HVA MAGAZINE

PRÊMIO NOVOS FOTÓGRAFOS HOJE VOU ASSIM DIAMOND MALL. EScOLHA A SUA cAPA. Cássia Paes | Fábio Lamounier | HéLio monteiro | Luiza ViLLarroeL | rodrigo Ladeira.

www.hojevouassim.com.br

exPediente:realização: Hoje Vou assim | Patrocínio: diamondmall | gerente comercial: tiago batitucci e illona reis | design: mariana guedes | Fotógrafos: rodrigo Ladeira, Hélio monteiro, Fábio Lamounier, Cássia Paes e Luiza Villarroel assistentes: Paula dante, Henrique andré, naninha, Carolina Paes,Produção de moda: Cris guerra.

Cenários especiais em belo Horizonte: secretaria de turismo de minas gerais, Café santa sophia, Casa do baile, diamondmall, brechó brilhantina, Praça da Liberdade, museu abílio barreto, Parque municipal, rua sapucaí (Floresta, belo Horizonte), Parque ecológico da Pampulha / memorial da imigração Japonesa, Heliponto do restaurante

“Quando chegamos ao Palácio da Liberdade, o funcionário que iria nos acompanhar perguntou

se ainda estávamos esperando pela modelo. Acostumada a esse tipo de reação, expliquei

que a modelo era eu mesma.” Cris guerra. em 07/07/2011

diamond mall apresenta, em edição exclusiva, os olhares de cinco novos

fotógrafos mineiros. HVa magazine é uma revista online desenvolvida pelo núcleo

Hoje Vou assim, coordenado por cris Guerra e patrocinada pelo DiamondMall.

O conjunto da obra de Luiza VillarroelPostado em: julho 9th, 2011 | No palcoPostado em: julho 8th, 2011 | DiariamentePostado em: julho 7th, 2011 | Princesa no PalácioPostado em: julho 7th, 2011 | Viver é muito perigoso.Postado em: julho 6th, 2011 | chegou a vez de Luiza Villarroel

Os desejos de cássia PaesPostado em: julho 4th, 2011 | No vermelhoPostado em: julho 1st, 2011 | Liberdade e o olhar de cássia PaesPostado em: junho 30th, 2011 | Em casaPostado em: junho 29th, 2011 | SapatilhasPostado em: junho 28th, 2011 | Pelos olhos de cássia Paes

O olhar de Hélio MonteiroPostado em: junho 10th, 2011 | TuristaPostado em: junho 9th, 2011 | crisesPostado em: junho 8th, 2011 | Hélio com todo o gás!Postado em: junho 7th, 2011 | Hélio, confete e BrilhantinaPostado em: junho 6th, 2011 | Hoje o Hélio me acordou!

O olhar de Rodrigo LadeiraPostado em: maio 30th, 2011 | Bravo, Rodrigo!Postado em: maio 27th, 2011 | Fazendo arte no DiamondMallPostado em: maio 26th, 2011 | La vie en rosePostado em: maio 25th, 2011 | A luz de RodrigoPostado em: maio 24th, 2011 | com vocês, Rodrigo Ladeira!

As cores de Fábio LamounierPostado em: junho 24th, 2011 | Eu quero é botar meu color block na rua!Postado em: junho 23rd, 2011 | A cidade como cenárioPostado em: junho 22nd, 2011 | Branco pra pensarPostado em: junho 21st, 2011 | Sol, Fábio e Parque MunicipalPostado em: junho 20th, 2011 | Respeitável público.

1. o olhar de rodrigo LadeiraPostado em: maio 30th, 2011 | bravo, rodrigo!Postado em: maio 27th, 2011 | Fazendo arte no diamondmallPostado em: maio 26th, 2011 | La vie en rosePostado em: maio 25th, 2011 | a luz de rodrigoPostado em: maio 24th, 2011 | Com vocês, rodrigo Ladeira!

rodrigo Ladeira tem 21 anos, uma câmera, muitas ideias e nenhum medo de

arriscar. não tem medo nem de ficar na ponta do pé, na beiradinha da Lagoa

da Pampulha, em busca do melhor ângulo. rodrigo tem um jeito tranquilo e

um olhar atento. Conversa e observa com a mesma serenidade e segurança.

Costuma misturar técnicas e também fotografar em câmera analógica, lomo

e polaroide. Voltou há pouco de um curso de 6 meses em nova York e depois

colocou a mochila nas costas pra conhecer a europa. o resultado está aí. imagens

lindas que foram um presente para o blog – e para os olhos dos nossos leitores.

Hélio monteiro é a alegria em pessoa. Prova disso é que ele deu um sorrisão

quando eu sugeri que ele me fotografasse de pijama mesmo. Hélio tem 25

anos e veio do interior de minas para bH pra fazer faculdade e se dividir

entre outras tarefas. seus pais ficaram por lá, mas ele trouxe sua alegria,

espontaneidade e, pelo que pude ver, sua facilidade para fazer amigos. essa

semana foi atípica e cheguei atrasada a simplesmente todas as sessões

de fotos – até mesmo à que seria feita na minha própria casa. e o que

encontrei, sempre, foi um cara disposto e sorridente. e de uma simplicidade

impressionante. Chegou a dizer que se ganhasse o concurso, chamaria os

outros concorrentes para fazer as fotos da exposição “Pais diariamente”, do

diamondmall, em conjunto com ele. “Porque o maior prêmio é te fotografar”,

ele brincou. acho que o Hélio ainda não tem consciência do talento que tem.

Fábio Lamounier começou cedo. aos 13 anos ganhou uma câmera analógica

e aos 15 descobriu a fotografia digital. aos 21 anos, já tem muitos trabalhos

em foto e vídeo. Prefere a luz natural e as imagens menos manipuladas.

seus cliques são registros simples, de pessoas próximas e situações

cotidianas. Fábio faz poesia. só que em vez de caneta ele usa a câmera.

Uma manhã de inverno de um dia comum. Enquanto o mundo gira lá fora, no Parque o ritmo é das plantas, da água, dos peixes. Feliz de quem visita o Parque todas as manhãs.

Cássia Paes tem 45 anos e migrou do direito para a Fotografia porque a

paixão era muita. gosta de fotografar “pessoas, seu ir e vir, suas aflições e

buscas individuais”. a Cássia tem os olhos abertos. não que ela seja realista,

porque isso não é coisa de fotógrafo. além da virtude do olhar, Cássia tem

a qualidade da paciência. Começa cada sessão de fotos como quem semeia

terra boa, já maravilhada com o privilégio daquele cenário ou de determinada

luz que passa a fazer parte da cena. ela não desenha na cabeça o que quer ver.

apenas deseja – e tão ardentemente, que consegue. ao disparar sua câmera

com uma “desesperança” bonita, Cássia é feliz a cada clique. Feliz como

criança. deve ser por isso que a fotografia conquistou um espaço cada vez

maior na vida dela. na vida, na alma, no corpo. aprendi muito com a Cássia.

Luiza Villarroel tem apenas 23 anos e acaba de se formar em Jornalismo.

e quando digo “acaba”, estou sendo literal: no dia em que fotografamos

no Palácio da Liberdade, ela ia defender sua monografia de conclusão de

curso poucas horas mais tarde. mas se não tivesse me contado, eu nunca

saberia. Luiza é discreta, serena, sabe o que quer. dirige a modelo sem

constrangimentos, enquanto seus olhos calados não param de observar.

tudo o que ela vê, já enquadra. de repente, no meio de um papo informal,

Luiza me pede pra parar e saca a câmera. “Fica aí, Cris”. e eu, obediente,

sei que dali virá uma imagem boa. ela tem um cuidado com a composição

de cada foto, como se desenhasse a geometria dos elementos. isso me

impressionou muito. Quando a Luiza ficar famosa, eu vou sentir orgulho..

“Quando chegamos ao Palácio da Liberdade, o funcionário que iria nos acompanhar perguntou se ainda estávamos esperando pela modelo. acostumada a esse tipo de reação, expliquei que a modelo era eu mesma. e lá fui eu posar para fotos num palácio, com a maior postura de princesa.

eu, uma pessoa comum, ou melhor, um tipo exótico (como eu costumava ouvir na adolescência), cabelos curtos, pernas finas, olhos grandes, olheiras, nariz comprido, sorriso imperfeito. mas majestosa, com minha tiara de brilhantes, meu vestido de seda plissado, minha sapatilha de bailarina e um lápis esfumaçado ao redor dos meus enormes olhos – que já foram comparados a desenhos de mangá.

durante as sessões de fotos para o Prêmio Hoje Vou assim novos Fotógrafos, já aconteceu várias vezes de eu pegar pessoas me olhando e ler nos olhos delas a pergunta: “Quem, diabos, essa mulher pensa que é?” e a resposta está aí mesmo: eu penso. Penso que gosto da imagem que eu imprimo na vida, seja ela estática ou em movimento. gosto de ser quem sou, das histórias que vivi, do meu olhar para as coisas e de escrever sobre elas.

gosto desse jeito absurdo de acreditar na vida e nas pessoas. gosto das coisas bonitas. gosto de olhar para o espelho todos os dias e escolher cores, tecidos e formas para me acompanhar nas próximas horas. gosto de parir ideias simples e lindas para vestir, sentir e ser. gosto de sorrir e dar gargalhada. e de me rodear de almas claras e bonitas (como a Luiza) pra fazer essa viagem comigo – até porque são elas que me ajudam a tornar mais leve a bagagem.

Penso que é desse jeito leve que eu gosto de levar a vida. Penso também a quantos lugares já me levou essa minha desfaçatez em fazer pose de modelo. Com esse carão que eu faço há quase quatro anos, cá estou eu seguindo dia a dia, sempre na companhia breve de uma câmera, para depois registrar aquele dia que passou – exatamente para que ele não passe.

e assim os dias que passam são os dias que ficam. e quando alguém me lança um olhar ou uma frase tentando dizer que eu não sou lá essas coisas, tenho um truque: eu simplesmente não acredito. Pra quê?sou a princesa da minha vida (quem mais?). e é com essa princesa que vou viver até o fim dos meus dias.

Cris guerra. em 07/07/2011

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