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TREINAMENTO DE ESCAPE DE AERONAVE SUBMERSA
HELICOPTER UNDERWATER ESCAPE TRAINING
HUET
CURSOS EM PROTEÇÃO E SEGURANÇA MARÍTIMA
2014
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ÍNDICE
1 – Introdução e Histórico ....................................................................4
2 – Vantagens e desvantagens..............................................................5
3 – Sustentação.....................................................................................5
4 – Posição do Piloto.............................................................................6
5 – Dificuldade de pouso a bordo.........................................................6
6 – Anatomia do helicóptero.................................................................7
7 – Dez regras de Segurança para passageiros de Helicóptero.............7
8 – Procedimentos de Emergência........................................................8
9 – Acidentes.........................................................................................10
10 – O homem e os efeitos da condição de voo...................................12
11 – Conhecimento...............................................................................13
12 – Preparação....................................................................................17
13 – Prática...........................................................................................19
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1- Introdução e Histórico
A “amerissagem” é um pouso deliberado na água, em situação de
emergência. Não é um impacto descontrolado.
Há estatísticas que mostram que amerissagens causam ferimentos
em pilotos e passageiros, mas é possível sobreviver após este tipo
de pouso em emergência. Em águas tropicais a maioria dos
náufragos sobrevive e são resgatados.
A primeira ideia pouca prática de um helicóptero foi concebida
por Leonardo da Vinci no século XV, mas esquecida até a invenção
do avião no século XX.
Porém, o primeiro voo de um helicóptero completamente
controlável foi demonstrado por Hanna
Heitsch em 1937 em Berlim, Alemanha.
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No início da década de 1940, Igor Sikorsky desenvolveu o Sikorsky
R4. Em 1946, foi lançada a produção do Bell 47B, que atingia uma
velocidade de 140km/h, com duas pessoas a bordo.
No fim dos anos 50, os helicópteros começam a especializar-se e a
desenvolver-se, atingindo velocidades de 260 km/h, com até 44
lugares a bordo.
O helicóptero é um meio de transporte que tem evoluído. Depois de
ter sido usado ora em termos civis, ora para fins militares, adquiriu
um estatuto especial entre outras formas de transporte. Acaba,
assim, por se revelar fundamental para situações de salvamento, de
guerra ou mesmo como meio de transporte de luxo.
2- Vantagens e Desvantagens
Comparando com os aviões, os helicópteros são muito mais
complexos, mais caros na compra e na manutenção e operam com
reduzida velocidade, com pouca autonomia e com pouca
capacidade de carga. A vantagem obtém-se na capacidade de
manobra: helicópteros podem parar, inverter a trajetória e, acima
de tudo, podem decolar e pousar com voo vertical. Dependendo do
reabastecimento e da quantidade de carga, um helicóptero pode
viajar para qualquer lugar desde que haja espaço no local
de aterrissagem.
3- Sustentação
Nas aeronaves convencionais, o perfil (formato da secção
transversal) da asa (ou aerofólio) é projetado para defletir o ar para
baixo com grande eficiência. Essa deflexão causa dois efeitos: uma
reação contrária e uma diferença de pressão. A reação tem como
princípio a terceira lei de Newton, e gera uma força contrária à
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deflexão, neste caso, para cima. A diferença de pressão, por sua vez,
baseia-se no princípio de Bernouille, onde o ar movimenta-se com
maior velocidade na parte superior e menor na parte inferior do
aerofólio. Isso causa respectivamente baixa e alta pressão. Essa
diferença de pressão aliada com a reação à deflexão do ar causa a
força de sustentação no aerofólio. No entanto, quanto maior a
sustentação produzida, maior a força de arrasto gerado pelo
aerofólio. O helicóptero faz uso do mesmo princípio, excetuando-se
o fato de ao invés de mover a aeronave inteira, apenas as asas (pás,
no caso de asas rotativas) é que se movimentam através do ar.
4- Posição do Piloto
Enquanto nas aeronaves de asa-fixa o piloto senta à esquerda, nos
helicópteros ocorre o inverso. Isso ocorre para que os pilotos de
avião possam ajustar os rádios, manetes e outros controles com a
mão direita. Nos helicópteros o piloto senta à direita para manter a
mão mais forte (geralmente a direita) no cíclico o tempo inteiro,
deixando os rádios e outros comandos para a mão esquerda
5- Dificuldade de pouso a bordo
Pousar a bordo de um navio ou de uma plataforma é bem mais
complexo que pousar em terra.
Navios e plataformas não são bases estáveis, balançam junto com a
massa líquida, o mar, onde estão flutuando.
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Isso exige mais habilidade do piloto, que deve acompanhar este
balanço e efetuar o toque no convés no momento mais oportuno. É
como se fosse um impacto controlado.
6- Anatomia do Helicóptero
7- Dez regras de segurança para passageiros de Helicópteros
1- Nunca se aproxime ou se afaste da aeronave caminhando em
direção ao rotor de cauda;
2- Embarque e desembarque da aeronave na direção das suas
portas laterais dentro da linha de visão do piloto ou co-piloto;
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3- Aproxime-se ou afaste-se do helicóptero com o corpo
ligeiramente inclinado para a frente;
4- Certifique-se de que todos os seus objetos pessoais e pertences
estejam seguramente dispostos quando embarcar ou
desembarcar de helicópteros que estejam com os rotores
girando;
5- Não fume em heliportos ou helipontos. A bordo, só quando
autorizado;
6- Observe todas as tarjas existentes na parte externa e interna dos
helicópteros (extintores, primeiros socorros, botes, etc.)
7- Ouça e cumpra todas as instruções ministradas pelas tripulações
(use cintos, aperte os cintos, etc...)
8- Não atire nada para fora da aeronave, principalmente em vôo
9- Não infle seu colete salva-vidas dentro do helicóptero;
10- Em emergência só abandone o helicóptero a comando da
tripulação
8- Procedimentos de Emergência
Queda de Aeronave
1. Obedecer instruções do Comandante
2. Lembre-se do briefing
3. Manter-se sentado com cinto passado
4. Remover objetos dos bolsos
5. Curvar-se para baixo abraçando os joelhos
6. Aguardar a parada total dos rotores
Pouso n’água
1. Fique no He
2. Equipamento de flutuação
3. Aguarde ordem para sair
4. Não inflar a balsa dentro do He
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Emborcamento de He na água
1. Esperar o completo alagamento da cabine antes de sair
2. Manter-se sentado e adquira forças para sair
3. Mantenha uma das mãos segurando a saída de emergência
4. Use a outra mão para firmemente soltar o cinto
5. Abra a saída de emergência
6. Nade para longe do He antes de retornar a superfície
7. Mantenha-se junto ao grupo na superfície
8. Inflar o colete salva-vidas
9. Utilizar o cabo liga náufragos para prender-se aos outros
10. Não retornar para o He submerso
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9- Acidentes
27/03/2013 14h18
Rio: helicóptero com três pessoas cai na Bacia de Campos, em Macaé Redação SRZD Um helicóptero com três tripulantes caiu na
manhã desta quarta-feira na Bacia de
Campos, em Macaé, no Norte Fluminense. O
acidente foi confirmado pelo Sindipetro-NF,
que informou que todas as vítimas
conseguiram acionar o bote salva-vidas e se
salvar.
A aeronave da empresa de táxi aéreo Líder
Aviação caiu perto da Plataforma P-7. O
flutuador chegou a ser acionado e o
helicóptero cargueiro chegou a boiar na superfície, mas afundou em seguida.
O Sindipetro informou que já apura as causas do acidente para evitar outros episódios
semelhantes. De acordo com a Líder Aviação, os tripulantes passam bem. A assessoria de
imprensa da empresa emitiu nota de esclarecimento sobre o "pouso controlado" da
aeronave. Confira:
"A aeronave realizou um pouso controlado na água, próximo à plataforma P-7 da
Petrobras. Os três ocupantes da aeronave foram imediatamente resgatados e passam
bem. O cargueiro da Petrobras, com os técnicos da Líder, já estão providenciando a
retirada da aeronave e carga geral. Todas as medidas de averiguação estão em
andamento e todos os órgãos competentes foram acionados. Reiteramos que todos os
procedimentos de segurança, manutenção e treinamento encontram-se em dia e foram
utilizados adequadamente".
11
AUG
AUG 22 2011
Petrobras localiza 4ª vítima do helicóptero que caiu na Bacia de
Campos ABr - Rio de Janeiro
A Petrobras informou na manhã deste domingo que o corpo da quarta vítima do acidente
que envolveu o helicóptero da empresa Senior Táxi Aéreo, que prestava serviços para a
estatal, foi localizado na última madrugada. O acidente ocorreu na tarde da última sexta-
feira, na região da Bacia de Campos (RJ). Os destroços do helicóptero e as outras três
vítimas que estavam embarcadas.
Segundo a companhia, os trabalhos de resgate dos corpos continuam com mergulhadores
especializados. A identificação das vítimas será realizada em terra. – Apesar da condição
meteorológica desfavorável, todos os recursos utilizados durante as buscas permanecem
mobilizados para que o resgate ocorra o mais rapidamente possível, informou
a Petrobras em comunicado.
De acordo com a empresa, as buscas, executadas em conjunto pela Força Aérea
Brasileira (FAB) e Marinha do Brasil, mobilizaram dois helicópteros, um avião e um navio-
patrulha das Forças Armadas, além de 26 embarcações, sendo 11 equipadas com robôs
submarinos, 6 helicópteros e diversos especialistas em engenharia submarina e oceânica
da Petrobras.
As empresas Senior Táxi Aéreo, Engevix e Brasitest estão prestando toda a assistência às
famílias, com o suporte da Petrobras.
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26 de outubro de 2012
Novo pouso forçado de EC225 no
Mar do Norte – transmissão pode
ser a causa
Na terça-feira, 23 de outubro, o jornal britânico The Telegram noticiou (com informações
da Associated Press) o pouso forçado no Mar do Norte de um helicóptero EC225 da
empresa CHC Helicopter Corp, que transportava trabalhadores de uma plataforma de
petróleo na segunda-feira. A Guarda Costeira britânica informou que as 19 pessoas a
bordo foram resgatadas.
O acidente deu-se no voo de volta da plataforma, a 50 quilômetros a sudoeste das Ilhas
Shetland, arquipélago escocês. O helicóptero ainda flutuava qundo seus ocupantes foram
resgatados do bote salva-vidas e levados para um navio-tanque próximo.
10- O homem e os efeitos da condição de voo
Durante o vôo estamos sujeitos a efeitos psicofísicos como
turbulência, mudanças de temperatura e pressão, velocidade,
aceleração, altitude e desequilíbrio.
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Mantenha a calma e tranquilidade para poder agir de forma
racional em caso de emergência, lembrando-se de seu
treinamento, especialmente para saída de aeronave
submersa.
11- Conhecimento
A maior causa de morte após um pouso na água é por afogamento,
que ocorre após um estado de hipotermia ou exaustão. É
importante considerar as razões disto ocorrer e saber como
podemos reduzir ou minimizar os riscos.
É vital que se esteja com um colete salva-vidas corretamente
vestido durante um voo sobre a água.
O colete salva-vidas deve ser de um modelo que mantenha a cabeça
do náufrago fora da água, mesmo inconsciente.
Não utilize coletes que inflam automaticamente quando em contato
com a água, pois o colete poderá inflar enquanto você ainda estiver
no interior da cabine, dificultando ou impedindo sua saída.
Os coletes, quando vestidos, não devem permitir que fiquem
enganchados ou presos aos cintos de segurança. Devem possuir
uma luz, ativada por um mecanismo manual ou automaticamente,
quando em contato com a água; um apito, para chamar a atenção;
um tirante na cintura, que impeça dele subir e cobrir o rosto e
devem ter uma cor bem visível, além de fitas refletivas.
Os coletes quando não estiverem em uso devem ser guardados em
um local adequado e seco, e devem sofrer uma manutenção
periódica.
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O colete salva-vidas deve ser revisado, no mínimo, anualmente, ou
com mais frequência se assim for indicado pelo fabricante, em uma
estação apropriada. O peso das ampolas de disparo é verificado e os
coletes são inspecionados para verificar vazamentos e seu estado
de conservação. Todos acessórios são inspecionados e substituídos,
se necessário.
Os coletes salva-vidas previnem o afogamento de quem o está
vestindo, mas não o protege de hipotermia.
Hipotermia é definida como redução da temperatura do corpo
humano como um todo, por perda de calor, principalmente pela
pele. Em águas mais frias a pele perde o calor do corpo muito
rapidamente, mas pode demorar de 10 a 15 minutos até que o
coração e o cérebro comecem a perder calor. A tremedeira é uma
reação involuntária que ocorre quando o corpo tenta incrementar
produção de calor, em reação a grande perda de calor. Quando a
temperatura normal do corpo, que é de aproximadamente 37° C,
cai para cerca de 32°C, há perda de consciência, confusão mental e
perda da vontade de viver. A parada cardíaca é uma razão
frequente de morte, quando a temperatura do corpo cai abaixo de
30°C.
O tempo de sobrevivência de um indivíduo em águas frias varia, e
depende de fatores como a temperatura da água, a estrutura do
corpo, do seu metabolismo, condicionamento físico e a quantidade
de roupas que estiver vestindo. A incapacidade de realizar tarefas,
até mesmo simples, ocorre bem antes da morte e é um dos
sintomas da hipotermia. Note-se que, estando dentro de uma balsa
salva-vidas, o risco de morte por hipotermia diminui muito.
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Em acréscimo, várias outras reações ao choque térmico de uma
repentina imersão em águas frias pode causar a morte; por falha do
coração, principalmente daqueles que já possuem deficiências no
sistema circulatório, particularmente de pessoas mais idosas; por
aspiração de água nos pulmões em consequência de um estado de
hiperventilação; por perda de controle motor causado pelo frio; por
afogamento, em consequência da pouca capacidade de apnéia
(prender a respiração), ao tentar sair de uma aeronave submersa.
Os efeitos de choque e pânico podem aumentar as reações
descritas.
A situação ideal é sair de uma aeronave que pousou sobre a água,
diretamente para uma balsa salva-vidas.
o
Assim como os coletes salva-vidas, as balsas infláveis de aviação
devem passar por manutenções periódicas em estações apropriadas
e guardadas em local adequado e seco, quando não estiverem em
uso. É extremamente importante saber como usar todos os
equipamentos de sobrevivência.
Uma balsa salva-vidas de uso marítimo ou náutico não deve ser
usada em uma aeronave, pois existem diferenças em seus sistemas
de inflação. Em caso de falha ou defeito nos cilindros de CO2 de
uma balsa de uso marítimo ela vai ventilar para dentro da balsa,
inflando-a, o que seria um desastre no interior de uma aeronave em
voo. As balsas de aviação ventilam os cilindros de CO2 para a
atmosfera, em caso de defeito.
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No caso de não haver, ou não ser possível embarcar em uma balsa
salva-vidas, o tempo de sobrevivência em águas frias pode ser
aumentado vestindo camadas de roupas protetoras, ou com o uso
de roupas de imersão. O uso deste tipo de equipamento,
devidamente vedado, pode aumentar as chances de sobrevivência
em águas frias de 3 a 10 vezes, dependendo da qualidade de
isolamento térmico das roupas usadas por baixo desta roupa de
imersão.
Como com qualquer equipamento de segurança, os equipamentos
de sobrevivência devem ser os adequados para cada situação de
risco previsto e com aprovação reconhecida, devendo ter sua
manutenção periódica cumprida com rigor e devem ser
cuidadosamente guardados.
As aeronaves que voam sobre o mar normalmente são equipadas
com Transmissores de Localização de Emergência (ELT – Emergency
Locator Transmitter) e podem também ser disponibilizados
Indicadores Pessoais de localização (PLB – Personal Locator
Beacon), que devem ser certificados pelo sistema COSPAS/SARSAT
e devem ser flutuantes. Estes equipamentos auxiliam muito na
localização dos náufragos e consequentemente diminuem o tempo
dispendido nas operações de Busca e Salvamento (SAR – Search and
Rescue)
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Estes equipamentos utilizam sinais na frequência de 406 MHz, e são
recebidos por satélites em orbita ou geoestacionários do sistema
COSPAS/SARSAT. Estes retransmitem um alerta para Centros de
Coordenação de Salvamento (RCC – Rescue Coordination Centers),
que recebem a posição do alerta em minutos, se o equipamento
estiver acoplado a um GPS. No Brasil esse Centro funciona no
SALVAERO. Os pilotos, antes de um pouso de emergência sobre a
água, sempre irão encaminhar uma mensagem de emergência para
uma RCC por meio convencional.
12- Preparação
Muitos pousos sobre a água e consequentes afundamentos de
aeronaves podem ser prevenidos com uma cuidadosa preparação e
planejamento.
o
Um elemento importante de planejamento e preparação é o
treinamento. Frequentar um Curso de Escape de Aeronave
Submersa (HUET – Helicopter Underwater Escape Training) vai
preparar um passageiro de uma aeronave que sobrevoa o mar para
o uso e operação corretos de coletes salva-vidas, métodos de
embarque em balsas salva-vidas e enfrentar situações adversas que
podem ocorrer após o pouso na água, inclusive se a aeronave não
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flutuar e afundar, ou afundar de cabeça para baixo, que podem
garantir a sua vida.
O uso de “simuladores” é extremamente importante pois
demonstra na prática procedimentos de escape debaixo da água.
o
O conhecimento das condições meteorológicas no percurso é
fundamental, pois condições desfavoráveis podem obrigar a um
regresso imprevisto ou até mesmo ter como consequência um
acidente.
É necessário planejar o voo, inclusive a necessidade de combustível
extra para casos não previstos, como retorno ou pouso em outro
local, não planejado. Grande quantidade de pousos na água ocorre
por “pane seca”.
Na inspeção pré-voo é muito importante checar duas vezes os níveis
de combustível e de lubrificantes.
Antes do voo, deve ser ministrado um “briefing”, onde é
apresentada aos passageiros a localização da balsa salva-vidas; a
ordem em que os passageiros devem deixar a aeronave; quem será
o responsável por operar a balsa salva-vidas; que os coletes salva-
vidas não devem ser inflados dentro da aeronave; que óculos,
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vidros e objetos cortantes devem ser retirados antes do pouso na
água; qual posição devem adotar antes do pouso na água; que
devem soltar os cintos e deixar a aeronave somente após ordem do
Comandante e deve ser indicado os pontos de referência internos,
como janelas e portas, que devem ser atingidos em caso de escape
em emergência.
13- Prática
13.1 – Pouso na Água
Se você estiver voando em uma aeronave de dois
motores e um deles falhar, todos devem colocar os
coletes salva-vidas, se já não o estiverem vestindo.
O piloto tentará pousar na água, tomando o rumo para
terra mais próxima ou para a embarcação mais
próxima, considerando entre a escolha de um grande
navio mercante e uma embarcação de médio porte,
que o navio pode percorrer várias milhas até parar
máquinas completamente. O pouso nunca será
realizado em frente a embarcação, e sim ao lado,
ligeiramente a vante, levando em consideração fatores
como direção e intensidade do vento e estado do mar.
Neste momento o piloto enviará a mensagem de
emergência “MAYDAY”, na frequência de socorro
121,5 MHz, seguido da posição.
Em caso de mar grosso, o pouso deve ser tentado na
crista ou no cavado da onda, e nunca no seu flanco,
que poderá causar um acidente grave e o
emboracamento e afundamento da aeronave.
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Poderá ser necessário aguardar a cabine encher de
água, para depois abrir a porta ou empurrara a janela
para removê-la.
Somente infle seu colete salva-vidas quando já estiver
completamente fora da aeronave. Deve ser
considerado que a balsa salva-vidas, mesmo ainda sem
estar inflada, dentro da bolsa, tem certa flutuabilidade
positiva, o que dificultará a sua remoção da cabine já
cheia de água.
As luzes de aviação e de navegação devem ser
mantidas acesas, pois isto pode ajudar na localização.
Nem sempre a aeronave afunda imediatamente.
Saia da aeronave calmamente, porém rapidamente,
afaste-se dela, para evitar o efeito de sucção, caso ela
afunde. Tente manter o maior número de objetos
flutuando na água, como panos, plásticos e assentos, o
que facilitará a equipe de Busca. Não esqueça a caixa
de Primeiros Socorros e os sacos com o ELT e PSB e
outros equipamentos portáteis que possam ser úteis.
13.2 – A balsa Salva-Vidas
o Antes de inflar a balsa salva-vidas ela deve ser
amarrada a alguém de modo que não fique a
deriva e sob a ação do vento. A balsa não deve
ser amarrada a aeronave que está naufragando.
Esta pessoa deve se segurar a aeronave até o
momento de inflá-la, e a amarração pode ser
feita aos tirantes do colete salva-vidas. Se
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possível a balsa deve ser inflada a sota-vento da
aeronave, de modo que o vento não a faça se
chocar contra ela e causar algum dano.
o Se a balsa inflar de cabeça para baixo, ela deverá
ser desvirada. Gire a balsa até que o cilindro
fique junto a você. Suba na balsa, pisando sobre
o cilindro e segure o tirante que existe por baixo
da balsa, para puxá-lo em sua direção, inclinando
seu corpo para trás. Faça com que o vento
trabalhe a seu favor, e ajude a desvirar a balsa.
Ela cairá sobre você.
o Antes de subir na balsa, desfaça-se de objetos
cortantes ou perfurantes que possam avariar ou
furar a balsa.
o Ajude os feridos a subir na balsa, puxando-os de
costas por sob os braços e não pelos braços.
o Mantenha a balsa seca utilizando a esponja que
existe na balsa para esta finalidade ou outro
pano qualquer. Mantenha a balsa inflada
completamente, mas não dura demais,
utilizando o fole da balsa.
o Tome o comprimido contra enjoo logo, não
aguarde sentir ânsia de vômito. O vômito causa
perda de líquidos. Você não deve tomar líquidos
nas primeiras 24 horas e pode sobreviver mais
de 4 dias sem água. Nunca tome água do mar.
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o Trate os ferimentos e preste os primeiros-
socorros. Alguns sobreviventes podem sofrer
um choque traumático pela experiência, que
pode afetar a capacidade mental e de raciocínio.
o Ligue o equipamento de localização disponível,
mantendo sua antena o mais alto possível. Se
possuir um celular e estiver próximo de terra,
utilize preferencialmente mensagem de texto
para solicitar socorro, para economizar a bateria.
o Utilize adequadamente os equipamentos de
sinalização, como espelhos e pirotécnicos. Leia
atentamente as instruções, pois um pirotécnico
usado indevidamente pode furar a balsa.
o Mantenha vigilância por turnos e utilize os
sinalizadores, flares ou fumígenos, apenas
quando tiver certeza que pode ser avistado. Não
os lance se uma aeronave já está se afastando. A
noite poderá ser utilizada qualquer iluminação
para chamar a atenção de uma aeronave, até
mesmo as mais fracas, como a tela de um
celular, pois as buscas podem estar sendo
efetuadas com equipamentos de visão noturna.
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13.3 – Se não houver Balsa Salva-vidas
Se uma balsa salva-vidas não estiver disponível, você terá que
sobreviver usando apenas o colete salva-vidas. Não desista e
nunca perca a esperança. A vontade de sobreviver é a maior
fonte de prolongar sua vida.
Para evitar perda de calor mantenha se junto a outros
náufragos, amarrando-se uns aos outros. Não tente se
movimentar muito ou nadar para manter-se aquecido. Isto só
aumentará a velocidade da perda de calor de seu corpo. Se o
colete possuir um capuz, vista-o. Não tente nadar para terra,
a menos que esteja a menos de 1.000 metros e seja um bom
nadador.
Se houver outros sobreviventes, mantenham-se juntos,
agarrados, de modo a manter os troncos e membros
inferiores unidos. Os feridos podem ficar no meio, para maior
proteção.
Se estiver sozinho adote a posição “HELP” (Heat Escaping
Lessining Posture), como a de um bebê, juntando as pernas
dobradas sobre o peito e abraçando os joelhos. Caso perceba
que possa ser visto por uma aeronave, utilize material
refletivo ou espalhe água com as mãos. Em caso de ver uma
embarcação de busca nas proximidades, utilize o apito para
chamar a atenção.
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13.4 – Caso não haja balsa nem colete salva-vidas.
o Utilize-se de qualquer objeto que possa auxiliar na sua
flutuação, como assentos do helicóptero, pedaços de
plástico ou até mesmo sacolas plásticas.
o Você poderá usar as calças como flutuador, amarrando
as bocas das pernas e batendo com a cintura na
superfície da água, inflando-as. Passe os braços por
entre as pernas da calça inflada, repetindo o
procedimento quando a flutuabilidade diminuir.
o Se você for ser resgatado por um helicóptero, aguarde
o mergulhador que irá auxiliá-lo. Ele passará um “sling”
por baixo de seus braços. Permaneça com os braços
abaixados ou com as mãos para trás. Se você tentar
segurar o cabo de aço com as mãos para cima, poderá
cair. O mergulhador subirá junto, não o agarre. Ao
chegar ao helicóptero de resgate, retire ou esvazie seu
colete.
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