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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS I CURSO DE PEDAGOGIA
Jerônimo Natividade de Sant´Ana
FAMÍLIA E ESCOLA: O ACOMPANHAMENTO
DIÁRIO DO DEVER DE CASA
Salvador
2011
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JERÔNIMO NATIVIDADE DE SANT´ANA
FAMÍLIA E ESCOLA: O ACOMPANHAMENTO
DIÁRIO DO DEVER DE CASA
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção da Graduação em Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação da Profª.Drª. Isnaia Freire
Salvador
2011
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Jerônimo Natividade de Sant´Ana
FAMÍLIA E ESCOLA: O ACOMPANHAMENTO
DIÁRIO DO DEVER DE CASA
Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção da Graduação em Pedagogia do Departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia, sob a orientação da Profª.Drª. Isnaia Freire
SALVADOR----DE-----------2011
Profª. Drª Isnaia Junquilho Freire- UNEB- (Orientadora)
Profª Ms.Maria Alba Guedes Machado Melo- UNEB
Profª Drª Elisabete Conceição Santana- UNEB
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Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. Romanos 11:36”. Dedico também a minha esposa e filhos sem o apoio dos quais não me seria possível chegar até este momento da minha vida. À minha mãe, guerreira e sempre presente em todos os momentos da minha vida.
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AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente a Deus, que me presenteou com o maravilhoso dom da vida e a cada
dia renovou sobre mim a sua misericórdia e perdão, me fortalecendo a cada etapa da
caminhada e estendendo os seus braços a cada momento em que tropecei.
Agradeço à minha mãe que me ensinou o valor da vida e dos estudos, me disciplinando
quando se fez necessário, mas sem jamais perder a doçura e o carinho peculiar a quem ama e
quer bem, trabalhando duro a cada dia para que eu tivesse condição de estudar e chegar até
este maravilhoso momento.
Minha esposa, sustentáculo da minha vida, que sempre esteve ao meu lado, quer seja nos
momentos alegres, quer seja nos momentos de tristeza e aflição que esta caminhada me
proporcionou.
A minha orientadora, Professora, Drª. Isnaia Freire, pela paciência e cuidado com que me
conduziu nesta caminhada. Esclarecendo as minhas duvidas e me conduzindo na aquisição de
novos saberes até a concretização deste trabalho.
Aos Professores, Doutores e Mestres, que me ensinaram e instruíram desde o primeiro
semestre de minha jornada acadêmica, contribuindo assim para a minha formação, que
culminou com a realização deste trabalho monográfico.
9
A educação é o processo pelo qual o indivíduo desenvolve a condição humana autoconsciente, com todos os seus poderes funcionando completa e harmoniosamente, em relação à natureza e à sociedade.
( Friedrich Froebel,1826 )
10
RESUMO
Neste trabalho em que as relações da família com a escola e a execução do dever de casa estão em foco, desenvolvemos uma discussão sobre a importância da parceria entre a escola e a família no que diz respeito às tarefas enviadas para casa. A utilização que o professor faz dessas tarefas e como ele avalia o aluno a partir da correção dos deveres que são enviados para casa estão presentes também nesta discussão. A pesquisa tem por objetivo compreender acerca do impacto da participação da família no desempenho dos alunos a partir do acompanhamento na execução das tarefas previstas para serem realizadas em casa, bem como identificar de que forma os deveres de casa são utilizados pelos professores como instrumentos de aprendizagem dos alunos; visa ainda compreender do ponto de vista do educando, de que maneira os deveres de casa os auxiliam na aprendizagem e, finalmente, identificar as razões pelas quais os pais não acompanham a execução dos deveres de casa dos seus filhos. Abordamos a família como constituinte do sujeito e quão intensamente essa relação contribui para a formação da criança, o papel da escola como formadora de relações e, finalmente, abordamos o fracasso escolar e como isso influencia na autoestima do educando e tem sido tema de discussão de especialistas e educadores. Palavras chaves: Família. Escola. Fracasso Escolar
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ABSTRACT
In this work on the family relations with the school and the implementation of homework are in focus, develop a discussion about the importance of partnership between schools and families with regard to jobs sent home. The use that teachers make these tasks and how it evaluates the student from the correction of the duties that are sent home are also present in this discussion. The research aims to understand about the impact of family involvement in student performance from monitoring the implementation of the tasks required to be performed at home as well as identify how homework is used by teachers as tools of learning to understand the point of view of how the student homework help in the learning and finally, identify reasons why parents do not accompany the implementation of homework their children. We approach the family as a constituent of the subject and how this relationship contributes to the formation of the child, the school's role as forming relationships and finally approached the school failure and how that impacts the student's self esteem and has been the subject of discussion by experts and educators. Keywords: Family. School. School Failure
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO-------------------------------------------------------------13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA---------------------------------------16
2.1 A Família como sistema constituinte do sujeito------------------16 2.2 A Escola como agente de socialização do conhecimento--------18 2.3 Discutindo o fracasso escolar------------------------------------ ----22
3 METODOLOGIA------------------------------------------------------ ---24 3.1 Sujeitos da pesquisa----------------------------------------------------24 3.2 Instrumentos de coleta de dados-------------------------------------25 3.3 Procedimentos para coleta de dados--------------------------------25
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS---------27 4.1 Entrevistas e questionários aplicados às professoras------------27 4.2 Entrevistas e questionários aplicados aos alunos----------------------35
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------42
REFERÊNCIAS---------------------------------------------------------------------------45
APÊNDICES-------------------------------------------------------------------------------46
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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho comporta um esforço na tentativa de melhor compreender como a relação
família/escola contribui para que o aluno do ensino fundamental resolva as tarefas que os
professores passam para casa e, como isso, se reflete no desenvolvimento educacional do
sujeito. Como formando do magistério 2º. grau, fui estagiário em uma escola da Rede
Estadual, onde ensinei, justamente, para a antiga 4° série, e me inquietava muito por perceber
que meus alunos apresentavam muita dificuldade em trazer respondidas as tarefas que eram
enviadas para casa. Mais tarde, já formado, e com a responsabilidade de acompanhar o
desenvolvimento educacional dos meus filhos, percebi que podem existir múltiplas razões
para essa dificuldade.
Existem poucos estudos sobre a prática do dever de casa, entretanto é uma atividade que há
muito associa as relações família/escola na árdua tarefa de educar e preparar o individuo para
viver em sociedade.
Assim, em minha prática diária como pai, líder religioso e educador venho observando como
a relação da família com a escola é cada vez mais distante, como a Escola parece esforçar-se
para manter os pais fora da realidade escolar e como os pais, envoltos em suas rotinas
laborais, não se esforçam para fazerem parte do dia a dia da escola e, consequentemente, do
processo de aprendizagem dos seus filhos.
Desse modo, a maioria dos pais de alunos só comparece na escola quando são chamados para
alguma reunião de pais e mestres ou mesmo quando acontece algum problema e a direção o
convoca sob pena de punir o educando com suspensão ou advertência.
Por outro lado, o aluno, muitas vezes, por não ter uma participação ou ajuda dos pais,
demonstra uma grande dificuldade de aprendizado e isso se reflete nas suas ações e
comportamento dentro da escola. Consequentemente, a coordenação se vê obrigada a
convidar para comparecer à escola, os pais daqueles alunos com notas abaixo da média e que,
constantemente, queixam-se da dificuldade de realizar as tarefas previstas para serem feitas
em casa por não terem quem os ajude.
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A escola por sua vez, alimenta uma ideia equivocada de que os pais nada entendem do
pedagógico. Por isso, não devem ou não precisam opinar nas questões relativas ao ensino,
propriamente dito, ou quanto às questões administrativas da escola.
A partir do século XVII quando a escola substituiu a aprendizagem como meio de educação e
a influência dos adultos deixou de ser o meio pelo qual a criança aprendia, a relação da
família com a escola se tornou necessária na aprendizagem do aluno e no desenvolvimento da
sua capacidade cognitiva. Assim, família e escola conhecem suas responsabilidades
específicas e recíprocas. Contudo, não reconhecem as funções compartilhadas pelos dois
sistemas em decorrência da função educativa que têm.
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009, divulgada pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que as famílias com renda per capita igual ou
superior a um salário mínimo têm mais filhos entre 6 e 14 anos na escola do que as que
ganham menos que o mínimo nacional. Ainda segundo a pesquisa, 99% das crianças em idade
escolar vindas de famílias com renda acima de um salário mínimo (atualmente, em R$
545,00) estão matriculadas na escola. Esse percentual cai para 96,5% das crianças oriundas de
famílias com renda per capita inferior a 25% do salário mínimo. Desse modo, tudo nos leva a
crer que o percentual de adesão à escola aumenta, gradativamente, de acordo com os ganhos
da família.
A relação família-escola é um dos campos de atuação da Psicologia Educacional, por isso,
como pedagogo, acho relevante estudar e conhecer os conceitos que norteiam esta relação que
contribui para a formação educativa do indivíduo. Como pai e líder religioso defendo a
importância e a participação da família no processo de aprendizagem e um maior e melhor
compartilhamento na tarefa de preparar as crianças e jovens nos planos sócio-econômico e
culturalmente. Acreditamos que quanto mais a família se aproxima do cotidiano escolar
maior a possibilidade de contribuir com o aprendizado do aluno. Desse modo, a relação
família/escola se constitui como fator preponderante para o desenvolvimento e aquisição do
aprendizado.
A maneira como a família tem contribuído para o desempenho escolar dos alunos, a partir da
sua participação na execução das tarefas escolares previstas para serem realizadas em casa, se
15
constituiu, pois, na questão problema para esta pesquisa. Concebemos, ainda, como objetivo
desse estudo, compreender acerca do impacto da participação da família no desempenho dos
alunos a partir do acompanhamento na execução das tarefas previstas para serem realizadas
em casa.
Para tanto, buscou-se identificar como os deveres de casa são utilizados pelos professores
como instrumentos de aprendizagem dos alunos e, mais, compreender do ponto de vista do
educando, como os deveres de casa o auxiliam na aprendizagem. Finalmente, identificar
razões pelas quais os pais não acompanham a execução dos deveres de casa dos seus filhos.
No próximo capitulo, desenvolvemos uma discussão teórica do problema proposto, com o
objetivo de fundamentá-lo nas teorias existentes. O fracasso escolar e a relação família/escola
são priorizados nesta pesquisa, que tem na criança e nas dificuldades que enfrenta para fazer o
dever de casa a razão da sua existência. A discussão teórica apresentada serve para balizar a
análise e interpretação dos dados coletados que serão apresentados no capitulo IV deste
trabalho. Nas considerações finais, retomaremos em linhas gerais o que os resultados
encontrados nos revelam, bem como, apontaremos limites e possibilidades de desdobramentos
futuros relativos à temática escolhida.
16
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para fundamentar a pesquisa tentamos dialogar com autores que escrevem a respeito da
educação, família, escola e o fracasso escolar e, em um primeiro momento, busco falar acerca
da influência da família na constituição do sujeito. Menciono, ainda, como os laços de
afetividade são formados dentro dela. Em seguida, tratamos das diversas definições de escola e
aprendizagem e, finalmente, discutimos sobre fracasso escolar e como afeta, não só a auto
estima da criança, mas também a relação da família com a escola e da instituição com a família.
2.1. A família como sistema constituinte do sujeito
A família é a unidade básica da sociedade e é influenciada por outras pessoas ou instituições.
É na família que se formam os primeiros traços de afetividade que irão acompanhar a pessoa
por um longo período de sua vida. Entretanto, conceituar família não é uma tarefa fácil nos
dias atuais, pois os elos que a conceituam, além de biológicos, podem ser também, jurídicos,
econômicos e sentimentais.
Podemos então dizer que família é um grupo de pessoas ligadas por um traço comum
podendo existir algum grau de parentesco direto ou não. A família pode então, assumir uma
estrutura nuclear ou conjugal que consiste num homem, numa mulher e nos seus filhos,
biológicos ou adotados, habitando num ambiente familiar comum. A estrutura nuclear tem
uma grande capacidade de adaptação, reformulando a sua constituição, quando necessário. Os
membros de uma família costumam compartilhar do mesmo sobrenome, herdado dos
ascendentes diretos que se constitui de um conjunto invisível de exigências funcionais que
organiza a interação dos membros da mesma, considerando-a, igualmente, como um sistema,
que opera através de padrões transacionais.
17
Existem também famílias com uma estrutura de pais únicos ou monoparental, tratando-se de
uma variação da estrutura nuclear tradicional devido a fenômenos sociais, como o divórcio,
óbito, abandono de lar, ilegitimidade ou adoção de crianças por uma só pessoa.
”Assim, no interior da família, os indivíduos podem constituir subsistemas, podendo estes ser formados pela geração, sexo, interesse e/ ou função, havendo diferentes níveis de poder, e onde os comportamentos de um membro afetam e influenciam os outros membros. A família como unidade social, enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento, diferindo a nível dos parâmetros culturais, mas possuindo as mesmas raízes universais” (MINUCHIN,1990, p 30).
A educação depende cada vez mais da interação entre família e escola, e abrir um canal de
comunicação entre ambas, respeitando os seus saberes e individualidade, se constitui em
vantagens para o aprendizado do aluno. De acordo com Carraro (2006) a qualidade da
educação depende cada vez mais da interação entre família- escola e as crianças são as únicas
beneficiadas com esta aliança.
Em casa, no seio da família, a criança experimenta as dificuldades e vantagens de uma relação
social e começa a vivenciar as responsabilidades que irão contribuir para a formação do seu
caráter.
Em seu lar a criança experimenta o primeiro contato social de sua vida, convivendo com sua
família e os entes queridos. As pessoas que cuidam das crianças, em suas casas, naturalmente,
possuem laços afetivos e obrigações específicas, bem como diversas das obrigações dos
educadores nas escolas. Porém, esses dois aspectos se complementam na formação do caráter
e na educação de nossas crianças.
Para ALVES (2001) o primeiro grupo de pessoas com quem a criança, ao nascer, tem contato
é a família. É interessante que logo a criança já demonstra suas preferências, seus gostos e
suas diferenças individuais. Também a família tem seus hábitos, suas regras, enfim, seu modo
de viver. É desse modo que a criança começará a aprender a agir, a se comportar, a
demonstrar seus interesses e tentará se comunicar com esta família.
Para Moreira (2007) o ambiente social influencia a formação da personalidade humana e a
família é a mais importante de todas as influências geradoras de caráter, pois é na família que
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a criança experimenta as recompensas e punições por cujo intermédio serão adquiridas as
principais respostas para os primeiros obstáculos da vida. Neste círculo de pessoas que
rodeiam a criança, encontra-se a fonte original da sua identidade.
Assim a transmissão de valores éticos, cidadania, solidariedade, respeito ao próximo, auto-
estima, respeito ao meio ambiente, são valores que a família deve passar para a criança desde
cedo, pois isso poderá contribuir para torná-lo um adulto flexível, propenso a resolver
problemas e mais aberto ao diálogo com o outro.
As noções de perigo, aquilo que pode ou não pode fazer, aquilo que a mamãe não gosta são
coisas que a criança aprende desde cedo, evidenciando-se assim a importância da influência e
da orientação dos pais na formação do caráter da mesma.
À família cabe entender que a criança precisa de liberdade. Mas por si só, não tem condições
de avaliar o que é melhor ou pior para ela mesma. A família é o suporte que toda criança
precisa e, infelizmente, nem todas têm. É o sustentáculo que vai ajudá-la a desenvolver o
conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva,
física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com
perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.
2.2 - A Escola como agente socializadora do conhecimento
Quando pensamos em escola logo nos lembramos de prédio ou mesmo casa onde crianças e
até mesmo adultos são levados para aprender a ler, escrever e fazer contas. E, de acordo com
o dicionário, este é justamente o significado da palavra escola. “Casa ou estabelecimento em
que se ministra ensino de ciências, letras ou artes”. Porém, outros significados também são a
ela atribuídos como, por exemplo: “conjunto dos alunos e professores; conjunto dos adeptos
ou discípulos de um mestre em filosofia, ciência ou arte” (MICHAELIS, moderno dicionário
da língua portuguesa) e assim por diante.
O conceito de escola, no entanto, transcende a estas afirmações, pois escola é muito mais que
prédios ou mesmo conjunto de alunos, é um lugar onde é possível aprender de muitas formas.
19
É um lugar de relacionamentos, de troca de informações, é um lugar feito por gente que está
sujeito a todo tipo de emoção, característica do ser humano. Os defeitos e qualidades das
pessoas também ali se apresentam.
O mundo atual vive conectado 24 horas por dia através da internet. É possível nos
comunicarmos com uma pessoa que se encontra do outro lado do mundo. A tecnologia nos
permite esta fantástica comunicação. Estamos conectados através da rede, ou seja: é gente por
todos os lados. Portanto, se toda essa comunicação é apenas virtual, onde estão as pessoas de
carne e osso? Onde estão as relações afetivas, o prazer de tocar e ser tocado pelo outro? A
satisfação de olhar nos olhos e perceber a alegria do encontro ou a tristeza da partida ao final
da jornada de um dia?
A escola só se constitui de forma plena como ambiente de aprendizagem se a percebermos
indo além do trabalho e do estudo que são os seus pilares elementares0. De nada adianta
termos prédios suntuosos e bem equipados se estes não estão voltados para a educação plena
do sujeito. Não se trata só de prédios, sala, quadros, programas, horários, conceitos. Escola é,
sobretudo, gente. Gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. E qual
o maior ponto de encontro senão o fato de sermos todos seres humanos, gente de carne e osso,
com nossas qualidades e fraquezas, medos e inseguranças, vitórias e conquistas? Professores,
diretores, alunos, pais, funcionários e todos os elementos que estão na escola reúnem-se a
partir da premissa da educação. Mas, este nobre propósito só se efetiva se conseguirmos criar
elos que nos aproximem e que nos permitam unificar ações utilizando a riqueza que há em
nossa diversidade.
Dentro desta perspectiva, Nóvoa (1992) define a escola como mediadora que faculta ao
educando a possibilidade do desenvolver potencialidades que lhes permitirá intervir e
colaborar para a construção de uma sociedade mais justa e democrática.
A educação, portanto, deve possibilitar a construção do conhecimento por meio da
aprendizagem e o conhecimento não pode ser visto apenas como objeto de construção e sim
como constatação da verdade, que deverá ser sempre provisória e discutível.
20
Dessa forma, ao passar pela escola, ou ainda, em maior instância, pela vida, precisamos deixar
marcas, criar amizades, ambientes de camaradagem, ou então estaremos fadados apenas a
sobreviver e não teremos experimentado a vida em sua plenitude.
Definir aprendizagem não é uma tarefa tão fácil e não é minha pretensão esgotar um tema tão
complexo que nem mesmo a ciência foi capaz ainda de definir com precisão. O que acontece
no cérebro de uma pessoa ao adquirir um novo aprendizado? Será que ocorrem mudanças no
sistema nervoso que influenciam no seu comportamento após adquirir um novo
conhecimento? A ciência ainda não conseguiu responder a estas e outras perguntas, daí a
grande dificuldade em se conseguir conceituar com precisão o que é aprendizagem.
De todo modo, a aprendizagem é vista como uma ação educativa que tem a finalidade de
ajudar a desenvolver nos indivíduos capacidades que lhes permitam viver no meio social e
estabelecer relações interpessoais através das suas estruturas sensório motoras, cognitivas,
afetivas e lingüísticas.
Paulo Freire afirma que o conhecimento envolve a constante unidade entre ação e reflexão
sobre a realidade (FREIRE, 1981), ou seja, o aprendizado se dá através de um conjunto de
ações que envolvem experiências e observações de ações e reações do indivíduo no meio em
que está inserido. Na mesma perspectiva, Luckesi (2001) menciona que: “A educação é um
típico “que fazer” humano, ou seja, um tipo de atividade que se caracteriza fundamentalmente
por uma preocupação, por uma finalidade a ser atingida” (p.30).
Assim, a aprendizagem e a história do homem estão intimamente ligadas através da
construção de uma consciência, do mesmo, enquanto ser social e da sua capacidade de
adaptação a situações adversas e novas a cada etapa do seu crescimento. Dentro desta
perspectiva, é possível afirmar que: “Se é verdade que eventualmente aprendemos de todos
aqueles que nos rodeiam, é inegável que os professores e as escolas tem no ensino e na
aprendizagem não uma meta eventual, mas a razão de ser de seu trabalho.” Carvalho (1997, p,
20).
Sempre que falamos ou ouvimos falar em educação existe uma tendência para reduzi-la a um
determinado período situado entre os anos de estudo vividos por uma pessoa. Com isso,
21
restringimos e relacionamos educação com estudo. Não obstante, sabemos que a educação é o
processo em que o indivíduo vai construindo o seu conhecimento enquanto trilha o caminho
do amadurecimento integral em um processo dinâmico que deve ser buscado e vivido durante
toda a sua existência.
O ser humano aprende desde a sua concepção e a aprendizagem sempre existiu de forma mais
ou menos elaborada e organizada. Mas, o seu estudo só se desenvolveu a partir do
reconhecimento da Psicologia enquanto ciência. Desse modo, o estudo da aprendizagem se
desenvolveu a partir das diferentes concepções e perspectivas que cada corrente da Psicologia
defendia. Os Behavioristas ou Comportamentalistas vêem a aprendizagem como a aquisição
de comportamentos expressos através de relações estímulos/respostas.
Para os cognitivistas a aprendizagem é um processo dinâmico de codificação e recodificação
da informação. O indivíduo é visto como um ser que interage com o meio e é por causa dessa
interação que aprende. Os humanistas acreditam que o sujeito aprende única e,
essencialmente, através de suas experiências pessoais, e este tem um papel ativo no processo
de aprendizagem embora esta seja vista muitas vezes como algo espontâneo.
Assim, o conhecimento das principais teorias da aprendizagem e a influência que estas
exercem no processo ensino aprendizagem, ajudam a compreender as causas das dificuldades
que os alunos enfrentam, identificando os fatores que contribuem para estas. Paulo Freire
afirma que “além de um ato de conhecimento, a educação é também um ato político. É por
isso que não há pedagogia neutra”, Freire (1986). A educação extrapola o conceito de
conhecimento, pois conhecer não pode ser definido como prática exclusivamente humana, já
que muitos animais são capazes de acumular determinados conhecimentos necessários a sua
sobrevivência e estes são determinados pelo instinto e necessidade de sobrevivência.
O entendimento das teorias da aprendizagem nos auxilia para uma melhor formação de todos
aqueles que estão envolvidos e participam do sistema educacional. A educação por sua vez, é
definida ou determinada por uma concepção teórica que a direciona e permite a transmissão e
o ensino dos conhecimentos obtidos de forma organizada e é objeto de debate pela sociedade
desde os primórdios da humanidade.
22
As teorias ajudam o professor a adquirir conhecimentos, habilidades e atitudes que lhes
auxiliarão no alcance de seus objetivos no ensino. A educação é uma socialização das novas
gerações de uma sociedade e, como tal, conserva os valores dominantes (a moral) naquela
sociedade, é também uma possibilidade e um impulso à transformação: desenvolvimento das
potencialidades dos educando.
2.3- Discutindo o fracasso escolar
A discussão sobre o fracasso escolar é bem extensa e diversas pesquisas já foram realizadas a
esse respeito. Precisamos considerar, no entanto, que o tema não é de fácil compreensão e que
existem variantes diversas a serem analisadas para, enfim, se chegar a um denominador que
de fato explique ou mesmo justifique o fracasso escolar. Perrenoud (2000) afirma que é a
escola que avalia e, conclui, de forma unilateral, que alguns alunos fracassam.
Na mesma perspectiva, Patto (1990) destacou que as teorias que tentam explicar o fracasso
escolar culpam sempre os alunos pelo processo, desconsiderando totalmente outros aspectos
que podem ser preponderantes para esse fenômeno. É mister levar em consideração as
dimensões políticas, históricas, socioeconômicas e pedagógicas antes de atribuir ao sujeito a
culpa pelo seu fracasso. Carvalho (1997) afirma que há muitos outros fatores que podem
contribuir para o fracasso do aluno e, no entanto:
“...ignorando os múltiplos fatores que intervém na aprendizagem, temos feito diagnósticos pretensamente precisos e taxativos que invariavelmente ligam a existência do erro ao fracasso do aluno, como se este fosse um caminho simples, invariável e de mão única – o que seguramente não é o caso” (CARVALHO,1997, p. 12)
De acordo com o dicionário Aurélio (1998), fracasso é definido como desgraça; desastre;
ruína; perda; mau êxito; malogro. Logo, o fracasso escolar poderia ser definido como mau
êxito por parte do aluno ou mesmo da instituição escolar, embora a compreensão da maioria
das pessoas aponte sempre para o educando que não consegue sucesso nos estudos ou mesmo
desiste de estudar. Assim sendo, “O sentimento de fracasso experimentado por um aluno não
23
é, muitas vezes, senão a interiorização do julgamento da instituição escolar, expresso pelo
professor ou por um examinador do alto do seu saber.” Perrenoud ( 2000, p 20).
O fracasso escolar é entendido, pelo autor, como um sentimento desenvolvido pelos alunos
em decorrência das avaliações que a instituição escolar e os professores aplicam e a partir daí
determinam se o educando fracassou ou avançou em conhecimentos.
Acreditamos, porém, que uma educação eficiente e equilibrada depende muito da interação
dos pais com a escola no que se refere à execução das tarefas que são enviadas para casa e
também no apoio ao educando dentro da instituição escolar. A escola precisa entender que a
relação com a família do educando contribui positivamente para o aprendizado e pode até
mesmo reduzir o índice de desistência ou evasão escolar, que termina por configurar- se como
fracasso escolar.
No capítulo seguinte, estaremos apresentando uma discussão teórica do problema que me
propus a investigar, buscando fundamentá-lo nas teorias existentes. O papel da família e da
escola no desempenho do aluno a partir das atividades que são propostas para fazer em casa
estão em foco nesta discussão, bem como a questão do fracasso escolar e como esse é
percebido por pais, professores e alunos. A apresentação serve de lastro para a análise e
discussão dos dados coletados que serão apresentados no capitulo 4 desse trabalho
monográfico.
A escolha da metodologia de uma pesquisa define os rumos que serão tomados para alcançar
determinados objetivos. Com esse pensamento, defini o tipo de pesquisa e os instrumentos
que utilizei para responder aos objetivos gerais e específicos do meu trabalho, conforme
exponho a seguir, no capítulo 3.
24
3. METODOLOGIA
A abordagem qualitativa tem como foco principal os subjetivos do comportamento humano e
segundo Bodgan Biklen (apud Ludke, p12,13) :
“Abordagem qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados, sendo estes dados, predominantemente descritivos, em que a preocupação com o processo é muito maior do que com o produto. O “significado” que as pessoas dão às coisas e à sua vida são focos de atenção especial pelo pesquisador e a análise dos dados tende a seguir um processo indutivo”.
Com base nessa afirmação, desenvolvi a pesquisa com 30 alunos e 10 professoras do 5° ano do
ensino fundamental, em escolas públicas, de dois bairros periféricos da cidade do Salvador.
3.1. Sujeitos da pesquisa
A pesquisa foi desenvolvida com alunos do 5° ano do ensino fundamental, com idade entre 10
e 16 anos, em três escolas públicas de diferentes bairros periféricos da cidade do Salvador. As
crianças são oriundas de famílias de baixa renda.
Na primeira escola, localizada na Chapada do Rio Vermelho, 02 crianças foram entrevistadas.
Elas foram escolhidas por contarem com a ajuda dos pais na execução das suas atividades
escolares. Nessa mesma escola duas professoras também foram entrevistadas.
Foram aplicados 30 questionários em duas escolas localizadas no bairro de Mussurunga. Essa
medida deveu-se ao fato de não termos obtido autorização para realizarmos as entrevistas
como, inicialmente, estava previsto. Sendo assim, aplicamos um questionário composto das
mesmas perguntas formuladas nas entrevistas junto a 28 alunos e 8 professoras dessas duas
escolas.
25
3.2. Instrumentos de coleta de dados
Entrevistas e questionários com professoras e alunos de três Escolas Públicas Estaduais de
Salvador.
Nesse capítulo, falaremos sobre os resultados obtidos a partir das entrevistas e dos
questionários aplicados com 10 professoras e 30 alunos do 5° ano do ensino fundamental em
duas escolas da Rede Estadual de Ensino, em diferentes bairros da cidade do Salvador.
Inicialmente iria fazer apenas entrevistas, por entender que este mecanismo de pesquisa me
permitiria ampliar o entendimento a respeito do objeto a que me proponho a pesquisar.
Porém, em decorrência da resistência, por parte do coordenador e da professora regente em
atender no horário de aula para entrevistar os alunos, apenas as duas professoras e 2 alunos
foram de fato entrevistadas e os demais sujeitos responderam a questionários elaborados,
cujos dados exponho e analiso a seguir.
3.3. Procedimentos utilizados para coleta de dados
Na escola comunitária do bairro do Rio Vermelho foram feitas entrevistas com duas
professoras, sendo uma do turno matutino e uma do turno vespertino. Na mesma escola, três
alunos também foram entrevistados, todos do turno matutino. Não foi possível fazer
entrevista com os alunos do turno vespertino, pois o coordenador não permitiu o meu acesso à
sala de aula. No bairro de Mussurunga, conforme já mencionamos, não foi possível realizar
entrevistas, então apliquei um questionário, com as mesmas perguntas previstas para as
entrevistas, com as 08 professoras e 27 alunos, todos do 5° ano do ensino fundamental.
Os questionários foram estruturados de modo a verificar o desempenho dos alunos que
contavam com ajuda dos pais para fazerem as atividades escolares propostas para casa, os
26
alunos que frequentavam banca e, finalmente, aqueles que não contavam com auxilio para
realizar estas atividades.
A participação ativa dos pais na vida escolar dos educandos também foi verificada através
das informações prestadas pelas professoras dentro do próprio questionário, e se levou em
consideração a presença destes nas instituições escolares quando chamados para reuniões pré
agendadas e quando estes compareciam espontaneamente para verificar o desempenho dos
filhos. Outro aspecto analisado pela pesquisa foi a intensidade das atividades laborais dos pais
e como estes cooperavam na execução das tarefas que são enviadas para fazer em casa.
A prática docente também foi analisada a partir das respostas que as professoras prestaram em
relação ao tratamento dispensado às tarefas que elas passavam para os alunos fazerem em
casa e quais as intervenções pedagógicas no que se refere a busca de um melhor aprendizado
por parte do educando.
No capítulo 4 deste estudo apresento os resultados destas entrevistas bem como dos
questionários aplicados aos sujeitos participantes. Apresentamos e discutimos ainda, acerca da
compreensão que construímos a partir dos dados coletados.
27
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 Entrevistas e questionários aplicados às professoras
O gráfico abaixo apresenta os resultados obtidos para o questionamento feito às professoras
participantes da pesquisa, no que concerne à demanda de deveres para casa. Nesse caso, as 10
professoras entrevistadas responderam afirmativamente a essa questão. O que nos dá um
percentual de 100% para o universo pesquisado. Esse percentual nos sugere que as
professoras entendem que é necessário passar tarefas para serem feitas em casa pelos alunos.
Gráfico 1
passa dever de casa para os alunos
100% PROFESSORES
Ao serem provocadas em relação à frequência com que elaboravam essas atividades, as
professoras responderam da seguinte forma: 7/10 passam atividades, diariamente, enquanto
apenas 03/10 o fazem em dias alternados. Os motivos pelos quais as três professoras se
comportam dessa forma, não ficam claro nos questionários por elas respondidos. Dessa forma,
não faremos suposições a respeito desse dado.
28
Gráfico 2
3
7
0
5
10
Frequência com que passa
tarefas para serem feitas em
casa
Diariamente
Dias alternadosDiariamente
Dias alternados
O gráfico abaixo reproduz as respostas das professoras a respeito da avaliação que elas fazem do dever de casa, 40% delas afirmam utilizar a observação nos cadernos e a participação da correção no quadro; 30% aproveitam o dever de casa para avaliar o rendimento dos alunos e mudar a metodologia de ensino aproveitando - se da correção no quadro e da correção individual com cada aluno; 70% dos sujeitos pesquisados parecem compreender a importância de passar atividades para serem feitas em casa pelos alunos e se aproveitam dos mesmos para reavaliar a maneira como ensinam. O dever de casa precisa atender a um objetivo especifico, não pode ser aplicado apenas como mais uma tarefa. A esse respeito Stern afirma: “As tarefas servem para “capturar” o mundo da criança para dentro do trabalho escolar. As tarefas de captura vêem a escola como uma parcela mínima da vida extraescolar”. Stern (2007, p. 79).
30% dos sujeitos pesquisados apresentaram respostas pouco indicativas acerca da questão abordada.
Gráfico 3
Como avalia a execução das tarefas feitas em casa
4; 40%
3; 30%
2; 20%
1; 10%observação nos cadernos, e participação da correção feita no
quadro.
aproveita para analisar o rendimento e mudar a metodologia
Alguns fazem, pois são acompanhados pelos pais
Alunos com acompanhamento da familia se destacam dos
outros
No gráfico abaixo 50% dos sujeitos pesquisados responderam de forma negativa ao serem
perguntadas se todos os alunos fazem as tarefas enviadas para casa: 40% disseram que
alguns fazem e 10% afirmou que menos da metade dos alunos, de fato, fazem as tarefas que
são enviadas para casa. Apesar do esforço por parte da maioria das professoras em passar
atividades para casa e corrigir junto com os mesmos em sala de aula, parece haver, dentro do
universo que foi pesquisado, certo problema por parte, tanto dos alunos quanto da família, já
29
que um percentual tão alto (50%) de alunos que não fazem o dever de casa pôde ser percebido
nesta questão.
Gráfico 4
Alunos fazem as tarefas enviadas para casa
5; 50%4; 40%
1; 10%
Não
Alguns
Menos da metade
No quadro abaixo, encontramos as respostas dadas pelas professoras quando questionadas
sobre quantos dos alunos tinham acompanhamento dos pais para fazerem as tarefas de casa e
como elas faziam para identificar se havia ou não essa ajuda. Das entrevistadas, todas
afirmaram saber quais alunos tem acompanhamento. Entretanto, 5 informaram em números
reais e duas não souberam dizer exatamente a quantidade de alunos que são acompanhados
pela família. Nenhuma das professoras entrevistadas informou a quantidade de alunos que
frequentavam as aulas.
Quanto aos critérios para a identificação dos alunos que tem algum acompanhamento para
fazer o dever de casa, 5/10 delas verificavam a partir das próprias tarefas que os alunos
levavam para fazer em casa. 4/10 perguntam ou mesmo conversam com os alunos sobre quem
os ajuda e, finalmente, 1/10 pede apenas para os pais assinarem o diário escolar.
A senhora sabe quantos dos seus alunos tem acompanhamento ou ajuda da família para fazer as tarefas enviadas para casa?
Qual o critério que a senhora utiliza para fazer essa identificação?
Sim Vinte Seis
04 02 01
A partir das próprias tarefas enviadas para casa 05
Poucos têm acompanhamento 01 A partir de questionamento ou conversas com os alunos
04
SIM. Mas não sabem dizer em números exatos 01 Pede aos pais para assinar o diário. 01 Cerca de 1/3 01
30
Questionadas sobre a nota média dos alunos que tem acompanhamento dos pais, dos alunos
que não frequentam banca, e dos alunos que frequentam banca para fazerem as tarefas
enviadas para casa, obtivemos os seguintes resultados.
No gráfico 5, aparecem os dados relativos aos alunos que têm acompanhamento por parte dos
pais e não frequentam banca. Nesse caso, 60% deles obtinham notas acima da média. No que
tange aos alunos que frequentavam banca, o gráfico 6 indica que 30% desses alunos tiravam
notas acima da média. E, finalmente, no gráfico 7 encontram-se os dados referentes aos
alunos que não frequentavam banca e nem contavam com a ajuda dos pais para fazerem as
tarefas escolares que eram enviadas para casa. No que se refere a esses dados, constatamos
que 60% deles obtinham notas abaixo da média estabelecida pela escola que é 5.
A análise desses dados nos permite pensar que a participação da família na execução das
tarefas escolares previstas para casa, tem um papel preponderante no desempenho escolar dos
alunos. Esse indicador de análise, ou seja, a participação dos pais no acompanhamento dos
deveres escolares enviados para casa parece ter um impacto visível nas notas que os alunos
conseguem alcançar.
Gráfico 5 Gráfico 6
Gráfico7
Tem acompanhamento dos pais
60%20%
10%
10%
Acima da média
Maior que a dos
outros
Não respondeu
Resposta requer
análise
Frequentam banca
49%17%
17%
17%
Acima da
média
A banca não
contribui para
nota
Depende da
banca
Resposta
requer análise
31
Não frequentam banca
70%
10%
10%
10%
Abaixo da média
Varia, uns acima outros abaixo da
média
Na média
Não respondeu
Questionadas sobre se os pais se manifestam ou opinam a respeito do dever de casa 40% dos
sujeitos afirmaram que os pais não se manifestam. 20% dizem que dificilmente isso acontece
e 40% deram respostas variadas. É possível perceber, no entanto, que dentro do universo
pesquisado a maioria dos pais não contribui de maneira crítica quanto ao que recebem em
casa como dever proposto pela escola para os seus filhos.
Gráfico 8
os pais opinam a respeito das tarefas
40%
20%
10%10%
10%
10%
Não
Dificilmente
As vezes
Os pais vem na escola
Não temos a cultura do diário
Só quando não compreendem
b
A respeito dos benefícios que a participação dos pais, na execução das tarefas enviadas para
casa, traz para o educando, 9 dos sujeitos entrevistados responderam de forma que esse
envolvimento dos pais traz uma série de benefícios para o aluno. Dentre elas, foram
mencionadas as seguintes: o aluno se sente mais seguro em relação ao que está aprendendo;
esse participação favorece à revisão do conteúdo programático que está sendo trabalhado em
sala de aula com os alunos; as entrevistadas mencionam ainda como benefício a possibilidade
de reflexo dessa ajuda dos pais na auto-estima dos seus filhos; além de influir no
aprimoramento de habilidades e de competências o que irá impactar na melhora do
rendimento do aluno. Apenas um sujeito não respondeu a esse questionamento proposto,
32
conforme se visualiza no gráfico abaixo. Ora, 90% das professoras entrevistadas reconhecem
a importância da participação da família no processo de ensino aprendizagem. Sobre isso
escreveu Stern: “... a participação direta dos pais deveria ser estimulada sempre que aumentar
a aprendizagem dos alunos por meio do uso dos conhecimentos e habilidade dos pais.” Stern
(2007, p. 56).
Gráfico 9
Contribuição da ajuda dos pais na prática docente
9; 90%
1; 10%
Sim Não respondeu
Ao perguntarmos com que frequência os pais comparecem à escola e o que os motiva a esse
tipo de visita, 5 professoras disseram que eles só comparecem a cada dois meses nas reuniões
pré-agendadas. Duas professoras disseram que poucos pais procuram a escola. Outras duas
que os pais só comparecem quando convocados. E, finalmente, uma dentre elas afirmou que
os pais só comparecem quando o beneficio do bolsa família é cessado e precisam da
freqüência para regularizar.
As escolas, de um modo geral, programam reuniões durante o ano letivo para terem contato
com os pais e assim fazê-los conhecedores da vida escolar dos seus filhos. O fato de 50% das
professoras afirmarem que os pais comparecem nas reuniões pré-agendadas pela escola parece
demonstrar o interesse que eles têm pela vida escolar dos filhos. “É comum que os
professores-principalmente no ensino médio-avaliem os pais pela frequência deles em
reuniões formais ou de prestações de contas.” Stern (2007, p. 67).
Questionadas sobre quem recebe os pais quando eles vêm até a escola, 07/10 professoras
disseram que é a diretora, vice-diretora, coordenador ou o pessoal da secretaria, duas das
entrevistadas afirmaram que é um auxiliar de disciplina ou mesmo o professor que fez o
encaminhamento. Por se tratar de profissionais de diferentes instituições é possível concluir
que em cada escola os pais podem ser recebidos por não importa quem, o que nos remete aos
33
seguintes questionamentos: deveria ser assim? À escola somente interessa os casos de
indisciplina dos alunos? Quem acompanha o rendimento escolar desses alunos enquanto
condição de aprendizagem processual? O rendimento dos alunos é considerado como mérito
de análise apenas no final do ano quando são concluídos os trabalhos do ano letivo?
Na sequência das nossas indagações, o gráfico abaixo retrata o nível de contato que as
professoras têm com os pais dos seus alunos. A esse propósito, 80% têm contato com os pais
nas reuniões ou mesmo quando estes comparecem na escola, voluntariamente, para conversar
com elas, 20% comparecem bem pouco ou mais ou menos na escola. A análise desses dados
reforça a impressão que tivemos no gráfico 9 a respeito do interesse que os pais tem pela vida
escolar dos filhos.
Gráfico 10
Tem contato com os pais dos alunos
80%
10%
10%
Sim Bem pouco Mais ou menos
A respeito dos benefícios e vantagens que a proximidade com os pais poderia trazer para o
desenvolvimento do trabalho docente, 10 /10 professoras pesquisadas afirmaram que sim: a
participação da família contribui para melhorar a aprendizagem, motivação e autoestima do
aluno. O gráfico abaixo representa esse percentual e nos permite concluir que, dentro do
universo pesquisado, todas elas reconhecem que a participação da família é fundamental para
o desenvolvimento do seu trabalho como docente.
Gráfico 11
Vantagens da proximidade com os pais
56%
11%
11%
11%
11%
Aprendizagem do aluno
Contribui para um melhor
diagnóstico
Permite trabalhar a necessidade
especifica de cada aluno
Motiva e incentiva o aluno
O aluno se sente valorizado
34
Questionadas se buscam ter uma proximidade com os pais dos alunos 50% dos sujeitos
responderam que sim, 20% afirmaram sempre que é preciso e a soma dos outros 30%
disseram que solicita a presença dos pais às vezes ou um pouco.
Gráfico 12
Busca proximidade com os pais dos alunos
50%
20%
10%
10%
10%
Sim
As vezes
Um pouco
Solicito a presença deles
Sempre que preciso
35
4.3 Entrevistas e questionários aplicados aos alunos
Foram entrevistados 30 alunos com idade entre 10 e 16 anos, sendo16 meninas e 14 meninos
selecionados a partir dos que contavam com acompanhamento dos pais, seguidos dos alunos
que freqüentavam banca e, finalmente, alunos que não contavam com a ajuda de ninguém
para realizar as atividades escolares enviadas para casa.
Perguntados se moravam com os pais, 39% responderam de forma afirmativa, 27% de forma
negativa, 27% mora só com a mãe, enquanto apenas 7% mora apenas com o pai.
Gráfico 13.
Mora com pai e mãe
39%
27%
27%
7%
Sim
Não
Mora só com a mãe
Mora só com o pai
Perguntamos, então, se a mãe trabalhava fora de casa e obtivemos os seguintes resultados: dos
30 alunos pesquisados, a mãe de 22/30 trabalhava fora de casa. Esse dado nos mostra que
73% das mães dos sujeitos envolvidos na pesquisa podem não ter como fazer um
acompanhamento da vida escolar dos filhos em decorrência da carga laborativa a que estão
expostas.
36
Gráfico 14
Mãe trabalha fora de casa
73%
27%
Sim Não
Perguntamos, então, qual era a profissão delas e obtivemos as seguintes informações,
conforme nos mostra o gráfico 15: 50% são domésticas, mães que tem uma jornada de
trabalho exaustiva e que, em alguns casos, até mesmo dormem no emprego.
Gráfico 15
Profissão das mâes
50%
17%
10%
10%
7%3%3%
Domésticas
Autonômas
Assalariadas
Não souberam responder
Não responderam
Não trabalha
Professora
Perguntamos aos alunos que horário a mãe sai de casa para trabalhar e que horário elas
retornavam e, percebemos que 20% delas têm uma jornada de 12 horas de trabalho, ou seja,
saem de casa às 07:00h da manhã e só retornam às 19:00 horas, conforme nos mostram os
gráficos 16 e 17.
37
Gráfico 16 Gráfico 17
Horário em que sai para trabalhar
20%
20%
17%
13%
10%
7%
7%3% 3%
07:00hs
Não
trabalham
06:00hs
05:00hs
08:00hs
04:00hs
Não
sabem
10:00hs
06:30hs
Horário em que retorna do trabalho
21%
20%
17%
10%
7%
7%
3%
3%
3%
3%
3%
3%
19:00hs
Não
trabalham
18:00hs
17:00hs
15:00hs
Não sabem
20:00hs
22:00hs
23:00hs
12:00hs
10:30hs
08:00hs
Questionados a respeito da escolaridade da mãe e do pai, 12% não souberam responder
quanto à escolaridade do pai e 7% não sabem a escolaridade da mãe, porém 7 % delas
possuem o segundo grau enquanto apenas 5% dos pais possuem também o segundo grau.
Gráfico 18 Gráfico 19
Escolaridade do pai
12
5
4
3
2
11 1 1
Não sabem
Segundo grau
8° serie
7° serie
Faculdade
6° serie
3° serie
Não respondeu
Ainda estuda
Escolaridade da mãe
7
7
5
2
2
21
11 1 1
Não sabem
2° grau
5° serie
4° serie
8° serie
7° serie
9° ano
3°serie
3° gospel
Provocamos os alunos a responderem o que faziam assim que chegavam em casa vindos da
escola. Percebemos que dos 30 sujeitos envolvidos na pesquisa, apenas 03 sujeitos afirmam
38
diretamente que vão estudar ou mesmo fazer o dever de casa, o que representa apenas 10%
dos sujeitos participantes do estudo. 63% informa que vão tomar banho, demonstrando assim
que a higiene pessoal é prioridade, mas sem definir exatamente o que fazem em seguida, os
demais se dividem entre assistir TV, brincar e ajudar nas tarefas de casa. A comparação
desses dados com os dados dos gráficos 18 e 19 nos leva a levantar a seguinte questão: a
ausência prolongada dos pais em casa pode ter uma influência direta nas prioridades dos
alunos ao chegarem em casa?
Gráfico 20
O que faz ao chegar em casa
63%10%
7%
7%
10% 3%
Tomam banho
Vão brincar
Assistem TV
Ajudam nas tarefas de casa
Estudar, fazer o dever ou ir pra
banca
Não respondeu
No gráfico abaixo, quando questionados se ajudam nas tarefas domésticas 93% dos sujeitos
envolvidos na pesquisa ajudam e apenas 3% não ajudam. O percentual elevado parece ser
ainda um reflexo da ausência da figura de um responsável adulto em casa. Não digo que a
criança não possa ou deva ajudar nas tarefas domésticas, essa porém não pode ser a sua
prioridade.
Gráfico 21
Ajudam nas tarefas domésticas
97%
3%
Sim Não
39
O gráfico abaixo é o resultado das respostas dos alunos quando questionados sobre quem os
ajuda a fazer o dever de casa. É interessante notar que, apesar do grande número de mães que
trabalham fora de casa, saem cedo e chegam tarde e da pesada jornada de trabalho, são elas
quem mais ajudam os filhos na execução das tarefas que são enviadas para fazer em casa,
representando 27% das respostas dos sujeitos envolvidos na pesquisa, logo em seguida com
23% aparecem os irmãos, os primos representam 10% dos sujeitos do mesmo modo que
aqueles que não têm nenhuma ajuda, o pai e a avó representam 7% e por último vem a tia com
3%.
Gráfico 22
Quem ajuda a fazer o dever de casa
27%
23%13%
10%
10%
7%7%3%
Mãe
Irmão (a)
Pró da banca
Primo (a)
Não tem ajuda
Pai
Avó
Tia
O gráfico abaixo representa o horário em que os alunos frequentam a banca. Dos sujeitos
pesquisados, 8/10 frequentam a banca pela tarde, enquanto 02/10 frequentam pela manhã.
Gráfico 23
8
2
0
5
10 Horário em que frequenta banca
Pela tarede
Pela manhã
Pela tarede 8
Pela manhã 2
Horario em que frequentam banca
Ao serem questionadas a respeito do sentimento por tirarem notas baixas, nas avaliações, as
respostas dos alunos que participaram da pesquisa variou entre mal, triste e decepcionado. 2
40
alunos afirmaram sentirem-se mal, 2 sentiam-se tristes e 1 se sentia decepcionado.
Considerando-se que apenas 10 alunos responderam a esta questão, 50% dos sujeitos
pesquisados tem sentimentos que podem baixar a auto estima e provocar desânimo no
indivíduo, prejudicando mais ainda o seu desempenho escolar. Isso pode nos levar a perceber
que existe uma carência de mais atenção aos alunos que demonstram dificuldade de
aprendizado em sala de aula.
Gráfico 24
Como se sente por tirar notas baixas
1; 10%
2; 20%
2; 20%2; 20%
2; 20%
1; 10%
Não responderam
Mal
Triste
Normal
Não tira notas baixas
Decepcionado
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao analisarmos as entrevistas e os questionários feitos com as dez professoras é possível
perceber, dentro do universo pesquisado, que embora exista uma preocupação em passar
tarefas para fazer em casa, poucas professoras, de fato, se utilizam delas para reverem as
práticas pedagógicas e melhorarem o ensino na sua sala de aula.
A utilização de tarefas com finalidades pedagógicas revelam um educador preocupado com o
rendimento e o ritmo com que o aluno apreende determinados conhecimentos o que lhe
permite assim, avaliar o desempenho do educando em comparação com o restante da turma e
também uma maior facilidade na identificação de dificuldades e dúvidas que este demonstre
acerca de determinadas informações. Esta prática dá ao docente os subsídios necessários para
intervir de forma positiva na aprendizagem dos alunos. O professor tem um papel
preponderante na aprendizagem das crianças e este precisa proporcionar momentos de
41
interação onde as relações vão produzir resultados e deixar o ensino proveitoso e estimulante
para os alunos.
A ausência dos pais na participação da vida escolar dos filhos é uma constante e o professor
precisa buscar ou mesmo criar estratégias que beneficiem a aprendizagem dessas crianças
afim de que elas superem as dificuldades que interferem no seu processo de ensino
aprendizagem.
A relação família/escola pressupõe uma troca, um indivíduo espera alguma coisa do outro.
No entanto, se não houver um diálogo mútuo onde a fala do outro seja respeitada, jamais
haverá uma troca de saberes. Estabelecer a relação de troca de conhecimento requer o
entendimento da mensagem que o outro quer transmitir.
A relação com a família não é valorizada pela escola e esta por sua vez se limita a comparecer
na escola somente nas reuniões pré-agendadas pela direção. De acordo com as professoras, as
notas dos alunos que não têm um acompanhamento de perto, por parte da família, ficam
sempre abaixo da média enquanto aqueles que têm esse acompanhamento obtêm notas mais
alta, geralmente, acima da média estipulada. Isso termina refletindo na auto-estima e
segurança da criança, pois, ainda de acordo com as professoras a presença dos pais na escola
traz segurança para a criança e desperta nelas um sentimento de pertencimento. Perrenoud
(2000) ressalta que sempre se afirmava e ainda se afirma que as crianças de classes menos
favorecidas acabam por não terem êxito na escola em decorrência da falta de estímulo, porque
os pais não têm tempo para ajudá-las e porque a bagagem cultural da família é pequena.
Valendo-se muitas vezes deste apartamento da família do ambiente escolar a escola termina
por atribuir o mérito pelo fracasso a esse distanciamento. A família, por sua vez, acusa a
escola de não oferecer um ensino de qualidade às crianças, sendo, portanto essa a causa do
fracasso escolar. Nesse contexto, o fracasso escolar é tido como “produto de professores mal
qualificados” (NAGEL, 2001, p.05), não levando em consideração qualquer outro tipo de
comentário que estabeleça relação entre concentração de renda e condições reais de
aprendizagem.
42
Entretanto Patto1 (1990) mostra que é necessário repensar sobre o estigma de que o fracasso é
culpa do aluno ou mesmo da família e que existem outros fatores que podem determinar em
maior proporção as causas para a reprovação dos alunos.
A grande maioria dos alunos entrevistados são filhos de pais separados e as mães saem cedo
para trabalhar e chegam em casa muito tarde. Mesmo assim, percebemos que quem mais
auxilia os filhos na execução dos deveres que são passados para casa é justamente a mãe,
vindo logo em seguida o irmão (a) para só depois aparecer a professora da banca. O pai só foi
citado em dois casos.
A família e a escola são instituições que se completam, uma vez que ambas buscam o mesmo
objetivo, o desenvolvimento pleno da criança. A aproximação destas instituições visa a
formação do sujeito que se encontra sobre a sua responsabilidade. Por isso, é importante que a
criança se sinta pertencente a uma família, sinta que tem ao seu lado um grupo de pessoas que
buscam o seu beneficio.
Para Piaget os pais precisam participar da educação dos filhos de forma contínua:
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois, a muita coisa mais que uma informação mútua: estes intercâmbios acabam resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades (...) (1972/2000, p.50)
Logo, para que o educando se sinta valorizado, a escola e a família precisam de fato estarem
juntas no objetivo de contribuir com o processo educativo e na busca de facilitar os caminhos
por ele trilhados nesse percurso.
Por que os alunos do 5° ano do ensino fundamental sentem tanta dificuldade em fazer as
tarefas escolares que são enviadas para responder em casa? Parece-me que um dos motivos
está relacionado com a ausência da figura da mãe em casa, que nos dias atuais saem cada vez
mais cedo para trabalhar, a fim de complementar o orçamento doméstico. As crianças às
vezes passam o dia inteiro sozinhas, em casa, e não conseguem ver o dever de casa como
prioridade.
1 ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS E ESTRATÉGIAS PARA A PREVENÇÃO DO FRACASSO ESCOLAR –Documento Regional BRASIL: Fracasso escolar no Brasil: Políticas, programas e estratégias de prevenção ao fracasso escolar. 2005
43
Precisamos, como educadores, refletir sobre a situação de crianças que apresentam
dificuldades de aprendizagem em sala de aula por serem carentes de acompanhamento dos
pais em casa, e o dever de casa parece ser um excelente termômetro para medirmos o grau de
comprometimento destes pais com a educação dos próprios filhos.
O fato de uma criança chegar à escola sem responder às tarefas que foram enviadas para casa
pode esconder uma série de razões que precisam ser analisadas pela escola a fim de definir
métodos para ajudar o educando que se encontra desassistido em casa. As reuniões pré
agendadas pela escola é apenas um dos meios pelos quais, a instituição escolar pode utilizar
para ter contato com os responsáveis pelos alunos. Entretanto é necessário criar outros
mecanismos, programas ou atividades que motivem os pais a comparecerem na unidade de
ensino.
A pesquisa revela as dificuldades que as crianças encontram dentro da escola em decorrência
da lacuna deixada pelos responsáveis no que diz respeito à execução dos deveres que são
enviados para casa. Pudemos perceber que as crianças que não tinham uma orientação para
realizar as atividades escolares enviadas para casa são justamente aquelas que os pais não
conseguem ou não tem como ajudá-las em decorrência das atividades laborais que exercem.
O educador, precisa então, assumir o seu papel de facilitador da aprendizagem e criar meios
pedagógicos que lhe permitam dar um maior suporte aos alunos a partir das suas dificuldades
e que lhe permitam também diagnosticar essas dificuldades.
Existem poucos estudos sobre a prática do dever de casa, entretanto é uma atividade que há
muito associa as relações família/escola na árdua tarefa de educar e preparar o individuo para
viver em sociedade.
Para concluirmos, o dever de casa precisa ser visto como uma necessidade educacional por
pais e educadores e idealizado como complemento ou extensão daquilo que é ministrado em
sala de aula pelo pelos educadores. Isso requer uma habilidade de comunicação entre a
instituição escolar e a família e uma flexibilidade para ouvir, aprender e respeitar a opinião do
outro a respeito de valores que podem diferir dos nossos.
44
6. REFERÊNCIAS
ALVES, Leonardo Barreto Moreira. A constituição do direito de família. In:
jusNavigandi,Teresina,a.6n52,Nov.2001,disponível em
HTTP//www1.jus.com.br/doutrina/texto
ARIES, Philippe.Historia. História social da criança e da família. 2. ed Rio de Janeiro:
LTC, 2006. 279 p. (Antropologia social )
CARRARO, Renata. Reportagem Revista Criança – MEC/SEB, 2006.
FREIRE, Paulo F934a Ação cultural para a liberdade. 5ª ed., Rio de Janeiro, Paz e
Terra.1981.149 p. 21cm (O Mundo, Hoje, v. 10)
LUCKESI, Cipriano Carlos. . Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, c1990. 181 p.
(Coleção Magistério, 2º grau. Série formação do professor ).
LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: Abordagens
qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. p. 11-13.
MINUCHIN, Salvador – Famílias: Funcionamento & Tratamento. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1990. p. 25-69.
NAGEL, Lízia. Avaliação, Sociedade e Escola: fundamentos para reflexão. Secretaria de
Estado da Educação do Paraná, 1989.
NÓVOA, Antonio (coord). As organizações escolares em análise. Lisboa: Publicações D.
Quixote, 1992.p 34
PIAGET, J. Para onde vai a educação. José Olympio ed. 15a edição. Rio de Janeiro,
1972/2000.
PERRENOUD, Philippe. Pedagogia diferenciada, das intenções à ação. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 2000.
STERN, Julian; O envolvimento dos pais no processo educacional. Tradução Adail Sobral
e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Special Book Services Livraria,2007
45
APÊNDICE 1-Entrevista Professora
01- A senhora passa atividade para ser feita em casa pelos seus alunos? S1 SIM S2 SIM S3 SIM S4 SIM S5 SIM S6 SIM S7 SIM S8 SIM S9 SIM S10 SIM
02- Com que frequência a senhora passa atividade para ser feita em casa pelos seus alunos?
S1 Todos os dias. S2 diariamente. S3 Quase todos os dias S4 Todos os dias S5 Todos os dias S6 Diariamente S7 Diariamente S8 Praticamente todos os dias S9 S10
03- Como a senhora avalia a execução da tarefa feita em casa por seus alunos?
S1 Alguns fazem, pois são acompanhados pelos pais, outros não.. S2 alguns fazem pois são acompanhados pelos pais, ou S3 Os alunos que tem acompanhamento da família se destacam dos outros. S4 Eu aproveito para analisar o rendimento de cada aluno e mudar a metodologia S5 É com auto correção, eles vem no quadro fazem e eu vou corrigindo com eles, é assim S6 Bom, de um modo geral alguns alunos, é... fazem as atividades direitinho porque a maioria deles têm reforço em casa, agora tem aqueles que ainda atividade sem responder, aqueles que não tem um acompanhamento nem através do reforço e nem através dos pais, né, tem pais que não olham os cadernos, não olham as atividades, então assim, de um modo geral eles se preocupam em responder as atividades, tentam fazer tudo certinho, participar da correção no dia seguinte, né, então eu avalio assim , satisfatoriamente, eu diria de um modo satisfatório. S7 Individualmente e coletivamente através de questionamentos, faço virem no quadro e observo a correção.
46
S8.Regular S9. S10
04-Todos os seus alunos fazem as tarefas que foram enviadas para casa?
S1Não, só alguns S2 Não, só alguns S3 Não. S4 Não. S5 Alguns sim S6 Bem, não nem,nem todos né, tem aqueles que hã, não fazem, mas é uma minoria, uma minoria. S7 Não S8. Não S9 S10
05-A senhora sabe quantos dos seus alunos tem acompanhamento ou ajuda da família para fazer as tarefas enviadas para casa?
S1 Sim S2 Sim S3 Sim. S4 20 (Vinte) . S5 Eu acredito que uns... uns vinte S6 Bom assim em números, eu não sei lhe dizer, mas a maioria, porque eles assim, geralmente eu converso com os pais e com eles mesmo né, então eles tem uma boa parte que tem realmente algum reforço, tem o acompanhamento do reforço, de banca, que eu chamo de banca e alguns daqueles que os pais colocam também para fazer, agora assim em números exatos... S7 Cerca de 1/3 S8.Sim S9 S10
06-Qual o critério que a senhora utiliza para fazer essa identificação?
S1 O critério da realização das tarefas de casa. S2 - O critério da realização das tarefas de casa feitas regularmente S3 - Através de questionamentos feitos aos alunos. S4 Assiduidade, tarefas feitas, organização, se o aluno traz o que foi pedido em classe, comparecimento dos pais nas reuniões. S5 É... na reunião de pai, ou então eu peço a eles pra, os pais assinarem que fez as atividades S6 Não, mais assim, pra ver hã, todos os dias eu, eu, hã, dou visto no caderno...Não, só através da observação mesmo, aqueles que trazem e o que eles vão me dizendo, não pró eu já fiz na banca, a pró me ensinou desse jeito ou em casa, não fiz porque minha mãe não entendeu.
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S7 A frequência com a qual as tarefas feitas, desenvolvimento do aluno, e pergunto a eles qual tiveram ajuda ou não. S8. Abordagem direta com o aluno S9 S10
07-Qual é a nota média dos alunos que tem acompanhamento dos pais na execução das tarefas?
S1 As notas desses alunos são maiores, geralmente ficam acima da media. S2 As notas desses alunos são maiores, geralmente ficam acima da media. S3 A nota geralmente é maior que a dos outros. S4 8, oito S5 Geralmente é oito e meio, nove. S6 A nota é bem mais alta do que aqueles que não tem acompanhamento, porque eu acho que quando tem esse acompanhamento em casa, é... fica mais fácil pra eles compreenderem porque geralmente as atividades que vão para casa é o complemento de tudo aquilo que a gente tem feito aqui na sala né,então tem por exemplo... é uma continuidade da atividade de classe, então assim, fica mais fácil de eles compreenderem há, há,há, os assuntos o dever de casa em eles tem uma professora de banca aqui próximo que eu conheço, então, a gente tá sempre trocando,as vezes ela vem no intervalo e diz, quando tiver aluno mande pra mim,que eu já lhe conheço e ai a gente ta sempre trocando, as vezes ela vem aqui na escola pegar os assuntos que a professora vai trabalhar,então a gente tem esse intercambio, essa professora de banca é muita boa, aqui próximo da escola. S7 Essa resposta requer analise de outros fatores, não penso que haja uma relação direta. No entanto há melhora na qualidade do processo de aprendizagem que não se reflete necessariamente através de uma nota. S8. 7,5 S9 S10
08-Qual é a nota média dos alunos que não tem esse acompanhamento?
S1 Geralmente a nota é abaixo da media S2 Depende, alguns acima da media outros abaixo da media S3 Geralmente a nota é mais baixa S4 3,0 (três) S5 Ainda tem alguns que tem acompanhamento mais tem dificuldade, e tem aqueles que.... a media deles fica assim em torno de... varia de um a quatro S6 Abaixo... S7 A qualidade geralmente é inferior à média exigida (6,0). No entanto, essa resposta requer analise de outros fatores, não penso que haja uma relação direta. No entanto há melhora na qualidade do processo de aprendizagem que não se reflete necessariamente através de uma nota. S8.6,0 S9 S10
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09-Os pais se manifestam ou opinam, no diário do aluno, a respeito das tarefas que são enviadas para casa?
S1Dificilmente isso acontece. S2Dificilmente isso acontece. S3 As vezes, mas só aqueles que acompanham os filhos S4 Não S5 Quando eles querem saber alguma coisa eles vem aqui e me procuram S6 - Geralmente só quando eles não conseguem compreender, por exemplo, se eu passo uma atividade do livro e as vezes eles não conseguem compreender o enunciado, o que estar sendo pedido,quando é o acompanhamento feito pelos pais, porque geralmente é a professora da banca é é mais difícil de acontecer, pra ela é mais fácil entender,ai então assim, ele mandam bilhetinhos,bilhetinhos assim pró meu filho não fez porque eu não entendi tal assunto, tal pergunta, de um modo geral...agora com relação assim a quantidade essas coisas, não porque eu tou sempre explicando nas reuniões, explico a eles a a atividade de casa a importância da ajuda deles de que eles façam o acompanhamento no caderno, e a quantidade tem dia que vai um pouco mais tem dia que vai um pouco menos,né, então eles, eles não questionam com relação a isso S7 Não temos a cultura do diário. No entanto, alguns acham interessante e necessário; outros não entendem as questões. S8. Não S9 S10
10-A senhora acha que a ajuda dos pais na execução das tarefas enviadas para casa contribui para um melhor aproveitamento do aluno? Por quê?
S1 Sim. Porque o aluno fica mais seguro S2 -Sim, porque o aluno realiza as atividades com mais segurança. S3 Sim. Porque sem o apoio o aluno fica inseguro S4 Sim. Ajuda a fixar mais o que foi estudado em sala; favorece a revisão do assunto; o pai pode opinar acerca do que está sendo passado para seus filhos. S5 Sim. Ajuda a fixar mais o que foi estudado em sala; favorece a revisão do assunto; o pai pode opinar acerca do que está sendo passado para seus filhos. S6.Não respondeu S7 Sim, entendendo como ajuda a disciplina para criar bons hábitos de estudo disponibilizar espaço e tempo, motivação e incentivos p/ o filho. Tais práticas coloca o aluno por mais tempo em contato com informações necessárias para o seu desenvolvimento. S8. Sim. Com isso os alunos aprimoram as habilidades e competências adquiridas e desenvolve outras. S9 S10
11-Com que frequência os pais dos seus alunos comparecem a escola para saber da vida escolar dos filhos?
S1Durante as reuniões bimestrais da escola
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S2Durante as reuniões bimestrais da escola S3Periodicamente e nas reuniões no final de cada unidade. S4 Poucos pais procuram a escola para saber da vida escolar do filho. S5 Sempre eles vem, porem é a minoria. S6 Olhe de um modo geral uma boa parte nas reuniões, então aqui nós temos de quatro a cinco reuniões anuais, anual e é eles vem na reunião pra saber como é que estão, agora tem uns poucos que vem pontualmente não espera ser chamado na reunião pra poder vir, vem aqui pra saber como é que estar o aluno tal, então as vezes eu desço, as vezes nós precisamos chamar pra que eles venham aqui quando ta algum problema grave de disciplina ou por falta mesmo das atividades,e então as vezes nós mandamos chamar, porque tem pais que se não chamarmos eles não aparecem. S7 Em geral, apenas quando convocados para reuniões e outros atendimentos. Pouquíssimos comparecem com frequência p/ saber do aluno. S8. Quinzenalmente S9 S10
12-O que os motiva a vir à escola?
S1 A convocação da equipe gestora. S2 - A convocação da equipe gestora S3 - Saber o desempenho escolar dos filhos. S4 Não respondeu. S5 É, porque muitas vezes eles vem conversam comigo e tudo, ai eu digo assim , olhe seu filho ta assim, não perguntam entendeu? Ai eu vou e informo como é que ta a aprendizagem dele, a dificuldade que ta tendo,ou também elogio também bastante .Muitas vezes, as vezes eles, eles tem mais preocupação mais com o comportamento da criança do que com a aprendizagem dele.. S6 Olha, nas reuniões de pais é porque eles querem saber realmente o rendimento se vão passar, como é que estão, né, então assim por exemplo, na próxima semana estaremos terminando o primeiro bimestre, nós fizemos avaliações e na outra semana nós vamos fazer conselho de classe e ai mandaremos chamar os pais para passar pra eles o rendimento desses alunos né, então o que mais motiva é isso, essa questão de saber como estão, como foram nas provas, se vai passar como é que estão, isso é o que mais motiva, e depois quando há algum problema, algum questionamento deles, as vezes tem algum conflito, alguma confusão entre eles, ai eles querem vir saber o que é que houve,né. S7 Como disse, comparecem por convocação, bolsa família (quando o benefício é cessado). S8.Problemas de comportamento e indisciplina S9 S10
13-Quem os acolhe quando eles vêm até a escola?
S1 A diretora ou a vice diretora. S2 - A diretora ou a vice diretora. S3 - Diretor, vice diretor, coordenadora.. S4 - O pessoal da secretaria S5 Primeiro eles passam na secretaria, ai depois eles falam comigo, algumas vezes até eles falam né, vem falar assim no finalzinho da aula eles sobem e vem conversar comigo
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S6 A diretora e a coordenadora primeiro, né, primeiro eles passam lá, quando eles vêem por livre e espontânea vontade assim pra saber só, por que eles querem saber com estão sem ser na reunião, eles são atendidos pela diretora, a... pela coordenadora né , e se houver necessidade, por que geralmente agente passa tudo pra elas duas e as vezes nem precisa conversar conosco, pra não tirar da sala, pra não atrapalhar, eles não virem e ai gente ter que deixar aqui sozinho,então primeiro elas recebem e dependendo do assunto não precisa nem conversar, por que geralmente quando acontece alguma coisa por aqui eu chamo a coordenadora, converso, converso é... com a coordenadora a situação do aluno e ai ela geralmente converso com os pais. S7 Geralmente os professores que faz o encaminhamentos S8. Auxiliar disciplina S9 S10
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APÊNDICE 2-ENTREVISTA E QUESTIONÁRIO COM OS ALUNOS.
02-VOCÊ MORA COM SEU PAI E SUA MÃE?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01-Não Aluno: 02-Moro Com Meu Pai Aluno: 03-Moro Aluno: 04-Com Os Dois Aluno: 05 –Sim Aluno: 06- Sim Aluno: 07-Só com minha mãe Aluno: 08 - Não Aluno: 09 - Sim Aluno: 10 – Os dois
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Sim Aluno 12: Sim Aluno 13: Não eu moro com minha vó. Aluno 14: Com minha mãe. Aluno 15: só com minha mãe. Aluno 16: Meu pai Aluno 17: Com os dois Aluno 18: Com minha mãe Aluno 19:Só com minha mãe Aluno 20: Sim
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Não Aluno 22: Moro só com minha mãe. Aluno 23: Sim Aluno 24: Pai. Aluno 25: Não Aluno 26: Moro Aluno 27: Não Aluno 28: não, só com minha mãe Aluno 29: Eu moro com minha mãe. Aluno 30: Minha mãe.
03- SUA MÃE TRABALHA FORA DE CASA? ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01-Não. Aluno: 02-Trabalha Aluno: 03-Trabalha. Aluno: 04-Sim. Aluno: 05-Não. Aluno: 06-Não Aluno: 07-Sim Aluno: 08-Sim Aluno: 09-Sim Aluno: 10-Não
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11:- Não. Aluno 12: Sim. Aluno 13: Sim. Aluno 14: Trabalha. Aluno 15: Trabalha. Aluno 16: Sim Aluno 17: Sim Aluno 18: Sim Aluno 19: Sim Aluno 20: Sim
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Não. Aluno 22: Não Aluno 23: Sim Aluno 24: Sim Aluno 25: Sim Aluno 26: Trabalha Aluno 27: Sim Aluno 28: Não, porque ela esta desempregada Aluno 29: Sim Aluno 30: Sim
04- O QUE SUA MÃE FAZ?
ALUNO S SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Trabalho Doméstico. Aluno: 02- Não Respondeu Aluno: 03- Faxineira. Aluno: 04- Faxina. Aluno: 05-Não respondeu Aluno: 06- Vende cachorro quente Aluno: 07 – Doceira. Aluno: 08 – Ela é dona de bar. Aluno: 09 – Não sei. Aluno: 10 – Ela não trabalha
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Trabalha em casa Aluno 12: Ela é professora. Aluno 13: Ela é babá. Aluno 14: Não sei não Aluno 15: Ela faz as roupas da “MAHALO” Aluno 16: Cabeleireira Aluno 17: Trabalha em casa de família Aluno 18: Doméstica Aluno 19: Lava roupa e arruma casas Aluno 20:Cabelo
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: arruma a casa Aluno 22: Arruma casa Aluno 23: Empregada domestica Aluno 24: E cozinheira Aluno 25: Lava ônibus Aluno 26: Domestica Aluno 27: Faxina Aluno 28: Ela faz faculdade Aluno 29: Trabalha no shopping Aluno 30: Domestica
05- QUE HORAS ELA SAI DE CASA PARA TRABALHAR?
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ALUNO SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Não respondeu Aluno:02- Sete horas Aluno:03- Umas dez horas Aluno:04- 07:00 horas da manhã Aluno: 05- Não respondeu Aluno: 06- Não sei Aluno: 07- 06:30 Aluno: 08 – De manha cedo, mais ou menos umas 6 hs Aluno: 09 – 6:00 horas Aluno: 10- Ela não trabalha
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Nenhuma hora Aluno 12: 7 horas Aluno 13: Não sei. Aluno 14: Seis horas Aluno 15: Quatro horas da manhã. Aluno 16: 7 horas da manha Aluno 17: 5:00 da manha Aluno 18: 7:00 Aluno 19: 8:30 Aluno 20: 8:00 horas
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Não Aluno 22: Não. Aluno 23: 4:30 da manhã Aluno 24: 7 horas Aluno 25: 5:30 Aluno 26: Seis horas Aluno 27: 5 horas Aluno 28: 08:15 Aluno 29: 5 horas da manha Aluno 30: 6:30
06- QUE HORAS ELA VOLTA DO TRABALHO? ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno 01- Não respondeu Aluno 02- Seis horas Aluno:03- Três horas. Aluno:04- 8 horas da noite Aluno: 05- não respondeu Aluno: 06- Não sei Aluno: 07- 07:00 Aluno: 08 – 11 horas da noite Aluno: 09 – 6:00 horas. Aluno: 10 - Ela não trabalha.
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Nenhuma hora Aluno 12: 10 horas Aluno 13: Não sei. Aluno 14:Sete. Aluno 15: Sete. Aluno 16: 6 horas da tarde Aluno 17: 19:00 da noite Aluno 18: 17:00. Aluno 19: 12:00 horas. Aluno 20: 15:00 horas
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Não Aluno 22: Não. Aluno 23: 7:00 horas. Aluno 24: 8 horas Aluno 25: 6:30 Aluno 26: Seis horas Aluno 27: 7 horas Aluno 28: 10:30 Aluno 29: 5 horas da tarde Aluno 30: 17:00
07- SEU PAI TAMBÉM TRABALHA?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- trabalha Aluno:02- ele trabalha fazendo biscate Aluno:03- trabalha. Aluno:04- Empresário Aluno: 05-Não, ele está aposentado Aluno: 06- Sim Aluno: 07- Não sei Aluno: 08 -Sim Aluno: 09 - Sim Aluno: 10 – Só meu pai trabalha
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Sim. Aluno 12: Sim. Aluno 13: Sim. Aluno 14: Trabalha Aluno 15: Não respondeu Aluno 16: Sim Aluno 17: Sim Aluno 18: Sim Aluno 19: Meu pai morreu Aluno 20:Sim
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Sim. Aluno 22: Sim. Aluno 23: Sim. Aluno 24: Sim trabalha Aluno 25: Sim Aluno 26: Trabalha Aluno 27: Sim Aluno 28: Ele trabalha de policia. Aluno 29: Sim Aluno 30: Sim
08- QUANDO VOCÊ CHEGA EM CASA O QUE VOCÊ FAZ PRIMEIRO?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Estudo, almoço, brinco. Aluno:02- Tomar banho Aluno:03- Tomar banho Aluno:04- Guardo os pratos Aluno: 05- Tomo banho Aluno: 06- Tomo banho Aluno: 07-Tomar banho e
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Eu mi deito no sofá e asisto filme Aluno 12: Tomar banho. Aluno 13: Eu tomo banho e depois eu almoço e vou dormir Aluno 14: Tomo banho. Aluno 15: Tomo banho. Aluno 16: Tiro a roupa da escola e vou
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Tomo Banho Aluno 22: Brinco. Aluno 23: Troco a roupa Aluno 24: almoço e vou pra banca Aluno 25: Tomo banho,almoço,descanso,faço o dever e brinco.
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almoçar Aluno: 08- Tomar banho e me trocar Aluno: 09 – Tomo banho Aluno: 10 –Tomo banho
pra rua Aluno 17: Tomo banho Aluno 18: Eu tomo banho Aluno 19:Tomar banho e vou impinar Aluno 20: Limpar a casa
Aluno 26: Tomo banho Aluno 27: Tom banho Aluno 28: Tiro a roupa da escola e assisto tv Aluno 29: Tomo banho Aluno 30: Eu tomo banho
09- VOCÊ AJUDA NAS TAREFAS DOMESTICAS?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Ajudo. Aluno:02- Pouquinho. Aluno:03- Ajudo. Aluno:04- Sim. Aluno: 05-Sim Aluno: 06- Sim Aluno: 07- Sim Aluno: 08 - Sim Aluno: 09 - Sim Aluno: 10 - Sim
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Não. Aluno 12: Sim. Aluno 13: Sim. Aluno 14: Pouquinho. Aluno 15: Ajudo. Aluno 16: Sim Aluno 17: Sim Aluno 18: Sim Aluno 19: Sim Aluno 20:Sim
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Sim. Aluno 22: Sim. Aluno 23: Sim Aluno 24: Sim. Aluno 25: Sim Aluno 26: As vezes Aluno 27: Sim Aluno 28: Sim. Aluno 29: Sim Aluno 30: Sim
10- ALÉM DAS TAREFAS DOMESTICAS VOCÊ TRABALHA FORA DE CASA?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Trabalho Aluno:02- Não Aluno:03- Trabalho Aluno:04- Não Aluno: 05-Nâo Aluno: 06- Não Aluno: 07- Não Aluno: 08 - Sim Aluno: 09 – Não Aluno: 10 – Não.
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Não contemplados
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Não Aluno 22: Não Aluno 23: Não Aluno 24: Não Aluno 25: Não Aluno 26: Não Aluno 27: Não Aluno 28: Não Aluno 29: Não Aluno 30: Não
11-QUAL É A ATIVIDADE QUE VOCÊ EXERCE? ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Jogar bola. Aluno:02- não respondeu Aluno:03- Marceneiro. Aluno:04- Geografia Aluno: 05- Não respondeu Aluno: 06- Não respondeu Aluno: 07- Nenhuma Aluno: 08 – Fico no mercado ajudando minha tia Aluno: 09 – Lavo prato Aluno: 10 – Eu só arrumo a casa, como lavar banheiro, só
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Não contemplados
ALUNOS COM BANCA Não contemplados
12- EM QUE HORÁRIO VOCÊ FAZ AS TAREFAS QUE SÃO MANDADAS PARA CASA?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Uma ora
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11:dinoite. Aluno 12: 1 hora.
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: 1 hora Aluno 22: de tarde na banca
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Aluno:02- Três horas Aluno:03- Umas dez horas. Aluno:04- 03:00 horas Aluno: 05-1 hora Aluno: 06- 4horas Aluno: 07- 15:00 Aluno: 08 – de manha depois do café Aluno: 09 – 1:00 hora Aluno: 10 – umas 9 horas
Aluno 13: As 3 horas. Aluno 14: Uma hora ou duas horas Aluno 15: Uma hora Aluno 16: 10 horas da manhâ Aluno 17: 18:00 Aluno 18: 18:00 Aluno 19: 1:30 Aluno 20: 13:00 horas
Aluno 23: 3:00 horas da tarde Aluno 24: Quando tenho tempo Aluno 25: 13:30 Aluno 26: Quando eu chego em casa vou tomar banho , e depois vou pra banca. Aluno 27: 2 horas Aluno 28: 13:35 Aluno 29: 8 horas da manha Aluno 30: 18:00 horas
13-QUEM TE AJUDA A FAZER ESSAS TAREFAS?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Meu irmão. Aluno: 02- Minha irmã Aluno: 03- Meu primo. Aluno: 04- NENHUM. Aluno: 05-Minha irmã Aluno: 06-Minha mãe Aluno: 07-Minha mãe Aluno: 08-Minha prima Aluno: 09- Meu irmão Aluno: 10-Ninguém
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11:Ninguém Aluno 12: Minha mãe. Aluno 13: Minha tia. Aluno 14: Minha vò ou então minha mãe quando ela chega Aluno 15: Minha irmã quando ela chega do curso Aluno 16: Meu irmão Aluno 17: Minha mãe Aluno 18: Minha mãe Aluno 19: Minha irmâ Aluno 20:Minha mâe
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Minha vó Aluno 22: minha pró da banca Aluno 23: Prima Aluno 24: meu pai Aluno 25: A professora da banca Aluno 26: Minha mãe Aluno 27: Pró Vanede Aluno 28: Pró do reforço,pró Sandra. Aluno 29: Meu padrasto Aluno 30: Minha mãe
14-SEU PAI E SUA MÃE TAMBÉM TE AJUDAM A FAZER O DEVER DE CASA?
Não contemplados na pesquisa Não contemplados na pesquisa Aluno 21: Sim. Aluno 22: Sim. Aluno 23: as vezes Aluno 24: Sim Aluno 25:Não respndeu Aluno 26: Ajudam Aluno 27: Não Aluno 28: Sim Aluno 29: Sim Aluno 30:Sim
15- QUEM MAIS TE AJUDA SEU PAI, SUA MÃE OU NENHUM DELES? ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Minha mãe. Aluno:02- Só ela Aluno:03- Meu pai. Aluno:04- Nenhum deles Aluno: 05- Minha irmã Aluno: 06- Meu pai Aluno: 07- Minha mãe Aluno: 08 – Não moro com meus pais Aluno: 09 – Minha mãe
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Mãe. Aluno 12: Minha mãe Aluno 13: Pai. Aluno 14: As duas Aluno 15: Só ela Aluno 16: Meu pai Aluno 17: Minha mãe Aluno 18: Minha mãe Aluno 19: Minha mãe Aluno 20: Minha mãe
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Minha vò Aluno 22: Não respondeu Aluno 23: Não respondeu Aluno 24: Não respondeu Aluno 25: Não respondeu Aluno 26:Não respondeu Aluno 27: Não respondeu Aluno 28: Não respondeu Aluno 29: Não respondeu Aluno 30:Não respondeu
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Aluno: 10 – Ninguém, eu faço sozinho
16- POR QUÊ?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Não mora com mingo. Aluno:02- Não respondeu Aluno:03- Porque minha mãe sai de manha. Aluno:04- Porque eu não ajudo eles. Aluno: 05- Não respondeu Aluno: 06 – É necessário Aluno: 07 - Porque meu pai não mora com agente Aluno: 08 – Não respondeu. Aluno: 09 – Não respondeu. Aluno: 10 – Eles ficam ocupados, minha mãe arruma a casa e pai trabalha
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: Meu pai tem uma vida corrida Aluno 12: porque minha mãe esquenta a comida Aluno 13: Ele gosta. Aluno 14: não sei dizer não. Aluno 15: porque minha mãe só chega sete horas da noite, ai eu não posso ficar Aluno 16: Porque eu moro com meu pai Aluno 17: Eu tenho dificuldade na escola Aluno 18: Eu tenho dificuldade no estudo Aluno 19: Porque ele mim chama para fazer o dever Aluno 20: Porque minha mãe ensina melhor
ALUNOS COM BANCA Aluno 21:Não respondeu Aluno 22: Não respondeu Aluno 23: Não respondeu Aluno 24: Não respondeu Aluno 25: Não respondeu Aluno 26: Não respondeu Aluno 27: Não respondeu Aluno 28: Não respondeu Aluno 29: Não respondeu Aluno 30: Não respondeu
17- ATÉ QUE SERIE SUA MÃE ESTUDOU?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno:01- Não sei Aluno:02- Quinta. Aluno:03- Sei não. Aluno:04- 9 serie. Aluno: 05- Não respondeu Aluno: 06 –Não sei Aluno: 07- 2° grau Aluno: 08 – Não sei Aluno: 09 – Não sei Aluno: 10 – 5° ano 4° serie
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: 8. Aluno 12: Segundo grau completo Aluno 13: Não sei. Aluno 14: não sei dizer não. Aluno 15: Todas Aluno 16: 8° serie Aluno 17: 5° serie Aluno 18: 5° serie Aluno 19: 3 serie Aluno 20: 4° serie
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Até o segundo ano Aluno 22: 5 Aluno 23: 7° serie Aluno 24: 7°serie Aluno 25: Até a faculdade Aluno 26: Acho que foi a..., todas, todas as series Aluno 27: Ela já completou Aluno 28: Ela já completou Aluno 29: 3° ano Aluno 30: 5° serie
18- E SEU PAI ESTUDOU ATÉ QUE SERIE?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Não sei Aluno: 02- Meu pai, não sei. Aluno: 03- Não. Aluno: 04-8 serie Aluno: 05-Não respondeu Aluno: 06- Ainda está estudando Aluno: 07- Não sei Aluno: 08 – Não sei. Aluno: 09 – Não sei. Aluno: 10 – 8° serie
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Aluno 11: 7. Aluno 12: Não sei Aluno 13: Não sei Aluno 14: também não Aluno 15: não sei Aluno 16: completou o 2° grau Aluno 17: 6° serie Aluno 18: 8° serie Aluno 19: Não sei Aluno 20: 3° serie
ALUNOS COM BANCA Aluno 21: Até o terceiro ano Aluno 22: Eu não sei Aluno 23: Fez faculdade Aluno 24: 7°serie Aluno 25: Até a faculdade Aluno 26: Acho que foi a sétima Aluno 27: Ele já completou Aluno 28: Ele também Aluno 29: 3° ano Aluno 30: 8° serie
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19-EM QUE HORÁRIO VOCÊ FREQUENTA A “BANCA” ?
Não contemplados na pesquisa Não contemplados na pesquisa ALUNOS COM BANCA Aluno 21: 1 hora. Aluno 22: 1 a 06. Aluno 23: Pela tarde Aluno 24: De tarde Aluno 25: De tarde Aluno 26: período da tarde Aluno 27: 1:30 Aluno 28: 13:30 Aluno 29: 8:30 Aluno 30: Pela manha
20-ALÉM DE VOCÊ, QUANTOS ALUNOS TÊM NA BANCA?
Não contemplados na pesquisa Não contemplados na pesquisa ALUNOS COM BANCA Aluno 21: 5 alunos Aluno 22: 10 Aluno 23: 14 alunos Aluno 24: 7 alunos Aluno 25: Não respondeu Aluno 26: Uns dez, quinze Aluno 27: 7 alunos Aluno 28: 11 alunos Aluno 29: 4 alunos Aluno 30: 11 alunos
21- COMO VOCÊ SE SENTE POR TER TIRADO NOTAS BAIXAS?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Muito mau. Aluno: 02- Triste Aluno: 03- Mal. Aluno: 04- DECEPCIONADO Aluno: 05-Não respondeu Aluno: 06-Normal Aluno: 07- Eu nunca tirei notas baixas Aluno: 08 – Eu não tiro notas baixas Aluno: 09 – Normal. Aluno: 10 – Triste
Não contemplados na pesquisa Não contemplados na pesquisa
22- VOCÊ ACHA QUE SE TIVESSE AJUDA DE SEU PAI E SUA MÃE PARA FAZER O DEVER DE CASA PODERIA TIRAR NOTAS MELHORES?
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ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Sim Aluno; 02- Poderia Aluno; 03- Tirava. Aluno: 04- sim porque eles são muito inteligentes Aluno: 05- Sim Aluno: 06 - Sim. Aluno: 07 - Não Aluno: 08 – Não respondeu. Aluno: 09 – Sim Aluno: 10 - Sim
Não contemplados na pesquisa Não contemplados na pesquisa
23- A PROFESSORA LHE DA UMA ATENÇÃO DIFERENTE DOS ALUNOS QUE TIRAM NOTAS MELHORES QUE A SUA?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Claro sim Aluno: 02- Da Aluno: 03- Não Aluno: 04- Não Aluno: 05- Não respondeu Aluno: 06 - Normal Aluno: 07 – Não Aluno: 08 - Sim Aluno: 09 - Não Aluno: 10 – Não.
Não contemplados na pesquisa Não contemplados na pesquisa
24- COMO VOCÊ SE SENTE EM RELAÇÃO A ISSO?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Muito mal. Aluno: 02- Bom Aluno: 03- Triste. Aluno: 04- Tenso. Aluno: 05- Não respondeu Aluno: 06- Normal Aluno: 07 – normal. Aluno: 08 – normal. Aluno: 09- Não respondeu Aluno: 10 – eu mim sinto normal
ALUNOS SÓ COM AJUDA DOS PAIS Não contemplados
ALUNOS COM BANCA Não contemplados
25-VOCÊ ACHA QUE PROFESSORA DEVERIA DAR UMA ATENÇÃO MAIOR A VOCÊ PELO FATO DE TER TIRADO NOTA BAIXA?
ALUNOS SEM ACOMPANHAMENTO Aluno: 01- Não respondeu Aluno: 02- Não. Aluno: 03- Não respondeu Aluno: 04-Não respondeu Aluno: 05- Não Aluno: 06 - Não Aluno: 07- Não Aluno: 08 – Eu tiro notas altas. Aluno: 09 – Não. Aluno: 10 – Sim
Não contemplados na pesquisa Não contemplados na pesquisa
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FICHA CATALOGRÁFICA Sistema de Bibliotecas da UNEB
Sant’Ana, Jerônimo Natividade de Família e escola : o acompanhamento diário do dever de casa / Jerônimo Natividade de Sant’Ana . – Salvador, 2011. 46f. Orientadora: Profª.Drª. Isnaia Junquilho Freire. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade do Estado da Bahia. Departamento de Educação. Colegiado de Pedagogia. Campus I. 2011. Contém referências. 1. Criança - Desenvolvimento. 2. Educação - Participação dos pais. 3. Família. 4. Lar e escola. I. Freire, Isnaia Junquilho. II. Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação. CDD: 370.15
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