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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Curso de Graduação em Farmácia-Bioquímica
Impacto metabólico das dietas da moda.
Beatriz de Novaes Boldo
Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia-
Bioquímica da Faculdade de Ciências
Farmacêuticas da Universidade de São Paulo
Orientador:
Professor Dr. Thomas Prates Ong
São Paulo
2020
2
Sumário
Lista de Abreviaturas 3
1 INTRODUÇÃO 5
1.1 TRANSIÇÃO ALIMENTAR 5
1.2 METABOLISMO E BALANÇO ENERGÉTICO 6
1.3 DESBALANÇO ENERGÉTICO E O SURGIMENTO DE DOENÇAS 7
1.4 OBESIDADE: DIAGNÓSTICO, CUSTOS E IMPLICAÇÕES 7
1.5 DIETAS DA MODA E A PERDA DE PESO 11
1.6 FATORES GENÉTICOS RELACIONADOS A OBESIDADE 12
1.7 O TECIDO ADIPOSO E O METABOLISMO 14
2 OBJETIVOS 17
2.1 OBJETIVO GERAL 17
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 17
3 MATERIAIS E MÉTODOS 17
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA 18
3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 18
3.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 18
4 ANÁLISE DOS DADOS 18
5 RESULTADOS 19
5.1 DIETA DASH (REVISITAR) 20
5. 2 DIETA DO MEDITERRÂNEO (REVISITAR) 22
5.3 DIETA PALEOLÍTICA 24
5.4 DIETA GLÚTEN-FREE 26
5.5 JEJUM INTERMITENTE 27
6 DISCUSSÃO 29
7 CONCLUSÃO 35
3
Lista de Abreviaturas
ADA: Amercian Dietetics Association IMC: Índice de Massa Corporal DM2: Diabetes tipo 2 DAC: Doença arterial coronariana HAS: Hipertensão arterial sistêmica. OA: Osteoartrose OMS: Organização Mundial da Saúde SUS: Sistema Único de Saúde ABESO: Associação Brasileira para o estudo da Obesidade de da Síndrome Metabólica TG: Triacilglicerol TNF-α: Fator de Necrose Tumoral alfa lL-6: Interleucina 6 MCP-1: Proteína quimioativa de monócitos e macrófagos SAA: Proteína amiloide A sérica RBP: Proteína ligadora de retinol CETP: Proteína de transferência de colesteril éster PAI-1: inibidor de ativação de plaminogênio VEGF: fator de crescimento endotelial vascular PPAR-gama-2: peroxissoma gama 2 FTO: fat mass and obesity associated ADRB2: Receptor β- adrenérgico 2 MCR-4: receptor da melanocortina-4 Apo-B: Apoliproteína B IL-6: Interleucina 6 IL-8: Interleucina 8 TNF-α: fator de necrose tumoral α TNF-β: fato de crescimento β PCR: proteína C-reativa A T1: Receptor da angiotensina II ECA: Enzima de conversão da angiotensina TNFα: Fator de necrose tumoral-α PAI-1: Inibidor do ativador do plasminogênio 1 SNS: Sistema Nervoso Simpático Dash- Dietary Approaches to Stop Hypertension PA: Pressão arterial HAS: Hipertensão Arterial Sistêmica
4
RESUMO
BOLDO, B. N. Impacto metabólico das dietas da moda. 2019. Trabalho de
Conclusão de Curso de Farmácia-Bioquímica- Faculdade de Ciências
Farmacêuticas – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2019.
Palavras-chave: “Obesidade”, “Dieta Dash”, “Jejum intermitente”,
“Impacto metabólico das dietas”, “síndrome metabólica”, “dietas da
moda”, “Dieta low carb”, “Dieta Glúten Free”, ”nutrigenômica”.
RESUMO
Esta revisão possui como objetivo analisar os efeitos metabólicos das
dietas da moda que promovem emagrecimento rápido, e as suas
consequências ao organismo. Para tanto o estudo pretende reunir dados
acerca da Dieta Mediterrânea, Jejum Intermitente, Dieta “Glúten Free” ou
Dieta Celíaca e Dieta Paleolítica, em comparação com a Dieta Dash,
determinada como uma dieta padrão ouro.
O trabalho será realizado por meio de compilação da literatura
científica e dados numéricos e estatísticos obtidos de “sites” oficiais. A
seleção dos artigos será realizada, inicialmente, por uma leitura prévia do
resumo, a fim de verificar sua relação com o tema, para então proceder a
leitura do artigo na íntegra. Os artigos disponíveis serão obtidos nas bases
de dados informatizadas para publicações: Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online – MEDLINE, Nacional Center for Biotechnology
Information – NCBI, Science Direct e ResearchGate.
Em todas as dietas estudadas neste trabalho a perda de peso é um
ponto crucial para os desfechos dos estudos e ocorre devido à restrição
energética. O acompanhamento de pacientes obesos como uma
intervenção multidisciplinar personalizada traz resultados mais efetivos na
perda de peso e qualidade de vida do indivíduo.
Para o tratamento da obesidade é correto afirmar que dietas
hipocalóricas, balanceadas e individualizadas, considerando o estilo de vida
5
e as preferências alimentares do paciente e que proponham uma
reeducação alimentar, promovem resultados mais eficazes e duradouros.
Devido ao alto índice de adesão, a dieta Dash em comparação as
outras dietas, parece ser uma ótima alternativa para redução e manutenção
de peso a longo prazo.
1 INTRODUÇÃO
A alimentação exerceu um papel importante no processo de
evolução da humanidade. Atividades como, a domesticação das plantas, o
cozimento dos alimentos e a ingestão de produtos advindos da caça foram
determinantes para a sobrevivência e perpetuação da espécie (TELES;
BELO; SILVA, 2017).
1.1 TRANSIÇÃO ALIMENTAR
A partir do século passado, eventos como a expansão da
industrialização e o aumento da urbanização, provocaram alterações na
nutrição e no comportamento da população. Ocorreu um aumento no
consumo de alimentos com alta densidade energética, no consumo de
carnes e laticínios ricos em gordura. Em contrapartida, decresceu o
consumo de cereais, frutas, verduras e legumes. Já em relação ao
comportamento, esses eventos contribuíram para o aumento do
sedentarismo entre a população, que associado a má alimentação
proporciona um enorme desequilíbrio energético. (PINHEIRO et al., 2004;
MARIATH et al., 2007).
6
O escopo da mudança nutricional não abrange apenas fatores físicos,
mas também fatores relacionados a aspectos econômicos, sociais e
ambientais (POPKIN, 2012)
1.2 METABOLISMO E BALANÇO ENERGÉTICO
O metabolismo é definido por um conjunto de reações bioquímicas,
responsáveis por proporcionar energia para a manutenção das funções
biológicas do organismo. Essa energia é proveniente dos alimentos,
especificamente dos grupos de fonte energética, que são os carboidratos,
os lipídios e as proteínas. Esse processo de conversão de energia, possui
uma fina regulação, quando a energia é adquirida em excesso a mesma é
“estocada” (anabolismo) e utilizada quando demandada (catabolismo)
(EVANS; HEATHER, 2019).
Para manutenção da homeostase celular, todos os organismos vivos
gastam energia. O consumo desta energia é organizado em três partes:
energia gasta em repouso, que corresponde por 60-75% do consumo
energético diário total, a energia térmica proveniente dos alimentos é
responsável por 10% e a prática de atividade física, correspondendo em
média de 15-30%. A quantidade de energia mínima necessária para manter
as funções fisiológicas em repouso é chamada de Taxa Metabólica Basal
(TMB). Sendo assim, a TMB auxilia no fornecimento de um suporte
nutricional adequado e determina as necessidades calóricas para o balanço
energético. (ANTUNES et al. 2005)
Dessa forma, se o gasto energético diário basal, for menor que a
ingestão calórica, ocorrerá um excesso energia. A energia excedida pode
7
ser convertida em gordura e estocada, desencadeando no aumento da
massa corporal e consequentemente levando a um excesso de peso
(FRANCISCH et al.,2000).
1.3 DESBALANÇO ENERGÉTICO E O SURGIMENTO DE DOENÇAS
Mudanças no padrão alimentar têm se mostrado um fator
determinante para crescimento da prevalência de Doenças Crônicas Não-
Transmissíveis (DCNT’s) e obesidade, conhecido pelo duplo ônus entre
desnutrição e obesidade (Institute of nutrition and Food Science-
Bangladesh.
O aumento de peso promove aumento da circunferência abdominal,
e está associado com diversas doenças crônicas não-transmissíveis, como
distúrbios metabólicos e riscos cardiovasculares como dislipidemias,
hipertensão arterial e diabetes mellitus e a obesidade (Mariah et al. 2007)
1.4 OBESIDADE: DIAGNÓSTICO, CUSTOS E IMPLICAÇÕES
A Obesidade foi descrita como doença crônica associada ao excesso
de gordura corporal (acúmulo de tecido adiposo localizado ou
generalizado), com etiologia complexa e multifatorial, resultado da
interação de estilo de vida, genes e fatores emocionais. (MANCINI et al.
2015).
O diagnóstico do estado nutricional de adultos é determinado a partir
do Índice de Massa Corporal (IMC), obtido através da divisão do peso,
medido em quilogramas, pela altura ao quadrado, medida em metros
(kg/m2) (WHO, 2000). De acordo com a Organização Mundial da Saúde
8
(OMS) o excesso de peso é diagnosticado quando o IMC alcança valor igual
ou superior a 25 kg/m2, enquanto que a obesidade é diagnosticada com
valor de IMC igual ou superior a 30 kg/m2.
Figura 1- Gráfico 1- Classificação segundo a OMS A partir do IMC.
Nos últimos anos, a obesidade vem sendo considerada o problema
nutricional de maior ascensão entre a população, sendo esta considerada
uma epidemia mundial (HALES, 2017). Em um estudo envolvendo mais de
16 mil pessoas (National Health and Nutrition Examination Study III
(NHANES III) mostrou que o desenvolvimento da patologia está
intimamente associado a uma série de alterações metabólicas, e a
predisposição de outras patologias como: diabetes tipo 2 (DM2), doença da
vesícula biliar, doença arterial coronariana (DAC), hipertensão arterial
sistêmica (HAS), osteoartrose (OA) e de dislipidemia (NHANES II, 2004).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a obesidade é um
dos maiores problemas de saúde pública no mundo, em 2025 estima-se que
o número de adultos com sobrepeso possa chegar em 2,5 milhões e mais
de 700 milhões de obesos. O número de crianças com sobrepeso e
9
obesidade no mundo pode chegar a 75 milhões, no mesmo ano. (ABESO-
associação brasileira para controle do sobrepeso e obesidade, 2009).
No Brasil, a obesidade também se encontra em crescimento. Alguns
levantamentos apontam que mais de 50% da população está acima do
peso. Estima-se que até 2050, quase 70% dos adultos brasileiros poderiam
estar acima do peso se o presente as tendências são sustentadas. (Conde
e Monteiro, 2014) Nutrition transition and double burden of undernutrition and excess of
weight in Brazil1–4
Uma pesquisa do Ministério da Saúde realizada em 2017, mostra que
em dez anos o excesso de peso cresceu 26,3%, passando de 42,6% em 2006
para 53,8% em 2016. No país a frequência de adultos obesos também
cresceu em dez anos, passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016,
não tendo diferença significante entre os sexos. (VIGITEL 2016).
Na Figura 2, o gráfico mostra a frequência da obesidade ao longo
de dez anos, separado por sexo.
Adaptado de VIGITEL 2016.
Figura 2- Gráfico 2- Índice de obesidade ao longo de dez anos, por
sexo. Adaptado de VIGITEL 2016.
Segundo o DATASUS, o número de mortes por complicações com
relação direta à obesidade, chegou a triplicar em um período de dez anos.
No ano de 2001, foi estimado o número de 808 óbitos relacionados à
10
doença. Dez anos depois temos o dado de 2.390 óbitos, estimando-se um
crescimento de 196%. Caso fosse consideradas as vítimas indiretas, aquelas
relacionadas a DM2, doenças cardiovasculares, dislipidemias e etc., este
número seria ainda maior (DATASUS, 2011).
Estima-se que os custos médicos anuais relacionados à patologia nos
EUA chegam a US$ 147 bilhões para o tratamento de indivíduos adultos e
US$ 14,3 milhões para crianças e adolescentes obesos, a perda de
produtividade decorrente do absenteísmo e morte prematura somam
aproximadamente US$ 66 bilhões ao ano. (FINKELSTEIN EA et al. 2009). No
Reino Unido, os custos diretos do sobrepeso e obesidade somaram £ 3,23
bilhões em 2007, o que foi equivalente a aproximadamente 5% dos gastos
do Sistema Nacional de Saúde. (ALLENDER et al. 2007).
Bahia e colaboradores demonstraram os custos médicos
relacionados ao tratamento ambulatorial e hospitalar de doenças
associadas ao sobrepeso e à obesidade entre os anos de 2008 a 2010.
Estimou-se que o SUS gasta anualmente cerca de R$ 3,6 bilhões com o
tratamento dessas doenças, sendo R$ 2,4 bilhões com o tratamento
hospitalar (68%) e R$ 1,2 bilhões (32%) com o tratamento ambulatorial
(Figura 1). Doenças cardiovasculares foram responsáveis por 67% dos
custos relacionado à obesidade, seguido pelo tratamento do câncer. (BAHIA
et al 2012).
Figura 3- Custos do SUS com o tratamento ambulatorial e hospitalar com
as doenças relacionadas à obesidade (média dos anos de 2008 a 2010).
11
(BAHIA) et al., 2014.
1.5 DIETAS DA MODA E A PERDA DE PESO
Como destacada anteriormente, o excesso de peso é considerado um
problema de saúde pública e afeta negativamente a vida de um indivíduo
(IBGE, 2010). A manutenção de um peso, tanto pela saúde quanto pela
estética, dentro de uma faixa considerada normal, tem causado
preocupação na população, principalmente na parcela feminina e a sua
insatisfação corporal. (ALVARENGA et al. 2010).
Visto que, a maneira mais eficaz para a perda de peso é a redução
calórica combinada com aumento do gasto energético (FRANZ et al. 2007).
Vem-se aumentando a adoção de dietas restritivas, que promovem uma
rápida perda de peso. Essas dietas, classificadas como “dietas da moda”
vêm fortemente se difundindo através dos meios de comunicação em
massa (GARCIA, 1992; D’ ÁVILA et al. 1999). Entre as dietas da moda se
encontram a dieta Dash, a dieta do mediterrâneo, a dieta paleolítica, a dieta
glúten free e o Jejum intermitente.
12
A Dieta dash possui planos alimentares e orientações flexíveis, pouco
restritivos, compatíveis aos hábitos, cultura e ao estilo de vida da população
(TAYSON et al, 2012). Outras dietas que também se baseiam no estilo de
vida, é a dieta do mediterrâneo (LACATUSU et al, 2019) e a dieta
paleolítica. A primeira contém alto consumo de cereais, frutas e hortaliças.
A segunda, prioriza a ingestão de carne magra advinda de pasto livre,
legumes não cultivados, raízes, ovos e nozes, e a exclusão completa de
refinados grãos de cereais, laticínios, gorduras refinadas e açúcares.
(KONNER et al, 2010).
Já a dieta glúten free, atua na restrição da ingestão de glúten e
consequentemente também de carboidratos, e sem a restrição do consumo
de gordura (NILAND; CAST 2018). A dieta do Jejum intermitente, propõe a
abstinência de alimento por períodos alongados e assim uma maior
restrição calórica (CABO; MATTSON 2019).
Sendo assim, considerando a epidemiologia da Obesidade no mundo
e a difusão da prática de dietas restritas como ferramenta para a perda de
peso. Se faz necessário analisar os impactos ocasionados pelas dietas da
moda, especificamente das dietas Dash, paleolítica, mediterrânea, glúten
free e do jejum intermitente sobre o metabolismo dos indivíduos.
1.6 FATORES GENÉTICOS RELACIONADOS A OBESIDADE
Os genes contêm todas as informações biológicas necessárias para
manter e construir um organismo vivo. Eles são responsáveis pela formação
de proteínas, enzimas, hormônios e etc, em resposta a sinais metabólicos,
13
que podem ser provenientes da dieta, os genes podem ser desativados ou
ativados (Academy of nutrition and diabetics, 2004).
A genômica nutricional engloba nutrigenética, nutrigenômica e
epigenômica nutricional e tudo o que envolve a interação de genes e
nutrientes revelando resultados fenotípicos, incluindo o risco de doença,
como a obesidade. (BARNES 2008).
A nutrigenética é a individualização da variação genética
influenciando o estado de saúde e risco de doença. A nutrigenômica
engloba as interações entre componentes alimentares e o genoma. E a
epigenômica nutricional refere-se a influência da dieta nas mudanças de
expressão gênica sem alteração no DNA sequencial. (ELLIOTT 2002).
A manutenção de peso e de gordura corporal têm interferência dos
genes. (MARTINEZ et al. 1996). Segundo Bouchard e colaboradores, o
balanço energético entre a energia ingeria e o gasto energético pode estar
relacionado de 20- 40% com a herança genética. (BOUCHARD et al. 1996)
Van Ommen estudou o efeito da variação genética na interação entre
dieta e doença e sugeriu que a genômica nutricional é um fator importante
para o desenvolvimento da obesidade, mostrando como este fator pode
influenciar nas vias de homeostase metabólica. (VAN OMMEN, 2004)
Estudos mostram que a presença de alterações metabólicas
(resistência à insulina, dislipidemia, hipertensão, alterações trombogênicas,
hiperuricemia) na infância e adolescência podem contribuir para o
desenvolvimento da obesidade, já que estudos longitudinais clássicos
mostram uma forte associação entre o excesso de peso nas primeiras
décadas de vida e a alta taxa de morbimortalidade na vida adulta por
doenças cardiovasculares (OLIVEIRA, et al. 2004).
14
Os polimorfismos genéticos também podem estar associados ao
desenvolvimento da obesidade, principais interações entre polimorfismos
genéticos e a dieta para obesidade são: Interleucina-6 (IL-6) relacionado ao
consumo energético, receptor ativado por proliferador peroxissoma gama
2 (PPAR-gama 2) e fat mass and obesity associated (FTO) com consumo de
gorduras; receptor b- adrenérgico 2 (ADRB2) e receptor da melanocortina-
4 (MCR4). (STEEMBURG et al. 2009).
Apesar da decodificação do DNA, ainda não somos capazes de
efetivamente aproveitar as informações contidas em nossos genomas, para
fazer uma dieta e personalizada com a finalidade de prevenção de doenças
relacionadas a nutrição, pois ainda é necessária integração entre várias
disciplinas para que isto aconteça. (ORDOVAS et al. 2004).
1.7 O TECIDO ADIPOSO E O METABOLISMO
Durante alguns anos acreditou-se que o tecido adiposo era apenas
um tecido inerte, dedicado ao armazenamento de gordura e isolamento
térmico, porém este conceito mudou e hoje sabemos que é um órgão
metabolicamente dinâmico, com diversas funcionalidades, como:
contribuição na resposta imune e inflamatória, de reprodução e função
endócrina sendo capaz de sintetizar uma série de compostos
biologicamente ativos que regulam a homeostase metabólica (OTTAVIANI
et al. 2011).
Esse tecido é constituído não apenas por adipócitos, mas também de
outros tipos de células chamadas fração de estroma vascular,
compreendendo as células sanguíneas, células endoteliais, células
15
precursoras adiposas, células do sistema imunológico, entre outras (SAELY
et al. 2010).
Este órgão têm a capacidade de produzir e secretar substâncias
biologicamente ativas denominadas adipocitocinas, dentre as quais não são
apenas citocinas, mas também substâncias de natureza enzimática,
hormônios e fatores de crescimento. As adipocitocinas agem de maneira
pleiotrópica, tendo auto- efeito paracrílico nos adipócitos, embora também
tenham efeito endócrino em outros tecidos e órgãos. Além disso, possuem
a capacidade de modular o sistema imunológico (RYCZEK et al. 2011). Sendo
reconhecido como um órgão importante, participando da regulação de
várias funções biológicas (COELHO et al. 2013).
É responsável por regular o apetite, o gasto energético, a
sensibilidade periférica à insulina, a capacidade oxidativa, a absorção de
lipídeos em tecidos não adiposos, como coração, fígado, células beta
pancreáticas e músculo-esquelético. (GRAY et al. 2007).
Durante o período de oferta de alimentos, quando há necessidade de
armazenamento de gordura, os pré-adipócitos diferenciam-se em
adipócitos maduros, sendo estes capazes de sintetizar e armazenar
triacilglicerol (TG). Já em casos de jejum, estas células possuem a
capacidade de hidrolisar e liberar os triacilgliceróis em forma de ácidos
graxos livres e glicerol, gerando energia para o organismo (HOSEN et al.
2006).
Spaldign e colaboradores, observaram que o número de adipócitos é
constante durante a fase adulta, e este é um determinante para a produção
de massa gorda e consequentemente propensão a desenvolver a
16
obesidade. Este é um indício de que o número de adipócitos é definido
durante a infância e adolescência. (SPALDIN et al. 2008).
Os principais mecanismos envolvidos com doenças relacionadas à
obesidade como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer e
hiperlipedemia estão relacionadas à hipersecreção de adipocinas
prejudiciais como o Plasminogen Activator Inhibitor-1 (PAI-1), TNF- α e/ou
a hiposecreção das adipocinas benéficas, como a adiponectina.
Adaptado de Leite L.D. et al. Obesidade: uma doença inflamatória. Revista
Ciência & Saúde, Porto Alegre, v. 2, n. 2, p. 85-95, jul./dez. 2009
Figura 3- principais adipocinas e suas categorias funcionais.
Embora as adipocinas estejam agrupadas didaticamente em
categorias distintas, suas ações ocorrem de forma integrada, ocasionando
a participação do TAB na homeostase energética, na imunidade, na
resposta inflamatória, na sensibilidade insulínica, na angiogênese e na
pressão sanguínea. TNF-α: Fator de Necrose Tumoral alfa; lL-6: Interleucina
6; MCP-1: Proteína quimioativa de monócitos e macrófagos; SAA: Proteína
amilóide A sérica; RBP: Proteína ligadora de retinol; CETP: Proteína de
transferência de colesteril éster; PAI-1: inibidor de ativação de
plasminogênio; VEGF: fator de crescimento endotelial vascular.
17
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Esta revisão analisar os efeitos metabólicos das dietas da moda que
promovem emagrecimento rápido e as suas consequências ao organismo.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
● O estudo pretende reunir dados acerca da Dieta Mediterrânea,
Jejum Intermitente, Dieta “Glúten Free” ou Dieta Celíaca e Dieta
Paleolítica, em comparação com a Dieta Dash, determinada como
uma dieta de padrão ouro.
● Analisar os impactos promovidos por essas dietas no metabolismo
dos grupos estudados;
● Identificar as vantagens e desvantagens das mesmas no processo de
emagrecimento e na manutenção da saúde;
3 MATERIAIS E MÉTODOS
18
O trabalho será realizado por meio de compilação da literatura
científica e dados numéricos e estatísticos obtidos de “sites” oficiais. A
seleção dos artigos será realizada, inicialmente, por uma leitura prévia do
resumo, a fim de verificar sua relação com o tema, para então proceder a
leitura do artigo na íntegra. Os artigos disponíveis serão obtidos nas bases
de dados informatizadas para publicações: Medical Literature Analysis and
Retrieval System Online – MEDLINE, Nacional Center for Biotechnology
Information – NCBI, Science Direct e ResearchGate.
3.1 ESTRATÉGIA DE PESQUISA
Nas bases de dados anteriormente citadas, a estratégia foi a pesquisa
individual ou em combinação dos seguintes termos: “Obesidade”, “Dieta
Dash”, “Jejum intermitente”, “Impacto metabólico das dietas”, “síndrome
metabólica”, “dietas da moda”, “Dieta low carb”, “Dieta Glúten
Free”, ”nutrigenômica”.
3.2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
A seleção dos artigos utilizados no trabalho teve como critérios de
inclusão ano de publicação, sendo considerados aqueles publicados, no
período de 1990 a 2019. Além disto, foram considerados os artigos
publicados nos idiomas português e inglês.
3.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Foram excluídos os artigos publicados que não se enquadraram o
período mencionado anteriormente, aos critérios listados no item anterior
e aqueles não relacionados ao escopo do trabalho que não se agregariam
conteúdo a outro artigo referenciado, tratando de um mesmo tema.
4 ANÁLISE DOS DADOS
19
Analisou-se um conjunto de dados científicos sobre os efeitos das dietas
da moda ao metabolismo, em contrapartida comparou-se os efeitos aos
efeitos à dieta padrão ouro, dieta Dash.
5 RESULTADOS
Dietas da “moda” surgem a cada dia como alternativas milagrosas
para o tratamento da obesidade, promovendo a perda rápida de peso, em
decorrência da restrição alimentar, o que pode acarretar no
desbalanceamento nutricional. (MARANGONI; MINIGLIA 2017).
Os meios de comunicação desempenham uma alta influência na
forma como o indivíduo enxerga seu corpo, pois constantemente divulgam
estratégias para a perda de peso por meio de textos convincentes e
modelos magros, incentivando a insatisfação corporal e o comportamento
alimentar restritivo. (SANTOS 2010)
Estudos mostraram que a publicidade incentiva a perda de peso,
limitando-se ao anseio de um corpo padronizado pela sociedade como
sendo belo, que seria o corpo magro, sem se importar com os riscos à
saúde. Os grupos mais atingidos são pertencentes ao sexo feminino e os
indivíduos com excesso de peso. Dados do Instituto Brasileiro de Opinião
Pública e Estatística (IBOPE) afirmam que 40% das mulheres estão
realizando algum tipo de modificação do padrão alimentar, visando a perda
de peso, enquanto 29% dos homens fazem a mesma afirmação. (IBOPE
2010).
20
5.1 DIETA DASH
Os primeiros achados publicados sobre a dieta DASH foram de Appel
et al. em 1997, que realizaram ensaio clínico para testar o efeito de três
padrões alimentares nos níveis de Pressão Arterial.
O estudo distribuiu aleatoriamente 459 indivíduos adultos e
saudáveis em três diferentes grupos para receberem, por oito semanas: a)
dieta controle americana: rica em grãos refinados, produtos lácteos com
gorduras, carnes, açúcar, poucas frutas, nozes, verduras e vegetais; b) dieta
rica em Frutas e Verduras (FV); e c) dieta DASH: rica em FV, carnes magras,
produtos lácteos com pouca gordura, cereais integrais, nozes e reduzida em
gordura total, saturada e colesterol (APPEL et al. 1997).
Como resultado, os pesquisadores encontraram que a dieta FV
reduziu a pressão arterial sistólica (PAS) em 2,8 mmHg (p<0,001) e a pressão
arterial diastólica (PAD) em 1,1 mmHg (p<0,07), enquanto a dieta DASH
reduziu a PAS em 5,5 mmHg e a PAD em 3,0 mmHg (p<0,001), ambas em
relação ao grupo controle. Considerando somente os indivíduos com HA
leve (n=133), a dieta DASH foi capaz de reduzir a PAS em 11,4 mmHg e a
PAD em 5,5 mmHg (p<0,001), em relação aos controles. O estudo concluiu
que a dieta DASH pode ser uma estratégia eficiente para reduzir e tratar a
HA. (APPEL et al. 1997).
Desde o ano de 2006 que a Diretriz Brasileira de Hipertensão
recomenda a dieta Dash como parte do tratamento não farmacológico da
Hipertensão Arterial, possuindo esta recomendação I e nível de evidência
A.
Um estudo mostrou que com um alto grau de adesão, a dieta reduziu
em 14% o desenvolvimento de Hipertensão. (HANSSON et al. 1999)
21
A dieta Dash também foi avaliada em adição a prática de exercícios
físicos através de um estudo realizado em 2010, randomizado e controlado,
com duração de 8 semanas, realizado em 144 homens e mulheres
saudáveis, mas com sobrepeso com PA acima do normal, com idade de 35
anos ou mais, índice de massa corporal de 25 a 40 (calculado como peso em
quilogramas dividido pela altura em metros ao quadrado). Dividido em três
grupos (A- composto por pacientes com Dieta dash mais programa de
exercícios físicos; B- composto por pacientes com apenas a dieta DASH; C-
composto por pacientes com dieta usual.) Obteve como resultado uma
perda de peso de -8,7 kg no grupo A, –0,3 kg no grupo B e 0,9 kg no grupo
C. (BLUMENTHAL, 2010)
Outro estudo, randomizado controlado, com duração de 6 meses e
116 participantes com síndrome metabólica. Três dietas foram prescritas:
uma dieta controle, uma dieta para redução de peso enfatizando escolhas
alimentares saudáveis e e a dieta DASH com redução de calorias e aumento
do consumo de frutas, vegetais, laticínios com baixo teor de gordura e grãos
inteiros e menor teor de gordura saturada, gordura total e colesterol e
restrita a 2.400 mg de Na. Os pacientes que seguiram a prescrição da dieta
DASH obtiveram resultados significativos em relação a perda de peso (16 e
15 kg) entre homens e mulheres, respectivamente (todos P= 0,001), em
maior HDL colesterol (7 e 10 mg / dl), redução de triglicerídeos (18 e 14 mg
/ dl). (AZADBAKHT et al, 2005)
Um dos principais pontos fortes desta dieta é devido ao seu alto grau
de adesão, pois sugere planos alimentares e orientações flexíveis, pouco
22
restritivas, compatíveis aos hábitos, cultura e ao estilo de vida da
população, com objetivos claros, direcionados para mudanças graduais,
com monitoramento frequente de uma equipe multiprofissional de saúde.
(BRICARELLO, et al. 2018)
5. 2 DIETA DO MEDITERRÂNEO
Originária de países banhados pelo mar mediterrâneo e baseada nos
hábitos e costumes de uma população, em termos nutricionais a dieta é
bastante rica e complexa.
Em 1995, WILLETT e colaboradores fizeram um estudo sobre padrões
alimentares, que demonstrou que a população do mediterrâneo tinha
menores índices de doenças crônicas não transmissíveis e mortalidade por
problemas cardiovasculares e consequentemente a este fatores uma maior
expectativa de vida adulta. (WILLETT et al. 1995)
A dieta dos países mediterrâneos é baseada no alto consumo de
frutas, hortaliças verdes e amarelas, cereais, leguminosas (grão de bico,
lentilha), oleaginosas (amêndoas, azeitonas, nozes), peixes, leite e
derivados (iogurte, queijos), vinho e azeite de oliva. Há um baixo consumo
de carnes vermelhas, gorduras de origem animal, produtos industrializados
e doces (ricos em gordura e açúcar refinado). Essa dieta é pobre em ácidos
graxos saturados, rica em carboidratos complexos e fibras e tem alta
concentração de ácidos graxos monossaturados (GONZALES; CALVO 2016).
A dieta do mediterrâneo não é apenas rica e variada, mas também
inclui uma notável combinação de fatores benéficos, com os antioxidantes
além, de limitar-se no conteúdo de sódio e possuir baixa quantidade de
gordura trans. (HARVARD TH CHAN)
23
É reconhecida por ser cardioprotetora e também por reduzir o risco
de alguns tipos de câncer. A provável explicação para esta proteção é
relacionada ao baixo consumo de gorduras saturadas e polisaturadas e
elevado consumo de gorduras monossaturadas ricas em ômega-3, fibras,
antioxidantes naturais, e vitaminas do complexo B (LORGERIL et al., 1998).
O vinho também parece ser um componente essencial responsável
pela menor incidência de Doença Cardíaca Coronária nas populações
mediterrâneas. Isto porque, acredita-se que o etanol diminua diacilglicerol-
DAC, aumentando as concentrações do agente cardioprotetor da
lipoproteína, colesterol HDL e reatividade de plaquetas (SALEN; LORGERIL,
1999).
Em um estudo realizado em 2010, com duração de 12 meses e
inclusão 85 pacientes diabéticos com excesso de peso (idade média de 55
anos, índice de massa corporal médio 31,4 kg / m2) que foi prescrita a dieta
mediterrânea e após o fim do estudo, houve como desfecho a perda de
peso média para todos os pacientes foi de 10,1 kg. A redução na HbA1c,
aumento do colesterol HDL aumentoue redução no TG sérico. (ELHAYANY
2010)
Esposito e colaboradores demonstraram em estudo de centro
único, randomizado com 215 pessoas com sobrepeso com diagnóstico
recente de tipo 2 diabetes que nunca foram tratados com medicamentos
anti hiperglicêmicos e tinham níveis de hemoglobina A1c (HbA1c) inferiores
a 11%, comparou os efeitos de uma dieta do estilo mediterrâneo ou dieta
com baixo teor de gordura. Após um ano de estudo, demonstrou uma perda
de 6,2 kg (±3.2 kg) para os pacientes que estavam seguindo a dieta
mediterrânea e uma perda de 4,2 kg (± 3.5 kg) para os pacientes que
24
estavam na dieta com baixo teor de gordura, níveis de glicose e redução de
triglicérides.
Após 4 anos, os pacientes atribuídos à dieta de estilo mediterrâneo
perderam mais peso e experimentaram maiores melhorias em alguns
controle glicêmico e medidas de risco coronariano do que aqueles
atribuídos à dieta com baixo teor de gordura. (ESPOSITO 2009).
Uma revisão sistemática que examinou o efeito da dieta
mediterrânea na perda de peso e níveis de fator de risco cardiovascular em
indivíduos com sobrepeso ou obesos tentando perder peso, demonstrou
uma em uma maior perda de peso da dieta mediterrânea quando
comparada com as de baixo teor de gordura. Porém quando comparamos
com outras dietas, não vemos diferenças significantes em relação a perda
de peso e outros benefícios para saúde como, melhora dos níveis de
triglicerídeos como bem como produzem mudanças semelhantes na
pressão arterial, índice de lipídeos e outros benefícios a saúde (MANCINI
2015)
5.3 DIETA PALEOLÍTICA
A dieta paleolítica foi baseada na estimativa de alimentos ingeridos
durante a Era Paleolítica. Este tipo de dieta inclui carne magra de animais
que pastavam, mariscos vindos da pesca, frutas, legumes não cultivados,
raízes, ovos e nozes, enquanto exigiam a exclusão completa de refinados
grãos de cereais, laticínios, gorduras refinadas e açúcares. (KONNER et al,
2010).
Não se sabe ao certo sobre a alimentação os homens paleolíticos,
mas estima-se que a distribuição média de energia de macronutrientes era
25
de 22-40% carboidratos, 19-35% de proteína e 28-58% de gordura.
(CHAUVEAU, et al. 2018).
Osterdahal et al. Estudou 14 voluntários saudáveis durante 3
semanas com a dieta paleolítica, os resultados comparado aos valores
basais, o consumo de energia reduziu 36% com a ingestão de gordura,
especialmente gordura saturada, e carboidratos diminuíram
significativamente. No final do estudo, houve uma diminuição média de 2,3
kg, 0,8 kg /m2 e 1,5 cm no peso corporal, IMC e circunferência da cintura,
respectivamente, a pressão arterial sistólica foi levemente reduzida em 3
mm Hg. (OSTERDAHAL et al. 2008)
Outro estudo metabolicamente controlado realizado em 9
voluntários saudáveis sedentários não obesos, comparou a dieta paleolítica
com uma dieta habitual. Depois de apenas 10 dias em uma dieta do tipo
paleolítica, os níveis de colesterol total, colesterol LDL e triglicerídeos foram
reduzidos em 16%, 22% e 35%, respectivamente. Insulina em jejum
diminuiu 68% e a área de insulina sob curva durante o período. O teste oral
de tolerância à glicose de 2 horas foi reduzido em 39%. Significativa redução
da pressão arterial sistólica (-2,6 mmHg) e diastólica (-3,4mmHg) foram
observados associados à melhora da pressão arterial distal, essas alterações
não estão relacionadas ao peso corporal. Concluiu-se que mesmo o
consumo de curto prazo da dieta paleolítica melhorou os fatores de risco
metabólico (FRASSETTO, et al. 2009)
Um terceiro estudo, também não controlado, realizado em 10
mulheres saudáveis pós-menopausa com um IMC> 27kg / m2 em uma dieta
do tipo paleolítica. Cinco semanas depois, a ingestão média de energia
diminuiu 25% com uma perda de peso de 4,5 kg, cintura e as circunferências
26
dos quadris foram significativamente reduzidas pressão: - 7mmHg. Glicemia
em jejum (-6%), insulina em jejum (-19%), colesterol total (-19%), colesterol
LDL (-23%), os níveis de triglicerídeos (-37%) e os índices HOMA foram
reduzidos, mas sensibilidade à insulina em todo o corpo permaneceu
inalterada, e 49% de redução de triglicerídeos do fígado avaliados por
espectroscopia de ressonância magnética de prótons.
Apesar dos estudos mostrarem que os homens paleolíticos eram
magros, e livres de sinais e sintomas de doenças crônicas, ainda há uma
escassez de dados de pesquisa que mostrem efetivamente o benefício da
dieta.
5.4 DIETA GLÚTEN-FREE
Em decorrência da popularidade da doença celíaca, e de divulgações
da mídia de dietas que visam o emagrecimento, atraiu muitos adeptos não
celíacos. A doença celíaca trata-se de uma doença auto-imune, causada
pela intolerância à ingestão de glúten, com obtidos em em cereais, trigo,
centeio entre outros, em pessoas que possuem predisposição genética,
desencadeando uma resposta inflamatória, onde a células imunes atacam
a própria mucosa do intestino delgado, podendo levar a atrofia das
vilosidades intestinais, comprometendo a absorção de macro e
micronutrientes importantes. (SILVA et al. 2010)
A prevalência é estimada em torno de 1:100 na população em geral
(AGA 2006). A doença celíaca (DC) é uma intolerância à ingestão de glúten,
contido em cereais como cevada, centeio, trigo e malte, em indivíduos
geneticamente predispostos, caracterizada por um processo inflamatório
que envolve a mucosa do intestino delgado, levando a atrofia das
vilosidades intestinais, má absorção de ingredientes importantes para o
metabolismo do organismo. É caracterizada por diarreia crônica,
27
geralmente com distensão abdominal e perda de peso. Estes sintomas são
frequentemente associados com perda de gordura subcutânea, atrofia dos
músculos dos glúteos, anorexia, instabilidade emocional (irritabilidade ou
apatia), vômitos e anemia. (SBAN).
5.5 JEJUM INTERMITENTE
O jejum intermitente é baseado em abstinência de alimento por
períodos mais longos do que o típico, geralmente leva à restrição
energética, que não necessariamente é mantida diariamente. (TINSLEY et
al, 2015).
Esta dieta pode ser separada em 3 principais categorias: jejum de dias
alternados, jejum de um dia inteiro e alimentação com restrição de tempo.
(TINSLEY et al, 20015).
● Dia alternado: envolve alternar entre dias de alimentação normal e
dias de jejum, que consiste em uma única que contém apenas 25%
das necessidades calóricas diárias normais;
● Jejum de um dia inteiro: consiste de 1 a 2 dias de jejum completo por
semana. Em que as pessoas comem 400-600 kcal/dia em dois dias de
jejum por semana e têm uma dieta normal nos outros dias;
● Alimentação com restrição de tempo: É estipulado um tempo de
jejum, por exemplo 12 horas, onde há restrição alimentar completa
e só é permitido comer nas 12 horas restantes, mantendo este
racional todos os dias.
Estas categorias vêm se popularizando e sofrendo outras adaptações.
28
Em 2007, Varady e Hellerstein revisou estudos em roedores de jejum
de dias alternados, concluiu que esse jejum foi tão eficaz quanto a simples
restrição calórica na redução do peso corporal associado à obesidade e
concentrações de insulina e glicose em jejum. (VARADY et al. 2007)
Além disso, outros estudos mostraram que o jejum pode reduzir as
concentrações totais de colesterol plasmático e triglicerídeos (TG), reduzir
a esteatose hepática e a expressão de genes inflamatórios e ter efeitos
benéficos no risco de câncer fatores, como a proliferação celular.
(GOTTHARDT et al. 2016; JOSLIN et al. 2017; YANG et al. 2007).
De acordo com a revisão feita por Patterson e Sears em 2017, que
tinha o objetivo de fornecer uma visão geral das dietas de jejum
intermitente, resumir as evidências sobre os benefícios de saúde do jejum
intermitente e discutir mecanismos fisiológicos. Mostrou que regimes de
jejum intermitentes não são prejudiciais fisicamente ou mentalmente (ou
seja, em termos de humor) em peso saudável, normal, excesso de peso ou
obesidade adultos.
Em um estudo feito com roedores, o jejum intermitente mostrou
prolongamento de vida útil a este animais e aumento da resistência à
doenças relacionadas a idade. Além disso, demonstrou melhoras das
funções cardiovasculares e cerebrais e melhora de vários fatores de risco
para a doença arterial coronariana e acidente vascular cerebral. Neste
mesmo estudo, mostrou que roedores mantidos e jejum em modelos
experimentais de infarto do miocárdio e AVC, exibem maior resistência das
células cardíacas e cerebrais à lesão isquêmica (MATTSON et al. 2005).
Os efeitos celulares e moleculares no sistema cardiovascular de
roedores no jejum intermitente assemelham-se aos do exercício físico
29
regular, podendo levar a novas estratégias terapêuticas para prevenir e
aumentar saúde, porém são necessários mais estudos para confirmar este
achado. (MATTSON et al. 2005)
Em uma revisão realizada em 2017, mostrou que quase qualquer
regime de jejum intermitente pode resultar em alguma perda de peso.
Entre os 16 ensaios de intervenção incluídos, 11 relataram perda de peso
estatisticamente significativa. Nesta mesma revisão de três estudos que
avaliaram o jejum em dias alternados, mostrou além da perda de peso,
redução nos níveis de glicose e concentração de insulina. (PATTERSON;
SEARS 2007)
Outro estudo em indivíduos obesos, mostrou que o jejum em dias
alternados resultou em perda de peso, com reduções variando de 3,2%, em
comparação com um grupo controle durante um período de 12 semanas, a
8,0%, em um estudo com um braço durante um período de 8 semanas.
Além de promover reduções nas concentrações de insulina, melhorias nos
lipídios ou reduções em fatores inflamatórios. (BHUTANI et al. 2013)
6 DISCUSSÃO
Os objetivos da terapia nutricional para o indivíduo com obesidade e
diabetes evoluíram e tornaram-se mais flexíveis e centrados no paciente.
Segundo a Associação Americana de Diabetes (ADA) 2019 incluem:
1. Promover e apoiar padrões alimentares saudáveis, enfatizando uma
variedade de alimentos ricos em nutrientes em tamanhos de porção
apropriados, a fim de melhorar a saúde geral, atingindo e mantendo
metas de peso corporal, metas glicêmicas, de pressão arterial e
30
lipídicas individualizadas, promovendo prevenção de complicações
do diabetes.
2. Abordar as necessidades nutricionais individuais com base em
preferências pessoais e culturais, educação em saúde, acesso a
escolhas alimentares saudáveis, disposição e capacidade de fazer
mudanças comportamentais.
3. Manter o prazer de comer, fornecendo mensagens sem julgamento
sobre escolhas alimentares.
4. Para fornecer a um indivíduo com diabetes as ferramentas práticas
para o planejamento diário das refeições, em vez de se concentrar
em macronutrientes, micronutrientes ou alimentos individuais.
A dieta DASH é indicada pela Sociedade Brasileira de Hipertensão
Arterial como recomendação I e nível de evidência A para o tratamento não
farmacológico da Pressão Arterial, sendo essa considerada padrão ouro de
dieta.
Em um estudo com duração de 2 anos, comparou a dieta
mediterrânea com a Dieta DASH, e mostrou que os pacientes que seguiram
a dieta mediterrânea obtiveram melhores resultados em melhora da
síndrome metabólica que os que seguiram a DASH. (ESPOSITO et al. 2004).
Em contrapartida, em um estudo clínico de menor duração, a dieta
DASH foi mais efetiva na melhora do perfil de todos os componentes da SM
(reduções de cintura abdominal, peso, triglicerídeos e níveis pressóricos e
aumento do HDL-colesterol) quando comparada com uma dieta controle e
com uma dieta hipocalórica para perda de peso, em 116 indivíduos
(AZADBAKHT et al. 2005). Além disso, a alteração na fonte de carboidratos
31
da dieta, provavelmente independente do conteúdo de fibras, foi capaz de
modificar a resposta das células β pancreáticas à glicose (LAAKSONEN et al.
2005).
A dieta DASH também contribui para uma menor incidência de
insuficiência cardíaca. Em um recente estudo observacional realizado por
Fung et al., mulheres com boa aderência à dieta DASH tiveram uma redução
de 24% no risco de doença coronariana e 18% no risco de AVC. (FUNG et al.
2008)
Em 2008 foi feito um estudo comparativo de duração de 24 meses
entre três dietas consideradas da moda: Dieta Low Carb, Dieta do
mediterrâneo e Dieta baseada na restrição calórica. Este estudo mostrou
que a dieta mediterrânea e Low carb são alternativas mais eficazes e
seguras em comparação dieta baseada na restrição calórica quando se trata
de perda de peso. (IRIS SHAI et al. 2008).
Os resultados deste estudo mostraram que de 272 participantes que
completaram os 24 meses do estudo, a perda média de peso para o grupo
restrição calórica foi de 3,7 kg; já para o grupo da dieta mediterrânea foi de
5,3 kg e 6,3 kg para o grupo com baixa ingestão de carboidratos. Em todos
os grupos tiveram redução significante da circunferência abdominal e
pressão sanguínea, mas não houve diferença significativa entre os grupos.
Em relação a redução do colesteral HDL, foi de 20% para o grupo com baixo
carboidrato e 12% para o grupo com restrição calórica. Não houve diferença
significativa entre os níveis de colesterol LDL. (IRIS SHAI et al. 2008).
Entre os 36 indivíduos com diabetes, as alterações nos níveis
plasmáticos de glicose e insulina foram mais favoráveis aqueles que
estavam no grupo da dieta mediterrânea do que os outros grupos.
32
O nível de proteína C reativa de alta sensibilidade diminuiu
significativamente (P <0,05) apenas no grupo de dieta mediterrânea (21%)
e no grupo de baixo carboidrato (29%). O nível de adiponectina de alto peso
molecular aumentou significativamente (P <0,05) em todos os grupos da
dieta, sem diferenças significativas entre os grupos. Leptina circulante, que
reflete a massa gorda corporal, diminuiu significativamente (P <0,05) em
todos os grupos da dieta, sem significância diferenças entre os grupos na
quantidade de diminuir; a diminuição da leptina foi paralela à diminuição
do peso corporal.
Em relação aos efeitos metabólicos as dietas Low Carb e do
Mediterrâneo apresentaram uma melhora mais significativa dos
parâmetros Proteina C reativa, adiponectina, lepitina e níveis de colesterol.
O déficit calórico semelhante em todos os grupos de dieta, em
comparação com os resultados do estudo sugere que uma dieta baixa em
carboidratos e sem restrição de calorias pode ser ideal para aqueles que
não seguem um regime alimentar de restrição calórica, e sugere que uma
dieta com uma composição saudável tem benefícios além da redução de
peso.
Uma revisão sistemática de 2015, demonstra que o jejum
intermitente parece produzir efeitos semelhantes à restrição de energia
contínua para redução do peso corporal, massa gorda, massa magra, na
melhoria do metabolismo da glicose e na redução do apetite, não parece
atenuar outras respostas adaptativas à restrição de energia ou melhorar a
eficiência de perda de peso, embora a maioria das publicações analisadas
não tenham poder estatístico suficiente para avaliar esses resultados.
Portanto, em comparação com a dieta com restrição calórica é uma
alternativa válida, porém não superior. (SEIMON ET AL. 2015)
33
Em relação a dieta com restrição ao glúten contrariamente dos que
as pessoas imaginam, um estudo mostrou um aumento do Índice de Massa
Corporal em crianças diagnosticadas cona doenças após a exposição à dieta
sem Glúten, isto porque para substituir carboidratos derivados do glúten,
há um aumento do consumo de proteínas, gorduras e bebidas
hipercalóricas e menor ingestão de fibras, o que contribui para mobilidade
intestinal. (VALLETTA et al. 2010)
Em um estudo realizado com 10 pessoas saudáveis, mostrou que
após a adesão da Dieta Glúten Free, houve diminuição na proporção de
bactérias intestinais que são benéficas à microbiota intestinal, por outro
lado levou a redução da produção de citocinas inflamatórias como: A
produção de TNF-a, interferon-g, IL-10 e IL-8, também sendo um benefício
para indivíduos doentes e saudáveis. Em adição a isto, como a restrição ao
glúten deve ser compensada pelo aumento da ingestão de grãos integrais e
hortaliças de baixa densidade, devido a menor ingestão de oligofurtose e
inulina, que são fibras essenciais da manutenção da microbiota intestinal
saudável, além dos feitos prebióticos relacionados às fibras. (PALMA et al.
2009).
De acordo com a Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição,
ainda não há provas suficientes para supor que os indivíduos saudáveis se
beneficiariam do consumo de uma dieta sem glúten.
As dietas da moda são dietas restritas em calorias, com isto, acaba
tornando a alimentação deficiente em alguns nutrientes importantes,
podendo ser prejudiciais ao organismo, como: tontura, constipação ou
diarreia, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, queda de
cabelo, unhas fracas, anemia, desmaio, redução da concentração de
34
hormônios tiroidianos ativos; aumento das cetonas urinárias, o que pode
levar ao aparecimento da gota. (PEREIRA, 2007).
Segundo as recomendações do Guia alimentar para a população
Brasileira, elaborado pelo ministério da saúde em 2014, que têm como
objetivo maximizar a saúde, com a promoção de saúde e prevenção de
doenças relacionadas a obesidade.
● Primeira recomendação: Faça de alimentos à base de sua
alimentação.
Alimentos em grande variedade e predominantemente de origem
vegetal formam uma base excelente para uma alimentação
nutricionalmente equilibrada e saborosa. Variedade significa
alimentos de todos os tipos, incluindo grãos, verduras, legumes,
tubérculos, frutas, castanhas e nozes, cogumelos, água, leite e ovos,
carnes e peixes e variedade dentro de cada tipo (diferentes grãos,
diferentes verduras).
● Segunda recomendação: Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar com
moderação ao temperar e cozinhar alimentos e convertê-los em
preparações culinárias.
Desde que utilizados com moderação, estes alimentos contribuem para
diversificar e tornar mais saborosa a alimentação sem comprometer
o seu valor nutricional.
● Terceira recomendação: Limite a utilização de produtos alimentícios
prontos para o consumo, evitando-os ou consumindo-os, em
pequenas quantidades, como parte de refeições com base em
alimentos e preparações culinárias.
Embora convenientes e de sabor pronunciado produtos prontos para
consumo tendem a ser nutricionalmente desequilibrados. Muitos
35
favorecem o consumo excessivo de calorias, além de afetarem
negativamente a vida social, a cultura e o ambiente.
● Regra de Ouro: Prefira alimentos e preparações culinárias a produtos
prontos para consumo e evite alimentos ultra processados.
As recomendações são voltadas para o tratamento e/ou prevenção da
obesidade e outras doenças crônicas relacionadas a alimentação.
7 CONCLUSÃO Em razão da ampla divulgação pela mídia, pontos de venda,
comerciantes e fabricantes de produtos alimentícios, observa-se um
aumento da adesão a novas “dietas da moda”, que geralmente promovem
uma perda de peso rápida e milagrosa, que são baseadas em intervenções
restritivas objetivando apenas de peso, pois desejam uma aparência e não
a melhoria da saúde geral. (WILLET, 1999).
Em todas as dietas citadas a perda de peso está presente e ocorre
devido à restrição energética, podendo contribuir para a melhora da
glicemia. O acompanhamento de pacientes obesos como uma intervenção
multidisciplinar traz resultados mais efetivos na perda de peso e na
manutenção da boa saúde.
Para o tratamento da obesidade é correto afirmar que dietas
hipocalóricas, balanceadas e individualizadas, considerando o estilo de vida
e as preferências alimentares de cada um e que proponham uma
reeducação alimentar, promovem resultados mais eficazes e duradouros.
Além de uma dieta balanceada, deve-se acrescentar o hábito de
realizar atividade física, principalmente exercícios aeróbios, que devem ser
36
complementados pelos de resistência. Com a finalidade de manter uma boa
saúde cardiovascular e qualidade de vida, sendo orientado ao menos 30
minutos de atividade física moderada 5 vezes por semana.
Apesar da redução de peso e redução de alguns riscos metabólicos
relacionados a obesidade obtidas com as Dietas da moda demostraram
baixa adesão a longo prazo, portanto, a dieta Dash ainda parece ser uma
melhor alternativa em decorrência da sua alta adesão comparativamente,
como ferramenta terapêutica na redução e manutenção de peso a longo
prazo.
37
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