FITOSSANIDADE APLICADA À VITICULTURA. PERGUNTA FITOSSANIDADE SIGNIFICA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS...

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PERGUNTA

FITOSSANIDADE SIGNIFICA FITOSSANIDADE SIGNIFICA

APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS NOS APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS NOS

VINHEDOS?VINHEDOS?

NÃO!

A APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS É

UM DOS COMPONENTES DE UM

PROGRAMA ESTRATÉGICO

DE MANEJO FITOSSANITÁRIO.

MEDIDAS DE CONTROLE

■ EVASÃO: Prevenção da doença em relação ao patógeno e/ou condições ambientais◘ áreas bem drenadas◘ boa insolação◘ protegida de ventos frios

■ EXCLUSÃO: Prevenção entrada e estabelecimento do patógeno em área isenta◘ Medidas quarentenárias◘ Uso mudas sadias◘ Desinfecção ferramentas, equipamentos ...

MEDIDAS DE CONTROLE

■ ERRADICAÇÃO: eliminação completa de um patógeno em uma região

◘ Eliminação de plantas ou partes de plantas◘ Eliminação restos de poda◘ Aração profunda do solo◘ Rotação culturas e período de repouso do solo

Condições de sucesso: patógeno precisa ter baixa disseminação, baixa capacidade de

sobrevivência e restrito espectro de hospedeiros

MEDIDAS DE CONTROLE■ REGULAÇÃO: controle dos fatores ambientais envolvidos durante o cultivo

◘ Altura do primeiro fio◘ Poda verde, limpeza de cachos◘ Adubação equilibrada◘ Quebra-ventos◘ Evitar ferimentos raizes e parte aérea

■ IMUNIZAÇÃO: Variedades resistentes, imunes ou tolerantes às pragas e doenças

◘ Porta-enxerto (americanos) tolerantes filoxera raiz

MEDIDAS DE CONTROLE■ PROTEÇÃO E TERAPIA: Aplicação de defensivos

nas plantas, atacando diretamente os patógenos.

◘ A proteção impede a penetração do patógeno e a terapia busca a cura da doença.

◘ Programa de aplicações exitoso inclui:▪ identificação correta do patógeno▪ escolha correta dos defensivos▪ método, época, dose e nº aplicações▪ cura ferimentos após poda seca▪ critérios de segurança: ambiental, humana e alimentar

PROBLEMAS FITOSSANITÁRIOS EM VITICULTURA

◘ Fungos

◘ Vírus

◘ Bactérias

◘ Nematóides

◘ Cochonilhas

◘ Insetos e Ácaros

Tipo de ação dos produtos químicos■ Protetores◘ Agem externamente, formando capas protetoras◘ contato e profundidade■ Sistêmicos◘ Agem internamente, penetram e circulam ■ Específicos◘ Controlam um ou poucos patógenos■ Amplo espectro◘ Controlam grande número de patógenos

PRINCIPAIS DOENÇAS DA VIDEIRA CAUSADAS POR FUNGOS

SEQUÊNCIA CRONOLÓGICASEQUÊNCIA CRONOLÓGICA

1.1. ESCORIOSEESCORIOSE

2.2. ANTRACNOSEANTRACNOSE

3.3. MILDIOMILDIO

4.4. OÍDIOOÍDIO

5.5. PODRIDÕES DO CACHOPODRIDÕES DO CACHO

6.6. MORTE DESCENDENTE MORTE DESCENDENTE

DOS RAMOSDOS RAMOS

ESCORIOSE- Phomopsis viticola■ Sintomatologia

◘ ramos: necroses fusiformes ou arredondadas escuras, rachaduras na casca na base

◘ folhas: manchas arredondadas no limbo foliar, escuras no centro e cloróticas na periferia

ESCORIOSE- Phomopsis viticola

■ Condições predisponentes ◘ períodos prolongados de chuva e frio (1 a 37˚C/UR>95%)

■ Tratamento ◘ remoção ramos doentes ◘ calda sulfocálcica inverno ◘ estádios 5 (ponta verde) e 9 (2-3 folhas)

Produtos: Delan (Dithianon), Dithane (Mancozeb)

ANTRACNOSE- Elsinoe ampelina –De Bary■ Sintomatologia

◘ ramos: cancros irregulares cinza

◘ folhas: manchas com perfurações

◘ bagas: manchas circulares cinzas e pretas (olho de passarinho, varola)

ANTRACNOSE- Elsinoe ampelina –De Bary

■ Condições predisponentes ◘ alta umidade, 2 a 32 ˚C (ótima:24 a 26 ˚C)

■ Tratamento ◘ medidas de evasão, exclusão e regulação ◘ calda sulfocálcica inverno ◘ estádios 3 (algodão) até 29 (chumbinho)

Produtos: Delan (Dithianon), Score (Difenoconazole), Cercobin (Metilthiofanato)

MILDIO- Plasmopara viticola –De BaryPRINCIPAL DOENÇA FÚNGICA DA VIDEIRA

■ Sintomatologia◘ folhas: “mancha de óleo” (superior) esporulação (inferior)

◘ inflorescência: escurecimento ráquis, secamento e queda botões florais

◘ bagas: escurecimento, superfícies deprimidas, queda (“grão preto, míldio larvado)

)

MILDIO- Plasmopara viticola –De Bary

■ Condições predisponentes◘ infecção: umidade livre 2 horas, esporulação: UR>95%/18- 25 ˚C

■ Tratamento ◘ medidas de evasão e regulação

◘ contato e translaminares até inflorescência (estádio 12-15)

sistêmicos da floração ao início maturação (estádios 19 a 35)

cúpricos após maturação até colheita

Produtos: Delan (Dithianon), Dithane (Mancozeb , Cercobin (Metilthiofanato), Cobre, Fosfito K Comet (Pyraclostrobin), Forum (Dimetomorfe),Censor ( Fenamidone)

)

OIDIO- Uncinula necator

■ Sintomatologia

◘ folhas: massa acinzentada ambos lados e enrolamento

◘ ramos novos: manchas irregulares marrom, secamento e queda

◘ bagas: cicatrizes com rachaduras e exposição sementes

OIDIO- Uncinula necator

■ Condições predisponentes◘ clima fresco e seco UR < 50%/25 ˚C

■ Tratamento ◘ medidas de evasão e regulação◘ produtos preventivos

Produtos: Kumulus (Enxofre), Score (Difeconazole), Alto100 (Triazol)

PODRIDÃO CINZENTA- Botrytis cinereaPRINCIPAL PODRIDÃO DO CACHO

■ Sintomatologia

◘ pedúnculo: queda dos cachos

◘ estilete floral: infecção latente até maturação

◘ bagas: mancha marrom, apodrecimento, massa cinzenta de esporos

)

PODRIDÃO CINZENTA- Botrytis cinerea

■ Condições predisponentes◘ UR alta< 90%/25 ˚C◘ cachos compactados e uvas brancas

■ Tratamento ◘ medidas de evasão e regulação◘ produtos preventivos

Produtos: Folpan (Folpet), Sumilex (Prommicidone), Mythos(Pyrimethanil), Rovral (Iprodione)

PODRIDÃO DA UVA MADURA Glomerella cingulata

■ Sintomatologia

◘ bagas: massa rósea e apodrecimento frutos maduros

PODRIDÃO DA UVA MADURA Glomerella cingulata

■ Condições predisponentes◘ UR alta/25 a 30 ˚C◘ frutos mumificados, excesso nitrogênio

■ Tratamento ◘ medidas de evasão e regulação◘ produtos preventivos final floração

Produtos: Bravonil (Chlorothalonil), Dithane (Mancozeb) Folicur (Tebuconazole)

PODRIDÃO AMARGA Melanconium fuligineum

■ Sintomatologia◘ folhas e ramos: manchas marrom avermelhadas◘ cachos: podridão destruição pedicelos◘ bagas: murchas, pretas mumificadas

PODRIDÃO AMARGA Melanconium fuligineum

■ Condições predisponentes◘ UR alta/28 ˚C◘ frutos mumificados◘ pedicelos remanescentes

■ Tratamento ◘ medidas de evasão e regulação◘ produtos preventivos final floração

Produtos: Antracol (Propineb), Dithane, Manzate, Mancozeb)

MORTE DESCENDENTEEutypa, Botryosphaeria,Sphaeropsis, Phomopsis

■ Sintomatologia

◘ diversos sintomas de perda de vigor, enfraquecimento e morte

◘ madeira escura, morta, em forma de cunha

MORTE DESCENDENTE

■ Condições predisponentes◘ cortes, podas, ferimentos ◘ estresse hídrico, desequilíbrio funcional

■ Tratamento ◘ medidas de evasão e regulação

Produtos: tratamento ferimentos podas com Folicur (Tebuconazole), Cercobin (Metiltiofanato)

DOENÇAS CAUSADAS POR VIROSES

■ ENROLAMENTO DAS FOLHAS◘ Sintomatologia▪ enrolamento bordas folhas para baixo▪ tintas: limbo violáceo brancas: limbo amarelo pálido

Produtos: tratamento ferimentos podas com Folicur (Tebuconazole), Cercobin (Metiltiofanato)

DOENÇAS CAUSADAS POR VIROSES

■ LENHO RUGOSO ▪ intumescimento dos ramos▪ acanaladura do lenho de Kober▪ canelura de tronco de rupestris

Virose do intumescimento dos ramos formação de tecido corticento na inserção dos ramos do ano

■ DEGENERESCÊNCIA▪ folhas deformadas, assimetricas▪ entrenós curtos, nós duplos▪ bagas permanecem pequenas e verdes

Produtos: tratamento ferimentos podas com Folicur (Tebuconazole), Cercobin (Metiltiofanato)

CONTROLE DE VIROSES

■ UTILIZAÇÃO MATERIAL DE PROPAGAÇÃO SADIO

▪ mudas certificadas e indexadas

■ CONTROLE DE VETORES

▪ insetos, cochonilhas

DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS

■ GALHAS DA COROA – Agrobacterium vitis

◘ Sintomatologia▪ formação da galhas na parte basal do tronco

◘ Controle: ▪ arranquio e queima das mudas infectadas

Produtos: tratamento ferimentos podas com Folicur (Tebuconazole), Cercobin (Metiltiofanato)

DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS

■ CANCRO BACTERIANO- Xanthomonas campestris

◘ Sintomatologia▪ necrose de ramos em todas as partes da planta

◘ Controle:▪ uso de material propagativo livre da doença▪ arranquio e queima das mudas infectadas

Produtos: tratamento ferimentos podas com Folicur (Tebuconazole), Cercobin (Metiltiofanato)

DOENÇAS CAUSADAS POR NEMATOIDES

■ Meloidogyne▪ formação da galhas ou nodosidades

■ Xiphinema▪ inchamento das pontas das radicelas

◘ Controle: ▪ uso porta-enxerto resistentes (P1103, SO4, 101-14,

R99, 3309, Kober)

PRAGAS DA VIDEIRA

■ PEROLA DA TERRA – Eurhizocuccus brasiliensis■ principal praga da videira■ cochonilha subterrânea que ataca raízes

◘ Sintomas ▪ definhamento progressivo da videira, ▪ redução produção e morte

◘ Controle▪ bom preparo, correção e adubação do solo, preferentemente MO.▪ mudas livres de viroses▪ porta-enxerto resistentes (39-16 e 43-43) ▪ tratamento químico: Actara (Thiamethoxan), Premier (Imidacloprid)

▪ c

PRAGAS DA VIDEIRA

■ FILOXERA – Daktulosphaira vitifoliae■ inseto sugador que ataca espécies viníferas■ formas galícola e radícola

◘ Sintomas ▪ galícola: impede desenvolvimento reduz fotossíntese

▪ radícola: diminui absorção reduz desenvolvimento morte

◘ Controle▪ não existe controle químico eficiente para forma radícola▪ Produtos químicos: Sumithion (Fenitrotion), Folidol (Paration)

▪ c

PRAGAS DA VIDEIRA

■ COCHONILHAS

■ Cochonilha Parda

■ Cochonilha Branca

■ Cochonilha Algodão

◘ Sintomas ▪ enfraquecimento das plantas ▪ perda da produção

◘ Controle▪ Calda sulfocálcica (4Bé) em tratamento de inverno▪ Produtos químicos: Óleo mineral+inseticidas

PRAGAS DA VIDEIRA■ OUTRAS PRAGAS

■ Ácaros, besouros, moscas, gorgulhos, traças, lagartas, vespas, abelhas, formigas

■ IMPORTÂNCIA

■ menores prejuízos

■ mais fácil controle

■ atenção e cuidados no planejamento fitossanitário dos vinhedos

CONSIDERAÇÕES FINAIS

■ A Região da Campanha, por ser novo pólo, possui ecossistema com vantagens comparativas em relação a patógenos endógenos ou introduzidos.

■ É responsabilidade de todos os elos da cadeia produtiva da viticultura manter este status, transformando-o em vantagens competitivas para a região.

■ A região necessita de atividades de pesquisa, extensão e desenvolvimento, visando geração de tecnologia própria e direcionada ao manejo fitossanitário de seus vinhedos .