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Francisco M. P. Teixeira
Revolução Industrial
Aera da Revolução Industrial foi mar ca da pela rápi da e inten sa meca ni za -
ção das fábri cas, pela abun dân cia de mão de obra e pelo cres ci men to do
comér cio exte rior. As cida des se moder ni za vam e exi biam, ao mesmo
tempo, sím bo los de pro gres so e de misé ria.
A nar ra ti va deste livro se passa na Londres do sécu lo XIX. De todas as
cida des ingle sas, a capi tal do reino sur gia como a mais impor tan te e maior,
não ape nas da Inglaterra, mas tam bém da Europa. Em 1840, tinha cerca de
2 milhões de habi tan tes. É nessa metró po le e nessa época que se passa a his -
tó ria de nos sos per so na gens; eles vão mos trar a você o coti dia no de um
perío do de mui tas trans for ma ções.
EDIÇÃO REFORMULADA
E AMPLIADA
A coleção O Cotidiano da História integra o prazer da
leitura com o rigor da informação.
A linguagem precisa e acessível faz desta coleção material
de apoio fundamental no ensino da História.
Revolução industrial_CAPA_Revolução industrial_capa2 12/11/14 10:17 AM Page 1
O COTIDIANO DA HISTÓRIA
HISTÓRIA DO BRASIL
Os abolicionistasAntonio da Costa Faria & Edgard Luiz de Barros
Os bandeirantesMustafa Yazbek
Brasil: anos 60José Geraldo Couto
Brasil: os fascinantes anos 20Marcos Rey
Caravelas do Novo MundoAntonio Augusto da Costa Faria
O engenho colonialLuiz Alexandre Teixeira Jr.
O Estado NovoLuiz Galdino
A fazenda de caféAntônio Carlos Robert Moraes
O fracasso do imperadorLuís Henrique Dias Tavares
A guerra de CanudosFrancisco Marins
A guerra do ParaguaiJúlio José Chiavenato
IndependênciaEdgard Luiz de Barros
PalmaresLuiz Galdino
Proclamação da RepúblicaMarcos Rey
A Revolução de 1930Júlio José Chiavenato
Tiradentes e a Inconfidência MineiraCarlos Guilherme Mota
HISTÓRIA GERAL
Antigo Egito – o novo impérioMartin Cezar Feijó
A civilização incaRosana Bond
A democracia gregaMartin Cezar Feijó
A descoberta da AméricaCarlos Guilherme Mota
A formação de Israel e a questão palestinaSilvia Szterling
O nazismoSilvia Szterling
Pré-HistóriaAntonio Carlos Olivieri
A Reforma ProtestanteLuiz Maria Veiga
O RenascimentoAntonio Carlos Olivieri
Revolução FrancesaCarlos Guilherme Mota
Revolução IndustrialFrancisco M. P. Teixeira
Roma AntigaMartin Cezar Feijó
No tempo do feudalismoHeloisa Steinmann & Maria José Acedo del Olmo
ISBN 978 85 08 09056-3 Código da obra CL 732239CAE: 222205 - AL
201412ª- edição9ª- impressãoImpressão e acabamento:
Todos os direitos reservados pela Editora Ática Avenida das Nações Unidas, 7221 – CEP 05425-902 – São Paulo, SP Atendimento ao cliente: 4003-3061 – atendimento@atica.com.brwww.atica.com.br
Revolução Industrial
© Francisco M. P. Teixeira, 1998
Diretor editorial Fernando PaixãoCoordenador Mustafá YazbekCoordenadora editorial Maria Dolores PradesEditora assistente Wally ConstantinoPreparadores (Uma visão Reinaldo Seriacopida História) Gislane Campos AzevedoCoordenadora de revisão Ivany Picasso BatistaRevisora Rita Costa
ARTE
Projeto gráfico Marcos LisboaEditora Suzana LaubEditor assistente Antonio PaulosEditoração eletrônica Moacir K. MatsusakiTratamento de imagem Cesar WolfPesquisa iconográfica Etoile Shaw
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
T694r12.ed.
Teixeira, Francisco M. P. (Francisco Maria Pires), 1943-
Revolução industrial / Francisco M. P. Teixeira ; ilustrações
Jayme Leão. - 12.ed. - São Paulo : Ática, 2004.
40p. : il. (O Cotidiano da História)
Contém suplemento de leitura
ISBN 978-85-08-09056-3
1. Indústrias - Grã-Bretanha - História - Literatura infanto-
juvenil. 2.Grã-Bretanha - Condições econômicas - 1760-1860 -
Literatura infantojuvenil. 3. Literatura infantojuvenil brasileira.
I. Leão, Jayme. II. Título. III. Série.
11-4538 CDD: 338.0941
CDU: 338.1(410)
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O COTIDIANO DA HISTÓRIA
Revolução IndustrialFrancisco M. P. Teixeira
Licenciado em História e Filosofia.Autor de vários livros didáticos destinados ao
Ensino Fundamental e ao Ensino Médio.
Ilus tra ções
Jayme Leão
EDIÇÃO REFORMULADA
E AMPLIADA
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Apre sen ta ção
Desde o sé cu lo XVII, di ver sas pes soas vi nham es tu dan do de que ma nei ra se po de ria uti li zar
a ener gia do va por para a fa bri ca ção de má qui nas ca pa zes de subs ti tuir o tra ba lho hu ma no
em uma sé rie de ati vi da des. Em 1712, o en ge nhei ro in glês Tho mas New co men in ven tou um
mo tor que, apro vei tan do-se do va por pro du zi do numa cal dei ra aque ci da, fa zia gi rar uma
bom ba para re ti rar a água do fun do das mi nas de car vão. Em bo ra fos se um mo de lo pri mi ti -
vo, o in ven to re ve lou-se ex tre ma men te útil e al can çou gran de su ces so em toda a Eu ro pa.
O en ge nhei ro es co cês Ja mes Watt, após es tu dar o fun cio na men to des se apa re lho, de ci -
diu aper fei çoá-lo e, em 1769, ob te ve a pa ten te de uma má qui na a va por cin co ve zes mais
po ten te e que po de ria ser uti li za da por se to res pro du ti vos. Isso pro vo cou uma gran de ex -
pan são da in dus tria li za ção bri tâ ni ca, dan do iní cio à cha ma da Re vo lu ção In dus trial.
No sé cu lo se guin te, a In gla ter ra já ha via se tor na do a “fá bri ca do mun do” e a maior par -
te de sua pro du ção in dus trial era ex por ta da. De te ci dos e cha péus a tri lhos e lo co mo ti vas,
os in gle ses ven diam tudo para to dos. Con se quen te men te, a so cie da de in gle sa se trans for -
ma va e pas sa va por mu dan ças eco nô mi cas, so ciais, po lí ti cas e cul tu rais, por gra ves con fli -
tos e con tra di ções em que a burguesia e os trabalhadores eram os principais personagens.
Es sas trans for ma ções ti ve ram na tu ral men te como ce ná rio as gran des ci da des. Qua se sem -
pre es cu ras, su jas e feias, co ber tas pela fu li gem e fu ma ça, elas ge ra vam imen sas for tu nas e fo -
ram as pri mei ras a ex por os con tras tes do mun do in dus trial. De to das as ci da des in gle sas,
Lon dres, a ca pi tal do rei no, sur ge como a mais im por tan te e a maior, com seus 2 mi lhões de
ha bi tan tes, por vol ta de 1840. É nes sa me tró po le e nes sa épo ca – dé ca das de 1830-40, de ci -
si vas para con so li da ção in dus trial da In gla ter ra – que se pas sa a nos sa his tó ria. Va mos acom -
pa nhá-la e se guir os pas sos de per so na gens como Simp son, Joan, Cham bers e Ward. Reais
ou fic tí cios, to dos têm mui to a re ve lar so bre a his tó ria da re vo lu ção in dus trial in gle sa.
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Sumário
Revolução Industrial
5 Londres
7 Briga na rua
10 No Parlamento
12 A fábrica
17 Uma reunião perigosa
20 Tempos difíceis
24 O Palácio de Cristal
Uma visão da História
29 Introdução
30 A Europa antes da Revolução
Industrial
30 Por que a Revolução Industrial
começou na Inglaterra
34 O mercado e o Parlamento
35 O Império e seus concorrentes
38 “Paz, poder e prosperidade”
40 Cronologia
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á ba do, uma bela tarde de sol no fim do verão.
Isso tam bém acon te ce, às vezes, na In gla ter ra da
chuva, do frio e da névoa. Nes ses raros dias,
todos apro vei tam para se mexer um pouco mais.
Os mer ca dos, os cafés e as ta ber nas se en chem
de gente, a mul ti dão cres ce ainda mais nas ruas,
os par ques ficam mais ale gres e fes ti vos. “Este dia
veio mesmo a ca lhar, mas Cham bers está atra sa -
do”, pen sou Simp son, ao ouvir os sinos da ca te -
dral de São Paulo anun cian do 14 horas.
An thony Simp son, jovem ad vo ga do na casa
dos trin ta anos, filho de tra di cio nal fa mí lia ma -
nu fa tu rei ra de Man ches ter, ele ge ra-se havia
pouco tempo de pu ta do para a Câ ma ra dos Co -
muns. Mas só agora, em 1836, re sol ve ra ins ta -
lar-se em Lon dres. Po de ria, assim, par ti ci par
me lhor das ati vi da des do Par la men to e ainda
cui dar dos ne gó cios da fa mí lia na ca pi tal. Havia
alu ga do um sim ples mas con for tá vel apar ta -
men to em Co vent Gar den, onde nesse mo men -
to aguar da va seu amigo de in fân cia Geor ge
Cham bers. Com bi na ram um pas seio pela ci da -
de. Cham bers já es ta va em Lon dres havia vá rios
anos e, de pois de ten tar di ver sos em pre gos, tra -
ba lha va como re pór ter no Sun day Times.
– Então, como vai o bri lhan te de pu ta do da
nossa que ri da Man ches ter? – foi per gun tan do
Cham bers ale gre men te ao che gar, ves ti do com
um ca sa co de linho leve e claro, cuja ele gân cia
era com pro me ti da por um bi zar ro lenço roxo
em torno do pes co ço.
– O de pu ta do vai bem, mas você che gou
atra sa do – res pon deu Simp son fa zen do cara
de sério.
– Calma, Simp son, temos tempo. Lon dres
não vai nos es ca par. Vamos?
Su bi ram e a car rua gem co me çou a andar.
To ma ram a Strand e se gui ram pela Fleet Street
rumo à City. O sol da tarde ilu mi na va agra da -
vel men te os edi fí cios, que bran do um pouco a
1Londres
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