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Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR
Departamento Acadêmico de Eletrônica – DAELN
Departamento Acadêmico de Informática – DAINF
Engenharia de ComputaçãoOficina de Integração 3 (CSX23) – S71 – 2017/2
Relatório TécnicoHelius - Monitoramento de Microusinas de
Energia Solar
Pedro Bazia Neto – pedro.1993@alunos.utfpr.edu.br
Raphael Z. Moletta – raphael@alunos.utfpr.edu.br
Dezembro de 2017
Resumo
A porta para o futuro da geração de energia está aberta ao usuário co-mum: cada dia mais acessíveis, as microusinas de geração de energia re-novável são o caminho para a sustentabilidade e economia. Apesar disso,não existem no mercado soluções robustas para a monitoração da efici-ência desses sistemas. Sendo assim, o Helius foi desenvolvido como umprojeto que viabilize o monitoramento, seja útil para diferentes usuários,comprove a capacidade da energia renovável e seja reproduzível com co-nhecimentos técnicos não avançados. O projeto permite que o propri-etário de uma central de geração de energia solar possa acompanhar odesempenho de seu sistema através de um aplicativo em seu smartphoneAndroid. O aplicativo fornece ao usuário diversos dados de geração e efi-ciência e torna possível que problemas sejam detectados e a saúde do sis-tema seja monitorada. O presente relatório conclui que a aplicação doprojeto Helius em centrais de geração solar, facilita a obtenção de dadosconfiáveis e torna a leitura de dados eficiente e de fácil compreensão pelousuário.
1 Introdução
A microgeração distribuída de energia elétrica é legal no Brasil desde 2012 [1], eapresenta diversos benefícios, entre eles: economia, consciência socioambien-tal, sustentabilidade [2]. Além disso, a energia produzida em excesso pode servendida à distribuidora de energia (Copel, no caso do Paraná) [3]. A monitora-ção da geração de energia em microusinas é normalmente feita através da contade energia do proprietário da instalação de microgeração. Esse tipo de controle,porém, não apresenta informações suficientes ao proprietário, além de não pos-sibilitar um acompanhamento em tempo real da eficiência do sistema. Diversosproblemas - como inconsistências, sujeiras nos módulos, defeitos nos compo-nentes do sistema, entre outros que interferem com a capacidade máxima de
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Relatório Técnico: Helius 2
geração do sistema [4] - poderiam ser identificados rapidamente e resolvidospelo usuário que utilizasse um bom sistema de monitoração.Em face a essa realidade, o projeto Helius visa estabelecer um sistema de moni-toramento que consiga auxiliar o proprietário de uma planta de microgeraçãosolar a cortar gastos com energia e a acompanhar a eficiência energética de seusistema. O projeto Helius é implementado da seguinte forma: são medidos da-dos de tensão e corrente de diferentes pontos do sistema de microgeração utili-zando o sistema embarcado. A estação base, um servidor, recebe os dados envi-ados pelo sistema embarcado por protocolo Ethernet, armazena e pré-processaas informações. O aplicativo para Android acessa as informações e as exibe aousuário. A equipe utilizará dois sistemas embarcados, o primeiro operará emum microcontrolador CompactRIO NI[5] e o segundo em um Arduino Uno [6].A utilização de dois sistemas embarcados possibilita as seguintes alternativas deimplementação: utilizando a CompactRIO se tem um sistema extremamente ro-busto e confiável, porém de alto custo. Ao passo que com o emprego do Arduinotem-se um sistema versátil e de baixo custo, porém com perdas em robustes econfiabilidade.A visão geral do projeto é apresentada na Figura 1. Estão representados a placafotovoltaica (microusina de energia renovável), o sistema embarcado final (Com-pactRIO), a estação base (Servidor), a comunicação entre sistema embarcado eestação base (Ethernet) e o acesso do sistema pelo usuário utilizando seu SmartPhonecom o sistema Android. Tem- se também a representação da ligação dos com-ponentes auxiliares de geração e distribuição: o inversor, o regulador de carga eas baterias.
Os requisitos do projeto são apresentados a seguir.
Requisitos Funcionais:
1. O sistema embarcado deve adquirir os sinais de corrente elétrica geradana saída da placa fotovoltaica, bem como na saída do regulador de cargae na saída do inversor.
2. O sistema embarcado deve adquirir os sinais de tensão elétrica gerada nasaída da placa fotovoltaica, na saída do regulador de carga e na saída doinversor.
3. O sistema embarcado deve adquirir a incidência solar nas proximidadesda placa fotovoltaica. Incidência solar pode ser entendida como o nível deirradiação para um determinado momento.
4. O sistema embarcado deve medir a temperatura nas proximidades da placafotovoltaica.
5. O sistema embarcado deve enviar os dados ao servidor.
6. O servidor deve processar e armazenar os dados para a obtenção das mé-dias diárias, semanais, mensais e anuais das medições.
Relatório Técnico: Helius 3
Figura 1: Figura representativa do sistema final.
(a) O servidor deve comparar os valores de corrente e tensão adquiridos,com os dados do fabricante da placa fotovoltaica.
(b) O servidor deve realizar os cálculos de eficiência, que é a razão en-tre a potência que está sendo gerada em determinado momento e apotência prevista pelo datasheet do fabricante da placa fotovoltaica.
(c) O servidor deve realizar os cálculos de economia, que é a compara-ção entre o gasto que usuário tem ao utilizar a placa solar e o gastoque esse mesmo usuário teria caso não tivesse a instalação fotovol-taica.
7. O servidor deve gravar os dados medidos em um banco de dados.
8. O servidor deve prover ao aplicativo os dados processados.
9. O aplicativo deve exibir dados temporais em gráficos de corrente em fun-ção do tempo, tensão em função do tempo e eficiência em função dotempo.
10. O aplicativo deve permitir ao usuário criar gráficos de corrente, tensão,eficiência e economia personalizados para período diário, semanal, men-sal e anual.
Requisitos Não-Funcionais:
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1. A comunicação entre o sistema embarcado e o servidor deverá ser porprotocolo Ethernet.
2. O sistema deve ser robusto para longa duração.
3. O sistema deve ser validado comparando-se os valores dos dados obtidospelos sensores com os valores esperados pelo datasheet da placa fotovol-taica.
4. O aplicativo deve ser desenvolvido para sistema operacional Android.
5. O aplicativo deverá ter um tutorial.
6. Os gráficos deverão ter apenas duas dimensões.
Desta forma, pode-se estabelecer que o objetivo fundamental do projeto é de-senvolver um sistema robusto e confiável que permita ao usuário ter acesso aosprincipais dados relativos à geração e manutenção de sua microusina.Quanto ao restante deste artigo, a Seção 2 (Dispositivos Utilizados) apresenta osmódulos do sistema e as características de funcionamento. A Seção 3 (Desen-volvimento do Projeto) apresenta os passos tomados ao longo do tempo paradesenvolver cada elemento do projeto. Os resultados e discussões mais impor-tantes são apresentados na (Seção 4) . Por fim, a conclusão (Seção 5) discutealguns problemas encontrados, futuras implementações e o aprendizado que aequipe obteve com o projeto.
2 Dispositivos utilizados
Nesta seção são descritos os principais componentes, dispositivos e tecnologiasque foram empregados no desenvolvimento do projeto.
2.1 Sistema embarcado
O projeto Helius foi desenvolvido com dois sistemas embarcados. O SistemaEmbarcado 1 será constituído de um microcontrolador CompactRIO, de altocusto e elevada robustez, e o Sistema Embarcado 2 será feito sobre um micro-controlador Arduino Uno, de baixo custo e de fácil acesso. Abaixo especificamoscada um deles.
2.1.1 Sistema Embarcado 1- CompactRIO
Produzido pela National Instruments[5] a placa CompactRIO (Figura 2) é ummicrocontrolador extremamente robusto e confiável. Esse componente tem avantagem de possibilitar a inclusão de até 8 módulos próprios, que podem ser
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utilizados para uma vasta gama de aplicações. Neste projeto utiliza-se os mó-dulos de obtenção de corrente(NI 9246) e tensão(NI 9242), a obtenção de tem-peratura e incidência solar é feita com sensores criados pela equipe que são co-nectados à CompactRIO.
Figura 2: CompactRIO e seus módulos
2.1.2 Sistema Embarcado 2- Arduino Uno
Figura 3: Arduino Uno conectado aos sensores
A plataforma Arduino é extremamente versátil e útil para diversas aplicaçõesenvolvendo sistemas embarcados [6]. Esse microcontrolador possui 6 entradasanalógicas sendo que 4 serão utilizadas pela equipe no projeto [7]. Nele serãoconectados os sensores de tensão, corrente, temperatura e incidência. A Figura3 mostra o Arduino utilizado no projeto junto a representação dos sensores.
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Figura 4: Esquemático dos sensores de temperatura e incidência
2.2 Sensores do sistema
Os sensores são partes fundamentais do projeto já que são os responsáveis pelaobtenção dos diversos sinais que compõem o processo de monitoramento dosistema de geração. Teremos quatro tipos de sensores no projeto, sendo eles:tensão, corrente, temperatura e incidência luminosa. Os sensores de tensão ecorrente possibilitarão que o usuário tenha informações sobre consumo, efici-ência e economia. Os sensores de temperatura e incidência luminosa, represen-tados na forma de diagramas na Figura 4, permitirão que o usuário monitore asaúde do sistema, já que se pode detectar anomalias na geração ou distribuiçãoao se encontrar níveis de produção que não estejam condizentes com os níveisde incidência solar e temperatura. Abaixo é explicado os componetes eletrôni-cos utilizados na criação dos sensores[8]:
• PTC- Positive Temperature Coeficiet: um resistor que possui uma variaçãode resistência positiva com a temperatura.
• NTC- Negative Temperature Coeficiet: um resistor que possui uma varia-ção de resistência negativa com a temperatura.
• LDR- Light Dependent Resistor: um resistor em que a resistência é depen-dente da luminosidade a que o componente está exposto.
2.3 Componentes de Software
Nesta seção são apresentadas as principais tecnologias de software utilizadas nodesenvolvimento do projeto.
2.3.1 JEE- Java Enterprise Edition
A JEE é uma plataforma de programação para servidores em linguagem Java. Aplataforma fornece uma API(Application Programming Interface- Interface de
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Programação de Aplicativos) e um ambiente de tempo de execução para o de-senvolvimento e execução de softwares corporativos, incluindo serviços de redee web, e outras aplicações de rede de larga escala, multicamadas, escaláveis,confiáveis e seguras. A plataforma incorpora um desenho amplamente baseadoem componentes modulares executando em um servidor de aplicação. O JEE foifundamental ao projeto por permitir que o servidor fosse criado em camadas eníveis que facilitam a programação e a execução do sistema.
2.3.2 LabVIEW
É uma linguagem de programação gráfica originária da National Instruments[5].Os principais campos de aplicação do LabVIEW são a realização de medições ea automação. A programação é feita de acordo com o modelo de fluxo de dados,o que oferece a esta linguagem vantagens para a aquisição de dados e para a suamanipulação.
2.3.3 Biblioteca GraphView
Biblioteca utilizada na criação dos gráficos do aplicativo Android [9]. Permite acriação de gráficos personalizados e com bom design, além de ser fácil de inte-grar e customizar.
2.4 Dispositivos auxiliares
Figura 5: Diagrama representando os componetes de geração e distribuição
Aqui são apresentados os componentes auxiliares do projeto. Por auxiliaresentende-se aqueles componentes que não serão desenvolvidos pela equipe por
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estarem prontos para utilização e portanto não serem considerados parte doprocesso criativo. Esses componentes são: o inversor e o regulador de carga[10]. Suas respectivas ligações ao sistema estão representadas na Figura 5.
2.4.1 Inversor
O inversor de frequência é o componente responsável por transforma a correntecontínua, que chega da placa fotovoltaica para a corrente alternada que seráutilizada pelo consumidor. É um equipamento de simples utilização e que ficana saída do controlador de carga.
2.4.2 Regulador de carga
É um componente que possui como principais características [11]:
1. Proteção contra corrente reversa: Corrente reversa é aquela corrente queflui no sentido contrário ao que ela deveria fluir, e ocorre quando o gera-dor acaba recebendo energia do sistema em vez de fornecer a ele.
2. Controle de descarga: O controlador desliga a saída de energia para quenão haja descarga das baterias a níveis abaixo do que é considerado se-guro.
3. Proteção contra sobrecorrentes: Sobrecorrentes são situações atípicas defuncionamento, onde o valor da corrente elétrica é aumentado a níveismuito superiores do que aqueles para os quais o sistema foi projetado,ocasionando curto-circuitos. O controlador de carga possui dispositivos(fusíveis ou disjuntores) capazes de evitar esse tipo de situação.
3 Desenvolvimento do projeto
Nesta seção será explicado como foram desenvolvidos os sistemas embarcados,a estação base, os sistemas eletrônicos e o aplicativo do projeto.
3.1 Servidor
Nomeado como HeliusBS (Helius Base Station) este aplicativo será responsávelpela interação entre os sistemas embarcados (HeliusES– Helius Embedded Sys-tem) e o aplicativo móvel Android (HeliusApp). Os critérios para o aplicativo doservidor foram pensados de forma a atender requisitos importantes do projetocomo: Escalabilidade, Portabilidade e Manutenibilidade [12]. Assim, foi esco-lhida a linguagem JavaEE (Java Enterprise Edition), pois ela atende o requisito deportabilidade com diversos servidores de aplicação disponíveis e em várias pla-taformas e sistemas operacionais. O padrão EE prove alta escalabilidade permi-tindo a implementação dos mais variados padrões de projeto e funcionalidades
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que permitem fácil integração com outros sistemas. Para a manutenibilidade,foi decidido manter um padrão de projeto em Camadas (Layers) que auxilia amanutenção e desenvolvimento do sistema.
Figura 6: Diagrama representando as camadas do servidor
3.1.1 Camada WEB
Dividida em duas subcamadas(MCI Site e Web Service) esta camada é responsá-vel por algumas das interações com componentes de fora da rede interna do ser-vidor. As interações gerenciadas por essa parte ocorrem de duas formas: comosaída de dados do servidor para fornecer ao aplicativo Android e como entradade dados provindos do administrador da rede.
1. MCI Site- A sigla MCI vem do inglês, (Management, Configurations andInformations), que significam Gerenciamento, Configurações e Informa-ções. É nesta camada que toda a interação com o usuário técnico acon-tece.
2. Web Service REST- O REST (Representational State Transfer) é um padrãode comunicação sobre HTTP que permite aplicações em diferentes lin-guagens se comunicarem de maneira eficiente e simples. O modelo dedados escolhido para operar sobre o REST será o JSON (JavaScript ObjectNotation). Daqui sairão os dados consumidos pelo aplicativo.
3.1.2 Beans
É a camada mais simples, mas não menos importante deste projeto. Ela contémos arquivos do tipo Java Bean que é um padrão de desenvolvimento onde os ob-jetos são focados em carregar informação pelas outras camadas. As suas classessão mínimas contendo apenas propriedades e métodos do tipo get e set.
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3.1.3 Data
Responsável pela comunicação do banco de dados, arquivos de configuraçãoglobais e internacionalização. Desta forma todo o acesso a dados ocorre emúnico ponto do sistema, garantindo que não haja dispersão deste tipo de códigodentro da lógica do negócio.
3.1.4 EJB- Enterprise Java Bean
Constituído pela lógica do negócio e o gerenciamento das threads do sistema.É nesta camada que recebemos os dados dos sistemas embarcados e as requisi-ções da camada WEB, consolidamos dados, requisitamos à camada Dados: in-formações, salvamentos, atualizações e deleções no banco de dados.
1. ThreadPool- Gerencia as threads responsáveis pela comunicação com ossistemas embarcados. Seria inviável manter o software com um fluxo únicodevido a necessidade de estar ouvindo portas UDP e Serial simultanea-mente ao processamento da lógica de negócios e a interação com o bancode dados.
2. Business Logic ou Lógica do Negócio- Neste ponto tem-se o núcleo doprojeto. Responsável por transformar os dados recebidos pelos sistemasembarcados em informação útil ao aplicativo Android. Portanto, nestacamada está toda a programação necessária para transformar os dadosdos sensores em informações que poderão ser apresentadas ao usuáriodo aplicativo.
3.2 Aplicativo para smartphone
3.2.1 Desenvolvimento das telas
O aplicativo foi desenvolvido para sistema operacional Android usando o ambi-ente de desenvolvimento Android Studio. O app possui 4 telas, conforme mos-trado na Figura 7. Abaixo será dado um explicação das funções de cada tela.
• Tela 1 - Tela de login: Tela inicial do aplicativo e responsável por verificaro usuário que estará utilizando o sistema. Trabalha junto com o banco dedados que está no servidor a fim de validar o login e a senha.
• Tela 2 - Principais informações em tempo real: Aqui o objetivo é apresen-tar resumidamente as principais informações sobre a geração de energiaem tempo real. Nessa tela, os campos eficiência, temperatura, incidêncialuminosa e economia darão ao usuário uma visão geral sobre a situaçãoatual da energia que está sendo gerada pela sua placa solar.
– Eficiência: Esse campo dará ao usuário a possíbilidade de acompa-nhar o desempenho atual de sua placa. Caso o usuário note valores
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Figura 7: Telas dos aplicativo Android
baixos de eficiência ele ficará ciente de que algo está atrapalhando ofuncionamento correto do sistema e poderá assim, tomar ações decorreção.
– Temperatura ambiente: Simplesmente informará a temperatura am-biente nos arredores da placa. Isso é importante pelo fato de queessa temperatura influencia no desempenho da geração.
– Incidência solar: Apresentará o nível de incidência de raios solarespara o usuário ter noção de como a radiação muda ao longo do diae também para informar ao usuário caso haja algum bloqueio de luzsolar.
– Economia: Dará ao usuário informações referentes a quantos reaisele está economizando por estar utilizando sua placa solar. O cál-culo é feito multiplicando-se a energia que a placa está produzindopelo preço da energia elétrica fornecida pela distribuidora de ener-gia local. Assim, pode-se saber quanto o usuário está deixando depagar por estar utilizando a placa solar.
• Tela 3 - Escolha de gráfico: Aqui é possível escolher que tipo de informa-ção específica o usuário deseja e então observar essa informação em umgráfico. Existem quatro opções: Gráfico de eficiência, Gráfico de corrente,Gráfico de tensão e Gráfico de economia.
• Tela 4 - Geração de gráficos: Tela que disponibilizará os gráficos que ousuário escolheu na página de escolha de gráfico. É possível escolher umperíodo de tempo, diário, semanal, mensal ou anual, e com isso acompa-nhar o desempenho da placa ao longo do tempo.
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Figura 8: Diagrama da comunicação entre o servidor e o app
3.2.2 Integração do Aplicativo com o servidor
A integração entre o servidor e o aplicativo envolve a criação de classes Java quecontrolam o processo de transferência de dados [13]. Abaixo é explicado comoas principais classes necessárias para a comunicação interagem no processo:
• A classe ServerCom controla o recebimento de dados do servidor. Os da-dos são recebidos em formato JSON e é também trabalho dessa classetransformar os dados JSON em variáveis que possam ser utilizadas no pro-grama.
• A classe HomeDada define as variáveis que aparecerão na tela da Homedo aplicativo. Essa classe recebe então as strings provindas de ServerDataque devem ser apresentados na tela.
• A classe GraphData define as variáveis que apareceram nos gráficos. Re-cebe as strings provindas de ServerData que devem ser apresentadas nosgráficos.
• A activity ShowGraph recebe os dados de GraphData para serem coloca-dos nos gráficos através da biblioteca de criação de gráficos GraphView.
A Figura 8 apresenta a interação entre as classes do programa.
3.3 Obtenção de dados dos sensores
Aqui serão apresentados como os sensores desenvolvidos foram integrados noprojeto.
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3.3.1 Sistema Embarcado CompactRIO
O desenvolvimento para a CompactRIO é feito pelo software LabVIEW. A pro-gramação é feita de forma gráfica e embarcada na placa CompactRIO. O soft-ware prepara o microcontrolador para aquisição de sinais atráves dos módulosde aquisição de corrente e tensão, assim como os outros sensores [14].
3.3.2 Sistema Embarcado Arduino Uno
Foram usadas 4 das 6 portas analógicas do Arduino Uno para a aquisição dossinais dos sensores, cada uma para um tipo de sensor. Todos os sinais são me-didos 10 vezes com um intervalo de 90 milisegundos entre as medições. Então,é feita a média dos valores medidos e estes são enviados via comunicação serialao servidor.
A programação foi feita em linguagem C++ e orientação a objetos de forma anão deixar o projeto dependente da plataforma Arduino e facilitando a integra-ção com outros microcontroladores. A forma como o Arduino foi programadopermite que outros sensores sejam implementados no projeto em futura aplica-ções.
3.3.3 Obtenção da eficiência da placa fotovoltaica
O cálculo da eficiência do sistema será feito comparando a tensão e a correnteque a placa fotovoltaica está gerando com os valores que deveriam ser geradosnas condições de temperatura e luminosidade do momento analisado. Essacomparação é feita através do datasheet da placa solar que fornece faixas devalores aceitáveis para cada faixa de luminosidade e temperatura. Tendo en-tão os valores ideais e os valores obtidos pode-se fazer o cálculo da eficiênciado sistema. Esse cálculo é a principal razão para a instalação dos sensores detemperatura e incidência solar no projeto.
4 Resultados
Nesta seção o projeto será avaliado de acordo com resultados obtidos através darealização de testes e de acordo com o custo final do projeto.
4.1 Integração do sistema
A comunicação entre todas as partes foi o maior desafio encontrado pela equipe.A figura 9 apresenta os dados provindos dos sensores, na parte esquerda, e osdados sendo apresentados no aplicativo, em tempo real, na direita. A legendana parte de cima da imagem reproduz a leitura dos sensores para determinadomomento. Pode-se observar que os dados exibidos pelo aplicativo estão próxi-mos dos dados que estão sendo gerados em tempo real. Esse comportamento,comprova que a comunicação foi implementada em sua totalidade.
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Figura 9: Dados dos sensores sendo apresentados no aplicativo
4.2 Aplicativo
O aplicativo é parte do sistema que torna possível a visualização dos dados obti-dos pelos sensores e tratados pelo servidor. Como é possível observar na Figura10, a tela Home atende bem ao seu objetivo de apresentar ao usuário as princi-pais informações em tempo real. Na tela de gráficos é possível acompanhar osgráficos de diferentes períodos e grandezas serem formados.
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Figura 10: Telas com dados do servidor
5 Conclusão
O projeto Helius resultou em um sistema de gerenciamento de energia funcio-nal, capaz de exibir dados de geração ao usuário em tempo real e com o apresen-tação em gráficos. A estação base constituída pelo servidor recebe e processa osdados provindos dos sistemas embarcados e seus sensores. Através de conexãoWi-Fi, o smartphone se conecta ao servidor e recebe as informações que podementão ser exibidas ao usuário.
O servidor desenvolvido se mostrou eficiente e confiável na intermediaçãodos dados entre os sistemas embarcados e o aplicativo. Foi o componente noqual surgiram as maiores dificuldades de implementação, sendo que uma des-sas dificuldades surgiu no recebimento de dados provindos do Arduino Uno viaconexão serial. O sistema em camadas utilizado no desenvolvimento do ser-vidor permite que a aplicação funcione com grande estabilidade e robustez,assim como possibilita que o sistema ganhe escala em futuras aplicações. Aintegração entre o servidor e o aplicativo também gerou dificuldades não pre-vistas. A equipe esperava que os dados pudessem ser passados do servidor aosmartphone como objetos, porém, descobrimos que o Android não suportariaesse tipo de aplicação. O problema foi resolvido através da transferência de da-dos por JSON e tratados internamente no aplicativo.
Maiores detalhes, acessar o blog do projeto: https://oficina3abpr.wordpress.com/.
As futuras implementações incluem: desenvolvimento de aplicativos parausuários de sistemas operacionais IOS e Windows; adaptação do processamentopara lidar com diferentes tipos de placas fotovoltaicas e também monitorar sis-
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temas com mais de uma placa; melhoras no design do aplicativo e a realizaçãode mais testes para validação e aperfeiçoamento do projeto.
6 Agradecimentos
A equipe agradece ao professor Paulo Stadzisz que gentilmente nos cedeu partedos componentes e estrutura para a criação do projeto. Aos professores JoãoAlberto Fabro e Guilherme Alceu Schneider agradecemos pelo apoio e auxíliona condução do projeto.
Referências
[1] Agência Nacional de Energia Elétrica. http://www.aneel.gov.br/informacoes-tecnicas/-/asset_publisher/CegkWaVJWF5E/content/geracao-distribuida-introduc-1/656827?inheritRedirect=false.
[2] Portal Solar. Microgeração de energia solar. https://www.portalsolar.com.br/microgeracao-de-energia-solar.html.
[3] Copel. Micro e minigeração – sistema de compensação de ener-gia elétrica. http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco=%2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2Fdocs%2FB57635122BA32D4B03257B630044F656.
[4] Microgeração Fotovoltaica Fabiano Passos. Monitoramento para sistemasfotovoltaicos: Qual sua importância? https://microgeracaofv.wordpress.com/2017/04/14/monitoramento-para-sistemas-fotovoltaicos-qual-sua-importancia/.
[5] Site da national instruments. http://www.ni.com/pt-br.html.
[6] Site oficial arduino. https://www.arduino.cc/.
[7] Como fazer um medidor de energia elétrica com arduino. https://www.filipeflop.com/blog/medidor-de-energia-eletrica-com-arduino/.
[8] Sensores de temperatura com ntc e ptc. https://www.mundodaeletrica.com.br/sensor-de-temperatura-ntc-ptc/.
[9] Biblioteca graphview. http://www.android-graphview.org/.
[10] Componentes de um sistema de geração solar. https://www.ecycle.com.br/component/content/article/69-energia/3385-controladores-carga-solar-termica-fotovoltaicas-
Relatório Técnico: Helius 17
como-funciona-captacao-kit-geracao-energia-eletrica-eletricidade-vantagem-fontes-renovavel-limpa-meio-ambiente-eficiencia-sustentavel-onde-comprar-custo-investimento-instalacao-residencias-tensao.html.
[11] Controladores de carga para sistemas fotovoltaicos. https://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/controladores-de-carga/.
[12] Estação base – servidor com web service. http://www.soawebservices.com.br/como-funciona.aspx.
[13] Consumindo dados de webservice com android. https://www.devmedia.com.br/consumindo-dados-de-um-web-service-com-android/33717.
[14] José Marcelo de Assis Wendling Júnior. Proposta de controlador de cargacom mppt utilizando labview. 2015.
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