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HIGIENE E SAÚDE
OCUPACIONAL
Breve histórico da Higiene Ocupacional
Ao longo dos anos houve sempre quem se preocupasse com a saúde dos trabalhadores, mas sem o rigor técnico científico necessário.
Na época da Revolução Industrial, na Inglaterra, não se utilizava medidas de controle, o regime de trabalho, às vezes chegava a doze ou até dezesseis horas diárias. Algumas iniciativas de prevenção das doenças do trabalho foram tomadas, como mostra a seguir.
Breve histórico da Higiene Ocupacional
Hipócrates(460 a 375 aC)
Famoso mestre de medicina no livro “Ares, Águas e Lugares” descreve o quadro clínico da intoxicação saturnina (chumbo) em um mineiro.
Apesar de descrever o quadro, omite totalmente o ambiente de trabalho e a ocupação.
Breve histórico da Higiene Ocupacional
Lucrécio(100 aC) (A natureza das coisas) Perguntava sobre os carvoeiros de minas: “Não viste ou ouviste como morrem em tão pouco tempo, quando ainda tinham tanta vida pela frente?”
O QUE TIRAMOS DESTA INDAGAÇÃO?
• A morte prematura como a dramática marca do trabalho sobre a vida dos trabalhadores.
• O fundamento de uma técnica epidemiológica recentemente desenvolvida e que tem se mostrado útil para medir a importância relativa a um problema de saúde pública: Estimar os anos potenciais de vida perdidos.
Breve histórico da Higiene Ocupacional
Ovídio Poeta romano 23aC a 17 dC)
“...cansados de tantos funerais/vendo inúteis os esforços e as artes dos médicos/os habitantes imploram a ajuda celeste”
Breve histórico da Higiene Ocupacional
Plínio, o velho (23 a 79 dC) Descreve o aspecto dos trabalhadores expostos ao chumbo, ao mercúrio e à poeira. Menciona a tentativa dos escravos em usar panos ou membranas (bexiga de carneiro) para atenuar a exposição às poeiras.
Breve histórico da Higiene Ocupacional
Georg Bauer(Georgius Agrícola) (1494-1555)
Livro: De Re Metallica No último capítulo descreve sobre acidentes de trabalho e doenças mais comuns entre os mineiros, onde dá destaque à Asma dos Mineiros. A descrição da doença sugere que se tratava da Silicose. “As mulheres chegavam a casar sete vezes, roubadas que eram de seus maridos, pela morte prematura encontrada na ocupação que exerciam”
Breve histórico da Higiene Ocupacional
Bernardino Ramazzini (1633-1714)
“Pai da Medicina do Trabalho”
As Doenças dos Trabalhadores. Descreve doenças que ocorrem em mais de 50 profissões.
Breve histórico da Higiene Ocupacional
• Séc XVIII: George Baker – “Cólica de Devonshire” utilização de chumbo na indústria de vinho de maçã.
Percival Pot – câncer escrotal nos limpadores de chaminé da Inglaterra.
•Séc XIX: Charles Trackrah e Percival Pot escreveram um tratado com 200 páginas sobre medicina ocupacional.
Breve história
Período de 1760 a 1830 – Revolução industrial, movimentos sociais. 1802 – parlamento britânico aprova “Lei de Saúde e Moral
dos Aprendizes.
1833 - Lei das Fábricas: • Idade mínima 13 anos • Proibição trabalho noturno18 anos • Jornada de trabalho 12 horas diárias e 69 semanais • Contratação de médicos para o controle da saúde dos Trabalhadores.
Breve história
1906 - ocorre a realização do I Congresso Internacional de Doenças do Trabalho, que foi realizado em memória dos 10 mil trabalhadores mortos na construção do Túnel de São Gotardo.
1919 - tem-se a criação da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Proibição do trabalho noturno para mulheres e uso do fósforo branco. 1925 – a OIT elabora sua primeira lista constando apenas 3 doenças:
saturnismo (chumbo), hidragismo (mercúrio) e carbúnculo (antraz).
1934 lista ampliada para 10 doenças profissionais e em 1964 para 29.
Cenário brasileiro
Cenário brasileiro
Apesar de a 1ª Lei de Acidentes do Trabalho datar de 1919, no Brasil os primeiros passos dados efetivamente no campo da Saúde Ocupacional datam da década de trinta.
- É criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e bem definida a sua ação no campo da higiene e segurança no trabalho. - Começam os estudos sobre as doenças ocupacionais, entre elas, a Silicose e Asbestose.
Cenário brasileiro
1943 – CLT (Lei 5.452 de 01/05/1943) com um capítulo para a higiene ocupacional.
1966 – criação do FUNDACENTRO (Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
1978 - Normas Regulamentadoras (NRs) , aprovadas pela Portaria nº 3.214.
Anos 80 – CESTEH Osvaldo Cruz, INST da CUT
1990 – Leis 8.080/90 e 8.142/90
Tem como principais objetivos:
Proporcionar ambientes de trabalho salubres;
Proteger e promover a saúde dos trabalhadores;
Proteger o meio ambiente;
Contribuir para um desenvolvimento socioeconômico e sustentável.
HIGIENE x MEDICINA DO TRABALHO
A higiene avalia e corrige as condições ambientais;
E a medicina do trabalho exerce o controle e vigilância direta sobre o estado de saúde do trabalhador.
A segurança do trabalho lida com a prevenção e controlo dos riscos de operação a higiene do trabalho lida com os riscos de ambiente (que podem originar doenças profissionais).
RAMOS DA HIGIENE OCUPACIONAL
Higiene Teórica Dedicada ao estudo dos contaminantes, através dos estudos e experimentos com o objetivo de analisar a relação “Dose-Resposta” e estabelecer limites de tolerância.
Higiene de Campo É encarregada de realizar os estudos da situação higiênica do ambiente de trabalho, através de análise do posto de trabalho, reconhecimento de contaminantes, tempo de exposição, amostras dos contaminantes e limites de tolerância. º Estudo da situação da higiene no local de trabalho º Análise do local de trabalho º Detecção de contaminantes º Necessidade de reconhecer os perigos e conhecer metodologias de medição do risco
Higiene Analítica Realiza a investigação e determinação qualitativa e quantitativa dos contaminantes em estreita colaboração com a higiene teórica. o Podem ser de vários tipos (químicos, biológicos e físicos); o Necessidade de implementação de
métodos padronizados ; o Os métodos devem dar resultados
que reflitam a exposição do trabalhador
Higiene Operativa Compreende a utilização, a recomendação e a padronização de métodos para reduzir os níveis de concentração até valores não prejudiciais a saúde. º Substituição de matérias primas e processos º Isolamento do risco químico, biológico e físico º Captação do contaminante (aspiração) º Ventilação geral º Confinamento do contaminante (ou do trabalhador) º Diminuição dos tempos de exposição º Proteção individual
O que está errado?
O que está errado?
O que está errado?
O que está errado?
ATUAÇÃO DO TECNICO DE SEGURANÇA NA HIGIENE DO TRABALHO
Determinar e combater no ambiente de trabalho fatores físicos, químicos, biológicos e ergonômicos de reconhecida nocividade.
Conseguir que o esforço físico e mental de cada trabalhador, no exercício da profissão, esteja adaptado as suas atitudes, limitações fisiológicas e psicológicas.
Adotar medidas eficazes de proteção para reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resistência dos trabalhadores.
Descobrir situações que possam deteriorar a saúde dos trabalhadores.
Educar diretores, chefes e trabalhadores no cumprimento de suas obrigações.
Aplicar programas educacionais que abranjam toda a comunidade e os aspectos de saúde.
RISCOS OCUPACIONAIS Químicos - NR 09, NR 15 e NR 32
Poeiras / fumos / neblinas / aerossóis / gases / vapores
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Físicos - NR 09 e NR 15
Ruído /vibrações / ambiente térmico / radiações / pressão
Biológicos – NR 09
Vírus / bactérias / fungos / alimentos /contatos com fluidos corporais
Ergonómicos - NR 17
Relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos
Envolve a interação homem / trabalho, incluindo no design, controlo, luz, plano do local, ferramentas e organização;
Adaptar o trabalho à pessoa
Riscos de Acidentes – NR 09
Condições com potencial de causar danos aos trabalhadores nas mais diversas formas, levando-se em consideração o não cumprimento das normas técnicas previstas.
O objetivo final da Higiene do Trabalho é a eliminação, nos locais de trabalho, de todos os fatores de risco ambientais
Eliminar tudo o que pode afetar a saúde
Ter saúde é ter equilíbrio e bem estar físico, mental e social.
Saúde física
Funcionamento adequado das diferentes partes do corpo.
Š„
Saúde mental
Equilíbrio intelectual e emocional.
Saúde social
Bem estar na relação com os outros.
Riscos profissionais (patologia do trabalho)
„ • Acidentes de trabalho • Doenças profissionais • Fadiga „ • Desgaste e
envelhecimento precoce
• Insatisfação
Antecipar, identificar e avaliar Š
1.Desenvolver metodologias para:
Antecipar e prever riscos a partir da experiência, dados históricos e outras fontes;
Identificar e reconhecer riscos nos sistemas existentes e/ou futuros, equipamento, produtos, software, instalações, processos, operações …
Avaliar e determinar a probabilidade e severidade dos acidentes e incidentes resultantes dos riscos existentes ou futuros.
Š
Antecipar, identificar e avaliar
2. Aplicar os métodos, analisar e interpretar os
resultados
Š
3. Rever sistemas, processos e operações (análise causa-efeito)
Š
º Falhas dos sistemas ou componentes;
º Erro humano;
º Falhas de decisão, de análise ou de gestão;
º Fragilidades das medidas propostas, diretivas e prática corrente;
4.Rever, compilar, analisar os dados de acidentes
º Identificar causas, tendências e relações;
º Assegurar uma informação completa, rigorosa e válida
º Avaliar a eficácia dos métodos de recolha de dados
º Investigar as causas dos acidentes
Š
5.Aconselhar o cumprimento de normas, legislação, procedimentos e outros sobre segurança;
Š
6.Conduzir estudos sobre riscos potenciais;
Š
7.Determinar consulta de especialistas (sem necessário);
(médico do trabalho e/ou enfermeira do trabalho)
Š
8.Verificar se as capacidades humanas não estão a ser excedidas;
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