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Guia de Demonstrações Financeiras
Exercício de 2016
Sua empresa atualizada com as regras
contábeis brasileiras
Acesse este e outros conteúdos em www.deloitte.com.br
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Índice
IFRSs - Normas internacionais de relatório financeiro ...................................................... 5
Regulamentação contábil - Práticas contábeis brasileiras ................................................ 18
Assuntos emergentes no mercado ............................................................................... 24
Novo Relatório do Auditor Independente e seus Impactos sobre a Governança e a
Administração de Empresas Auditadas .................................................................. 25
Integrated Reporting (IR) (Relatório Integrado) ...................................................... 28
Inovação e o futuro das demonstrações financeiras ................................................. 33
IFRS 9 - Mais do que uma norma contábil, uma norma de negócios! .......................... 34
Controles internos: um desafio ao mercado bancário.................................................37
Regulamentações específicas por setor - CVM, instituições financeiras e outras ................. 39
Assuntos tributários - Principais temas editados em 2016 ............................................... 61
A Lei nº 12.973/14 e as subcontas.... ................................................................... 77
O conceito de insumo para fins de PIS/COFINS e as decisões do CARF.........................85
Terceirização – Projeto de Lei nº 4.330/04 ............................................................. 89
Contabilidade internacional - Normas contábeis norte-americanas .................................... 90
Índices de mercado 2016 e 2015 ................................................................................ 104
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 3
Devido às incertezas do cenário econômico,
político e de negócios no Brasil, a atenção das
organizações, dos órgãos reguladores e dos
demais operadores do mercado com relação à
transparência, credibilidade e qualidade de
informações que são divulgadas por meio dos
resultados financeiros aumenta a cada dia.
Diante desse contexto, as demonstrações
financeiras cada vez mais são utilizadas como
uma ferramenta de governança para avaliação
e mitigação de riscos e de geração de
informações transparentes, claras e completas
entre as organizações e seus ambientes
externo e interno.
Na elaboração das demonstrações financeiras,
é necessário o exercício de julgamentos, que
devem ser feitos para melhor refletir a real
situação patrimonial e financeira de uma
empresa em um determinado momento do
tempo, sendo este um instrumento primordial
e confiável no processo de tomada de decisão.
É com o propósito de apoiar as empresas no
processo de preparação das demonstrações
financeiras que a Deloitte apresenta a nova
edição de seu tradicional Guia de
Demonstrações Financeiras para o exercício de
2016. A publicação também traz artigos
desenvolvidos por especialistas da Deloitte
sobre questões emergentes, além daqueles
que acompanham as alterações contábeis e
tributárias que devem impactar o fechamento
do exercício.
A Deloitte continua a cumprir com o seu papel
de disseminar conhecimento, com o objetivo
de ser uma fonte relevante de informação de
qualidade para as organizações. Dessa forma,
reiteramos o apoio às empresas e aos
profissionais que contribuem para o
fortalecimento do mercado de capitais e do
ambiente de negócios no País.
Bem-vindo à mais nova
edição de nosso Guia de DFs
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 4
Acompanhar a evolução do processo de preparação das demonstrações financeiras em todo o mundo tem sido um compromisso prioritário da Deloitte, como forma de manter a nossa eminência no apoio a esta prática fundamental realizada pelas organizações que buscam a transparência diante dos seus públicos de interesse.
Com o objetivo de apresentar ao mercado o que há de mais atualizado e proeminente nesta área, apresentamos mais uma versão de nosso tradicional “Guia de Demonstrações Financeiras”, acompanhado de dois documentos técnicos – o Modelo e o Checklist de Demonstrações Financeiras – que visam ajudar as organizações a prepararem o balanço de seus resultados no exercício de 2016. A obra traz, além de uma compilação das recentes mudanças regulatórias realizadas, tanto no âmbito global quanto no brasileiro, artigos sobre assuntos emergentes que poderão impactar a preparação das demonstrações financeiras.
Cada vez mais, tecnologia de dados, inovação, transparência, governança e gestão de riscos serão levadas em conta na divulgação das informações financeiras das organizações ao mercado. Mais do que isso: frente aos atuais desafios do cenário econômico e de negócios, esses temas serão essenciais para que as organizações possam estruturar a apresentação de seus dados de forma eficaz e com foco na geração de valor ao negócio. Esperamos que este material contribua para o desenvolvimento das demonstrações financeiras de sua companhia e, de forma mais ampla, para o aprimoramento constante da prática no Brasil.
Altair Rossato CEO da Deloitte
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 5
IFRSs
Normas internacionais
de relatório financeiro
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 6
IFRSs novas e revisadas para as
demonstrações financeiras anuais de
2016 e exercícios subsequentes
Esta seção contém o resumo dos normativos
emitidos ou revisados, cujas alterações
passaram a vigorar em 2016 e/ou em
exercícios subsequentes, como segue:
Visão geral das alterações às International
Financial Reporting Standards (IFRSs) com
adoção obrigatória a partir do exercício a
findar em 31 de dezembro de 2016.
Visão geral das IFRSs novas e revisadas,
ainda não obrigatórias (mas com adoção
antecipada permitida) para o exercício
findo em 31 de dezembro de 2016. Nesse
sentido, a discussão a seguir reflete as
IFRSs emitidas em ou antes de 31 de julho
de 2016.
Ao preparar as demonstrações financeiras
para o exercício a findar em 31 de
dezembro de 2016, as companhias
precisam considerar e divulgar o possível
impacto da adoção das IFRSs novas e
revisadas emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB) após 31 de julho de 2016, porém antes da
autorização para emissão das
demonstrações financeiras.
Alterações às IFRSs com adoção
obrigatória para períodos anuais
iniciados em ou após 1º de janeiro de
2016
As seguintes alterações às IFRSs tornaram-se
obrigatórias no ano corrente. As alterações às
IFRSs, em geral, trouxeram a necessidade da
adoção retroativa (isto é, valores
comparativos devem ser reapresentados),
com algumas alterações requerendo aplicação
prospectiva.
Para empresas com data-base 31 de
dezembro, apresentamos a seguir a lista e um
breve resumo das alterações às IFRSs com
adoção obrigatória para suas demonstrações
financeiras anuais de 2016:
Alterações à IFRS 10, IFRS 12 e IAS 28 -
Entidades de Investimento: Aplicando a
Exceção de Consolidação
Alterações à IFRS 11 - Contabilização de
Aquisições de Participações em Operações
Conjuntas
Alterações à IAS 1 - Iniciativa de
Divulgação
Alterações à IAS 16 e IAS 38 -
Esclarecimento sobre os Métodos
Aceitáveis de Depreciação e Amortização
Alterações à IAS 16 e IAS 41 - Agricultura:
Plantas Portadoras
Alterações à IAS 27 - Método de
Equivalência Patrimonial nas
Demonstrações Separadas
Alterações às IFRSs - Melhorias Anuais ao
Ciclo de IFRSs 2012-2014
* IFRS 14 - Contas Regulatórias Diferidas é
aplicável às primeiras demonstrações
financeiras em IFRSs da entidade para
períodos anuais iniciados em ou após 1º de
janeiro de 2016.
Alterações à IFRS 11 - Contabilização de
Aquisições de Participações em Operações
Conjuntas (Aplicáveis para períodos anuais
iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016)
As alterações à IFRS 11 fornecem orientações
sobre como contabilizar a aquisição de
participação em uma operação conjunta na
qual as atividades constituem um negócio
conforme definido na IFRS 3 – Combinação de
Negócios. Mais especificamente, as alterações
afirmam que os princípios relevantes da
contabilização de combinações de negócios na
IFRS 3 e em outras normas (por exemplo, na
IAS 12 - Tributos sobre o Lucro com relação
ao reconhecimento de impostos diferidos na
data de aquisição e na IAS 36 - Redução ao
Valor Recuperável de Ativos com relação ao
teste de redução ao valor recuperável de uma
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 7
unidade geradora de caixa à qual o ágio sobre
a aquisição de uma operação conjunta foi
alocado) devem ser adotados. As mesmas
exigências devem ser aplicadas à formação de
uma operação conjunta se, e apenas se, um
negócio existente for contribuído para a
operação conjunta por uma das partes que
participam da operação conjunta.
Um operador conjunto é também obrigado a
divulgar as informações relevantes exigidas
pela IFRS 3 e por outras normas com relação
à combinação de negócios.
As alterações são aplicáveis prospectivamente
às aquisições de participações em operações
conjuntas (nas quais as atividades das
operações conjuntas constituem um negócio,
conforme definido na IFRS 3) ocorridas a
partir do início dos períodos anuais iniciados
em ou após 1º de janeiro de 2016.
Alterações à IAS 1 - Iniciativa de Divulgação
(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2016)
As alterações foram uma resposta aos
comentários relacionados a problemas na
aplicação do conceito de materialidade na
prática, uma vez que a redação de algumas
exigências contidas na IAS 1 foi interpretada
em alguns casos para evitar o uso de
julgamento. Alguns destaques importantes
nas alterações estão descritos a seguir:
A entidade não deve reduzir o nível de
compreensão das suas demonstrações financeiras encobrindo informações relevantes com informações irrelevantes ou agregando itens materiais que possuam natureza ou função diferente.
A entidade não precisa fornecer uma divulgação específica exigida por uma IFRS se a informação resultante dessa
divulgação não for relevante.
Na seção de resultados abrangentes da
demonstração do resultado e outros resultados abrangentes, as alterações requerem divulgações separadas para os itens a seguir:
A parcela de outros resultados abrangentes de coligadas e empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) contabilizada utilizando-se o método de equivalência patrimonial que não será posteriormente reclassificada para o resultado; e
A parcela de outros resultados abrangentes de coligadas e empreendimentos controlados em conjunto (joint ventures) contabilizada utilizando-se o método de equivalência patrimonial que será posteriormente reclassificada para o resultado.
Alterações à IAS 16 e IAS 38 - Esclarecimento
sobre os Métodos Aceitáveis de Depreciação e
Amortização (Aplicáveis para períodos anuais
iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016)
As alterações à IAS 16 proíbem que as
entidades utilizem um método de depreciação
com base em receitas para itens do
imobilizado. As alterações à IAS 38
introduzem a presunção refutável de que as
receitas não constituem base adequada para
fins de amortização de um intangível. Essa
presunção pode ser refutada apenas nas duas
circunstâncias limitadas a seguir:
a) Quando o intangível é expresso como uma medida da receita. Por exemplo, uma entidade pode adquirir uma concessão para explorar e extrair ouro de uma mina de ouro. A expiração do contrato pode se
basear em um valor fixo do total de receitas a ser gerado a partir da extração (por exemplo, um contrato pode permitir a extração de ouro da mina até que a receita acumulada total proveniente da venda de ouro atinja R$2 bilhões) e pode não se basear na data ou no valor do ouro extraído. Desde que o contrato determine um valor total fixo de receita a ser gerado com base no qual a amortização é determinada, a receita a ser gerada pode constituir base adequada para fins de
amortização do intangível; ou
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 8
b) Quando pode ser demonstrado que a
receita e o consumo de benefícios
econômicos do intangível estão
substancialmente correlacionados.
As alterações são aplicáveis
prospectivamente.
Alterações à IAS 16 e IAS 41 - Agricultura:
Plantas Portadoras (Aplicáveis para períodos
anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de
2016)
As alterações à IAS 16 - Imobilizado e IAS 41
- Agricultura definem uma planta portadora e
exigem que os ativos biológicos que se
enquadram na definição de planta portadora
sejam contabilizados como imobilizado de
acordo com a IAS 16, e não de acordo com a
IAS 41. No que se refere às alterações, as
plantas portadoras podem ser mensuradas
utilizando-se o modelo de custo ou o modelo
de reavaliação (a mensuração do ativo
imobilizado pelo modelo de reavaliação não é
permitida em certas jurisdições, como o
Brasil) descrito na IAS 16.
O produto proveniente das plantas portadoras
continua a ser contabilizado de acordo com a
IAS 41.
Como uma disposição transitória relacionada à
adoção inicial, as entidades não são obrigadas
a divulgar informações quantitativas,
conforme previsto no parágrafo 28(f) da IAS 8
para o período corrente. Porém, ainda são
necessárias informações quantitativas para
cada período anterior apresentado.
Adicionalmente, mediante a adoção inicial das
alterações, as entidades podem utilizar o valor
justo dos itens da planta portadora como seu
custo atribuído no início do primeiro período
apresentado. Qualquer diferença entre o valor
contábil anterior e o valor justo deve ser
reconhecida nos lucros acumulados iniciais no
início do primeiro período apresentado.
Alterações à IAS 27 - Método de Equivalência
Patrimonial nas Demonstrações Separadas
(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2016)
As alterações abordam demonstrações
separadas e permitem o uso do método de
equivalência patrimonial nessas
demonstrações. Especificamente, as
alterações permitem que uma entidade
contabilize investimentos em controladas,
empreendimentos em conjunto (joint
ventures) e coligadas nas suas demonstrações
financeiras separadas:
Ao custo,
De acordo com a IFRS 9
(ou IAS 39 para entidades que
ainda não adotaram a IFRS 9), ou
Usando o método de equivalência
patrimonial, conforme descrito na IAS 28 -
Investimentos em Coligada, em Controlada
e em Empreendimento Controlado em
Conjunto.
A mesma prática contábil deve ser aplicada a
cada categoria de investimentos.
As alterações esclarecem ainda que quando
uma controladora deixa de ser uma entidade
de investimento, ou se torna uma entidade de
investimento, ela deve contabilizar a mudança
a partir da data em que houve a mudança de
status.
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 9
Melhorias Anuais ao Ciclo de IFRSs 2012-2014
(Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016)
As melhorias anuais incluem as alterações a uma série de IFRSs, resumidas a seguir:
Norma Objeto da alteração Detalhes
IFRS 5 - Ativo Não
Circulante Mantido
para Venda e
Operação
Descontinuada
Alterações nos métodos de
alienação
As alterações introduzem orientação específica na IFRS 5 com relação a quando uma entidade reclassifica um ativo (ou
grupo de alienação) de “mantido para
venda” para “mantido para distribuição a
proprietários” (ou vice-versa), ou quando a
contabilização do ativo mantido para distribuição é descontinuada.
IFRS 7 -
Instrumentos
Financeiros:
Evidenciação (com
correspondentes
alterações à IFRS 1)
(i) Contratos de prestação de serviços de cobrança
(ii) Aplicabilidade das
alterações à IFRS 7 relacionadas à divulgação de compensações nas demonstrações financeiras intermediárias condensadas
As alterações: (i) fornecem orientações adicionais para esclarecer se um contrato de prestação de serviços de cobrança
constitui envolvimento contínuo em um ativo transferido para fins das divulgações necessárias com relação a ativos transferidos; e (ii) esclarecem que as divulgações de compensações não são explicitamente necessárias para todos os períodos intermediários. No entanto, as divulgações podem precisar ser incluídas nas demonstrações financeiras intermediárias condensadas da empresa em conformidade com a IAS 34 - Demonstração Intermediária.
IAS 19 - Benefícios a
Empregados
Taxa de desconto: questão
regional de mercado
As alterações esclarecem que os títulos corporativos de alta qualidade usados para estimar a taxa de desconto para benefícios pós-emprego devem ser emitidos na mesma moeda em que os benefícios são pagos. Essas alterações fariam com que a penetração do mercado de títulos corporativos de alta qualidade fosse avaliada ao nível da moeda.
IAS 34 -
Demonstração
Intermediária
Divulgação de informações
incluídas em outro lugar no
relatório financeiro
intermediário
As alterações esclarecem as exigências relacionadas às informações exigidas pela IAS 34 que são apresentadas em outro lugar no relatório financeiro intermediário mas não nas demonstrações financeiras intermediárias. As alterações requerem que essas informações sejam incorporadas por meio de referência cruzada entre as demonstrações financeiras intermediárias e
outra parte do relatório financeiro intermediário, disponíveis aos usuários com base nos mesmos termos e na mesma data das demonstrações financeiras intermediárias.
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IFRSs
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IFRS 14 - Contas Regulatórias Diferidas
(Aplicável para as primeiras demonstrações
financeiras anuais para períodos anuais
iniciados em ou após 1º de janeiro de 2016)
A IFRS 14 determina a contabilização de
saldos de contas regulatórias diferidas
resultantes de atividades de taxas reguladas.
A Norma está disponível apenas para
adotantes iniciais das IFRSs que
reconheceram saldos de contas regulatórias
diferidas nos termos do seu GAAP anterior. A
IFRS 14 permite aos adotantes iniciais
elegíveis das IFRSs manter suas políticas
contábeis reguladas por taxas do GAAP
anterior, com mudanças limitadas, e requer a
apresentação separada de saldos de contas
regulatórias diferidas no balanço patrimonial e
nas demonstrações do resultado e de outros
resultados abrangentes. As divulgações são
também necessárias para identificar a
natureza da, e os riscos associados à, forma
de regulamentação de taxas que resultou no
reconhecimento de saldos de contas
regulatórias diferidas.
IFRSs novas e revisadas não obrigatórias
(mas que podem ser adotadas
antecipadamente) para o exercício a
findar em 31 de dezembro de 2016
A lista a seguir traz as IFRSs novas e revisadas
ainda não obrigatórias (mas que podem ser
adotadas antecipadamente) para o exercício a
findar em 31 de dezembro de 2016:
IFRS 9 - Instrumentos Financeiros;
IFRS 15 - Receita de Contratos com
Clientes e Correspondentes
Esclarecimentos;
IFRS 16 - Arrendamentos;
Alterações à IFRS 2 - Classificação e
Mensuração de Transações Envolvendo
Pagamentos Baseados em Ações;
Alterações à IFRS 10 e IAS 28 - Venda ou
Contribuição em Ativos entre Investidor e
Associada ou Joint Venture;
Alterações à IAS 7 - Iniciativa de
Divulgação; e
Alterações à IAS 12 - Reconhecimento de
Impostos Diferidos Ativos para Perdas Não
Realizadas.
IFRS 9 - Instrumentos Financeiros (revisada
em 2014) (Aplicável para períodos anuais
iniciados em ou após 1º de janeiro de 2018)
Em julho de 2014, o IASB finalizou a revisão
da contabilização de instrumentos financeiros
e emitiu a IFRS 9 (revisada em 2014), que
contém exigências para: (a) classificação e
mensuração de ativos e passivos financeiros;
(b) metodologia de redução ao valor
recuperável; e (c) contabilização geral de
hedge. A IFRS 9 (revisada em 2014) vai
substituir a IAS 39 - Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento e Mensuração
quando estiver efetiva.
Fase 1: Classificação e mensuração dos
ativos e passivos financeiros
Com relação à classificação e mensuração, o
número de categorias de ativos financeiros
nos termos da IFRS 9 foi reduzido; todos os
ativos financeiros reconhecidos, que
atualmente estejam incluídos no escopo da
IAS 39, serão posteriormente mensurados ao
custo amortizado ou ao valor justo nos termos
da IFRS 9. Mais especificamente:
Um instrumento da dívida que: (a) seja
mantido de acordo com um modelo de
negócios, cujo objetivo seja coletar os
fluxos de caixa contratuais; e (b) tenha
fluxos de caixa contratuais que
correspondam, exclusivamente, aos
pagamentos do valor principal e de juros,
sobre o valor principal em aberto, deve ser
mensurado ao custo amortizado (líquido de
qualquer baixa para redução ao valor
recuperável), a menos que o ativo seja
designado ao valor justo por meio do
resultado.
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 12
Um instrumento da dívida: (a) que seja
mantido de acordo com um modelo de
negócios, cujo objetivo seja atingido, tanto
mediante a coleta de fluxos de caixa
contratuais quanto por meio da venda de
ativos financeiros; e (b) cujos prazos
contratuais do ativo financeiro gerem, em
determinadas datas, fluxos de caixa que
correspondam, exclusivamente, aos
pagamentos do valor principal e de juros
sobre o valor principal em aberto, deve ser
mensurado ao valor justo por meio de
outros resultados abrangentes, a menos
que o ativo seja designado ao valor justo
por meio do resultado.
Todos os outros instrumentos da dívida
devem ser mensurados ao valor justo por
meio do resultado.
Todos os investimentos em títulos
patrimoniais devem ser mensurados no
balanço patrimonial ao valor justo, sendo
os ganhos e prejuízos reconhecidos no
resultado, exceto se um investimento em
título patrimonial não for mantido para
negociação, nem uma contrapartida
contingente for reconhecida por um
comprador em uma combinação de
negócios à qual a IFRS 3 se aplica; nesse
caso, uma opção irrevogável poderá ser
adotada no reconhecimento inicial para
mensurar o investimento ao valor justo por
meio de outros resultados abrangentes,
sendo a receita de dividendos reconhecida
no resultado.
A IFRS 9 contém ainda exigências para a
classificação e mensuração dos passivos
financeiros e exigências de baixa. Uma
importante alteração com relação à IAS 39 refere-se à apresentação das variações no
valor justo de um passivo financeiro
designado ao valor justo por meio do
resultado atribuíveis a mudanças no risco de
crédito daquele passivo. De acordo com a
IFRS 9, essas variações são apresentadas em
“Outros resultados abrangentes”, a menos que
a apresentação do efeito da mudança no risco
de crédito do passivo em “Outros resultados
abrangentes” crie ou aumente um
descasamento contábil no resultado. As
variações no valor justo atribuíveis ao risco de
crédito do passivo financeiro não são
posteriormente reclassificadas no resultado.
De acordo com a IAS 39, o valor total da
variação no valor justo do passivo financeiro
designado como valor justo por meio do
resultado deve ser apresentado no resultado.
Fase 2: Metodologia de redução ao valor
recuperável
O modelo de redução ao valor recuperável da
IFRS 9 reflete as perdas de crédito esperadas,
em vez de perdas de crédito incorridas, nos
termos da IAS 39. De acordo com a
abordagem de redução ao valor recuperável
na IFRS 9, não é mais necessário que um
evento de crédito tenha ocorrido antes do
reconhecimento das perdas de crédito. Em vez
disso, uma entidade sempre contabiliza perdas
de crédito esperadas e as variações nessas
perdas de crédito esperadas. O valor das
perdas de crédito esperadas deve ser
atualizado em cada data das demonstrações
financeiras para refletir as mudanças no risco
de crédito desde o reconhecimento inicial.
Fase 3: Contabilização de hedge
As exigências gerais de contabilização de
hedge trazidas pela IFRS 9 mantêm os três
tipos de mecanismo de contabilização de
hedge da IAS 39. Por outro lado, o novo
normativo trouxe maior flexibilidade no que
tange aos tipos de transações elegíveis à
contabilização de hedge, mais especificamente
a ampliação dos tipos de instrumentos que se
qualificam como instrumentos de hedge e os
tipos de componentes de risco de itens não
financeiros elegíveis à contabilização de
hedge. Adicionalmente, o teste de efetividade
foi revisado e substituído pelo princípio de
“relacionamento econômico”. A avaliação
retrospectiva da efetividade do hedge não é
mais necessária. Foram introduzidas
exigências adicionais de divulgação
relacionadas às atividades de gestão de riscos
de uma entidade.
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 13
O trabalho relacionado a macro hedge do IASB
ainda está na fase preliminar. Um documento
de discussão foi emitido, em abril de 2014,
para coletar pontos de vista e orientações
preliminares do mercado, de reguladores e
outros. O período para comentários sobre tal
documento findou em outubro de 2014. Esse
projeto encontrava-se em análise na data em
que este guia foi elaborado.
Disposições transitórias
A IFRS 9 (revisada em 2014) é aplicável para
períodos anuais iniciados em ou após 1° de
janeiro de 2018, sendo permitida a adoção
antecipada. Se uma entidade optar por adotar
a IFRS 9 antecipadamente, ela deve adotar
todas as exigências contidas na IFRS 9 ao
mesmo tempo, exceto por aquelas
relacionadas à:
1. Apresentação dos ganhos e das perdas do
valor justo, atribuíveis a mudanças no risco
de crédito dos passivos financeiros
designados ao valor justo por meio do
resultado, cujas exigências uma entidade
pode adotar antecipadamente sem adotar
as outras exigências na IFRS 9.
2. Contabilização de hedge - uma entidade
pode optar por continuar a adotar as
exigências de contabilização de hedge da
IAS 39 em vez das exigências da IFRS 9.
A IFRS 9 contém disposições transitórias
específicas para: (a) a classificação e
mensuração de ativos financeiros; (b) a
redução ao valor recuperável de ativos
financeiros; e (c) a contabilização de hedge. É
recomendável ler a IFRS 9 para mais detalhes.
IFRS 15 - Receita de Contratos com Clientes
(Aplicável para períodos anuais iniciados em
ou após 1º de janeiro de 2018)
A IFRS 15 estabelece um único modelo abrangente a ser utilizado pelas entidades na
contabilização das receitas resultantes de
contratos com clientes. Ela irá substituir as
normas e interpretações relacionadas a
receitas a seguir na sua data de vigência:
IAS 18 - Receita.
IAS 11 - Contratos de Construção.
IFRIC 13 - Programas de Fidelização de
Clientes.
IFRIC 15 - Contratos para Construção de
Imóveis.
IFRIC 18 - Transferências de Ativos de
Clientes.
SIC 31 - Receita - Transações de Permuta
Envolvendo Serviços de Publicidade.
Conforme sugerido pelo título da nova Norma
de Receita, a IFRS 15 irá cobrir apenas as
receitas resultantes de contratos com clientes.
Nos termos da IFRS 15, um cliente de uma
entidade é uma parte que celebrou contrato
com a entidade para obter mercadorias ou
serviços que correspondem à produção das
atividades ordinárias da entidade mediante
pagamento de contraprestação.
Diferentemente do escopo da IAS 18, o
reconhecimento e a mensuração da receita de
juros e receita de dividendos resultante de
investimentos de dívida e títulos patrimoniais
não fazem mais parte do escopo da IFRS 15.
Portanto, eles fazem parte do escopo da
IAS 39 (ou da IFRS 9, se a IFRS 9 for adotada
antecipadamente).
Conforme mencionado anteriormente, a nova
Norma de Receita tem um único modelo para
tratar as receitas de contratos com clientes.
Seu princípio básico é que uma entidade deve
reconhecer receitas para demonstrar a
transferência das mercadorias ou os serviços
prometidos aos clientes em um valor que
reflita a contraprestação que a entidade
espera receber em contrapartida a essas
mercadorias ou serviços.
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 14
A nova Norma de Receita introduz uma abordagem de reconhecimento e mensuração de
receitas composta por cinco passos:
A nova Norma de Receita introduziu uma
orientação muito mais prescritiva, com relação
aos seguintes assuntos:
Se um contrato (ou série de contratos) ou
não contém mais de uma mercadoria ou
serviço prometido e, em caso positivo,
quando e como as mercadorias ou serviços
prometidos devem ser separados.
Se o preço da transação, alocado a cada
obrigação de desempenho, deve ser
reconhecido como receita ao longo do
tempo ou em um determinado período de
tempo. Nos termos da IFRS 15, uma
entidade reconhece receitas quando uma
obrigação de desempenho é cumprida, isto
é, quando o “controle” das mercadorias ou
dos serviços relacionados à obrigação de
desempenho específica é transferido para o
cliente. Diferentemente da IAS 18, a nova
norma não inclui orientação separada para
“vendas de mercadorias” e “prestação de
serviços”; em vez disso, a nova norma
requer que as entidades avaliem se as
receitas devem ser reconhecidas ao longo
do tempo ou em um determinado período
de tempo, não obstante se as receitas
referem-se a “vendas de mercadorias” ou
“prestação de serviços”.
Quando o preço da transação inclui um
componente de contraprestação variável,
como esse fato irá afetar o valor e o prazo
de reconhecimento das receitas. O conceito
de contraprestação variável é abrangente;
o preço da transação é considerado como
variável em virtude de descontos,
abatimentos, restituições, créditos,
concessões nos preços, incentivos, bônus
de desempenho, penalidades e arranjos de
contingências. A nova norma introduz um
grande obstáculo para que a
contraprestação variável seja reconhecida
como receita, isto é, a receita apenas é
reconhecida na medida em que seja
extremamente provável que uma reversão
significativa do valor das receitas
acumuladas reconhecidas não irá ocorrer
quando a incerteza relacionada à
contraprestação variável é
subsequentemente resolvida.
Quando os custos incorridos na obtenção
de um contrato e os custos incorridos no
cumprimento de um contrato podem ser
reconhecidos como ativo.
Divulgações abrangentes também são
exigidas pela nova Norma.
Em abril de 2016, o IASB emitiu os
Esclarecimentos sobre a IFRS 15 em resposta
ao feedback recebido pelo Grupo de Transição
Conjunto para Reconhecimento de Receitas
do IASB|FASB, que foi organizado para
abordar possíveis problemas relacionados à
implementação da IFRS 15 e da norma
correspondente ao US GAAP, tópico 606 do
ASC. Esclarecimentos sobre a IFRS 15:
Identificação das obrigações de
desempenho: ao fornecer fatores
ilustrativos para consideração ao avaliar se
as mercadorias ou os serviços prometidos
são distintos;
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 15
Consideração de principal versus agente:
ao esclarecer que uma entidade deve
avaliar se é a parte principal ou o agente
para cada mercadoria ou serviço distinto
prometido ao cliente, e ao alterar e
redefinir os indicadores para avaliar se
uma entidade é a parte principal ou o
agente; e
Orientação sobre a aplicação de
licenciamento: ao determinar se a licença
confere aos clientes o direito de usar a
propriedade intelectual (“PI”) (o que
resultaria no reconhecimento de receitas
naquele momento) ou o direito de acessar
a PI (o que resultaria no reconhecimento
de receitas com o passar do tempo), uma
entidade deve determinar se: (i) suas
atividades atuais devem alterar
significativamente a forma ou a
funcionalidade da PI, ou (ii) a capacidade
do cliente de obter benefícios da PI resulta
substancialmente dessas atividades ou
depende delas.
Diversas entidades de diferentes setores
serão provavelmente afetadas pela IFRS 15
(pelo menos até um determinado nível). Em
alguns casos, as mudanças podem ser
substanciais e podem exigir mudanças nos
sistemas de Tecnologia da Informação - TI e
controles internos existentes. As entidades
devem considerar a natureza e a extensão
dessas mudanças.
Para mais informações, favor consultar as
publicações da Deloitte (IFRS in Focus e IFRS
Industry Insights) que enfatizam as
implicações práticas da IFRS 15 a diversos
setores. Essas publicações podem ser
baixadas em http://www.iasplus.com/en/tag-
types/global. Mais informações relacionadas
aos Esclarecimentos sobre a IFRS 15 estão
disponíveis na publicação IFRS in Focus da
Deloitte em
http://www.iasplus.com/en/publications/globa
l/ifrs-in-focus/2016/ifrs-15-clarifications.
A IFRS 15, em conjunto com os respectivos
esclarecimentos emitidos em abril de 2016, é
aplicável a períodos anuais iniciados em ou
após 1º de janeiro de 2018, sendo permitida
a adoção antecipada. As entidades podem
optar por adotar a norma retroativamente ou
utilizar uma abordagem de transição
modificada, que corresponde a adotar a
norma retroativamente apenas em contratos
que não correspondam a contratos concluídos
na data da adoção inicial (por exemplo,1º de
janeiro de 2018 para uma entidade com final
do exercício em 31 de dezembro). Os
Esclarecimentos sobre a IFRS 15 introduzem
ainda recursos práticos adicionais para
entidades que fazem a transição para a
IFRS 15 com relação a: (i) modificações
contratuais ocorridas antes do início do
primeiro período apresentado, e (ii) contratos
que foram concluídos no início do primeiro
período apresentado.
IFRS 16 - Arrendamentos (Aplicável para
períodos anuais com início em ou após
1º de janeiro de 2019)
A IFRS 16 oferece um modelo abrangente
para identificação de acordos de
arrendamento e seu tratamento nas
demonstrações financeiras de arrendatários e
arrendadores. Ela irá substituir as Normas e
Interpretações a seguir, relacionadas a
arrendamentos, a partir da sua data de
vigência:
IAS 17 - Operações de Arrendamento
Mercantil;
IFRIC 4 - Determinação se um Acordo
Contém um Arrendamento;
SIC 15 - Arrendamentos Operacionais -
Incentivos; e
SIC 27 - Avaliação da Substância de
Transações que Envolvam a Forma Legal
de um Arrendamento Mercantil.
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 16
Identificação de arrendamento
A IFRS 16 aplica um modelo de controle à
identificação de arrendamentos, distinguindo
entre arrendamentos e contratos de serviços
com base na possibilidade de haver um ativo
identificado controlado pelo cliente. O controle
é verificado se o cliente detém:
a) O direito de obter substancialmente todos
os benefícios econômicos de uso de um
ativo identificado; e
b) O direito de controlar o uso daquele ativo.
A Norma fornece orientações detalhadas para
determinar se essas condições estão sendo
atendidas, inclusive casos nos quais o
fornecedor tem direitos de substituição
substantivos e nos quais decisões relevantes
sobre como e por que o ativo é utilizado são
predeterminadas.
Contabilização do arrendatário
A IFRS 16 introduz alterações significativas na
contabilização do arrendatário: ela exclui a
distinção entre arrendamentos operacionais e
financeiros nos termos da IAS 17 e requer que
um arrendatário reconheça um ativo de direito
de uso e uma obrigação de arrendamento no
início do arrendamento para todos os
arrendamentos, exceto arrendamentos de curto
prazo e arrendamentos de ativos de baixo
valor.
O ativo de direito de uso é inicialmente
mensurado ao custo e posteriormente
mensurado ao custo (sujeito a determinadas
exceções) deduzido da depreciação e das
perdas por redução ao valor recuperável
acumuladas, ajustado para qualquer
remensuração da obrigação de arrendamento.
A obrigação de arrendamento é inicialmente
mensurada ao valor presente dos pagamentos
de arrendamento que não são efetuados
naquela data. Posteriormente, a obrigação de
arrendamento é ajustada pelos juros e
pagamentos de arrendamento, bem como pelo
impacto das modificações de arrendamento,
entre outros fatores.
Caso um arrendatário opte por não aplicar as
exigências da IFRS 16 a arrendamentos de
curto prazo (por exemplo, aquele que não
inclua uma opção de compra e possua prazo
de arrendamento inicial de 12 meses ou
menos) e arrendamentos de ativos de baixo
valor, o arrendatário deve reconhecer os
pagamentos de arrendamento associados
àqueles arrendamentos como despesa pelo
método linear durante o prazo do
arrendamento ou outra base sistemática,
similar à contabilização atual de
arrendamentos operacionais.
Contabilização do arrendador
Diferentemente da contabilização do
arrendatário, as exigências da contabilização
do arrendador da IFRS 16 permanecem
substancialmente inalteradas em relação à
IAS 17, que continua a requerer que o
arrendador classifique o arrendamento como
arrendamento operacional ou financeiro.
Adicionalmente, a IFRS 16 também fornece
orientação sobre a contabilização de
transações de venda e relocação. Divulgações
abrangentes também são exigidas pela nova
Norma.
Devido à importância das transações de
arrendamento na economia, diversas
entidades de diferentes setores serão afetadas
pela IFRS 16. Em alguns casos, as mudanças
podem ser substanciais e podem exigir
mudanças nos sistemas de TI e controles
internos existentes. As entidades devem
considerar a natureza e a extensão dessas
mudanças.
Para mais informações, favor consultar as
publicações da Deloitte (IFRS in Focus e IFRS
Industry Insights) que enfatizam as
implicações práticas da IFRS 16 a diversos
setores. Essas publicações podem ser
baixadas em http://www.iasplus.com/en/tag-
types/global/newsletters/ifrs-industry-insights.
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 17
A IFRS 16 é aplicável para períodos anuais
iniciados em ou após 1º de janeiro de 2019,
sendo permitida a adoção antecipada para
entidades que apliquem a IFRS 15 na data de
aplicação inicial da IFRS 16 ou antes. O
arrendatário pode aplicar a IFRS 16 por meio
da abordagem retrospectiva integral ou de
uma abordagem retrospectiva modificada. Se
a última abordagem for selecionada, a
entidade não é obrigada a reapresentar as
informações comparativas, e o efeito
acumulado da aplicação inicial da IFRS 16
deve ser apresentado como ajuste aos lucros
acumulados iniciais (ou outro componente do
patrimônio, conforme apropriado).
Alterações à IFRS 2 - Classificação e
Mensuração das Transações de Pagamentos
Baseados em Ações (Aplicável para períodos
anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de
2018)
As alterações esclarecem o seguinte:
1) Ao estimar o valor justo de pagamentos
baseados em ações liquidados em caixa, a
contabilização dos efeitos de condições de
exercício e não exercício deve seguir a
mesma abordagem atribuída aos
pagamentos baseados em ações liquidados
por meio de instrumentos de títulos
patrimoniais.
2) Nos casos em que a lei ou o regulamento
requer que uma entidade retenha uma
quantidade específica de instrumentos de
patrimônio equivalente ao valor
monetário da obrigação fiscal do
empregado para atender ao passivo fiscal
do empregado que é então remetido para
a autoridade fiscal (normalmente em
espécie), ou seja, o acordo de pagamento
baseado em ações apresenta “uma
característica de liquidação de forma
líquida”, esse acordo deve ser classificado
como liquidado por meio de instrumentos
de títulos patrimoniais desde que o
pagamento baseado em ações tivesse
sido classificado como liquidado por meio
de instrumentos de títulos patrimoniais
caso não tivesse incluído característica de
liquidação de forma líquida.
3) A modificação de pagamento baseado em
ações que altera a transação de liquidado
em caixa para liquidado por meio de
instrumentos de títulos patrimoniais deve
ser contabilizada como segue:
(i) O passivo original é baixado;
(ii) O pagamento baseado em ações
liquidado por meio de instrumentos de
títulos patrimoniais é reconhecido na
data de modificação do valor justo do
instrumento de títulos patrimoniais
concedido na medida em que os
serviços foram prestados até a data de
modificação; e
(iii) Qualquer diferença entre o valor
contábil do passivo na data de
modificação e o valor reconhecido no
patrimônio deve ser imediatamente
reconhecida no resultado.
As alterações são aplicáveis para períodos
anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de
2018, sendo permitida a adoção antecipada.
As disposições específicas de transição são
aplicáveis.
Alterações à IFRS 10 e IAS 28 - Margem de
Venda de Ativos entre um Investidor e sua
Coligada ou Joint Venture (Aplicável para
períodos anuais iniciados em ou após data a
ser determinada)
As alterações lidam com situações em que
ocorre uma venda ou contribuição de ativos entre um investidor e sua coligada ou joint
venture. A IAS 28 e a IFRS 10 foram alteradas
conforme segue:
A IAS 28 foi alterada para refletir o seguinte:
Ganhos e perdas resultantes de transações
envolvendo ativos que constituem um
negócio entre um investidor e sua coligada
ou joint venture são reconhecidos
proporcionalmente às participações do
“investidor empresa não relacionada” na
coligada ou joint venture.
IFRSs
Normas internacionais de relatório financeiro
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 18
Ganhos e perdas de transações descendentes envolvendo ativos que constituem um negócio entre um investidor e sua coligada ou joint venture devem ser reconhecidos na íntegra nas
demonstrações financeiras do investidor.
A IFRS 10 foi alterada para refletir o seguinte:
Ganhos e perdas resultantes da perda de controle de uma controlada que não contenha um negócio em uma transação com uma coligada ou joint venture que seja contabilizada utilizando o método de equivalência patrimonial são reconhecidos no resultado da controladora apenas proporcionalmente às participações do “investidor empresa não relacionada” nessa coligada ou joint venture. Da mesma forma, ganhos e perdas resultantes da remensuração de investimentos retidos em alguma antiga controlada (que tenha se tornado coligada ou joint venture contabilizada pelo método de equivalência patrimonial) ao valor justo são reconhecidos no resultado da antiga controladora proporcionalmente às participações do “investidor empresa não relacionada” na
nova coligada ou joint venture.
Em dezembro de 2015, o IASB adiou indefinidamente a data de vigência destas alterações, que dependerão do resultado do seu projeto de pesquisa sobre o método de equivalência patrimonial. A adoção antecipada
dessas alterações também é permitida.
Alterações à IAS 7 - Iniciativa de Divulgação (Aplicáveis para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017).
As alterações requerem que a entidade forneça divulgações que permitam aos usuários das demonstrações financeiras avaliar as mudanças nos passivos resultantes de atividades de financiamento, incluindo mudanças decorrentes de fluxos de caixa e mudanças que não envolveram caixa. As alterações não preveem um formato específico de divulgação das atividades financeiras; no entanto, uma entidade poderá cumprir o objetivo de divulgação ao realizar a reconciliação entre os saldos iniciais e finais no balanço patrimonial de passivos resultantes de atividades de financiamento.
As alterações são aplicáveis prospectivamente para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017, sendo permitida a adoção
antecipada. As entidades não são obrigadas a apresentar informações comparativas para
períodos anteriores.
Alterações à IAS 12 - Reconhecimento de Impostos Diferidos Ativos para Perdas a Realizar (Aplicável para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017)
As alterações esclarecem que:
1. Reduções abaixo do custo no valor contábil de um instrumento da dívida de taxa fixa mensurado ao valor justo para o qual a base fiscal permanece como sendo ao custo resultam em uma diferença temporária dedutível, independentemente se o detentor do instrumento da dívida espera recuperar o valor contábil do instrumento da dívida por meio de venda ou uso, ou se for provável que o emissor irá pagar todos os fluxos de caixa contratuais;
2. Quando uma entidade avalia se lucros tributáveis estarão disponíveis contra os quais diferenças temporárias dedutíveis poderão ser utilizadas, e a legislação fiscal restringe a utilização de prejuízos para dedução contra a receita de um tipo específico (por exemplo, perdas de capital podem ser compensadas apenas contra ganhos de capital), uma entidade avalia uma diferença temporária dedutível em conjunto com outras diferenças temporárias dedutíveis daquele tipo, mas separadamente de outros tipos de diferenças temporárias dedutíveis;
3. A estimativa de lucro tributável futuro provável pode incluir a recuperação de alguns dos ativos de uma entidade acima do seu valor contábil se houver evidência suficiente de que a entidade será capaz de recuperar esses ativos; e
4. Ao avaliar se há lucros tributáveis futuros suficientes disponíveis, a entidade deve comparar as diferenças temporárias dedutíveis com os lucros tributáveis futuros, excluindo as deduções de impostos resultantes da reversão dessas diferenças temporárias dedutíveis.
As alterações são aplicáveis retrospectivamente para períodos anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2017, sendo permitida a adoção antecipada.
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 19
Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras
Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 20
Como parte do processo de harmonização com
as Normas Internacionais de Relatório
Financeiro (IFRSs) e das práticas contábeis, o
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
continua com o seu compromisso de emitir os
pronunciamentos, as orientações e as
interpretações técnicos à medida que novas
normas internacionais são emitidas ou
revisadas.
O quadro a seguir contempla os
pronunciamentos, as orientações e as
interpretações técnicos editados pelo CPC e as
respectivas deliberações da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) e resoluções do
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que
os aprovaram. Deve ser observado que as
deliberações da CVM devem ser seguidas
pelas companhias de capital aberto e as
resoluções do CFC devem ser seguidas por
todas as outras entidades, devendo-se avaliar
cada caso para aquelas entidades sujeitas a
regulamentação específica, como as
regulamentadas pelo Banco Central do Brasil
(BACEN), pela Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP), pela Agência Nacional de
Saúde Suplementar (ANS), pela Agência
Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e
pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL).
Agenda Conjunta de Regulação CVM e CPC - Atualizada até 30 de novembro de 2016 (Fonte: www.cpc.org.br)
Pronunciamentos
CPC Descrição IASB CVM
(Deliberação)
CFC
(Resolução)
BACEN/CMN
(Resolução)
SUSEP
(Circular)
ANEEL
(Resolução
Normativa)
ANTT
(Resolução)
ANS
(Resolução
Normativa)
CPC 00 (R1)
Estrutura Conceitual para a
Elaboração e Divulgação de
Relatório Contábil-financeiro
Framework 675/11
NBC TG - Estrutura
Conceitual -
1.374/11
4.144/12 483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 01 (R1)
Redução ao Valor Recuperável
de Ativos IAS 36 639/10
NBC TG 01 (R3) -
DOU 06/11/15 3.566/08
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 02 (R2)
Efeitos das Mudanças nas
Taxas de Câmbio e Conversão
de Demonstrações Contábeis
IAS 21 640/10 NBC TG 02 (R1) -
DOU 20/12/13 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 03 (R2)
Demonstração dos Fluxos de
Caixa IAS 7 641/10
NBC TG 03 (R2) -
DOU 17/04/14 3.604/08
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 04 (R1) Ativo Intangível IAS 38 644/10 NBC TG 04 (R3) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 05 (R1)
Divulgação sobre Partes
Relacionadas IAS 24 642/10
NBC TG 05 (R3) -
DOU 01/12/14 3.750/09
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 06 (R1)
Operações de Arrendamento
Mercantil IAS 17 645/10
NBC TG 06 (R2) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 07 (R1)
Subvenção e Assistência
Governamentais IAS 20 646/10
NBC TG 07 (R1) -
DOU 20/12/13 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 08 (R1)
Custos de Transação e
Prêmios na Emissão de Títulos
e Valores Mobiliários
IAS 39
(partes) 649/10
NBC TG 08 -
1.313/10 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 09
Demonstração do Valor
Adicionado (DVA) - 557/08
NBC TG 09 -
1.138/08 - -
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 10 (R1) Pagamento Baseado em Ações IFRS 2 650/10 NBC TG 10 (R2) -
DOU 01/12/14 3.989/11
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 11 (R1) Contratos de Seguro IFRS 4 563/08 NBC TG 11 (R1) -
DOU 20/12/13 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
CPC 12 Ajuste a Valor Presente - 564/08 NBC TG 12 -
1.151/09 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 13
Adoção Inicial da Lei
nº 11.638/07 e da Medida
Provisória nº 449/08
- 565/08 NBC TG 13 -
1.152/09 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 21
CPC Descrição IASB CVM
(Deliberação)
CFC
(Resolução)
BACEN/CMN
(Resolução)
SUSEP
(Circular)
ANEEL
(Resolução
Normativa)
ANTT
(Resolução)
ANS
(Resolução
Normativa)
CPC 14
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensuração
e Evidenciação (Fase I),
transformado em OCPC 03
(*) (*) (*) (*) (*) (*) (*) (*)
CPC 15 (R1) Combinação de Negócios IFRS 3 665/11 NBC TG 15 (R3) -
DOU 01/12/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 16 (R1) Estoques IAS 2
575/09,
alterada pela
624/10
NBC TG 16 (R1) -
DOU 20/12/13 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 17 (R1) Contratos de Construção IAS 11 691/12 NBC TG 17 -
1.411/12 - -
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 18 (R2)
Investimento em Coligada,
em Controlada e em
Empreendimento Controlado
em Conjunto
IAS 28 696/12 NBC TG 18 (R2) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 19 (R2) Negócios em Conjunto IFRS 11 694/12 NBC TG 19 (R2) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 20 (R1) Custos de Empréstimos IAS 23 672/11 NBC TG 20 (R1) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 21 (R1) Demonstração Intermediária IAS 34 673/11 NBC TG 21 (R3) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 22 Informações por Segmento IFRS 8 582/09 NBC TG 22 (R2) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 23
Políticas Contábeis, Mudança
de Estimativa e Retificação de
Erro
IAS 8 592/09 NBC TG 23 (R1) -
DOU 20/12/13 4.007/11
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 24 Evento Subsequente IAS 10 593/09 NBC TG 24 (R1) -
DOU 20/12/13 3.973/11
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 25
Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos
Contingentes
IAS 37 594/09 NBC TG 25 (R1) -
DOU 01/12/14 3.823/09
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 26 (R1)
Apresentação das
Demonstrações Contábeis IAS 1 676/11
NBC TG 26 (R3) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 27 Ativo Imobilizado IAS 16 583/09 NBC TG 27 (R3) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 28
Propriedade para
Investimento IAS 40 584/09
NBC TG 28 (R3) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 29
Ativo Biológico e Produto
Agrícola IAS 41 596/09
NBC TG 29 (R2) -
DOU 06/11/15 - -
605/14
Manual - -
CPC 30 (R1) Receitas IAS 18 692/12 NBC TG 30 -
1.412/12 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 31
Ativo Não Circulante Mantido
para Venda e Operação
Descontinuada
IFRS 5 598/09 NBC TG 31 (R3) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 32 Tributos sobre o Lucro IAS 12 599/09 NBC TG 32 (R2) -
DOU 17/04/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 33 (R1) Benefícios a Empregados IAS 19 695/12 NBC TG 33 (R2) -
DOU 06/11/15 4.424/2015
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 34 Exploração e Avaliação de
Recursos Minerais (**) IFRS 6 - - - - - - -
CPC 35 (R2) Demonstrações Separadas IAS 27 693/12 NBC TG 35 (R2) -
DOU 26/12/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
CPC 36 (R3) Demonstrações Consolidadas IFRS 10 698/12 NBC TG 36 (R3) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 37 (R1)
Adoção Inicial das Normas
Internacionais de
Contabilidade
IFRS 1 647/10 NBC TG 37 (R4) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 38
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e
Mensuração
IAS 39 604/09 NBC TG 38 (R3) -
DOU 01/12/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 39
Instrumentos Financeiros:
Apresentação IAS 32 604/09
NBC TG 39 (R3) -
DOU 01/12/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 22
CPC Descrição IASB CVM
(Deliberação)
CFC
(Resolução)
BACEN/CMN
(Resolução)
SUSEP
(Circular)
ANEEL
(Resolução
Normativa)
ANTT
(Resolução)
ANS
(Resolução
Normativa)
CPC 40 (R1)
Instrumentos Financeiros:
Evidenciação IFRS 7 684/12
NBC TG 40 (R2) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
322/13
Anexo I
CPC 41 Resultado por Ação IAS 33 636/10 NBC TG 41 (R1) -
DOU 17/04/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 42
Contabilidade e Evidenciação
em Economia Altamente
Inflacionária
IAS 29 (**) (**) (**) (**) (**) (**) (**)
CPC 43 (R1)
Adoção Inicial dos
Pronunciamentos Técnicos
CPC 15 a 41
IFRS 1 651/10 NBC TG 43 -
1.315/10 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 44 Demonstrações Combinadas - 708/13 NBC TG 44 -
DOU 26/06/13 - -
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 45 Divulgação de Participações
em Outras Entidades IFRS 12 697/12
NBC TG 45 (R2) -
DOU 06/11/15 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 46 Mensuração do Valor Justo IFRS 13 699/12 NBC TG 46 (R1) -
DOU 01/12/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual -
322/13
Anexo I
CPC 47 Receita de Contrato com
Cliente IFRS 15 (**) (**) (**) (**) (**) (**) (**)
CPC 48 Instrumentos Financeiros IFRS 9 (**) (**) (**) (**) (**) (**) (**)
CPC PME
Contabilidade para Pequenas
e Médias Empresas com
Glossário de Termos
IFRS for
SMEs -
NBC TG 1000 -
1.255/09
2016/NBC TG 1000
(R1)
- - - - -
(*) Pronunciamento atualizado, correspondente à orientação técnica OCPC nº 03, que deixa de ter aplicabilidade após a edição dos pronunciamentos técnicos CPCs 38,
39 e 40.
(**) Pronunciamento ainda não editado pelo CPC.
Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 23
Interpretações
CPC Descrição IASB CVM
(Deliberação) CFC
(Resolução) BACEN/CMN (Resolução)
SUSEP (Circular)
ANEEL (Resolução Normativa)
ANTT (Resolução)
ANS (Resolução Normativa)
ICPC 01 (R1) Contratos de Concessão IFRIC 12 677/11 ITG 01 - 1.261/09 - - 605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
ICPC 02
Contrato de Construção do
Setor Imobiliário IFRIC 15 612/09 ITG 02 - 1.266/09 - -
605/14
Manual - -
ICPC 03
Aspectos Complementares
das Operações de
Arrendamento Mercantil
IFRIC 4,
SIC 15 e
SIC 27
717/13 ITG 03 (R1) -
DOU 20/12/13 - -
605/14
Manual - -
ICPC 06
Hedge de Investimento
Líquido em Operação no
Exterior
IFRIC 16 616/09 ITG 06 - 1.259/09 - 483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
ICPC 07
Distribuição de Lucros in
Natura IFRIC 17 717/13
ITG 07 (R1) -
DOU 20/12/13 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
ICPC 08 (R1)
Contabilização da Proposta
de Pagamento de
Dividendos
- 683/12 ITG 08 - 1.398/12 - 483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
ICPC 09 (R2)
Demonstrações Contábeis
Individuais, Demonstrações
Separadas, Demonstrações
Consolidadas e Aplicação
do Método de Equivalência
Patrimonial
- 729/14 ITG 09 -
DOU 28/11/14 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
ICPC 10
Interpretação sobre a
Aplicação Inicial ao Ativo
Imobilizado e à Propriedade
para Investimento dos
Pronunciamentos Técnicos
CPCs 27, 28, 37 e 43
- 619/09 ITG 10 - 1.263/09 - 483/14
Anexo IV
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
ICPC 11
Recebimento em
Transferência de Ativos dos
Clientes
IFRIC 18 620/09 ITG 11 - 1.264/09 - 483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
ICPC 12
Mudanças em Passivos por
Desativação, Restauração e
Outros Passivos Similares
IFRIC 1 621/09 ITG 12 - 1.265/09 - 483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
ICPC 13
Direitos a Participações
Decorrentes de Fundos de
Desativação, Restauração e
Reabilitação Ambiental
IFRIC 5 717/13 ITG 13 (R1) -
DOU 20/12/13 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
ICPC 14
Cotas de Cooperados em
Entidades Cooperativas e
Instrumentos Similares
IFRIC 2 717/13 - - - 605/14
Manual - -
ICPC 15
Passivos Decorrentes de
Participação em um
Mercado Específico -
Resíduos de Equipamentos
Eletroeletrônicos
IFRIC 6 638/10 ITG 15 - 1.289/10 - - 605/14
Manual - -
ICPC 16
Extinção de Passivos
Financeiros com
Instrumentos Patrimoniais
IFRIC 19 717/13 ITG 16 (R1) -
DOU 20/12/13 -
483/14
Anexo IV
605/14
Manual - -
ICPC 17 Contratos de Concessão:
Evidenciação SIC 29 677/11 ITG 17 - 1.375/11 - -
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
ICPC 18
Custos de Remoção de
Estéril (Stripping) de Mina
de Superfície na Fase de
Produção
IFRIC 20 714/13 ITG 18 -
DOU 28/11/14 - - - - -
ICPC 19 Tributos IFRIC 21 730/14 ITG 19 -
DOU 01/12/14 - - - - -
ICPC 20
Limite de Ativo de Benefício
Definido, Requisitos de
Custeio (Funding) Mínimo e
sua Interação
IFRIC 14 731/14 ITG 20 -
DOU 28/11/14 - - - - -
Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 24
Orientações
CPC Descrição IASB CVM
(Deliberação) CFC
(Resolução) BACEN/CMN (Resolução)
SUSEP (Circular)
ANEEL (Resolução Normativa)
ANTT (Resolução)
ANS (Resolução Normativa)
OCPC 01
(R1)
Entidades de Incorporação
Imobiliária -
561/08,
alterada pela
624/10
CTG 01 - 1.154/09 - - 605/14
Manual - -
OCPC 02
Esclarecimentos sobre as
Demonstrações Contábeis de
2008
-
Ofício-Circular
CVM/SNC/SEP
nº 01/2009
CTG 02 - 1.157/09 -
Carta
DECON
001/09
605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
OCPC 03
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento,
Mensuração e Evidenciação
(CPC 14 R1)
-
Ofício-Circular
CVM/SNC/SEP
nº 03/2009
CTG 03 - 1.199/09 - - 605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
OCPC 04
Aplicação da Interpretação
Técnica ICPC 02 às Entidades
de Incorporação Imobiliária
Brasileiras
- 653/10 CTG 04 - 1.317/10 - - 605/14
Manual - -
OCPC 05 Contratos de Concessão - 654/10 CTG 05 - 1.318/10 - - 605/14
Manual
3.847 e
3.848/12
Manual
-
OCPC 06
Apresentação de
Informações Financeiras
pro Forma
- 709/13 CTG 06 -
DOU 26/06/13 - - - - -
OCPC 07
Evidenciação na Divulgação
dos Relatórios Contábil-
-financeiros de Propósito
Geral
- 727/14 CTG 07 -
DOU 01/12/14 - - - - -
OCPC 08
Reconhecimento de
Determinados Ativos e
Passivos nos Relatórios
Contábil-financeiros de
Propósito Geral das
Distribuidoras de Energia
Elétrica Emitidos de Acordo
com as Normas Brasileiras e
Internacionais de
Contabilidade
- 732/14 CTG 08 -
DOU 12/12/14 - - - - -
Regulamentação contábil -
Práticas contábeis brasileiras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 25
Assuntos emergentes
no mercado
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 26
m resposta aos investidores, acionistas
e outros usuários das demonstrações
financeiras, o International Auditing and
Assurance Standards Board (IAASB)
publicou em 2015 um conjunto revisado de
normas internacionais de auditoria, inclusive
uma norma que resultou no novo relatório do
auditor independente, com foco na
transparência de divulgações quanto à ética e
independência do auditor, às
responsabilidades da administração e do
auditor independente e à continuidade
operacional das empresas auditadas e com
informações adicionais sobre aspectos
importantes do trabalho de auditoria do
período corrente.
Com o objetivo de manter a conversão às
normas e aos padrões internacionais de
auditoria, o Conselho Federal de Contabilidade
(CFC) revisou as Normas Brasileiras de
Contabilidade e Auditoria (NBCs TA), de forma
que o Novo Relatório do Auditor Independente
será aplicável para demonstrações financeiras
a partir de exercícios a findarem em 31 de
dezembro de 2016.
Além do aumento da transparência quanto aos
trabalhos realizados pelos auditores, é
esperado que o novo relatório do auditor traga
diversos benefícios aos usuários das
demonstrações financeiras, como o aumento
da confiança e credibilidade em tais
demonstrações, que trarão informações
relevantes e específicas das empresas
auditadas, o desenvolvimento de uma
comunicação mais robusta dos auditores com
os responsáveis pela governança e a melhora
na qualidade dos relatórios de auditoria.
O novo relatório do auditor traz alguns
desafios, tanto aos auditores como aos
responsáveis pela governança e à
administração das empresas auditadas,
principalmente para aquelas que se
enquadram na definição de entidade listada,
para as quais a aplicabilidade da nova norma
ISA/NBC TA 701 - Principais Assuntos de
Auditoria é obrigatória.
“É esperado que o novo relatório do auditor traga diversos benefícios aos usuários das demonstrações financeiras, como o aumento da confiança e credibilidade em tais demonstrações, que trarão informações relevantes e específicas das empresas auditadas”
A seguir elencamos as principais alterações do
relatório e como estas afetam os responsáveis
pela governança e a administração das
empresas.
E
Novo Relatório do Auditor Independente e
seus Impactos sobre a Governança e a Administração de Empresas Auditadas
Por Carolina Molina, gerente de Auditoria da Deloitte
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 27
O que é novo no relatório do auditor? Como a alteração afeta os responsáveis pela governança e a
administração?
Principais Assuntos de Auditoria (PAAs)
Nova seção, aplicável a entidades listadas (*), na qual serão
comunicados os assuntos que, no julgamento do auditor,
foram os mais significativos na auditoria do período
corrente.
(*) Conforme ISA 220.7G, “Entidade Listada é a entidade
que tem ações, cotas ou outros títulos cotados ou registrados em bolsas de valores ou negociados de
acordo com os regulamentos de uma bolsa de valores
reconhecida ou outro órgão equivalente”.
A agenda das reuniões com os responsáveis pela
governança deve considerar que:
• Os PAAs são derivados de assuntos comunicados aos
responsáveis pela governança, de forma que a
comunicação antecipada de tais assuntos é de extrema
importância.
• Os responsáveis pela governança devem revisar
tempestivamente a minuta do relatório do auditor
contendo os PAAs que serão reportados.
• O relatório do auditor passará por rigorosos processos
de revisão, tanto pela entidade como pela firma de
auditoria.
Os responsáveis pela governança devem analisar as
divulgações contidas nas demonstrações financeiras com
relação a:
• Consistência entre as divulgações dos assuntos que
geraram os PAAs e aquelas divulgadas nas
demonstrações financeiras.
• Se divulgações adicionais, além daquelas exigidas pela
estrutura de relatórios financeiros, são necessárias para
um melhor entendimento dos PAAs pelos usuários.
Os responsáveis pela governança devem verificar as
respostas da administração para os PAAs. Embora isso não
seja divulgado nas demonstrações financeiras, os
responsáveis pela governança podem querer entender como a administração gerencia e responde aos PAAs e se
essas respostas são apropriadas.
Continuidade Operacional
Novas descrições das responsabilidades da
administração e do auditor com relação à
continuidade operacional.
Quando existir incerteza quanto à continuidade
operacional e todas as divulgações necessárias
forem realizadas, uma nova seção nomeada
“Incerteza relevante relacionada com a
continuidade operacional” será incluída no relatório
do auditor.
Adicionalmente, o auditor passa a ser requerido a desafiar a adequação das divulgações em caso de close
call (quando eventos e condições geram dúvidas quanto
à capacidade de continuidade operacional da entidade,
mas por meio dos planos da Administração conclui-se
que não há uma incerteza material).
É recomendável que os responsáveis pela governança:
• Revisem o processo aplicado pela administração com relação
à avaliação da capacidade da entidade de continuar
operando (going concern).
• Revisem a relevância e a integridade das divulgações da
entidade nas demonstrações financeiras relativas à
continuidade operacional.
Ética e Independência
Nova declaração sobre a independência e ética do
auditor e as fontes das exigências relacionadas com
independência e Ética.
Os responsáveis pela governança precisam regularmente
avaliar se o auditor é independente, por meio de:
• Monitoramento e pré-aprovação de todos os serviços não
relacionados a auditoria prestados pelo auditor;
• Acompanhamento dos serviços não relacionados a auditoria
prestados por outras firmas de auditoria, devido ao potencial impacto em um possível rodizio de auditor;
• Avaliação da independência do auditor, tanto da firma como
do sócio responsável pelo trabalho.
Outras Informações que Acompanham as Demonstrações Financeiras e o Relatório do Auditor
Nova seção que explica a responsabilidade da
administração, identifica as outras informações obtidas
(*), a responsabilidade do auditor e o trabalho realizado
sobre essas outras informações, e descreve se há
inconsistência relevante entre as outras informações e
as demonstrações financeiras.
(*) Para o caso de entidades listadas, o auditor
também deve descrever as outras informações
que ele espera receber após a data de seu relatório.
Os responsáveis pela governança e a administração precisam:
• Determinar quais documentos serão parte das “outras
informações”, conforme definido na NBC TA 720, e que
consequentemente farão parte do escopo dos trabalhos dos
auditores (leitura dos documentos).
• Discutir com os auditores quais documentos compreendem o
relatório anual da entidade, e o planejamento e a agenda da
administração para emissão desses documentos.
• Avaliar os prazos para elaboração e finalização das outras informações, a fim de o auditor conseguir ter acesso a esses
documentos o mais cedo possível e antes da emissão de seu
relatório de auditoria.
• Avaliar os documentos que compõem o relatório anual para
verificar a consistência deles com as demonstrações
financeiras e implementar processos para garantir que as
informações neles contidas estão corretas e razoáveis.
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 28
Com essas mudanças, além da alteração na
estrutura do relatório, como, por exemplo,
destacar a opinião do auditor no primeiro
parágrafo, o relatório do auditor para
entidades listadas ficará mais extenso e sem
uma padronização única, já que refletirá aos
stakeholders os principais assuntos de
auditoria que foram comunicados aos
responsáveis pela governança. Tais alterações
enriquecerão a comunicação e as discussões
entre os auditores e os responsáveis pela
governança das empresas auditadas com
relação aos assuntos mais significativos das
demonstrações financeiras, assim como
deixarão mais transparente todo o processo
de auditoria, aumentando o entendimento dos
usuários de tais informações.
Sem sombra de dúvidas todo o mercado se
beneficiará das novidades trazidas pelo novo
modelo de relatório do auditor, mas terá de se
adaptar aos novos desafios do formato
proposto por essas alterações.
“As alterações enriquecerão a
comunicação e as discussões entre
os auditores e os responsáveis
pela governança das empresas
auditadas com relação aos
assuntos mais significativos das
demonstrações financeiras, assim
como deixarão mais transparente
todo o processo de auditoria.”
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 29
ipicamente, as organizações divulgam informações aos stakeholders a partir de frameworks e ferramentas diversas, a depender do tipo de conteúdo a ser compartilhado e do público de destino. Porém, enfrentam desafios para prover essas informações;
muitas vezes são desintegradas, desalinhadas com o público de interesse e não efetivas.
Relatórios tipicamente divulgados pelas empresas e seus desafios
Em 1997 foi criado o Global Reporting
Initiative (GRI) por meio de uma iniciativa da
UNEP-ONU para transformar os reportes
convencionais em ferramentas de gestão, o
que trouxe um novo olhar sobre a importância
dos reportes. Além disso, por meio do
estabelecimento de padrões para o reporte de
informações sociais, ambientais e econômicas,
tornou possível obter parâmetros de
comparação entre as empresas, avaliando sua
responsabilidade e seu desempenho.
Foi nesse contexto que, em 2010, foi
estabelecido o International Integrated
Reporting Council (IIRC) com o objetivo
principal de criar e fomentar a adoção do
relato integrado: uma nova forma de
comunicar os resultados de negócio da
organização.
O IIRC foi constituído por meio de uma
coalizão global de reguladores, investidores,
empresas, definidores de padrões,
profissionais do setor contábil e ONGs visando
focar os relatórios no objetivo de comunicar a
geração de valor.
T
Integrated Reporting (IR)
(Relatório Integrado)
Por Camila Araújo, sócia da área de Risk Advisory da Deloitte que lidera
as soluções em Governança, Riscos e Compliance, com colaboração de
Rodolpho Simas, gerente da área de Risk Advisory da Deloitte
responsável pelas soluções em Sustentabilidade
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 30
Histórico do Relato Integrado
Fonte:http://integratedreporting.org/yearbook2014/timeline-assets/timeline.html#vars!date=2013-
04-26_12:33:39!https://www.globalreporting.org/information/current-priorities/integrated-
reporting/Pages/default.aspx
Desde sua criação, o relato integrado vem
assumindo a posição de principal ferramenta
de comunicação aos stakeholders sobre como
a organização gera valor ao longo do tempo.
Possui foco em transmitir informações
concisas sobre a estratégia da organização,
sua governança, desempenho e perspectivas;
apresentar informações relevantes
estrategicamente para a organização e para o
contexto de seu ambiente externo, que levam
à criação de valor a curto, médio e longo
prazos; e prover orientações futuras.
Além de aprimorar a qualidade das
informações, o processo do relato em si possui
uma importância de gestão que auxilia e
possibilita o alcance de objetivos tangíveis
para a organização como um todo, dessa
forma favorecendo o pensamento integrado
e permitindo uma melhor compreensão dos
fatores que afetam materialmente a
capacidade de uma organização em criar valor
ao longo do tempo. Isso pode levar a
alterações comportamentais e melhorias de
desempenho por toda a organização.
A fim de orientar as empresas quanto à
implementação da ferramenta, a Estrutura
Internacional do Relato Integrado estabelece
Princípios Orientadores e Elementos de
Conteúdo que visam garantir a integração das
dimensões de negócio em vez de apenas uma
consolidação de informações e relatórios.
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 31
A visão da Deloitte sobre
Relato Integrado
Nossa visão é a de que a adoção do relatório
integrado represente uma mudança de
paradigma em relação ao modelo tradicional
de reporte de informações aos stakeholders, a
partir dos seguintes aspectos:
<IR> é um processo e não um produto:
O relatório produzido e entregue aos
stakeholders é fruto de um esforço
fundamental sobre o estado atual
e futuro da organização por meio
do entendimento de sua estratégia,
riscos, oportunidades e negócio.
Alto nível de complexidade:
Promover uma abordagem mais
coesa e eficiente do relato
corporativo, que aproveite as
diversas vertentes de relato e
comunique a gama completa de
fatores que afetam, de forma
material, a capacidade de uma
organização em gerar valor ao
longo do tempo.
Objetividade e concisão:
Os relatórios atuais têm se
tornado complexos, com grande
volume de informações e de difícil
leitura para não especialistas. O <IR>
tem o objetivo de trazer um
conteúdo mais objetivo em uma
linguagem mais acessível.
Benefícios para a organização e os
stakeholders:
Para a organização traz benefícios
relacionados a robustez no
processo e nas informações, mais
transparência nos diversos
aspectos do negócio e inter-relação
dos seus resultados. Para os
stakeholders possibilita melhor
entendimento das dimensões de
interesse do negócio.
Principal relatório da organização:
A tendência aponta para que o <IR>
seja a principal ferramenta de
comunicação da organização,
contendo links para informações mais
detalhadas de outros relatórios já
existentes.
“A adoção do relatório integrado representa uma mudança de paradigma em relação ao modelo tradicional de reporte de informações aos stakeholders”
Posição de alguns órgãos reguladores e
formadores de opinião sobre <IR>
A adoção do <IR> trará não só mudanças às
empresas que o adotam, mas também aos
stakeholders que dependem das informações
divulgadas por essas empresas para dar
sequência a seus trabalhos de análise e
verificação. A seguir elencamos alguns órgãos
reguladores e formadores de opinião, bem
como suas posições sobre a adoção do <IR>:
CODIM
O Comitê de Orientação para Divulgação de
Informações ao Mercado (CODIM) tem por
objetivo a elaboração de pareceres de
orientação para alinhar as Melhores Práticas
de Divulgação às necessidades dos agentes do
mercado de capitais. Ele é composto por
representantes de Associações do mercado
aberto (exemplos: ABRASCA, ANBIMA e APEC,
entre outras), bem como de BM&F BOVESPA,
CFC, IBGC e IBRI.
Em 2012, o CODIM publicou o
pronunciamento nº 14, que trata das Melhores
Práticas de Divulgação sobre Sustentabilidade
e recomenda a utilização das premissas do
<IR> na elaboração dos seus relatórios anuais
e a participação direta ou indireta nas
atividades do IIRC. Além disso, está em pauta
a elaboração de pronunciamento específico
sobre o framework.
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 32
IBGC
O IBGC tem apoiado a adoção do <IR>,
incluindo a proposta da CVM de
obrigatoriedade da publicação e asseguração
independente de relatórios socioambientais
que utilizem esse framework para as
empresas listadas no Novo Mercado e Nível 2.
Contudo, ressalta a necessidade de explicitar
a existência do conteúdo de governança
corporativa e de incluir entidades
certificadoras na asseguração independente.
IBRACON
O IBRACON tem realizado atividades de
monitoramento da evolução do <IR>, por meio
de um GT Multidisciplinar – do qual a Deloitte
faz parte – que trata de temáticas como
sustentabilidade, balanço social e efeito estufa,
entre outros; e tem apoiado as iniciativas do
IIRC no Brasil, porém não possui orientações
ou produção de material específico acerca do
seu posicionamento formal sobre o <IR>.
BM&F BOVESPA/CVM
A BM&F BOVESPA/CVM tem apoiado
publicamente as iniciativas do <IR>, a
princípio atuando como um incentivador e
divulgador do framework como melhor prática
de mercado, e posteriormente, assumindo
protagonismo em sua utilização, por meio da
estruturação de iniciativas voluntárias e
obrigatórias vinculadas às empresas listadas.
Em 2011, a BM&F BOVESPA lançou a iniciativa
“Relate ou Explique para Relatório de
Sustentabilidade ou Similar” visando à
divulgação voluntária e anual das práticas de
publicação de informações Environmental,
Social and Governance (ESG) das empresas
listadas. Posteriormente, em 2014, o nome da
iniciativa foi alterado para “Relate ou Explique
para Relatório de Sustentabilidade ou
Integrado” como forma de demonstrar o apoio
da BM&F BOVESPA às melhores práticas de
mercado, bem como às proposições do Relato
Integrado e às ações do IIRC.
Atualmente, a instituição substituiu a iniciativa
voluntária “Relate ou Explique” pelo reporte
direto de informações socioambientais no
Formulário de Referência por meio do item
7.8. Além disso, está em processo de consulta
pública de uma proposta de alteração no
regulamento do Novo Mercado e Nível 2
referente à obrigatoriedade de elaboração e
publicação de um Relatório Socioambiental
(artigo 30), que inclui o <IR> como um dos
padrões internacionalmente aceitos e a
existência de asseguração do relatório
realizada por auditoria independente.
“Art. 30 A companhia deve divulgar,
anualmente, até 30 de junho, relatório com
informações socioambientais elaborado de
acordo com padrão internacionalmente aceito,
como o da Global Reporting Initiative (GRI) ou
o da estrutura internacional para relato
integrado do International Integrated
Reporting Council (IIRC) Parágrafo único. O
relatório com informações socioambientais
deve ser objeto de processo de asseguração
por auditor independente.”
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 33
Benefícios na adoção do <IR>
Empresas que conduziram o processo de
adoção do <IR> apontaram benefícios
relacionados não somente à organização, mas
também ao atendimento dos públicos de
interesse:
• Habilidades para identificar e responder com
sucesso a oportunidades, riscos e mudanças
no ambiente de negócios por meio do foco
nos impactos de longo prazo.
• Relação aparente entre ambiente do
negócio, contexto social e performance
financeira e da gestão.
• Maior relação entre performance do
negócio e compensação dos executivos.
• Vantagem competitiva por meio de
redução de custo, eficiência operacional,
diferenciação da marca e inovação.
• Melhoria na relação dos stakeholders a
partir do atendimento às suas
necessidades e gestão de suas
expectativas.
• Melhoria no compliance com regras
regulatórias existentes e requerimentos da
governança corporativa.
• Melhoria na credibilidade com stakeholders
chave por meio de um relato integrado
transparente e seguro.
• Alinhamento e simplificação de reporte
interno e externo com consistência e
eficiência.
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 34
confiança e a credibilidade sempre
estiveram na base do trabalho de
apuração e divulgação de informações
financeiras das organizações. Com o
decorrer do tempo, a tecnologia veio
contribuir para a qualidade e a agilidade desse
trabalho, sendo incorporada de forma gradual.
Porém, com a intensificação do ritmo das
atuais evoluções tecnológicas, o trabalho do
auditor e dos demais profissionais envolvidos
na preparação das demonstrações financeiras
passa por um momento de verdadeira
disrupção, tornando-se uma atividade cada
vez mais direcionada por dados.
Há uma expectativa de que os auditores
incorporem inteligência de negócios e
tecnologias às suas obrigações
regulamentadas – indo além das análises
retroativas de demonstrações financeiras –,
bem como um consenso de que os
profissionais da área precisam avançar no
mapeamento criterioso das mudanças no
cenário econômico e de negócios.
A capacidade de lidar com temas exteriores ao
escopo da auditoria tradicional ganhará
importância conforme o auditor reconfigurar
sua atuação. E, nesse percurso, a inovação
está ligada à transformação trazida pela
tecnologia, incluindo a incorporação de
práticas, tais como a identificação de
tendências de mercado, a análise de riscos, a
segurança na área de tecnologia da
informação, a análise avançada de dados
(analytics), as novas ferramentas dinâmicas
de apresentação (dashboards) e até mesmo o
emprego de inteligência artificial. A aplicação
do conceito de analytics ao trabalho dos
auditores, por exemplo, permite uma
amostragem mais qualificada das informações
(financeiras ou não) a serem analisadas. Será
possível usar o extenso banco de dados da
empresa para fazer previsões, apontar
tendências e criar expectativas que possam
ser comparadas com os números
apresentados nas demonstrações financeiras.
Tudo isso em tempo real.
Estes são recursos que já transformaram
inúmeras práticas e mercados. A perspectiva é
de que sejam também empregados a favor da
auditoria e da preparação de demonstrações
financeiras. Assim, transformação digital e
tecnológica tem se mostrado uma aliada de
relevância para que a prática de auditoria
evolua, incorporando a inovação para
transcender seu papel tradicional e atender às
expectativas de um mercado cada vez mais
dinâmico e integrado via redes globais de
nossos dias.
“A transformação digital e tecnológica tem se mostrado uma aliada de relevância para que a prática de auditoria evolua, incorporando a inovação para transcender seu papel tradicional e atender às expectativas de um mercado cada vez mais dinâmico e integrado via redes globais.”
A
Inovação e o futuro das demonstrações financeiras
Por Emerson Ferreira, sócio da área de Auditoria da Deloitte responsável pelo
Audit Innovation no Brasil
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 35
Conceitos e introdução
m 24 de julho de 2014, o
International Accounting Standards
Board (IASB) emitiu a publicação final
da IFRS 9 - Instrumentos Financeiros
(Financial Instruments), a qual estabeleceu
princípios para o relatório financeiro de ativos
e passivos financeiros que devem apresentar
informações pertinentes e úteis aos usuários
das demonstrações financeiras para a sua
avaliação de valores, época e incerteza dos
fluxos de caixa futuros das empresas.
No Brasil, o Comitê de Pronunciamentos
Contábeis (CPC), a Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) e o Conselho Federal de
Contabilidade (CFC) colocaram em Audiência
Pública Conjunta em 9 de junho de 2016 a
Minuta do Pronunciamento Técnico CPC 48
(correspondente à IFRS 9), para que substitua
o CPC 38 (Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensuração, equivalente à
IAS 39), que recebeu sugestões e comentários
até 8 de setembro de 2016. A previsão é de
que o referido pronunciamento seja editado de
forma definitiva até o começo de 2017, para
aplicação a partir de 1º de janeiro de 2018
pelas empresas brasileiras, ressalvadas as
exceções de aplicação a entidades reguladas
com normas contábeis específicas, como por
exemplo o Banco Central do Brasil, que possui
regras contábeis próprias que conflitam com a
aplicação do CPC 48 (exemplos: as Resoluções
do Conselho Monetário Nacional (CMN)
nº 2.682/99, nº 3.068/02 e nº 3.082/02).
O grande motivador para a publicação pelo
IASB da IFRS 9 foi a crise financeira global
ocorrida na segunda metade da década
passada, dos chamados subprimes e ativos
tóxicos, que provocou grandes perdas
financeiras para investidores em geral, em
que houve grande debate sobre a não captura
de perdas esperadas pelos registros contábeis
de grandes empresas, instituições financeiras
e fundos de investimentos. A norma contábil
vigente à época (IAS 39) baseava o cálculo
das provisões para créditos de liquidação
duvidosa por meio das análises das perdas
incorridas, em vez das perdas esperadas.
Além disso, as divulgações dos riscos
envolvidos com essas operações eram
questionadas por serem genéricas demais e
não informar aos stakeholders das empresas o
real risco envolvido em transações complexas
com esses instrumentos financeiros.
Assim, a principal alteração que a IFRS 9 trará
para as empresas em geral, mas não a única,
se dá pela adoção do modelo de perdas
esperadas junto com o modelo de perdas de
crédito incorridas, já coberta pela norma
contábil anterior (IAS 39), para
reconhecimento e mensuração das perdas por
imparidade. A adoção desse modelo de perdas
esperadas provoca efeitos importantes,
particularmente nas instituições financeiras,
pois reduz a assimetria existente entre os
registros contábeis e as normas de solvência
no que se refere à alocação de capital para
riscos de crédito.
O IASB trabalhou durante aproximadamente
seis anos para alterar a IAS 39, estabelecendo
novas diretrizes para classificação,
mensuração e contabilização de ativos e
passivos financeiros, a IFRS 9. A norma está
estruturada em três principais fases:
Classificação e mensuração de ativos e
passivos financeiros - o pronunciamento
contém três categorias de classificação e
mensuração de ativos financeiros:
a) Ao custo amortizado, caso seu objetivo
seja obter fluxos de caixa contratuais e
seus termos deem origem a fluxos de
caixa que sejam pagamentos somente
de principal e juros;
E
IFRS 9 - Mais do que uma norma
contábil, uma norma de negócios!
Por Gilberto Souza, sócio da área de Global Capital Market Group da Deloitte, com foco na Indústria Financeira
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 36
b) Ao valor justo por meio de outros
resultados abrangentes, no grupo
contábil de patrimônio líquido, quando
seu objetivo for atingido tanto pela
obtenção de fluxos de caixa contratuais
quanto pela venda do ativo financeiro; e
c) Ao valor justo por meio do resultado,
quando não enquadrado nas demais
categorias. Além disso, uma empresa
pode designar no reconhecimento
inicial um ativo ao valor justo por meio
do resultado caso elimine ou reduza
significativamente um descasamento
contábil que possa surgir nas outras
categorias de classificação.
Redução no valor recuperável (impairment)
- os requisitos de impairment para ativos
financeiros da IFRS 9 têm como base a
perda esperada em vez da perda incorrida
(IAS 39), considerando:
a) Ativos sem perda econômica: a
provisão será igual a 12 meses de
perdas esperadas, reconhecidos no
momento em que os ativos são
originados ou adquiridos;
b) Ativos com aumento significativo do
risco: a provisão será igual a perdas do
período total, ativos com maior risco
são reconhecidos no momento em que
são originados ou adquiridos; e
c) Evento padrão - evidência objetiva de
impairment: idem item b) anterior.
Em qualquer cenário, a estimativa do valor
recuperável considera, como habitualmente,
julgamentos da administração sobre
recebimentos esperados dos fluxos de caixa
conforme contratados, bem como sobre
quando serão recuperados. Esses julgamentos
devem ser objeto de um nível adequado de
documentação para comprovar as decisões da
administração, que também representa um
esforço adicional das empresas impactadas
pelo novo pronunciamento.
Contabilidade de hedge (hedge accounting)
- os requisitos de hedge accounting (que
pode ser entendido como sendo estratégia
contábil opcional, que visa eliminar ou
reduzir a volatilidade nos resultados ou no
patrimônio líquido decorrente de operações
de hedge) estabelecem a representação,
nas demonstrações financeiras, do efeito
da gestão de riscos no que tange à
utilização de instrumentos financeiros para
gestão das exposições que afetam os seus
resultados.
É importante destacar que o pronunciamento
cobre a primeira e a segunda fases
anteriormente citadas da IFRS 9,
encontrando-se o novo modelo de registro de
hedge accounting ainda em discussão pelo
IASB.
Impactos para as empresas em geral
As empresas terão de se adaptar à adoção dos
novos requerimentos da IFRS 9 por conta dos
novos modelos para classificação e
mensuração dos ativos e passivos financeiros.
A intenção deixa de ser o direcionador para a
classificação dos instrumentos financeiros, e
dois critérios passam a ser utilizados para
determinar a classificação dos ativos
financeiros: o modelo de negócio da entidade
e as características dos fluxos de caixa
contratuais. Assim, as empresas terão de
adaptar não apenas seus departamentos de
contabilidade para atendimento à IFRS 9, mas
também outras áreas que normalmente não
são diretamente impactadas por normas
contábeis, como:
Tecnologia - a contratação ou o
desenvolvimento de soluções de sistema
serão requeridos pela maior parte das
empresas para cálculo das perdas
esperadas. Quanto mais complexa for a
estrutura de produtos e serviços oferecidos
pelas empresas, mais complexa será a
estrutura de tecnologia para atender a
esse novo requerimento. Soluções para
cálculo automatizado das perdas esperadas
serão necessárias para as grandes
organizações, adaptadas ao porte e à
complexidade de cada organização.
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 37
Controles internos - será necessário o
redesenho de atividades de controle
interno novas para monitorar a sistemática
de captura, análise, monitoramento e
reporte de perdas esperadas pelas
organizações. Assim, as políticas
corporativas e os procedimentos
operacionais devem ser atualizados para
formalizar essas novas atividades.
Comercial e precificação de produtos - o
custo dos produtos e serviços
comercializados pelas empresas, como
consequência da adoção da IFRS 9, tende
a aumentar, aumentando também o preço
de venda aos clientes finais. Assim, as
áreas comercial e de precificação dos
produtos e serviços serão afetadas pela
adoção da nova norma.
Gestão de riscos e demais áreas de
governança, como auditoria interna,
relações com investidores e informações
gerenciais - as atividades de gestão de
riscos, metodologia de cálculo, informações
gerenciais e relações com investidores
deverão desenvolver novas ferramentas de
monitoramento e reporte dos efeitos
contábeis decorrentes da adoção da
IFRS 9, assim como maior nível de rigor
dos testes de efetividade operacional, que
deverão ser objeto de foco e
procedimentos de revisão por parte da
auditoria interna.
Controladoria e finanças - obviamente,
serão as áreas mais afetadas pela adoção
da nova norma, não apenas por conta de
novos controles internos que devem ser
construídos para validação das provisões
para créditos de liquidação duvidosa de
acordo com as novas diretrizes
estabelecidas pela IFRS 9, mas também
por conta dos requerimentos de
divulgação, em que a IFRS 9 e a IFRS 7
(equivalente no Brasil ao CPC 40 (R1) -
Instrumentos Financeiros: Evidenciação)
requerem um nível de divulgação mais
adequado em termos de transparência.
Disposições transitórias
A IFRS 9 é aplicável para períodos anuais
iniciados em ou após 1° de janeiro de 2018,
sendo permitida a adoção antecipada. Se uma
entidade optar por adotar a IFRS 9
antecipadamente, ela deve adotar todas as
exigências contidas na IFRS 9 ao mesmo
tempo, exceto por aquelas relacionadas à:
Apresentação dos ganhos e das perdas do
valor justo, atribuíveis a mudanças no risco
de crédito dos passivos financeiros
designados ao valor justo por meio do
resultado, cujas exigências uma entidade
pode adotar antecipadamente sem adotar
as outras exigências na IFRS 9.
Contabilização de hedge - uma entidade
pode optar por continuar a adotar as
exigências de contabilização de hedge da
IAS 39 em vez das exigências da IFRS 9.
Conclusão – preparando-se para a adoção
É muito importante que as empresas se
preparem para a adoção dos requerimentos da
IFRS 9 (CPC 48). Isso inclui a criação de um
grupo multidisciplinar a fim de avaliar os
impactos, que deve incluir profissionais das
áreas de riscos, controles, controladoria,
tecnologia, processos e eventualmente,
dependendo da complexidade, modelagem de
produtos e preços, consultores e auditores
independentes para acompanhar o processo
de desenvolvimento do modelo a ser adotado.
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 38
rofundas transformações têm
caracterizado o mercado corporativo
nos últimos anos, nos mais distintos
segmentos. O mercado financeiro brasileiro,
por exemplo, tem tido desafios ousados.
Aumento da expectativa dos clientes, maior
sofisticação dos canais de comercialização dos
serviços, pressão pela redução de custos,
ampliação dos requisitos de capital e
regulação têm caracterizado o contexto atual
de atuação dos Bancos no País. Esses
impactos tocam de maneira transversal as
várias áreas dos Bancos e alcançam até
mesmo o seu modelo de negócio - o modelo
futuro das agências, formatos de distribuição
de produtos e serviços bancários,
segmentação de serviços e a forma de servir
aos clientes e à comunidade em geral.
Nesse ambiente, o tema de controles internos
continua em alta. Reguladores, acionistas e o
mercado em geral têm aumentado a
expectativa sobre a capacidade das
instituições em estruturarem e manterem
ativos métodos e medidas que possam
proteger seu patrimônio. Comumente,
recorre-se ao colapso financeiro de 2008 para
ilustrar a relevância de controles eficientes e
efetivos nas instituições financeiras. Os
controles internos abrangem imagem,
pessoas, fidedignidade dos dados contábeis,
eficiência operacional, respeito às normas
legais e diretrizes administrativas.
“O tema de controles internos continua em alta. Reguladores, acionistas e o mercado em geral têm aumentado a expectativa sobre a capacidade das instituições em estruturarem e manterem ativos métodos e medidas que possam proteger seu patrimônio.”
Para lidar com essa crescente expectativa, as
atividades de controle interno devem ter um
papel consultivo, que possibilite avaliar os
principais riscos, mas também certificador, já
que devem monitorar e assegurar a
performance dos controles-chave. Os Bancos
têm buscado atingir esse objetivo
disseminando a cultura de controles, por meio
de programas de capacitação e
conscientização, além de apoiar as áreas
executivas nos processos de autoavaliação e
priorização.
Muitas instituições têm implementado e
reforçado a abordagem de linha de defesa na
governança de seus controles internos -
favorecendo um maior envolvimento e
integração de toda a entidade, tendo no front
as próprias áreas de negócio, responsáveis
pela avaliação primária dos seus processos e
riscos. Essa estrutura apresenta ainda na
segunda linha de defesa os times de controle,
gerenciamento de riscos e compliance, que
apoiam as áreas de negócio na validação dos
desenhos dos controles e dos planos de ação,
além do monitoramento, por meio de testes e
indicadores. A auditoria interna atua na
terceira linha de defesa, avaliando os mapas
de risco dos Bancos, os pontos de exceção,
seus impactos, além da avaliação e do
acompanhamento dos planos de ação.
P
Controles internos: um desafio ao mercado bancário
Por Leonardo Santicioli, gerente sênior da área de Global Capital Market Group da Deloitte,
com foco na Indústria Financeira
Assuntos emergentes no mercado
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 39
Os times dessa governança dos Bancos e o
pool de agentes de mercado interessados
nessa temática têm proposto uma série de
questionamentos como forma de fomentar e
direcionar os esforços para atender aos
objetivos de proteção do patrimônio e da
imagem das instituições. Essas indagações são
amplas e, por vezes, complexas, mas
necessárias a um exercício de efetividade do
trabalho que as entidades vêm conduzindo. Os
papéis e as responsabilidades dos envolvidos
são claramente definidos e praticados? A
governança, incluindo cultura de risco e
tempestividade de reporte, é apropriada? Os
pontos relevantes e efetivos estão sendo
priorizados? Há uma agenda integrada, focada
em eficiência e melhores práticas?
Pela posição central que ocupam na economia
de mercado, os Bancos oferecem um risco
sistêmico bastante elevado. Sua saúde
financeira e adequado funcionamento
minimizam as perdas de indivíduos, empresas
e mesmo de governos, além de favorecer o
fluxo regular de recursos aos agentes
produtivos. Os controles internos ocupam
papel-chave para isso.
“Pela posição central que ocupam na economia de mercado, os Bancos oferecem um risco sistêmico bastante elevado. Sua saúde financeira e adequado funcionamento minimizam as perdas de indivíduos, empresas e mesmo de governos, além de favorecer o fluxo regular de recursos aos agentes produtivos.”
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 40
Regulamentações
específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 41
Comissão de Valores Mobiliários (CVM):
regulamentações emitidas em 2016 e
2015 (que não estavam disponíveis
quando da elaboração do guia de 2015)
Instrução CVM nº 582,
de 22 de novembro de 2016
A Instrução CVM nº 582 altera, pontualmente,
as Instruções CVM nº 543/13 e nº 555/14,
além de prever regras de adaptação aos
administradores fiduciários.
A nova Instrução também traz
aperfeiçoamentos relacionados à atuação dos
escrituradores de cotas de fundo de
investimento, modificando o artigo 79 da
ICVM nº 555 e dispondo sobre o registro
desses participantes, e às regras de adaptação
aplicáveis.
Entre as principais alterações em relação à
minuta submetida à audiência pública está a
previsão de que o emissor deva assumir
automaticamente as obrigações de conciliação
perante o depositário central pelo prazo de 90
dias com a subsequente possibilidade de
extinção do depósito centralizado dos
respectivos ativos. Isso será possível apenas
em caso de interrupção da prestação de
serviço pelo escriturador sem a devida
substituição no prazo indicado na Instrução.
Dessa forma, a CVM optou por eliminar a
previsão de necessidade de contratação de
escriturador pelo sistema de registro.
Instrução CVM nº 581,
de 29 de setembro de 2016
A CVM editou a Instrução CVM nº 581,
alteradora da Instrução CVM nº 505.
A norma inclui novo inciso ao § 1º do artigo
25 da Instrução CVM nº 505. O acréscimo
busca esclarecer que a regra prevista no caput
não se aplica quando o intermediário não
participa da distribuição dos valores ofertados
publicamente.
Art. 1º O artigo 25 da Instrução CVM nº 505,
de 27 de setembro de 2011, passa a vigorar
com a seguinte redação: “Art. 25, § 1º
I – Às instituições financeiras e às
entidades a elas equiparadas;
II – Às pessoas vinculadas ao
intermediário, em relação às operações
em mercado organizado em que o
intermediário não seja pessoa autorizada
a operar; e
III – Às pessoas vinculadas ao
intermediário, em relação às operações
em que o intermediário não participe da
distribuição dos valores mobiliários
ofertados publicamente.”
Instrução CVM nº 580,
de 15 de setembro de 2016
A CVM editou a Instrução CVM nº 580,
alteradora da Instrução CVM nº 472, que
regulamenta os Fundos de Investimento
Imobiliário (FIIs). O objetivo é incluir como
passíveis de aprovação em assembleia atos
que caracterizem conflito de interesses entre o
FII e o seu consultor especializado.
A principal alteração em relação à audiência
pública é a vedação de que o consultor
especializado exerça a função de
representante de cotistas do fundo quando
atuar também como consultor de outros FIIs.
Além disso, a minuta previa prazo até 1º de
outubro para a adaptação dos regulamentos
dos FIIs já existentes. Entretanto, foi excluído,
uma vez que esta norma não requer
alterações no regulamento.
Instrução CVM nº 579,
de 30 de agosto de 2016
Dispõe sobre os critérios contábeis de
reconhecimento, classificação e mensuração
de ativos e passivos, assim como os de
reconhecimento de receitas, apropriação de
despesas e divulgação de informações nas
demonstrações contábeis dos FIPs.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 42
Destaca-se a criação de requisitos para a
determinação de qualificação dos fundos em
entidade de investimento e não entidade de
investimento, a partir dos quais se
determinam critérios específicos de
mensuração para os ativos relacionados às
participações societárias, componentes da
carteira do fundo. Tal qualificação deriva da
convergência aos critérios previstos nas
normas internacionais de contabilidade
emitidas pelo IASB.
São estabelecidos também importantes
critérios de transição para a adoção da norma,
inclusive para o tratamento dos investimentos
em participações societárias existentes antes
da vigência do novo normativo. Neste ponto,
chama-se a atenção para o fato de que os
saldos de abertura na adoção inicial dessa
Instrução, ou seja, para os exercícios iniciados
em ou após 1º de janeiro de 2017, já devem
estar ajustados aos critérios instituídos na
norma.
Instrução CVM nº 578,
de 30 de agosto de 2016
A ICVM nº 578 substitui as Instruções CVM
nº 209, nº 391, nº 406 e nº 460 e moderniza
as regras sobre a constituição, o
funcionamento e a administração de Fundos
de Investimento em Participações (FIPs).
Entre as principais alterações em relação à
minuta de audiência pública está a inclusão
das debêntures simples entre os ativos
elegíveis para investimento pelos FIPs até o
limite de 33% do capital subscrito. A CVM
permitiu, ainda, a realização de
adiantamentos para futuro aumento de capital
da companhia investida, desde que cumpridas
determinadas condições.
Em relação às categorias, a CVM optou por
criar a categoria Multiestratégia, que pode
alocar recursos em sociedades em diversos
estágios de desenvolvimento, aproveitando-se
dos descontos regulatórios concedidos para as
sociedades objeto de investimento das
categorias Capital Semente e Empresas
Emergentes.
A possibilidade de investimento no exterior
trazida pela minuta foi mantida. Porém, a
categoria FIP - Investimento no Exterior foi
excluída e criada subcategoria do FIP
Multiestratégia, que poderá alocar até 100% de
seu capital subscrito em ativos no exterior, sem
a exigência de um percentual mínimo. Esse
fundo é voltado para investidores profissionais
e deve utilizar o sufixo Investimento no
Exterior na sua denominação.
Destacam-se, ainda, as seguintes alterações:
(i) Possibilidade de a categoria Capital
Semente e de demais categorias
investirem em sociedades limitadas,
desde que essas sociedades apresentem
receita bruta anual de até R$16 milhões.
(ii) Aumento no limite de receita bruta anual
das sociedades limitadas passíveis de
receberem investimentos, de R$10
milhões para R$16 milhões.
(iii) Ampliação do público-alvo do FIP Capital
Semente para todos os investidores
qualificados e não somente para
investidores profissionais.
(iv) Extinção dos FIC-FIP com a permissão
para que qualquer FIP possa investir em
cotas de outros fundos da mesma
categoria sem a limitação de 40%
proposta na audiência.
(v) Permissão para a criação de classes de
cotas com distintos direitos econômico-
-financeiros, dependendo do tipo de
investidor.
(vi) Exclusão da obrigação de que o contrato
entre o administrador e gestor contenha
cláusula de solidariedade, dadas as
particularidades desse tipo de fundo.
(vii) Ampliação das responsabilidades e
obrigações do gestor referentes à
contratação de serviços relacionados ao
investimento ou desinvestimento, bem
como quanto à sua atuação na
precificação dos investimentos do fundo.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 43
(viii) Aumento no prazo para divulgação de
informações semestrais e anuais, de 60 e
120 dias, respectivamente, para 150
dias.
O prazo de adaptação à norma é de 12
meses. Os Fundos Mútuos de Investimento
em Empresas Emergentes (FMIEEs) já
existentes poderão continuar operando nos
seus moldes atuais, sem a necessidade de
adaptação, sendo vedada a prorrogação de
seu prazo de duração, exceto se houver o
atendimento à nova regra pelas companhias
investidas.
Instrução CVM nº 577,
de 7 de julho de 2016
A Superintendência de Normas Contábeis e
Auditoria (SNC) divulga a Instrução CVM
nº 577, alteradora do Plano Contábil dos
Fundos de Investimento (COFI), anexo à
Instrução CVM nº 438.
As principais alterações referem-se à revisão
dos critérios de mensuração dos ativos e
passivos, convergindo-os àqueles previstos
nas normas internacionais de contabilidade
emitidas pelo IASB.
A nova norma ainda disponibiliza glossário de
termos técnicos, a fim de uniformizar o
entendimento dos usuários quanto aos
conceitos previstos no COFI.
A área técnica da CVM ressalta que essa
atualização permite que o COFI continue
sendo instrumento fundamental para o
processo de elaboração das demonstrações
contábeis dos Fundos de Investimento e
Fundos de Investimento em Cotas de Fundo
de Investimento, ambos regidos pela
Instrução CVM nº 555.
Instrução CVM nº 576,
de 16 de junho de 2016
A ICVM nº 576 altera o Informe Mensal dos
Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
(FIDC) (anexo A da Instrução CVM nº 489).
Com a edição da norma, o documento recebeu
os seguintes ajustes:
Inclusão do prazo mínimo entre a data do
pedido de resgate e a correspondente
conversão em quantidade de cotas e do
prazo para o pagamento do resgate após a
conversão em quantidade de cotas.
Adição de subitens nos tópicos a.5, a.12 e
b.
Inclusão de informações para possibilitar ao
administrador reportar eventuais provisões
constituídas sobre valores mobiliários e
outros ativos financeiros investidos e já
reportados no Informe Mensal.
Abertura de campos para o administrador
informar as diferentes séries de cotas
seniores no formulário, o número de
cotistas seniores e subordinados por tipo de
cotista e as garantias vinculadas aos
direitos creditórios.
A norma produzirá efeitos a partir do Informe
Mensal referente a fevereiro de 2017.
Instrução CVM nº 575,
de 17 de maio de 2016
Altera a ICVM nº 471, que dispõe sobre o
procedimento simplificado para registro de
ofertas públicas.
O intuito é contemplar mudanças ocorridas em
outros normativos e demandas detectadas a
partir da experiência acumulada pela CVM na
aplicação da norma desde sua edição.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 44
Em relação à minuta colocada em audiência
pública, a principal alteração realizada foi no
tratamento dado ao encaminhamento do
prospecto preliminar. A nova Instrução
determina que uma minuta do prospecto
preliminar seja apresentada na data do pedido
de registro de oferta na CVM, quando o
ofertante pretender utilizá-lo para os fins
previstos na Instrução CVM nº 400.
A minuta do prospecto preliminar e o
prospecto preliminar (divulgado pelo ofertante
junto com o aviso ao mercado) devem ser
substancialmente idênticos, ressalvadas as
alterações decorrentes do cumprimento de
exigências da CVM.
Instrução CVM nº 574,
de 17 de dezembro de 2015
Altera dispositivos da Instrução CVM nº 560,
de 27 de março de 2015, que dispõe sobre o
registro, as operações e a divulgação de
informações de investidor não residente no
Brasil.
As modificações realizadas são as seguintes:
• Prorrogação do prazo final para atualização
das informações cadastrais dos investidores
não residentes para 31 de março de 2016;
• Alteração do prazo inicial para a entrega do
informe mensal e do informe semestral,
ambos previstos no artigo 14 da Instrução
CVM nº 560, para o dia 1º de julho de 2016; e
• Modificação pontual no conteúdo do informe
mensal do investidor não residente.
Instrução CVM nº 573,
de 9 de dezembro de 2015
A ICVM nº 573 altera e estende o prazo para
adaptação à Instrução CVM nº 569 (oferta
pública de distribuição de Certificado de
Operações Estruturadas (COE) realizada com
dispensa de registro).
A data-limite para que as instituições se
adequem às disposições da norma, já em
vigor, passará de 14 de dezembro de 2015
para 26 de fevereiro de 2016. A decisão foi
tomada em decorrência de pleito realizado
pela Associação Brasileira das Entidades dos
Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima),
com base na necessidade de alteração de
sistemas, procedimentos e materiais utilizados
nas ofertas de COE pelas instituições
financeiras.
A Instrução CVM nº 569 permite a oferta
pública de COE realizada com dispensa de
registro, desde que cumpridos diversos
requisitos, entre os quais a necessidade de
entrega do Documento de Informações
Essenciais (DIE) e da assinatura do termo de
adesão e ciência de risco.
Outras regulamentações da CVM
Durante os exercícios de 2016 e 2015 (que
não estavam disponíveis quando da
elaboração do guia de 2015), a CVM emitiu
diversas deliberações, entre outros assuntos,
em sua maioria com o objetivo de aprovar os
pronunciamentos, as interpretações e as
orientações técnicos emitidos pelo CPC.
Adicionalmente, relacionamos a seguir o
resumo dos principais Ofícios-Circulares
emitidos pela CVM no período anteriormente
mencionado:
Superintendência de Relações com
Investidores Institucionais
Ofício-Circular CVM/SIN nº 07/16,
de 6 de outubro de 2016
Esclarecimentos acerca do envio de
informações periódicas e eventuais relativas a
Fundos de Investimento Imobiliário.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 45
Ofício-Circular CVM/SIN nº 06/16,
de 10 de agosto de 2016
Dispõe sobre extensão excepcional de prazo
regulamentar para entrega de informações
periódicas por administradores de fundos de
investimento.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 05/16,
de 12 de julho de 2016
Dispõe sobre a autorização para investimentos
em fundos de índices internacionais por fundos
de investimentos em índices de mercado.
Ofício-Circular CVM/SIN/SRE nº 02/16,
de 17 de junho de 2016
Esclarecimentos acerca do envio de
informações relativas à distribuição de cotas
de fundos de investimento fechados, conforme
Instruções CVM nº 476/09 e nº 555/14.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 04/16,
de 23 de maio de 2016
Orientação sobre nova sistemática para envio
de informações periódicas e eventuais de
Fundos de Investimento Imobiliário. O Ofício
também alerta que a disponibilização de tais
informações em suas respectivas páginas só
deverá ser realizada após o envio dos
documentos ao Sistema Fundos.Net.
Ofício-Circular CVM/SIN/SRE nº 01/16,
de 16 de maio de 2016
Esclarecimentos sobre interação de
dispositivos das Instruções CVM nº 476/09 e
nº 555/14 no que concerne à classificação dos
investidores e à participação destes em
distribuições públicas com esforços restritos.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 03/16,
de 11 de maio de 2016
Ofício-Circular com orientações acerca do
padrão XML a ser utilizado para envio das
informações mensais de investidores não
residentes.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 02/16,
de 31 de março de 2016
Ofício-Circular com orientação sobre
procedimentos operacionais aplicáveis aos
investidores não residentes não requalificados,
nos termos da Resolução CMN nº 4.373/14 e
Instrução CVM nº 560/15.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 01/16,
de 15 de fevereiro de 2016
O documento comunica a prorrogação do
prazo para entrega de informações mensais
dos fundos de investimento - Balancete,
Demonstração da Composição e Diversificação
de Carteira, Perfil Mensal e Lâmina – relativas
ao mês de janeiro de 2016.
Em reunião realizada em 27 de janeiro de
2016, o Colegiado da CVM decidiu prorrogar
o prazo final para entrega dos referidos
documentos para o dia 15 de fevereiro de
2016.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 10/15,
de 18 de dezembro de 2015
Apresenta interpretações da SIN sobre
dispositivos da Instrução CVM nº 558 e
orienta os administradores de carteiras de
valores mobiliários sobre procedimentos para
adaptação à norma.
Ofício-Circular CVM/SIN nº 09/15,
de 17 de dezembro de 2015
Orienta os representantes de investidores não
residentes sobre os padrões XML para envio
de informações mensais em atendimento à
Instrução CVM nº 560/15.
Superintendência de Relações com o Mercado
e Intermediários
Ofício Circular CVM/SMI nº 07/15,
de 23 de dezembro de 2015
Marco regulatório para constituição de ônus e
gravames sobre valores mobiliários sujeitos a
depósito centralizado.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 46
Ofício-Circular CVM/SMI nº 06/15,
de 23 de dezembro de 2015
I - Orientações para elaboração do “Relatório
Semestral de Controles Internos”, conforme
exigido pelo artigo 4º, § 5º, da Instrução CVM
nº 505/11.
II - Comunicação da ocorrência ou da
identificação de indícios de violação da
legislação, conforme estabelecido pelo artigo
32, inciso IV, da Instrução CVM nº 505/11.
III - Solicitação para a adoção de cadastro
alternativo de cliente - Instrução CVM
nº 301/99 e Deliberação CVM nº 707/13.
Superintendência de Relações com Empresas
Ofício-Circular CVM/SEP nº 04/16,
de 26 de setembro de 2016
Atualização do Sistema Empresas.NET -
Versão 10.0.
Ofício-Circular CVM/SEP nº 02/16,
de 29 de fevereiro de 2016
Orientações gerais sobre procedimentos a
serem observados pelas companhias abertas,
estrangeiras e incentivadas.
Ofício-Circular CVM/SEP nº 01/16,
de 5 de fevereiro de 2016
Atualização do Sistema Empresas.NET -
Versão 9.0.0.1.
Ofício-Circular CVM/SEP nº 03/15,
de 9 de dezembro de 2015
Disponibilização da Versão 9.0 do Sistema
Empresas.Net.
Superintendência de Relações com o Mercado
e Intermediários e Superintendência de
Relações com Investidores Institucionais
Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 05/16,
de 25 de novembro de 2016
Ofício-Circular de comunicação aos diretores
responsáveis pela Instrução CVM nº 301/99
acerca de comunicados publicados pelo Grupo
de Ação Financeira contra a Lavagem de
DInheiro e o Financiamento de Terrorismo
(GAFI/FATF).
Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 04/16,
de 9 de agosto de 2016
Ofício-Circular de comunicação aos diretores
responsáveis pela Instrução CVM nº 301/99
acerca de comunicados publicados pelo Grupo
de Ação Financeira contra a Lavagem de
Dinheiro e o Financiamento de Terrorismo
(GAFI/FATF).
Ofício-Circular CVM/SMI-SIN nº 03/16,
de 31 de março de 2016
Ofício-Circular de comunicação aos diretores
responsáveis pela Instrução CVM nº 301/99
acerca de comunicados publicados pelo Grupo
de Ação Financeira contra a Lavagem de
Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo
(GAFI/FATF).
Ofício-Circular CVM/SMI/SIN nº 02/16,
de 19 de janeiro de 2016
Comunicações relativas aos artigos 7º e 7º-A
da Instrução CVM nº 301/99.
Ofício-Circular CVM/SMI/SIN nº 01/16,
de 18 de janeiro de 2016
Comunicados publicados pelo GAFI/FATF.
Ofício-Circular CVM/SMI/SIN nº 05/15,
de 22 de dezembro de 2015
Lista de indivíduos e entidades submetidos às
sanções do CSNU.
Ofício-Circular CVM/SMI/SIN nº 04/15,
de 22 de dezembro de 2015
Comunicados publicados pelo GAFI/FATF em
26 de junho de 2015.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 47
Banco Central do Brasil (BACEN):
principais regulamentações do setor
emitidas em 2016 e 2015 (que não
estavam disponíveis quando da elaboração do
guia de 2015)
Resoluções
Resolução nº 4.541,
de 24 de novembro de 2016
Altera o artigo 2º da Resolução nº 2.939, de
26 de março de 2002, definindo que o BACEN
divulgará informações sobre operações de
swap realizadas, inclusive as posições líquidas
dos contratos em aberto, em seu sítio oficial
na rede mundial de computadores.
Resolução nº 4.540,
de 24 de novembro de 2016
Altera a redação dos artigos 1º, 6º e 7º da
Resolução nº 3.284, de 25 de maio de 2005,
que reconhece a situação de que trata o artigo
4º, caput e alínea “c”, do Decreto-lei
nº 1.290, de 3 de dezembro de 1973, e
consolida as normas que dispõem sobre a
forma de aplicação das disponibilidades
oriundas de receitas próprias das empresas
públicas e das sociedades de economia mista
integrantes da Administração Federal Indireta.
Resolução nº 4.538,
de 24 de novembro de 2016
Dispõe sobre a política de sucessão de
administradores das instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar
pelo BACEN.
Resolução nº 4.539,
de 24 de novembro de 2016
Dispõe sobre princípios e política institucional
de relacionamento com clientes e usuários de
produtos e de serviços financeiros.
Resolução nº 4.535,
de 24 de novembro de 2016
Dispõe sobre os critérios de reconhecimento e
registro contábil dos componentes do ativo
imobilizado de uso.
Resolução nº 4.536,
de 24 de novembro de 2016
Altera a Resolução nº 4.263, de 5 de
setembro de 2013, que dispõe sobre as
condições de emissão de Certificado de
Operações Estruturadas (COE).
Resolução nº 4.534,
de 24 de novembro de 2016
Dispõe sobre os critérios para reconhecimento
contábil e mensuração dos componentes do
ativo intangível e sobre o ativo diferido.
Resolução nº 4.533,
de 24 de novembro de 2016
Altera a Resolução nº 3.844, de 23 de março
de 2010, que dispõe sobre o capital
estrangeiro no País e seu registro no BACEN e
dá outras providências.
Resolução nº 4.531,
de 24 de novembro de 2016
Altera a redação do artigo 9º da Resolução
nº 2.827, de 30 de março de 2001, que
consolida e redefine as regras para o
contingenciamento do crédito ao setor público.
Resoluções nº 4.530, de 27 de outubro de
2016, e nº 4.461, de 28 de janeiro de 2016
Estabelecem as condições para o
refinanciamento de parcelas de operações de
que trata o artigo 1º-A da Lei nº 12.096, de
24 de novembro de 2009, destinadas à
aquisição e ao arrendamento mercantil de
caminhões, chassis, caminhões-tratores,
carretas, cavalos-mecânicos, reboques,
semirreboques, incluídos os tipo “dolly”,
tanques e afins, carrocerias para caminhões
novos e usados, sistemas de rastreamento
novos, seguro do bem e seguro prestamista,
firmadas até 31 de dezembro de 2015 e de
2014 (altera a Resolução nº 4.409, de 28 de
maio de 2015).
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 48
Resoluções nº 4.532, de 24/11/16, nº 4.529,
de 27/10/16, nº 4.528, de 29/09/16,
nº 4.522, de 29/09/16, nº 4.519, de
14/09/16, nº 4.515, de 24/08/16, nº 4.514,
de 24/08/16, nº 4.513, de 24/08/16,
nº 4.511, de 28/07/16, nº 4.510, de
28/07/16, nº 4.509, de 28/07/16, nº 4.508,
de 28/07/16, nº 4.507, de 28/07/16,
nº 4.504, de 01/07/16, nº 4.503, de
30/06/16, nº 4.501, de 30/06/16, nº 4.500,
de 30/06/16, nº 4.497, de 31/05/16,
nº 4.496, de 31/05/16, nº 4.495, de
31/05/16, nº 4.494, de 31/05/16, nº 4.490,
de 31/05/16, nº 4.488, de 31/05/16,
nº 4.487, de 31/05/16, nº 4.486, de
06/05/16, nº 4.485, de 06/05/16, nº 4.483,
de 03/05/16, nº 4.477, de 11/04/16,
nº 4.472, de 31/03/16, nº 4.467, de
25/02/16, nº 4.460, de 31/12/16, nº 4.459,
de 31/12/16, nº 4.457, de 24/12/16,
nº 4.451, de 17/12/16, e nº 4.450, de
17/12/16
Ajustam e alteram normas referentes a crédito
e programas vinculados à atividade
agropecuária. Adicionalmente, definem
condições de refinanciamento, autorizam
renegociações de créditos e trazem outras
definições também vinculadas à atividade
agropecuária.
Resolução nº 4.527,
de 29 de setembro de 2016
Altera o Regulamento anexo à Resolução
nº 3.339, de 26 de janeiro de 2006, que
disciplina as operações compromissadas
envolvendo títulos de renda fixa.
Resoluções nº 4.537, de 24 de novembro de
2016, nº 4.526, de 29 de setembro de 2016,
nº 4.493, de 31 de maio de 2016, e nº 4.464,
de 11 de fevereiro de 2016
Alteram a Resolução nº 3.932, de 16 de
dezembro de 2010, e seu regulamento anexo,
que consolida as normas sobre
direcionamento dos recursos captados em
depósitos de poupança pelas entidades
integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança
e Empréstimo (SBPE).
Resolução nº 4.525,
de 29 de setembro de 2016
Altera a Resolução nº 4.172, de 20 de
dezembro de 2012, que dispõe sobre o
fornecimento, pelas instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar
pelo BACEN, de informações de adimplemento
de pessoas naturais e jurídicas aos bancos de
dados de que trata a Lei nº 12.414, de 9 de
junho de 2011, para formação de histórico de
crédito.
Resolução nº 4.524,
de 29 de setembro de 2016
Dispõe sobre procedimentos contábeis
relativos ao reconhecimento dos efeitos das
variações cambiais resultantes da conversão
de transações em moeda estrangeira e de
demonstrações financeiras de investidas no
exterior e às operações de hedge de variação
cambial de investimentos no exterior.
Resolução nº 4.523,
de 29 de setembro de 2016
Revoga a Resolução nº 2.676, de 21 de
dezembro de 1999, que dispõe sobre a
utilização de serviços prestados por entidades
que se dediquem à divulgação e negociação
no País de ofertas firmes de preços e de
negócios praticados nos mercados financeiro e
de capitais, bem como de cotações de
operações praticadas nesses mercados.
Resolução nº 4.518,
de 24 de agosto de 2016
Altera a Resolução nº 4.284, de 5 de
novembro de 2013, e altera e consolida as
normas que dispõem sobre o Estatuto e o
Regulamento do Fundo Garantidor do
Cooperativismo de Crédito (FGCoop).
Resolução nº 4.517,
de 24 de agosto de 2016
Altera a Resolução nº 4.280, de 31 de outubro
de 2013, que dispõe sobre a elaboração, a
divulgação e a remessa de demonstrações
contábeis consolidadas do conglomerado
prudencial ao BACEN.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 49
Resolução nº 4.516,
de 24 de agosto de 2016
Dispõe sobre critérios contábeis aplicáveis às
instituições em regime de liquidação
extrajudicial.
Resolução nº 4.512,
de 28 de julho de 2016
Dispõe sobre procedimentos contábeis
aplicáveis a avaliação e registro de provisão
passiva para garantias financeiras prestadas.
Resoluções nº 4.506, de 28 de julho de 2016,
e nº 4.473, de 31 de março de 2016
Alteram o artigo 9º-R da Resolução nº 2.827,
de 30 de março de 2001, para ampliar os
limites de contratação de financiamento para
empreendimentos de infraestrutura associados
aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.
Resolução nº 4.505,
de 20 de julho de 2016
Acrescenta os §§ 3º e 4º ao artigo 9º-V da
Resolução nº 2.827, de 30 de março de 2001,
autorizando a assunção de obrigações por
entidades da Administração Pública.
Resolução nº 4.502,
de 30 de junho de 2016
Estabelece requisitos mínimos a serem
observados na elaboração e execução de
planos de recuperação por instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo BACEN.
Resolução nº 4.499,
de 30 de junho de 2016
Fixa a meta para a inflação e seu intervalo de
tolerância para o ano 2018.
Resolução nº 4.492,
de 31 de maio de 2016
Estabelece a obrigatoriedade de retenção,
pelas instituições financeiras, das cédulas e
moedas metálicas nacionais tidas como falsas
ou de legitimidade duvidosa encontradas no
numerário sob sua responsabilidade.
Resolução nº 4.484,
de 6 de maio de 2016
Altera o Regulamento anexo à Resolução
nº 4.444, de 13 de novembro de 2015, a qual
dispõe sobre as normas que disciplinam a
aplicação dos recursos das reservas técnicas,
das provisões e dos fundos de sociedades
seguradoras, sociedades de capitalização,
entidades abertas de previdência
complementar e resseguradores locais sobre
as aplicações dos recursos exigidos no País
para a garantia das obrigações de
ressegurador admitido e sobre a carteira dos
Fundos de Aposentadoria Programada
Individual (Fapi); e a Resolução nº 3.042, de
28 de novembro de 2002, que dispõe sobre a
aplicação dos recursos das reservas, das
provisões e dos fundos de sociedades
seguradoras especializadas em seguro-saúde
e sobre a aceitação dos ativos
correspondentes como garantidores dos
respectivos recursos, na forma da legislação e
regulamentação em vigor.
Resoluções nº 4.482, de 02/05/16, nº 4.481,
de 02/05/16, nº 4.470, de 14/03/16,
nº 4.471, de 14/03/16, nº 4.465, de
25/02/16, nº 4.453, de 17/12/16, e nº 4.452,
de 17/12/16
Alteram normas que tratam de operações de
crédito contratadas ao amparo de recursos de
Fundos Constitucionais de Financiamento de
várias regiões do País.
Resolução nº 4.480,
de 25 de abril de 2016
Dispõe sobre a abertura e o encerramento de
contas de depósitos por meio eletrônico e dá
outras providências.
Resolução nº 4.479,
de 25 de abril de 2016
Altera a Resolução nº 3.694, de 26 de março
de 2009, que dispõe sobre a prevenção de
riscos na contratação de operações e na
prestação de serviços por parte de instituições
financeiras e demais instituições autorizadas a
funcionar pelo BACEN.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 50
Resolução nº 4.478,
de 25 de abril de 2016
Altera a Resolução nº 1.775, de 6 de
dezembro de 1990, que dispõe sobre critérios
de enquadramento nos limites de
diversificação de risco e a aquisição de valores
mobiliários de emissão de empresas ligadas.
Resolução nº 4.476,
de 11 de abril de 2016
Dispõe sobre a liquidação antecipada das
debêntures de infraestrutura de que trata o
artigo 2º da Lei nº 12.431, de 24 de junho de
2011.
Resolução nº 4.474,
de 31 de março de 2016
Dispõe sobre a digitalização e a gestão de
documentos digitalizados relativos às
operações e transações realizadas pelas
instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo BACEN, e sobre o
procedimento de descarte das matrizes físicas
dos documentos digitalizados e armazenados
eletronicamente.
Resolução nº 4.469,
de 25 de fevereiro de 2016
Altera as Resoluções nº 4.222, de 23 de maio
de 2013, e nº 3.792, de 24 de setembro de
2009, e altera e consolida as normas que
dispõem sobre o estatuto e o regulamento do
Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
Resolução nº 4.468,
de 25 de fevereiro de 2016
Altera a Resolução nº 2.828, de 30 de março
de 2001, que dispõe sobre a constituição e o
funcionamento de agências de fomento.
Resolução nº 4.466,
de 25 de fevereiro de 2016
Acrescenta o artigo 9º-AA à Resolução
nº 2.827, de 30 de março de 2001,
autorizando a concessão de financiamento aos
Entes Federativos previstos no § 4º do artigo
5º da Resolução nº 43, de 21 de dezembro de
2001, do Senado Federal.
Resolução nº 4.463,
de 28 de janeiro de 2016
Inclui os depósitos à vista captados por
instituições financeiras públicas, titulados por
entidades da administração pública federal,
estadual e municipal, na base de cálculo da
exigibilidade dos recursos obrigatórios
(MCR 6-2).
Resolução nº 4.462,
de 28 de janeiro de 2016
Altera a redação do artigo 9º-Y da Resolução
nº 2.827, de 30 de março de 2001. Autoriza e
estabelece limite para a contratação de novas
operações de crédito destinadas
exclusivamente a empreendimentos de
mobilidade urbana constantes do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC),
selecionados por ato de competência do
Ministério das Cidades.
Resolução nº 4.458,
de 24 de dezembro de 2016
Altera a Resolução nº 4.391, de 19 de
dezembro de 2014, que estabelece as
condições para a contratação dos
financiamentos passíveis de subvenção
econômica de que trata a Lei nº 12.096, de 24
de novembro de 2009.
Resolução nº 4.454, de 17 de dezembro de
2016, e Circular BCB nº 3.799, de 28 de junho
de 2016
Dispõem sobre auditoria cooperativa no
segmento de cooperativas de crédito.
Circulares
Circular nº 3.813,
de 23 de novembro de 2016
Altera as Circulares nº 3.690 e nº 3.691,
ambas de 16 de dezembro de 2013, quanto à
conversão em reais dos gastos realizados em
moeda estrangeira por meio de cartões de
crédito de uso internacional e à forma de
pagamento de operações com o exterior.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 51
Circulares nº 3.812, de 20 de outubro de
2016, nº 3.805, de 29 de julho de 2016, e
nº 3.787, de 17 de março de 2016
Dispõem sobre assuntos de competência do
BACEN relacionados à regulamentação da Lei
nº 13.254, de 13 de janeiro de 2016, que
trata do Regime Especial de Regularização
Cambial e Tributária (RERCT) e altera a
Circular nº 3.690, de 16 de dezembro de
2013.
Circular nº 3.811,
de 14 de setembro de 2016
Altera a Circular nº 3.691, de 16 de dezembro
de 2013, que regulamenta o mercado de
câmbio, para dispor sobre a classificação de
operações de organismos internacionais.
Circular nº 3.810,
de 25 de agosto de 2016
Altera a Circular nº 3.648, de 4 de março de
2013, que estabelece os requisitos mínimos
para o cálculo da parcela relativa às
exposições ao risco de crédito sujeitas ao
cálculo do requerimento de capital mediante
sistemas internos de classificação do risco de
crédito (abordagens IRB) (RWAcirb), de que
trata a Resolução nº 4.193, de 1º de março de
2013.
Circular nº 3.809,
de 25 de agosto de 2016
Estabelece os procedimentos para o
reconhecimento de instrumentos mitigadores
no cálculo da parcela dos ativos ponderados
pelo risco (RWA) referente às exposições ao
risco de crédito sujeitas ao cálculo do
requerimento de capital mediante abordagem
padronizada (RWACPAD), de que trata a
Resolução nº 4.193, de 1º de março de 2013.
Circular nº 3.808,
de 10 de agosto de 2016
Altera o Regulamento do Sistema Especial de
Liquidação e de Custódia (Selic), anexo à
Circular nº 3.587, de 26 de março de 2012.
Circular nº 3.807,
de 4 de agosto de 2016
Altera a Circular nº 3.680, de 4 de novembro
de 2013, que dispõe sobre a conta de
pagamento utilizada pelas instituições de
pagamento para registro de transações de
pagamento de usuários finais.
Circular nº 3.806,
de 3 de agosto de 2016
Altera o Anexo ao Regulamento do Sistema de
Informações do Banco Central (Sisbacen),
divulgado pela Circular nº 3.232, de 6 de abril
de 2004.
Circular nº 3.804,
de 13 de julho de 2016
Estabelece procedimentos e condições
complementares para a abertura, a
manutenção e o encerramento de contas de
depósitos.
Circular nº 3.803,
de 12 de julho de 2016
Divulga a amostra de que trata o artigo 1º da
Resolução nº 3.354, de 31 de março de 2006,
para fins de cálculo da Taxa Básica Financeira
(TBF) e da Taxa Referencial (TR).
Circular nº 3.802,
de 12 de julho de 2016
Altera o Regulamento do Comitê de Política
Monetária (Copom), anexo à Circular
nº 3.593, de 16 de maio de 2012.
Circular nº 3.801,
de 7 de julho de 2016
Institui o Sistema de Exigibilidades do Crédito
Rural (Sisex).
Circular nº 3.800,
de 29 de junho de 2016
Altera a Circular nº 3.590, de 26 de abril de
2012, que dispõe sobre a análise de atos de
concentração no Sistema Financeiro Nacional
pelo BACEN.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 52
Circular nº 3.798,
de 20 de junho de 2016
Estabelece prazos de entrega ao BACEN de
cédulas e moedas metálicas nacionais tidas
como falsas ou de legitimidade duvidosa
retidas pelas instituições financeiras e prevê
outras providências.
Circular nº 3.797,
de 16 de junho de 2016
Altera a Circular nº 3.761, de 20 de agosto de
2015, que estabelece procedimentos para a
remessa de informações sobre o controle da
exposição ao risco de liquidez, de que trata a
Resolução nº 4.090, de 24 de maio de 2012, e
sobre o indicador Liquidez de Curto Prazo
(LCR), de que trata a Resolução nº 4.401, de
27 de fevereiro de 2015.
Circular nº 3.796,
de 16 de junho de 2016
Estabelece procedimentos a serem observados
pelas instituições financeiras integrantes do
Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR) na
contratação e fiscalização de operações de
crédito rural.
Circular nº 3.795,
de 16 de junho de 2016
Dispõe sobre os Censos Anual e Quinquenal de
Capitais Estrangeiros no País.
Circular nº 3.794,
de 15 de junho de 2016
Altera a Circular nº 3.093, de 1º de março de
2002, que trata do encaixe obrigatório sobre
recursos de depósitos de poupança.
Circular nº 3.793,
de 2 de junho de 2016
Altera a Circular nº 3.747, de 27 de fevereiro
de 2015, que dispõe sobre as condições para
registro das informações a respeito das
garantias constituídas sobre imóveis, nos
termos da Resolução nº 4.088, de 24 de maio
de 2012, relativas às operações de crédito que
especifica.
Circular nº 3.792,
de 1º de junho de 2016
Altera as Circulares nº 3.090, de 1º de março
de 2002, nº 3.093, de 1º de março de 2002,
nº 3.569, de 22 de dezembro de 2011, e
nº 3.632, de 21 de fevereiro de 2013, quanto
à regra de replicação de informação na
hipótese de ausência de dados relativos a um
ou mais dias do período de cálculo de
recolhimento compulsório e encaixe
obrigatório.
Circular nº 3.791,
de 20 de maio de 2016
Altera o Regulamento da Custódia de
Numerário do BACEN, anexo à Circular
nº 3.298, de 1º de novembro de 2005.
Circular nº 3.790,
de 5 de maio de 2016
Estabelece procedimentos a serem observados
no processo de credenciamento de Entidade
de Auditoria Cooperativa (EAC) e empresa de
auditoria independente para a realização das
atividades de auditoria cooperativa de que
trata a Resolução nº 4.454, de 17 de
dezembro de 2015.
Circular nº 3.789,
de 5 de maio de 2016
Estabelece parâmetros técnicos a serem
observados no processo de digitalização de
documentos de que trata a Resolução
nº 4.474, de 31 de março de 2016.
Circular nº 3.788,
de 7 de abril de 2016
Estabelece procedimentos e condições
complementares para abertura, manutenção e
encerramento de contas de depósitos.
Circular nº 3.786,
de 10 de março de 2016
Altera a Circular nº 3.567, de 12 de dezembro
de 2011, que dispõe sobre o fornecimento de
informações relativas a operações de crédito
ao Sistema de Informações de Créditos (SCR),
de que trata a Resolução nº 3.658, de 17 de
dezembro de 2008.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 53
Circular nº 3.785,
de 4 de fevereiro de 2016
Altera a Circular nº 3.432, de 3 de fevereiro
de 2009, que dispõe sobre a constituição e o
funcionamento de grupos de consórcio.
Circular nº 3.784,
de 26 de janeiro de 2016
Altera o Anexo 1 da Circular nº 3.678, de 31
de outubro de 2013.
Circular nº 3.783,
de 26 de janeiro de 2016
Altera a última data-base para envio de
informações ao BACEN estabelecida pela
Circular nº 3.689, de 16 de dezembro de
2013, que regulamenta, no âmbito do BACEN,
as disposições sobre o capital estrangeiro no
País e sobre o capital brasileiro no exterior.
Circular nº 3.781,
de 21 de janeiro de 2016
Altera a Circular nº 3.745, de 23 de janeiro de
2015, que dispõe sobre o cumprimento da
exigibilidade de recolhimento compulsório
sobre recursos à vista de que trata a Circular
nº 3.632, de 21 de fevereiro de 2013.
Circular nº 3.780,
de 21 de janeiro de 2016
Dispõe sobre os procedimentos a serem
adotados pelas instituições financeiras e
demais instituições autorizadas a funcionar
pelo BACEN no cumprimento da Lei nº 13.170,
de 16 de outubro de 2015, que disciplina a
ação de indisponibilidade de bens, direitos ou
valores em decorrência de resolução do
Conselho de Segurança das Nações Unidas
(CSNU).
Circular nº 3.779,
de 6 de janeiro de 2016
Altera o Anexo ao Regulamento do Sistema de
Informações do BACEN (Sisbacen), divulgado
pela Circular nº 3.232, de 6 de abril de 2004.
Circular nº 3.778,
de 30 de dezembro de 2015
Altera a Circular nº 3.503, de 26 de julho de
2010, que dispõe sobre procedimentos
complementares relativos ao funcionamento
de componente organizacional de ouvidoria.
Circular nº 3.777,
de 30 de dezembro de 2015
Altera a Circular nº 3.501, de 16 de julho de
2010, que dispõe sobre o funcionamento de
componente organizacional de ouvidoria das
administradoras de consórcio.
Circular nº 3.776,
de 30 de dezembro de 2015
Estabelece condições e procedimentos a
serem observados para a apresentação dos
pedidos fundamentados em estudos técnicos,
mencionados nos artigos 1º, § 7º, e 5º, § 3º,
da Resolução nº 3.059, de 20 de dezembro de
2002, que dispõe sobre registro contábil de
créditos tributários das instituições financeiras
e demais instituições autorizadas a funcionar
pelo BACEN.
Circular nº 3.775,
de 16 de dezembro de 2015
Altera as Circulares nº 3.093, de 1º de março
de 2002, que trata do encaixe obrigatório
sobre recursos de depósitos de poupança,
nº 3.632, de 21 de fevereiro de 2013,
nº 3.745, de 23 de janeiro de 2015, que
dispõem sobre o cumprimento da exigibilidade
de recolhimento compulsório sobre recursos à
vista, e nº 3.569, de 22 de dezembro de
2011, que define as regras do recolhimento
compulsório sobre recursos a prazo.
Circular nº 3.774,
de 1º de dezembro de 2015
Altera a Circular nº 3.644, de 4 de março de
2013, que estabelece os procedimentos para o
cálculo da parcela relativa dos ativos
ponderados pelo risco sujeita ao cálculo do
requerimento de capital mediante abordagem
padronizada (RWAcpad).
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 54
Circular nº 3.773,
de 1º de dezembro de 2015
Altera o Regulamento anexo à Circular
nº 3.057, de 31 de agosto de 2001, que
disciplina o funcionamento dos sistemas
operados pelas câmaras e pelos prestadores
de serviços de compensação e de liquidação
integrantes do sistema de pagamentos.
Circular nº 3.772,
de 1º de dezembro de 2015
Regulamenta o reconhecimento de
contrapartes centrais estrangeiras como
qualificadas por parte do BACEN.
Conselho Nacional de Previdência
Complementar (CNPC) - principais
regulamentações do setor emitidas em
2016 e 2015 (que não estavam disponíveis
quando da elaboração do guia de 2015)
Resolução nº 23,
de 25 de novembro de 2015
Altera a Resolução CGPC nº 6, de 30 de
outubro de 2003, estabelecendo regras de
aplicação exclusiva aos planos de benefícios
instituídos por instituidor.
Resolução nº 22,
de 25 de novembro de 2015
Altera a Resolução CGPC nº 26, de 29 de
setembro de 2008, e o Regulamento anexo à
Resolução CGPC nº 18, de 28 de março de
2006, que estabelece parâmetros técnico-
-atuariais para estruturação de plano de
benefícios de entidades fechadas de
previdência complementar, e dá outras
providências.
Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (PREVIC) - principais
regulamentações do setor emitidas em
2016 e 2015 (que não estavam disponíveis
quando da elaboração do guia de 2015)
Instruções
Instrução nº 34,
de 7 de novembro de 2016
Dispõe sobre o cadastro e envio de arquivos
eletrônicos com informações de carteiras de
fundos de investimentos.
Instrução nº 32,
de 2 de setembro de 2016
Estabelece procedimentos a serem adotados
pelas entidades fechadas de previdência
complementar para a elaboração, aprovação e
execução de planos de equacionamento de
déficit.
Instrução nº 31,
de 8 de agosto de 2016
Dispõe sobre o cadastro e envio de arquivos
eletrônicos com informações de carteiras de
fundos de investimentos.
Instruções nº 30, de 22 de junho de 2016, e
nº 28, de 12 de maio de 2016
Estabelecem procedimentos para certificação,
habilitação e qualificação dos membros da
diretoria executiva, do conselho deliberativo,
do conselho fiscal e dos demais profissionais
de que trata a Resolução CNPC nº 19, de 30
de março de 2015, e dão outras providências.
Instrução nº 29,
de 6 de junho de 2016
Dispõe sobre a instituição e o funcionamento
de planos de benefícios setoriais.
Instrução n° 27,
de 5 de abril de 2016
Dispõe sobre os elementos mínimos que
devem constar na Nota Técnica Atuarial de
que trata o artigo 18, § 2º, da Lei
Complementar nº 109, de 29 de maio de
2001, e dá outras providências.
Instrução nº 26,
de 11 de março de 2016
Estabelece orientações e procedimentos a
serem adotados pelas entidades fechadas de
previdência complementar para a execução da
Resolução CGPC nº 26, de 29 de setembro de
2008, e dá outras providências.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 55
Instrução nº 25,
de 17 de dezembro de 2015
Altera a Instrução MPS/SPC nº 34, de 24 de
setembro de 2009, que estabelece normas
específicas para os procedimentos contábeis
das entidades fechadas de previdência
complementar, define a forma, o meio e a
periodicidade de envio das demonstrações
contábeis, e dá outras providências.
Portarias
Portaria PREVIC nº 527,
de 8 de novembro de 2016
Estabelece procedimentos e documentos
necessários para instruir os requerimentos de
processos de licenciamento.
Portaria PREVIC nº 524,
de 8 de novembro de 2016
Relação dos 455 dirigentes habilitados pela
Diretoria de Análise Técnica (Ditec) da
Superintendência Nacional de Previdência
Complementar (Previc), no período
compreendido entre 1º e 31 de outubro de
2016.
Portaria nº 465,
de 29 de setembro de 2016
Dispõe sobre a classificação das entidades
fechadas de previdência complementar (EFPC)
em perfis, para fins de supervisão no âmbito
da Previc, a partir do exercício de 2017.
Portaria nº 450,
de 27 de setembro de 2016
Dispõe sobre os planos de benefícios
habilitados ao envio de Demonstrações
Atuariais Simplificadas, relativamente ao
encerramento do exercício de 2016, nos
termos da Instrução Previc nº 12, de 13 de
outubro de 2014.
Portaria nº 297,
de 29 de junho de 2016
Dispõe sobre reconhecimento de instituições
certificadoras autônomas pela Previc, para fins
do processo de habilitação previsto na
Resolução nº 19, de 30 de março de 2015, do
Conselho Nacional de Previdência
Complementar.
Portaria nº 186,
de 28 de abril de 2016
Divulga a Estrutura a Termo de Taxa de Juros
Média, para o exercício de 2016, de que trata
a Instrução Previc nº 19, de 4 de fevereiro de
2015.
Portaria nº 30,
de 21 de janeiro de 2016
Dispõe sobre a forma e o prazo de envio das
informações para apuração da duração do
passivo referida na Resolução nº 18, de 28 de
março de 2006, e do ajuste de precificação
referido na Resolução nº 26, de 29 de
setembro de 2008, ambas do Conselho de
Gestão da Previdência Complementar, bem
como referidos na Instrução Previc n° 19, de 4
de fevereiro de 2015, relativamente à
avaliação atuarial decorrente de fato
relevante.
Cálculo de Duração do Passivo e Ajuste de
Precificação - Fato Relevante
Planilha para cálculo de duração do passivo e
ajuste de precificação, referente à Portaria
Previc nº 30, de 20 de janeiro de 2016.
Portaria nº 708,
de 23 de dezembro de 2015
Dispõe sobre a forma e o prazo de envio das
informações para apuração da duração do
passivo referida na Resolução nº 18, de 28 de
março de 2006, e do ajuste de precificação
referido na Resolução nº 26, de 29 de
setembro de 2008, ambas do Conselho de
Gestão da Previdência Complementar, bem
como referidos na Instrução Previc n° 19, de 4
de fevereiro de 2015, relativamente aos
resultados referentes ao exercício de 2015.
Cálculo de Duração do Passivo e Ajuste de
Precificação, de 31 de dezembro de 2015
Planilha para cálculo de duração do passivo e
ajuste de precificação, referente à Portaria
Previc nº 708, de 22 de dezembro de 2015.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 56
Portaria nº 699,
de 23 de dezembro de 2015
Dispõe sobre o prazo para elaboração e
aprovação dos planos de equacionamento de
déficit, com base nos resultados referentes ao
exercício de 2014.
Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNSP) e Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP) - principais
regulamentações do setor emitidas em
2016 e 2015 (que não estavam disponíveis
quando da elaboração do guia de 2015)
Resoluções
Resolução nº 341,
de 11 de outubro de 2016
Dispõe sobre o seguro obrigatório de
responsabilidade civil do transportador
rodoviário de passageiros e cargas entre o
Brasil e a Guiana Francesa, e divulga as
condições contratuais desse seguro para
veículos matriculados na Guiana Francesa.
Resoluções nº 340, de 30 de setembro de
2016, e nº 336, de 31 de março de 2016
Dispõem sobre as regras e os critérios para
operação do seguro popular de automóvel
com permissão de utilização de peças usadas
oriundas de empresas de desmontagem,
conforme lei específica, para a recuperação de
veículos sinistrados com cobertura securitária,
e dão outras providências.
Resolução nº 339,
de 11 de maio de 2016
Dispõe sobre o Seguro Rural e o Fundo de
Estabilidade do Seguro Rural (FESR), de sua
administração e controle por seu gestor, e dá
outras providências.
Resolução nº 337
de 1º de abril de 2016
Altera dispositivos da Resolução CNSP nº 279,
de 30 de janeiro de 2013, que dispõe sobre a
instituição de ouvidoria pelas sociedades
seguradoras, entidades abertas de previdência
complementar e sociedades de capitalização.
Resolução nº 335,
de 9 de dezembro de 2015
Dispõe sobre os Regimes Especiais de Direção
Fiscal e de Liquidação Extrajudicial e Ordinária
aplicáveis a seguradoras, sociedades de
capitalização, entidades abertas de
previdência complementar e resseguradores
locais.
Resolução nº 334,
de 9 de dezembro de 2015
Altera dispositivo da Resolução CNSP nº 295,
de 25 de outubro de 2013, que dispõe sobre a
atividade de Preposto de Corretor de Seguros
e de Previdência Complementar Aberta, e
requisitos básicos para sua nomeação e
registro.
Resolução nº 332,
de 9 de dezembro de 2015
Dispõe sobre danos pessoais cobertos,
indenizações, regulação dos sinistros, prêmio,
condições tarifárias e administração dos
recursos do Seguro Obrigatório de Danos
Pessoais Causados por Veículos Automotores
de Via Terrestre, ou por sua Carga, a Pessoas
Transportadas ou Não - Seguro DPVAT.
Resolução nº 331,
de 9 de dezembro de 2015
Dispõe sobre o rito sumário no âmbito do
processo administrativo sancionador na
Superintendência de Seguros Privados e altera
dispositivos da Resolução CNSP nº 243, de 6
de dezembro de 2011.
Resolução nº 330, de 9 de dezembro de 2015,
e Carta-Circular nº 1/2016/Susep-Cgrat
Dispõem sobre os requisitos e procedimentos
para constituição, autorização para
funcionamento, cadastro, alterações de
controle, reorganizações societárias e
condições para o exercício de cargos em
órgãos estatutários ou contratuais das
entidades que especificam e dão outras
providências.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 57
Circulares
Circular nº 541,
de 14 de outubro de 2016
Estabelece diretrizes gerais aplicáveis aos
seguros de responsabilidade civil de diretores
e administradores de pessoas jurídicas
(seguro de RC D & O).
Circular nº 540,
de 14 de outubro de 2016
Dispõe sobre regras e critérios para operação
das coberturas oferecidas em plano de seguro
de Riscos de Engenharia e dá outras
providências.
Circulares nº 539, de 1º de julho de 2016, e
nº 532, de 17 de março de 2016
Altera a Circular SUSEP nº 510, de 22 de
janeiro de 2015, e modifica prazos de entrada
em vigor e do início da vigência do
encaminhamento dos pedidos de suspensão
ou cancelamento de registro de corretores.
Circulares nº 538, de 25 de maio de 2016, e
SUSEP nº 533, de 17 de março de 2016
Altera a Circular SUSEP nº 438, de 15 de
junho de 2012, que dispõe sobre o sistema de
Registro Eletrônico de Produtos aplicável aos
mercados de seguros, resseguros, previdência
complementar aberta e capitalização, e dá
outras providências.
Circulares nº 537, de 12 de maio de 2016, e
nº 524, de 14 de janeiro de 2016
Determinam critérios adicionais para
atendimento ao disposto no § 4º do artigo 14
da Resolução CNSP nº 168, de 17 de
dezembro de 2007, referentes ao tratamento
a ser dado pela sociedade seguradora ou
ressegurador local à formalização contratual e
ao prêmio correspondente a cada contrato
automático ou facultativo.
Circular nº 536,
de 6 de maio de 2016
Dispõe sobre o Pedido de Revisão em processo
administrativo sancionador, nos termos do
artigo 131 da Resolução CNSP nº 243/11.
Circular nº 535,
de 28 de abril de 2016
Estabelece a codificação dos ramos de seguro
e dispõe sobre a classificação das coberturas
contidas em planos de seguro, para fins de
contabilização.
Circular nº 534,
de 7 de abril de 2016
Altera, inclui e revoga dispositivos da Circular
SUSEP nº 456, de 13 de dezembro de 2012,
que dispõe sobre a transferência de carteira
integral ou parcial entre as sociedades
seguradoras, sociedades de capitalização e
entidades abertas de previdência
complementar.
Circular nº 531,
de 11 de março de 2016
Altera a Circular SUSEP nº 447, de 9 de
agosto de 2012, que dispõe sobre o acesso ao
cadastro de corretores por entidades
representativas do mercado e sobre
contribuição sindical.
Circular nº 530,
de 3 de março de 2016
Dispõe sobre as condições tarifárias do seguro
obrigatório de danos pessoais causados por
embarcações ou por sua carga - seguro DPEM.
Circular nº 529,
de 25 de fevereiro de 2016
Estabelece procedimentos relativos a instrução
de processos de constituição, autorização para
funcionamento, alterações de controle
societário, reorganização societária, aquisição
ou expansão de participação qualificada,
instalação, alteração ou encerramento de
dependências e representações, cancelamento
da autorização para funcionamento, aumento
e redução do capital social e modificação do
estatuto social, em todas as suas espécies,
das sociedades seguradoras, de capitalização,
resseguradoras locais e entidades abertas de
previdência complementar (EAPC).
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 58
Circular nº 528,
de 25 de fevereiro de 2016
Estabelece procedimentos relativos a instrução
de processos de autorização para
funcionamento, alterações do controle
societário, reorganização societária, aquisição
ou expansão de participação qualificada,
transferência de sede, abertura ou
encerramento de filiais, transformação da
forma jurídica, suspensão e cancelamento da
autorização para funcionamento e qualquer
alteração do estatuto social, ato constitutivo
ou contrato social das corretoras de
resseguros.
Circular nº 527,
de 25 de fevereiro de 2016
Estabelece procedimentos para obtenção de
autorização prévia para instalação de
escritório de representação, cadastramento,
atualização cadastral e demais alterações de
resseguradores admitidos e eventuais.
Circular nº 526,
de 25 de fevereiro de 2016
Estabelece procedimentos relativos a instrução
de processos de eleição, nomeação,
destituição e renúncia de cargos em órgãos
estatutários ou contratuais das sociedades
seguradoras, de capitalização, resseguradoras
locais, escritório de representação de
resseguradores admitidos, entidades abertas
de previdência complementar e corretoras de
resseguros e da consulta de que trata o § 1º
do artigo 1º do Anexo II da Resolução CNSP
nº 330/15.
Circular nº 525,
de 22 de janeiro de 2016
Estabelece critérios para a estruturação dos
planos de seguro do ramo Aeronáuticos
(Casco).
Circular nº 523,
de 7 de janeiro de 2016
Revoga as Circulares SUSEP nº 253, de 12 de
maio de 2004, nº 276, de 16 de novembro de
2004, e nº 342, de 29 de maio de 2007, que
estabeleciam questionário sobre os riscos, em
especial os de subscrição, suportados pelas
sociedades seguradoras e davam outras
providências.
Circular nº 522,
de 17 de dezembro de 2015
Dispõe sobre o envio de arquivos de dados
pelas sociedades seguradoras, sociedades de
capitalização, entidades abertas de
previdência complementar, resseguradores
locais e admitidos, e corretores de resseguro.
Instruções
Instrução nº 79,
de 28 de março de 2016
Dispõe sobre o uso do certificado digital no
âmbito da SUSEP.
Instrução nº 78,
de 28 de março de 2016
Dispõe sobre o funcionamento do processo
eletrônico e o uso do Sistema Eletrônico de
Informações (SEI) no âmbito da SUSEP.
Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) -principais regulamentações do
setor emitidas em 2016 e 2015 (que não
estavam disponíveis quando da elaboração do
guia de 2015)
Resoluções
Resolução Normativa nº 414,
de 14 de novembro de 2016
Altera a Resolução Normativa (RN) nº 388, de
25 de novembro de 2015, que dispõe sobre os
procedimentos adotados pela Agência Nacional
de Saúde Suplementar (ANS) para a
estruturação e realização de suas ações
fiscalizatórias, e altera a RN nº 124, de 30 de
março de 2006, que dispõe sobre a aplicação
de penalidades para as infrações à legislação
dos planos privados de assistência à saúde.
Resolução Normativa nº 413, de 14 de
novembro de 2016
Dispõe sobre a contratação eletrônica de
planos privados de assistência à saúde.
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 59
Resolução Normativa nº 412,
de 11 de novembro de 2016
Dispõe sobre a solicitação de cancelamento do
contrato do plano de saúde individual ou
familiar, e de exclusão de beneficiário de
contrato coletivo empresarial ou por adesão.
Resolução Normativa nº 411,
de 22 de setembro de 2016
Institui a comunicação eletrônica entre a ANS
e as operadoras de plano privado de
assistência à saúde.
Resolução Normativa nº 410,
de 19 de agosto de 2016
Dispõe sobre a prorrogação do prazo de
aplicação da Resolução CMN nº 4.444, de 13
de novembro de 2015, no setor de saúde
suplementar, conforme possibilidade prevista
no § 2º do artigo 25 da Resolução Normativa
nº 392, de 9 de dezembro de 2015, que
dispõe, em especial, sobre aceitação, registro,
vinculação, custódia, movimentação e
diversificação dos ativos garantidores das
operadoras no âmbito do sistema de saúde
suplementar.
Resolução Normativa nº 409,
de 25 de julho de 2016
Altera o anexo da Resolução Normativa
nº 398, de 5 de fevereiro de 2016, que dispõe
sobre a obrigatoriedade de credenciamento de
enfermeiros obstétricos e obstetrizes por
operadoras de planos privados de assistência
à saúde e hospitais que constituem suas redes
e sobre a obrigatoriedade de os médicos
entregarem a nota de orientação à gestante.
Resolução Normativa nº 408,
de 7 de junho de 2016
Estabelece procedimentos para o interessado
obter vistas e cópias de documentos e de
processos administrativos, certidões para a
defesa de direitos e esclarecimentos de
situações, dispõe sobre regras, critérios e
procedimentos a serem observados para a
realização de reunião com o particular, no
âmbito da ANS, e altera a Resolução
Normativa nº 197, de 16 de julho de 2009,
que instituiu o Regimento Interno da ANS.
Resolução Normativa nº 407,
de 6 de junho de 2016
Altera a Resolução Normativa nº 387, de 28
de outubro de 2015, que dispõe sobre o Rol
de Procedimentos e Eventos em Saúde no
Âmbito da Saúde Suplementar, para
regulamentar a cobertura obrigatória e a
utilização de testes diagnósticos para infecção
pelo vírus Zika.
Resolução Normativa nº 405,
de 10 de maio de 2016
Dispõe sobre o Programa de Qualificação dos
Prestadores de Serviços na Saúde
Suplementar (QUALISS), revoga a Resolução
Normativa (RN) nº 267, de 24 de agosto de
2011, com exceção do artigo 44-B incorporado
à RN nº 124, de 30 de março de 2006, revoga
também a RN nº 275, de 1º de novembro de
2011, a RN nº 321, de 21 de março de 2013,
a RN nº 350, de 19 de maio de 2014, e a
Instrução Normativa nº 52, de 22 de março de
2013, da Diretoria de Desenvolvimento
Setorial, e dá outras providências.
Resolução Normativa nº 403,
de 10 de março de 2016
Altera a Resolução Normativa nº 307, de 22
de outubro de 2012, que dispõe sobre os
procedimentos de adequação econômico-
-financeira das operadoras de planos privados
de assistência à saúde.
Resolução Normativa nº 401,
de 26 de fevereiro de 2016
Altera a Resolução Normativa (RN) nº 316, de
30 de novembro de 2012, que dispõe sobre os
regimes especiais de direção fiscal e de
liquidação extrajudicial sobre as operadoras
de planos de assistência à saúde, e a RN
nº 197, de 16 de julho de 2009, que institui o
Regimento Interno da ANS.
Resolução Normativa nº 400,
de 26 de fevereiro de 2016
Dispõe sobre os parâmetros e procedimentos
de acompanhamento econômico-financeiro
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 60
das operadoras de planos privados de
assistência à saúde e de monitoramento
estratégico do mercado de saúde
suplementar.
Resolução Normativa nº 399,
de 15 de fevereiro de 2016
Altera a Resolução Normativa nº 205, de 8 de
outubro de 2009, que estabelece novas
normas para o envio de informações do
Sistema de Informações de Produtos (SIP).
Resolução Normativa nº 398,
de 11 de fevereiro de 2016
Dispõe sobre a obrigatoriedade de
credenciamento de enfermeiros obstétricos e
obstetrizes por operadoras de planos privados
de assistência à saúde e hospitais que
constituem suas redes e sobre a
obrigatoriedade de os médicos entregarem a
nota de orientação à gestante.
Resolução Normativa nº 396,
de 26 de janeiro de 2016
Altera a Resolução Normativa nº 124, de 30
de março de 2006, que dispõe sobre a
aplicação de penalidades para as infrações à
legislação dos planos privados de assistência à
saúde.
Resolução Normativa nº 395,
de 15 de janeiro de 2016
Dispõe sobre as regras a serem observadas
pelas operadoras de planos privados de
assistência à saúde nas solicitações de
procedimentos e/ou serviços de cobertura
assistencial apresentados pelos beneficiários,
em qualquer modalidade de contratação.
Resolução Normativa nº 394,
de 10 de dezembro de 2015
Altera a Resolução Normativa nº 300, de 19
de julho de 2012, que dispõe sobre a
designação do Diretor Fiscal ou Técnico e do
Liquidante e sobre as despesas com a
execução dos regimes de direção fiscal ou
técnica e de liquidação extrajudicial.
Resolução Normativa nº 393,
de 10 de dezembro de 2015
Dispõe sobre os critérios de constituição de
provisões técnicas a serem observados pelas
operadoras de planos privados de assistência
à saúde e revoga dispositivos da Resolução
Normativa nº 209, de 22 de dezembro de
2009, e da Resolução Normativa nº 75, de 10
de maio de 2004.
Resolução Normativa nº 392,
de 10 de dezembro de 2015
Dispõe sobre aceitação, registro, vinculação,
custódia, movimentação e diversificação dos
ativos garantidores das operadoras no âmbito
do sistema de saúde suplementar e dá outras
providências.
Resolução Normativa nº 391,
de 7 de dezembro de 2015
Altera a Resolução Normativa nº 364, de 11
de dezembro de 2014, que dispõe sobre a
definição de índice de reajuste pela ANS - a
ser aplicado pelas operadoras de planos de
assistência à saúde aos seus prestadores de
serviços de atenção à saúde em situações
específicas.
Resolução Normativa nº 390,
de 7 de dezembro de 2015
Altera os Anexos da Resolução Normativa
nº 290, de 27 de fevereiro de 2012, que
dispõe sobre o Plano de Contas Padrão para as
operadoras de planos de assistência à saúde e
revoga o § 3º do artigo 3º da Resolução
Normativa nº 173, de 10 de julho de 2008,
que dispõe sobre a versão XML (Extensible
Markup Language) do Documento de
Informações Periódicas das Operadoras de
Planos de Assistência à Saúde (DIOPS/ANS).
Regulamentações específicas por setor
CVM, instituições financeiras e outras
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 61
Instruções
Instrução Normativa nº 14,
de 14 de novembro de 2016
Altera a Instrução Normativa DIFIS nº 13, de
28 de julho de 2016, que dispõe sobre os
procedimentos a serem observados para o
Ciclo de Fiscalização e para a Intervenção
Fiscalizatória previstos nos artigos 45, 46 e 48
a 54 da Resolução Normativa nº 388, de 25
de novembro de 2015.
Instrução Normativa nº 64,
de 11 de novembro de 2016
Altera a Instrução Normativa nº 63 da
Diretoria de Desenvolvimento Setorial, de 25
de outubro de 2016, que dispõe sobre o Fator
de Qualidade a ser aplicado ao índice de
reajuste definido pela ANS para profissionais
de saúde, laboratórios, clínicas e demais
estabelecimentos de saúde não hospitalares.
Instrução Normativa nº 52,
de 21 de setembro de 2016
Dispõe sobre a comunicação eletrônica entre a
Diretoria de Normas e Habilitação das
Operadoras (DIOPE) e as operadoras de plano
privado de assistência à saúde.
Instrução Normativa nº 13,
de 29 de julho de 2016
Dispõe sobre os procedimentos a serem
observados para o Ciclo de Fiscalização e para
a Intervenção Fiscalizatória, previstos nos
artigos 45, 46 e 48 a 54 da Resolução
Normativa nº 388, de 25 de novembro de
2015.
Instrução Normativa nº 62,
de 15 de fevereiro de 2016
Regulamenta o tratamento dispensado às
reclamações, solicitações de providências ou
petições assemelhadas, doravante
denominadas demandas, que, por qualquer
meio, forem recebidas pela DIDES,
relacionadas às Resoluções Normativas
nº 363, de 11 de dezembro de 2014, nº 364,
de 11 de dezembro de 2014, e nº 365, de 11
de dezembro de 2014.
Instrução Normativa nº 12,
de 26 de janeiro de 2016
Dispõe sobre o conceito e os procedimentos a
serem observados na emissão de
Entendimento DIFIS, instrumento oficial da
Diretoria de Fiscalização (DIFIS) para a
fixação e uniformização dos entendimentos a
vigorarem nas ações e atividades de
fiscalização, e revoga a Instrução de Serviço
nº 15, de 15 de fevereiro de 2011, da DIFIS.
Instrução Normativa nº 61,
de 7 de dezembro de 2015
Dispõe sobre a regulamentação dos §§ 2º e 3º
do artigo 7º da Resolução Normativa nº 364,
de 11 de dezembro de 2014, que dispõe sobre
o Fator de Qualidade a ser aplicado ao índice
de reajuste definido pela ANS para
prestadores de serviços hospitalares.
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 62
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 63
Conversão da Medida Provisória nº 685,
de 21 de julho de 2015, na Lei
nº 13.202/15
Em julho de 2015, o Governo Brasileiro havia
publicado a Medida Provisória (MP) nº 685/15
com o objetivo de instituir o PRORELIT e a
DIOR, entre outras providências.
a) Programa de Redução de Litígios
Tributários (PRORELIT)
O PRORELIT é um programa que permite ao
contribuinte a quitação de débitos tributários
cujo vencimento tenha ocorrido até 30 de
junho de 2015, sendo possível a utilização de
créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo
negativa da Contribuição Social sobre o Lucro
Líquido (CSLL) apurados até 31 de dezembro
de 2014 e declarados até 30 de junho de 2015
para a dedução do saldo devido.
O prazo para a adesão ao Programa encerrou-
-se em 30 de novembro de 2015.
O Programa foi mantido na Lei nº 13.202/15
nos mesmos termos inicialmente previstos
pela MP nº 685/15, garantindo ao contribuinte
a quitação dos débitos desde que observadas
as seguintes condições:
30% do valor consolidado dos débitos
indicados para a quitação, se o pagamento
for feito em parcela única até 30 de
novembro de 2015;
33% do valor consolidado dos débitos
indicados para a quitação, se o pagamento
for feito em duas parcelas vencíveis até o
último dia útil dos meses de novembro e
dezembro de 2015 (parcelas acrescidas de
juros equivalentes à taxa SELIC), ou
36% do valor consolidado dos débitos
indicados para a quitação, se o pagamento
for feito em três parcelas vencíveis até o
último dia útil dos meses de novembro e
dezembro de 2015 e janeiro de 2016
(parcelas acrescidas de juros equivalentes
à taxa SELIC).
b) Declaração de Informações de
Operações Relevantes (DIOR)
Na MP nº 685/15, além da instituição do
PRORELIT também foi introduzida a obrigação
de o contribuinte declarar à Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB) os atos ou
negócios jurídicos realizados no ano-
-calendário anterior ao da obrigação, que
tenham acarretado supressão, redução ou
diferimento de tributo, devendo essas
informações serem apresentadas à RFB até o
dia 30 de setembro de cada ano-calendário.
Entretanto, quando da conversão da MP
nº 685/15 em Lei, os artigos referentes à
DIOR não foram objeto de regulamentação
por meio da Lei nº 13.202/15, permanecendo
a não obrigatoriedade de apresentação das
informações envolvendo operações relevantes
realizadas pelo contribuinte.
Interpretação de Acordos e
Convenções Internacionais
A Lei nº 13.202/15 prevê que os efeitos dos
acordos e das convenções celebrados entre o
Governo da República Federativa do Brasil e
os Governos Internacionais que visem evitar a
dupla tributação da renda, bem como os
acordos de natureza simplificada celebrados
de acordo com as regras do artigo 30 do
Decreto-Lei nº 5.844, de 23 de setembro de
1943, abrangeram também a CSLL, não
somente o imposto sobre a renda.
Solução de Consulta SRRF06
nº 6.026, de 13 de junho de 2016
A Receita Federal emitiu parecer em relação à
alíquota de Imposto sobre a Renda Retido na
Fonte (IRRF) incidente sobre a licença de uso
de programa de computador (software), no
caso de a empresa detentora da licença estar
localizada na França.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 64
De acordo com o entendimento da RFB, a
alíquota do IRRF incidente sobre os
pagamentos decorrentes da licença de uso de
programa de computador efetuados a
empresa domiciliada na França será de 10% e
não 15%, em virtude da Convenção para
Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão
Fiscal celebrada entre o Governo Brasileiro e o
Francês.
Nessa decisão, a RFB estabeleceu que as
licenças de programas de computadores se
caracterizam como concessão de uso de
direito do autor e, portanto, submetem-se às
regras de redução da alíquota do IRRF
previstas na convenção firmada entre o Brasil
e a França.
MP nº 694, de 30 de setembro de 2015
Em 2015, o Governo Brasileiro publicou a MP
nº 694/15, que sumariamente contemplava as
seguintes disposições:
Juros sobre o Capital Próprio (JSCP) -
previa novo limite para o cálculo dos JSCP,
bem como acréscimo da alíquota de IRRF
sobre os valores pagos ou creditados de
15% para 18%.
Pesquisa Tecnológica e Desenvolvimento
de Inovação Tecnológica (P&D) –
suspensão, para o ano-calendário 2016, do
incentivo fiscal relativo à exclusão das
bases de cálculo do Imposto de Renda das
Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da CSLL quanto
aos dispêndios realizados no período de
apuração relacionados a Pesquisa e
Desenvolvimento.
Contudo, a MP nº 694/15 não foi convertida
em Lei e a sua vigência encerrou-se no dia 8
de março de 2016.
Atualização dos países enquadrados
como paraísos fiscais e regime fiscal
privilegiado
Em 2015 e 2016, a RFB publicou o Ato
Declaratório Executivo nº 3, de 18 de
dezembro de 2015, e a IN nº 1.658, de 13 de
setembro de 2016, com o objetivo de atualizar
a IN nº 1.037, publicada em 4 de junho de
2010, que visa relacionar os países
caracterizados como países ou dependências
com tributação favorecida e regimes fiscais
privilegiados, em decorrência da legislação
tributária por eles praticada.
Ato Declaratório Executivo
nº 3, de 18 de dezembro de 2015
O Ato Declaratório Executivo nº 3/15 teve
como objeto a revogação do Ato Declaratório
Executivo nº 10, de 24 de junho de 2010, que
concedia efeito suspensivo quanto à inclusão
dos Países Baixos na relação de países
detentores de regime fiscal privilegiado,
prevista inicialmente na Instrução Normativa
(IN) nº 1.037, de 4 de junho de 2010.
Com a revogação do Ato Declaratório
nº 10/10, as pessoas jurídicas constituídas
sob a forma de holding company regidas pela
legislação do Reino dos Países Baixos voltaram
a integrar a relação dos países com regimes
fiscais privilegiados.
IN nº 1.658, de 13 de setembro de 2016
A RFB publicou a IN nº 1.658, de 13 de
setembro de 2016, com o objetivo de produzir
alterações à IN nº 1.037/10.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 65
Com a edição da IN nº 1.658/16, passaram a
ser classificados como países ou dependências
que não tributam a renda ou que a tributam à
alíquota inferior a 20%, ou, ainda, em que a
legislação interna não conceda acesso a
informações societárias, os seguintes países:
Curaçao;
São Martinho; e
Irlanda.
Além da inclusão dos países anteriormente
indicados na lista de paraísos fiscais, a IN
nº 1.658/16 excluiu os seguintes países da
mesma lista:
Antilhas Holandesas; e
St. Kitts e Nevis.
Já em relação aos regimes fiscais
privilegiados, também previstos na IN
nº 1.037/10, a IN nº 1.658/16 incluiu as
pessoas jurídicas constituídas sob a forma de
holding company de acordo com a legislação
da República da Áustria.
A IN nº 1.658/16 definiu, ainda, a forma para
identificação dos regimes fiscais privilegiados
aplicáveis à Dinamarca e ao Reino dos Países
Baixos; nesses casos, o regime especial é
aplicável para as pessoas jurídicas
constituídas sob a forma de holding company
que não exerçam atividade econômica
substantiva.
Assim, para que uma holding constituída na
Dinamarca ou no Reino dos Países Baixos não
seja caracterizada como regime especial para
a legislação tributária brasileira, ela deverá
realizar atividade econômica substantiva,
assim identificada quando a holding possuir
capacidade operacional, desde que esteja
evidenciada a existência de empregados
próprios e em número suficiente para a
realização de suas atividades econômicas,
instalações físicas e adequadas para o
exercício de gestão e efetiva tomada de
decisões relacionadas ao:
a) Desenvolvimento das atividades com o
objetivo de obter rendas derivadas dos
ativos que possui; e
b) Administração de participações societárias
com o objetivo de obter rendas
decorrentes da distribuição de lucro e do
ganho de capital.
As alterações da IN nº 1.037/14 que foram
introduzidas pela IN n° 1.658/16 passarão a
produzir efeitos a partir de 1º de outubro de
2016.
Declaração País-a-País
(Country-by-Country Report)
Em 7 de novembro de 2016, a Receita Federal
publicou consulta pública contendo medidas
para implementar as recomendações da OCDE
na ação 13 (declaração país-a-país) do projeto
BEPS, sigla em inglês para Base Erosion and
Profit Shifting (Erosão da Base Tributável e
Transferência de Lucros), coordenado pela
Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A Consulta contém o texto de uma nova IN
com a finalidade de implementar requisitos
para que determinadas multinacionais
forneçam informações às autoridades fiscais
por meio da declaração país-a-país.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 66
De acordo com as diretrizes da IN, será
obrigada a entregar a declaração a entidade
integrante residente para fins tributários no
Brasil que:
(i) Seja a controladora final de um grupo
multinacional;
(ii) Seja entidade substituta, na hipótese de
o controlador final do grupo
multinacional ser residente para fins
tributários no exterior, e se verificar pelo
menos uma das seguintes condições:
- Caso o controlador final do grupo
multinacional não seja obrigado a
entregar a Declaração País-a-País em sua
jurisdição;
- Caso a jurisdição do controlador final
possua acordo internacional com o Brasil,
mas não possua Acordo de Autoridades
Competentes com o País até o prazo final
de entrega da Declaração País-a-País; ou
- Caso tenha ocorrido falha sistêmica da
jurisdição de residência para fins
tributários do controlador final.
Estarão dispensadas da entrega da Declaração
País-a-País as entidades integrantes de grupo
econômico cuja receita total anual seja inferior
a R$2,3 bilhões ou €750 milhões, conforme
refletido nas demonstrações financeiras
consolidadas do controlador final.
Caso a declaração seja efetivada, os
contribuintes deverão divulgar informações
relativas a receita, lucros ou prejuízos antes
dos impostos, imposto de renda devido e
pago, capital social, lucros acumulados,
número de empregados e ativos tangíveis
diversos de caixa e equivalentes de caixa,
bem como a natureza da atividade econômica
principal das entidades integrantes do grupo
econômico.
As autoridades tributárias pretendem emitir a
IN após a conclusão da consulta pública que
será no dia 21 de novembro de 2016; dessa
forma, a IN seria publicada antes do final de
2016, visto que a declaração já seria
obrigatória para os fatos ocorridos no
ano-calendário fiscal 2016, e os contribuintes
estariam obrigados a apresentar a Declaração
País-a-País relativa ao ano 2016 na
Escrituração Contábil Fiscal (ECF) devida até o
último dia útil do mês de julho de 2017.
IRRF sobre remessas ao exterior
Em 2016, o Governo Brasileiro publicou a MP
nº 713, de 1º de março de 2016, com o
objetivo de alterar a Lei nº 12.249, de 11 de
junho de 2010, relacionada à incidência do
IRRF sobre a remessa ao exterior de valores
destinados à cobertura de gastos pessoais, no
exterior, de pessoas físicas residentes no País,
em viagens de turismo, serviços, treinamentos
ou missões oficiais.
A MP nº 713/16 foi convertida na Lei
nº 13.315, de 20 de julho de 2016, que, além
de dispor sobre as alterações da Lei
nº 12.249/10, também disciplina alterações
das Leis nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e
nº 9.481, de 13 de agosto de 1997.
Com a publicação da Lei nº 13.315/16, fica
estabelecido que até 31 de dezembro de 2019
a alíquota do IRRF incidente sobre os valores
pagos, creditados, entregues, empregados ou
remetidos para pessoa física ou jurídica
residente ou domiciliada no exterior,
destinados à cobertura de gastos pessoais, no
exterior, de pessoas físicas residentes no País,
em viagens de turismo, negócios, serviço,
treinamento ou missões oficiais será de 6%.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 67
A redução de alíquota prevista na Lei
nº 13.315/16 será concedida mediante o
cumprimento dos seguintes limites e
condições:
I. Os valores pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos deverão
corresponder a até R$20.000,00 ao mês,
e no caso de operadoras e agências de
viagens o limite previsto é de
R$10.000,00 ao mês por passageiro; e
II. A redução da alíquota do IRRF não se
aplica caso o beneficiário (pessoa física)
seja residente ou domiciliado em países
ou dependência com tributação favorecida
ou pessoa física ou jurídica submetida a
regime especial privilegiado.
Ainda de acordo com a Lei nº 13.315/16, não
estarão sujeitos à incidência do IRRF os
seguintes valores pagos, creditados,
entregues, empregados ou remetidos:
a) Remessas destinadas ao exterior para fins
educacionais, científicos ou culturais; e
b) Remessas efetuadas por pessoas físicas
residentes no país para a cobertura de
despesas médico-hospitalares com
tratamento de saúde, no exterior, próprias
ou de seus dependentes.
Os valores pagos, creditados, entregues,
empregados ou remetidos a residentes ou
domiciliados no exterior, decorrentes de
rendimentos do trabalho, com ou sem vínculo
empregatício, de aposentadoria, de pensão e
os de prestação de serviços estarão sujeitos à
incidência de IRRF à alíquota de 25%.
As alterações introduzidas pela Lei
nº 13.315/16 passarão a produzir efeitos a
partir de 1º de janeiro de 2017 em relação à
incidência de 25% de IRRF sobre rendimentos
de trabalho, aposentadoria, pensão e
prestação de serviços.
Já em relação às demais disposições da Lei
nº 13.315/16, seus efeitos produziram efeitos
a partir da sua publicação, em 21 de julho de
2016.
Permissão para alteração quanto ao
tratamento tributário aplicável às
variações monetárias
O Governo Brasileiro publicou a IN nº 1.656,
de 29 de julho de 2016, com o objetivo de
alterar a IN nº 1.079, de 3 de novembro de
2010, que dispõe sobre o tratamento
tributário aplicável às variações monetárias
dos direitos de crédito e das obrigações do
contribuinte em virtude da taxa de câmbio.
O tratamento tributário aplicável às variações
monetárias está disciplinado na IN
nº 1.079/10 e na MP nº 2.158-35, de 24 de
agosto de 2001, e para efeito de determinação
da base de cálculo do IRPJ, da CSLL, da
Contribuição para o PIS/PASEP e da
Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (COFINS), bem como do
lucro da exploração, o contribuinte poderá
optar pelo regime de competência em
oposição ao regime de caixa.
De acordo com a IN nº 1.079/10, a opção pelo
regime de competência aplicável ao
reconhecimento das variações monetárias
deverá ser realizada por meio da Declaração
de Débitos e Créditos Tributários Federais
(DCTF) no mês de janeiro de cada
ano-calendário, ou, ainda, no mês de início
das atividades da pessoa jurídica.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 68
Com a publicação da IN nº 1.656/16, foi
modificada a regra para o contribuinte realizar
a alteração do regime de competência para o
regime de caixa, inicialmente declarado em
janeiro de cada ano-calendário.
Ao contribuinte foi conferido o direito de
alteração para o regime de caixa, no
reconhecimento das variações monetárias, no
decorrer do ano-calendário, caso seja
evidenciada elevada oscilação da taxa de
câmbio.
Em oposição ao que inicialmente estava
previsto na IN nº 1.079/10, uma vez que a
elevada oscilação da taxa de câmbio na
referida IN seria determinada por meio de
Portaria do Ministério do Estado da Fazenda, a
IN nº 1.656/16 revogou a necessidade de
Portaria Ministerial para possibilitar a troca de
regime, definindo que ocorrerá elevada
oscilação da taxa de câmbio quando, no
período de um mês-calendário, o valor do
dólar dos Estados Unidos da América para a
venda apurado pelo BACEN sofrer variação,
positiva ou negativa, superior a 10%, e essa
variação será identificada mediante a
comparação dos valores do dólar norte-
-americano no primeiro e último dia do mês-
-calendário em que exista cotação publicada
pelo BACEN.
A alteração do regime de competência para o
regime de caixa observará o seguinte:
a) Poderá ser efetivada no mês-calendário
seguinte àquele em que tenha ocorrido a
elevada oscilação da taxa de câmbio;
b) O novo regime será aplicado a todo o
ano-calendário; e
c) A alteração para o regime de caixa deverá
ser informada na DCTF relativa ao mês
subsequente no qual se verificar a elevada
oscilação.
A IN nº 1.656/16 garantiu ao contribuinte a
possibilidade de alteração para o regime de
caixa quanto ao reconhecimento das variações
monetárias, ainda que a elevada oscilação da
taxa de câmbio tenha ocorrido entre os meses
de janeiro e maio de 2015.
Escrituração Contábil Digital (ECD)
A RFB publicou a IN nº 1.594, de 1º de
dezembro de 2015, e a IN nº 1.660, de 15 de
setembro de 2016, com o objetivo de alterar a
IN nº 1.420, de 19 de dezembro de 2013.
IN nº 1.594, de 1º de dezembro de 2015
As alterações introduzidas pela IN nº 1.594/15
garantiram a dispensa quanto à adoção da
ECD para:
As pessoas jurídicas optantes pelo Simples
Nacional;
Os órgãos públicos, as autarquias e as
fundações públicas; e
As pessoas jurídicas inativas.
A IN nº 1.594/15 disciplinou que em relação
aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de
janeiro de 2016 também estarão obrigadas à
apresentação da ECD, diferentemente dos
fatos contábeis do ano-calendário 2015, as
seguintes entidades:
a) as pessoas jurídicas imunes e isentas
obrigadas a manter escrituração contábil
quando apurarem PIS/PASEP, COFINS,
contribuição previdenciária incidente sobre
a receita e contribuição incidente sobre a
folha de pagamento cuja soma seja
superior a R$10.000,00, ou quando
auferirem receitas, doações, incentivos,
subvenções, contribuições auxílios,
convênios e ingressos assemelhados cuja
soma seja superior a R$1.200.000,00 no
ano-calendário base para a apresentação
da ECD;
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 69
b) As pessoas jurídicas tributadas com
base no lucro presumido que não se
utilizaram do livro caixa para
escrituração de sua movimentação
financeira; e
c) As sociedades em conta de
participação (SCP) que deverão
apresentar a ECD como livros próprios
ou livros auxiliares dos sócios
ostensivos.
Decreto nº 8.683, de 25 de fevereiro de
2016, e IN nº 1.660, de 15 de setembro
de 2016
O Decreto nº 8.683, de 25 de fevereiro de
2016, e a IN nº 1.660, de 15 de setembro de
2016, introduziram novas regras quanto à
autenticação e substituição do arquivo da
ECD.
Conforme previsto pela IN nº 1.660/16, a
autenticação da ECD será comprovada
mediante o recibo de entrega emitido pelo
Sistema Público de Escrituração Digital
(SPED); a documentação da pessoa jurídica
autenticada pelo SPED dispensa qualquer
outra autenticação de órgão público.
Uma vez autenticada a ECD pelo SPED, o
cancelamento da autenticação e, por
consequência, a substituição da ECD somente
ocorrerão na hipótese de o arquivo da ECD ter
sido transmitido com erro ou quando for
identificado erro de fato que torne imprestável
a escrituração.
Para a RFB será considerado erro de fato
qualquer erro que não possa ser corrigido,
conforme previsto pelas Normas Brasileiras de
Contabilidade, e que gere demonstrações
contábeis inconsistentes.
Na hipótese de a iniciativa do cancelamento
da autenticação ser da pessoa jurídica e o
pedido de cancelamento decorrer de erro que
torne a escrituração imprestável, este deverá
estar acompanhado do arquivo da ECD
substituto e de um laudo detalhado firmado
por dois contadores, que ateste a ocorrência
dos erros que tornaram a ECD imprestável.
Até que sejam implementadas no ambiente
SPED as condições de cancelamento da
autenticação da ECD, será permitida a
substituição do arquivo da escrituração que se
encontre autenticado em virtude da sua
transmissão até a publicação do Decreto
nº 8.683, de 25 de fevereiro de 2016, e que
não tenha sido analisado pela Junta
Comercial, ou que tenha sido transmitido à
RFB após a publicação do referido Decreto
nº 8.683/16.
Ato Declaratório Executivo COFIS nº 34,
de 4 de maio de 2016
A RFB publicou em 4 de maio de 2016 o Ato
Declaratório Executivo COFIS nº 34 com o
objetivo de apresentar novo Manual de
Orientação do Leiaute da ECD.
Entre outras disposições a serem observadas
pelo contribuinte, passou a ser obrigatória a
identificação dos auditores independentes na
ECD.
É requerido que sejam apresentados na
escrituração o nome e o registro do auditor
independente perante a CVM.
Essa informação será obrigatória para as
pessoas jurídicas que se qualificarem como
“empresa de grande porte”.
De acordo com as orientações do Ato
Declaratório Executivo COFIS nº 34/16,
empresa de grande porte ou sujeita a
auditoria independente corresponde a pessoa
jurídica que tenha ativo total superior a
R$240.000.000,00, ou receita bruta anual
superior a R$300.000.000,00.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 70
Aprovada Convenção sobre Assistência
Mútua Administrativa em Matéria
Tributária
O Governo Brasileiro, em 29 de agosto de
2016, publicou o Decreto nº 8.842 com a
finalidade de aprovar o texto da Convenção
sobre Assistência Mútua Administrativa em
Matéria Tributária, originalmente firmada pela
República Federativa do Brasil em 3 de
novembro de 2011.
A Convenção foi promulgada pelo Governo
Brasileiro com reservas em relação ao artigo
30 da Convenção, sendo elas:
Não será prestada assistência quanto à
recuperação de qualquer crédito tributário,
ou quanto à recuperação de multas
administrativas, para todos os tributos;
Não será prestada assistência quanto à
notificação para todos os tributos; e
Não será permitido que sejam feitas
notificações por meio postal.
Segundo o Decreto nº 8.842/16, a Convenção
cobrirá os seguintes tributos: Imposto sobre a
Renda e CSLL, Programa de Integração Social
e Programa de Formação do Patrimônio do
Servidor Público (PIS/PASEP), Imposto sobre
os Produtos Industrializados (IPI) e qualquer
outro tributo administrado pela Secretaria da
RFB.
Declaração Simplificada da Pessoa
Jurídica Inativa (DSPJ) 2016
A RFB, em 2015 e 2016, publicou a IN
nº 1.605, de 22 de dezembro de 2015, e a IN
nº 1.646, de 30 de maio de 2016, com o
intuito de disciplinar a apresentação da DSPJ.
A declaração deverá ser apresentada pelas
pessoas jurídicas que permaneceram inativas
durante todo o ano-calendário de 2015, sendo
considerada inativa para a RFB a pessoa
jurídica que não tenha efetuado nenhuma
atividade operacional, não operacional,
patrimonial ou financeira, inclusive aplicação
no mercado financeiro ou de capitais durante
todo o ano-calendário, esclarecendo ainda que
o pagamento de tributo relativo aos
anos-calendário anteriores e de multa por
descumprimento de obrigação acessória não
descaracteriza a inatividade da pessoa
jurídica.
O prazo para a apresentação da DSPJ é de 2
de janeiro a 31 de março de 2016.
As microempresas (ME) e as empresas de
pequeno porte (EPP) que optarem pelo
Simples Nacional e forem consideradas como
inativas no ano-calendário 2015 estão
dispensadas da apresentação da DSPJ.
No caso de ocorrência de evento especial, ou
seja, as pessoas jurídicas inativas que forem
extintas, cindidas parcialmente, cindidas
totalmente, fusionadas ou incorporadas
durante o ano-calendário 2016, este deverá
ser informado na DCTF.
ECF
A RFB publicou a IN nº 1.633, de 3 de maio de
2016, com a finalidade de alterar a IN
nº 1.422, de 19 de dezembro de 2013.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 71
A IN nº 1.633/16 modificou os prazos para a
apresentação da ECF, que deverá ser
transmitida ao SPED observando o seguinte
prazo:
Até o último dia útil do mês de julho do
ano seguinte ao ano-calendário a que se
refira a escrituração, quando não houver
situação de evento especial.
Na ocorrência de extinção, cisão parcial,
cisão total, fusão ou incorporação, a ECF
deverá ser apresentada até o último dia
útil do terceiro mês subsequente ao mês
do evento; caso o evento de extinção,
cisão parcial, cisão total, fusão ou
incorporação ocorra no período de janeiro
a abril do ano-calendário, a apresentação
da ECF deverá ser realizada até o último
dia útil do mês de julho do referido ano.
Os prazos estabelecidos pela IN nº 1.633/16
deverão ser observados a partir de sua
publicação.
Prorrogação excepcional do
prazo da e-Financeira
Com a publicação da IN nº 1.571/15 foi
instituída obrigação acessória para as
empresas do setor financeiro, consórcio,
segurados e entidades de previdência
completar, denominada e-Financeira.
Foram obrigadas a apresentar a e-Financeira
as pessoas jurídicas autorizadas a estruturar e
comercializar planos de benefícios de
previdência complementar, autorizadas a
instituir e administrar Fundos de
Aposentadoria Programada Individual (Fapi),
ou que tenham como atividade principal ou
acessória a captação, intermediação ou
aplicação de recursos financeiros próprios ou
de terceiros, incluídas as operações de
consórcio, em moeda nacional ou estrangeira,
ou a custódia de valor de propriedade de
terceiros, e as sociedades seguradoras
autorizadas a estruturar e comercializar
planos de seguros de pessoas.
O prazo final para a apresentação da
e-Financeira foi inicialmente previsto para o
último dia útil do mês de fevereiro, relativa às
informações correspondentes ao segundo
semestre do ano anterior, e o último dia útil
do mês de agosto para as informações
relativas ao primeiro semestre do ano em que
a e-Financeira será apresentada.
A Receita Federal publicou, em 30 de maio de
2016, a IN nº 1.647 e, em 31 de maio de
2016, a IN nº 1.648, com o objetivo de
prorrogar o prazo para a apresentação da
e-Financeira, em caráter excepcional, devendo
as entidades obrigadas observarem o seguinte
prazo:
Até o dia 12 de agosto de 2016, para os
fatos ocorridos entre 1º e 31 de dezembro
de 2015; e
Até o último dia útil de novembro de
2016, para os fatos ocorridos no primeiro
trimestre de 2016.
Na eventualidade de as pessoas jurídicas
obrigadas a apresentarem a e-Financeira
efetuarem, no período compreendido entre
janeiro e novembro de 2015, o encerramento
de contas reportáveis das pessoas definidas
pelo Acordo entre o Governo da República
Federativa do Brasil e o Governo dos Estados
Unidos da América para intercâmbio de
informações e melhoria da observância
tributária internacional e implementação do
Foreign Account Tax Compliance Act, essas
informações deverão ser declaradas na
e-Financeira até o dia 12 de agosto de 2016.
IN nº 1.661, de 29 de setembro de 2016
A IN nº 1.661/16 foi publicada com o intuito
de introduzir alterações na IN nº 1.300, de 20
de novembro de 2012, que prevê normas
sobre restituição, compensação,
ressarcimento e reembolso, no âmbito da
Secretaria da RFB.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 72
Entre outras disposições, a IN nº 1.661/16
incluiu artigo na IN nº 1.300/12 com o
objetivo de definir condições para que a
Receita Federal decida sobre a restituição, o
ressarcimento, o reembolso e a compensação,
uma vez que o reconhecimento do direito ao
crédito, de acordo com as novas regras,
poderá estar condicionado a:
Apresentação de documentos que
comprovem o direito ao crédito; e
Verificação da exatidão das informações
prestadas, mediante análise da
escrituração contábil e fiscal do
requerente.
Nos casos de créditos vinculados à
contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, o
pedido de ressarcimento e a declaração de
compensação somente serão recepcionados
pela Receita Federal mediante prévia
apresentação de arquivo digital contendo os
documentos fiscais de entradas e saídas
relativos ao período de apuração do crédito
requerido, e a não apresentação dos
documentos acarretará indeferimento do
pedido de ressarcimento ou não homologação
da compensação.
A apresentação dos documentos fiscais para o
deferimento do pedido de ressarcimento ou a
homologação da compensação será
dispensada em relação ao:
Período de apuração anterior a 1º de
janeiro de 2012, para os estabelecimentos
obrigados à apresentação da escrituração
fiscal digital (efd-icms/ipi); e
Período de apuração posterior a 1º de
janeiro de 2012, para os estabelecimentos
obrigados à apresentação da escrituração
fiscal digital da contribuição para o
PIS/PASEP, da COFINS e da contribuição
previdenciária sobre a receita
(efd-contribuições).
Participação Societária no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)
Em 2016, a Receita Federal publicou a IN
nº 1.634, de 6 de maio de 2016, com a
finalidade de definir regras sobre o CNPJ.
Segundo a referida IN, estarão obrigadas à
inscrição no CNPJ todas as pessoas jurídicas
domiciliadas no Brasil, incluindo, ainda, as
entidades equiparadas às pessoas jurídicas
conforme previsão da legislação do Imposto
sobre a Renda.
Entre outras disposições, a IN nº 1.634/16
estabelece que as entidades empresariais,
clubes e fundos de investimentos, entidades
domiciliadas no exterior, instituições bancárias
no exterior que realizam operações de compra
e venda de moeda estrangeira com bancos no
País e as Sociedades em Conta de Participação
(SCPs) sujeitas à inscrição no CNPJ deverão
apresentar no CNPJ as pessoas autorizadas a
representá-los, bem como a cadeia de
participação societária até alcançar as pessoas
físicas caracterizadas como beneficiárias
finais, ou ainda até alcançar:
As pessoas jurídicas constituídas sob a
forma de companhia aberta no Brasil ou
em países que exigem a divulgação pública
de todos os acionistas;
As entidades sem fins lucrativos;
Os organismos multilaterais, bancos
centrais, entidades governamentais ou
ligadas a fundos soberanos;
As entidades de previdência, fundos de
pensão e instituições similares; e
Os fundos de investimento nacionais
regulamentados pela CVM.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 73
Na hipótese de as entidades domiciliadas no
exterior que no país sejam titulares de direitos
e realizem arrendamento mercantil,
afretamento de embarcações, aluguel de
equipamentos, arrendamento simples,
importações de bens sem cobertura cambial,
ou, ainda, sejam instituições bancárias no
exterior que realizem operações de compra e
venda de moeda estrangeira com bancos no
país não efetuarem a declaração no CNPJ das
informações relacionadas ao beneficiário final
de seu quadro societário, no prazo
estabelecido pela IN nº 1.634/16, ficarão
impedidas de transacionar com os
estabelecimentos bancários, excetuando as
operações necessárias para retorno do
investimento ao país de origem.
O prazo a ser observado pelas entidades
empresariais para a informação do beneficiário
final terá início no dia 1º de janeiro de 2017
para aquelas que efetuarem a inscrição a
partir de 1º de janeiro de 2017.
Já para as entidades que estiveram inscritas
no CNPJ antes de 1º de janeiro de 2017,
deverão apresentar as informações dos
beneficiários finais até 31 de dezembro de
2018, quando realizarem alterações no CNPJ a
partir de 1º de outubro de 2017.
Siscoserv
A Receita Federal publicou a IN nº 1.606/15
com o objetivo de alterar a IN nº 1.277, de 28
de junho de 2012, que introduziu a obrigação
de prestar informações relativas às transações
entre residentes ou domiciliados no Brasil e
residentes ou domiciliados no exterior que
compreendam serviços, intangíveis e outras
operações que produzam variações no
patrimônio das pessoas físicas, das pessoas
jurídicas ou ainda de entes que não possuam
personalidade jurídica.
A IN nº 1.606/15 prevê alteração no prazo
para apresentação da obrigação requerida na
IN nº 1.277/12; segundo a nova IN, a
apresentação das informações deverá ser
realizada até o último dia útil do terceiro mês
subsequente à data de início da prestação de
serviços, da comercialização de intangível, ou
da realização da operação que produza
variação no patrimônio das pessoas obrigadas
às demonstrações das informações à Receita
Federal.
Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 550, de
11 de abril de 2016
A Portaria da RFB e PGFN foi produzida
visando à regulamentação dos procedimentos
a serem observados para a consolidação dos
débitos pagos ou parcelados segundo as
regras da Lei nº 12.996, de 18 de junho de
2014.
De acordo com a Portaria Conjunta, o
contribuinte deverá indicar os débitos a serem
incluídos no parcelamento, o número de
parcelas e o valor de prejuízo fiscal e base
negativa da CSLL que serão utilizados para
dedução da multa e dos juros; no caso de ter
optado pelo parcelamento, ou na hipótese de
ter realizado o pagamento à vista, deverá
indicar apenas os débitos e o valor de prejuízo
fiscal e base negativa da CSLL utilizados.
O contribuinte que tiver efetuado o
parcelamento ou pago os débitos nos termos
da Lei nº 12.996/14 deverá apresentar as
informações requeridas para a consolidação no
período de 12 a 29 de julho de 2016.
Interpretação de retroatividade – Ato
Declaratório Interpretativo RFB nº 8, de
24 de agosto de 2016
A Receita Federal emitiu em 24 de agosto de
2016 ato declaratório interpretativo com a
finalidade de estabelecer entendimento quanto
à aplicabilidade da revogação dos §§ 15 e 16
do artigo 74 da Lei nº 9.430, de 27 de
dezembro de 1996, pela Lei nº 13.137, de 19
de junho de 2015.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 74
Os parágrafos da Lei nº 9.430/96 tratavam da
aplicação de multa isolada de 50% no caso de
o contribuinte ter seu pedido de ressarcimento
indeferido ou declarado indevido, e, ainda, de
multa de 100% na hipótese de pedido de
ressarcimento obtido com falsidade.
Segundo o entendimento da RFB, a revogação
da multa isolada sobre os pedidos de
ressarcimentos indeferidos, ou obtidos com
falsidade, não se aplica, tendo como base a
retroatividade benigna prevista no Código
Tributário Nacional (CTN) em relação aos
pedidos de ressarcimento pendentes de
decisão, bem como em relação aos pedidos de
ressarcimento já indeferidos pela RFB, e que
estejam pendentes de lançamento da multa
isolada.
A retroatividade da revogação das multas
isoladas será aplicável quando:
As multas não tiverem sido pagas ou
extintas pelas demais formas previstas no
CTN; e
As multas tiverem sido objeto de
parcelamento e ainda houver parcelas
pendentes de liquidação.
De acordo com a RFB, caso o contribuinte
tenha realizado o pagamento da multa
isolada, como anteriormente previsto pela Lei
nº 9.430/96, a revogação dos §§ 15 e 16 pela
Lei nº 13.137/15 não concede direito à
restituição da multa paga.
Regime Especial de Regularização
Cambial e Tributária (RERCT)
Em 2016 foi publicada a Lei nº 13.254, de 13
de janeiro de 2016, para instituir o RERCT. O
referido regime visa à declaração voluntária de
recursos, bens ou direitos de origem lícita, não
declarados ou declarados com omissão ou
incorreção, remetidos ou mantidos no exterior,
ou repatriados por residentes ou domiciliados
no País.
O RERCT é aplicável aos residentes ou
domiciliados no Brasil em 31 de dezembro de
2014, e a declaração deverá conter:
Identificação do declarante;
Identificação dos bens, recursos ou direitos
a serem regularizados;
Valor, em real, dos bens, recursos ou
direitos; e
Declaração de que os bens, recursos ou
direitos decorrem de atividade econômica
lícita.
A RFB publicou a IN nº 1.627, de 11 de março
de 2016, com o objetivo de regulamentar o
RERCT.
A IN nº 1.627/16 definiu que os recursos,
bens ou direitos objeto de regularização pelo
RERCT são os seguintes:
Depósitos bancários, certificados de
depósitos, cotas de fundos de
investimento, instrumentos financeiros,
apólices de seguro, certificados de
investimento ou operações de
capitalização, depósitos em cartões de
crédito, fundos de aposentadoria ou
pensão;
Operação de empréstimo com pessoa física
ou jurídica;
Recursos, bens ou direitos de qualquer
natureza, decorrentes de operações de
câmbio ilegítimas ou não autorizadas;
Recursos, bens ou direitos de qualquer
natureza, integralizados em empresas
estrangeiras sob a forma de ações,
integralização de capital, contribuição de
capital ou qualquer outra forma de
participação societária ou direito de
participação no capital de pessoas jurídicas
com ou sem personalidade jurídica;
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 75
Ativos intangíveis; e
Bens imóveis e móveis.
Para a adesão ao RERCT, o contribuinte
deverá apresentar a declaração de
regularização cambial e tributária (Dercat),
pagamento integral do imposto sobre a renda
à alíquota de 15% e pagamento integral da
multa de regularização correspondente a
100% do imposto sobre a renda, sendo o
referido imposto calculado sobre o valor do
recurso objeto de regularização.
O prazo para que o contribuinte realize a
adesão ao RERCT é 31 de outubro de 2016,
podendo o pagamento do imposto sobre a
renda e da multa, decorrentes da
regularização dos recursos, ser realizado
também até o dia 31 de outubro de 2016.
Em relação aos recursos pertencentes à
pessoa física submetidos à regularização pelo
RERCT, deverá ser apresentada a Declaração
de Ajuste Anual do Imposto de Renda com o
objetivo de relacionar, na ficha de bens e
direitos, os recursos regularizados por meio da
adesão ao RERCT.
O prazo para apresentação da Declaração de
Ajuste Anual, inicialmente previsto para 31 de
outubro de 2016, foi prorrogado para 31 de
dezembro de 2016 conforme a IN nº 1.665,
de 19 de outubro de 2016.
Alterações do Imposto sobre Operações
de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas
a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF)
O Governo Brasileiro publicou o Decreto
nº 8.731, de 30 de abril de 2016, com o
propósito de promover algumas alterações nas
regras do IOF.
Segundo o Decreto nº 8.731/16, nas
operações simultâneas de câmbio para o
ingresso de recursos no Brasil para
investimento em ações negociáveis em bolsa
de valores, a alíquota do IOF ficará reduzida
de 0,38% para 0,00%.
Já em relação às operações realizadas para
compra de moeda estrangeira, que sejam
liquidadas a partir de 3 de maio de 2016, a
alíquota do IOF passará a ser de 1,10%.
Outra disposição quanto às alíquotas
aplicáveis ao IOF previstas no Decreto
nº 8.731/16 refere-se às operações de
empréstimos contratados no exterior cujo
prazo fixado, ainda que superior a 180 dias,
tenha a liquidação antecipada dentro do prazo
mínimo fixado no Decreto nº 6.306, de 14 de
dezembro de 2007, correspondente a 180
dias; neste caso a alíquota do IOF a ser
observada pelo contribuinte é de 6%, sem a
incidência de juros moratórios e multa.
Ainda de acordo com o Decreto nº 8.731/16, o
IOF estará limitado à alíquota de 1% ao dia,
no prazo de 30 dias, em relação às operações
com instituições financeiras decorrentes de
debêntures emitidas por entidades do mesmo
grupo econômico.
Solução de Consulta SRRF06 nº 6.007, de
29 de janeiro de 2016
A Receita Federal emitiu entendimento por
meio da Solução de Consulta nº 6.007/16,
acerca da incidência do IOF nas operações de
crédito que envolvam mútuo de recursos
financeiros por meio de conta-corrente.
Segundo o posicionamento da Receita Federal,
há incidência de IOF nas operações de mútuo
financeiro, independentemente da forma pela
qual os valores sejam disponibilizados,
incluindo as transações realizadas mediante
conta-corrente, afirmando ainda que o IOF será
devido na data da concessão do crédito e
deverá ser pago até o terceiro dia útil da
semana subsequente em que ocorrer a
disponibilização do crédito.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 76
Integralização de capital – IRRF e da
Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (CIDE)
A Receita Federal publicou o Ato Declaratório
Interpretativo nº 7, de 23 de agosto de 2016,
com a finalidade de esclarecer que, na
ocorrência de integralização de capital de
pessoa jurídica no Brasil com cessão de direito
por residente no exterior, o valor do direito
estará sujeito à alíquota de 15%.
A RFB disciplinou ainda que, caso o direito
cedido se baseie em aquisição de
conhecimentos tecnológicos ou transferência
de tecnologia, o valor integralizado também
estará sujeito à incidência da CIDE à alíquota
correspondente a 10%.
Ganho de capital e resultados
obtidos no exterior
O Governo Brasileiro publicou a Lei nº 13.259,
de 16 de março de 2016, para dispor sobre o
imposto sobre a renda incidente sobre o
ganho de capital originado da alienação de
bens e direitos de qualquer natureza, e
introduziu ainda regras adicionais sobre a
forma de tributação dos resultados obtidos a
partir de coligada no exterior.
Ganho de capital –
imposto sobre a renda
Com a publicação da Lei nº 13.259/16, o
ganho de capital apurado pelas pessoas físicas
em decorrência da alienação de bens e
direitos estará sujeito ao imposto sobre a
renda cuja alíquota determinada pelo Governo
Brasileiro foi fixada entre 15% e 22,5%, de
acordo com as seguintes condições:
Alíquota de 15% - ganhos que não
ultrapassarem R$5.000.000,00;
Alíquota de 17,5% - ganhos que
excederem a R$5.000.000,00 e não
ultrapassarem R$10.000.000,00;
Alíquota de 20% - ganhos que excederem
a R$10.000.000,00 e não ultrapassarem
R$30.000.000,00;
Alíquota de 22,5% - ganhos que
ultrapassarem R$30.000.000,00.
Caso a alienação seja realizada em partes,
para fins de determinação do somatório do
ganho de capital, a fim de identificar a
alíquota do imposto sobre a renda aplicável, o
contribuinte poderá se valer do somatório das
transações realizadas, observando as
seguintes condições:
a) Ganhos oriundos da alienação em partes
do mesmo bem ou direito; e
b) Que a operação seja concluída até o final
do ano-calendário subsequente ao da
primeira transação.
O ganho de capital percebido por pessoa
jurídica em decorrência da alienação de bens e
direitos integrantes do ativo não circulante
estará sujeito à alíquota do imposto sobre a
renda fixada entre 15% e 22,5%, excetuando
as pessoas jurídicas que adotam como regime
de tributação o lucro real, presumido ou
arbitrado.
A Receita Federal publicou o Ato Declaratório
Interpretativo nº 3, de 27 de abril de 2016,
visando esclarecer que os artigos da Lei
nº 13.259/16 referentes à tributação do
ganho de capital produzirão efeitos a partir de
1º de janeiro de 2017.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 77
Resultados obtidos por
coligada no exterior
A Lei nº 13.259/16 introduziu artigo adicional
à Lei nº 12.973/14 no que diz respeito às
regras de tributação dos resultados obtidos no
exterior por pessoa jurídica brasileira.
De acordo com a Lei nº 12.973/14, a
tributação dos lucros auferidos por intermédio
de coligadas estará sujeita à incidência do
IRPJ e da CSLL no dia 31 de dezembro do
ano-calendário em que os lucros tiverem sido
disponibilizados, desde que observadas as
seguintes condições:
(i) A coligada não esteja situada em país em
que o imposto de renda seja inferior a
20%;
(ii) A coligada não esteja localizada em país
ou dependência com tributação
favorecida (paraíso fiscal), ou regime
fiscal privilegiado; e
(iii) Não seja controlada, direta ou
indiretamente, por pessoa jurídica nas
condições dos itens (i) e (ii).
A partir do artigo incluído na Lei nº 12.973/14
pela Lei nº 13.259/16, o contribuinte poderá
optar pela tributação dos resultados obtidos
por intermédio de coligada, não no momento
da disponibilização dos lucros mas na data de
31 de dezembro do ano-calendário em que os
lucros (resultados positivos) tiverem sido
apurados pela empresa (coligada) domiciliada
no exterior, ou, ainda, no caso de a coligada
incorrer em resultado negativo (prejuízo), este
poderá ser compensado com lucros futuros da
própria coligada, desde que devidamente
informados na ECF.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 78
om a publicação da Lei
nº 12.973/14, o Governo Brasileiro,
entre outras disposições, disciplinou
a revogação do Regime Tributário
de Transição (RTT), que uma vez
introduzido no ordenamento
jurídico brasileiro tinha como propósito
neutralizar os efeitos tributários decorrentes
de novas práticas contábeis inseridas no Brasil
para fins de determinação do IRPJ, da CSLL,
do PIS/PASEP e da COFINS.
Durante a vigência do referido regime, os
contribuintes acumularam saldos de ajustes
de RTT originados a partir da neutralização
dos efeitos fiscais decorrentes dos reflexos dos
novos métodos e critérios contábeis.
A partir da revogação do RTT, a Lei
nº 12.973/14 expôs a necessidade de criação
de controles para o saldo acumulado de RTT;
esse saldo foi determinado, durante a vigência
do RTT, com base na diferença identificada
por meio da mensuração dos ativos e passivos
de acordo com as disposições da Lei
nº 6.404/76, contabilidade societária, e os
métodos e critérios vigentes em 31 de
dezembro de 2007, contabilidade fiscal.
A necessidade de controles dos saldos
acumulados de RTT foi inserida pela Lei
nº 12.973/14; no entanto, a forma e os
prazos para a apresentação dos controles
foram disciplinados pela RFB por meio da
publicação da IN nº 1.515/14.
Segundo a IN nº 1.515/14, as pessoas
jurídicas sujeitas ao RTT até 31 de dezembro
de 2014, tendo realizado a opção pela
antecipação dos efeitos da Lei nº 12.973/14,
ou não, poderiam implementar o controle dos
saldos acumulados de RTT a partir de 1º de
janeiro de 2015, sendo o controle instituído
pela RFB referente às subcontas vinculadas ao
ativo e/ou passivo que representavam as
diferenças entre as disposições da Lei
nº 6.404/76 e os métodos e critérios vigentes
em 31 de dezembro de 2007.
Os dispositivos da IN nº 1.515/14 visam
disciplinar os procedimentos a serem adotados
pelos contribuintes com vistas a evitar a
adição imediata ou a não exclusão do saldo
acumulado do ajuste de RTT evidenciado no
momento da adoção das regras da Lei
nº 12.973/14 em 1º de janeiro de 2014, para
as pessoas jurídicas optantes pela
antecipação, ou em 1º de dezembro de 2015,
para os não optantes pelos efeitos da Lei
nº 12.973/14.
Os contribuintes deverão observar as regras
estabelecidas quanto à criação das subcontas,
uma vez que a não evidenciação em
subcontas das diferenças entre os elementos
de ativo ou passivo determinados pela Lei
nº 6.404/76 e os métodos e critérios vigentes
em 31 de dezembro de 2007 resulta ou na
adição imediata ou na impossibilidade de
exclusão dos saldos acumulados verificados
por ocasião da adoção inicial.
A Lei nº 12.973/14 e as subcontas
Por Gustavo Rotta, sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte, com colaboração de Kelly Miranda, consultora sênior da área de Consultoria Tributária da Deloitte
C
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 79
Os controles exigidos pela RFB (as subcontas)
deverão ser analíticos e registrar os
lançamentos contábeis das diferenças
identificadas na adoção inicial em último nível.
No caso de ativos ou passivos representados
por mais de uma conta contábil, como por
exemplo bens depreciáveis, o controle das
diferenças, saldos acumulados de RTT, deverá
ser realizado com a utilização de uma
subconta para cada conta de ativo e/ou
passivo. No caso de ativo ou passivo
representado por mais de uma conta e caso
uma dessas contas conste na data da adoção
inicial na contabilidade societária, mas não
esteja evidenciada na contabilidade fiscal
(métodos e critérios vigentes em 31 de
dezembro de 2007), como por exemplo a
perda estimada por redução ao valor
recuperável de ativo, a subconta disciplinada
pela IN nº 1.515/14 poderá corresponder à
própria conta de ativo e/ou passivo que já
evidenciava a diferença no momento da
adoção inicial.
Por outro lado, na hipótese do ativo ou
passivo não reconhecido na contabilidade de
acordo com a Lei nº 6.404/76 na data da
adoção inicial, mas reconhecido na
contabilidade fiscal, a diferença evidenciada
estará dispensada do controle em subconta,
devendo ser controlada na parte B do Livro de
Apuração do Lucro Real (LALUR) e/ou Livro de
Apuração da Contribuição Social (LACS).
Além de ser exigido o controle em subconta
pela RFB para que seja permitido aos
contribuintes o diferimento da tributação ou a
realização de exclusão das diferenças de ativo
ou passivo evidenciadas no momento da
adoção inicial, a RFB, por meio da IN
nº 1.515/14, instituiu controles adicionais.
Nesse contexto, a IN nº 1.515/14 introduziu o
Livro Razão Auxiliar das Subcontas (RAS), que
deverá ser elaborado pelos contribuintes com
a finalidade de apresentar as subcontas que
estejam relacionadas a grupo de ativos ou
passivos e deverá contemplar o detalhamento
individualizado por ativo ou passivo.
O Livro RAS teve seu layout definido por meio
do Ato Declaratório Executivo COFIS nº 19/16.
Inicialmente, a RFB definiu que as pessoas
jurídicas obrigadas à elaboração do Livro RAS
deveriam transmiti-lo ao SPED; no entanto, o
dispositivo que obrigava a transmissão do
arquivo foi revogado.
Apesar da dispensa quanto à transmissão do
livro auxiliar (RAS) à RFB, os contribuintes
deverão elaborá-lo no layout previsto no Ato
Declaratório nº 19/16 e apresentá-lo, em caso
de serem intimados a fazê-lo em eventual
auditoria da RFB.
É importante esclarecer aos contribuintes que,
ainda que o layout do Livro RAS tenha sido
introduzido apenas no ano-calendário 2016, a
sua elaboração será realizada de maneira
retroativa; assim, as pessoas jurídicas que
tiverem realizado a opção pela antecipação
dos efeitos em relação à revogação do RTT
deverão apresentar o Livro RAS a partir do
ano-calendário 2014. Já para as empresas que
não realizaram a opção pela antecipação da
revogação do RTT, a obrigatoriedade do Livro
RAS será a partir do ano-calendário 2015.
Aliado ao Livro RAS, a RFB elaborou
documentos que foram introduzidos como
“anexos” na IN nº 1.515/14, que visam
esclarecer e auxiliar os contribuintes em
relação às contabilizações a serem adotadas
para a realização dos saldos acumulados de
RTT, identificados no momento da adoção
inicial.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 80
Entre os anexos preparados pela Receita
Federal, destaca-se o Anexo IV, que tem a
finalidade de apresentar exemplos para a
contabilização da subconta que evidencia a
diferença de depreciação, amortização ou
exaustão acumulada.
Ainda que outras teses sobre a realização dos
saldos existentes na data da adoção inicial
possam existir, os contribuintes deveriam
observar as regras expostas no Anexo IV, o
que, na prática, implicaria a necessidade de
controles mais complexos e robustos, além de
“antecipar” ajustes que a maior parte dos
contribuintes interpretava que deveria fazer
após o término da vida útil “fiscal”.
Considerando o exemplo elaborado pela RFB,
a realização do saldo acumulado da diferença
de depreciação controlada em subconta e o
efeito na base de cálculo do IRPJ e da CSLL
em razão do diferimento da tributação
introduzido pela Lei nº 12.973/14, em
oposição ao que estava determinado durante
a vigência do RTT, corresponderão ao seguinte
(com base em dados hipotéticos):
Aquisição de equipamento em 2 de janeiro
de 2013 por R$60.000,00;
Vida útil para fins societários: seis anos;
Não há valor residual;
Vida útil estabelecida nos Anexos I e II da
IN SRF nº 162/98 (fiscal): quatro anos;
Valores realizados por depreciação são
dedutíveis;
Pessoa jurídica tributada pelo lucro real
anual;
Data da adoção inicial da Lei
nº 12.973/14: 1º de janeiro de 2015.
Com base nessas informações, até o momento
da adoção inicial, em 1º de janeiro de 2015, o
saldo acumulado de RTT a título de diferença
da taxa de depreciação adotada é de
R$10.000,00, visto que a diferença de taxa de
depreciação determinada pela contabilidade
versus a taxa de depreciação determinada
pela legislação tributária corresponde ao
montante de R$20.000,00, que estará sujeito
à neutralidade para fins de base de cálculo do
IRPJ e da CSLL.
O saldo acumulado de RTT identificado na
data da adoção inicial a ser contabilizado na
subconta vinculada à conta do ativo
imobilizado, e que será objeto de diferimento
pelo prazo da vida útil societária
remanescente, neste caso, corresponde a
quatro anos.
Vale lembrar que, em relação aos ajustes
fiscais decorrentes de diferença entre a taxa
de depreciação estabelecida pela RFB e aquela
adotada pelo contribuinte em suas
demonstrações contábeis, realizados após a
adoção inicial, seu controle não será realizado
em subconta, mas sim na parte B do LALUR e
do LACS, de acordo com a IN nº 1.515/14.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 81
Assuntos relativos aos tributos indiretos
Uniformização dos produtos sujeitos ao
ICMS-ST
Em agosto de 2015 foi publicado o Convênio
CONFAZ nº 92, que trata da uniformização e
identificação das mercadorias e dos bens
passíveis de sujeição aos regimes de
substituição tributária e de antecipação de
recolhimento do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), em todo o
País.
A intenção é que os Estados tenham
uniformidade na definição dos bens sujeitos ao
referido regime.
Assim, desde agosto de 2015, os Estados
passam a internalizar as disposições do
Convênio e adaptar a lista interna dos
produtos sujeitos ao referido regime.
Isso fez com que parte dos produtos
comercializados pelas empresas passassem a
integrar a lista de mercadorias sujeitas ao
regime de substituição tributária, ou fossem
retirados do regime.
Vale mencionar, ainda, que o mesmo
Convênio instituiu novas informações às
obrigações acessórias, como o arquivo
eletrônico da EFD (SPED Fiscal) e da Nota
Fiscal Eletrônica (NF-e), com a criação do
Código Especificador de Substituição Tributária
(CEST), que identifica a mercadoria passível
de sujeição aos regimes de substituição
tributária e de antecipação do recolhimento do
imposto.
Contudo, o CEST apenas será de informação
obrigatória na NFe a partir de 1º de julho de
2017.
Incidência do ICMS nas saídas
interestaduais para não contribuintes
A Emenda Constitucional (EC) nº 87/15 altera
a sistemática de cobrança do ICMS nas
operações e prestações que destinem bens e
serviços a consumidor final, não contribuinte
do imposto, localizado em outro Estado.
Antes da EC nº 87/15, nessas operações e
prestações, o ICMS era devido integralmente
ao Estado de origem. Após a Emenda, o ICMS
devido nessas operações e prestações será
partilhado.
O Estado de origem terá direito ao imposto
correspondente à alíquota interestadual (7%
ou 12%, se a mercadoria for nacional e
dependendo do local de destino; ou, ainda,
4%, caso a mercadoria seja importada). O
Estado de destino terá direito ao imposto
correspondente à diferença entre a sua
alíquota interna e a alíquota interestadual.
Essas alterações passaram a ter validade
prática em 2016 e, para que o Estado de
origem não perca essa receita de ICMS de
forma imediata, criou-se a seguinte
sistemática:
Ano
ICMS apurado pela diferença entre alíquotas internas e
interestaduais
UF Origem UF Destino
2016 60% 40%
2017 40% 60%
2018 20% 20%
2019 0% 0%
Via de regra, esse valor correspondente ao
Estado de destino deve ser recolhido pelo
remetente em todas as remessas
interestaduais de mercadorias, por meio da
Guia Nacional de Recolhimento de Tributos
Estaduais (GNRE). Contudo, permite-se que os
estabelecimentos situados nos Estados de
origem solicitem inscrição estadual nos
Estados de destino para que possam recolher
esse ICMS devido ao Estado de destino em
uma só vez, calculado na apuração do ICMS
mensalmente.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 82
Bloco K – prorrogação do prazo
O prazo de entrega do Bloco K da Escrituração
Fiscal Digital (EFD) relativa ao ICMS e IPI
(também chamado de SPED Fiscal) sofreu
nova prorrogação.
O Bloco K é o Livro de Registro de Controle da
Produção e do Estoque que, conforme o Ajuste
SINIEF nº 01/16 e a IN RFB nº 1.672/16,
passará a ser obrigatório a partir das
seguintes datas:
(I) 1º de janeiro de 2017, para os
estabelecimentos industriais classificados nas
divisões 10 a 32 da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE) pertencentes a
empresa com faturamento anual igual ou
superior a R$300.000.000,00;
(II) 1º de janeiro de 2018, para os
estabelecimentos industriais classificados nas
divisões 10 a 32 da CNAE pertencentes a
empresa com faturamento anual igual ou
superior a R$78.000.000,00;
(III) 1º de janeiro de 2019, para os demais
estabelecimentos industriais, os
estabelecimentos atacadistas classificados nos
grupos 462 a 469 da CNAE e os
estabelecimentos equiparados a industrial.
Em relação aos estabelecimentos industriais
fabricantes de bebidas e fabricantes de
produtos do fumo, o cumprimento da
obrigação se dará conforme segue:
a) Para fatos ocorridos entre 1º de dezembro
de 2016 e 31 de dezembro de 2018, a
escrituração do Bloco K da EFD fica restrita
à informação dos saldos de estoques
escriturados nos Registros K200 e K280; e
b) Para fatos ocorridos a partir de 1º de
janeiro de 2019, a escrituração do Bloco K
da EFD deverá ser completa.
Os demais detalhes acerca da obrigatoriedade
e das especificidades do Bloco K podem ser
encontrados no Ajuste SINIEF nº 02/09.
Exclusão da capatazia no valor aduaneiro
e na base de cálculo dos tributos
No dia 5 de setembro de 2016, o Tribunal
Regional Federal da 4ª Região (TRF4) publicou
a Súmula nº 92, segundo a qual, na operação
de importação, o valor pago pela capatazia
não compõe o valor aduaneiro e, por
consequência, não é incluído na base de
cálculo do Imposto de Importação (II).
A redação da Súmula dispõe que “O custo dos
serviços de capatazia não integra o ‘valor
aduaneiro’ para fins de composição da base de
cálculo do imposto de importação”.
Como argumentação, defende-se que o Brasil
é signatário do tratado internacional do
General Agreement on Tariffs and Trade
(GATT), o qual prevê normas gerais de tarifas
e comércio. Segundo esse acordo, o valor
aduaneiro é composto pelo valor das
mercadorias e pelos demais valores adicionais
até o momento de a mercadoria chegar no
porto ou aeroporto de destino.
Assim, como a capatazia é um serviço de
movimentação de mercadorias nas instalações
dentro do porto e, obviamente, ocorre após a
chegada da mercadoria no porto, não deve ser
considerada como parte do valor aduaneiro
para cálculo do II.
A referida Súmula caminha conforme
entendimento do Superior Tribunal de Justiça
(STJ). Seguindo os mesmos argumentos, esse
órgão decidiu que a Secretaria da Receita
Federal, ao determinar que se computem os
gastos com descarga da mercadoria, no
território nacional, no valor aduaneiro,
desrespeita os limites impostos pelo Acordo de
Valoração Aduaneira e pelo Decreto
nº 6.759/09, tendo em vista que a realização
de tais procedimentos de movimentação de
mercadorias ocorre apenas após a chegada da
embarcação, ou seja, após a sua chegada ao
porto alfandegado (Agravo Regimental no
Recurso Especial nº 1.434.650/CE; data 26 de
maio de 2015).
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 83
Excesso da cobrança da
Taxa Siscomex
O STJ, em 29 de abril de 2016, negou
seguimento a um Recurso Especial (Resp)
contra acórdão do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região (TRF4), o qual decidiu que houve
excesso no reajuste da Taxa Siscomex no ano
2011, determinando que o contribuinte
voltasse a calculá-la de acordo com o valor
instituído anteriormente e compensasse o
valor pago com outros tributos administrados
pela RFB.
Até o ano 2011, a Taxa Siscomex era devida
no valor de R$30,00 por Declaração de
Importação (DI), e mais R$10,00 por adição
na DI.
Contudo, a IN nº 1.158/11 aumentou o valor
da DI para R$189,00 e o da adição para
R$29,50.
Diante desse aumento, muitos contribuintes
sustentaram que o aumento foi excessivo e
abusivo, superior a 500%.
A tese foi acolhida pelo TRF4 (Apelação
nº 5064258-43.2014.4.04.7000/PR; data 15
de dezembro de 2015), o qual determinou o
recolhimento da taxa anterior (sem o aumento
considerado excessivo), bem como a
restituição/compensação do valor recolhido a
maior.
Assim, a Fazenda Nacional recorreu da
decisão, mas o entendimento do STJ negou
seguimento ao recurso, tendo em vista que o
acórdão do TRF4 estava amplamente
fundamentado e não se pode reavaliar provas
em sede do STJ.
Operador Econômico Autorizado (OEA)
O Programa Brasileiro de OEA, instituído pela
IN RFB nº 1.598/15, busca a certificação de
intervenientes em operações de comércio
exterior que representem baixo grau de risco
em suas operações, tanto em termos de
segurança física da carga quanto de
cumprimento de obrigações tributárias e
aduaneiras.
O OEA possui, entre seus objetivos, o de
apoiar as empresas brasileiras, a fim de torná-
-las mais competitivas, por meio da facilitação
de suas operações de comércio exterior.
Ainda, o OEA surgiu na mesma orientação
internacional de credenciamento de
operadores legítimos e confiáveis para operar
com maior facilitação no comércio exterior
(Pilar 2 da Organização Mundial das Aduanas:
Parceria Aduana-Empresa).
O Programa é de adesão voluntária e visa, até
2019, atingir a meta de 50% das declarações
de exportação e de importação registradas no
País por empresas certificadas como OEA.
A empresa certificada como OEA possui
diversos benefícios; entre os principais:
Reduzido percentual de seleção de
despachos de importação e exportação
para canais de conferência;
Conferência processada com prioridade
pelas unidades da RFB;
Parametrização imediata após registro da
DI e da Declaração de Exportação (DE);
Solução de Consulta sobre Classificação
Fiscal em 40 dias;
Canal direto de comunicação com
especialistas em OEA na RFB;
Dispensa de exigências na habilitação a
Regimes Aduaneiros Especiais (cumpridas
no OEA);
Benefícios dos Acordos de Reconhecimento
Mútuo (ARM).
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 84
Consequentemente, a empresa que realiza
importação e revenda usufruirá, entre os
principais benefícios:
Preferência para o canal verde (despacho
de importação, exportação e trânsito);
Diminuição do lead time na importação e
exportação;
Redução nas despesas com demurrage de
containers;
Oportunidade de redução do custo de
inventário de material importado;
Oportunidade de redução dos custos de
armazenagem (aéreo e marítimo);
Melhor organização interna da empresa;
Aumento da credibilidade com as Aduanas,
como contribuinte idôneo.
IPI incidente na revenda de importados
Até meados de 2015 o STJ entendia pela não
incidência do IPI no momento da primeira
revenda de produtos importados.
Contudo, em sede de recurso repetitivo, o
próprio STJ mudou seu entendimento e
pacificou a controvérsia no sentido de que há
efetivamente a incidência do IPI na revenda
dos produtos importados (Recurso Especial
RESP nº 1.403.532/SC; julgado em 14 de
outubro de 2015).
Assim, firmou-se o entendimento de que a
incidência do IPI no caso de produtos
importados possui dois momentos: o
desembaraço aduaneiro, no qual a pessoa
jurídica figura como contribuinte na qualidade
de importador, e posteriormente, na saída do
produto importado do estabelecimento
importador (revenda), quando se equipara a
industrial.
Das decisões proferidas pelo STJ, os
contribuintes interpuseram Recurso
Extraordinário (RE) perante o Supremo
Tribunal Federal (STF), o qual se pronunciou,
no RE nº 946.648, em 30 de junho de 2016,
pela repercussão geral do tema, de modo que
o mérito da questão aguarda julgamento.
ICMS sobre softwares
A tributação sobre os softwares tem passado
por diversas mudanças recentemente.
No final do ano 2015, o CONFAZ permitiu que
diversos Estados concedessem redução da
base de cálculo do ICMS sobre operações com
software, aplicativos e jogos eletrônicos, entre
outros, inclusive via download.
Para a concessão de benefícios sobre esses
itens, pressupõe-se, portanto, que eles estão
no campo de incidência do ICMS.
Embora muito se questione acerca da
incidência ou não do ICMS sobre softwares,
alguns Estados deixaram de cobrar ou
suspenderam a exigência do ICMS nessas
operações.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 85
O Estado de São Paulo, por exemplo,
internalizou em sua legislação as disposições
do Convênio, porém, suspendeu a exigência
do imposto conforme o artigo 37 das
Disposições Transitórias do RICMS: “Não será
exigido o imposto em relação às operações
com softwares, programas, aplicativos,
arquivos eletrônicos, e jogos eletrônicos,
padronizados, ainda que sejam ou possam ser
adaptados, quando disponibilizados por meio
de transferência eletrônica de dados
(download ou streaming), até que fique
definido o local de ocorrência do fato gerador
para determinação do estabelecimento
responsável pelo pagamento do imposto.”
Como principal argumento dos contribuintes,
entende-se que o download de software não
configura uma “circulação de mercadoria”,
uma vez que o objeto da negociação é o
licenciamento de uso do programa ou
aplicativo e não a compra do próprio software.
Dessa forma, inexiste “circulação” na
operação, em razão de o objeto da transação
ser geralmente passível de licenciamento e
não de compra e venda ou transferência.
Outro argumento utilizado é que o software,
por ser incorpóreo, não configura uma
“mercadoria” negociada, podendo o ICMS
apenas incidir sobre bens corpóreos.
Por esses dois argumentos, na visão dos
contribuintes, não se pode falar em “circulação
de mercadorias”.
Enquanto não há uma melhor regulamentação
e definições judiciais acerca da matéria,
principalmente sobre a constitucionalidade da
cobrança e, em caso positivo, do local de
exigência do fato gerador, o tema permanece
questionável.
Ressarcimento de ICMS-ST - hipótese de
valor do imposto retido a maior
Em 19 de outubro de 2016, o STF definiu que
é devida a restituição da diferença do ICMS
pago a mais no regime de substituição
tributária se a base de cálculo efetiva da
operação for inferior à presumida (Recurso
Extraordinário nº 593.849).
Dessa forma, a decisão é favorável aos
contribuintes que realizam vendas de
mercadorias sujeitas ao regime de ICMS-ST e
se o preço final de venda dos produtos for
inferior à base de cálculo presumida pelo
regime da substituição tributária.
No entendimento de ministros do STF,
“havendo possibilidade de se apurar a
operação real, é ela que deve prevalecer, e
não a presunção. Se é possível apurar o que é
real, eu acho que não se deve trabalhar com
uma presunção definitiva” (ministro Luís
Roberto Barroso).
O tema tinha repercussão geral reconhecida e
norteará o julgamento de inúmeros processos
similares.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 86
sistemática da não cumulatividade do PIS e da COFINS foi instituída pelas Leis nº 10.637/02 (PIS) e nº 10.833/03 (COFINS), as quais preveem um rol exemplificativo de
créditos que podem ser utilizados para abater os valores devidos a título de tais contribuições.
Diante da multiplicidade de custos/despesas
que podem gerar créditos de PIS e COFINS, e
tendo em vista que as leis instituidoras do
regime não cumulativo trouxeram conceitos
abstratos com relação aos créditos a serem
utilizados, a RFB editou as Instruções
Normativas nº 247/02 e nº 404/04, que
restringiram o alcance do conceito de gastos
que podem gerar créditos de PIS e COFINS.
Segundo os referidos atos administrativos da
Receita, somente os gastos com insumos
utilizados na produção de bens ou na
prestação de serviços poderiam gerar os
créditos de PIS e COFINS.
Ocorre que o conceito de insumos introduzido
pela Receita Federal por meio das Instruções
Normativas anteriormente referidas aproxima-
-se muito daquele utilizado para apuração de
créditos de IPI, uma vez que faz referência
somente a matérias-primas, produtos
intermediários, materiais de embalagem e
outros bens que sofram alteração, e é esse
conceito que vem sendo utilizado pelo órgão
de fiscalização federal para a verificação da
regularidade da apuração de créditos pelas
empresas.
Atualmente, o contribuinte é quem na prática
faz a análise do que se considera “insumo”
para fins de créditos das referidas
contribuições, levando-se em consideração
suas atividades, e na ocasião de apropriação
de créditos sobre outros custos que não os
estritamente decorrentes da aquisição de
matérias-primas, produtos intermediários,
materiais de embalagem e outros bens que
sofram alteração acaba por sofrer uma glosa
de sua apuração de PIS e COFINS, e,
consequentemente, tem contra si lavrado auto
de infração. Em última análise, a discussão
acaba sendo resolvida no Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) ou
no Judiciário.
Notadamente no CARF, trata-se de um dos
temas com maior número de processos em
curso, bem como de valores discutidos. Pela
análise da jurisprudência do tribunal
administrativo, é possível notar a existência
de três principais teses sobre o assunto:
Tese restritiva: apenas são consideradas
“insumo” as despesas essencialmente
ligadas ao produto final produzido pelo
contribuinte, aproximando-se do que é
considerado insumo para fins do IPI;
Tese ampliativa: é considerada “insumo”
toda e qualquer despesa necessária ao
desenvolvimento das atividades dos
contribuintes, aproximando-se do conceito
de insumo para fins de apuração do IRPJ;
Tese intermediária: geram direito a crédito
das contribuições os bens ou serviços
essenciais para o exercício da atividade
econômica do contribuinte, nem tão
restrita quanto a tese do IPI, nem tão
ampla quanto a tese do IRPJ.
Até o final do ano 2010, a jurisprudência do
órgão oscilou entre a aplicação das duas
primeiras teses mencionadas. No entanto, a
partir desse ano, passou-se a adotar a tese
intermediária, segundo a qual o PIS e a
COFINS possuem seus conceitos próprios, de
forma que isso deve ser analisado caso a caso
para determinação de seu creditamento ou
não.
A
O conceito de insumo para fins de
PIS/COFINS e as decisões do CARF
Por Douglas Lopes, sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte, com colaboração de Renato Silvério, gerente da área de Consultoria Tributária da Deloitte
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 87
Dessa forma, recentes decisões1 foram
proferidas pelo CARF no sentido de “alargar” o
conceito de insumo, alcançando também as
despesas necessárias às atividades das
empresas que atuam no segmento de
comércio atacadista e varejista, não
restringindo o direito ao crédito somente às
empresas industriais.
Em suma, para a definição acerca da
possibilidade de crédito sobre determinadas
despesas, deve-se analisar a sua
essencialidade e necessidade relacionada ao
processo produtivo/fabril e/ou de revenda. Por
fim, é importante mencionar que essa tese
intermediária é aquela seguida pelo STJ
atualmente, segundo a qual os insumos são
todos aqueles bens e serviços pertinentes ao
processo produtivo e que nele possam ser
direta ou indiretamente empregados e cuja
subtração obsta a atividade da empresa.
“Para a definição acerca da possibilidade de crédito sobre determinadas despesas, deve-se analisar a sua essencialidade e necessidade relacionada ao processo produtivo/fabril e/ou de revenda.”
1 Exemplo 1: Acórdão 3301-002.883, realizado no dia 16 de março de 2016, entendeu que as despesas com
frota própria utilizada na distribuição dos produtos são insumos da atividade e geram direito de aproveitamento de
crédito do PIS e da COFINS.
Exemplo 2: Acórdão 3301-002.978, realizado em 19 de maio de 2016; a 1ª Turma Ordinária da 3ª Câmara da
Terceira Seção de Julgamento do CARF, ao analisar um auto de infração que fora lavrado em face de uma rede de
supermercados, entendeu que, com base no princípio da não cumulatividade, deveriam ser admitidos os créditos a
título de insumos no caso das empresas que atuam no ramo do comércio, tendo em vista a qualidade meramente
exemplificativa do texto constante no artigo 3º das Leis nº 10.637/02 e nº 10.833/03.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 88
Assuntos tributários sobre questões
trabalhistas e previdenciárias
eSocial - definição de novo cronograma
para início da obrigatoriedade e
alterações do leiaute
O Comitê Diretivo do eSocial, por meio da
Resolução nº 2, de 30 de agosto de 2016,
divulgou os novos prazos para a
obrigatoriedade da utilização do sistema,
conforme a seguir:
1º de janeiro de 2018, para os
empregadores e contribuintes com
faturamento no ano 2016 acima de
R$78.000.000,00; e
1º de julho de 2018, para os demais
empregadores e contribuintes.
A Resolução nº 2/16 trouxe ainda outros
detalhes para o cumprimento do eSocial, tais
como:
As informações relativas aos eventos de
Saúde e Segurança do Trabalhador (SST)
estão dispensadas nos seis primeiros
meses depois das datas de início da
obrigatoriedade;
Até 1º de julho de 2017 será
disponibilizado às empresas um ambiente
de produção restrito para testes; e
O não cumprimento dos prazos estipulados
ou a apresentação de informações
incorretas sujeitará as empresas às
penalidades previstas na legislação.
Ainda, destacamos as seguintes informações
em relação ao eSocial:
Em junho de 2016 foi liberada a rotina de
Qualificação Cadastral em Lotes no site do
eSocial, a qual tem por objetivo oferecer
aos empregadores um aplicativo para
identificar possíveis divergências entre os
cadastros internos das empresas, o
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e o
Cadastro Nacional de Informações Sociais
(CNIS), a fim de não comprometer o
cadastramento inicial ou admissões de
trabalhadores no eSocial.
O Comitê Gestor do eSocial, por meio da
Resolução nº 5, de 2 de setembro de
2016, aprovou a nova versão 2.2 do
Leiaute do eSocial, cujos arquivos-suporte
podem ser acessados pelo link
“Documentação Técnica”, disponível no
seguinte endereço eletrônico:
http://www.esocial.gov.br/.
O Comitê Gestor do eSocial, por meio da
Resolução nº 6, de 28 de setembro de
2016, publicou a nova versão 2.2 do
Manual de Orientação do eSocial (MOS).
O manual em questão apresenta
esclarecimentos acerca do novo leiaute
contemplando as últimas alterações realizadas
na versão 2.2, bem como regras e
determinação dos prazos relativos à
declaração das informações trabalhistas e
previdenciárias exigidas pelo eSocial voltados
para a iniciativa pública (órgãos
governamentais) e privada (empregadores).
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 89
Com a publicação do referido manual é
possível ter conhecimento acerca dos
ambientes e eventos do eSocial, incluindo:
Forma de registros de eventos
trabalhistas;
Cadastramento dos benefícios
previdenciários;
Registro da folha de pagamentos;
Substituição das informações da Guia de
Recolhimento do FGTS (GFIP), outras
declarações e formulários;
Exclusões e alterações de eventos, entre
outras funções sistêmicas.
A versão do MOS 2.2 também está disponível
no endereço eletrônico:
http://www.esocial.gov.br/.
Atualização da versão Beta da
Escrituração Fiscal Digital das Retenções
e Informações da Contribuição
Previdenciária Substituída (EFD-Reinf)
Em 6 de outubro de 2016, foi disponibilizado
no site da Receita Federal o novo leiaute Beta
(versão 0.101) da EFD-Reinf.
Para a nova versão, foram incluídos três
eventos, quais sejam:
R400: Solicitação de totalização de bases e
contribuições;
R501: Informações das bases e dos
tributos consolidados por contribuinte; e
R900: Exclusão de eventos.
A seguir apresentamos o leiaute atualizado de
acordo com a nova versão Beta 0.101:
R1000 Informações do Contribuinte
R1070 Tabela de Processos
Administrativos e Judiciais
R2010 Retenção - Contribuição
Previdenciária -
Tomadores de Serviços
R2020 Retenção - Contribuição
Previdenciária -
Prestadores de Serviços
R2030 Recursos Recebidos por
Associação Desportiva
R2040 Recursos Repassados por
Associação Desportiva
R2050 Comercialização da Produção por
Produtor Rural PJ/Agroindústria
R2060 Contribuição Previdenciária sobre
a Receita Bruta (CPRB)
R2070 Retenções na Fonte - IR,
CSLL, COFINS, PIS/PASEP -
Pagamentos Diversos
R2098 Reabertura dos Eventos Periódicos
R2099 Fechamento dos
Eventos Periódicos
R3010 Receita de Espetáculo Desportivo
R400 Solicitação de Totalização de
Bases e Contribuições
R501 Informações das Bases e dos
Tributos Consolidados por
Contribuinte
R900 Exclusão de Eventos
Com as atualizações divulgadas, os eventos totalizam 638 campos a serem preenchidos para atendimento dessa nova obrigação.
Assuntos tributários
Principais temas editados em 2016
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 90
tualmente aguardando apreciação
pelo Senado Federal, o Projeto de
Lei nº 4.330/04 (PL) visa
regulamentar os contratos de
terceirização e as relações de
trabalho deles decorrentes, para as empresas
privadas no Brasil.
O principal destaque do PL refere-se à
possibilidade de terceirização da atividade-fim,
definindo em seu texto normativo a
abrangência da terceirização como a
“transferência feita pela contratante da
execução de parcela de qualquer de suas
atividades à contratada”.
É válido ressaltar que há outras novidades
abrangidas pelo PL com uma série de
exigências que precisarão ser bem
conduzidas, tanto pela contratada como pelo
contratante, visando trazer uma gama maior
de proteção para os empregados das
empresas terceirizadas. Entre essas
novidades, destacamos:
Os empregados da contratada serão
representados pelo mesmo sindicato
dos empregados da contratante
(apenas se o contrato de terceirização for
entre empresas que pertençam à mesma
categoria econômica, garantindo os
respectivos acordos e convenções coletivas
de trabalho);
Em caso de troca de empresa prestadora
de serviços terceirizados com admissão de
empregados da antiga contratada, os
salários e direitos do contrato anterior
deverão ser garantidos;
Os empregados terceirizados terão acesso
a restaurantes, transporte e
atendimento ambulatorial oferecido pela
contratante aos seus empregados; e
Se a contratante fiscalizar os pagamentos
devidos aos empregados terceirizados, a
responsabilidade continua sendo
subsidiária, mas se ela não fiscalizar
passa a ser solidária, podendo a
contratante ser acionada na Justiça junto
com a contratada.
Para este último item, a importância da
fiscalização merece destaque, visto que a
contratante deverá exigir mensalmente da
contratada a comprovação de que está
cumprindo todas as obrigações trabalhistas e
previdenciárias decorrentes do contrato, para
elidir-se da responsabilidade solidária. Será
necessário desenvolver uma ampla visão dos
aspectos trabalhistas e previdenciários, para
garantir uma relação sadia entre as partes.
Outro aspecto a ser analisado é que as
mudanças pleiteadas pelo PL seguem as
tendências globais, em que as empresas
competem com centros de terceirização em
todo o mundo, sendo a desburocratização na
celebração dos contratos de terceirização vista
como benéfica para a ampliação de esforços
na abertura de novos mercados.
“As mudanças pleiteadas pelo PL seguem as tendências globais, em que as empresas competem com centros de terceirização em todo o mundo.”
O PL concede o prazo de 180 dias, a partir da
data de sua publicação, para a adequação dos
contratos vigentes aos termos da nova lei,
visando garantir os direitos dos trabalhadores,
contratante e contratada. É importante
salientar que não serão permitidas
prorrogações de contratos que não estejam em
compliance com os termos do PL.
Diante de todas as regras e inovações
trazidas, é importante que as empresas
permaneçam em alerta para as novas
determinações a serem impostas pelo projeto
em questão, bem como estejam atentas para
a evolução do processo legislativo, de forma
que o prazo de adequação a ser estabelecido
pelo PL seja suficiente para o enquadramento
no novo modelo de terceirização dos serviços.
A
Terceirização – Projeto de
Lei nº 4.330/04
Por Fernando Azar, sócio da área de Consultoria Tributária da Deloitte, com a colaboração de Rodrigo Madureira, gerente da área de
Consultoria Tributária da Deloitte
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 91
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 92
Os projetos prioritários do Financial
Accounting Standards Board (FASB) e do
International Accounting Standards Board
(IASB), assim como os projetos individuais do
FASB, estão apresentados nas próximas
páginas, refletindo as revisões de agendas e
cronogramas do FASB e IASB e o progresso
ocorrido nesses projetos desde a emissão da
última publicação, em dezembro de 2015.
Projetos Conjuntos FASB/IASB
Instrumentos Financeiros
Status: prazo para recebimento de
comentários sobre o exposure draft.
Esse projeto aborda questões relacionadas a
hedge accounting para instrumentos
financeiros e de itens não financeiros. O
objetivo desse projeto é realizar melhorias
específicas para o modelo de contabilidade de
hedge com base no feedback recebido dos
preparadores de demonstrações financeiras,
auditores, usuários e outras partes
interessadas. O Board irá considerar
oportunidades para alinhar com a IFRS 9 -
Instrumentos Financeiros.
O exposure draft tem como objetivo:
Simplificar a contabilização das atividades
de hedge;
Melhorar as divulgações nas
demonstrações financeiras das atividades
de hedge para tornar a contabilidade e
divulgações associadas mais úteis e mais
fáceis de entender para os usuários das
demonstrações financeiras;
Resolver grandes questões de prática
relacionadas à contabilidade de hedge que
surgiram com a Declaração nº 133;
Resolver diferenças resultantes de
anomalias de reconhecimento e de
medição entre a contabilização de
instrumentos derivativos e a contabilização
de itens ou transações “hedgeadas”.
Próximos passos: a data-limite para
recebimento de comentários é 22 de
novembro de 2016. O Board irá considerar os
feedbacks recebidos sobre a Atualização de
Normas Contábeis Propostas (Accounting
Standard Update (ASU)) em uma próxima
reunião.
Receita de Contratos com Clientes
Status: deliberações sobre o exposure draft da
Atualização de Normas Contábeis.
Em 28 de maio de 2014, o FASB e o IASB
emitiram em conjunto uma norma sobre o
reconhecimento das receitas de contratos com
clientes. Em junho de 2014, o FASB e o IASB
anunciaram a formação do “Grupo de
Transição Conjunta para Reconhecimento de
Receita (TRG)”. O objetivo do TRG é informar
os Boards sobre questões potenciais de
implementação que podem surgir quando as
empresas e organizações implementarem a
nova norma. O TRG também fornece às partes
interessadas a oportunidade de aprender
sobre a nova norma com outros envolvidos na
implementação. O TRG não emite orientações.
O objetivo das atividades de definição
relacionadas ao Tópico 606 é endereçar os
desafios identificados pelo TRG na
implementação e aplicação da nova norma de
receitas em determinadas áreas.
Próximos passos: correções e melhorias
técnicas: o Board solicitou à equipe que
realizasse pesquisas adicionais sobre as
alternativas de divulgação com base no
feedback recebido sobre as divulgações
propostas na atualização.
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 93
Projetos Individuais do FASB
Estrutura Conceitual - Mensuração
Status: deliberações iniciais.
Em reunião ocorrida em dezembro de 2015,
foram discutidas duas alternativas para
determinar o que deve ser incluído no valor
contábil inicial dos ativos, dos passivos e do
patrimônio líquido:
Alternativa A - incluir os custos
incrementais diretos e inevitáveis, como
impostos, honorários, taxas de entrega,
comissões e custos de emissão.
Alternativa B - incluir os mesmos tipos de
valores que um terceiro teria incluído para
aquisição, emissão e instalação, mas usar
os valores reais em vez de estimativas do
que um terceiro teria incluído ao considerar
um preço all-in.
O Board está em discussão para combinar os
melhores aspectos das duas alternativas
indicadas anteriormente e redigiu uma
potencial redação para um exposure draft que
abordará como as características qualitativas
da informação financeira útil se aplicam às
alterações que determinam em valores
contábeis e quais alterações podem ser
apropriadas em que circunstâncias.
Próximos passos: a equipe continuará a
desenvolver conceitos relacionados com o
estabelecimento de padrões para determinar
mudanças nos valores contábeis.
Estrutura Conceitual - Apresentação
Status: período de recebimento de
comentários sobre o exposure draft.
O objetivo do projeto de estrutura conceitual é
desenvolver uma estrutura aperfeiçoada que
forneça uma base sólida para o
desenvolvimento de normas contábeis futuras.
Essa estrutura é essencial para cumprir o
objetivo do Board de desenvolver padrões em
que os princípios são baseados, internamente
consistentes e que levem a relatórios
financeiros que forneçam as informações de
que os investidores precisam para tomar
decisões. A nova estrutura conceitual do FASB
terá como base a estrutura atualmente
existente.
Próximos passos: a data-limite para
recebimento dos comentários é 9 de
novembro de 2016.
Estrutura Conceitual para Divulgação
Status: deliberações sobre o exposure draft.
O objetivo e foco principal desse projeto é
aprimorar a eficácia das notas explicativas das
demonstrações financeiras, comunicando
claramente a informação que é mais
importante para o usuário. Embora a redução
do volume das notas explicativas não seja o
foco principal, o FASB espera que o foco nas
informações importantes tenha esse resultado
na maioria dos casos.
O objetivo de melhorar a eficácia exigirá o
desenvolvimento de uma estrutura que
promova decisões consistentes sobre
requisitos de divulgação por parte do Board.
Para atingir esse objetivo, o projeto de
Estrutura Conceitual de Divulgação é
composto por dois componentes: processo de
decisão do Board e processo de decisão da
entidade.
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 94
O processo de decisão do Board destina-se a
ajudar o FASB na identificação de divulgações
a serem consideradas ao estabelecer
requisitos de divulgação de normas contábeis
individuais e avaliar as exigências de
divulgações já existentes. A divulgação que
pode ser considerada pelo FASB não será
requerida automaticamente. Esse processo
envolve o FASB e sua equipe na avaliação dos
custos, as consequências negativas e os
benefícios associados a cada potencial
divulgação de forma padronizada.
Atualmente, quatro áreas de divulgação estão
sendo avaliadas como parte do projeto. Cada
revisão incluirá: (1) a avaliação das exigências
de divulgação existentes dentro do tópico
depois de aplicar os conceitos do processo de
decisão do Board, e (2) a promoção do uso
adequado de discrição por entidades
especificamente dentro do tópico. O processo
de decisão do Board e o processo de decisão
da entidade estão sendo usados em conjunto
para modificar as seções de divulgação dos
tópicos: mensuração do valor justo
(820-10-50), planos de benefício definido
(715-20-50), imposto de renda (740-10-50) e
estoques (330-10-50).
Além disso, as modificações nos requisitos de
divulgação para as demonstrações financeiras
intermediárias estão sendo avaliadas.
Próximos passos: os comentários recebidos
estão sendo utilizados para avaliar como os
tópicos podem ser modificados.
Seguros: Melhorias Específicas para a
Contabilização de Contratos de Longa
Duração
Status: período para comentários sobre o
exposure draft.
O objetivo do projeto é melhorar, simplificar e
melhorar os requisitos das demonstrações
financeiras para contratos de longa duração
emitidos por seguradoras, proporcionando aos
usuários das demonstrações financeiras
informações úteis - sobre montantes,
tempestividade e incerteza dos fluxos de caixa
relacionados com contratos de longa duração.
O FASB emitiu uma proposta de Atualização
de Normas Contábeis, Serviços Financeiros -
Seguro (Tópico 944): melhorias específicas
para a contabilização de contratos de longa
duração em 29 de setembro de 2016.
Próximos passos: a data-limite para
recebimento dos comentários é 15 de
dezembro de 2016. O Board irá avaliar os
feedbacks recebidos sobre a proposição da
Atualização de Normas Contábeis em uma
próxima reunião.
Contabilidade para Deterioração de Ágio
Status: norma final.
O objetivo desse projeto é reduzir o custo e a
complexidade da contabilização posterior do
ágio, simplificando o teste de impairment. O
Board está considerando a possibilidade de
realizar alterações adicionais para a
contabilização subsequente do ágio em um
projeto relacionado, “Contabilização
Subsequente do Ágio para Entidades de
Negócios Públicos e Entidades Sem Fins
Lucrativos”.
Teste de impairment
O Board confirmou a sua decisão para
remover o Passo 2 do teste de recuperação
atual em vez de permitir o Passo 2 como
uma opção.
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 95
O Board também decidiu: (1) incluir
orientações sobre os efeitos do imposto
diferido sobre o ágio dedutível no caso de
impairment, (2) substituir os parágrafos
350-20-35-18 por meio do 35-19, que
fornece orientações sobre as circunstâncias
em que o teste de impairment não está
completo na data de apresentação, e
(3) esclarecer que uma entidade não deve
alocar ajustes de conversão de moeda
estrangeira de outros resultados
abrangentes acumulados para uma
unidade de reporte.
Unidades de reporte - valores contábeis
nulos ou negativos
O Board confirmou a sua decisão para
aplicar o mesmo teste de impairment de
uma etapa para todas as unidades de
reporte, incluindo aquelas com valores
contábeis nulos ou negativos. Uma
entidade seria obrigada a divulgar o valor
do ágio alocado às unidades de reporte
com valores contábeis nulos ou negativos.
O Board decidiu não exigir divulgações
adicionais sobre essas unidades de reporte.
Orientação sobre o valor justo
O Board decidiu manter a orientação do
valor justo ao assumir uma operação
tributável versus não tributável no Tópico
350, conforme modificado na Atualização
proposta, para refletir a alteração no teste
de impairment de um passo.
Próximos passos: o Board está elaborando um
draft da Atualização de Normas Contábeis
para revisão interna e externa e discutirá em
uma próxima reunião quaisquer problemas
decorrentes dessa revisão.
Contabilização do Imposto de Renda:
Transferências de Ativos entre Intra-
-entidades
Status: norma final.
O objetivo do projeto é simplificar certos
aspectos do Tópico 740, Imposto de Renda.
O Board decidiu exigir que uma entidade
reconheça as consequências de imposto de
renda de uma transferência de ativos intra-
-entidade, exceto uma transferência de ativos
intra-entidade de estoque, quando ocorre a
transferência. Para essa, o Board decidiu
manter os requerimentos contábeis atuais,
que exigem que a entidade reconheça as
consequências de imposto de renda quando o
estoque foi vendido a uma parte externa.
Próximos passos: a equipe irá elaborar uma
Atualização de Normas Contábeis para
votação.
Contabilização de Receita Financeira
Associada à Compra de Títulos de Dívida
Resgatáveis
Status: período para comentários sobre o
exposure draft.
O objetivo desse projeto é fazer melhorias
específicas sobre a contabilização da
amortização de prêmios na compra de títulos
de dívida resgatáveis.
Em 22 de setembro de 2016, o FASB emitiu a
Atualização de Normas Contábeis proposta,
“Recebíveis - Taxas Não Reembolsáveis e
Outras Despesas (Subtópico 310-20):
Amortização de Prêmios na Compra de Títulos
de Dívida Resgatáveis”.
Próximos passos: a data-limite para
recebimento dos comentários é 28 de
novembro de 2016. O Board irá avaliar os
feedbacks recebidos sobre a proposição da
Atualização de Normas Contábeis em uma
próxima reunião.
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 96
Clarificação da Definição de
um Negócio - Fase 1
Status: norma final.
O objetivo desse projeto é esclarecer a
definição de um negócio com o objetivo de
agregar orientação para auxiliar as entidades
na avaliação de se as operações devem ser
contabilizadas como aquisições (ou cessões)
de ativos ou negócios.
Em 23 de novembro de 2015, o Conselho
emitiu a Atualização de Normas Contábeis
“Combinações de Negócios (Tópico 805):
Clarificando a Definição de um Negócio” e
discutiu sobre limites, processos substantivos
e definição de output. Um negócio é um
conjunto integrado de atividades e ativos que
são capazes de serem conduzidos e geridos
com o objetivo de proporcionar um retorno na
forma de dividendos, custos mais baixos ou
outros benefícios econômicos diretamente aos
investidores ou outros proprietários, membros
ou participantes. Para ser considerado um
negócio, deve atender aos requisitos dos
parágrafos 805-10-55-4 a 55-6 e 805-10-55-8
a 55-9C.
Próximos passos: o Board irá abordar em uma
futura reunião a análise do custo-benefício
para prosseguir com o projeto.
Clarificação do Âmbito do Subtópico
610-20 e Contabilização de Vendas
Parciais de Ativos Não Financeiros
Status: norma final.
O objetivo desse projeto é esclarecer a
orientação para vendas parciais ou
transferências de ativos não financeiros no
âmbito do Subtópico 610-20, “Outras Receitas
- Ganhos e Perdas na Baixa de Ativos Não
Financeiros”, e a referência para ativos
substancialmente não financeiros.
Em 6 de junho de 2016, o Board divulgou uma
minuta da proposta de Atualização de Normas
Contábeis, “Outras Receitas - Ganhos e Perdas
na Baixa de Ativos Não Financeiros (Subtópico
Conteúdo 610-20): Clarificação do Escopo do
Guia de Desreconhecimento de Ativos e
Contabilização de Vendas Parciais de Ativos
Não Financeiros”.
Em reunião realizada no dia 10 de outubro de
2016, o Board discutiu os comentários
recebidos e tomou as seguintes decisões:
Escopo: o Board decidiu excluir transações
entre entidades sob controle comum do
escopo do Subtópico 610-20 e afirmou a
sua decisão de excluir ativos não
financeiros transferidos na forma de uma
entidade legal do escopo do Subtópico
610-20 se todos os ativos na entidade
jurídica não atenderem à definição de
ativos substancialmente não financeiros.
Nesse caso, a entidade legal (incluindo os
ativos não financeiros) seria
desconsolidada de acordo com o Tópico
810, “Consolidação”. O Board decidiu
também esclarecer que uma entidade que
transfere ativos não financeiros ou ativos
substancialmente não financeiros para
outra parte em troca de ativos deve aplicar
a orientação do Subtópico 610-20. Essa
decisão resultaria em uma alteração no
Subtópico 805-50, “Combinação de
Negócios - Problemas Relacionados” e
afirmou a sua decisão de não discutir a
contabilização de venda de participações
não divisíveis.
Método de transição: o Board afirmou a
sua decisão de que as entidades seriam
obrigadas a adotar a orientação do
Subtópico 610-20 (1) retrospectivamente,
a cada período apresentado nas
demonstrações financeiras, ou
(2) retrospectivamente, com um efeito do
ajuste acumulado em lucros acumulados a
partir do início do ano fiscal de adoção.
Uma entidade pode optar por aplicar um
método de transição diferente para o
Subtópico 610-20 e para o Tópico 606,
“Receita de Contratos com Clientes”.
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 97
Data de vigência e adoção antecipada:
para as entidades públicas, as alterações
são eficazes para exercícios fiscais
iniciados após 15 de dezembro de 2017,
incluindo períodos intermediários dentro
desses exercícios fiscais. Para todas as
outras entidades, as alterações são
eficazes para os exercícios fiscais iniciados
após 15 de dezembro de 2018, e períodos
intermediários dentro de exercícios
iniciados após 15 de dezembro de 2019.
Próximos passos: a equipe pretende
apresentar ao Board, em uma reunião
agendada para novembro, uma análise de
custo-benefício. Antes da reunião, a equipe
pretende aprimorar a redação da atualização
proposta e apresentar um projeto de revisão
pelo Board e pelo público externo.
Clarificação de Quando uma Entidade
Sem Fins Lucrativos que é um Acionista
deve Consolidar uma Empresa Limitada
com Fins Lucrativos (ou Entidade Similar)
Status: deliberações sobre o exposure draft.
O Board discutiu alternativas que
endereçariam quando uma entidade sem fins
lucrativos acionista deve consolidar uma
entidade sem fins lucrativos (ou entidade
similar) e decidiu manter a prática atual,
reemitindo o Subtópico 810-20, “Consolidação
- Controle de Parcerias e Entidades Similares”,
e incluindo-o no Subtópico 958-810,
“Entidades Sem Fins Lucrativos -
Consolidação”. A orientação no Subtópico
810-20 foi anteriormente removida como
resultado de alterações da Atualização de
Normas Contábeis nº 2015-02, “Consolidação
(Tópico 810): Alterações à Análise de
Consolidação”.
Uma vez que o Board decidiu restabelecer a
orientação de consolidação que existia
anteriormente no Subtópico 810-20, decidiu
também por não substituir a orientação
relacionada a entidades com propósito
especial (SPE) locadoras do Subtópico
958-810 e concordou em não realizar mais
divulgação sobre a orientação de SPE.
O Board decidiu fornecer orientações de
transição porque algumas entidades podem
ter adotado de forma antecipada as alterações
na Atualização 2015-02. Estas iriam aplicar as
alterações propostas por meio de uma
abordagem retrospectiva modificada pelo
registro de um ajuste de efeito cumulativo no
patrimônio líquido no início do ano fiscal de
adoção, ou iriam aplicar as alterações
retrospectivamente.
Próximos passos: a equipe irá elaborar uma
proposta de Atualização de Normas Contábeis
para votação.
Consolidação: Participações Detidas opor
Meio de Partes Relacionadas que Estão
Sob Controle Comum
Status: norma final.
O objetivo desse projeto é abordar a questão
relativa à aplicação da Atualização de Normas
Contábeis nº 2.015-02, “Consolidação (Tópico
810): Alterações à Análise de Consolidação”.
Especificamente, quando um único tomador de
decisão determina se ele deve consolidar
outra entidade legal, há uma questão sobre
como o único tomador de decisão deve tratar
participações indiretas detidas por suas partes
relacionadas quando o tomador de decisão e
suas partes relacionadas estão sob controle
comum.
O Board decidiu que, ao determinar se um
único tomador de decisão é o principal
beneficiário de uma entidade de participação
variável (VIE), o único tomador de decisão
não será mais requerido a considerar a
participação indireta detida por meio de partes
relacionadas que estão sob controle comum
para ser o equivalente à participação direta
em sua totalidade. Em vez disso, o único
tomador de decisão incluirá tais participações
em uma base proporcional consistente com
participações indiretas detidas por intermédio
de outras partes relacionadas.
Próximos passos: a equipe começará a
elaborar um draft da Atualização de Normas
Contábeis para votação.
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 98
Determinação do Cliente dos Serviços em
um Contrato de Concessão
Status: exposure draft.
Um acordo de concessão de serviços (SCA) é
um acordo entre uma concedente (entidade
do governo ou do setor público) e uma
entidade operacional por meio do qual a
entidade operacional irá operar a
infraestrutura do concedente (por exemplo:
aeroportos, estradas, pontes, túneis, prisões e
hospitais) por um período de tempo
especificado. A entidade operacional também
poderá manter a infraestrutura, e também
pode ser requerida a fornecer a manutenção
de capital periodicamente (principal
manutenção) para aumentar ou prolongar a
vida útil da infraestrutura. A infraestrutura
pode já existir ou pode ser construída pela
entidade operacional durante o período da
SCA.
Em troca do fornecimento de seus serviços, a
entidade operacional pode receber
pagamentos, pode ter o direito de cobrar o
público (usuários terceiros) para usar a
infraestrutura, e/ou pode receber uma
garantia incondicional (ou seja, um valor
mínimo garantido a ser recebido pela entidade
operacional). Em alguns casos, a entidade
operacional pode ser obrigada a fazer
pagamentos à concedente. Por exemplo, pode
ser obrigada a pagar à concedente uma
determinada porcentagem da remuneração
recebida dos usuários terceiros, ou pode ser
obrigada a fazer um pagamento antecipado
em troca do direito de explorar a
infraestrutura e cobrar dos usuários da
infraestrutura.
Atualização de Normas Contábeis
nº 2.014-05, “Acordos de Concessão de
Serviço (Tópico 853)”, foi emitida em janeiro
de 2014. Atualização 2014-05 declara que
SCAs estão dentro do âmbito do Tópico 853,
quando: (a) a concedente controla ou tem a
capacidade de modificar ou aprovar os
serviços que a entidade operacional deve
prestar com a infraestrutura, a quem deve
fornecê-los, e a que preço, e (b) a concedente
controla, por meio de domínio, usufruto ou de
outra forma, qualquer participação residual na
infraestrutura no final do termo do acordo.
Para SCAs no âmbito do Tópico 853, a
entidade operacional não deve contabilizar a
infraestrutura como uma locação (porque a
entidade operacional não tem o direito de
controlar o uso da infraestrutura da
concedente) ou como ativo imobilizado
(porque a entidade operacional não controla
ou tem direito à infraestrutura sob os termos
do acordo).
O Tópico 853 não fornece mais orientações
sobre qual ativo, se for o caso, a entidade
operacional deve reconhecer. Em vez disso, a
entidade operacional deve olhar para outros
Tópicos, conforme o caso, para avaliar os
diversos aspectos de uma SCA. No entanto, a
aplicação de outros tópicos à natureza única
de SCAs levou recentemente a uma série de
questões contábeis, incluindo as questões
relacionadas com a aplicação do Tópico 605,
“Reconhecimento de Receita”, na
contabilização da construção, serviços e
principais manutenções.
Próximos passos: a equipe está em processo
de elaboração de uma Atualização de Normas
Contábeis, esperando que seja emitida no final
de 2016.
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Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 99
Passivo e Patrimônio Líquido - Melhorias
Status: exposure draft.
O objetivo desse projeto é fazer melhorias
específicas que simplificam a orientação
contábil sobre instrumentos financeiros com
características de passivo e patrimônio líquido.
Itens atualmente no escopo desse projeto
são:
Determinar se um instrumento é indexado
a ações próprias de uma entidade,
especificamente no que se refere a
recursos para os quais o preço de exercício
é ajustado para baixo em virtude do preço
de oferta de ações futuras (Fase 1);
O adiamento indefinido no Tópico 480,
“Distinguindo Passivos de Patrimônio
Líquido”, para instrumentos financeiros
resgatáveis obrigatoriamente de certas
entidades não públicas e determinadas
participações de não controladores
resgatáveis, substituindo o adiamento com
uma exceção de escopo (Fase 1);
Melhorar a navegação dentro do FASB
Accounting Standards Codification.
Em reunião ocorrida no dia 3 de fevereiro de
2016, o Board decidiu acrescentar um projeto
mais amplo na distinção do passivo e
patrimônio líquido em sua agenda de
pesquisa. Devido à adição desse projeto,
decidiu retirar Simplificação da EITF nº 00-19,
“Contabilização de Instrumentos Financeiros
Derivativos Indexados e Potencialmente
Liquidados em Ações Próprias da Entidade” no
escopo desse projeto.
Próximos passos: a equipe irá proceder à
elaboração de um draft da Atualização de
Normas Contábeis (para itens no escopo da
Fase 1) para votação.
Melhorias na Contabilização de
Pagamentos com Base em Ações para
Não Empregados
Status: deliberações iniciais.
O objetivo do projeto é reduzir o custo e a
complexidade e melhorar a contabilização da
concessão de pagamentos com base em ações
para não empregados emitidos por empresas
públicas e privadas.
Em reunião ocorrida no dia 15 de junho de
2016, o Board decidiu exigir a aplicação de
uma abordagem retrospectiva para
pagamentos pendentes, com um ajuste de
efeito cumulativo na conta de lucros
acumulados a partir da data de aprovação das
seguintes questões:
Aumento do escopo do Tópico 718,
“Compensação - Compensação em Ações”,
para incluir transações de pagamento com
base em ações para a aquisição de bens e
serviços de não empregados;
Exigência do uso de termos esperados
como inputs na mensuração de prêmios de
pagamento com base em ações para não
empregados;
Alinhamento dos requisitos de classificação
postvesting para empregados e não
empregados nos prêmios de pagamento
com base em ações;
Permissão para que as entidades não
públicas realizem uma eleição para
mensurar o passivo pelo valor justo ou
pelo valor intrínseco.
O Board decidiu exigir que uma entidade não
pública forneça todas as divulgações da
transação de forma prospectiva para todos os
prêmios concedidos ou modificados após a
data de adoção.
Próximos passos: será solicitado feedback
sobre o draft da proposta de Atualização de
Normas Contábeis. Posteriormente, o Board
irá discutir o feedback das partes interessadas
sobre o projeto.
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Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 100
Reconhecimento de Receita de
Subvenções e Contratos por Entidades
sem Fins Lucrativos
Status: deliberações iniciais.
O objetivo desse projeto é melhorar e
clarificar a orientação existente sobre o
reconhecimento de receita de subvenções e
contratos por entidades sem fins lucrativos.
Em reunião realizada no dia 31 de agosto de
2016, o Board discutiu as formas de melhorar
a orientação existente para distinguir entre as
condições e restrições para transações não
recíprocas (contribuições). O Board não tomou
nenhuma decisão técnica nessa reunião e
solicitou à equipe para continuar a explorar
uma abordagem baseada na existência de um
direito de retorno.
Próximos passos: a equipe planeja continuar a
exploração de soluções que melhorem a
orientação existente.
Escopo da Modificação
Contábil no Tópico 718
Status: exposure draft.
Esse projeto destina-se a reduzir o custo e a
complexidade na aplicação de contabilidade
modificada no Tópico 718, “Compensação -
Compensação em Ações”.
Em reunião do dia 5 de outubro de 2016, o
Board decidiu que uma entidade não deve
aplicar a contabilidade modificada do Tópico
718 na compensação de ações se a mudança
para um prêmio não afetar o valor justo total
atual (ou o valor total calculado ou o valor
intrínseco total, se tal método de medição
alternativo for usado), os requisitos de
aquisição ou a classificação do prêmio.
Próximos passos: a equipe irá elaborar uma
proposta de Atualização de Normas Contábeis
para votação, com um período para
comentários de pelo menos 30 dias, mas com
término não antes de 6 de janeiro de 2017.
Correções e Melhorias Técnicas
Status: deliberações sobre o exposure draft.
O objetivo desse projeto é fornecer
atualizações regulares e melhorias ao FASB
Accounting Standards Codification com base
em reações das partes interessadas.
Próximos passos: a equipe irá rever os
comentários recebidos e irá trabalhar para
desenvolver um projeto de atualização final
para discussão com o FASB no final do terceiro
ou no início do quarto trimestre.
Relatório do Plano de Benefícios a
Empregados Master Trust
Status: deliberações sobre o exposure draft.
O principal objetivo do relatório do plano de
benefício é fornecer informação financeira que
é útil na avaliação da capacidade presente e
futura de um plano em pagar os benefícios no
vencimento.
Muitos planos investem em master trusts. O
master trust é um agente para o qual uma
instituição financeira regulamentada serve
como um administrador fiduciário ou
custodiante e no qual os ativos de mais de um
plano patrocinado por um único empregador
ou por um grupo de empregadores sob
controle comum são mantidos. Um banco ou
uma empresa de trust atua normalmente
como o administrador para um master trust,
atua como custodiante e pode ou pode não ter
controle discricionário sobre os ativos. Cada
plano tem uma participação nos ativos líquidos
do master trust.
Algumas partes interessadas acreditam que a
evolução dos planos de benefícios de
empregados resultou em uma necessidade de
atualizar algumas normas de apresentações e
divulgações relativas a master trust.
Próximos passos: o Board avaliará os
feedbacks recebidos sobre a proposta de
Atualização de Normas Contábeis em uma
reunião futura.
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Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 101
Demonstrações Financeiras para
Entidades sem Fins Lucrativos – Fase 2
Status: deliberações sobre o exposure draft.
O objetivo da fase 2 do projeto é reexaminar
as normas existentes para a apresentação das
demonstrações financeiras de entidades sem
fins lucrativos (NFP), com foco em:
Se irá exigir uma mensuração das
operações;
Se e como definir a mensuração das
operações;
Realinhamento de certos itens da
demonstração dos fluxos de caixa para
melhor alinhar fluxos de caixa operacionais
com a mensuração operacional na
demonstração de atividades.
Uma alternativa na demonstração de
segmentos de entidades de saúde NFP em
vez da obrigação de fornecer uma análise
dos gastos, tanto por classificação natural
quanto por funcional (uma exigência da
Fase 1).
Próximos passos: a equipe irá coordenar as
atividades de pesquisa do Relatório de
Desempenho Financeiro de entidades
empresariais com o feedback recebido do
FASB, emitido em 4 de agosto de 2016.
Melhoria da Apresentação do Custo
Periódico de Pensão Líquido e Custo
Periódico de Benefícios de Aposentadoria
Status: deliberações sobre o exposure draft.
O objetivo desse projeto é melhorar a
apresentação do custo periódico de pensão
líquido e custo periódico de benefícios de
aposentadoria (“custo líquido do benefício”).
O Board discutiu um resumo dos comentários
recebidos sobre a proposta de Atualização de
Normas Contábeis e não fez decisões técnicas;
no entanto, direcionou a equipe a realizar
pesquisas sobre aspectos particulares da
Atualização proposta.
Próximos passos: a equipe planeja realizar
pesquisas sobre aspectos específicos do
projeto e reportar a pesquisa para o Board em
uma próxima sessão.
Caixa Restrito
Status: norma final.
Em abril de 2014, o Board decidiu acrescentar
um projeto de demonstrações dos fluxos de
caixa na agenda técnica do FASB. O projeto,
que clarifica certos princípios em vigor sobre
demonstração dos fluxos de caixa, destinava-
-se a reduzir a diversidade na prática dos
relatórios financeiros clarificando certos
princípios existentes no Tópico 230,
“Demonstração dos Fluxos de Caixa”.
Na reunião do dia 1º de abril de 2015, o Board
decidiu que esclarecer certos princípios
existentes no Tópico 230 somente iria reduzir
a diversidade na prática sobre a classificação
dos recebimentos e pagamentos em dinheiro.
Assim, o Board decidiu que o Grupo de
Trabalho considerasse nove questões
específicas de classificação de fluxo de caixa
com o objetivo de reduzir a diversidade
existente na prática sobre essas questões em
tempo hábil. Oito dessas questões estão
sendo endereçadas no EITF nº 15-F,
“Demonstração dos Fluxos de Caixa:
Classificação de Certos Recebimentos e
Pagamentos em Caixa”. A nona questão, que
diz respeito a caixa restrito e equivalentes de
caixa restrito, foi previamente incluída no 15-F
e agora está sendo abordada na edição 16-A.
Há significativa diversidade na classificação e
apresentação das movimentações no caixa
restrito na demonstração dos fluxos de caixa.
Entidades atualmente classificam as
movimentações nas atividades operacionais,
de investimento ou de financiamento, ou uma
combinação destas.
Próximos passos: a equipe está em processo
de elaboração de uma Atualização de Normas
Contábeis final, cuja expectativa é que seja
emitida no final de 2016.
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Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 102
Simplificação da Classificação de Dívida
no Balanço
Status: exposure draft.
O objetivo desse projeto é fornecer
orientações que irão reduzir o custo e a
complexidade da determinação da
classificação da dívida entre circulante e não
circulante. O Board decidiu esclarecer que os
instrumentos de dívida convertíveis e
instrumentos financeiros obrigatoriamente
resgatáveis estão incluídos no âmbito da
orientação proposta.
O Board concordou que, sob o princípio de
classificação proposto, cláusulas de aceleração
subjetivas afetam a classificação da dívida,
quando acionadas.
O Board decidiu conceder uma exceção ao
princípio da classificação para waivers das
cláusulas restritivas recebidas após a data de
reporte, mas antes de as demonstrações
financeiras serem emitidas. A exceção aplica-
-se a todos os waivers, exceto para aqueles
que resultam em uma modificação da dívida
ou extinção (como definido no Subtópico
470-50, “Dívida - Modificações e Extinção”).
Próximos passos: a equipe irá desenvolver um
projeto de Atualização de Normas Contábeis
com base nas decisões provisórias tomadas
pelo Board.
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 103
Sumário das principais atualizações de normas norte-americanas
(Accounting Standard Updates (ASU))
Emitidas em 2016
Referência Título Vigência
ASU 2016-18 Demonstração dos Fluxos de Caixa (Tópico 230):
Caixa Restrito
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2017
ASU 2016-17 Consolidação (Tópico 810): Participações Detidas por Meio de Partes Relacionadas que estão sob Controle Comum
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2016
ASU 2016-16 Imposto sobre a Renda (Tópico 740): Transferências de Ativos
entre Intra-entidades
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2017
ASU 2016-15 Demonstração dos Fluxos de Caixa (Tópico 230): Classificação de
Certos Recebimentos e Pagamentos em Caixa
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2017
ASU 2016-14 Entidades sem Fins Lucrativos (Tópico 958): Apresentação das Demonstrações Financeiras das Entidades sem Fins Lucrativos
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2017
ASU 2016-13 Instrumentos Financeiros - Perdas de Créditos (Tópico 326): Mensuração das Perdas de Créditos em Instrumentos Financeiros
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2019
ASU 2016-12 Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606):
Melhorias de Âmbito Restrito e Expedientes Práticos
As considerações dessa
atualização afetam a
orientação do ASU 2014-09,
que ainda não é efetiva
ASU 2016-11
Reconhecimento de Receita (Tópico 605) e Derivativos e Hedging
(Tópico 815): Revogação da Orientação Emitida pela SEC Devido
à Atualização das Normas Contábeis 2014-09 e 2014-16
Conforme os Anúncios do Staff em 3 de Março de 2016
Válido desde sua emissão
ASU 2016-10 Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606): Identificando
Obrigações de Performance e Licenciamento
As considerações dessa
atualização afetam a
orientação do ASU 2014-09,
que ainda não é efetiva
ASU 2016-09
Compensação - Compensação em Ações (Tópico 718): Melhorias
na Contabilização de Pagamento com Base em Ações de
Empregados
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2016
ASU 2016-08 Receita de Contratos com Clientes (Tópico 606): Considerações
sobre Principal versus Agente
As considerações dessa atualização afetam a
orientação do ASU 2014-09,
que ainda não é efetiva
ASU 2016-07
Investimentos - Método de Equivalência e Empreendimentos em Conjunto (Tópico 323): Simplificando a Transição para a
Contabilização via Método de Equivalência
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2016
ASU 2016-06 Derivativos e Hedging (Tópico 815): Opções de Venda e Compra Contingentes em Títulos de Dívida
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2016
ASU 2016-05
Derivativos e Hedging (Tópico 815): Efeito da Renovação de
Contrato de Derivativo em Relações de Hedge Accounting já
Existente
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2016
ASU 2016-04
Passivos - Extinção de Passivos (Subtópico 405-20):
Reconhecimento de Quebra para Certos Produtos Armazenados
Pagos Antecipadamente
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2017
ASU 2016-03
Intangíveis - Ágio e Outros (Tópico 350)
Combinação de Negócios (Tópico 805)
Consolidação (Tópico 810)
Derivativos e Hedging (Tópico 815)
Válido desde sua emissão
ASU 2016-02 Arrendamentos (Tópico 842) Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2018
ASU 2016-01
Instrumentos Financeiros - Termos Gerais (Subtópico 825-10): Reconhecimento e
Mensuração de Ativos e Passivos Financeiros
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2017
Contabilidade internacional
Normas contábeis norte-americanas
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 104
Emitidas em 2015
Referência Título Vigência
ASU 2015-17 Imposto de Renda (Tópico 740): Classificação de Imposto Diferido no Balanço Patrimonial
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2016
ASU 2015-16 Combinação de Negócios (Tópico 805): Simplificação da
Contabilização de Ajustes de Mensuração do Período
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-15
Juros (Subtópico 835-30): Apresentação e Mensuração
Subsequente dos Custos de Emissão de Dívida no Âmbito de
Acordos de Linha de Crédito
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-14 Reconhecimento de Receita em Contratos com Cliente (Tópico 606): Diferimento da Data de Vigência
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2017
ASU 2015-13
Derivativos e Hedge (Tópico 815) - Aplicação de Escopo de Exceção em Compra Normal e Venda Normal em Certos
Contratos no Mercado Nodal de Energia (um Consenso do Grupo
de Trabalho de Assuntos Emergentes do FASB)
Válido desde sua emissão
ASU 2015-12
Contabilização de Planos: Plano de Pensão para Benefício Definido (Tópico 960), Plano de Pensão para Contribuição
Definida (Tópico 962), Plano de Saúde (Tópico 965): (Parte I)
Contratos de Beneficiar Plenamente Responsivos de
Investimento, (Parte II) Divulgações sobre Investimento do
Plano, (Parte III) Data de Mensuração de Expediente Prático (um
Consenso do Grupo de Trabalho de Assuntos Emergentes do
FASB)
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-11 Estoque (Tópico 330): Simplificação da Mensuração de Estoques
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2016
ASU 2015-10 Correções e Melhorias Técnicas Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-09 Serviços Financeiros - Seguros (Tópico 944):
Divulgações para Contratos de Curto Prazo
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-08
Combinação de Negócios (Tópico 805): Pushdown Accounting -
Alterações nos Parágrafos SEC nos Termos do Boletim nº 115 da
Equipe de Contabilidade (Atualização SEC)
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-07
Mensuração de Fair Value (Tópico 820): Divulgações de Investimentos em Certas Entidades que Calculam o Valor de
Ativo Líquido ou Ação (ou o Equivalente) (um Consenso do Grupo
de Trabalho de Assuntos Emergentes do FASB)
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-06
Lucro por Ação (Tópico 260): Efeitos sobre Lucro Histórico por Unidade de Transações de Dropdown em Sociedade Limitada
(um Consenso do Grupo de Trabalho de Assuntos Emergentes
do FASB)
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-05
Intangível - Ágio e Outros - Software de Uso Interno (Subtópico 350-40): Contabilização pelo Cliente de Honorários Pagos em um
Contrato de Processamento em Nuvem (Cloud Computing)
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-04
Compensação - Plano de Aposentadoria (Tópico 715): Data de
Mensuração de Expediente Prático de Benefício Definido e Ativos do Plano para o Empregado
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-03 Juros - Imputação de Juros (Subtópico 835-30): Simplificação da
Apresentação dos Custos de Emissão de Dívida
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-02 Consolidação (Tópico 810): Alterações nas Análises de
Consolidação
Períodos anuais que iniciam
após 15 de dezembro de 2015
ASU 2015-01
Demonstração do Resultado - Itens Extraordinários e Não Usuais (Subtópico 225-20): Simplificação da Apresentação da
Demonstração do Resultado por Eliminação do Conceito de Itens
Extraordinários
Períodos anuais que iniciam após 15 de dezembro de 2015
Índices de mercado
2016 e 2015
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 105
Índices de mercado
2016 e 2015
Índices de mercado
2016 e 2015
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 106
Taxas de câmbio
Dólar Norte-americano x Real
2016 2015
Compra Venda Médio Compra Venda Médio
Janeiro 4,0422 4,0428 4,0524 2,6617 2,6623 2,6342
Fevereiro 3,9790 3,9796 3,9737 2,8777 2,8782 2,8165
Março 3,5583 3,5589 3,7039 3,2074 3,2080 3,1395
Abril 3,4502 3,4508 3,5658 2,9930 2,9936 3,0432
Maio 3,5945 3,5951 3,5393 3,1781 3,1788 3,0617
Junho 3,2092 3,2098 3,4245 3,1019 3,1026 3,1117
Julho 3,2384 3,2390 3,2756 3,3934 3,3940 3,2231
Agosto 3,2397 3,2403 3,2097 3,6461 3,6467 3,5143
Setembro 3,2456 3,2462 3,2564 3,9722 3,9729 3,9065
Outubro 3,1805 3,1811 3,1858 3,8582 3,8589 3,8801
Novembro 3,3961 3,3967 3,3420 3,8499 3,8506 3,7765
Dezembro (*) (*) (*) 3,9042 3,9048 3,8711
Euro x Real
2016 2015
Compra Venda Médio Compra Venda Médio
Janeiro 4,3805 4,3824 4,4010 3,0088 3,0097 3,0616
Fevereiro 4,3224 4,3234 4,4034 3,2268 3,2276 3,1947
Março 4,0529 4,0539 4,1213 3,4447 3,4457 3,3954
Abril 3,9470 3,9484 4,0470 3,3405 3,3418 3,2915
Maio 4,0018 4,0039 4,0029 3,4930 3,4941 3,4152
Junho 3,5401 3,5414 3,8468 3,4592 3,4603 3,4922
Julho 3,6163 3,6183 3,6228 3,7419 3,7429 3,5462
Agosto 3,6103 3,6116 3,5974 4,0804 4,0825 3,9142
Setembro 3,6474 3,6484 3,6520 4,4330 4,4349 4,3866
Outubro 3,4798 3,4811 3,5106 4,2641 4,2660 4,3571
Novembro 3,5988 3,6002 3,6000 4,0713 4,0735 4,0449
Dezembro (*) (*) (*) 4,2482 4,2504 4,2158
Índices de mercado
2016 e 2015
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 107
Índices de inflação
Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M)
2016 2015
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Janeiro 1,14 1,14 10,96 0,76 0,76 3,98
Fevereiro 1,29 2,44 12,09 0,27 1,04 3,86
Março 0,51 2,97 11,57 0,98 2,03 3,16
Abril 0,33 3,31 10,64 1,17 3,22 3,55
Maio 0,82 4,15 11,09 0,41 3,64 4,11
Junho 1,69 5,91 12,22 0,67 4,33 5,59
Julho 0,18 6,10 11,65 0,69 5,05 6,97
Agosto 0,15 6,26 11,51 0,28 5,34 7,55
Setembro 0,20 6,48 10,68 0,95 6,34 8,35
Outubro 0,16 6,65 8,80 1,89 8,35 10,09
Novembro (0,03) 6,62 7,14 1,52 10,00 10,69
Dezembro (*) (*) (*) 0,49 10,54 10,54
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI)
2016 2015
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Janeiro 1,53 1,53 11,65 0,67 0,67 4,06
Fevereiro 0,79 2,33 11,93 0,53 1,21 3,74
Março 0,43 2,78 11,07 1,21 2,43 3,46
Abril 0,36 3,15 10,46 0,92 3,37 3,94
Maio 1,13 4,32 11,26 0,40 3,79 4,83
Junho 1,63 6,02 12,32 0,68 4,50 6,22
Julho (0,39) 5,61 11,23 0,58 5,11 7,43
Agosto 0,43 6,07 11,27 0,40 5,53 7,80
Setembro 0,03 6,10 9,74 1,42 7,03 9,31
Outubro 0,13 6,24 7,99 1,76 8,91 10,58
Novembro (*) (*) (*) 1,19 10,21 10,64
Dezembro (*) (*) (*) 0,44 10,70 10,70
Índices de mercado
2016 e 2015
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 108
Índice de Preços ao Consumidor - Disponibilidade Interna/
Fundação Getúlio Vargas (IPC - DI/FGV)
2016 2015
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Janeiro 1,78 1,78 10,59 1,73 1,73 7,65
Fevereiro 0,76 2,55 10,36 0,97 2,72 7,98
Março 0,50 3,07 9,37 1,41 4,17 8,58
Abril 0,49 3,57 9,24 0,61 4,80 8,40
Maio 0,64 4,23 9,15 0,72 5,56 8,62
Junho 0,26 4,51 8,55 0,82 6,42 9,15
Julho 0,37 4,89 8,38 0,53 6,98 9,62
Agosto 0,32 5,23 8,48 0,22 7,22 9,73
Setembro 0,07 5,30 8,11 0,42 7,67 9,65
Outubro 0,34 5,66 7,65 0,76 8,49 10,01
Novembro (*) (*) (*) 1,00 9,57 10,40
Dezembro (*) (*) (*) 0,88 10,54 10,54
Índice Nacional de Preços ao Consumidor - Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística Consumidor (INPC/IBGE)
2016 2015
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Mês
(%)
Ano
(%)
12 meses
(%)
Janeiro 1,51 1,51 11,31 1,48 1,48 7,13
Fevereiro 0,95 2,47 11,08 1,16 2,66 7,68
Março 0,44 2,93 9,91 1,51 4,21 8,42
Abril 0,64 3,58 9,83 0,71 4,95 8,34
Maio 0,98 4,60 9,82 0,99 5,99 8,76
Junho 0,47 5,09 9,49 0,77 6,80 9,31
Julho 0,64 5,76 9,56 0,58 7,42 9,81
Agosto 0,31 6,09 9,62 0,25 7,69 9,88
Setembro 0,08 6,18 9,15 0,51 8,24 9,90
Outubro 0,17 6,36 8,50 0,77 9,07 10,33
Novembro (*) (*) (*) 1,11 10,28 10,97
Dezembro (*) (*) (*) 0,90 11,28 11,28
Índices de mercado
2016 e 2015
Guia de Demonstrações Financeiras - Exercício de 2016 109
Taxas de juros
Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)
TJLP (% ao ano)
2012 2013 2014 2015 2016
Janeiro 6,00 5,00 5,00 5,50 7,50
Fevereiro 6,00 5,00 5,00 5,50 7,50
Março 6,00 5,00 5,00 5,50 7,50
Abril 6,00 5,00 5,00 6,00 7,50
Maio 6,00 5,00 5,00 6,00 7,50
Junho 6,00 5,00 5,00 6,00 7,50
Julho 5,50 5,00 5,00 6,50 7,50
Agosto 5,50 5,00 5,00 6,50 7,50
Setembro 5,50 5,00 5,00 6,50 7,50
Outubro 5,50 5,00 5,00 7,00 7,50
Novembro 5,50 5,00 5,00 7,00 7,50
Dezembro 5,50 5,00 5,00 7,00 7,50
Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC)
SELIC (% ao ano)
2012 2013 2014 2015 2016
Janeiro 10,50 7,25 10,50 12,25 14,25
Fevereiro 10,50 7,25 10,75 12,25 14,25
Março 10,50 7,25 10,75 12,75 14,25
Abril 9,00 7,50 11,00 12,75 14,25
Maio 8,50 8,00 11,00 13,25 14,25
Junho 8,50 8,00 11,00 13,75 14,25
Julho 8,00 8,50 11,00 14,25 14,25
Agosto 7,50 9,00 11,00 14,25 14,25
Setembro 7,50 9,00 11,00 14,25 14,25
Outubro 7,25 9,50 11,25 14,25 14,00
Novembro 7,25 10,00 11,25 14,25 14,00
Dezembro 7,25 10,00 11,75 14,25 13,75
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