
Desempenho do Sector da Administração Pública e Segurança Social
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Pessoal ao Serviço da Administração Pública – a Nível Central (S) 47.539 45.574 48.179 44.047
2 Segurados (S) 2.041.657 1.430.258 2.359.034 1.656.681
3 Pensionistas (S) 142.058 116.551 159.903 117.195
4 Contribuintes (S) 897.580 110.957 106.609 123.557
Fonte: MPDT
Quadro 30 - Desempenho do sector da Administração Pública e Segurança Social
3.2.5.23. Sector da Administração do Território
99. Com objectivo de garantir uma eficaz prestação dos serviços no âmbito da Governação Local e melhoria
da gestão pública inclusiva em prol do desenvolvimento e redução da pobreza, no âmbito das suas
atribuições, e tendo em conta as medidas de políticas inseridas no Plano Nacional de Desenvolvimento
2013-2017, no que diz respeito ao ano de 2015, o Ministério da Administração do Território (MAT)
continuou a desenvolver acções com vista a fortalecer a capacitação Institucional Técnica e Humana
para uma governação local mais eficiente e efectiva.
Desempenho do Sector da Administração Território
NO Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Criação da carreira do funcionário da Administração Local e Autárquica (F) 3.500 0 500 0
2 Infra-estruturas Autárquicas (F) 69 0 70 0
3 Divisão Política Administrativa (Nível Provincial) (F) 1 0 N.D. 0
4 Divisão Politica Administrativa (Nível Municipal) (F) 10 1 10 2
5 Recursos Humanos Capacitados a Nível Central (F) 400 74 400 59
6 Recursos humanos capacitados a nível Local (F) 260.000 1.647 260.000 1.610
7 Reforma da Administração do Estado a nível dos Municípios (F) 36 1 10 0
8 Implementação do Sistema Integrado de informação de gestão da Administração do território, em Municípios (F)
36 1 10 0
9 Autoridades tradicionais reagrupadas e reordenadas em zonas (F) 10.389 597 106.306 0
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |38
Fonte: MPDT
Quadro 31 - Desempenho do sector da Administração Território
3.2.5.24. Sector da Geologia e Minas
100. Com o objectivo de promover o desenvolvimento do sector em bases sustentáveis, gerando empregos
e contribuindo para o desenvolvimento territorial, diversificação produtiva e expansão da economia, este
sector continuou a desenvolver as suas actividades direccionadas para os domínios do licenciamento e
cadastro mineiro, regulamentação da actividade geológico-mineira, capacitação dos recursos humanos
e formação profissional, inspecção e fiscalização mineira, negociação de contratos mineiros,
cooperação internacional, bem como acompanhar a evolução dos projectos públicos e privados, nos
domínios da prospecção e exploração mineira.
Desempenho do Sector da Geologia e Minas
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Produção Industrial de Diamantes (Mil Qlts) (F) 9.882 8.148 10.376 8.662
2 Produção Artesanal de Diamantes (Mil Qlts) (F) 543 871 562 359
3 Receitas Brutas da Produção Industrial (Milhões USD) (F) 1.207 944 1.268 994
4 Receitas Brutas da Produção Artesanal (Milhões USD) (F) 189 239 195 85
5 Produção de Rochas Ornamentais (m3) (F) 55.371 42.658 59.802 55.711
6 Exportação de Rochas Ornamentais (m3) (F) 33.223 28.315 35.881 40.850
7 Valores das Vendas de Rochas Ornamentais (Mil USD) (F) 6.626 8.521 7.157 90.807
Fonte: MPDT
Quadro 32 - Desempenho do sector da Geologia e Minas
3.2.5.25. Sector da Hotelaria e Turismo
101. O sector do Hotelaria e Turismo tem por objectivo promover o desenvolvimento sustentável do sector
hoteleiro e turístico, valorizando o património histórico e arquitectónico, os recursos naturais, culturais
e contribuindo para a geração de rendimento e emprego sector continuou a desenvolver as suas
actividades de acordo com o seu objectivo.
Desempenho do Sector da Hotelaria e Turismo
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Chegada de visitantes (F) 578.125 592.495 636.061 391.305
2 Número de quartos (novos) (F) 5.255 2.275 6.183 1.002
3 Nº de camas da rede hoteleira (novas) (F) 10.510 2.569 13.466 1.169
4 Nº de pessoas empregadas (F) 13.149 16.583 13.466 2.498
5 Nº de unidades hoteleiras (novas) (F) 363 537 366 328
Fonte: MPDT
Quadro 33 - Desempenho do sector da Hotelaria e Turismo
3.2.5.26. Sector da Família e Promoção da Mulher
102. Com objectivo da criação de condições económicas, sociais, culturais e políticas para que a família
possa desempenhar a sua função nuclear na sociedade, como unidade social base, com respeito da sua
identidade, unidade, autonomia e valores tradicionais, a promoção dos direitos humanos das mulheres e
a igualdade de oportunidades e benefícios entre mulheres e homens em Angola, o sector garantiu a
participação em todas as reuniões, eventos, conferências, seminários, palestras, workshops realizados,
quer no interior, como no exterior do país.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |39
Desempenho do Sector da Família e Promoção da Mulher
N/O Indicadores 2015 2016
Meta Real Meta Real
1 Recursos humanos qualificados (%) (S) 60 259 60 11
2 Centros de aconselhamento familiares de referência (S) 2 0 2 0
3 Casas de Abrigo (S) 1 0 1 0
4 Conselheiros familiares formados (F) 600 384 600 111
5 Formação profissional realizada (F) 1.200 392 1.200 24
6 Casos de violência e aconselhamento feitos (F) 10.000 6.240 10.000 6.167
7 Nº de mobilizadores e activistas em género formados (F) 500 538 500 219
8 Mobilizadores e activistas sociais formados (F) 1.200 289 1.200 269
9 Beneficiários de micro crédito (F) 20.000 147 20.000 0
10 Parteiras tradicionais capacitadas (F) 564 1491 564 1.591
11 Kits de parteira tradicional distribuída (F) 564 948 564 244
12 Seminários sobre género e família realizados (F) 200 39 200 27
13 Palestras sobre género e família realizadas (F) 400 960 400 1176
14 Nº de aldeias rurais requalificadas (S) 130 0 155 0
15 Nº de aldeias rurais integradas construídas (S) 10 0 15 0
16 Nº de habitações rurais requalificadas (F) 25.900 0 31.000 0
17 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Estruturação Produtiva (F) 41.850 26.467 62.775 0
18 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Desenvolvimento Comunitário (F) 130.000 77.462 156.000 843
19 Nº de famílias beneficiárias com o Programa de Apoio à Mulher Rural (F) 92.280 62.259 110.700 344
Fonte: MPDT
Quadro 34 - Desempenho do sector da Família e Promoção da Mulher
3.2.6. Efectivos Civis da Função Pública
103. O número de efectivos da Função Pública até Dezembro de 2016, situou-se em 367.842. Se adicionado
aos efectivos civis do Ministério do interior, perfaz um total de efectivos correspondentes a 374.506.
Efectivos Civis na Função Pública N/O Órgãos do Governo 2016 2015 2014 2013
1 Órgãos Soberania 5.072 5. 234 1. 146 965
2 Ministérios 53.801 58. 159 43.039 41.580
3 Governos Provinciais 303.370 283. 695 306.280 311.167
4 Outros Serviços e Entidades 3.583 90 3.502 3. 401
5 Total Geral 367.842 347.178 353.967 357.113
Fonte: MINFIN
Quadro 35 - Número de efectivos da Função Pública
3.3. Balanço Orçamental, Financeiro e Patrimonial de 2016
3.3.1. Introdução
106. Nesta secção do documento apresentam-se os dados da execução Orçamental, financeira e
patrimonial, bem como a demonstração das variações patrimoniais do ano fiscal de 2016, conforme
a composição definida nos artigos 59.º a 62.º da Lei n.º 15/10, de 14 de Julho – Lei do Orçamento
Geral do Estado.
107. Um conjunto de quadros demonstrativos presentes na Parte II auxilia a compreensão das informações
apresentadas ao longo desta secção.
108. De acordo com número 1 do artigo 58.º da Lei do OGE, a CGE compreende as contas de todos os
órgãos integrados no OGE. Assim, para além de incluir as contas das entidades com autonomia
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |40
financeira, há que se destacar na composição do CGE as demonstrações financeiras e os relatórios de
execução do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), acompanhado do relatório de gestão do
período a que corresponde.
109. Importa referir, entretanto, que as Contas da Segurança Social têm a limitação de apenas integrarem
os demonstrativos da Receita e Despesa realizadas em 2016.
3.3.2. A Revisão do Orçamento Geral do Estado no Exercício de 2016
110. A revisão do OGE de 2016, teve como objectivo a criação de mecanismos e metodologias orçamentais
que se adequem a um permanente ajustamento da Receita e da Despesa capaz de garantir a
sustentabilidade do continuado crescimento económico de Angola, sem prejuízo do respeito pela
unicidade e universalidade na execução da Despesa e das regras orçamentais.
111. A proposta do OGE revisto consagrou fluxos totais de Receitas e Despesas no valor de Kz 6.959.728
milhões, 8,3% acima em relação ao OGE inicial, que estimou Receitas e Despesas no valor de Kz
6.429.288 milhões. Em termos de natureza económica da Despesa, os incrementos incidiram
significativamente sobre as Despesas: i Custo com o Pessoal (4,3%); ii Subsistidos Operacionais (77%);
iii Juro da Dívida Externa (44%), e tendo redução principalmente para o Subsídios a Preço (-51%).
112. O OGE/Revisto permitiu ainda o reajustamento da política fiscal em conformidade com as novas
perspectivas da programação macroeconómica, culminando no processo de descativação inicialmente
efectuado para realização de algumas despesas primordiais em determinados órgãos do sistema
orçamental.
Revisão do OGE 2016/Contrapartidas Internas (Valores em milhões de Kz)
Revisão OGE 2016
N/O Categoria Económica da Despesa OGE Inicial Incremento => OGE Revisto
Var.%
OGE
Revisto
Contrapartidas
Saídas =>
Contrapartidas
Entradas
1 Amortização - Dívida Externa 459.076 64.588 523.663 14,1% 50.000 -
2 Amortização - Dívida Interna 1.068.022 214.809 1.282.831 20,1% 1.297.677 1.297.207 3 Bens E Serviços 905.176 68.652 973.828 7,6% 295.410 487.420
4 Juros - Dívida Externa 155.036 31.192 186.228 20,1% - 50.000
5 Juros - Dívida Interna 152.316 67.866 220.182 44,6% - - 6 Outras Despesas De Capital 1.235.106 198.218 1.433.325 16,0% 541.362 503.327
7 Outras Transferências 403.198 44.046 447.244 10,9% 54.432 99.207
8 Pessoal 1.499.288 65.187 1.564.475 4,3% 292.240 293.553 9 Reservas 90.000 -89.094 906 -99,0% 73.969 1.000
10 Transferência De Capital 92.000 -11.070 80.930 -12,0% 11.823 753
11 Transferência Subsídio A Preço 319.234 -163.122 156.112 -51,1% 494.912 331.790 12 Transferência Subsídios Operacionais 50.835 39.170 90.004 77,1% 18.666 66.233
13 Total Geral 6.429.288 530.441 6.959.728 8,3% 3.130.492 3.130.492
Fonte: MINFIN
Quadro 36 – Revisão OGE/Contrapartidas Internas
3.3.3. Balanço Orçamental
113. O Orçamento Geral do Estado revisto estimou uma Receita de Kz 6.959.728 e fixou a Despesa em
igual montante, que incluem, respectivamente, a Receita decorrente do endividamento (Financiamentos
Internos e Externos) e as Despesas com amortização da Dívida (Despesa de Capital Financeiro), como
representado no Balanço Orçamental no seu Quadro 37.
Balanço Orçamental (Valores em milhões de Kz)
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |41
N/O Receita Estimada Arrecadada
Despesa Autorizada Realizada
2016 Exec.% Part.% 2016 Exec.% Part.%
1 Receitas Correntes 3.484.031 2.601.718 75% 44% Despesas Correntes 3.565.838 2.887.329 81% 54%
2 Tributária 2.337.044 2.010.202 86% 34% Pessoal e Contrib. Empreg. 1.562.988 1.387.563 89% 26% 3 Patrimonial 970.677 575.759 59% 10% Bens 309.474 184.274 60% 3%
4 Serviços 11.580 15.645 135% 0% Serviços 660.411 439.785 67% 8%
5 Transfreências Correntes 0 0 0% 0% Juros da Dívida 406.410 356.490 88% 7% 6 Rec. Corr.Diversas 164.560 4 0% 0% Subsídios 245.886 160.933 65% 3%
7 Indemnizações 170 109 64% 0% Transferências Correntes 380.668 358.284 94% 7%
8 Receitas de Capital 3.475.697 3.293.958 95% 56% Despesas de Capital 3.392.984 2.492.161 73% 46%
9 Alienações 2.139 1.518 71% 0% Investimentos 1.040.214 634.255 61% 12%
9.1 Financiamentos 3.473.558 2.221.440 95% 56% Transferências de Capital 89.421 6.653 7% 0%
9.2 Titulos e Obrig. Tesouro 2.089.350 1.288.918 62% 22% Despesas de Capital Finan. 2.259.172 1.847.131 82% 34% 10 Desemb. Linhas de Crédito 1.384.208 2.003.522 145% 34% Outras Despesas de Capital 4.177 4.122 99% 0%
11 Reservas 906 0 0% 0%
12 Total da Receita 6.959.728 5.895.676 85% 100% Total da Despesa 6.959.728 5.379.490 77% 100%
13 Saldo Orçamental Positivo 516.186
14 Total 6.959.728 5.895.676 85% 100% Total 6.959.728 5.895.676 85% 100%
Fonte: MINFIN
Quadro 37 - Balanço Orçamental
114. O Quadro 37, apresenta o Saldo Orçamental Global, via Receitas arrecadada no valor de Kz
5.895.676 milhões, e Despesas realizadas na ordem dos Kz 5.379.490 milhões, resultando num Saldo
Orçamental positivo no valor de Kz 516.186 milhões, significativamente suportado pelas Receitas de
Financiamento, provenientes das instituições bancarias no Exterior do País, (i.e. China).
115. Devemos aqui frisar, que o Resultado Orçamental é apurado pela Receita Arrecadada na Óptica de
Caixa (Fluxo Real) incluindo as Receitas de Financiamento e a Despesa Realizada na Óptica do
Compromisso (Especialização do Exercício) incluindo a Amortização de Passivos Financeiros, o que
representa uma medida rigorosa, tendo em vista que pertence ao exercício financeiro a Receita nele
arrecadada, e porque o compromisso considera a Despesa realizada, independentemente do seu
pagamento, em alinhamento ao axioma das doutrinas e teorias relativas aos princípios contabilísticos
universalmente similares, propriamente o princípio da prudência.
3.3.3.1. Execução da Receita
116. A Receita Arrecadada, na óptica de Caixa, incluindo a Receita do Instituto Nacional de Segurança
Social, que foi de Kz 5.895.676 milhões, correspondeu a 85% da Receita Estimada para o Exercício de
2016, com destaque para as Receitas Correntes arrecadadas, sobretudo pela Receita Fiscal não
Petrolífera, com um contributo de 26% em relação a Receita Total Arrecadada, o que reforça e incentiva
ainda mais o processo de potenciação da Receita Não Petrolífera, nas diferentes anatomias do sistema.
Tributário, bem com a Receita de Financiamento Externo com um contributo em 34%, explicando a
capacidade de cobertura do défice fiscal.
Receitas Realizadas (Valores em milhões de Kz)
N/O Receitas Prevista Arrecadada Exec.% Exec.% Var.% Part.% Exec.%
Percentual
2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013
1 Correntes 2.692.029 3.484.031 2.619.397 2.601.718 97% 75% -1% 44% 91% 97%
2 Petrolíferas 1.039.221 1.536.504 1.152.914 1.073.171 111% 70% -7% 18% 90% 109%
3 Concessionária 800.108 968.068 643.488 563.745 80% 58% -12% 10% 79% 100%
4 Companhias 239.113 568.436 509.426 509.426 213% 90% 0% 9% 125% 133%
5 Diamantíferas 5.490 11.000 8.638 12.779 157% 116% 48% 0,2% 48% 77%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |42
N/O Receitas Prevista Arrecadada Exec.% Exec.% Var.% Part.% Exec.%
Percentual
2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013
6 Outras Receitas Tributárias 1.501.731 1.580.520 1.307.110 1.357.061 87% 86% 4% 23% 115% 86%
7 Outras Receit. Patrim. e Corr. 18.062 164.560 0 4 0% 0% 0% 0,0% 23% 17%
8 Receitas de Contrib. Sociais 127.525 191.447 150.735 158.703 118% 83% 5% 3% 126% 125%
9 Capital 2.761.993 3.475.697 1.319.068 3.293.958 48% 95% 150% 56% 90% 84%
10 Alienações 2.380 2.139 1.474 1.518 62% 71% 3% 0% 56% 100%
11 Financiamentos 2.515.589 3.473.558 1.317.594 3.292.440 52% 95% 150% 56% 86% 77%
12 Internos 1.410.077 2.089.350 786.483 1.288.918 56% 62% 64% 22% 108% 95%
13 Externos 1.105.512 1.384.208 531.111 2.003.522 48% 145% 277% 34% 72% 66%
14 Outras Receitas de Capital 244.024 0 0 0 0% 0% 0% 0% 100% 100%
15 Totais 5.454.022 6.959.728 3.938.465 5.895.676 72% 85% 50% 100% 91% 94%
Fonte: MINFIN
Quadro 38 - Receitas Arrecadadas
117. As Receitas Correntes Arrecadadas totalizaram Kz 2.601.718 milhões, correspondendo a uma
execução de 75% em relação à Receita Prevista, onde para o Exercício de 2016, já é notório o
crescimento da Receita do Sector Não Petrolífero, com uma execução de 78%, e uma contribuição sobre
a Receita Total em 26%.
118. Para as Receitas Correntes, podemos constatar que:
A redução da hegemonia da Receita Petrolífera, com um nível de arrecadação de 70%, como
resultado da contínua baixa do preço de referência internacional desta Commodity, que em sede
de Receita Petrolífera é caracterizada pelos impostos pagos pelas Companhias petrolíferas (i.e
imposto sobre rendimento do Petróleo) e pelos encargos pagos pela Sonangol concessionária a
título de Partilha de Produção de Petróleo nos diferentes blocos de operação;
Receita de Diamantes, executada em 116%, demonstrando um crescimento no rigor sobre os
impostos sobre a produção e rendimento de Diamantes, ainda que apresente uma participação
muito reduzida em relação à Receita global arrecadada, no que se refere a actividade de
exploração em alguns projectos já existentes e o surgimento das novas concessões, e o
afinamento conjunto das empresas do grupo Endiama para o cumprimento ao rigor no pagamento
dos impostos devidos, pelos contribuintes Sociedade Mineira de Catoca; Sociedade Mineira do
Cuango; Sociedade Mineira do Chitotolo; Tecmad – Mining Services; Luo – Sociedade Mineira;
Somiluana – Sociedade Mineira; Jestar Diamonds; Uari – Sociedade Mineira; Projecto Luo e
Sociedade Mineira da Calonda;
Uma execução para Outras Receitas Tributárias em 86%, caracterizado pelas diferentes naturezas
de impostos (imposto sobre a importação e exportação, imposto industrial, imposto predial
urbano) e diferentes naturezas de Taxas, emolumentos consulares e aduaneiros, e as Receitas
Parafiscal; e
Receitas das Contribuições Socias, com 83% de execução, arrecadadas pelo INSS, sendo esta
representada pelos pagamentos das Contribuições Sociais dos empregados e das instituições
empregadoras, no momento do pagamento das remunerações.
119. As Receitas de Capital, no valor de Kz 3.293.958 milhões, registaram uma participação de 56% no
Total da Receita Arrecadada, com maior peso vindo da Receita de Financiamentos:
Execução de 62% em Receitas de Financiamento Interno, caracterizada pela Emissão de Bilhetes
e Obrigações do Tesouro, no sentido de acomodar Despesas, e/ou evitando assim desequilíbrios
orçamentais;
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |43
Execução de 145% em Receitas de Financiamento Externo, e um aumento de 277% em relação
ao Exercício de 2015, pelos fluxos de Desembolsos em pagamento directos ao fornecedores de
serviços, bem como financiamento directo as contas do Tesouro; e
Receitas em Alienações de habitações, empresas e bens diversos, com uma execução de 71% em
relação a Receita Prevista, e apresentando um aumento em relação ao exercício fiscal de 2015
em 3%.
Sendo assim, abaixo é apresentada a estrutura gráfica para a execução da Receita:
Ilustração 14 - Estrutura da Receita Arrecadada
3.3.3.2. Execução da Despesa
120. A Despesa Realizada, sendo esta na óptica do Compromisso ou Especialização do Exercício,
incluindo a Despesa do Instituto Nacional de Segurança Social, foi de Kz 5.379.490 milhões,
correspondendo a 77% da Despesa Prevista, como se pode observar no Quadro 39. No Exercício fiscal
de 2016 a Despesa Realizada foi superior em 22% em relação ao Exercício de 2015.
Despesas Realizadas (Valores em milhões de Kz)
N/O Natureza da Despesa Prevista Realizada Exec. % Exec. % Var.% Part.%
Exec. %
2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homologa 2016 2014 2013
1 Correntes 3.287.731 3.567.517 2.887.548 2.887.329 88% 81% 0% 54% 95% 94%
2 Pessoal e Contrib.do Empr. 1.491.358 1.562.988 1.381.014 1.387.563 93% 89% 0% 26% 96% 95% 3 Bens 215.646 297.986 151.159 184.274 70% 62% 22% 3% 89% 86%
4 Serviços 600.164 655.232 486.019 439.785 81% 67% -10% 8% 91% 93%
5 Juros da Dívida 258.479 406.410 248.469 356.489 96% 88% 43% 7% 98% 86% 6 Subsídios e Outras Transf. 722.084 644.901 620.887 519.217 86% 81% -16% 10% 99% 99%
7 Capital 2.139.494 3.391.305 1.507.325 2.492.161 70% 52% 65% 46% 96% 89%
8 Investimentos 780.020 1.047.008 569.416 634.255 73% 61% 11% 12% 96% 84% 9 Transferências de Capital 33.747 143.940 12.500 6.653 37% 5% -47% 0% 99% 0%
10 Desp. de Capital Financeiro 1.306.825 2.196.027 921.169 1.847.131 70% 84% 101% 34% 89% 99%
11 Outras Despesas De Capital 18.902 4.330 4.240 4.122 22% 95% -3% 0% 100% 99%
12 Reserva Orçamental 26.798 906 0 0 0% 0% 0% 0% 0% 0%
13 Totais 5.454.023 6.959.728 4.394.873 5.379.490 81% 77% 22% 100% 95% 92%
Fonte: MINFIN
Quadro 39 – Despesa Realizada
Concessionária;
58%
Companhias;
90%
Diamantífera
s; 116%
Outras
Receit.
Tributárias;
86%
Outras
Receitas
Correntes;
0%
Receitas das
Contrib.
Sociais; 83%
Alienações ;
71%
Financiamentos
Internos; 62%
Financiamentos
Externos;145%
Outras
Receitas de
Capital; 0%
Concessionária;
80%
Companhias;
213%
Diamantíferas;
157%Outras
Receit.
Tributárias;
87%
Outras
Receitas
Correntes;
0%
Receitas das
Contrib.
Sociais; 118%
Alienações
; 62%
Financiamentos
Internos; 56%
Financiamento
Externos; 48%
Outras
Receitas de
Capital; 0%
Execução da Receita 2016 Execução da Receita 2015
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |44
121. As Despesas Correntes, no valor de Kz 2.887.329 milhões, foram executadas em cerca de 81% em
relação à Despesa Corrente Autorizada, onde notamos uma maior execução nas Despesa com
Vencimentos, Juros da Dívida Interna e Externa, bem como a Amortização dos Empréstimos.
122. As Despesas Correntes, na estrutura orçamental pelas diferentes naturezas constituem-se por:
Encargos em Remunerações com o pessoal civil e militar, e as contribuições do empregador,
como IRT e sobre INSS, com uma execução de 89%, demonstrando a capacidade do Estado em
agregar cada vez mais capital humano nas instituições e redução do desemprego involuntário;
Despesas com Bens, tais como bens hospitalares, alimentícios e para processamentos
tecnológicos de dados, com uma execução de 62%, 22% superior em relação ao exercício de
2015;
Despesas em Serviços, tais como estudos e consultoria, e ainda a Despesa indispensável de
fiscalização e supervisão da Sonangol Concessionária, com uma execução de 67%, inferior em
10% em relação ao ano de 2015;
O Juros da Dívida Interna e Externa, considerado como custo do financiamento via Bilhetes e
Obrigações do Tesouro, bem como o financiamento proveniente do Exterior, executado em 88%
em relação ao previsto, 43% superior em relação o exercício fiscal de 2015, demonstrando a
capacidade e o comprometimento do Estado em reembolsar os passivos contraídos; e
Subsídios a preços e operacionais sustentados no funcionamento contínuo das empresas públicas
e as transferências em sede das pensões de reforma e para instituições sem fins lucrativos, com
uma execução de 81%, e uma redução em 16% em relação ao Exercício de 2015, resultado do
processo de redução constante do Peso dos Subsídios a Preços na Despesa do Estado.
123. As Despesas de Capital cifraram-se em Kz 2.492.161 milhões, com um nível de execução de 52% e
uma participação de 46% no total das Despesas, sendo que o peso maior foi para as Despesas em
Investimentos com 12% e nas Despesas com a Amortização de Passivos em 34%.
124. Portanto, as Despesas de Capital realizaram-se em :
Investimentos, albergando assim os projectos de investimento públicos, com ênfase em
construções de infra-estruturas e reabilitações de instalações, e outras aquisições de imóveis, que
para o exercício em análise realizou 61% em relação a autorizada, com um aumento em 11%,
em relação ao Exercício de 2015, ainda assim, abrangendo as infraestruturas em estradas,
aeroportos, e projectos de reconstrução, estendido a todo território nacional como: (i) Construção
auto-estrada Luanda-Soyo; (ii) Reabilitação das Ruas Secundárias e Terciárias de Luanda; (iii)
Construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca e sistema de transporte associado; (iv)
Ciclo Combinado do Soyo e sistema de transporte associado; (v) Construção de Infra-estruturas
de Centralidades; e (vi) Construção do novo Aeroporto Internacional de Luanda;
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |45
Despesa em Transferências de Capital, com uma taxa de execução de 5%, recursos atribuídos ao
Fundo Rodoviário no âmbito da conservação e manutenção das Estradas, e a regularização de
alguns passivos com a consultoria.
A Despesas em Capital financeiro, ou seja, amortização de passivos financeiros como a Dívida
interna (i.e resgate de Bilhetes do Tesouro) e externa como amortização do capital para com as
instituições financeiras internacionais, com execução de 84% em relação a previsão, sendo 101%
superior ao Exercício de 2015.
125. Com isso, abaixo a ilustração gráfica 14, da execução da Despesa nas diferentes naturezas:
Ilustração 15 - Estrutura da Despesa Realizada
3.3.3.3. Execução da Despesa por Função do Governo
126. A Despesa por Função, não contempla as Operações da Dívida Pública e apresenta o maior nível de
agregação das diversas áreas de actuação no sector público, sendo uma relação institucional dos órgãos
do governo, representando a aplicação de recursos no Sector Social, nas actividades de âmbito
Económico, na esfera da Defesa e Segurança, e nos Serviços Públicos Gerais, como apresentado no
Quadro 40.
Despesa por Função e Sub-Funcão (Valores em milhões de Kz)
N/O Funções do Governo Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.% Exec. %
2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013
1 Sector Social 1.815.897 1.807.768 1.387.566 1.092.325 76% 60% -21% 28% 94% 92%
2 Educação 476.508 474.567 420.349 382.162 88% 81% -9% 10% 88% 88%
3 Saúde 269.149 303.570 193.199 197.156 72% 65% 2% 5% 86% 91%
4 Protecção Social 674.800 592.559 543.988 371.886 81% 63% -32% 9% 99% 98%
5 Habitação e Serviços Comunitários 316.836 406.923 174.518 121.323 55% 30% -30% 3% 97% 81%
6 Recreação Cultura e Religião 47.502 23.879 34.170 17.891 72% 75% -48% 0% 90% 85%
7 Proteção Ambiental 31.102 6.270 21.342 1.906 69% 30% -91% 0% 88% 84%
8 Assuntos Económicos 574.674 790.270 466.757 605.412 81% 77% 30% 15% 97% 87%
9 Agricultura, Sivicult, Pesca e Caça 39.404 48.636 30.671 34.713 78% 71% 13% 1% 83% 81%
10 Combustíveis e Energia 187.873 352.713 182.015 326.451 97% 93% 79% 8% 99% 89%
11 Industria Extractiva, construção 20.396 34.244 13.661 21.529 67% 63% 58% 1% 92% 89%
12 Assuntos Econ Gerais, Com E Laborais 154.482 103.186 82.440 39.107 53% 38% -53% 1% 99% 98%
13 Transportes 146.558 229.026 133.784 170.075 91% 74% 27% 4% 98% 83%
14 Comunicações E Tecn Da Informação 24.412 21.780 22.868 13.188 94% 61% -42% 0% 82% 77%
15 Outros Actividades Económicos 1.547 675 1.316 349 85% 52% -73% 0% 92% 81%
16 Invest. E Desen.(I&D) em Assunt.Econ. 2 10 2 0 100% 0% -100% 0% 77% 98%
17 Defesa e Segurança 971.915 1.048.430 948.195 975.588 98% 93% 3% 25% 98% 94%
18 Defesa Nacional 802.573 561.023 788.963 507.846 98% 91% -36% 13% 98% 98%
Execução da Despesa 2015Execução da Despesa 2016
Pessoal e
Contrib.do
Empregador;
89%
Bens; 62%
Serviços; 67%
Juros da
Dívida; 88%
Subsídios e
Outras
Transferências
; 81%
Investimentos;
61%
Transferências
de Capital; 5%
Despesas de
Capital
Financeiro;
50%
Outras
Despesas De
Capital; 95%
Reserva
Orçamental;
0%
Pessoal e
Contrib.do
Empregador;
93%
Bens; 70%
Serviços; 81%
Juros da Dívida;
96%
Subsídios e Outras
Transferências;
86%
Investimentos;
73%
Transferências de
Capital; 37%
Despesas de
Capital
Financeiro; 70%
Outras Despesas
De Capital; 22% Reserva
Orçamental; 0%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |46
N/O Funções do Governo Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.% Exec. %
2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016 2014 2013
19 Segurança e Ordem Pública 169.342 487.407 159.232 467.742 94% 96% 194% 12% 98% 88%
20 Serviços Públicos Gerais 790.970 1.653.353 516.225 1.287.046 65% 78% 149% 32% 91% 96%
21 Totais 4.153.456 5.299.821 3.318.743 3.960.371 80% 75% 19% 100% 95% 92%
Fonte: MINFIN
Quadro 40 – Despesas por Função e Sub-Função
127. Abaixo, na ilustração gráfica 16, da execução da Despesa por Função:
Ilustração 16 – Estrutura da Despesa por Função
128. A execução da Despesa por Função, apresentada no Quadro 40, retrata a execução para:
Despesas no Sector Social, com uma taxa de execução de 60% em relação à Despesa autorizada
por Lei, sendo 21% inferior em relação ao exercício fiscal de 2015 e com uma participação de
28% do total da despesa realizada. Demonstra o compromisso em responder aos desafios no
sector da educação desde o ensino primario, pós-graduação, bem como na educação especial,
numa perspectiva base para o desenvolvimento; aumentar os serviços de saúde nos serviços
hospitalares gerais e especializados; o atendimento nas questões da família, desemprego, velhice
e doença e incapacidade; o compromisso para com o crescimento habitacional, abastecimento de
água, saneamento básico e iluminação das vias públicas; os serviços culturais, de comunidade,
desportos e a promoção dos serviços religiosos; e gestão dos residuos sólidos, redução da
poluição, e os serviços de protecção ambiental;
Assuntos Económicos, uma taxa de execução em 77%, em relação a Despesa autorizada, e em
30% superior em relação a execução do ano de 2015, e com um peso de 15% da despesa total
realizada. Significa o contínuo atendimento nas questões da agricultura como base para
diversificação da economia, os transportes ferroviário, fluvial e rodoviário; a indústria
transformadora e extrativa como sector secundário do tecido económico; o investimento em
tecnologias de informação; e a actividade de comércio no geral.
Defesa e Segurança, apresentando a taxa de execução em 93%, sendo 3% superior em relação ao
exercício fiscal de 2015 e com peso um de 25%, afirmando o empenho em manter a defesa
militar, bem como a redução da criminalidade por via da ordem pública, via serviços policiais, e
pelos serviços de justica, ou seja, os tribunais; e
Sector
Social;
60%
Assuntos
Económico
s; 77%
Defesa e
Segurança;
93%
Serviços
Públicos
Gerais;
78%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sector
Social
81%
Assuntos
Económicos
81%
Defesa e
Segurança; 98%
Serviços Públicos
Gerais
65%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Sector
Social
94%
Assuntos
Econ. 97%
Defesa e
Seguran
ça 98%
Serviços
Públicos Gerais
91%
86%
88%
90%
92%
94%
96%
98%
100%
Despesa por Função 2015Despesa por Função 2014Despesa por Função 2016
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |47
Serviços Públicos Gerais, com taxa de execução de 78%, que em relação ao exercício fiscal de
2015 apresenta 149% acima, com uma participação de 32% no total Despesa realizada, no sentido
de executar as Despesas ligadas as ajudas económicas externas, as estruturas de funcionamento
dos órgãos legislativos e relações exteriores.
3.3.3.4. Despesa por Função dos Programas de Investimento Público
129. As Despesas por Função arroladas para os Programas de Investimento Público, espelham de forma
numérica a execução financeira dos projectos em linha com a visão do executivo, e com o Plano Nacional
de Desenvolvimento 2013-2017, que para o exercício fiscal de 2016 realizaram-se em Kz 583.265
milhões.
130. É pertinente mencionar que as Despesas de Programas de Investimento Público é parte integrante na
execução da Despesa Fiscal anteriormente apresentada. Com isso, o Quadro 41 demonstra a taxa de
execução dos projectos de investimento públicos em relação à Despesa Fiscal autorizada.
Despesa PIP sobre as Despesas de Investimento (Valores em milhões de Kz)
N/O Descrição 2014 2015 2016 Var. %
Homóloga
1 Despesa de Investimento Global Autorizada 1.981.516 780.020 1.047.008 34%
2 Despesas PIP Realizada 1.382.597 556.643 583.265 5% 3 Execução da Despesa PIP/Despesa Investimento 70% 71% 56% -22%
Quadro 41 – Execução da Despesa PIP sobre a Despesa de Investimento
131. No Quadro 41, constatamos que boa parte da execução da Despesa Fiscal é resultado da execução
financeira conducente aos programas de investimento público, onde para o exercício fiscal de 2016 a
execução dos Programas em relação à Despesa fiscal autorizada é de 56%, sendo o remanescente 44%
ao cuidado de outras Despesas Fiscais.
132. O Quadro 42, apresenta as Despesas de Investimento Público distribuídas na forma funcional dos
sectores do governo.
Despesas por Função dos Programas de Investimento Público (Valores em milhões de Kz)
N/O FUNCÕES DO Autorizada Realizada Exec.% Var. % Part.%
GOVERNO 2015 2016 2015 2016 2015 2016 Homóloga 2016
1 Sector Social 389.975 810.634 219.100 112.385 56% 14% -49% 19%
2 Educação 21.373 38.068 13.666 3.436 64% 9% -75% 1%
3 Saúde 32.238 54.481 19.473 4.566 60% 8% -77% 1%
4 Protecção Social 7.254 3.458 6.294 2 87% 0% -100% 0%
5 Habitação e Serviços Comunitários 306.703 705.132 168.548 103.845 55% 15% -38% 18%
6 Recreação, Cultura e Religião 12.954 7.153 3.824 432 30% 6% -89% 0%
7 Protecção Ambiental 9.453 2.342 7.295 104 77% 0% -99% 0%
8 Sector Económico 346.576 1.103.431 318.364 459.684 92% 42% 44% 79%
9 Agricultura, Sivicult., Pescas e caça
Ambiente 15.446 38.030 12.193 11.052 79% 29% -9% 2%
10 Combustíveis e Energia 164.361 610.811 161.081 288.586 98% 47% 79% 49%
11 Industria Extrac. Transf. E Construção 12.709 27.541 6.857 11.482 54% 42% 67% 2%
12 Assuntos Econ. Gerais, Com. E Laborais
18.230 22.712 13.831 8.577 76% 38% -38% 1%
13 Comunicação 12.548 28.612 12.281 8.747 98% 31% -29% 1%
14 Transportes 122.625 375.226 111.466 131.240 91% 35% 18% 23% 15 Invest. E Des. Em Assunt. Económicos 2 20 2 0 100% 0% -100% 0%
16 Outros Serviços Económicos 655 479 653 0 100% 0% -100% 0%
17 Defesa e Segurança 9.699 39.409 5.951 7.350 61% 19% 24% 1%
18 Defesa Nacional 3.165 11.231 2.769 151 87% 1% -95% 0%
19 Segurança e Ordem Pública 6.534 28.178 3.182 7.199 49% 26% 126% 1%
20 Serviços Públicos Gerais 17.767 61.790 13.228 3.846 74% 6% -71% 1%
21 Totais 764.017 2.015.264 556.643 583.265 73% 29% 5% 100%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |48
Fonte: MINFIN
Quadro 42 – Despesas por Função dos Projectos de Investimento Público
133. Os projectos do programa de investimento públicos inscritos no Orçamento Geral do Estado, são
executados em naturezas económicas da Despesa de construção, apetrechamento, estudos para
construção, melhoramento e expansão de instalações, bem como reabilitação de instalações.
Ilustração 17 – Estrutura da Despesa Função – PIP
3.3.3.5. Receita e Despesa por Província
3.3.3.5.1. Receita por Província
134. A Ilustração a seguir demonstra a receita arrecadada em cada uma das 18 províncias de Angola. Os
valores da Receita apresentados por província, implicam que tenha sido prevista a sua arrecadação nessa
região por Unidades Orçamentais, pertencentes a essa mesma província.
135. Para uma análise mais perceptível da arrecadação da Receita a nível provincial, a informação por
província é apresentada através do mapa de Angola. Devemos destacar a Receita arrecadada na província
de Luanda, com um volume de Kz 2.294.119 milhões, atingindo 57% da totalidade da Receita arrecadada
por províncias.
Sector
Social
47%
Sector
Económic
o 49%
Defesa e
Seguranç
a 46%
Serviços
Públicos
Gerais
48%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Despesa por Função PIP 2015 Despesa por Função PIP 2014
Sector
Social;
56%
Sector
Económic
o; 92%
Defesa e
Segurança
; 61%
Serviços
Públicos
Gerais;
74%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Sector
Social;
14%
Assuntos
Económicos;
42%
Defesa e
Segurança;
19%
Serviços
Públicos
Gerais; 6%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Despesa por Função PIP 2016
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |49
Receita arrecadada por Província
Ilustração 18 – Receita Arrecadada por Província
3.3.3.5.2. Despesa por Província
136. Os valores da Despesa apresentados por província implicam, que tenha sido prevista a sua execução
nessa região por Unidades Orçamentais pertencentes a essa mesma província. Para uma análise mais
perceptível da execução da Despesa a nível provincial, a informação por província é apresentada através
do mapa de Angola.
137. A Ilustração seguinte demonstra a Despesa realizada em cada uma das 18 províncias de Angola.
138. Destaque para as províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Huíla que apresentaram um valor
realizado de Despesa superior a Kz 47.000 milhões.
139. Por outro lado, as províncias de Bengo, Cuanza Norte, Lunda Sul, Zaire, Namibe, Cunene e Cuando
Cubango apresentaram os montantes de Despesa inferiores a Kz 20.000 milhões.
- 200
200 1.000
1.000 2.000
2.000 3.000
3.000 10.000
10.000
*Valores em milhões de Kw anzas
Cabinda
ZaireUíge
Bengo
Luanda CuanzaNorte Malange Lunda Norte
Lunda SulCuanza
Sul
Bié
MoxicoHuamboBenguela
Namibe
Huíla
Cunene
Cuando Cubango
555
17 878
18 386
858
3 989 1 326 1 581
894
770
1 751
1 20914 465
8 122
31 419 3 948
3 077
7 177
2 294 119
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |50
Despesa executada por Província
Ilustração 19 – Despesa Realizada por Província
3.3.4. Balanço Financeiro
140. O Balanço Financeiro demonstra a Receita na óptica de Caixa e a Despesa na óptica do compromisso,
bem como os pagamentos e recebimentos de natureza extra-orçamental conjugado com os saldos em
espécie provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o exercício seguinte.
141. Nesta demonstração são incluídas apenas as contas de natureza financeira, ou seja, aquelas que têm
como contrapartida contas de Receitas e Despesas orçamentais bem como as disponibilidades
financeiras (Bancos).
Resumo do Balanço Financeiro (Valores em milhões de Kz)
N/O Receitas 2016 2015 Var.%
Despesas 2016 2015 Var.%
Homóloga Homóloga
1 Orçamentais 5 895 676 3 938 465 50% Orçamentais 5 379 490 4 394 874 22%
2 Correntes 2 601 719 2 619 397 -1% Correntes 2 887 329 2 887 548 0%
3 Capital 3 293 957 1 319 068 150% Capital 2 492 161 1 507 326 65%
4 Extra Orçamentais 7 623 542 9 022 058 -16% Extra Orçamentais 7 843 960 7 805 096 0%
6 Passivos a Pagar – Ex. Actual 1 379 837 1 268 174 9% Passivos a Pagar – Ex. Ant. 1 268 175 1 143 372 11%
7 Interferências Activas 4 990 699 7 753 884 -36% Interferências Passivas 5 084 669 6 661 724 -24% 8 Mutações Activas 1 253 006 1 794 495 -30% Mutações Passivas 1 491 116 1 833 083 -19%
- 7.000
7.000 10.000
10.000 12.000
12.000 16.000
16.000 25.000
25.000
*Valores em milhões de Kw anzas
Cabinda
ZaireUíge
Bengo
CuanzaNorte Malange Lunda Norte
Lunda SulCuanza
Sul
Bié
MoxicoHuamboBenguela
Namibe
Huíla
Cunene
Cuando Cubango
17 897
15 426
21 739
35 667
15 035 23 510 21 990
14 887
38 966
26 559
19 18916 598
47 603
62 95151 375
29 332
19 262
Luanda
133 965
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |51
N/O Receitas 2016 2015 Var.%
Despesas 2016 2015 Var.%
Homóloga Homóloga
9 Disponibilidades – Ex. Ant. 3 680 001 2 919 435 26% Disponibilidades – Ex. Actual 3 975 769 3 679 988 8%
10 Em Moeda Nacional 2 169 097 1 723 036 26% Em Moeda Nacional 1 981 660 2 169 084 -9%
11 Em Moeda Estrangeira 1 510 904 1 196 399 26% Em Moeda Estrangeira 1 994 109 1 510 904 32%
12 Total 17 199 219 15 879 958 8% Total 17 199 219 15 879 958 8%
Fonte: MINFIN
Quadro 43 – Resumo do Balanço Financeiro OBS: Verificar nota explicativa sobre Interferências Activas e Passivas, Mutações Activas e Passivas no Quadro 72
142. Convém aqui destacar que a expressão Extra-orçamental não se refere a pagamentos ou recebimentos
efectuados fora do OGE, mas sim às contas de Activo, Passivo e as Interferências e Mutações Activas e
Passivas de natureza financeira, portanto, não orçamentais. A forma de elaboração desse Balanço leva a
que no grupo Extra-Orçamental sejam considerados saldos das contas de Activos e Passivos Financeiros
do exercício anterior e actual com o fim de se estabelecer a variação entre eles (aumento ou redução).
143. Em síntese, o que o Balanço Financeiro procura ressaltar, é o resultado financeiro do exercício, ou seja,
o fluxo líquido da movimentação dos recursos financeiros do período (variação entre a disponibilidade
dos dois últimos exercícios), como se pode ver no Quadro 44, que evidencia o Resultado Financeiro
positivo no valor de Kz 295.768 milhões.
3.3.4.1. Apuramento do Saldo Financeiro (Valores em milhões de Kz)
N/O Especificação Valor Valor Var.%
Homológa 2016 2015
1 Saldo das Disponibilidades Exerc. Anterior 3.680.001 2.919.435 26%
2 (+) Receitas Orçamentais (Corrente e Capital) 5.895.676 4.013.570 47%
3 (-) Despesas Orçamentais (Corrente e Capital) 5.379.490 4.394.875 22%
4 (+) Aumento dos Passivos 111.663 124.803 -11%
5 (+) Saldo das Interferências Activas 4.990.699 5.959.390 -16%
6 (-) Saldo das Interferências Passivas 5.084.669 4.828.643 5%
7 (+) Saldo das Mutações Activas 1.253.006 1.794.496 -30%
8 (-) Saldo das Mutações Passivas 1.491.116 1.833.084 -19%
9 (=) Saldo das Disponibilidades Exerc. Em Análise 3.975.769 3.679.989 8%
10 Resultado do Período (Superávit) 295.768 760.555 -61%
Fonte: MINFIN
Quadro 44 – Síntese dos Fluxos do Balanço Financeiro
3.3.4.2. Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas e os Custos Recuperáveis
144. Com relação a este capitulo, apresentamos as operações com a Sonangol Concessionária no Quadro
45, que para o Exercício de 2016 as exportações de petróleo atingiram um total de 632 milhões de barris,
2% abaixo em relação ao ano de 2015, tendo uma produção média de 1,7 milhões de barris dia,
igualmente 2% abaixo em relação ao Exercício anterior. A diminuição em 2% na Produção diaria, bem
como nas exportações, foi insuficiente em termos de captação de Receita, uma vez que a variante preço
teve uma redução de 24%, já que o preço médio no Exercício de 2016 foi de U$D 41,8 significativamente
abaixo em relação aos U$D 53 no Exercício de 2015.
145. Ainda assim, a Receita Declarada (Óptica do Compromisso) atingiu o valor de USD 5.664 milhões
para o Exercício fiscal de 2016, 36% inferior quando comparado com o Exercício de 2015, o que
demonstra uma redução consideravel na arrecadação da Receita Fiscal Petrolífera para o Exercício em
análise, o que de certa forma exige um esforço no sentido de aumentar a qualidade da Despesa.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |52
Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas (Valores em USD)
N/O Descrição 2016 2015 2014
Var.%
Homologa
2016-2015
1 Exportação (Bbls) 632.705.448 643.507.416 599.465.706 -2%
2 Produção diária 1.727.780 1.763.708 1.759.789 -2%
3 Preço Médio 41,8 53 102 -24%
4 Receita Declarada – Sonangol
5 Concessionária Nacional 100% 5.664.951.189 8.802.582.346 20.470.299.647 -36%
6 Concessionária Nacional (93%) 5.235.283.154 8.190.108.998 19.167.223.793 -36%
8 Receita Declarada – Companhias
9 Total Companhias 2.825.431.595 4.213.779.455 9.737.401.937 -33% 10 Sonangol EP 294.540.624 448.457.777 1.257.677.136 -34%
11 Outras 2.530.890.971 3.765.321.678 8.479.724.801 -33%
Fonte: MINFIN Quadro 45 – Transacções com a Sonangol/Companhias Petrolíferas
146. No lado das Companhias Petroliferas, ainda no Quadro 45, assistimos também uma redução
significante, em 33% em relação ao período de 2015, sendo que para o exercício em análise a Receita
Declarada pelas demais Companhias Operadoras foi na ordem dos U$D 2.825 milhões, e para o
Exercício de 2015 em U$D 4.213 milhões.
147. No que concerne às Companhias Petrolíferas, não se deve deixar de abordar sobre os Custos
Recuperáveis. Face á complexidade do sector, a indústria é rigorosa na classificação dos custos
associados às operações, pelo que usualmente, categoriza-os em função das fases do projecto de
investimento. A Lei n.º 13/04, de 24 de Dezembro, define o Petróleo para recuperação de custo (Cost
Oil) como sendo “ a parte do petróleo produzido e arrecadado das áreas de desenvolvimento necessário
para recuperar as despesas de Pesquisa, Desenvolvimento, Produção e Administração e Serviços. Na
prática, o petróleo para recuperação de custos (Cost Oil), característico nos Contractos de Partilha de
Produção (CPP), aglutina vários tipos de custos, designadamente, (i) custos de pesquisa, (ii) custos de
desenvolvimento, (iii) custos de produção e (iv) custos de administração e serviços. Afigura-se
necessário realçar que cada tipo de custo, obedece a metodologia própria de recuperação, conforme
estabelecido nas regras contratuais.
Custos Recuperáveis das Companhias Petrolíferas (Valores em milhões de kz)
N/O Companhia Vendas Custos Recuperáveis Petróleo Lucro Imposto RP
1 Ajoco 14.381 7.023 3.536 1.768
2 Angola Block 14 B. V. 40.046 36.976 6.893 3.447 3 Angolan Consulting Resources 2.139 1.860 279 84
4 BP 418.921 297.874 121.047 60.524
5 BP Angola BV 96.370 76.245 20.125 10.062 6 BP Beta 25.617 20.268 5.350 2.675
7 Cabgoc 314.557 56.397 13.554 9.715
8 China Sonangol International Limited 6.744 5.155 1.589 794 9 ENI 282.720 178.474 42.997 21.499
10 Esso 428.235 295.667 132.567 66.284
11 Force Petroleum 717 624 94 28 12 GALP Energia Overseas Block 14 B.V. 20.899 16.871 4.027 2.014
13 Ina-Naftaplin 2.958 2.230 729 364
14 Naftagas 2.958 2.231 727 364 15 PlusPetrol 1.943 1.689 253 127
16 Prodoil, SA 2.531 899 1.632 490
17 Somoil 17.398 9.140 2.172 652 18 Sonangol EP 244.875 11.379 - -
19 Sonangol P&P 283.455 197.243 89.773 26.932
20 SSI 231.582 154.609 70.396 35.198 21 Statoil 266.306 197.847 62.795 31.398
22 Statoil Dezassete AS 114.728 82.274 29.453 14.726
23 Statoil Quatro AS 543 472 71 35
24 Total 454.106 294.796 95.029 47.514
25 Total Exploration M'Bridge 58.152 43.244 14.908 7.454
26 Total 3.332.881 1.991.487 719.995 344.146
Fonte: MINFIN Quadro 46 – Custos Recuperáveis por Companhias Petrolíferas
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |53
Custos Recuperáveis Por Blocos (Valores em milhões de Kz)
N/O Bloco Vendas Custos Recuperáveis Petróleo Lucro Imposto RP
1 0 A Cabinda 389.313 - - - 2 0 B Nemba 225.698 - - 2.938
3 02/05 558 545 14 4
4 03/05 58.244 44.803 13.441 5.519 5 03/05ª 3.970 2.335 1.635 684
6 04/05 17.953 14.309 3.644 1.107
7 14 180.357 144.644 35.713 16.504 8 14 K/A-IMI 31.460 25.604 5.856 2.582
9 15 490.954 367.604 123.350 61.675
10 15/06 181.542 147.785 33.757 14.519 11 17 1.141.825 840.224 301.601 150.800
12 18 252.678 189.486 63.192 31.596
13 31 348.421 211.126 137.296 56.017 14 FS-FST 6.388 - - -
15 Zona Sul Terrestre Cabinda 3.520 3.022 498 200
16 Total 3.332.881 1.991.487 719.995 344.146
Fonte: MINFIN Quadro 47 – Custos Recuperáveis por Blocos de Operação
3.3.5. Balanço Patrimonial
148. Esta demonstração financeira, Quadro 48, apresenta o Activo e o Passivo Líquido, as contas de Ordem
Activa e Passiva, sendo a única peça contabilística que representa uma posição estática “fotografia” de
todo o património, diferente das outras que têm uma característica dinâmica em função dos fluxos e
movimentação financeira do período.
Resumo do Balanço Patrimonial (Valores em milhões de Kz)
N/O ACTIVO 2016 2015 Var. %
PASSIVO 2016 2015 Var. %
Homóloga Homóloga
1 Activo Circulante 5.377.765 4.906.112 10% Passivo Circulante 2.117.169 1.832.779 16%
2 Disponível 3.975.769 3.679.988 8% Depósitos Exigíveis 4.578 4.616 -1%
3 Disponível no País 1.981.660 2.169.084 -9% Obrigações em circulação 1.594.625 1.218.483 31% 4 Moeda Nacional 459.778 804.085 -43% Obrigações a Pagar 517.641 526.400 -2%
5 Moeda Estrangeira 1.521.882 1.364.999 11% Fornecedores de Bens e Serviços 400.214 422.573 -5%
6 Disponível no Exterior 1.994.109 1.510.904 32% Pessoal e Contrib. Empr. a Rec. 8.246 7.861 5%
7 Moeda Estrangeira 1.994.109 1.510.904 32% Dívida Púb, em Proc.de
Pagamento 109.181 95.966 14%
8 Créditos a Receber 1.401.996 1.226.124 14% Outras Obrigações A Pagar - - 0% 9 Realizável a Longo Prazo 768.909 891.240 -14% Operações de Crédito 1.076.984 692.083 56%
10 Instit. e Agentes Devedores 328.870 324.362 1% Divida Interna 1.059.991 678.163 56%
11 Investimentos Do Pnuh 440.039 566.878 -22% Divida Externa 16.994 13.920 22% 12 Activo Permanente 8.932.988 9.213.256 -3% Subsídios e Transf.a Conceder 60.617 63.131 -4%
13 Investimento Financeiros 1.237.559 481.642 157% Outros Passivos Circulantes - 2.531 -100%
14 Imobilizado 7.695.430 8.731.614 -12% Instituições e Agentes Devedores 122.418 122.418 0% 15 Bens Móveis 1.279.674 1.694.358 -24% Dívidas de Exercício Anteriores 334.931 421.600 -21%
16 Bens Imóveis 6.413.536 7.020.063 -9% Exigível a Longo Prazo 10.529.369 6.816.388 37%
17 Activos Intangíveis 2.220 17.193 -87% Dívida Interna 5.200.180 2.655.147 57% 18 Depreciações e Amort. 3.451.620 2.921600 18% Dívida Externa 4.450.409 3.154.570 36%
19 Dív. Venc. ant. ao Ano Anterior 438.739 439.793 0%
20 Obrigações com Pnuh 440.039 - 0% 21 Outras Obrig, A Pagar A L. Prazo - 566.878 0%
22 Total do Activo 15.079.662 15.010.608 0% Património Líquido 2.433.124 6.361.440 -60%
23 Outras Cont. de Ord. Activa 178.923 178.923 0% Saldo Patrimonial 2.433.124 6.361.440 -60% 24 Total do Passivo 15.079.662 15.010.607 -7%
25 Outras Contas de Ordem Passiva 178.923 178.923 0%
26 Total Geral 15.258.585 15.189.531 1% Total Geral 15.258.585 15.189.531 1%
Fonte: MINFIN
Quadro 48 – Resumo do Balanço Patrimonial
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |54
3.3.6. Critério de valorimetria
149. Os componentes do património são avaliados em moeda corrente oficial e os expressos em moeda
estrangeira são convertidos ao valor da moeda corrente oficial, à taxa de câmbio da data de avaliação.
As taxas de câmbio utilizadas para apresentar os valores em moeda estrageira a 31/12/2016, para as
contas de activos e passivos, são as taxas de câmbio médias diárias definidas pelo BNA.
150. Os componentes do Activo são avaliados da forma seguinte:
Disponível – as disponibilidades em moeda estrangeira são convertidas ao valor da moeda oficial,
à taxa de câmbio da data de fecho, e às aplicações financeiras são acrescidos os rendimentos
proporcionais auferidos até à data de fecho.
Créditos – os créditos de terceiros, conhecidos ou calculáveis, são computados pelo valor
actualizado até à data de fecho.
Stocks – os stocks existentes no almoxarifado de material de consumo são valorizados ao custo
médio ponderado.
Investimentos permanentes – são valorizados pelo custo de aquisição, ou com base no valor
patrimonial líquido da entidade investida.
Imobilizado – os componentes do activo imobilizado são valorizados pelo seu custo de aquisição
ou construção, reavaliado ou actualizado monetariamente, deduzido das respectivas depreciações
e amortizações acumuladas, calculadas com base na estimativa da sua utilidade económica. Nos
casos em que o bem não esteja valorizado no momento da inserção no património público,
designadamente: doação, herança, legado, reversão, transferência, ou permuta, são avaliados.
Depreciações e Amortizações – são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo Método
das Quotas Constantes, por duodécimos, em conformidade com o período de vida útil previsto
para cada grupo de bens do Classificador Patrimonial, contado a partir do mês de
aquisição/utilização. O Classificador Patrimonial aprovada pelo Decreto Presidencial nº177/10,
de 13 de Agosto, apresenta códigos, natureza do bem, designação e número de anos de vida útil
para bens novos e usados.
151. Os componentes do Passivo são avaliados da forma seguinte:
As obrigações e os encargos, conhecidos ou calculados, devem ser computados pelo valor
actualizado até à data de fecho.
Os passivos contingentes decorrentes de obrigações laborais, de segurança social, contratuais,
operacionais, administrativas e judiciais são aprovisionadas pelo seu valor esperado de
realização.
As obrigações em moeda estrangeira são convertidas na moeda corrente oficial, à taxa de câmbio
da data de fecho.
As obrigações decorrentes de empréstimos, financiamentos, operações de crédito interna, são
actualizadas segundo as condições contratadas e a dívida interna, pelo valor fixado no resgate.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |55
3.3.7. Disponível
152. O Disponível de Kz 3.975.769 milhões é formado pelas disponibilidades existentes no país e no
exterior, sendo que se continua a verificar um aumento significativo face aos anos anteriores.
Evolução do Disponível
Ilustração 20 – Evolução do Disponível em Banco
153. O Disponível, apresentado como Activo no Balanço Patrimonial incorpora o valor respeitante aos
Fundos de Reserva, ou seja, a Receita Estratégica para as Infra-estruturas de Base e, a Receita resultante
do Diferencial do Preço do Petróleo, bem como os saldos resultantes dos Carregamentos de Petróleo, ao
título da Receita Dedicada ao serviço da Dívida Externa.
Saldo das Contas Dedicadas (Valores em Milhões de USD)
N/O Linha Crédito Período
I Trim 2016 II Trim 2016 III Trim 2016 IVTrim 2016
1 Brasil 637 500 396 235
2 China 496 555 1.662 1.189 3 LR Finance 4 4 2 -
Fonte: MINFIN Quadro 49 – Saldos das Contas Dedicadas
Comportamento do Fundo de Reserva (Valores em milhões de USD)
N/O Descrição 2014 2015 2015 2015 2015 2016 2016 2016 2016
IVT IT IIT IIIT IVT IT IIT IIIT IVT
1 Fluxos/Flows
2 Fluxos de Caixa -1.560 -1.440 102 7 -514 -585 - - -808
3 REPIB – Infraestrutura de Base - -295 102 7 0 - - - -
4 Entradas - 144 102 7 0 - - - -
5 Utilizações - 439 - - - - - - -8 6 Diferencial de Preço de Petróleo -1.560 -1.145 - - -514 -585 - - -801
7 Saldos /Stocks
8 Fluxos de Caixa 15.310 14.309 14.410 14.418 13.904 13.319 13.319 13.319 12.518
9 REPIB – Infraestrutura de Base 10.739 10.883 10.985 10.992 10.993 10.993 10.993 10.993 10.993
10 Saldo 3.360 3.065 3.167 3.174 3.175 3.175 3.175 3.175 3.167 11 Utilizações 7.379 7.818 7.818 7.818 7.818 7.818 7.818 7.818 7.826
12 Diferencial de Preço de Petróleo 4.571 3.426 3.426 3.426 2.911 2.326 2.326 2.326 1.525
Fonte: MINFIN Quadro 50 – Saldos do Fundo de Reserva
154. Durante o Exercício de 2016, por força da baixa entrada de Receitas Fiscais Petroliferas, não foi
possivel aprovisionar as contas do Fundo de Reserva. Ainda assim, recorrendo aos Saldos existentes,
ocorreram utilizações para aprovisionamento da CUT para reforço de Tesouraria, e para financiamento
do PIP Provincial.
155. Com isso, para o Exercício de 2016, o fundo de Reserva encerrou com um saldo de USD 4.692 milhões,
resultado das utilizações e dos Saldos dos Exercícios Anteriores.
1783 687
1202 494
2169 084
1510 904
1981 660 1994 109
-
500 000
1000 000
1500 000
2000 000
2500 000
Disponível No País Disponível No Exterior
2014 2015 2016
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |56
156. É de notar, que a baixa entrada de recursos para o REPIB, bem como para ao Diferencial, é resultado
da baixa no preço do petróleo nas praças internacionais, já que os mesmos fundos, são alimentados em
função do comportamento desta Commodity.
157. O saldo dos Créditos em Circulação, no valor de Kz 1.874.673 milhões, acomoda a Dívida Fiscal do
sector Petrolífero, apurado após deduções dos pagamentos feitos pela Sonangol Concessionária, bem
como a Dívida Fiscal do sector Não Petrolífero resultado do novo processo de intervenção para a
captação da Receita Não Petrolífera.
158. A Dívida Fiscal não Petrolífera, irá ser regularizada em Exercícios futuros, de acordo com os
pagamentos por efectuar pelas Empresas devedoras, apurada pela Administração Geral Tributária, a
título do Imposto Industrial e Outros Tributos.
159. O saldo do Activo Permanente, no valor de Kz 8.932.988 milhões, é composto por Investimento
Financeiros e por Imobilizado.
160. Os Investimentos de Natureza Financeira, são caracterizados pelo aumento de Participações do Estado
nas Empresas, bem como Aplicações Financeiras, sendo de Kz 1.237.559 milhões, tendo como exemplos
os Recursos transferidos para o Banco de Desenvolvimento de Angola, especificamente para alimentar
o FND, bem como a transferência de recursos para o Fundo Africano de Investimento.
161. Os valores totais do Imobilizado contemplam contas de Activos Fixos em Curso e contas dos activos
finais em inventário.
162. Convém referir que a rubrica Imobilizado do Balanço Patrimonial, não agrega o valor referente ao
inventário de bens das empresas do Sector Empresarial Público.
163. No exercício em questão, foram recebidas doações e distribuídas a alguns sectores do governo
(MINSA, MINARS e MED), na ordem dos Kz 1.321 milhões, em Bens Alimentares (farinhas de soja e
alimentos terapêuticos), e Bens não Alimentares, sendo estes em equipamentos hospitalares,
electrodomésticos, e carteiras e livros, no sentido de melhorar a qualidade do ensino nacional.
Doações Recebidas (Valores em Kwanzas)
N/O Doações 2015 I T 2016 II T 2016 III T 2016 IV T 2016 Total
1 Ministério da Saúde 94.747.403 191.174.505 345.440.612 50.013.209 681.375.729
2 Ministério da Assist. e Reinserção Social 34.969.992 74.660.779 298.944.964 177.470.861 586.046.596 3 Ministério da Educação 0 0 11.622.451 30.465.047 42.087.498
4 Ministério da Energia e Águas 0 0 11.645.452 0 11.645.452
5 Total Geral 129.717.395 265.835.284 667.653.479 257.949.117 1.321.155.275
Fonte: IPROCAC
Quadro 51 – Doações Recebidas
3.3.7.1. Fundos da Administração Directa e Indirecta do Estado
164. É sabido que, constitui Fundo Autónomo o produto de Receitas especificadas que, por dispositivo
legal se vinculam à realização de determinados objectivos ou serviços de acordo com normas especiais
de aplicação. Tais Receitas, fazem-se através de dotação consignada na Lei do OGE ou em Créditos
Adicionais.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |57
165. O Quadro 52, espelha de forma resumida, a origem e a aplicação de recursos que foram transferidos
pelo Ministério das Finanças, para o exercício económico de 2016, aos fundos de maior dimensão.
Fundos Autónomos e Caixas de Protecção Social (Valores em milhões de Kz)
N/O DESIGNAÇÃO Saldo Inicial Var. Var. Saldo Final
2016 Aumentativas Diminutivas 2016
1 Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior 118.532 53.287 11.188 160.631
2 Fundo Soberano de Angola 829.515 110.538 7.155 932.898
3 Fundo de Garantia de Crédito 14.303 7.251 1.115 20.439 4 Caixa Social das Forças Armadas Angolanas 252 147.438 142.297 5.393
6 Fundo Nacional de Desenvolvimento 257.300 10.629 4.048 263.881
7 Fundo Activo de Capital de Risco Angolano 5.383 0,7 1.395 3.989 8 Fundo de Apoio para o Desenvolvimento Agrário 255 139 270 124
Total 1.225.540 329.114 167.198 1.387.231
Fonte: Fundos Autónomos e Caixa Social
Quadro 52 – Fundos Autónomos e Serviços de Protecção Social
Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior
166. A Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior, foi criada pelo decreto n º43/08, de 14 de Julho,
e tem como objectivo captar e gerir recursos, de forma a garantir o pagamento das prestações da
protecção social obrigatória dos funcionários do regime especial de carreiras do Ministério do Interior,
tais como a Polícia Nacional, Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Serviços Penitenciários e Serviço
de Migração e Estrangeiros.
167. Para o exercício de 2016, a Caixa de Protecção Social do Ministério do Interior arrecadou Receitas no
valor de Kz 53.287 milhões, distribuídos por Contribuições dos Trabalhadores e Entidade Empregadora;
Transferências provenientes do Tesouro Nacional (OGE); Descontos do Condomínio Acácias; Juros de
Aplicações em Rendas Fixas; Comparticipação de Funcionários na Aquisição de Bens Alimentares.
168. No lado das Despesas, a Caixa Social realizou o valor de Kz 11.188 milhões, referente a Despesas com
a Protecção Civil e com a Administração, Dedução do Imposto de Aplicação de Capitais, pagamento da
pensão de reforma, sobrevivência, subsídio por morte, subsídio de desmobilização dos ex-Minse, bem
como, o pagamento das despesas administrativas. Ainda, foram realizados investimentos no montante
de Kz 3.251 milhões, em projectos habitacionais para melhorias de condições dos efectivos do Ministério
do Interior. Estes investimentos foram suportados com recursos provenientes dos exercícios anteriores.
Com a Receita obtida, foi possível o início das obras das Direcções Provinciais da CPS/Minint a nível
de algumas províncias, estudos de mercado, de forma a identificar e melhorar a política de investimentos
do fundo de financiamento do sistema de protecção social, com a menor exposição de risco e capacitação
dos quadros do sector para atender a novos desafios.
Fundo Soberano de Angola
169. O Fundo Soberano de Angola (FSDEA), é uma instituição pertencente ao Estado, que integra a
administração indireta do Executivo. A actividade do FSDEA, é regulada pelos (i) Decretos
Presidenciais 89/13, de 19 de Junho e, 135/15, de 12 de Junho, que define o Estatuto Orgânico, (ii)
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |58
Decreto Presidencial 107/13, de 28 de Julho, que desenvolve a Política de Investimento e (iii) Decreto
Presidencial 108/13, de 28 de Junho, que estipula os Regulamentos de Gestão.
170. Os resultados da valorização dos investimentos em subsidiárias de acordo com os respectivos justos
valores são conhecidos na rubrica ``Resultados de Investimentos em Subsidiárias´´ quando são
cumpridos os requisitos previstos na norma IAS39-Instrumumentos Financeiros: reconhecimento e
mensuração. Em 2016, a valorização deduzida da comissão de performance da entidade Capoinvest
Limited, BVI, foi registada directamente nos Capitais próprios do Fundo na rubrica de ``Reservas´´ por
ter sido considerada como um aporte de capital realizado pelo accionista único (República de Angola).
171. A 31 de Dezembro de 2016 e 2015, os principais indicadores financeiros das entidades participadas
pelo Fundo são as seguintes:
Entidades participadas pelo FSDEA (Valores em milhões de Usd) 31-12-2016
N/O Entidade Sede Activo
Líquido
Capital
Próprio
Resultado
Líquido
1 FSDEA Africa Investment(LP) Ltd Maurícias 628.190 628.173 167.365
2 FSDEA Hotel Investment(LP) Ltd Maurícias 466.388 466.370 9.322
3 FSDEA Africa Agriculture(LP) Ltd Maurícias 335.388 335.382 114.421
4 FSDEA Africa Mezzanine(LP) Ltd Maurícias 197.607 197.601 3.781
5 FSDEA Africa Timber(LP) Ltd Maurícias 270.337 270.331 11.541
6 FSDEA Africa Healthcare(LP) Ltd Maurícias 234.734 234.727 8.927
7 FSDEA Africa Mining(LP) Ltd Maurícias 240.262 240.256 5.791
8 Kijinga Angola 61.293 57.883 2.182
Fonte: FSDEA Quadro 53 – Entidades participadas pelo FSDEA
172. Os investimentos em subsidiárias efectuados pelo Fundo Soberano de Angola a 31 de Dezembro de
2016 e 2015 é composto pelas participações societárias detidas pelo Fundo nas seguintes entidades:
Investimentos em subsidiárias
N/O Entidade Sede %
Participação
Custo de
aquisição
(mUsd)
Valor de
Balanço(m
Usd)
Valor de
Balanço(m
Akz)
Custo de
aquisição
(mUsd)
Valor de
Balanço(
mUsd)
Valor de
Balanço(m
Akz)
1 FSDEA Africa Investment(LP) Ltd Port Louis 100% 443.645 628.173 104.215.787 1.100.060 1.060.808 143.543.206
2 FSDEA Hotel Investment(LP) Ltd Port Louis 100% 500.060 466.370 77.372.182 500.060 475.692 64.368.262
3 FSDEA Africa Agriculture(LP) Ltd Port Louis 100% 225.100 335.382 55.640.848 225.100 220.297 29.809.453
4 FSDEA Africa Mezzanine(LP) Ltd Port Louis 100% 198.700 197.601 32.782.599 198.700 193.820 26.226.764
5 FSDEA Africa Timber(LP) Ltd Port Louis 100% 225.486 270.331 44.848.755 225.486 258.497 34.978.512 6 FSDEA Africa Healthcare(LP) Ltd Port Louis 100% 249.355 234.727 38.941.875 249.355 242.367 32.795.948
7 FSDEA Africa Mining(LP) Ltd Port Louis 100% 249.363 240.256 39.859.241 249.363 244.932 33.142.991
8 Kijinga Luanda 100% 96.185 57.883 9.602.963 96.185 73.322 9.921.556 Fonte: FSDEA
Quadro 54 – Investimentos em subsidiárias
173. O quadro abaixo mostra a composição do Balanço Patrimonial do Fundo Soberano
Balanço Patrimonial FSDEA (Valores em milhões de Kz)
N/O Activo Valor Passivo Valor
1 Disponibilidades e Caixa 116.089 Valores a Pagar 10.257
2 Activos Financeiros 303.760 Passivos por Acréscimo e Diferimentos 282 3 Investimentos em Subsidiarias 403.264 Provisões 616
4 Outros Activos Tangíveis 365 Passivos por Impostos 7
6 Activos Intangíveis 2.022 Dotação de Capital 829.515
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |59
N/O Activo Valor Passivo Valor
7 Outros Activos 2.464 Reservas 36.370
8 Resultados Transitados - 56.381 9 Resultado Liquido do Exercício 7.298
10 Total de Capital Próprio 816.802
11 Total do Activo 827.964 Total do Passivo e Capital Próprio 827.964
Fonte: FSDEA Quadro 55 – Balanço Patrimonial FSDEA
Fundo de Garantia de Crédito
174. O Fundo de Garantia de Crédito, como pessoa colectiva dotada de personalidade Jurídica e autonomia
administrativa e financeira, competindo-lhe a defesa, promoção e desenvolvimento equilibrado do
Sistema Nacional de Garantias, tem como objectivo:
Garantir o cumprimento das obrigações assumidas pelos agentes económicos no âmbito do
mecanismo de Garantias Públicas;
Servir de Contra garantias às garantias prestadas pelas Sociedades de Garantia, destinadas a
assegurar o cumprimento das obrigações contraídas por Beneficiários;
Promover e realizar as acções necessárias para assegurar a solvabilidade das Sociedades de
Garantia de Crédito, bem como fixar, em função dos capitais próprios das sociedades, o montante
fixo em cada momento, do saldo vivo da carteira de garantias concedidas.
175. Com a emissão de garantias, para a implementação de projectos estratégicos no ramo da Agricultura,
Indústria Transformadora, Materiais de Construção e serviços de apoio ao Sector Produtivo, o Fundo de
Garantia de Crédito obteve Receitas no valor de Kz 7.251 milhões, permitindo com isso, o pagamento
de vencimentos e as Despesas inerentes aos vencimentos (INSS/IRT), pagamentos aos serviços de
auditoria e consultoria, seguros, alugueres e rendas, bem como o investimento em obras e reabilitação
de instalações.
Caixa Social das Forças Armadas Angolanas
176. A Caixa Social das Forças Armadas, continua com as suas actividades consignadas em:
Aprimorar a metodologia de cobrança das contribuições;
Continuar a trabalhar no processo de transformação da Caixa de Segurança em instituto público;
Implementar planos de introdução das tecnologias de informação e comunicação;
Contínua qualificação técnica dos recursos humanos;
Melhor controlo e a gestão dos beneficiários do Sistema Social; e
Modernizar o sistema de Segurança Social das Forças Armadas.
177. Para responder às demandas agregadas nas activadades acima arroladas, a Caixa Social das FAA,
obteve Receitas no valor de Kz 147.438 milhões, sendo estas provinientes do OGE, Juros de Aplicações
em Depósitos a Prazo, e Contribuições dos Militares, permitindo assim o pagamento de Despesas no
valor de Kz 142.297 milhões, com reforço ao saldo do Exercício Anterior, em vencimento com pessoal
civil e pensões, Despesas básicas para o funcionamento das instalações, e Outros serviços essenciais,
bem como obras de investimento.
Fundo Activo de Capital de Risco Angolano
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |60
178. O Fundo Activo de Capital de Risco Angolano, foi instituído através do Decreto Presidencial nº108/12,
de 7 de Junho. Durante o período em análise, o FACRA foi contactado por 60 entidades para recolha de
informação, e recebeu 51 propostas de investimento, das quais 10 eram referentes ao sector das
telecomunicações (TIC), 14 do sector agrícola, 14 do sector industrial e 13 ligadas ao sector de serviços
e outros. Por dimensão de empresa, o FACRA recebeu 10 propostas de micro empresas, 27 propostas de
pequenas empresas e 14 propostas de médias empresas.
179. As actividades do FACRA estiveram centradas na execução integral dos seus compromissos de
investimento e no acompanhamento a nível estratégico, financeiro e operacional dos projectos cuja a
assinatura do contrato de investimento e escritura pública estivessem executadas, designadamente,
pagamentos móveis, contact center e padaria industrial.
180. O FACRA encerrou o Exercício de 2016, com a perspectiva de augurar em 2017 investimentos em
projectos já aprovados pela sua Comissão de Investimento em 2016, assim como continuar a envidar
esforços para identificar oportunidades de investimento que melhor se enquadram no âmbito do FACRA.
Também, perspectiva-se a intensidade na actividade de marketing do FACRA no sentido de captar
projectos com alto potencial para o seu investimento e com maior foco nas tecnologias de informação e
comunicação.
Fundo Nacional de Desenvolvimento
181. Como estipulado na Lei 9/06, de 29 de Setembro, o Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND),
gerido pelo Banco de Desenvolvimento de Angola, foi criado para fomentar a actividade produtiva do
sector privado nacional, no âmbito dos programas de desenvolvimento do país. O Fundo Nacional de
Desenvolvimento é uma conta registada no Banco de Desenvolvimento de Angola, como depósito de
fundos do Tesouro Nacional, suplementares ao capital do Banco de Desenvolvimento de Angola.
182. No desenrolar das suas actividades, o FND obteve Receitas no valor de Kz 10.629 milhões,
provenientes do Tesouro Nacional e pela sua remuneração bruta. Isso permitiu ao longo do Exercício
efectuar Despesas no valor de Kz 4.048 milhões. No financiamento aos sectores productivos, o FND é
testemunha em criar Empregos, sendo Agricultura 10.532; Comércio e Serviços 6.666 e Indústria
Transformadora 8.020, esperando gerar um VAB Potencial por sectores até o período em análise de Kz
320.831 milhões.
Instituto Nacional de Segurança Social
183. O Instituto Nacional de Segurança Social, é um instituto público dotado de personalidade jurídica e de
autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão sob a tutela do Ministério da
Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, com os seguintes objectivos:
Arrecadar directamente as contribuições que lhe são devidas;
Conceder prestações de Segurança Social; e
Gerir directamente os fundos de reserva constituído.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |61
184. Em função do quadro de implementação do Plano de Gestão e Sustentabilidade da Segurança Social,
foi possível obter as estatísticas básicas de contribuintes, segurados e pensionistas, como apresentado no
Quadro 56.
Indicadores Sociais
N/O Descrição 2016 2015 2014 2013 2012 2011 Var.%
2015-2016
Cresc.%
2011-2016
1 Contribuintes 123.557 110.957 95.547 79.285 45.273 37.016 11% 234% 2 Segurados 1.626.681 1.430.258 1.288.899 1.164.377 1.061.766 97.985 16% 1591%
3 Pensionistas 117.195 111.196 103.783 93.909 102.281 76.698 5% 53%
Fonte: INSS
Quadro 56 – Indicadores dos Contribuintes/Segurados/Pensionistas
185. Nota-se um aumento de 11% em comparação com o Exercício de 2015, sendo tal aumento, resultado
do incremento na constituição de pequenas empresas, significando a geração de emprego na economia,
e também pela actualização das empresas, que há muito deixaram de efectuar as suas contribuições. Com
isso, aumentou também o número de segurados em 11%, como processo convencional da Segurança
Social, nos direitos e obrigações que os mesmos têm como trabalhadores.
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário
186. O Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário, instituição com dependência directa do Ministério da
Agricultura, criado por Decreto Executivo, conjunto n.º 2/86 de 20 de Janeiro, dos Ministério das
Finanças e da Agricultura, tem como objectivo garantir a cobertura financeira das acções viradas para o
desenvolvimento da produção alimentar camponesa, através da generalização das inovações técnicas e
culturais que permitem o aumento da produção e da produtividade.
187. Em 2016, com o culminar das actividades da Comissão de Reestruturação e Gestão, foi aprovado o
Estatuto Organico do FADA através do Decreto Presidencial n.ç233/16 de 9 de Dezembro, e
consequentemente nomeado o respectivo Conselho de Administração, por intermedio do Despacho
Conjunto n.º569/16 de 23 de Dezembro, tendo o FADA reposicionado como instituição financeira não
bancária, sujeitando-se a Lei das Instituições Financeiras e outros normativos que disciplinam a
organização e funcionamento do sector financeiro, sob a supervisão do Banco Nacional de Angola.
3.3.7.2. Inventário Geral de Bens Públicos
188. Pelo trabalho de inventariação dos Bens Públicos no Exercício em análise, apurou-se um valor de Kz
3.383.216 milhões, para os Órgãos Centrais e Locais, sendo 26% abaixo em relação ao Exercício de
2015. Ainda, incorporando o Sector Empresarial Público, o valor inventariado é na ordem dos Kz
6.198.470 milhões.
189. A partir de 2013, passou a ser efectuada a integração do inventário no SIGFE, com a transposição dos
dados dos sistemas SIGPE para o SIGFE. O processo de inventário abrangeu 1.961 Órgãos Dependentes,
tendo todas entidades efectuado o procedimento de inventariação dos seus bens no SIGPE, que
posteriormente foram integrados no SIGFE.
190. Ainda que com o impacto das Amortizações no Exercício de 2015, na verdade reflecte o valor líquido
dos bens, o valor dos Bens Públicos aumentou, demonstrando avanços significativos no processo de
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |62
inventariação, e o compromisso das UO´s/OD´s em conformar os Activos do Estado com o seu valor
real.
Inventário Geral de Bens Públicos (Valores em milhões de Kz)
N/O Tipo de Administração Inventário Líquido
Part.% Part.% Part.% Var. %
2016 2015 2014 2016 2015 2014 Homóloga
1 Central 1.042.960 1.064.495 724.439 55% 14% 13% -2% 2 Local 2.340.257 3.484.476 3.227.072 0% 47% 58% -33%
3 Sub - Total 3.383.216 4.548.971 3.951.511 55% 61% 71% -26%
4 Sector Empresarial 2.815.254 2.916.490 1.644.244 45% 39% 29% -3%
5 Total 6.198.470 7.465.461 5.595.755 100% 100% -17%
Fonte: MINFIN
Quadro 57 – Inventário Geral de Bens Públicos
3.3.7.3. Restos a pagar
191. É considerado Restos a Pagar, toda a execução orçamental que incorreu ao processo convencional da
Despesa, pela emissão da nota de Cabimentação, permitindo assim a geração da Liquidação da Despesa
suportado na figura do Liquidador em função da entrega do bem pela prestação do serviço, e que não
tenha sido efectuado o pagamento da mesma Despesa no ano de competência, que para o Exercício de
2016, é de Kz 313.573 milhões, dos quais aqueles com impacto de Tesouraria o valor de Kz 94.537
milhões, e remanescente suportados com Financiamento Interno e Externo, sendo no global -36%
inferior em relação ao Exercício de 2015.
Restos a Pagar/Dívida Flutuante (Valores em milhões de Kz)
N/O Descrição de Restos a Pagar Valor 2016 Valor 2015 Valor 2014 Var.%
Homóloga
1 Liquidação OS 59.730 65.989 249.706 -9%
2 Bens E Serviços 26.078 33.243 40.878 -22% 3 Outras Despesas De Capital 32.194 24.327 184.000 32%
4 Outras Transferências 30 1.343 9.555 -98%
5 Pessoal 30 6.468 4.981 -100% 6 Transferência Subsídio A Preço 1.398 608 10.292 130%
7 Ordem De Saque Electrónica 253.843 425.797 254.273 -40%
8 Bens E Serviços 39.327 130.458 119.544 -70% 9 Outras Despesas De Capital 187.283 227.469 121.440 -18%
10 Outras Transferências 297 16.643 - -98%
11 Pessoal 162 1.404 - -88% 12 Transferência Subsídio A Preço 25.936 47.648 - -46%
13 Juros - Dívida Interna 838 280 29 199%
14 Transferência Subsídios Operacionais - 1.897 13.260 -100%
15 Total 313.573 491.786 503.979 -36%
Fonte: MINFIN
Quadro 58 – Restos a Pagar/Dívida Flutuante
3.3.8. Demonstração das Variações Patrimoniais
192. A Demonstração das Variações Patrimoniais, evidencia as mutações verificadas no Património, bem
como apura o Resultado no Exercício, que para o Exercício de 2016, foi Kz 3.270.355 milhões negativos,
apurado pelo Resultado Orçamental, e as Mutações Patrimoniais Activas e Passivas.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |63
Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial (Valores em milhões de Kz)
N/O ESPECIFICAÇÃO 2016 2015 Var.%
Homóloga
1 (+)Receitas Orçamentais (Correntes e Capital) 5.895.676 3.938.464 50%
2 (-) Despesas Orçamentais (Correntes e Capital) 5.379.490 4.394.873 22%
3 Resultado Orçamental (Superávit) 516.186 -456.409 -213%
4 (+) Mutações Patrimoniais Activas Orçamentais 2.187.201 2.999.435 -27%
5 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Orçamentais 4.915.974 2.754.972 78%
6 (+) Interferências Activas Orçamentais 2.718.246 1.477.035 84%
7 (-) Interferências Passivas Orçamentais 2.970.619 1.440.284 106%
8 (+) Mutações Patrimoniais Activas Extra Orçamentais 1.700.099 13.286.317 -87%
9 (-) Mutações Patrimoniais Passivas Extra Orçamentais 2.663.898 13.854.972 -81%
10 (+) Interferências Activas Extra Orçamentais 2.272.453 4.482.353 -49%
11 (-) Interferências Passivas Extra Orçamentais 2.114.049 3.388.356 -38%
12 (=) Resultado Patrimonial do Exercício -3.270.355 350.147 -1034%
Fonte: MINFIN
Quadro 59 – Resumo do Apuramento do Resultado Patrimonial
193. O Resultado Patrimonial apresentado, respeitante ao exercício de 2016, utiliza o resultado orçamental
no período em análise, positivo neste caso, em Kz 516.186 milhões, bem como as Mutações Activas e
Passivas, sendo estas apuradas a título de contas de resultado, que regista a emissão de Títulos (Bilhetes
e Obrigações do Tesouro) para efeitos de pagamento dos Atrasados, e a própria compensação da
diminuição das Receitas Fiscais em virtude da diminuição do preço do petróleo.
194. O Quadro 72, apresenta os conceitos das contas das Interferências Activas e Passivas e das Mutações
Patrimoniais Activas e Passivas. Cabe destacar neste contexto, que a utilização destas contas decorre da
obrigatoriedade de se registar contabilisticamente a execução do orçamento (conforme o que dispõe a
Lei do OGE). Este registo contabilístico, constitui-se no fundamento básico da contabilidade pública e,
caracteriza-se na principal diferença em relação aos fundamentos da contabilidade aplicada ao sector
empresarial, que não está sujeita a contabilização orçamental.
3.3.9. Posição Patrimonial do Banco Nacional de Angola
195. Em 31 de Dezembro de 2016, o Activo do Banco apresenta um saldo de KZ 6.036.254 millões,
traduzindo um acréscimo de KZ 1.961.830 milhões comparativamente a 31 de Dezembro de 2015. Esta
variação de 48%, deve-se essencialmente à reavaliação cambial dos investimentos financeiros
denominados em moeda estrangeira, decorrente da desvalorização de 18% do Kwanza face ao Dólar dos
Estados Unidos. Por outro lado, o Passivo do Banco apresenta um saldo de KZ 5.179.785 milhões, que
se traduz num acréscimo de KZ 1.727.611 milhões (50%), face a 31 de Dezembro de 2015, sendo
justificado maioritariamente pelas reservas bancárias dos bancos comerciais e os valores a aguarda da
CUT. Já os Capitais próprios aumentaram 38% em resultado das diferenças de reavaliação ainda por
força da variação cambial potencial., como apresentado no Quadro 60.
Balanço Patrimonial do Banco Central (Valores em milhões de Kz)
N/O Activos 2016 2015 Var.%
Passivos 2016 2015 Var.%
Homologa Homologa
1 Ouro 112.873 85.106 33% Notas e Moedas em Circulação 506.005 519.588 -3% 2 Activos sobre o Exterior 4.247.748 3.422.881 24% Reservas Bancárias 1.659.893 1.111.718 49%
3 Activos Internos 1.603.004 464.629 245% Mercado Monet. Interbancário 69.092 43.914 57%
4 Activos Tangíveis e Intang 37.174 31.727 17% Conta Única do Tesouro 1.674.193 1.380.718 21% 5 Outros Activos 35.455 70.081 -49% Outras Responsab. Internas 317.785 222.106 43%
6 - - 0% Outras Responsab. Externas 826.780 103.081 702%
7 - - 0% Outros Passivos 126.037 71.048 77%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |64
N/O Activos 2016 2015 Var.%
Passivos 2016 2015 Var.%
Homologa Homologa
8 - - 0% Total do Passivo 5.179.785 3.452.173 50%
9 - - 0% Capitais Próprios 856.469 622.251 38%
10 Total 6.036.254 4.074.424 48% Total 6.036.254 4.074.424 48%
Fonte: BNA
Quadro 60 – Posição Patrimonial do Banco Central
196. O Activo do Banco Nacional apresenta um valor de Kz 6.036.254 milhões, aumento de 48%
comparando com o Exercício de 2015:
Aumento de KZ 27.766 milhões do “Ouro” (33%), explicado pela desvalorização do Kwanza
face ao Dólar dos Estados Unidos e pela valorização em cerca de 8,2% da cotação de marcado
do ouro de 1.060,80 USD em 31 de Dezembro de 2015 para 1.147,50 USD em 31 de Dezembro
de 2016;
Aumento de 24% dos “Activos sobre o exterior”, explicado essencialmente pelo aumento das
aplicações em instituições de crédito e pelo aumento dos activos financeiros disponíveis para
venda; e
Aumento de 245% dos “Activos internos” associado, essencialmente, ao registo Títulos em
moeda nacional, Títulos em moeda estrangeira e Contratos de financiamentos, todos afectos para
o cumprimento de Reservas obrigatórias, respectivamente, em linha com a decisão de política
monetária que resultou no instrutivo nº 2 e 4/2016
197. O Passivo apresenta um saldo de Kz 5.179.785 milhões, um aumento de 50% comparado com o
Exercício de 2015, em que:
Aumento de 49% das reservas bancárias, explicado essencialmente pela contabilização das
Obrigações do Tesouro e contratos de financiamento entregues pelos bancos comerciais para
cumprimento de reservas obrigatórias em moeda nacional e moeda estrangeira, em linha com a
decisão da política monetária que resultou no instrutivo nº 2 e 4/2016;
Aumento de 57% do “Mercado monetário interbancário”, decorrente do aumento de aplicações
junto do BNA por parte dos bancos comerciais devido a entrada no mercado de um novo
instrumento (aplicações de curto prazo – 7 dias) substituindo as facilidades permanentes de
cedência e absorção de liquidez overnight;
Aumento de KZ 293.474 milhões do saldo da “Conta Única do Tesouro” (CUT) (21%), explicada
essencialmente pelo efeito de actualização cambial das posições em moeda estrangeira, tendo
este efeito sido parcialmente compensado pela redução destas posições decorrente dos
pagamentos efectuados em nome do Tesouro e pelo financiamento concedido pelo BNA;
Aumento de 702% das “Outras responsabilidades externas”, explicado maioritariamente pelo
aumento dos financiamentos obtidos por entidades externas em operações de venda com acordo
de recompra colaterizados por títulos da carteira própria (REPO);
Aumento de 77% dos “Outros valores passivos”, no montante de KZ 54.989.098 mil, explicado
essencialmente pelo registo das “Responsabilidades o fundo habitacional” e do adiantamento
referente a constituição do Banco da China;
198. Os Capitais Próprios do Banco Nacional de Angola, reportam um valor de Kz 856.469 milhões,
aumento 38% comparando com 2015, explicado por:
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |65
Aumento das diferenças de reavaliação cambial em KZ 236.103 milhões, bem como das
diferenças de justo valor do ouro e dos títulos de dívida soberana estrangeira em KZ 6.430
milhões,
Resultado do exercício de 31 de Dezembro de 2016 de KZ 4.521 milhões, e
Resultados transitados no montante de KZ 5.067 milhões, resultante da correcção de um erro
relativo a exercícios anteriores, identificado na rubrica “Notas e moedas em circulação”.
3.3.10. As Empresas do Sector Empresarial Público - ISEP
199. O Instituto para o Sector Empresarial Público cumpre com a missão de natureza técnica de:
Acompanhar e auxiliar a gestão das empresas públicas, com vista à realização de valor
acrescentado em máximas condições de eficiência;
Dar continuidade aos processos de privatizações e reprivatizações, redefinindo a política
subjacente a estes processos; e
Gerir e supervisionar a função accionista do Estado nas Empresas em que esse detém
participações.
200. As empresas que integram este sector, desempenham um papel importante na estratégia económica e
social do executivo, na medida em que são detentoras de capacidade administrativa, financeira e
patrimonial, e estão inseridas nos mais diversos sectores de actividade, destacando-se os sectores em que
o Estado detém reserva absoluta e relativa.
201. Para o Exercício de 2016, as empresas dos diversos sectores da nossa economia e actividade,
apresentaram os seus relatórios de gestão e contas, referente ao exercício em análise, permitindo assim
o processo anual de homologações de contas, a uma avaliação abrangente nos domínios da: (i)
governação pública, (ii) governação corporativa, (iii) estratégia, (iv) operações, (v) contabilidade e
prestação de contas, e (vi) a conformidade legal das respectivas empresas. Com isso, foi possível apurar
e avaliar a capacidade em termos de desempenho em todos os campos das respectivas empresas,
acompanhadas pelo ISEP, pelo “core business”, permitindo apurar a posição patrimonial nos sectores
de actuação, bem como o fluxo resumido da Demonstração dos Resultados.
Posição Patrimonial por Sector das Empresas Públicas (Valores em milhões de Kz)
N/O Sector Activo Passivo Capital Próprio
2016 2015 2016 2015 2016 2015
1 Finanças 2.847.627 1.894.245 2.526.406 1.648.312 321.025 245.396
1.1 Banca 2.198.608 1.768.805 1.953.744 1.585.634 244.674 182.635
1.2 Seguros 648.444 124.860 572.421 62.378 76.023 62.482 1.3 Finanças (Outros) 575 580 241 300 328 279
2 Petróleos 7.508.680 6.346.760 4.372.575 3.817.645 3.136.105 2.529.114
3 Economia 1.286.138 1.285.627 16.122 15.412 1.270.016 1.270.215 4 Agricultura 8.085 7.610 4.632 4.444 3.453 3.165
5 Pescas 4.222 3.624 1.625 1.709 2.597 1.915
6 Comércio 15.030 7.958 13.254 7.264 1.776 693 7 Geologia e Minas 68.042 65.801 37.041 34.139 31.000 31.663
8 Energia e Águas 1.543.333 1.217.403 824.180 534.625 719.153 682.778
9 Transportes 397.230 336.555 355.353 275.223 41.876 61.333 10 Defesa Nacional 14.031 17.074 5.520 8.527 8.511 8.564
11 Telecomunicações TI 6.699 6.174 3.444 2.975 3.255 3.722
12 Comunicação Social 77.089 77.470 32.923 29.667 44.166 47.803
13 Conselho de Ministros 10.591 10.080 9.081 8.652 1.708 1.427
14 Gov. Prov. Luanda 27.742 21.614 30.914 24.683 -3.172 -3.070
15 Total 13.814.539 11.297.995 8.233.070 6.413.277 5.581.469 4.884.718
Fonte: ISEP
Quadro 61 – Posição Patrimonial das Empresas do SEP
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |66
Resumo por Sector da Demonstração dos Resultados das Empresas do SEP (Valores em milhões de Kz)
N/O Sector Proveitos Resultados Operacionais RAI Resultados Líquidos
2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015
1 Finanças 203.678 159.165 -48.541 -14.691 -41.740 -13.034 -40.717 26.691
1.1 Banca 188.142 140.068 -49.519 -15.239 -41.596 -13.406 -41.596 25.606
1.2 Seguros 15.373 18.946 1.275 1.004 157 836 1.170 1.541 1.3 Finanças (Outros) 163 151 -297 -456 -301 -464 -291 -456
2 Petróleos 2.451.894 2.349.686 155.677 58.997 97.272 222 13.282 47.169
3 Economia 645 505 -156 -527 -199 -639 -199 -639 4 Agricultura 6.572 5.757 1.164 269 590 13 473 17
5 Pescas 7.923 6.779 210 181 141 57 141 39
6 Comércio 7.348 5.907 409 162 -161 -618 -161 -618
7 Geologia e Minas 2.132 3.834 -6.839 -3.877 1.597 1.858 1.984 1.858
8 Energia e Águas 466.211 262.399 24.507 -5.326 -5.471 -29.211 -14.637 -20.681
9 Transportes 152.896 138.309 -1.724 -10.420 -20.361 -58.946 -22.997 -61.684 10 Defesa Nacional 1.372 476 -326 -1.034 -25 -223 -53 -223
11 Telecomunicações TI 1.747 1.618 -78 -194 56 -121 56 -121
12 Comunicação Social 2.780 3.360 -326 -127 -357 -118 -357 -66 13 Conselho de Ministros 3.026 2.621 157 268 0 0 82 118
14 Gov. Prov. Luanda 12.568 16.431 156 115 0 91 126 91
15 Total 3.320.792 2.956.847 124.290 23.796 31.342 -100.669 -62.977 -8.049
Fonte: ISEP
Quadro 62 – Resumo por Sector da Demonstração de Resultados das Empresas do SEP
202. Ainda assim, abaixo apresentamos os indicadores económicos das Empresas Públicas com maior
volume de negócio, o que permite assim, avaliar o desempenho financeiro, bem como a robustez
económica das respectivas Empresas.
Indicadores Económicos das Empresas SEP (Valores em milhões de Kz)
N/O Indicadores Financeiros PRODEL ZEE TAAG PORTO
ENDIAMA TPA SONANGOL ENCTA LUANDA
1 Activo 610.354 1.286.138 179.274 35.580 62.860 21.905 7.508.680 6.699
2 Passivo 323.404 16.122 242.507 15.519 28.343 12.551 4.372.575 3.444 3 Capital Próprio 286.950 1.270.016 63.233 20.061 34.518 9.354 3.136.105 3.255
4 Resultados Líquidos 1863 199 15.124 -2.064 3.682 1.542 13.282 56
5 Autonomia Financeira 47,0% 98,75% -35,3% 56,4% 55,0% 42,7% 41,8% 48,6% 6 Solvabilidade 88,7% 7877,4% -26,1% 129,3% 121,8% 74,5% 71,7% 94,5%
7 Liquidez Geral 60,3% 2,6% 32,5% 179,9% 32,0% 181,5% 95,3% 154,1%
8 Rotação Activo 6,9% 0,03% 47,4% N/D 0,0% 5,2% 32,0% 9,7% 9 ROE (Return On Equity) 0,6% -0,02% 24,0% 36,7% -13,9% -16,5% 0,4% 1,7%
10 ROA (Return On Assets) 0,8% -0,01% -3,4% -10,3% 10,7% -7,2% 3,0% -1,2%
Fonte: ISEP
Quadro 63 – Indicadores Económicos das Empresas Públicas
3.3.11. Participações Directas do Estado em Empresas Públicas e no Estrangeiro
203. O Estado participa nas empresas do sector empresarial público de forma directa, nos diversos sectores
de actividade das respectivas empresas dentro do território angolano, bem como no estrangeiro, sendo
essas participações de forma maioritária ou mesmo de forma minoritária.
Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no País N/O Sector Empresa Localização Part.%
1 Indústria
CUCA SARL Luanda 1% 2 EKA, SARL K. Norte 4%
3 Comércio FIL - FEIRA INTERNACIONAL DE LUANDA Luanda 33%
4 Hotelaria
HOTEL MOMBAKA Benguela 10% 5 HOTEL MUNDIAL Luanda 10%
6 Indústria
NGOLA, SA Huíla 1%
7 SIGA, SARL Luanda 0% 8 Mineiro SODIAM, SA Luanda 1%
9 Transportes STAR MOTORS ANGOLA, SARL Luanda 10%
Fonte: ISEP
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |67
Quadro 64 – Participações Directas do Estado no País
Participações Directas do Estado em Empresas Sedeadas no Estrangeiro N/O Designação da Sociedade Nº de Acções Detidas Localização
1 Royal Dutch Shel 20.219 REINO UNIDO
2 Abbot Laboratores 51.200 USA
3 Anadarko Petroleum Corp. 1.233 USA 4 BP, PLC 5.606 USA
5 CSX Corporation 3.600 USA
6 Chevron Texaco Corp. 2.648 USA 7 The Dow Chemical Company 2.416 USA
8 Exxcon Mobil Corp. 17.286 USA
9 International Paper Company 2.000 USA 10 Hospira Corporation 5.120 USA
11 Praxair Inc. 3.000 USA
Fonte: ISEP
Quadro 65 – Participações Directas do Estado no Estrangeiro
204. Como informado no relatório de 2015, os dividendos de todas as empresas são pagos directamente
na conta do ISEP. A performance global da carteira cresceu de 5.65% em comparação com 2015, este
crescimento é o fruto de bons resultados na indústria farmacêutica e de uma estabilização dos preços
no sector do petróleo.
205. Em regra, a maior parte das empresas aumentaram os pagamentos dos dividendos relativamente a
2015.
Dividendos recebidos em 2016/ Detalhado N/O Designação da Sociedade Valor Moeda N/O 2014 2015 2016
1 Abbott Laboratories 37.274 USD 1 Total de Dividendos recebidos em USD 93.989 124.238 108.693
2 Anadarko Petroleum Corp. 345 USD 2 Total de Dividendos recebidos em EUR 23.515 36.009 29.362 3 B.P. PLC 13.342 USD 4 Chevron Texaco 7.952 USD 5 CSX Corporation 1.814 USD 6 Dow Chemical Co. 3.112 USD 7 Exxon Mobil 36.059 USD 8 International Paper Company 2.496 USD 9 Praxair, INC 6.300 USD
10 Royal Dutch Shell 29.362 EURO
Fonte: ISEP
Quadro 66 – Quadro detalhado dos Dividendos recebidos
206. Durante o exercício económico de 2016, registaram-se os fluxos financeiros decorrentes dos valores
de alienação patrimonial de 5 (cinco) empresas/unidades de produção, tendo o Estado arrecadado o
valor de Kz. 128.413.848,39 (cento e vinte oito milhões, quatrocentos e treze mil e oitocentos e
quarenta e oito Kwanzas e trinta e nove cêntimos), e o ISEP arrecadou durante o mesmo período
receitas no valor de Kz. 7.829.639,00 (sete milhões, seiscentos e setenta mil e novecentos e quarenta
e seis Kwanzas e oitenta e seis cêntimos) inerente aos encargos emolumentares, que estão
depositados numa conta à sua Ordem no Banco Keve conforme se pode constatar no quadro abaixo:
Privatizações em 2016
N/O Empresa/Unidade de Produção Valor Alienação
USD Valor Pago KZ
Valor
Emolumentos
USD
Valor Pago Beneficiários
Kz
1 Califa/Imavest (5%) 11.591 1.922.744 - SICCAL
2 Fracção Autónoma da Encime 530.000 85.415.845 37.100 5.711.564 RIBER
3 Massas Centro e Sul(10%) 12.203 2.095.260 12.203 2.085.075 SOGEPANG 4 Poliang/Enepa, UEE 300.000 30.000.000 - - TRIMEX e ALNEPA
5 Rofil (30%) 152.428 8.980.000 - - Carlos Botelho/João Namede
6 Total 1.006.221 128.413.848 49.303 7.796.639
Fonte: ISEP
Quadro 67 – Privatizações em 2016
3.3.12. Subsídios a Preços Transferidos para as Empresas
207. A Política de Subsídios a preços é um instrumento de política económica importante, mas com
carácter provisorio, não sendo um modo de financiamento permanente. Tem como objectivo
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |68
fomentar o desenvolvimento de um determinado sector, e promover a transferência de rendas em
benefícios dos produtores, para o interesse público. Com isso, foi apurado um valor em Subsídios na
Ordem dos Kz 86.090 milhões.
Subsídios á Preço para as Empresas (Valores em milhões de kwanzas)
N/O SECTORES Produtos I T II T III T IV T Total
1
Derivados do Petróleo
Gasolina 0 0 0 0 0
2 Gasóleo 0 0 0 0 0
3 Petróleo 247 330 311 260 5.121
4 Ajustamento
SNLL - - - 4.825
5 LPG 5.381 6.748 5.968 4.854 44.737 6 Sub-Total 5.628 7.078 6.279 5.114 24.099
7
Energia Eléctrica
ENE - - 19.364
8 EDEL - - 5.359 9 ENDE 12.303 12.504 11.641 11.742 47.320
10 Sub-Total 12.303 12.504 11.641 11.742 48.190
11
Águas
EPAL 838 914 907 506 5.182 12 EASB 311 350 410 221 1.803
13 EASL 276 359 402 345 1.552 14 Sub-Total 1.425 1.623 1.719 1.072 5.839
15
Transportes Rodoviários
Urbanos
TCUL 134 451 582 459 148
16 Macon 436 685 814 711 3.153 17 TURA 240 228 245 239 1.274
18 Angoaustral-T4 372 479 406 290 2.085
19 SGO 300 267 264 293 1.707 20 Sub-Total 1.482 2.110 2.311 1.992 7.895
21 Transportes Marítimos TMA 21 21 13 12 67
22 Sub-Total 21 21 13 12 67
23 Total 20.859 23.336 21.963 19.932 86.090
Fonte: MINFIN
Quadro 68 – Subvenções Operacionais para as Empresas
208. Alguns produtos deixaram de ser subvencionados pelo Estado em 2016 devido à actual situação do
país:
Os Derivados do Petróleo, a Gasolina e o Gasóleo, deixaram de ser subvencionados quando
passaram para o Regime de Preços Livres; (Decreto Executivo n.º 235/15, de 30 de Abril e
Decreto Executivo n.º706/15, de 30 de Dezembro);
No caso da Energia Eléctrica, a ENE e a EDEL deixaram de ser subvencionadas, aquando da
reestruturação do negócio global da energia eléctrica e da sua estrutura organizativa através da
criação de unidades de negócio de Produção (PRODEL), Transporte (RNT) e Distribuição
(ENDE); (Decreto Presidencial n.º 305/14, de 20 de Novembro)
3.3.13. Benefícios Fiscais concedidos pelo Estado
209. A luz da Lei n.º 14/15 de 11 de Agosto, Lei do Investimento Privado, aos investimentos externos e
internos podem, de forma excepcional, ser concedidos incentivos com carácter temporário e com base
em critérios objectivos.
210. A Despesa Fiscal que ora se reporta resulta em grande parte da entrega destes benefícios cuja extensão
e temporalidade cabe ao Titular do Poder executivo ou aos departamentos ministeriais da actividade
dominante de um determinado investimento, como resulta das normas contidas nos artigos 46.º da citada
Lei 14/15 e 11.º do Decreto Presidencial n.º 182/15 de 30 de Setembro, Lei que aprova o Regulamento
do Investimento Privado.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |69
Requisitos dos Incentivos Fiscais
Fonte: MINFIN
Quadro 69 – Requisitos para Incentivos Fiscais
211. Ainda no que ao quadro legal dos incentivos que vêm sendo atribuídos aos investidores internos diz
respeito, cumpre referir o pacote de incentivos previstos na Lei n.º 30/11 de 13 de Setembro, Lei das
Micro, Pequenas e Médias Empresas, alterada pela Lei n.º 10/17 de 30 de Junho, o qual contribui, ainda
que numa menor escala, para o aumento da despesa fiscal mediante atribuição de incentivos a nível do
Imposto Industrial devido por estas e que de seguida se apresenta.
Incentivos às Pequenas e Médias Empresas
Descrição Localização das Zonas
Redução do
Imposto Industrial
por Zona
Redução do
Imposto Industrial
por Sociedades
Redução do
Imposto Industrial
por Actividades
ZONA A Cabinda, Zaire, Uige, Bengo, Kwanza Norte, Malanje, Kuando Kubango, Cunene, Namibe 50% 15% 7,50%
ZONA B Cuanza Sul, Huambo e Bié. 35% 19,50% 9,75%
ZONA C Benguela (exceptuando os municípios do Lobito e de Benguela) e da Huila (exceptuando o
município do Lubango). 20% 24% 12%
ZONA D Luanda, Municípios de Benguela e Lobito (Província de Benguela) e do Lubango (Província da
Huila). 10% 27% 13,50%
Fonte: MINFIN
Quadro 70 – Incentivos às Pequenas e Médias Empresas
212. O Valor dos benefícios fiscais inclui as Despesas fiscais dos impostos aduaneiros (isenção ao
pagamento de direitos e demais imposições) e Despesas fiscais dos impostos internos (fiscais)
(isenção/reduções ao pagamentos de diferentes impostos).
Incentivos Fiscais para 2016 (Valores em Kwanzas)
N/O Descrição Valor Part.%
1 Isenções Fiscais 92 066 581 884 44%
2 Isenções Aduaneiras 118 988 640 236 56%
3 Total 211 055 222 120 100% Fonte: MINFIN
Quadro 71 – Incentivos Fiscais no Exercício 2016
N/O Descrição Requisitos
1 Criação de Postos de Trabalho para nacionais
Até 50 postos > 50 <100 > 100 <500 > 500
2 5,00% 7,50% 10,00% 12,50%
3
Valor do Investimento em KZ equivalente a:
> USD 500 Mil > USD 5 milhões > USD 20 milhões > USD 50 milhões
4 <USD 5 milhões <USD 20 milhões <USD 50 milhões
5 5,00% 7,50% 10,00% 12,50%
6 Localização do Investimento
Zona «A» Zona «B»
7 7,50% 15,00%
8 Produção Agrícola/Pecuária/Silvícola/Pescas e Agroindústrias
Zona «A» Zona «B»
9 7,50% 15,00%
10
Produção destinada à Exportação Até 25%
> 25% > 50% > 75%
11 <50% <75%
12 7,50% 10,00% 12,50% 15,00%
13
Participação de Accionistas Angolanos
> 10% > 20% <35% > 45%
14 <20% <35% <45% <50%
15 7,50% 10,00% 12,50% 15,00%
16
Valor acrescentado nacional Até 25%
> 25% > 50% > 75%
17 <50% <75%
18 7,50% 10,00% 12,50% 15,00%
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |70
213. Valor total da Despesa fiscal, traduzida em benefícios fiscais em 2016, está estimado em KZ 211.055
milhões sendo que as isenções concedidas as importações de bens representam cerca de 56% do total.
214. O valor dos incentivos fiscais (isenções fiscais) aos projectos de investimentos concedidos no âmbito
da Lei do Investimento Privado representam cerca de 95% do total desta despesa tendo atingido a cifra
de Kz 87.550 milhões, as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) beneficiaram-se de 5% do
respetivo valor, cerca de Kz 4.517 milhões.
215. No entanto, as isenções aduaneiras foram concedidas às importações de bens para o Sector Petrolífero
e Minério no valor de Kz 53.109 milhões (cerca de 45% do valor total das isenções aduaneiras); na
importação de bens da Cesta Básica cerca de Kz 38.364 milhões (representando 32% do total); na
importação de matéria-prima às empresas do sector produtivo e outros bens para a promoção do
investimento privado o equivalente a Kz 15.358 milhões (representando cerca de 13%) e outros com
cerca de 10% do total das isenções aduaneiras concedidos às importações.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |71
Quadro Explicativo das Contas de Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas
Quadro 72 – Interferências e Mutações Patrimoniais Activas e Passivas
CONTA E FUNÇÃO NATUREZA CONCEITO
ORÇAMENTAL
Referem-se as operações de carácter financeiro que envolvem mais de
um Órgão Dependente, tais como as operações das linhas de crédito, nas
quais a despesa ou a receita orçamental está prevista num OD e a gestão
da respectiva dívida em outro OD. Entretanto, os valores se anulam
contabilisticamente em cada operação por serem iguais. Isso se dá em
função do SIGFE contabilizar simultaneamente os factos contabilísticos
em todas Unidades afectadas por tais facto.
EXTRA-ORÇAMENTAL
Esse grupo serve também para registar eventuais ajustes de saldos de
natureza financeira ainda não incorporados ao SIGFE e detectados ao
longo do exercício. Tais saldos não anulam entre si, por serem tratados
de forma individual ao nível de cada OD.
ORÇAMENTAL
Quando estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a
aquisição de bens de capital ou a amortização de obrigações previstas no
orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial positiva pelo
registo da incorporação dos componentes do activo ou pela baixa dos
passivos via extinção da obrigação. Assim é feito o registo contabilístico
no grupo das mutações activas para compensar o valor lançado como
despesa orçamental, sem afectar o resultado patrimonial do exercício
por uma despesa que é exclusivamente orçamental.
EXTRA-ORÇAMENTAL
Quando não estão no contexto da execução orçamental, por exemplo a
incorporação de bens de capital ou a baixa das obrigações não previstas
no orçamento, tais como o recebimento de um bem como doação ou o
cancelamento de uma obrigação. Assim é feito o registo contabilístico
nesse grupo e por consequência afecta somente o resultado patrimonial
do exercício.
ORÇAMENTAL
Quando estão no contexto da execução orçamental da receita, por
exemplo, a alienação de bens de capital ou a contratação de obrigações
previstas no orçamento. Nessa condição, há uma variação patrimonial
negativa pelo registo do abate dos componentes do activo ou pela
incorporação de passivos. Assim é feito o registo contabilístico no grupo
das mutações passivas para compensar o valor lançado como receita
orçamental sem afectar o resultado patrimonial do exercício, por uma
receita que exclusivamente orçamental.
EXTRA-ORÇAMENTAL
Quando não estão no contexto de execução orçamental, por exemplo, o
abate de bens de capital ou a incorporação de obrigações não previstas
no orçamento, tais como a concessão de um bem a título de doação ou a
recuperação de uma obrigação anteriormente cancelada. Assim é feito o
registo contabilístico nesse grupo e por consequência afecta somente o
resultado patrimonial do exercício.
INTERFERÊNCIAS ACTIVAS E
PASSIVAS
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
ACTIVAS (referem-se aos
reflexos dos registos
contabilísticos dos factos que
provocam variação positiva
nos activos e passivos e
podem ser de natureza
orçamental e extra-
orçamental ).
MUTAÇÕES PATRIMONIAIS
PASSIVAS(referem-se aos
reflexos dos registos
contabilísticos dos factos que
provocam variação negativa
nos activos e passivos e
podem ser de natureza
orçamental e extra-
orçamental)
1
2
3
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |72
4. CONCLUSÃO
216. A Conta Geral do Estado (CGE), é um instrumento relevante para mostrar de forma transparente os
fluxos orçamentais e financeiros e as variações patrimoniais ocorridas durante um exercício económico,
bem como a situação financeira e patrimonial do Estado no final de cada ano.
217. Com isso, para o Exercício 2016, caracterizado ainda pela diminuição da Receitas do sector Petrolífero,
o que de certa forma condiciona a execução e/ou cumprir com algumas metas estabelecidas, resumiu-se
no seguinte:
a) O aumento continuo da transparência, ao aumentar o numero de registos no SIGFE, como sendo
a plataforma da execução do OGE;
b) Stock da Dívida Pública fixado em 73% e Dívida Governamental 64% em relação ao Produto
Interno Bruto;
c) Deficit fiscal na ordem dos Kz 634,2 mil milhões, apurado excluindo as Receitas de
Financiamento e Despesas com a Amortização de Passivos Financeiros, equivalente a 3,8% do
Produto Interno Bruto, contra os 5,9% estimado para o OGE revisto;
d) Saldo Orçamental Global Positivo no valor Kz 516.186 milhões, resultado do financiamento da
proveniente do Banco de Desenvolvimento da China no Exercício de 2015, com impacto no
Exercício de 2016 no âmbito dos registos, regularizações e apuramento da Receita Total;
e) Saldo Financeiro positivo no valor de Kz 295.768 milhões numa visão de fluxos reais, 104%
abaixo quando comparado com o Exercício de 2015;
f) Redução dos Restos a Pagar com incidência de tesouraria em 36% em relação ao Exercício de
2015; e
g) Resultado do Exercício Negativo no valor de Kz 3.270.355 milhões, o que afecta o Património
Líquido Acumulado, que para o Exercício de 2016 é de Kz 2.433.124 milhões, uma redução de
60% em relação ao Exercício de 2015.
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |73
5. GLOSSÁRIO/ACRÓNIMOS
Activo Circulante - Disponibilidades de numerário, recursos a receber, antecipações de Despesa, bem como outros
bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do exercício seguinte
Activo Patrimonial -Conjunto de valores e créditos que pertencem a uma entidade
Activo Permanente - Bens, créditos e valores cuja mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa
Activo Realizável a longo prazo - Direitos realizáveis normalmente após o término do exercício seguinte
Actividades Permanentes - Componente do Orçamento de Funcionamento referente à actividade básica dos órgãos
que integram a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela
Ajuste Orçamental - Designa alterações às dotações inicialmente inscritas no OGE
AGT - Autoridade Geral Tributária
ANIP - Agência Nacional de Investimento Privado
Balanço - Demonstrativo contabilístico que apresenta, num dado momento, a situação do património da entidade
pública
Balanço Financeiro - demonstrará a receita e a Despesa orçamental, bem como os pagamentos e recebimentos de
natureza extra-orçamental, conjugados com o saldo em espécie proveniente do exercício anterior e os que se
transferem para o exercício seguinte
Balanço Patrimonial - O balanço patrimonial é uma demonstração contabilística que tem por finalidade apresentar
a posição contabilística financeira e económica de uma entidade em determinada data, representando uma posição
estática (posição ou situação do património em determinada data)
Balanço Orçamental - é a demonstração contabilística pública que discrimina o saldo das contas de receitas e
Despesas orçamentais, comparando as parcelas previstas e fixadas com as executadas
Balancete - É um instrumento para verificar se os lançamentos contabilísticos realizados no período estão
correctos Este instrumento, embora de muita utilidade, não detectará toda amplitude de erros que
possam existir, nos lançamentos contabilísticos Bbl - Biliões de barris
BBA - British Banker´s Association
BNA - Banco Nacional de Angola
BDA - Banco de Desenvolvimento Angolano
BRICS - Grupo de países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
BODIVA - Bolsa de Valores e Derivados de Angola
Cabimentação – É o acto emanado pela autoridade competente que consiste em se deduzir do saldo de
determinada dotação do orçamento a parcela necessária a realização da Despesa aprovada e que assegura ao
fornecedor que o bem ou serviço é pago, desde que observadas as condições acordadas
Categoria Económica - Elemento agregador de naturezas de receita/Despesa com o mesmo objecto
Classificação Funcional - Classificação da Despesa de acordo com a área de acção governamental que ela permite
atingir
Classificação das Contas Públicas - Agrupamento das contas públicas segundo a extensão e compreensão dos
respectivos termos Extensão de um termo é o conjunto dos indivíduos ou objectos designados por ele;
compreensão desse mesmo termo é o conjunto das qualidades que ele significa, segundo a lógica formal Qualquer
sistema de classificação, independentemente do seu âmbito de actuação (receita ou Despesa), constitui
instrumento de planeamento, tomada de decisões, comunicação e controlo
CGE - Conta Geral do Estado
Défice orçamental/Défice - Considera-se défice orçamental quando o saldo orçamental é negativo, isto é, as
Despesas superam as receitas públicas
A
B
C
D
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |74
Despesa Cabimentada - Corresponde ao total da Despesa para o qual existe nota de cabimentação emitida Sendo
que por cabimentação da Despesa se deve entender o acto pelo qual autoridade competente deduz do saldo de
determinada dotação do orçamento a parcela necessária à realização da Despesa aprovada
Despesas Corrente - Classificam-se aqui as Despesas ligadas à manutenção ou operação de serviços anteriormente
criados, bem como transferências com igual propósito. Enquadram-se aqui as Despesas de carácter operacional,
decorrentes das acções desenvolvidas pelo organismo no cumprimento de sua missão institucional, como por
exemplo, pagamento de pessoal e as contribuições do empregador, a aquisição de materiais de uso corrente (bens)
e a contratação de serviços para o funcionamento do organismo ou ainda as transferências a serem utilizadas, pelo
organismo destinatário, em Despesas desta natureza
Despesa de Capital - Despesas destinadas à formação ou aquisição de activos permanentes, à amortização da
Dívida, à concessão de financiamentos ou constituição de reservas, bem como transferências efectuadas com igual
propósito
Despesa Liquidada - Corresponde ao total da Despesa para com o qual se procedeu já à verificação do direito do
credor, com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito
Demonstração da Variação Patrimonial - Evidenciará as alterações verificadas no património, resultantes ou
independentes da execução orçamental, e indicará o resultado patrimonial do exercício
DNOE - Direcção Nacional do Orçamento do Estado
DNT - Direcção Nacional do Tesouro
Execução Financeira – Utilização dos recursos financeiros visando atender à realização dos subprojectos e/ou
subactividades, atribuídos às unidades orçamentárias
Exercício Financeiro - Período que corresponde à execução orçamental e coincide com o ano civil
Execução Orçamental das Despesa - Utilização dos créditos consignados no Orçamento Geral do Estado e nos
créditos adicionais, visando à realização dos subprojectos / subactividades atribuídos às unidades orçamentárias
EUA - Estados Unidos de América
EP - Empresa Pública
Fonte de Recurso - A Fonte de recurso identifica quer a origem quer o destino das receitas A mesma classificação
quando utilizada para caracterizar as Despesas, visa identificar a origem dos recursos que suportam as mesmas
Função do Estado - Classifica as Despesas de acordo com a área da sociedade que a acção governamental pretende
atingir
FMI - Fundo Monetário Internacional
FEES - Comissões
FSDE - Fundo Soberano de Angola
FND - Fundo Nacional de Desenvolvimento
GERI – Gabinete de Estudos e Relações Internacionais
IPC - Índice de Preços do Consumidor
INSS - Instituto Nacional de Segurança Social
IRT - Imposto sobre o Rendimento de Trabalho
IAS/IFRS - Normas Internacionais de Relato Financeiro
ISEP - Instituto para o Sector Empresarial Público
Kz - Kwanzas
E
F
G
I
K
L
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |75
Liquidação da Despesa – É a verificação do direito do credor, fase em que a Dívida é efectivamente assumida,
com base nos títulos e documentos comprovativos do respectivo crédito
LIBOR - London InterBank Offered Rate
MINFIN - Ministério das Finanças
MINCO - Ministério do Comércio
MINSA - Ministério da Saúde
MINARS - Ministério da Assistência e Reinserção Social
MED - Ministério da Educação
MINCULT - Ministério da Cultura
MPDT - Ministério do Plano e Desenvolvimento Territorial
Natureza - Classificação da receita/Despesa de acordo com a natureza económica da mesma, identificando
claramente o objecto da receita/Despesa
Nota de Lançamento - Permite registar eventos contabilísticos não vinculados a documentos específicos (SIGFE)
ND - Não Disponível
Orçamento Ajustado - Créditos orçamentais que reflectem os ajustes efectuados ao Orçamento Inicial
Orçamento Aprovado/Inicial - Créditos iniciais aprovados pela Assembleia Nacional e instituídos pela Lei
Orçamental
Orçamento de Funcionamento - Componente do Orçamento referente à actividade básica dos órgãos que integram
a Administração do Estado ou estejam sob a sua tutela, bem como projectos e programas específicos que não se
enquadram no Programa de Investimentos Públicos (PIP)
Órgão Dependente (OD) - Unidade administrativa dos órgãos ou de serviços da Administração do Estado ou da
Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins lucrativos financiadas
maioritariamente pelos poderes públicos ou a segurança social, que constituem as unidades orçamentais
Órgão do Governo - São os departamentos ministeriais, governos provinciais, órgãos sectoriais e não sectoriais
através dos quais o Estado cumpre as atribuições definidas na Constituição
Órgãos de Soberania - São órgãos de soberania o Presidente da República, Assembleia Nacional e os Tribunais
A formação, a composição, a competência e o funcionamento dos órgãos de soberania são os definidos na
Constituição
Ordem de Saque - É um instrumento de pagamento de utilização exclusiva do Estado, que possibilita a realização
da fase de pagamento da Despesa pública
OGE - Orçamento Geral do Estado
OT - Obrigações do Tesouro
OD - Órgão Dependente
Passivo Circulante - Depósitos, restos a pagar, antecipações de receita, bem como outras obrigações pendentes ou em
circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte
Património Liquido - Capital autorizado, as reservas de capital e outras que forem definidas, bem como o resultado
acumulado e não destinado Património Público - Conjunto de bens à disposição da colectividade
Programa de Investimentos Públicos (PIP) - Programa de investimento com vista à criação, reabilitação,
ampliação, manutenção ou renovação das capacidades de prestação de serviços e fornecimento de bens pela
administração pública directa ou pela administração pública indirecta do Estado Não se integram no conceito de
investimento público os gastos de natureza corrente aplicados à manutenção e reparações normais e cíclicas dos
empreendimentos
Programa Específico - Programa que traduz uma prioridade do governo, definido em âmbito e em tempo de
execução, mas que apesar de não constituir actividade básica da unidade orçamental não integra o Programa de
Investimentos Públicos
M
N
O
P
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |76
Proposta Orçamental (N+1) - Valor da proposta de orçamento para o ano N+1, registada no SIGFE
PIB - Produto Interno Bruto
PAE - Plano Anual de Endividamento
Receita Ajustada - Previsão de receita que reflecte a revisão da receita inicialmente estimada
Ano fiscal (12 meses)
Receita de Capital - Refere-se às receitas provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de operações
de crédito e da conversão em espécie de bens e de direitos
Receita Corrente - Refere-se às receitas que se renovam em todos os períodos financeiros designadamente,
receitas tributárias, patrimoniais, de serviços ou ainda transferências recebidas
Receita Inicial - Previsão de receita aprovada pela Assembleia Nacional
Restos a Pagar – As Despesas cabimentadas, liquidadas e não pagam até ao encerramento do exercício financeiro,
após devidamente reconhecidas pela autoridade competente
REP - Receita Estratégica Petrolífera
REPIB - Receita Estratégica Petrolífera de Infra-estrutura de Base
ROA (Return on Assets) – indicador da Rentabilidade dos Activos, em gerar retornos financeiros, e/ou procura a
efeciencia e capacidade de gestão dos Activos das Empresas em termos de produção de resultados financeiros
ROE (Retun in Equity) – indicador da Rentabilidade dos Capitais Próprios em gerar retornos financeiros, e/ou
apura a eficiência e capacidade de gestão de investimentos dos detentores de capital da empresa em termos de
produção de resultados financeiros
Saldo Corrente - Representa o valor da diferença entre a receita corrente e a Despesa corrente
Saldo de Capital - Representa o valor da diferença entre a receita de capital e a Despesa de capital
Saldo Orçamental - Representa o valor da diferença entre receitas do Estado e Despesas do Estado
Superavit orçamental - Considera-se superavit orçamental quando o saldo orçamental é positivo, isto é, quando
as receitas superam as Despesas públicas
SIGFE - Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado
SCE - Sistema Contabilístico do Estado
Taxa de Execução (Projecção Linear) - Indicador, em percentagem, do resultado da taxa de execução para o
presente exercício económico tomando por referência a projecção linear da Despesa Paga
Taxa de Execução Efectiva (Despesa Liquidada) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a
Despesa liquidada no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial
Taxa de Execução Efectiva (Despesa Paga) - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a Despesa
paga no período em análise, para uma dada rúbrica de Despesa e o orçamento inicial
Taxa de Execução Efectiva da Receita - Indicador, em percentagem, resultante da relação entre a receita
arrecadada no período em análise, para uma dada rúbrica de receita e a previsão inicial
Taxa de Execução Padrão - Indicador, em percentagem, que apresenta a taxa de execução esperada para o
período em análise tomando por hipótese uma execução linear
Ton – Toneladas
Unidade Orçamental (UO) - Órgão do Estado ou da Autarquia, ou o conjunto de órgãos, ou de serviços da
Administração do Estado ou da Administração Autárquica, fundos e serviços autónomos, instituições sem fins
lucrativos financiadas Minoritariamente pelos poderes públicos e a segurança social a quem foram consignadas
dotações orçamentais próprias
UGD - Unidade de Gestão da Dívida, faz parte das Direcções do Ministério das Finanças
USD - Dólares dos Estados Unidos da América
R
S
T
U
V
CONTA GERAL DO ESTADO, referente ao Exercício de 2016 |77
Variação Homóloga - Variação relativa (em valor percentual) do valor do ano em análise face ao valor em
idêntico período do ano anterior
VAB - Valor Acrescentado Bruto
WEO - Word Economic Outlook
W
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