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HIPERHIDROSEPaola Cristina Vieira R. Passos
Ambulatório de Cosmiatria
HIDROSESAfecções de glândulas sudoríparas écrinas ou apócrinas
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS Originam-se do broto écrino da
epiderme Dispersas por toda a pele (exceto: mucosas; labial, pequenos
lábios da vulva, glande, face interna do prepúcio e leito ungueal )
Em maior quantidade e mais desenvolvidas nas regiões palmares, plantares e axilas
Função primordial de termorregulação
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS Glândulas tubulares que desembocam
na superfície através da epiderme Três porções: secretora (dermo-
hipoderme), conduto intra-dérmico e conduto intra-epidérmico
Orifício: poro ou acrosiríngio (envolto por anel de queratina)
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS Inervadas por fibras simpáticas pós-
ganglionares não-mielinizadas. Regidas por mediadores
parassimpáticos e em menor grau por mediadores simpatomiméticos.
Acetilcolina, pilocarpina: estimulam sudorese.
Atropina: inibe sudorese.
GLÂNDULAS SUDORÍPARAS ÉCRINAS Secreção inodora, incolor, hipotônica 99% água + solutos do plasma Sódio, cloretos, potássio, uréia,
proteínas, aminoácidos, cálcio, fósforo e ferro
Quantidade variável de suor produzida de acordo com estímulo exógeno (calor) e endógeno (alteração metabólica), além de fatores emocionais ou lesão neurológica
10-12 litros em condições adversas
HIPERHIDROSE Sudorese excessiva que envolve as
glds. sudoríparas écrinas Excede as necessidades fisiológicas Primária ou Secundária Generalizada ou Focal Pode acarretar sérias complicações
no âmbito social e profissional
HIPERHIDROSE Primária: sem etiologia definida. Geralmente das palmas, plantas e
axilas.Principalmente relacionada a fatores
emocionais.Inicia se na infância. Acomete em torno de 1% da população.Melhora durante o sono e após sedação
HIPERHIDROSESecundária: Obesidade, menopausa, ICC, choque
cardiogênico. Drogas (antidepressivos, antitérmicos,
AINES, anticolinérgicos, adrenérgicos). Distúrbios endocrinológicos
(hipertireoidismo, hipoglicemia, feocromocitoma).
Condições neurológicas autonômicas (seringomielia, paraplegia).
HIPERHIDROSENeural: podem ser corticais,
hipotalámicas, gustativas, por lesão da medula espinhal, por lesões de troncos e fibras nervosas.
Não neural: ação do calor sobre a pele, ação de drogas, alteração do fluxo sanguíneo, alteração das próprias glândulas sudoríparas.
HIPERHIDROSECortical ou emocional:
generalizada, mais evidente em algumas áreas (axila, palmo-plantar, perineal). Presença frequente de casos familiares.
Gustativa: sudorese na face após ingestão de alimentos condimentados, álcool ou citricos. Varia de normal a patológico.
HIPERHIDROSEHipotalâmica ou térmica: principal fonte estimuladora do
hipotálamo é o aumento da temperatura por causas exógena (calor) e endógenas (exercícios, drogas, alterações vasomotoras, doenças como: diabetes, hipertireoidismo, menopausa, porfiria).
CORTICAL OU EMOCIONALPatogenia Quadro agravado ou desencadeado por
fatores emocionais Glândulas sudoríparas normais Não há alteração da colinesterase Impulsos específicos oriundos de núcleo
específico da área pré-motora da córtex são processados pelo hipotálamo e conduzidos pelas vias nervosas até as fibras simpáticas das glds. sudoríparas liberando quantidades excessivas de acetilcolina
CORTICAL OU EMOCIONALCortical generalizada: regiões mais
ricas em glds. sudoríparas (couro cabeludo, fronte, virilhas, axilas, palmo-plantares)
Plantar: início precoce, substrato para infecções fúngicas, dermatites de contato, hiperqueratose plantar sulcada.
Axilar: variação racial, 25% concomitância com palmo-plantar, favorece infecções piogênicas
TRATAMENTOVários vêm sido aplicados, porém
poucos são efetivosAgentes tópicos: com frequência
causam irritação local, eczematização;
-Adstringentes: formaldeído(2-5%) permanganato de potássio, glutaraldeído(10%)
-Antipespirante: cloreto de alumínio (10-25%) em solução alcoólica
TRATAMENTO Iontoforese com água de torneiraDrogas anticolinérgicas: muitos
efeitos adversos (boca seca, distúrbio de acomodação visual, tontura, diminuição de libido)
Toxina BotulínicaCirúrgicos: Simpatectomia
transtorácica,excisão das glds. sudoríparas axilares,lipossucção
TRATAMENTO Simpatectomia torácica superior
pode ter falhas e complicações: hiperhidrose compensatória em outras áreas, pneumotórax, pneumonia, Sd. de Horner.
Excisão cirurgica das glds; pode se associar a sinéquias.
TRATAMENTOToxina Botulínica: - Bloqueio dose-dependente e
transitório da liberação pré-sináptica de aceticolina das fibras nervosas colinérgicas.
- Excelente resposta clínica , razoável duração e baixa incidência de efeitos colaterais.
- Principalmente indicado na hiperhidrose palmar e axilar.
TRATAMENTOTeste do iodo-amido Interromper desodorantes por 24hAparar os pêlosLimpeza com álcool a 70 ̊ Aplicação de solução de iodo 3% Após secar; polvilhar suavemente amido de
milho Pontilhado preto-azulado; demarcar a área
TRATAMENTOHiperhidrose axilar: - diluição em SF0,9% de 100U/4ml- 2,5u/0,1ml- Divisão em quadrado de 4cm2 ; 3-5U por
sítio em retroinjeção “em leque”.- 1,5-2,5u por ponto em média 20 pts por
axila, distância de 1,5cm.- 40-50U por axila- Derme reticular profunda- Efeitos adversos mínimos: dor, equimose.
TRATAMENTOHiperhidrose palmar:-100-150U por mão- Diluição 100U/2,0ml- 40-50 pontos distância de 1,5cm- 2U por ponto
- Fator limitante: dor (bloqueio anestésico do punho), fraqueza muscular por difusão
ANESTESIA
Bloqueio anestésico dos nervos medianos e ulnar com lidocaína a 1%
Gelo Acido glicólico 70% sol. alcoólica e
após anestésico tópico sob oclusão
PÓS-TRATAMENTO
Duração: 4-5 mesesDiminuição do efeito de forma
gradualBloqueio irreversível de
neurotoxinasRebrotamento axonal
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