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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
SUPRAM - CM Av. Nossa Senhora do Carmo, 90
Belo Horizonte – MG CEP 30330-000
DATA: 13/08/2009
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PARECER ÚNICO 253/2009 PROTOCOLO Nº. 649091/ 2009 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº. 01680/2003/004/2008 VALIDADE: 6 anos Portaria de Outorga Nº. 1575/2005 Referência: Licença de Operação para o empreendimento Loteamento Residencial Fazenda Mirante Empreendedor: João Ribeiro Ferreira Filho - FI Empreendimento: Loteamento Residencial Fazenda Mirante CNPJ: 19.451.475/0001-22 Município: Igarapé Unidade de Conservação: APAM Igarapé e APE Manancial Serra Azul Bacia Hidrográfica: São Francisco Sub-Bacia: Paraopeba Atividades objeto do licenciamento: Código DN 74/04
Descrição Classe
E-04-01-4 Loteamento do solo urbano para fins exclusiva ou predominantemente residenciais. 3
Condicionantes: SIM Automonitoramento: SIM NÃO Responsável pelo empreendimento: João Ribeiro Ferreira Filho - FI Processos no Sistema Integrado de Informações Ambientais - SIAM
SITUAÇÃO
01680/2003/001/2003 - LIC Concedida AI Nº 3050/2006 Processo arquivado F-208/2006 Em análise jurídica Auto de Fiscalização Nº. 000491/2009 DATA: 05/02/2009 Data: 14/04/2009 Equipe Interdisciplinar: Registro de classe Assinatura Cibele Aguiar Neiva de Mello 1197551-3 Luísa Horta Azevedo de Castro 1205995-2 Mônica Kangussu Cattony 1202528-4 Ronaldo Carlos Ribeiro 1147163-8 Angélica de Araujo Oliveira 1213696-6 Visto: Isabel Cristina R.C. Meneses
Ass.:
Data: ____/_____/_____
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1. INTRODUÇÃO
O presente Parecer Único refere-se à solicitação de Licença de Operação – LO, formalizada
junto à SUPRAM Central Metropolitana em 19/12/2008, pelo empreendedor João Ribeiro
Ferreira Filho – FI, para o parcelamento de solo denominado Residencial Fazenda Mirante.
O empreendimento é de uso exclusivo ou predominantemente residencial, classe 3, de
acordo com a DN COPAM 74/2004.
O empreendimento está localizado na zona urbana do município de Igarapé, em área de
Proteção Ambiental Municipal de Igarapé – APAM Igarapé, e em Área de Proteção Especial
da COPASA – Manancial Serra Azul. De acordo com o Parecer Único elaborado pela
SUPRAM CM (Nº017/2007), no processo de LIC, o Conselho de Defesa do Meio Ambiente –
CODEMA de Igarapé manifestou-se favoravelmente ao loteamento, informando que a
APAM Igarapé foi instituída após a aprovação do loteamento pelo município. Já a COPASA,
também informou não ter restrição ao loteamento, desde que as diretrizes apresentadas
por esta Companhia sejam atendidas, com a aprovação do projeto de abastecimento de
água (Comunicação Externa nº 075 – DRMT/SPBP/DTMB). Posteriormente, a mesma
concessionária informou, através da Comunicação Externa nº085/2007-DMT, que “por se
tratar de empreendimento privado, cabe ao empreendedor a definição sobre o
abastecimento de água e o esgotamento dos lotes que serão comercializados. Na hipótese
da decisão por abastecimento próprio, e por esgotamento sanitário também sob a
responsabilidade do loteador, não cabe à COPASA se manifestar em qualquer fase do
loteamento”. No caso do empreendimento em questão, o abastecimento será realizado
através de poço artesiano (Portaria de Outorga Nº. 1575/2005).
O empreendimento possui área total de 50,7ha, com densidade populacional calculada de
24hab/ha e 287 lotes (com área média de 1.000m2) dispostos em 21 quadras. É destinado
à classe média-alta, com uso principalmente nos finais de semana.
Em 05/02/2009 foi realizada vistoria na área do empreendimento pela equipe técnica da
SUPRAM-CM, onde verificou-se a instalação das obras de infra-estrutura. Na ocasião, foi
gerado o Auto de Fiscalização Nº 000491/2009 e avaliado o cumprimento das
condicionantes impostas pela Licença de Instalação Corretiva (certificado Nº149/2008).
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2. DISCUSSÃO
2.1. OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA
Consta nos estudos referentes à Licença de Operação – LO, o TERMO DE RECEBIMENTO
DE OBRA, datado de 23 de setembro de 2008, emitido pela Prefeitura Municipal de
Igarapé, no qual é citado o recebimento das obras de infra-estrutura pelo município. De
acordo com o referido documento, a Prefeitura Municipal declara que:
“As obras relacionadas a seguir foram executadas conforme projetos aprovados pela
Prefeitura Municipal de Igarapé:
1- Serviços preliminares (topografia);
2- Projeto Geométrico;
3- Projeto e obras de drenagem pluvial;
4- Sistema Viário;
5- Pavimentação (calçamento poliédrico) e meio fio;
6- Sistema de abastecimento de água;
7- Rede elétrica;
8- Obras complementares
Constatou-se que todos os itens acima estão prontos, portanto, sua infra-estrutura
está apta para entrar em funcionamento.”
Na vistoria realizada no dia 05/02/2009, na área do empreendimento, foi verificada a
instalação das obras de infra-estrutura.
2.2. PROJETO URBANÍSTICO
Conforme as diretrizes metropolitanas (SEPLA/MG 293/00) a área do empreendimento está
situada na zona urbana de Igarapé, conforme lei Municipal nº 331/78.
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O loteamento é composto por 287 lotes dispostos em 21 quadras, destinados ao uso
residencial para classes média e alta principalmente nos finais de semana. Estima-se que a
densidade populacional bruta após a ocupação total do loteamento seja de
aproximadamente 24hab/ha.
De acordo com o parecer emitido pela SUPRAM-CM para emissão da licença de instalação
em caráter corretivo (LIC), o empreendimento foi aprovado pelo município conforme
licença ambiental do CODEMA e Decreto Municipal Nº 997/2000. O empreendimento
também possui anuência prévia do órgão metropolitano, conforme certidão emitida pela
SEPLAN (OF. 500/200, de 15/12/2000).
Para o cumprimento da condicionante nº2 do processo de LIC, o sistema viário do
empreendimento sofreu pequenas alterações, conforme projeto urbanístico juntado aos
autos, trazendo melhorias funcionais ao loteamento. Foram implantados cul de sacs em
vias sem saídas e alguns trechos de vias desnecessários foram suprimidos, sem prejudicar
o acesso aos lotes. Essas alterações foram constatadas e aprovadas pela equipe técnica da
SUPRAM-CM em vistoria realizada no dia 05/02/2009 na área do empreendimento.
O quadro de áreas revisado, referente ao “Residencial Fazenda Mirante”, é apresentado a
seguir:
Quadro I
RESUMO DE ÁREAS
Descrição m2 %
Área de ruas 52.130,36 10,28
Área Institucional 27.168,03 5,36
Área verde 73.712,39 14,53
APP 23.408,98 4,62
Área remanescente 9.949,53 1,96
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Faixa de domínio da CEMIG 21.863,13 4,31
Área de lotes 298.967,58 58,94
TOTAL 507.200,00 100
Número de quadras 21
Número de lotes 287
As porcentagens isoladas das áreas verdes e institucionais atendem ao disposto nas
Diretrizes Metropolitanas. Já a porcentagem total das áreas públicas do loteamento –
sistema viário, áreas verde e institucional - é de 30,17%, não atendendo ao mínimo de
35% disposto nestas diretrizes. Porém, o projeto anterior às modificações exigidas pela
condicionante nº2 possuía a anuência prévia da SEPLAN, mesmo não atendendo aos 35%.
Sendo assim, a equipe da SUPRAM-CM entende não ser essa questão um impedimento
para o deferimento do empreendimento.
Conforme comprovado em vistoria, o sistema viário do empreendimento RESIDENCIAL
FAZENDA DO MIRANTE encontra-se instalado, com pavimentação poliédrica em excelente
estado de conservação e sistema de drenagem satisfatório. A arborização viária também
encontra-se implantada, com mudas de ipês e quaresmeiras.
Foto 1: Pavimentação
e sistema de drenagem
implantados.
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A Área de Preservação Permanente (APP) do empreendimento refere-se ao curso d’água
localizado na porção sul da área, na divisa deste com o terreno adjacente. Na vistoria
realizada constatou-se que a área encontra-se preservada.
2.3. ABASTECIMENTO
De acordo com o Relatório de Cumprimento de Condicionantes protocolado em
14/03/2008, o abastecimento do loteamento será próprio, realizado permanentemente por
meio de poço artesiano, implantado e operado pelo empreendedor, em um primeiro
momento, e posteriormente pela Associação de Moradores, quando esta for constituída. O
poço encontra-se devidamente outorgado (Portaria de outorga nº 1575/2005), com vazão
de 13m³/h.
Em documento emitido pela COPASA (Comunicação Externa nº085/2007-DMT), em
29/08/2007, esta declara que:
“Em resposta à consulta formulada na correspondência do Residencial Fazenda do Mirante,
de 10 de junho de 2007, temos a informar que, por se tratar de empreendimento privado,
cabe ao empreendedor a definição sobre o abastecimento de água e o esgotamento dos
lotes que serão comercializados.
Na hipótese da decisão por abastecimento próprio, e por esgotamento sanitário também
sob a responsabilidade do loteador, não cabe à COPASA se manifestar em qualquer fase do
loteamento.”
O empreendimento apresenta quatro reservatórios de água, localizados no lote 01 da
quadra 22, de propriedade do próprio empreendedor. Foi apresentado Relatório Fotográfico
da instalação do sistema de cloração, realizada entre os dias 06/02 e 09/02/2009.
2.4. ESGOTAMENTO SANITÁRIO
O sistema de esgotamento sanitário será do tipo estático composto por fossa, filtro e
sumidouro, devidamente aprovado pela Prefeitura Municipal de Igarapé em 19/12/2006, no
processo de licença corretiva (LIC). Foram realizados furos de sondagem na área até o
limite do impenetrável e não foi identificada a profundidade do lençol freático.
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O lodo gerado pelos sistemas sépticos individuais será coletado e destinado para um leito
de secagem a ser construído na chácara nº7 da quadra 02, do loteamento vizinho
denominado “Aldeias de Igarapé”, de propriedade do próprio empreendedor Sr. João
Ribeiro Ferreira Filho, conforme Registro de Imóveis – matrícula nº 59.080. A
responsabilidade da destinação final do lodo gerado será de cada morador.
No contrato de compra e venda consta que é dos proprietários dos lotes a responsabilidade
de operar adequadamente o sistema séptico.
2.5. DRENAGEM PLUVIAL
O sistema de drenagem pluvial é do tipo convencional, composto de vias, sarjetas, bocas
de lobo simples e duplas, redes coletoras e dispositivos de dissipação de energia nos
pontos de lançamento.
De acordo com os projetos revisados, conforme solicitado na condicionante nº 09 da
Licença de Instalação, os projetos foram desenvolvidos de acordo com normas ABNT –
padrão SUDECAP.
Foto 2: Dissipador de energia
Em vistoria realizada no empreendimento no dia 05/02/2009 foi constatada a completa
implantação das obras do sistema de drenagem.
2.6. RESÍDUOS SÓLIDOS
O empreendimento dispõe de um recipiente de coleta (caçamba) localizado próxima à
entrada do loteamento, onde cada morador depositará o lixo. O coletor será
periodicamente esvaziado pelos funcionários da limpeza da Prefeitura, conforme declaração
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da Prefeitura Municipal de Igarapé anexada aos autos do processo de LIC , datada de
18/11/2003.
Consta nos autos do processo de LO, documento emitido pela Prefeitura Municipal de
Igarapé, em 30/10/2007, em que esta declara dispor de coleta de lixo que atende a
totalidade do município e que estes serviços podem ser ampliados, de acordo com o
crescimento da cidade e o aumento da demanda.
A equipe técnica da SUPRAM-CM concluiu que o recipiente de coleta do lixo produzido pelo
empreendimento não se encontra adequado, já que não apresenta cobertura e nem
destinação adequada do chorume. Sendo assim, este parecer fica condicionado à
instalação de Depósito Temporário de Resíduos Sólidos de acordo com as normas técnicas
da ABNT (NBR 10.004 e 11.174).
2.7. ENERGIA ELÉTRICA
Foi verificado em vistoria que o sistema de energia elétrica do empreendimento encontra-
se instalado.
3. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HIDRÍCOS
Conforme citado anteriormente, o empreendimento realiza captação através de um poço
tubular devidamente outorgado (Portaria de outorga nº 1575/2005), com vazão de
13m³/h. A vazão outorgada é suficiente para o atendimento ao loteamento, considerando
o consumo per capta de 150l/hab/dia (dado fornecido pela COPASA). O poço encontra-se
localizado no terreno adjacente ao empreendimento (lote 03 da quadra 07 do bairro
“Fazenda Coqueiro”), de propriedade do próprio empreendedor.
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4. CUMPRIMENTO DAS CONDICIONANTES DA LI
As condicionantes estabelecidas na Licença de Instalação Corretiva, listadas abaixo, foram
cumpridas pelo empreendedor.
TABELA I
ITEM CONDICIONANTES SITUAÇÃO PRAZO: A SEREM CUMPRIDAS IMEDIATAMENTE
1
Apresentar contrato de compra e venda
definitivo dos lotes localizados em áreas com
declividade entre 30% e 47%, no qual o
proprietário ficará ciente de que não poderá
ocupar as referidas áreas; ou apresentar laudo
geotécnico atestando a viabilidade de ocupação
destas áreas.
Foi apresentado laudo
geotécnico para a área
atestando a viabilidade de
ocupação do empreendimento.
2
Justificar a articulação das vias com o entorno
ou providenciar a inserção de cul-de-sacs,
imediatamente, conforme determinam as
diretrizes metropolitanas, nas vias que não se
interligam com o entorno (vias sem saída), ou
seja, as ruas 7,8,9,10,11,19 e 20.
O sistema viário do
empreendimento sofreu
pequenas alterações, conforme
projeto urbanístico juntado aos
autos, trazendo melhorias
funcionais ao loteamento. Foram
implantados cul de sacs em vias
sem saídas e alguns trechos de
vias desnecessários foram
suprimidos, sem prejudicar o
acesso aos lotes. Essas
alterações foram constatadas e
aprovadas pela equipe técnica
da SUPRAM-CM em vistoria
realizada no dia 05/02/2009 na
área do empreendimento.
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PRAZO: A SEREM CUMPRIDAS NO PRAZO MÁXIMO DE 60 DIAS
3
Apresentar manifestação da COPASA quanto ao
abastecimento provisório do empreendimento
por poço artesiano localizado em
empreendimento vizinho. Apresentar, ainda, o
referido Termo de Compromisso citado quanto
à doação do poço e conseqüentemente da área
que ocupa para a concessionária, bem como
projeto que o interliga ao reservatório do
empreendimento e análises da qualidade da
água do mesmo.
Foi apresentada manifestação da
COPASA (Comunicação Externa
nº 085/2007-DMT), de
29/08/2007, em que esta
informa não caber à
concessionária se manifestar na
hipótese da decisão por
abastecimento próprio, caso do
loteamento. O projeto de
abastecimento de água consta
no processo de LIC. Foi
apresentada análises da
qualidade da água do poço.
4
Informar quem será o proprietário do lote 01
da quadra 22 (Prefeitura, COPASA ou
empreendedor) onde se localizará o
reservatório de água e apresentar
documentação. Caso o lote já tenha sido
vendido, esclarecer como será resolvida a
questão jurídica com o proprietário.
O proprietário do lote 01 da
quadra 22 é o próprio
empreendedor – Sr. João
Ferreira Rezende Fº, conforme
certidão de registro anexada aos
autos do processo
PRAZO: A SEREM CUMPRIDAS NO PRAZO MÁXIMO DE 90 DIAS
5
Realizar sondagem no local em que foi
identificado afloramento dágua na área
institucional III. Caso a profundidade do lençol
impossibilite a utilização do sistema
fossa/filtro/sumidouro, apresentar outra
solução para o esgotamento sanitário desta
quadra.
Foi apresentado relatório de
sondagem para a referida área,
não tendo sido detectado o nível
d’água.
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6
Apresentar a complementação do projeto de
arborização antes de sua implementação,
prevendo-se, dentre outras medidas, a sua
implantação em um único período e apresentar
a planta do projeto urbanístico com a largura
dos passeios, a localização das árvores a serem
plantadas, o espaçamento entre elas e a ART
do profissional responsável pela elaboração do
projeto, compatibilizando a arborização com a
rede de energia elétrica e de abastecimento de
água.
Foi apresentado.
7
Apresentar perfis geométricos dos greides das
vias conforme havia sido solicitado no oficio
DIURB/Nº850/2006.
Foi apresentado.
8
Definir o tipo de pavimento que realmente será
executado nas vias, uma vez que existe
contradição entre os estudos apresentados e o
que foi verificado em vistoria.
A pavimentação, já implantada,
é do tipo calçamento poliédrico.
9
Apresentar dimensionamento das estruturas de
drenagem constantes das pranchas
denominadas “dispositivos de drenagem e
perfis” e “bacias e dispositivos de drenagem”,
bem como esclarecer sobre qual a real largura
das sarjetas projetadas uma vez que nos
estudos de dimensionamento consta que terão
1,00m de largura e nos projetos (pranchas)
citados têm 0,50m.
Foi apresentado.
10
Apresentar manifestação da Prefeitura local
quanto a possíveis intervenções ou danos na
via municipal em decorrência de um ponto de
Foi apresentada manifestação da
Prefeitura Municipal de Igarapé,
datada de 22/01/2008, em que
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lançamento do sistema de drenagem pluvial da
Rua 1 nesta via municipal sem previsão de
sistema dissipador de energia.
esta declara não ter objeção
quanto ao lançamento do
sistema de drenagem pluvial da
Rua 01 na via municipal sem
previsão de sistema dissipador
de energia.
PRAZO: A SEREM CUMPRIDAS QUANDO DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO DE LICENÇA DE OPERAÇÃO
11
Fazer constar no projeto de esgotamento
estático adequações relativas aos cuidados a
serem tomados para redução da velocidade de
infiltração do efluente no solo, conforme
preconiza a NBR13969/1997 em seu item
5.3.2, para solos com k<500min/m. Esclarecer
quem ficará a cargo da implantação do sistema
individual, se do empreendedor ou dos
moradores e, no caso dos últimos, apresentar
dispositivo legal que os obrigue a tal
compromisso.
Foi apresentado.
A implantação do sistema
individual ficará a cargo dos
futuros compradores de cada
unidade, conforme cláusula do
contrato de compra e venda.
12
Apresentar o destino final ambientalmente
adequado a ser dado ao lodo gerado pelo
sistema séptico e de quem será essa
responsabilidade.
O lodo gerado pelos sistemas
sépticos individuais será
coletado e destinado para um
leito de secagem a ser
construído na chácara nº7 da
quadra 02, do loteamento
vizinho denominado “Aldeias de
Igarapé”, de propriedade do
próprio empreendedor Sr. João
Ribeiro Ferreira Filho, conforme
Registro de Imóveis – matrícula
nº59.080. A responsabilidade da
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destinação final do lodo gerado
será de cada morador.
No contrato de compra e venda
consta que é dos proprietários
dos lotes a responsabilidade de
operar adequadamente o
sistema séptico.
13
Apresentar nova manifestação da Prefeitura
Municipal esclarecendo o destino final dos
resíduos sólidos decorrentes da fase de
operação que a mesma se comprometeu a
coletar e destinar adequadamente.
Em declaração emitida pela
Prefeitura consta que esta
“encaminha os resíduos sólidos
coletados no município para
área destinada a este fim, mas
por um pequeno espaço de
tempo, tendo em vista que a
terceirização de destinação final
destes resíduos está em fase
conclusiva e os mesmo serão
encaminhados para o Aterro
Sanitário Macaúbas, localizado
no município de Sabará,
devidamente regularizado
ambientalmente”.
14
Apresentar manifestação da CEMIG quanto à
portaria localizada dentro da faixa de servidão
da linha de transmissão.
Foi apresentada manifestação da
CEMIG (DC/RC-13.016/07, de
25/09/2007) em que esta
constata que a portaria se trata
de edificação de pequeno porte
sem representação de perigo
para as instalações da Cemig e
terceiros.
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5. CONTROLE PROCESSUAL
O processo encontra-se formalizado e instruído com a documentação listada no Formulário
de Orientação Básica Integrado, constando dentre outros a certidão negativa de débito
ambiental expedida pela Diretoria Operacional da SUPRAM CM dando conta da inexistência
de débitos ambientais até aquela data.
Trata-se de micro-empresa, comprovado através de Certidão Simplificada JUCEMG, fls. 09,
os emolumentos foram recolhidos conforme se verifica nas fls. 11.
Em atendimento ao Princípio da Publicidade e ao previsto na Deliberação Normativa
COPAM nº 13/95 foi publicado pelo empreendedor em jornal de grande circulação o
requerimento da Licença de Operação. Pelo órgão ambiental foi publicado no Diário Oficial
do Estado de Minas Gerais, fls.40 e 41.
Às fls. 12 encontra-se o Termo de Recebimento de Obra emitido pela Prefeitura Municipal
de Igarapé, concluindo que a infraestrutura está apta para entrar em funcionamento.
Foi apresentado relatório de cumprimento de condicionantes, cujas informações foram
analisadas pela equipe técnica e checadas na ocasião da vistoria, tendo sido consideradas
satisfatórias.
Trata-se de empreendimento classe 03, a equipe técnica concluiu pela concessão da
licença de operação com validade de 6 (seis) anos, condicionado ao cumprimento das
condicionantes listadas no Anexo I deste Parecer.
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção,
pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis.
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Igualmente, em caso de descumprimento das condicionantes e/ou qualquer alteração,
modificação, ampliação realizada sem comunicar ao órgão licenciador, torna o
empreendimento passível de autuação.
6. CONCLUSÃO
A análise técnica não evidenciou fatores de restrição ao loteamento FAZENDA DO
MIRANTE. Face ao exposto, vimos recomendar à Unidade Regional Colegiada – URC
Paraopeba, que seja deferido o pedido de concessão da Licença de Operação para o
empreendimento, com prazo de validade de 6 (seis anos), desde que sejam observadas
todas as restrições apontadas no presente Parecer Único, sejam atendidas todas as
normas técnicas, jurídicas e ambientais pertinentes, implementadas todas as medidas de
segurança e controle propostos pelo empreendedor e que sejam observadas as
condicionantes constantes do Anexo I .
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ANEXO I
Processo COPAM Nº.: 01680/2003/004/2008 Classe: 3 Empreendimento: Loteamento Residencial Fazenda do Mirante Atividade: Loteamento do solo urbano para fins exclusiva ou predominantemente residenciais Município: Igarapé Referência: Licença de Operação – LO ITEM CONDICIONANTES PRAZO
1
Realizar a análise da água do poço, de acordo com os parâmetros de potabilidade exigidos na Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde, com periodicidade mínima semestral e enviar os resultados a SUPRAM CM a cada seis meses ou sempre que solicitado.
30 dias a partir da concessão desta licença
2 Instalar Depósito Temporário de Resíduos Sólidos de acordo com as normas técnicas da ABNT (NBR 10.004 e 11.174).
120 dias a partir da concessão desta licença
3
Solicitar ao Instituto Estadual de Florestas/ Gerência de Compensação Ambiental – IEF/GECAM cumprimento da compensação ambiental, de acordo com o Decreto 45.175/2009.
30 dias após publ icação da decisão da
URC.
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
SUPRAM - CM Av. Nossa Senhora do Carmo, 90
Belo Horizonte – MG CEP 30330-000
DATA: 13/08/2009
Página: 17/18
ANEXO 2
Tabela 1 Indicadores ambientais para o cálculo da relevância dos significativos
impactos ambientais, componente do cálculo do grau do impacto ambiental Relevância Marcar com X Valoração
Interferência em áreas de ocorrência de espécies ameaçadas de extinção, raras, endêmicas, novas e vulneráveis e/ou em áreas de e reprodução, de pouso e de rotas migratórias
X
0,0750
Introdução ou facilitação de espécies alóctones (invasoras)
X 0,0100
ecossistemas especialmente protegidos (Lei 14.309)
0,0500 Interferência /supressão de vegetação, acarretando fragmentação
outros biomas 0,0450
Interferência em cavernas, abrigos ou fenômenos cársticos e sítios paleontológicos 0,0250
Interferência em UCs de proteção integral, seu entorno (10km) ou zona de amortecimento X 0,1000
Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme "Biodiversidade em Minas Gerais - Um Atlas para sua Conservação"
Importância Biológica Especial
0,0500
Importância Biológica Extrema
0,0450
Importância Biológica Muito Alta
0,0400
Interferência em áreas prioritárias para a conservação, conforme "Biodiversidade em Minas Gerais - Um Atlas para sua Conservação"
Importância Biológica Alta
X 0,0350
Alteração da qualidade físico-química da água, do solo ou do ar
0,0250
Rebaixamento ou soerguimento de aqüíferos ou águas superficiais
0,0250
Transformação ambiente lótico em lêntico 0,0450
Interferência em paisagens notáveis 0,0300
Emissão de gases que contribuem efeito 0,0250
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
SUPRAM - CM Av. Nossa Senhora do Carmo, 90
Belo Horizonte – MG CEP 30330-000
DATA: 13/08/2009
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estufa
Aumento da erodibilidade do solo X 0,0300
Emissão de sons e ruídos residuais X 0,0100
Somatório Relevância
Tabela 2 Índices de valoração do fator de temporalidade, componente do cálculo do
grau do impacto ambiental
Duração Marcar com X
Valoração (%)
Imediata - 0 a 5 anos 0,0500
Curta - > 5 a 10 anos 0,0650
Média - >10 a 20 anos 0,0850
Longa - >20 anos X 0,1000
Tabela 3 Índices de valoração do fator de abrangência, componente do cálculo do grau
do impacto ambiental
Localização Marcar com X Valoração (%)
Área de Interferência Direta (1) X 0,03
Área de Interferência Indireta (2) X 0,05
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