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Governador Valadares, 14/9/2013. Aposentadoria integralidade/paridade e Funpresp. CRISE GLOBAL DA DÍVIDA REFORMAS DA PREVIDÊNCIA para pagar uma questionável dívida, feita para salvar os bancos. Grécia Irlanda França. - PowerPoint PPT Presentation
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Governador Valadares, 14/9/2013
Aposentadoria integralidade/paridade e Funpresp
Grécia Irlanda França
Portugal Inglaterra Espanha
CRISE GLOBAL DA DÍVIDAREFORMAS DA PREVIDÊNCIA para pagar uma
questionável dívida, feita para salvar os bancos
NO BRASIL, O GOVERNO NÃO ADMITE CRISE DA DÍVIDA, MAS...
O discurso falacioso é o mesmo da Europa:
“NÃO HÁ RECURSOS PARA AS APOSENTADORIAS”
“O ROMBO DA PREVIDÊNCIA É CRESCENTE”
“OS SERVIDORES PÚBLICOS SÃO OS VILÕES DAS CONTAS PÚBLICAS”
“É NECESSÁRIO REDUZIR AS APOSENTADORIAS”
SERÁ VERDADE?
Legislativa0,34%
Judiciaria1,33%
Essencial à Justica0,21%
Administração1,06%
Defesa Nacional
1,72%Segurança Pública0,39%
Relacões Exteriores
0,13%Assistência Social
3,15%
Previdência Social INSS
17,81%
Previdência servidoresmilitares1,56%
Previdência servidores civis3,10%
Saúde4,17%
Trabalho2,42%
Educação3,34% Cultura
0,05%Direitos da Cidadania
0,04%Urbanismo
0,06%
Habitação0,01%
Saneamento0,04% Gestao Ambiental
0,16%
Transferências a Estados e Municípios
10,21%
Ciência e Tecnologia
0,34%Agricultura
0,60%
Organização Agraria0,11%
Industria0,11%
Comércio e Servicos0,08%
Juros e Amortizações
da Dívida43,98%
Comunicações0,04%
Energia0,04%
Transporte0,70%
Desporto e Lazer0,02%
Outros EncargosEspeciais
2,68%
Fonte: SIAFI -
Banco de Dados Access p/ download
(execução do Orçamento da
União)
Elaboração: Auditoria Cidadã
da Dívida
ORÇAMENTO GERAL DA UNIÃO Executado em 2012 Total: R$ 1,712 trilhão
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
ALVO DAS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA
A FALÁCIA DO DÉFICIT DO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES (RPPS)- Governo fabrica o “déficit” comparando contribuições
previdenciárias com o pagamento de aposentadorias e pensões
MAS SE ESQUECE:
- do histórico desvio de recursos da Previdência para obras
- Após a Constituição de 1988, servidores celetistas passaram para o regime estatutário, e o INSS não repassou ao RPPS as
contribuições passadas
- Em 2012, o número de servidores civis ativos do Poder Executivo (648.920) era ainda menor que em 1991 (661.996)
!!!
Fonte: http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/servidor/publicacoes/boletim_estatistico_pessoal/2013/Bol203_Mar2013.pdf , pgs 55 e
56
SE APROVEITAM DO DESMONTE NEOLIBERAL DO ESTADO PARA AINDA DIZER QUE A RELAÇÃO ENTRE ATIVOS E APOSENTADOS
É MUITO BAIXA !!!
NO PODER JUDICIÁRIO, NEM MESMO O FALACIOSO “DÉFICIT” EXISTIRIA:
Dados do Orçamento Federal de 2012:
- Gastos com servidores ativos: R$ 23,049 bilhões
- Estimativa da Contribuição Previdenciária (33%): R$ 7,606 bilhões
- Pagamento de aposentadorias e pensões: R$ 5,144 bilhões
“SUPERÁVIT” DA PREVIDENCIA DOS SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO EM 2012:
R$ 2,462 BILHÕES
Fonte dos dados primários: http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/servidor/publicacoes/boletim_estatistico_pessoal/2013/Bol203_Mar2013.pdf , pág 18.
ATÉ OS QUE ALEGAM O FALACIOSO “DÉFICIT” CONFESSAM QUE ELE ESTÁ
CAINDO
Fonte:
Relatório do Senador José
Pimentel (PT/CE) ao PLC 2/2012, págs 11 e 12
QUAL É, ENTÃO, A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DAS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA ? ATENDER
AO FMI
Carta de Intenção de Lula ao FMI
Brasília, 28 de fevereiro de 2003
Prezado Sr. Köhler:
7. Um problema fundamental que o país terá de enfrentar no futuro próximo diz respeito às pensões do setor público. (...)
Com este propósito, estão sendo examinadas diversas opções, incluindo o aumento da idade para a aposentadoria, a elevação
no número de anos de contribuição que dá direito a uma aposentadoria, assim como uma revisão das regras que regem as pensões. Uma proposta de reforma desenhada de forma a reduzir o déficit da previdência do setor público ao longo do
tempo será enviada ao Congresso até a metade do ano.”
http://www.fazenda.gov.br/portugues/fmi/cartafmi_030317.asp
A REFORMA DA PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS (EC 41 - 31/12/2003)
- Contribuição dos inativos para todos os servidores (antigos e novos, ativos e já aposentados, inclusive antigos pensionistas), de 11% sobre a parcela que excede o teto do INSS (R$ 4.159)
- Redução de 30% nas novas pensões para todos os servidores (antigos e novos), sobre a parcela que excede o teto do INSS (R$ 4.159)
- Fim da paridade e integralidade para os novos servidores
- Previsão de aplicação do teto do INSS (R$ 4.159) para as aposentadorias dos servidores que ingressarem no serviço público a partir da vigência do Regime de Previdência Complementar (por meio da “FUNPRESP”).
Possibilidades de aposentadoria voluntária – RPPS – 2013 Item Servidores que
cumpriram os requisitos de
aposentadoria até 16/12/1998
Servidores que ingressaram no serviço público até 16/12/1998 e não completaram os requisitos para
aposentadoria até esta data
Servidores que ingressaram no serviço público até
31/12/2003 e não completaram os requisitos
para aposentadoria até esta data
Servidores que ingressaram no serviço
público até a vigência do Regime de Previdência
Complementar
Previsão Legal Art. 40 da CF (vigente até 15/12/1998)
Art. 2º da EC 41/2003 Art. 3º da EC 47/2005 Art. 6º da EC 41/2003 Art. 40 da CF (vigente a partir de 31/12/2003)
Idade Mínima - 53/48 60/55, com possibilidade de redução de um ano para cada ano adicional de contribuição
60/55 60/55
Anos de Contribuição 35/30 anos de serviço
35/30, mais 20% do tempo que faltava, em 16/12/1998, para completar os 35/30
35/30 35/30 35/30
Anos no serviço público - - 25 20 10 Anos na carreira - - 15 10 - Anos no cargo - 5 5 5 5 Cálculo da aposentadoria Integral Média das remunerações,
com 5% de redução para cada ano antecipado em relação aos 60/55 anos
Integral Integral Média das remunerações
Paridade da aposentadoria Sim Não (reajuste pelo INPC) Sim Sim Não (reajuste pelo INPC) Cálculo das pensões Desconto de 30%
sobre o excedente ao teto do INSS
Desconto de 30% sobre o excedente ao teto do INSS
Desconto de 30% sobre o excedente ao teto do INSS
Desconto de 30% sobre o excedente ao teto do INSS
Desconto de 30% sobre o excedente ao teto do INSS
Paridade das pensões Sim Não (reajuste pelo INPC) Sim Não (reajuste pelo INPC) Não (reajuste pelo INPC) Contribuição dos inativos (11% sobre o excedente ao teto do INSS) – estabelecida pela EC 41 / 2003
Sim Sim Sim Sim Sim
Elaboração: Auditoria Cidadã da Dívida. Notas: (a) não foi incluída na tabela a aposentadoria proporcional; (b) no caso do Art. 2º da EC 41, o magistrado ou o membro do Ministério Público ou de Tribunal de Contas, se homem, terá o tempo de serviço exercido até a data de publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, contado com acréscimo de 17%.
CARTAS DE INTENÇÃO DE LULA AO FMI
"A votação do Projeto de Lei Complementar regulando a aposentadoria complementar para o
setor público (PL9) continua entra as prioridades do governo e fará parte das reformas da previdência”
(28/2/2003)
MODALIDADE DE “CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA”
"A legislação para os fundos de previdência complementar do setor público foi incorporada na própria reforma da previdência. Prevemos que a reforma estará concluída no final do ano, quando encaminharemos a legislação para a criação dos
referidos fundos dos servidores civis, como estipulado no parâmetro estrutural acordado no
começo deste ano". (20/8/2003)
A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DA REFORMA
- ATENDER AO FMI, que representa os interesses do setor financeiro
- Entregar a previdência aos fundos de pensão, sob a modalidade "contribuição definida", na qual o governo se livra de garantir as aposentadorias, para pagar mais da questionável dívida pública
- Isto tem nome: PRIVATIZAÇÃO
- Garantia de lucros astronômicos aos banqueiros, que administram os recursos, e RISCO TOTAL AOS SERVIDORES
A quem interessa a criação da FUNPRESP?
Jornal Valor Econômico, 28/2/2012
“O governo Dilma Rousseff recebeu ontem um aliado de peso numa das mais sensíveis votações no Congresso neste ano. O departamento econômico do Itaú Unibanco, o maior banco privado do Brasil, divulgou nota defendendo a aprovação do projeto que reforma a previdência dos servidores federais. A nota é assinada pelo economista Maurício Oreng, da equipe liderada por Ilan Goldfajn, ex-diretor do Banco Central (BC).”
A CRISE GLOBAL E OS FUNDOS DE PENSÃO
- Ativos considerados como “super seguros” viram pó da noite para o dia;
- Bancos repletos de “ativos tóxicos” (micos), à espera de serem adquiridos por governos e fundos de pensão;
- Nos Estados Unidos, desde 2008 milhões de trabalhadores perderam suas economias.- Na Europa, até a OCDE já advertiu sobre o grave risco da
queda nas Bolsas e dano ao Fundos de Pensão.
Previdência é sinônimo de segurança.
Como podemos colocar nosso futuro em “aplicações de RISCO”?
DISPOSITIVOS DO FUNPRESP
(Lei 12.618, de 30/4/2012)
Lei 12.618, de 30/4/2012
Limita a aposentadoria ao teto do INSS (atualmente de R$ 4.159) para os servidores que ingressarem no serviço público a partir do início
de vigência do regime de previdência complementar
Para ganhar mais, os servidores terão de aderir a Fundo de Pensão:
Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (FUNPRESP - Exe, Leg e
Jud)
Atuais servidores podem optar pelo novo regime
Lei 12.618, de 30/4/2012
Vigência do Regime de Previdência Complementar
Até 240 dias após a publicação da autorização de funcionamento concedida pelo órgão fiscalizador das entidades fechadas de previdência complementar.
(até 14/10/2013, ou seja, até 240 dias após a publicação da Portaria Previc / Ditec nº 71, de 14/2/2013, que autorizou o funcionamento e estabeleceu o prazo de 180 dias para o início efetivo das atividades da Funpresp-Jud - até
14/8/2013)
PORÉM:
Portaria Previc / Ditec nº 409, de 8/8/2013:
Concede prazo adicional de até 180 dias após 14/8/2013 (até 14/2/2014), para o início das atividades da Funpresp – Jud
O SERVIDOR QUE ENTRAR NO SERVIÇO PÚBLICO (JUDICIÁRIO) APÓS 14/10/2013 TERIA DE ADERIR AO FUNPRESP – EXE (???)
Lei 12.618, de 30/4/2012
Atuais servidores
Podem optar pela adesão ao FUNPRESP
Art 3º, § 7º O prazo para a opção (...) será de 24 meses, contados a partir do início da vigência do regime de previdência complementar
instituído no caput do art. 1º desta Lei.
§ 8º O exercício da opção (...) é irrevogável e irretratável...
Art. 30. Para os fins do exercício do direito de opção de que trata o parágrafo único do art. 1º, considera-se instituído o regime de
previdência complementar de que trata esta Lei a partir da data da publicação pelo órgão fiscalizador da autorização de aplicação dos
regulamentos dos planos de benefícios de qualquer das entidades de que trata o art. 4º desta Lei.
2 anos a partir de 4/2/2013 (data da publicação da autorização do regulamento da Funpresp-Exe)
ARGUMENTOS DO GOVERNO:
“Isto não atinge os atuais servidores”
“Grande parte dos servidores ganham menos que R$ 4.159, e por isso não serão afetados”
PORÉM:
- Assim, o governo confessa implicitamente que a FUNPRESP é ruim;
- O teto do INSS vem caindo nas últimas décadas (de 20 para 6 salários mínimos);
- Os atuais servidores podem ser induzidos a optar pela FUNPRESP
INDUÇÃO AOS ATUAIS SERVIDORES PARA OPTAREM PELO FUNPRESP:
- Garantia de “benefício especial” (de acordo com o tempo de contribuição já ocorrido até o momento)
- Simulações questionáveis, com projeções de benefícios que dependem do rendimento no
imprevisível mercado financeiro
- Precarização das aposentadorias (constantes quebras de paridade, redução nas pensões, contribuição dos
inativos) induzindo os servidores a pensar que somente terão direito a uma aposentadoria digna se
aderirem à FUNPRESP
- A FUNPRESP acarretará um aumento no falacioso “déficit” da previdência dos servidores, e isso
certamente será usado como justificativa para novas reformas
IRRESPONSABILIDADE FISCALEXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DO PL 1992/2007
“Isoladamente, a mudança de regime terá um impacto
negativo nas contas públicas no curto prazo, na
medida em que o governo deixará de receber a
contribuição sobre a parcela da remuneração do
servidor entrante que ultrapassar o teto, e terá um
gasto adicional, na medida em que passará a
contribuir para o regime complementar, capitalizando
reservas individuais para os servidores.”
O próprio governo admite que o FUNPRESP causará prejuízo às contas públicas
- RISCO TOTAL PARA OS SERVIDORES
- RISCO ZERO PARA O GOVERNO E O SETOR FINANCEIRO
Art. 12. Os planos de benefícios da Funpresp-Exe, da Funpresp-Leg e da Funpresp-Jud serão estruturados na
modalidade de contribuição definida...
§ 2º ... o valor do benefício programado será calculado de acordo com o montante do saldo da conta
acumulado pelo participante, devendo o valor do benefício estar permanentemente ajustado ao referido
saldo.
A CONTRIBUIÇÃO DO SERVIDOR PODE SE TORNAR EXCESSIVA, ENQUANTO A
CONTRIBUIÇÃO DO GOVERNO É LIMITADA A 8,5%
“Art 16, §2º A alíquota da contribuição do participante será por ele definida anualmente, observado o disposto
no regulamento do plano de benefícios.
§ 3º A alíquota da contribuição do patrocinador será igual à do participante, observado o disposto no
regulamento do plano de benefícios, e não poderá exceder o percentual de 8,5%.”
ELEVAÇÃO DOS CUSTOS DE FORMA IMPREVISÍVEL
• TAXA DE ADMINISTRAÇÃO• Contratação de • Auditoria Externa• Empresas especializadas em estudos atuariais• Assessoria ou Consultoria Técnica e Financeira• Garantidores das reservas técnicas, custódia de
títulos e valores mobiliários• Serviços de análise de concessão de benefícios,
folha de pagamentos, avaliação atuarial, cadastro social e financeiro dos segurados e beneficiários, além de outros serviços necessários para gestão do regime ou dos recursos
A QUE PREÇO?
ILUSÃO: FUNPRESPs (Exe, Leg e Jud) administrarão por conta própria os recursos.
A administração será feita pelos BANCOS:
“Art. 15. § 2º As entidades referidas no caput contratarão, para a gestão dos recursos garantidores
prevista neste artigo, somente instituições, administradores de carteiras ou fundos de investimento que estejam autorizados e registrados na Comissão de
Valores Mobiliários (CVM).”
Licitação, considerando “a solidez, o porte e a experiência em gestão de recursos” (Art 15, §4º)
INSEGURANÇA TOTAL PARA OS SERVIDORES
INDEFINIÇÃO QUANTO À FORMA DE CONCESSÃO, CÁLCULO E PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS:
Art. 13. Os requisitos para aquisição, manutenção e perda da qualidade de participante, assim como os requisitos de elegibilidade e a forma de concessão, cálculo e pagamento dos benefícios, deverão
constar dos regulamentos dos planos de benefícios...
Art. 15. A aplicação dos recursos garantidores correspondentes às reservas, às provisões e aos fundos dos planos de benefícios da Funpresp-Exe, da Funpresp-Leg e da Funpresp-Jud obedecerá às diretrizes e aos limites prudenciais estabelecidos pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN).
RESOLUÇÃO Nº 26 DO CONSELHO DE GESTÃO DA PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR, DE 29 DE SETEMBRO DE
2008
Permite que o patrocinador fique com parte do superávit dos fundos de pensão
Já significou a retirada de bilhões de reais da PREVI, para o lucro do Banco do Brasil
Evidência de que eventuais lucros dos fundos de pensão podem ser desviados para pagar a dívida pública
ARGUMENTO DO GOVERNO: A RESOLUÇÃO 26 NÃO SE APLICA À FUNPRESP
Porém, basta uma mera norma infra-legal para estender tal resolução à FUNPRESP
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