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Ana Karine Silva Dimas
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
Implantação do Fluxo de Caixa na Empresa
Cestão Dimas.
Administração Financeira
ITAJAÍ (SC) 2008
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
3
ANA KARINE SILVA DIMAS
Trabalho de Conclusão de Estágio
IMPLANTAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA NA
EMPRESA CESTÃO DIMAS.
Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.
ITAJAÍ - SC, 2008.
4
Agradecimentos,
Agradeço primeiramente a DEUS por
ter me dado a vida e iluminado meu
caminho. Aos os meus pais
Raimundo Dimas e Maria Luiza que
me apoiaram sempre que precisei, e
ao meu esposo Edson pela
compreensão, aos meus irmãos
Klayton e Kátia com quem sempre
contei, à Thalita, ao Glaydson (em
Memória), tio Crizares em fim todos
os meus colegas de faculdade, pelas
idéias trocadas dentro e fora da sala
de aula. Ao professor Anacleto
Laurino Pinto pelos ensinamentos e
dedicação prestados. A todos que
passaram pela minha vida nesses
quatro anos de faculdade e que,
mesmo sem saber, me ensinaram
mais do que posso dizer em
palavras. Meu sincero muito
obrigado.
5
Vivemos esperando dias melhores.
Dias de Paz, dias a Mais.
Dias em que não deixaremos para traz
(autor desconhecido)
6
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do estagiário
Ana Karine Silva Dimas
b) Área de estágio
Administração Financeira
c) Supervisor de campo
Raimundo Rodrigues Dimas
d) Orientador de estágio
Prof. Anacleto Laurino Pinto
e) Responsável pelo Estágio Supervisionado em Administração
Prof. Eduardo Kriger da Silva
7
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão social
Raimundo Rodrigues Dimas Comerciante ME
b) Endereço
R: Nelson Raul Rebello, 84, bairro: São Vicente, Itajaí.
c) Setor de desenvolvimento do estágio
Financeiro
d) Duração do estágio
300 horas
e) Nome e cargo do orientador de campo
Raimundo Dimas
Proprietário.
f) Carimbo e visto da empresa
8
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
Itajaí, 09 de Julho de 2008.
A empresa CESTÃO DIMAS, pelo presente instrumento, autoriza a
Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar em sua biblioteca, o Trabalho de
Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado, pela acadêmica
ANA KARINE SILVA DIMAS.
Raimundo Rodrigues Dimas
9
RESUMO
O controle de fluxo de caixa disponibiliza ao administrador da empresa informações
valiosas sobre os aspectos financeiros da organização, além de possibilitar a
monitoração constante das movimentações de recurso presentes e futuros. O trabalho
de conclusão de estágio teve como objetivo implantar o fluxo de caixa projetado na
empresa Cestão Dimas. A tipologia utilizada foi proposição de plano, a abordagem
qualitativa, os participantes da pesquisa foram análise documental, as fontes foram
primárias e secundárias. A análise foi realizada de forma descritiva, os resultados
revelam que é possível implantar um fluxo de caixa projetado na empresa. Os
resultados finais da análise do trabalho apontam para uma melhoria continua dos
processos administrativos da empresa, tendo ampla visão do que se deseja alcançar, o
sucesso financeiro por meio do fluxo de caixa.
PALAVRAS-CHAVE: Fluxo de caixa projetado, Mapas auxiliares, Entradas e saídas de
recursos financeiros.
10
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 - Modelo de Fluxo de Caixa....................................................................... 37
TABELA 02 - Mapa auxiliar de recebimentos das vendas a prazo............................... 38
TABELA 03 - Mapa auxiliar de pagamentos das compras a prazo............................... 39
TABELA 04 - Relatório das compras, vendas, encargos, e demais receitas e despesas
(em R$).................................................................................................... 54
TABELA 05 - Relatório Projetado das compras, vendas, encargos, e demais receitas e
despesas (em R$).................................................................................... 56
TABELA 06 - Mapa auxiliar de vendas de mercadorias Junho/2007 e terceiro trimestre
de 2008.................................................................................................... 59
TABELA 07 - Mapa auxiliar de compras de mercadorias junho/2008 e terceiro trimestre
2008......................................................................................................... 60
TABELA 08 - Fluxo de caixa projetado para terceiro trimestre de 2008....................... 64
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................... 14
1.1 Problema da Pesquisa........................... ........................................ 15
1.2 Objetivo Geral e Específico.................... ...................................... 16
1.3 Aspectos Metodológicos......................... ...................................... 17
1.3.1 Caracterização da pesquisa......................................................... 17
1.3.2 Contexto, população e amostra.................................................... 18
1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados...................... 18
1.3.4 Tratamento e análise dos dados................................................... 19
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................ .................................. 21
2.1 Empresa Familiar............................... ............................................ 21
2.2 Aspectos Conceituais da Administração.......... .......................... 23
2.3 Áreas da Administração......................... ....................................... 24
2.3.1 Administração de marketing......................................................... 24
2.3.2 Administração de materiais........................................................... 25
2.3.3 Administração de financeira.......................................................... 26
2.3.4.Administração da produção.......................................................... 26
2.4 A Função da Administração Financeira........... ........................... 27
2.3 Fluxo de Caixa................................. ............................................... 27
2.5.1. Aspectos conceituais................................................................... 27
2.5.2 Administração de caixa................................................................. 29
2.5.3 Objetivos do fluxo de caixa........................................................... 30
2.5.4 A importância do fluxo de caixa ................................................... 32
12
2.5.5 Orçamento de caixa...................................................................... 33
2.5.6 Causas da falta de recursos......................................................... 34
2.5.7 Implantação do fluxo de caixa...................................................... 35
2.5.8 Descrição dos itens do fluxo de caixa .......................................... 35
2.5.9 Modelo de fluxo de caixa.............................................................. 36
2.5.10 Mapas auxiliares......................................................................... 38
2.5.11 Controle de despesas ................................................................ 40
2.5.12 Alterações nos saldos de caixa.................................................. 40
2.5.13 Requisito para uma boa administração de caixa........................ 41
2.5.14 Fluxo de caixa projetado ............................................................ 41
2.5.15 Importância no planejamento ..................................................... 43
2.5.16 Os requisitos básicos para o planejamento do fluxo de caixa.... 43
2.5.17 Ingressos.................................................................................... 45
2.5.18 Desembolso ............................................................................... 46
3 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA PESQUISA............... .............. 47
3.1 Caracterização da Empresa...................... .................................... 47
3.1.1 Histórico........................................................................................ 47
3.1.2 Dados de identificação.................................................................. 48
3.1.3 Característica dos produtos comercializados............................... 49
3.1.4 Ramo de atividade........................................................................ 50
3.1.5 Clientes......................................................................................... 50
3.1.6 Fornecedor.................................................................................... 51
3.1.7 Forma de pagamento.................................................................... 51
3.1.8 Política de pagamento da empresa.............................................. 52
13
3.1.9 Modelo atual de gestão................................................................. 52
3.2 Missão e Visão................................. .............................................. 52
3.2.1 Missão........................................................................................... 53
3.2.2 Visão............................................................................................. 53
3.2.3 Desenvolvimento da pesquisa...................................................... 54
3.2.4 Resultados obtidos....................................................................... 54
3.2.5 Projeção dos dados obtidos.......................................................... 56
3.2.6 Mapas auxiliares (junho/2008 a terceiro trimestre de 2008)......... 58
3.2.6.1 Entra de caixa............................................................................ 58
3.2.6.2 Saída de caixa........................................................................... 60
3.2.7 Fluxo de caixa projetado............................................................... 61
3.2.7.1 Manual de instruções................................................................. 61
3.3 Sugestões para a Empresa....................... .................................... 65
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................. ................................... 67
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................... .......................... 69 ANEXOS................................................................................................ 75
14
1. INTRODUÇÃO
O mercado de trabalho torna-se cada dia mais competitivo. A alta qualidade, bem
como serviço, organização, inovação e preço são fatores-chave para o sucesso neste
ambiente. Essa característica é indispensável. Sem eles, a empresa está destinada ao
fracasso. Com eles, a empresa entra no caminho do sucesso.
A administração constituiu a maneira de fazer com que as coisas sejam feitas de
forma adequada e inteligente através dos recursos disponíveis, a fim de atingir objetivos
envolvendo a coordenação de recursos materiais, financeiros e mercadológicos, a
tarefa da administração é integrar e coordenar os recursos organizacionais.
A sobrevivência da empresa depende cada vez mais da gestão financeira. Onde
os fluxos de caixa tendem a ser cada vez mais otimizados para que se possa, com
segurança, dimensionar o capital de giro. Essa é uma das preocupações constantes
nas empresas, pois os custos financeiros podem absorver grande parte da receita
operacional.
O processo de elaboração do fluxo da caixa deverá ser desenvolvido de acordo
com o ciclo operacional, as necessidades de caixa da empresa e as tendências de
mercado. O fluxo de caixa consiste em um instrumento essencial para que a empresa
possa ter agilidade e segurança em suas atividades financeiras. Devendo refletir com
precisão a situação econômica da empresa no futuro determinado.
Com o fluxo de caixa o administrador estará apto a planejar com a devida
antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir em conseqüência de reduções
cíclicas das receitas ou de aumento no volume dos pagamentos, mostrando assim a
importância do fluxo de caixa nas organizações para previsões futuras e até mesmo
para sua sobrevivência.
A administração financeira pode ser utilizada na formação de uma estratégia
empresarial para a utilização mais eficiente dos recursos disponíveis, bem como
analisar e selecionar as fontes mais adequadas de fundos adicionais que possam torna-
15
se necessários. Portanto, é preciso gerenciar com competência todos os recursos
financeiros disponíveis, e que só será possível se houver participação e integração de
todos os responsáveis da empresa.
No presente trabalho destaca-se a importância do fluxo de caixa na organização.
O fluxo de caixa é considerado um dos principais instrumentos de análise e avaliação
de uma empresa, proporcionando ao administrador uma visão futura dos recursos
financeiro da organização, integrando o caixa, as contas correntes em banco, receita,
despesas e as previsões.
Com base nestes princípios, justifica-se este trabalho de conclusão de estágio
por servir como ferramenta auxiliar para que a empresa Cestão Dimas possa
acompanhar melhor a gestão financeira.
1.1 Problema da Pesquisa
O mercado em que vivemos está cada dia mais competitivo, e ao mesmo tempo
desleal. Na busca constante por aprimoramentos, as empresas estão mais conscientes
em matéria de organização, tanto na busca de tecnologia como na melhoria de seus
processos etc. Sem dúvida, é preciso gerenciar com competência todos os recursos
financeiros disponíveis na organização. O fluxo de caixa é indispensável à boa gestão
das empresas. Neste contexto, apresentou-se o problema de pesquisa deste trabalho:
A implantação do fluxo de caixa possibilitará maior eficiência na gestão dos recursos
financeiros na empresa?
Segundo Zdanowicz (1998) O fluxo de caixa é um instrumento essencial para
que a empresa possa ter agilidade e segurança em suas atividades financeiras, onde
permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os
seus recursos financeiros.
16
A empresa não tinha nenhum instrumento de controle dos seus recursos
financeiro. Portanto, o presente estudo buscou disponibilizar aos gestores um
instrumento que possibilite o controle dos recursos financeiros, implementando o fluxo
de caixa projetado.
Para a empresa o estudo é original, porém, na academia (Curso de
Administração “TCE”) existem vários trabalhos voltados à administração financeira.
Mesmo assim, este se diferencia pela empresa onde foi realizado.
A viabilidade de acesso às informações foi facilitada pelo fato de a estagiária
possuir conhecimento de todos os processos da empresa, onde teve disponibilidade do
tempo necessário para o desenvolvimento da pesquisa.
1.2 Objetivo Geral e Específico
O presente trabalho teve como objetivo geral implementar o fluxo de caixa
projetado na empresa CESTÃO DIMAS, visando o planejamento e controle dos
recursos financeiros, aprimorando o processo de tomada decisão.
Para atender o propósito acima definiram-se os seguintes objetivos específicos:
• analisar a atual administração de caixa da empresa;
• organizar documentos para um maior controle das entradas e saídas de
recurso financeiro;
• identificar os ingressos e desembolso de caixa;
• projetar as entradas e saídas de caixa;
• analisar o material coletado para a formação do fluxo de caixa;
• elaborar o fluxo de caixa projetado.
17
1.3 Aspectos Metodológicos
Neste item aborda-se as características do trabalho, referentes à tipologia
população, amostra e os instrumentos de pesquisa.
1.3.1 Caracterização da pesquisa
O estudo em questão se caracteriza como sendo qualitativo na busca de
informações para a empresa, tendo em vista que os métodos de exploração e
tratamento dos dados sofreram uma análise mais profunda.
Richardson (1999, p.90) descreve a pesquisa qualitativa da seguinte maneira:
A pesquisa qualitativa pode ser caracterizada como a tentativa de uma compreensão detalhada dos significados e característica situacionais apresentadas pelos entrevistados, em lugar da produção de medidas quantitativas de característica ou comportamento.
Segundo Oliveira (1999), as pesquisas de abordagem qualitativa possuem a
facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou
problema de determinado grupo em maior grau de profundidade, a comportamentos ou
atitudes dos indivíduos.
Quanto à tipologia do trabalho de estágio em relação ao propósito, foi utilizada a
proposição de planos, que segundo Roesch (2006), é apresentar soluções para os
problemas diagnosticados pela organização, ele requer que o proponente estude a
viabilidade de planos alternativos e também que, dado a sua proposta se pode ou não
incluir na implementação do plano de marketing.
18
1.3.2 Contexto, população e amostra.
Na visão de Barbetta (1999, p.37), “população é um conjunto de elementos
passíveis de serem mensurados, com respeito a variáveis que se pretende levantar”.
A população alvo foi composta pelos dados fornecidos pelo empreendedor com
base documental, notas fiscais, pedidos etc. A pesquisa teve informante-chave, que foi
composto pelo proprietário empreendedor, junto com a empresa que presta serviço
contábil para a organização.
A amostra do tipo intencional foi composta pelo único funcionário responsável
pela operacionalização financeira. Por se tratar de uma pesquisa predominantemente
qualitativa, optou-se por uma amostragem intencional.
Na visão de Richardson (1999), “os elementos que formam a amostra
relacionam-se intencionalmente de acordo com certas características estabelecidas no
plano e nas hipóteses formuladas pelo pesquisador”.
1.3.3. Procedimentos e instrumentos de coleta de dados
O desenvolvimento da pesquisa realizou-se através de dados de fontes primárias
e secundárias que foram colhidos diretamente pelo pesquisador funcionário da
empresa, e pelo proprietário onde a pesquisa se realizou.
Segundo Roesch (1999), dados primários são dados existente na organização os
quais deverão ser coletados internamente. Estas fontes podem ser determinadas como
uma pesquisa para resolução de possíveis problemas inseridos na organização.
Já as fontes secundárias são utilizadas na análise de documentos, sendo dados
criados durante a vida da empresa, e em contraste com os dados primários que são
colhidos diretamente pelo pesquisador (ROESCH, 2006).
19
Para Mattar (1996), os dados secundários são os dados prontos, tabulados,
ordenados ou até mesmo analisados, com propósitos básicos de atender as
necessidades da pesquisa que está em andamento e que serão catalogadas à
disposição dos interessados.
O instrumento de coleta de dado foi a análise documental, os mesmos que
participaram da pesquisa. Gil (1999), pesquisa documental assemelha-se às pesquisa
bibliográficas, sendo a única diferencia entre as duas, a natureza das fontes
consultadas.
Utilizou-se para desenvolvimento do trabalho de estágio como fonte de pesquisa
livros, registros, notas fiscais, contratos e relatórios fornecido pela empresa.
Os dados foram coletados com base na documentação que expressam a
movimentação financeira da empresa referente ao período de junho a setembro de
2007, os quais serviram de base para projeção do fluxo de caixa a ser implantado no
terceiro trimestre de 2008.
1.3.4 Tratamento e análise dos dados
Para o tratamento e análise dos dados foi utilizada a técnica de análise
descritiva. Os dados são apresentados na forma de planilhas, utilizando os Excel e
Word da empresa Microsoft.
Gil (1999) diz que boa parte dos casos os documentos a serem utilizados na
pesquisa não receberão nenhum tratamento analítico, torna-se necessário à análise de
seus dados.
Os dados após serem organizados, são apresentados através de tabela
explicativos e conclusivos, com recursos da informática.
De acordo com Roesch (2006) a validade da pesquisa dependerá da habilidade,
competência e seriedade do pesquisador.
20
Os dados da pesquisa foram tratados qualitativamente com o interesse de
compreender o assunto analisado. Através da análise da situação da empresa.
Os dados foram organizados de forma a permitir a visualização dos futuros
ingressos e desembolso dos recursos financeiros.
21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo abordar-se a base teórica necessária à realização do presente
trabalho
2.1 Empresa Familiar
Lodi (1986), faz uma análise das relações entre a família e a empresa, da
personalidade do fundador e do processo de sucessão, e afirma que a maioria das
empresas privadas no Brasil é composta por empresas familiares.
Segundo Lodi (1986, p. 06), “o nascimento da empresa familiar se dá geralmente
com a segunda geração de dirigentes, pois a empresa onde o fundador não tem
herdeiro, não é considerada uma empresa familiar”.
As empresas familiares são a forma predominante de empresa em todo o
mundo. Na economia capitalista, a maioria das empresas se inicia com as idéias e o
empenho e o investimento de indivíduos empreendedores e seus parentes. Muitas
delas são pequenas propriedades que nunca irão crescer ou ser passadas de uma
geração para outra, mas também muitas delas estão entre as maiores e bem-sucedidas
do mundo (GERSICK et al., 1997).
“A empresa familiar é aquela que tem sua origem e história vinculada a uma
família; ou ainda, aquela que mantém membros da família administrando os negócios”
(BERNHOEFT, 1989, p.35).
22
Algumas das características que tornam uma empresa familiar, uma das mais
relevantes refere-se à importância que desempenha a confiança mútua entre os
membros da empresa, a partir deste dado, a visão de empresa familiar necessita ser
revista, pois poderíamos dizer que a confiança mútua independe dos vínculos familiares
(BERNHOEFT, 1989).
Tanto nas pequenas empresas como em multinacionais existe uma grande
característica em comum, estão ligadas a uma família, e é esta que as torna um tipo
especial de empresa. Os funcionários de empresa familiar conhecem a diferencia que o
controle familiar faz em suas vidas profissionais, na cultura de empresas e em suas
carreiras (GERSICK et al., 1997).
A sucessão e o teste supremo das empresas familiares, depois que ela é
transformada de empreendimento individual em familiar, sua continuidade trona-se a
maior preocupação. Algumas empresas se preocupam em ser pró-ativa a respeito do
planejamento da sucessão, antecipando certas tarefas preparatórias que acompanham
cada estágio de desenvolvimento da empresa e da família. Outras famílias
simplesmente alcançam seus objetivos de qualquer maneira, sem muito planejamento
consciente (GERSICK et al., 1997).
Esta transmissão é um processo complexo, os proprietários devem formular a
visão de uma futura estrutura de controle e decidir como dividir as ações em
concordância com esta estrutura, selecionando os lideres mais qualificados, treinando-
os, onde os mais velhos devem transmitir suas experiências ajudando a nova liderança
a estabelecer a sua autoridade. Atualmente a literatura tem focado um único tipo de
transição entre geração, no qual o pai passa a empresa para os filhos, sendo esta a
forma mais comum de sucessão, com vantagens práticas de clareza e previsibilidade
(GERSICK et al., 1997).
23
2.2 Aspectos Conceituais da Administração
Segundo Koontz (1978), a administração é definida como o projeto ou criação e
manutenção de um ambiente interno da empresa onde indivíduos em grupos
organizados, possam trabalhar eficientemente com vistas a consecução de metas do
grupo; segundo o mesmo autor, administrar é a arte de fazer e administração é o corpo
organizado de conhecimento em que se baseia esta arte.
Na visão de Chiavenato (1994), a história da administração é recente, e surgiu
com o aparecimento da grande empresa. Que ocorreu no final do século XVIII
estendeu-se ao longo do século XIX. Este fenômeno, que trouxe rápidas e profundas
mudanças econômicas, sociais e políticas, conhecida como revolução industrial.
A revolução industrial teve inicio na Inglaterra, com a invenção a máquina a
vapor, provocando um surto e estendendo-se pelo Europa e Estados Unidos
rapidamente.
A moderna administração ainda segundo Chiavenato (1994), surgiu no inicio do
século XX, quando dois engenheiros publicaram suas experiências, um americano,
Frederick Winslow Taylor (1856 – 1915) e o outro francês Herin Fayol (1941 – 1925).
A administração é composta por quatro funções, são elas: (Planejar, Organizar,
Liderar e Controlar), que na visão de autor Hampton, (1992, p 26) é:
Planejamento: inclui o pensamento sobre a natureza da organização decidindo como deverá ser posicionado no ambiente; ele também inclui o aperfeiçoamento dos princípios e das expectativas a longo prazo, traduzindo-os em curto prazo e em métodos para colocá-los em prática.
Organização: refere-se ao ato de dividir toda uma organização em unidade, conhecidos como divisões ou departamentos, que tem como lema responsabilidades específica em uma hierarquia de relacionamentos interagindo para atingir todos os objetivos organizacionais.
Liderança: o autor refere-se a dois significados, o primeiro trata-se da classe de atividades, onde os gerentes estabelecem o caráter e a tônica de sua organização que incluir articulação e exemplificação de valores; O segundo
24
refere-se à liderança onde o processo inter-pessoal da influência de comunicar com seus subordinados sobre a realização do trabalho, onde as informações são trocadas como tecnologia, coordenação e motivação.
Controle: monitora o progresso comparando com os objetivos e padrões do planejamento, ele é responsável pelo fechamento do círculo administrativo que compara o progresso presente com o previsto durante o planejamento.
2.3 Áreas da Administração
As áreas que constituem o cerne da administração e que formam esta ciência
são: Administração de marketing, Administração de matérias, Administração financeira,
Administração da produção e Administração mercadológica.
A seguir serão apresentadas de forma detalhada e concisa as funções
administrativas acima relatadas
.
2.3.1 Administração de marketing
Segundo Cobra (1997), antes de tentar adotar uma única e exclusiva
compreensão da área específica de marketing, é interessante verificar como passou por
varias definições. Em 1960, a AMA (American Marketing Association) definia como
desempenho das atividades de negócios que dirigia fluxos e bens e serviços do
produtor ao consumidor. Marketing é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos
e grupos obtêm o que necessitam e desejam.
Administração de marketing, conforme Cobra (1997) é o processo na sociedade
pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou
abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de
bens e serviços.
25
De acordo com Samara (1997), marketing é um conjunto de atividades humanas
destinadas a atender aos desejos e necessidades dos consumidores por meio de
processo de troca utilização de ferramentas específicas, como propagandas, promoção
de vendas a pesquisa de marketing, e que para obter êxito em marketing é necessária
muita criatividade, imaginação e emoção.
2.3.2. Administração de materiais
Para Araújo (1978), a administração de matérias é a técnica da utilização de
princípios que permite a forma, a maneira ou os meios de utilizar e fazer render, em sua
plenitude, os equipamentos, as matérias-primas, as ferramentas, os materiais, enfim,
tanto na fase da produção como na de transformação industrial ela terá este objetivo.
Na visão de Dias (1995, p. 23):
O importante é otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso eficiente dos meios de planejamento e controle, minimizando as necessidades de capital para o estoque. Os estoques de produto acabado, matéria-prima e material em processo não podem ser visto independentemente. Seja qual for a decisão tomada sobre qualquer um desses tipos, deverá ter influências sobre os demais.
O principal objetivo de uma empresa, segundo Dias (1995), sem dúvida é
Maximizar o lucro sobre o capital investido, seja em fabricas, equipamentos
financiamento de vendas, reserva de caixa ou em estoque etc., com o intuito de atingir
o lucro máximo.
Na concepção de Ballaou (2001, p. 21), administração de matérias é:
O processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.
26
2.3.3 Administração financeira
O crescimento de uma empresa é uma constante disputa para fazer com que o
capital de giro seja suficiente para o seu desenvolvimento sustentável.
Segundo Roesch (1999), a partir da década de 50 finanças passou a ser uma
disciplina autônoma. A área de finanças de uma empresa concentra-se na questão de
gerenciamento financeiro, com ênfase no planejamento e controle financeiro, análise
financeira, análise de investimento, gestão do capital e a política de dividendos.
A função da administração financeira é a análise das demonstrações financeira
básica, administração de capital circulante, análise do custo-volume-lucro, investimento
de capital e a análise de risco e retorno, fontes de financiamento, estrutura e custo de
capital, decisões de investimento, noções de orçamentos empresariais.
De acordo com Zdanowicz (1998, p. 33), “a administração financeira tem por
finalidade não somente manter a empresa em permanente situação de liquidez como
também propiciar condições para a obtenção do lucro que compense os riscos de
investimento e a capacidade empresarial”.
2.3.4 Administração da produção
A produção é objeto de constantes estudos, na intenção de aprimorar seus
resultados através do desenvolvimento dos fatores que a compõe.
Machline (1994) destaca que a administração da produção é o conjunto das
atividades auxiliares de planejamento e controle, indispensável a fabricação bem
sucedida dos produtos. Pois esta relação é estreita com a administração contábil,
financeira e de vendas, delas se distinguem por seu íntimo contato com o ambiente
fabril.
27
2.4. A Função da Administração Financeira
A Administração financeira tem grande importância na organização, quando a
empresa é pequena, a própria contabilidade é responsável, caso contrario, é criado um
setor financeiro.
Para Flink e Grunewlad (1976, p.3), ”a parte essencial da administração
financeira é a formatação de uma estratégia para se determinar a utilização mais
eficiente dos recursos dos disponível a qualquer momento, bem como selecionar as
fontes mais adequadas de fundos adicionais que possam torna-se mais adequados”
De acordo com Sanvicente (1993), “os administradores financeiros são pessoas
que se preocupam com o estado monetário da empresa e quem, acima de tudo,
alcançar os objetivos da empresa”.
Todo administrador, independente de que área esteja atuando, possui funções.
Segundo Gitman (1997, p.13), “as funções do administrador financeiro são: realizar
análise e planejamento financeiro, tomar decisões de investimento e tomar decisões de
financiamento”. Toda a parte monetária da empresa, dinheiro que entra e sai, é
administrada pelo setor financeiro, que tem o intuito de ser bem cuidado pelo
administrador financeiro, pois é dali que saem os recursos disponíveis para a empresa.
2.5. Fluxo de Caixa
2.5.1. Aspectos conceituais
As empresas estão continuamente realizando operações financeiras, sendo elas
as vendas, compras, investimentos ou financiamento, cujo volume depende do porte da
28
empresa, do período em que se realizam as compras e da demanda do mercado pelos
produtos e serviços, do numerário disponível, entre outros fatores.
Segundo Braga (1989), “as projeções dos fluxos de caixa de entrada e de saídas
de numerários constituem um instrumento imprescindível na administração das
disponibilidades”. Sanvicente (1993), reforça esta idéia ressaltando que “neste sentido,
o papel de uma previsão do fluxo de caixa é primordial”.
De acordo com Gitman (1997), o ciclo de caixa de uma empresa representa o
período que vai desde o momento em que se faz um desembolso para adquirir matéria
prima até o momento em que é recebido o pagamento pela venda do produto acabado
resultante. Pode ocorrer uma grande compra em uma organização a crédito. O período
de que a empresa dispõe para pagar, é chamado de período médio de pagamento.
Adquirir insumos a crédito possibilita que a empresa compense o período de tempo em
que seus recursos encontram-se no ciclo operacional.
Todas as entradas e saídas de capital de uma empresa devem constar no fluxo
de caixa. Netto (1999), define fluxo de caixa como um saldo aritmético de entradas e
saídas de dinheiro do caixa em todo o instante, proveniente do movimento operacional
da empresa.
Kroetz (2000, p. 39) ressalta que:
O fluxo de caixa pode ser apresentado sob forma do método indireto, demonstrando os recursos provenientes das atividades com base no lucro líquido, ajustado pelos itens considerados na conta de resultados, sem afetar, entretanto, o caixa da empresa e, - pelo método direto – demonstrando os recebimentos e pagamentos derivados das atividades operacionais da empresa.
Na visão de Netto (1999) o fluxo de caixa é um instrumento importantíssimo para
o administrador financeiro, principalmente para grandes empresas, onde há grande
movimentação de capital. O fluxo de caixa poderá indicar e orientar a empresa das
necessidades de aplicar e tomar seus recursos financeiros, e assim manter a empresa
29
estabilizada financeiramente. Mas para que isto aconteça o administrador financeiro
precisa ter conhecimento sobre o mercado financeiro.
O fluxo de caixa é um instrumento de natureza tipicamente financeira,
abrangendo o período anual ou periódico reduzido em entradas e saídas de caixa, cujo
saldo somado ao valor dos depósitos em contas bancárias, integra-se ao ativo
circulante como disponibilidade imediata (KROETZ, 2000).
Toda empresa possui compromissos financeiros, tanto a curto quanto a longo
prazo. Segundo Santos (2001), é assim que surge o principal objetivo do fluxo de caixa,
pois pode informar ao administrador financeiro se a empresa tem capacidade financeira
para liquidar esses compromissos. Outros objetivos também podem ser considerados
para a elaboração do fluxo de caixa.
2.5.2 Administração de caixa
Existem estratégias básicas que devem ser empregadas pela empresa na
administração de caixa (ZDANOWICZ, 1998):
• retardar o pagamento, sem prejudicar a credibilidade da empresa,
aproveitando quaisquer descontos favoráveis;
• girar o estoque com maior rapidez possível, evitando faltas de estoque, que
possam ocasionar perdas de vendas;
• receber o mais cedo possível as contas a receber, investindo nos períodos
entre o recebimento, e o pagamento de dividas da empresa.
A Administração de caixa é uma área chave da administração de capital de giro.
Sendo que “caixa” é o ativo da empresa, que possibilita pagar os compromissos no
30
vencimento. Esses ativos líquidos constituem um agregado de recurso para cobri
desembolso inesperados, reduzindo o risco de uma crise de liquidez.
O controle de fluxo de caixa disponibiliza ao administrador da empresa
informações valiosas sobre os aspectos financeiros da organização, além de possibilitar
a monitoração constante das movimentações de recurso presentes e futuros.
Neste sentido, Gitman (1997, p 88) diz que:
O administrador financeiro pode elabora e analisaras demonstrações de fluxos de caixa desenvolvidas a parti de demonstrações financeiras projetada. Essa abordagem pode ser usada para determinar se as ações planejadas são desejáveis do ponto de vista dos fluxos de caixa resultantes.
O planejamento do fluxo de caixa é importante, porque irá indicar
antecipadamente as necessidades de numerário para o atendimento dos compromissos
que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem saldados. Com
isto, o administrador financeiro estará apto a planejar com a devida antecedência, os
problemas de caixa que poderão surgir em conseqüência de reduções cíclicas das
receitas ou de aumento no volume dos pagamentos. Outro papel importante, que
desempenha o fluxo de caixa, é a possibilidade de evitar a programação de
desembolsos vultosos para período em que os ingressos orçados sejam baixos pro
questão de mercado, pro exemplo. O planejamento do fluxo de caixa permite ao
administrador financeiro verificar se poderá realizar aplicações a curto prazo com base
na liquidez, na rentabilidade e nos prazos de resgate (DAFT, 2005).
2.5.3 Objetivo do fluxo de caixa
Para Assaf Neto (1995) e Frezatti (1997), a demonstração do fluxo de caixa é de
fácil compreensão para todos os interessados. Dá condições para a tomada de decisão
31
com relação ao recurso, tornando a empresa mais competitiva e proporcionando um
ambiente adequado para a atração de investimento e também para a obtenção de
financiamento, tanto no presente como no futuro.
Zdanowicz (1998, p. 299) enfatiza que:
O fluxo de caixa destaca-se por detectar possíveis escassez ou excedentes de recursos para que baseando-se nessa informações, sejam tomadas em tempo hábil as providências necessárias tanto no que concerne À aplicação de saldo, como captação de recursos para cobrir possíveis necessidade de caixa
No seu estudo, Dalbello (1999), chegou à conclusão que com a globalização e
as mudanças que vêm ocorrendo nas áreas comerciais, produtiva e financeira, com a
utilização de vários métodos, meios e recursos que transcendem ás fronteiras
geográficas, faz-se necessária padronização e simplificação dos demonstrativos.
Zdanowicz (1998), indica como objetivos prioritários da utilização do fluxo de
caixa:
• desenvolver o uso eficiente e racional do disponível, visando maior retorno
para os acionistas;
• verificar a possibilidade de aplicar excedentes de caixa;
• programar os ingressos e desembolso, facilitando os controles financeiros, de
forma criteriosa determinando os períodos de maior carência de recursos;
• permitir o planejamento dos desembolsos e aplicações de acordo com as
disponibilidades.
• fixar o nível de caixa, em termos de capital de giro;
• facilitar a análise e o cálculo das linhas de crédito a serem contidos juntos ás
instituições financeiras;
• auxiliar na análise dos valores a receber e estoques, para que seja possível
um julgamento das possibilidades em aplicar nesses itens ou não;
• participar e integrar todas as atividades da empresa, facilitando assim os
controles financeiros.
32
Um dos principais objetivos do fluxo de caixa é a otimização a aplicação de
recursos próprios e de terceiros nas atividades mais rentáveis pela empresa. Onde que
nenhuma empresa deve deixar seus recursos ociosos (ZDANOWICZ, 1998).
2.5.4 A Importância do fluxo de caixa
Toda operação financeira de pessoa física ou empresa deve possuir um controle
de suas entradas e saídas de caixa.
“Entende-se como Fluxo de Caixa o registro e controle sobre a movimentação do
caixa de qualquer empresa, expressando as entradas e saídas de recursos financeiros
ocorridos em determinados períodos de tempo”. (CAMPOS FILHO, 1997). O Fluxo de
Caixa assume importante papel no planejamento financeiro das empresas. Portanto,
constitui-se num exercício dinâmico, que deve ser constantemente revisto atualizado e
utilizado na tomada de decisões.
O autor Zdanowicz (1998), ressalta a importância do fluxo de caixa porque irá
indicar antecipadamente as necessidades de numerário para andamento dos
compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos a serem
saldados.
Zdanowicz (1998, p. 127) acrescenta ainda que:
Outro papel importante, que desempenha o fluxo de caixa, é a possibilidade de evitar a programação de desembolso vultoso para período em que ingressos orçados sejam baixos por questões de mercado, por exemplo. O planejamento do fluxo de caixa permite ao administrador financeiro verificar se poderá verificar se realizar aplicações a curto prazo com base na liquidez, na rentabilidade e nos prazos de resgates.
33
2.5.5 Orçamento de caixa
Orçamento é um instrumento que descreve um plano geral de operações e/ou
capital, orientado pelo objetivo e pelas metas traçadas serve como referência para os
valores financeiros projetados e realizados pelo comitê de finanças, havendo
defasagens então os programas estão correndo como o planejado, e que deve ser
tomada medidas corretivas (ZDANOWICZ, 1998).
Três são as principais características do orçamento de caixa na visão de
Zdanowicz (1998 p. 249), são elas:
• flexibilidade na aplicação – ao considerar-se freqüentes flutuações da
economia, o orçamento de caixa não poderá ser considerado um peça
estática dentro do orçamento global da empresa. O orçamento de caixa
deverá ser adaptado às novas situações econômico-financeira da empresa
para o período seguinte, em função do controle orçamentário;
• projeção para o futuro – a partir do diagnóstico da situação de liquidez e
capital de giro da empresa, orçamento de caixa consistirá na projeção do
nível desejado de caixa, em função do atual para o futuro;
• participação direta dos responsáveis - ao elaborar-se o orçamento de caixa
muitas são as informações e os dados necessário para sua elaboração e
que serão fornecidos pelos vários departamentos e setores da empresa. As
pessoas envolvidas no processo orçamentário devem estar conscientes de
suas responsabilidades na participação do orçamento. Assim, podem-se
relacionar: vendas, recurso humano, aquisições de materiais e itens do
ativo imobilizado etc.
34
De acordo com Braga (1989), não se deve considerar o orçamento como
expressão daquilo que se acredita que venha a ocorrer, mas ao contrário, deve-se
considerá-lo como objetivo realizável. Uma vez completado os estudos e tomadas
vários decisões, o orçamento servirá como uma declaração de princípios, baseada nos
esforços conjuntos de todos os interessados.
2.5.6 Causas da falta de recurso
Dentre as principais causas da falta de recursos que poderão ocasionar um
desequilíbrio financeiro em uma empresa, Zdanowicz (1998) relaciona:
• alto custo financeiro em função de planejamento e controle de caixa
irregulares;
• distribuição de lucros, além das disponibilidade de caixa;
• baixa velocidade na rotação de estoque e nos processos de produção;
• ampliação exagerada dos prazos de venda pela empresa, para conquistar o
mercado;
• expansão descontrolada das vendas, implicando em maior volume de
compra e de custo pela empresa;
• diferença acentuadas na velocidade dos cíclos de recebimento e
pagamento, em função dos prazos de venda e de compra;
• insuficiência de capital próprio e utilização de terceiros em proporção
excessiva, em conseqüência, aumentando o grau de endividamento da
empresa;
35
• necessidade de compra de porte, de caráter cíclico ou para reserva,
exigindo maiores disponibilidade de caixa;
• sub-ocupação temporária do capital fixo, seja pelas limitações de mercado,
seja pela falta ou insuficiência de capital de giro.
2.5.7 Implantação do fluxo de caixa
É muito importante que quando houver grandes desembolsos haja saldo, de
modo que a empresa deve ter no fluxo de caixa uma ferramenta para assegurar que
não hajam gastos excessivos e nem falte liquidez à mesma por falta de planejamento
de suas entradas e saídas.
Zdanowicz (1998, p. 133), diz que, “a implantação do fluxo de caixa consiste em
apropriar os valores fornecidos palas várias áreas da empresa, segundo o regime de
caixa, isto é, de acordo com os períodos que efetivamente deverão ocorrer os
ingressos e desembolso de caixa”.
2.5.8 Descrição dos itens do fluxo de caixa
A seguir, descreve-se os principais itens que compõem o fluxo de caixa, de
acordo com Zdanowicz (1998).
36
• Ingressos: são todas as entradas de caixa e bancos em qualquer período,
como as vendas á vista que serão lançadas diretamente no fluxo de caixa ou
as vendas a prazo, aumento de capital social, desconto de duplicatas, venda
de itens do ativo, permanente, aluguéis recebidos e receita financeira;
• Desembolso: é todo o dinheiro que é ou será gasto com compras a vista ou
a prazo, saída de caixa e banco, salários, encargos sociais, mão-de-obra
direta e indireta, e também todas as despesas indireta de fabricação e
despesas operacionais;
• Diferencia de período : é a comparação entre os ingressos e desembolso do
período, podendo ser negativa, positiva ou nula;
• Saldo inicial de caixa : é o saldo de caixa final do período anterior;
• Disponibilidade acumulada : é o resultado da diferença do período apurado,
mais o saldo inicial de caixa;
• Nível desejado de caixa : a projeção disponível no período seguinte, ou seja,
capital de giro liquido necessário pela empresa, em função do volume de
ingressos e desembolso futuros;
• saldo final de caixa: é o nível desejado de caixa projetado para o período
seguinte que será o saldo inicial de caixa do período subseqüente.
2.5.9 Modelo de fluxo de caixa
Zdanowicz (1998), destaca que na elaboração do fluxo de caixa deverão ser
discriminados todos os valores a serem recebidos e pagos pela empresa. Quanto mais
especificado, melhor será o controle sobre as entradas e saídas de caixa, verificando
37
assim as suas defasagens e determinando as medidas corretivas ou saneadoras para
os períodos subseqüentes.
A seguir apresenta-se modelo de fluxo de caixa proposto por Zdanowicz (1998,
p. 145), conforme demonstra a tabela 01.
JAN FEV ... TOTAL PERÍODOS P R D P R D P R D
Itens 1. INGRESSOS Vendas á vista Cobrança em carteira Cobranças bancárias Descontos de duplicatas Vendas de Itens do ativo permanente Alugueis recebidos Aumentos do capital social Receitas financeiras Outros 2. DESEMBOLSOS Compras à vista Fornecedores Salários Compras de itens do ativo permanente Energia elétrica Telefone Despesas administrativas Despesas com vendas Despesas tributárias Despesas financeiras Outros SOMA 3. DIFERENÇA DO PERIODO (1-2) 4. SALDO INICIAL DE CAIXA 5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+-3 +4) 6. NIVEL DESEJADO DE CAIXA 7. EMPRÉSTIMOS A CAPTAR 8. APLICAÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO 9. AMORTIZAÇÕES DE EMPRESTIMOS 10. RESGATES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Tabela 1: Modelo de fluxo de caixa
P = Projetado; R= Realizado; D= Defasagem.
Fonte: Zdanowicz (1998, p. 145).
38
2.5.10 Mapas auxiliares
Zadanowicz (1998) salienta que para a utilização do modelo apresentado, é
necessário que o administrador financeiro elabore uma série de mapas auxiliares como:
vendas a prazo, compras a prazo, despesas administrativas, despesas com vendas,
despesas tributárias, despesas financeiras, recebimentos com atrasos etc., cujos totais
deverão ser transportados para o fluxo de caixa.
A seguir apresenta-se alguns modelos sugeridos pelo autor.
1) Mapa auxiliar de recebimentos das vendas a prazo
Tabela 02: Mapa auxiliar de recebimentos das vendas a prazo
Recebimentos ocorridos no ano anterior
Fonte: Zdanowicz (1998, p. 150).
a) o somatório mensal de cada linha deverá ser transportado para o fluxo de
caixa;
Mês de venda Mês de recebimento JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Σ OUT X ♦ ♦ NOV X X ♦ DEZ X X X JAN X X X FEV X X X MAR X X X ABR X X X MAI X X X JUN X X X JUL X X X AGO X X X SET X X X Σ
39
b) as condições de recebimento das vendas a prazo da empresa obedecem à
seguinte programação financeira: 40% a 30 dias, 30% a 60 dias, 30% a 90 dias, fora o
mês.
2) Mapa auxiliar de pagamentos das compras a prazo pagamentos efetuados no
ano anterior:
Tabela 03: Mapa auxiliar de pagamentos das compras a prazo
Fonte: Zdanowicz (1998, p. 151).
a) o somatório mensal de cada linha deverá ser transportado para o fluxo de
caixa;
b) as condições de pagamento das compras a prazo da empresa obedecem à
seguinte política: 50% a 30 dias, 30% a 60 dias, 20% a 90 dias, fora o mês.
A principal função do mapa auxiliar é determinar o período em que as entradas e
saídas dos recursos financeiros decorrentes de transações realizadas a prazo afetarão
o fluxo de caixa.
Mês de Compra Mês de pagamento JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Σ OUT X ♦ ♦ NOV X X ♦ DEZ X X X JAN X X X FEV X X X MAR X X X ABR X X X MAI X X X JUN X X X JUL X X X AGO X X X SET X X X Σ
40
2.5.11 Controle de despesa
A empresa deve prevenir-se quanto a possível desvirtuação de seu sistema de
desembolso, podendo haver saída com fins fictícios caso não haja o devido cuidado,
por isto deve-se dividir o processo de pagamento em etapas. (ZDANOWICZ, 1998).
Deve-se também atrasar as saídas de caixa tanto quanto possível, caso as
vantagem de pagamento à vista ou em prazo menores não superem os benefícios do
capital em aplicações seguras. (ZDANOWICZ,1998).
2.5.12 Alterações no saldo de caixa
O saldo de caixa sofre alterações relativamente constantes em decorrência da
liquidez que este item ativo possui. Elas podem ocorrer tanto em função dos itens já
projetado no fluxo de caixa ou serem decorrentes de imprevistos, uma vez que sendo a
conta com maior liquidez é a que pode mais facilmente ser usada para absorver
imprevistos, sendo que também pode receber um valor programado em decorrência de
algum fato não previsto. A posição do caixa recebe continuamente os efeitos desses
fatores internos e externos, que precisam ser considerados pela administração
financeira da empresa. (ZDANOWICZ,1998).
41
2.5.13 Requisito para uma boa administração de caixa
O administrador financeiro deverá ter cuidados especiais com o ativo disponível,
de tal modo que alguns requisitos se fazem necessários, conforme cita Zdanowicz
(1998):
• aceleração do processo de recebimento;
• controle de pagamento;
• estabelecimento de um saldo mínimo que dependerá da necessidade de
caixa para transação e eficiência da administração do disponível;
• existência de planejamento e controle financeiro.
2.5.14 Fluxo de caixa projetado
É fundamental para que uma empresa cresça, pois todas as empresas fazem
projeções de valores a receber e a pagar, mas o que varia de uma empresa para outra
é a metodologia utilizada, o prazo de abrangência das projeções e o grau de precisão
(CAMPOS,1997).
Na visão do autor Campos (1997), pensar no futuro é bem mais difícil do que
acumular dados históricos. O futuro nos traz incerteza. Ao projetar-se valores futuros,
tenta-se reduzir as incertezas e antecipa-se às necessidades.
Sá (2006, p 59) ressalta que:
42
O fluxo de caixa projetado é o produto final da integração das contas a receber com as contas a pagar. Seu objetivo é identificar as faltas e os excessos de caixa, as datas em que ocorrerão, por quantos dias e em que montante. È a partir do fluxo de caixa que fazemos o planejamento financeiro.
Com relação ao tema, Campos (1997) afirmar existir duas expectativas quanto
ao fluxo de caixa projetado:
1º as expectativas quanto ao futuro, onde geralmente não ocorre com a
pontualidade que gostaríamos, é difícil assegura que um determinado cliente irá pagar
sua duplicata no vencimento;
2º os números projetados levam a decisões que irão alterar estas projeções.
Projeções de superávit de caixa podem conduzir a decisões de investimento, a
aumento de estoque, a concessão de maiores prazos de pagamento etc. Projeções de
déficit de caixa podem levar à obtenção de maiores prazos de pagamentos junto aos
fornecedores, à redução de investimentos, à obtenção de empréstimo.
Sá (2006), afirma que se tratando de fluxo de caixa projetado a curto prazo,
podemos compará-los com os seguintes aspectos:
• quais os pagamentos não previsto que foram realizados?
• quais os pagamentos previstos que não foram realizados?
• quais os recebimentos não previstos que entraram?
• quais os recebimentos previstos que não entraram?
Para Yoshitake (1997) a projeção e indispensável para uma eficaz gestão
financeira, ela assegurar a disponibilidade de fundo sob as mais condições
econômicas, obtendo assim o máximo de retorno dos excessos de caixa.
O autor Yoshitake (1997, p. 156) ainda incrementa que:
Se for constatado um déficit de caixa na projeção, é possível tomar decisões antecipadas sobre a forma de financiamento desse déficit. Por exemplo, a empresa poderá avaliar com antecedência as opções entre a captação de empréstimo e a postergação de pagamento a credores e de impostos.
43
2.5.15 Importância no Planejamento
É importante o planejamento do fluxo de caixa, Zdanowicz (1998), porque irá
indicar antecipadamente as necessidades de numerário para o atendimento dos
compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para serem
saldados.
Com isso, o administrador financeiro estará apto a planejar com a devida
antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir em conseqüência de reduções
cíclicas das receitas ou de aumento no volume dos pagamentos.
Zdanowicz (1998, p 127) comenta que:
Acresce-se outro papel importante, que desempenha o fluxo de caixa, que é a possibilidade de evitar a programação de desembolsos vultosos para período em que os ingressos orçados sejam baixos por questões de mercado, por exemplo. O planejamento do fluxo de caixa permite ao administrador financeiro verificar se poderá realizar aplicações a curto prazo com base na liquidez, na rentabilidade e nos prazos de resgate.
Nestes termos, Zdanowicz (1998), ressalta a importância do fluxo de caixa para
a eficiência econômica financeira e gerencial das empresas, não importando o tamanho
da organização, a ponto, que muitas instituições de crédito exigem a sua apresentação
antes de concederem empréstimos a seus clientes.
2.5.16 Os requisitos básicos para o planejamento do fluxo de caixa
Para Zdanowicz (1998), os principais requisitos para o planejamento do fluxo de
caixa são os dados econômicos utilizado pelo administrador financeiro, captados no
plano geral de operações da empresa para o período a ser projetado.
44
Neste contexto, Zdanowicz (1998, p 131), faz o seguinte comentário:
Neste momento, o administrador financeiro irá buscar informações em outros departamentos da empresa, e é importante que seus responsáveis estejam conscientes da exatidão, clareza e confiabilidade dos dados prestados. A empresa, para utilizar este instrumento de gestão financeira e alcançar os objetivos e as metas propostas, não deve medir esforços na sua implantação e implementação, em termos empresariais. Ela deve manter um nível razoável em caixa de bancos para que possa atender às necessidades diárias. Este saldo disponível não poderá ser arbitrário, porém determinado pelo administrador financeiro de acordo com os parâmetros operacionais da empresa. Quanto mais cuidado houver na sua elaboração menor terá de ser o nível de caixa.
Para que a empresa obtenha resultados positivos através do fluxo de caixa é
necessário que observe os seguintes requisitos:
• buscar a maximização do lucro, possuindo certos padrões de segurança,
previamente fixados;
• assegurar ao caixa um nível desejado, a partir da constituição de reservas
necessárias à empresa;
• obter maior liquidez nas aplicações dos excedentes de caixa no mercado
financeiro;
• determinar o nível desejado de caixa, a partir das contas que compõe o
disponível da empresa;
• fixar limites mínimos, mediante as experiências adquiridas pela empresa,
permitindo realizar os ajustes quando for necessário;
• Ainda que a empresa observe certos padrões de segurança, pode investir
parte de seus recursos disponíveis, mas nunca além do mínimo necessário
para as suas atividades operacionais.
45
2.5.17 Ingressos
Ingressos são todas as entrada de caixa e em banco de qualquer período, pode-
se citar como exemplo as vendas à vista lançada no caixa, ou até mesmo as vendas a
prazo tais como: (cobrança simples e bancaria) e também os recebimentos em atraso,
também são considerados como ingresso no aumento de capital social, venda dos itens
do ativo permanente, desconto de duplicatas, receitas financeiras e alugueis recebidos
(ZDANOWICZ, 1998).
Com relação ao tema (ZDANOWICZ, 1998, p. 168), “o planejamento dos
ingressos de caixa é o ponto mais complexo do fluxo de caixa, pois depende do período
de retorno dos valores em cobrança”. As principais fontes são:
• empréstimo captados junto às instituições financeiras;
• receitas financeiras decorrentes de aplicações no mercado financeiro;
• dividendos recebidos de empresas coligadas ou controladas;
• receita de venda de produtos prontos ou mercadorias e de serviços à
vista;
• aumento de capital social por novas integralizações dos sócios atuais ou
pela entrada de novos sócios na empresa.
Entre outras receitas, que em geral não correspondem à atividades principal da
organização, como venda de itens do ativo imobilizado ao tornarem obsoleto, alugues
recebidos, e os benefícios decorrentes de incentivos fiscais.
46
2.5.18 Desembolsos
Compõem-se das compras à vista e as compras a prazo onde necessitam de
mapas auxiliares para posterior transporte ao fluxo de caixa, e também os salários com
encargos sociais de mão-de-obra direta e indireta, é todas as despesas indiretas de
fabricação e despesas operacionais, e compras de itens do ativo permanente
(ZDANOWICZ, 1998, p. 147).
Zdanowicz, (1998, p. 169) ressalta, “a estimativa do desembolso é facilitada pelo
número de credores, via de regra, não ser tão expressivo quanto o de clientes, e porque
os compromissos têm, normalmente, prazo certo de vencimento”.
Os principais itens do planejamento a serem desembolsados pela empresa são:
• fornecedores com aquisições de matéria-prima, secundárias, de
expediente e de conservação a vista e a prazo;
• pagamento de salário aos funcionários da empresa;
• pagamento de encargo previdenciário e fiscais da empresa;
• pagamento de gratificações aos funcionários e a diretoria;
• compra de itens do ativo imobilizado
47
3 APRESENTAÇÕES DOS DADOS DA PESQUISA
Neste item demonstra-se os resultados da pesquisa de campo realizada na
empresa Cestão Dimas.
3.1 Caracterização da empresa
A seguir procede-se a apresentação da empresa CESTÂO DIMAS, objeto de
estudo desse trabalho, sua missão e visão.
3.1.1 Histórico
Raimundo Rodrigues Dimas, nascido em Acopiara, CE, casado, pai de três
filhos, trabalha a vida todo como venda e cobrança de enxovais no estado do Pará.
Mudou-se para Itajaí em meados de agosto de 1995, onde também trabalhava
com vendas, só que dessa vez com venda de alimentos não perecíveis, trabalhou mais
ou menos três anos na empresa Cestão Santa Catarina, no qual também realizava
vendas e cobrança.
48
O proprietário do Cestão Santa Catarina na época mudou-se pra região de
Blumenau, vendendo pro seu Dimas, todo o itinerário dele aqui da região, Balneário
Camboriú e Itapema.
Com o acerto da sua saída da empresa, mais a venda do carro de passeio deu
pra inicia o começo de seu empreendimento. Meados de 2002 nasce oficialmente à
empresa Cestão Dimas, onde trabalham pai e filho.
No começo do empreendimento não foi fácil, pois o empreendedor não tinha
noção de presos, local de compra, é principalmente locar pra armazenar seu estoque.
Tudo montado e a empresa Cestão Dimas adquire uma D20 Ano 98, onde
possibilita a abertura de mais um itinerário, só que dessa vez em Navegantes. Dimas
fica com Itapema e Balneário e Klayton filho com a região Navegante e Piçarras. Onde
até hoje é assim.
Foi contratado mais um funcionário, como lhe faltava experiência no ramo não
conseguiu realizar as atividades com êxito, deixando assim prejuízos significativos à
empresa.
3.1.2 Dados de identificação
A empresa foi constituída sob a forma jurídica de “empresa individual”,
atualmente empresário, tendo como razão social Raimundo Rodrigues Dimas
Comerciante ME, e de nome fantasia, “Cestão Dimas”.
Seu depósito localiza-se na Rua Nelson Raul Rebelo 84, Bairro: São Vicente,
CEP: 88309-335 Municípios de Itajaí, onde recebe as mercadorias e é feita à
montagem das cestas básica, pois estas compras geralmente feita em fardo ou caixa,
ou seja, no atacado.
49
3.1.3 Característica dos produtos comercializados
A empresa trabalha com montagem e venda de produtos alimentícios em forma
de cestas básicas, sendo compostas, normalmente, por vinte e sete diferentes
produtos, conforme segue:
• arroz;
• feijão;
• açúcar;
• trigo;
• sabão em pó;
• óleo;
• sabão em pedra;
• detergente;
• água sanitária;
• papel higiênico;
• esponja de aço;
• café;
• polenta;
• sal;
• farinha de mandioca;
• maçarão;
• goiabada;
• tempero ;
• bolacha;
• bala;
• fermento;
• leite;
50
• creme dental;
• sabonete;
• suco em pó;
• ovos;
• extrato de tomate.
3.1.4 Ramo de atividade
A venda de produtos alimentícios é um ramo de atividade que vêm crescendo
cada vez mais, principalmente no Brasil, pois não há como o ser humano abrir mão das
necessidades primárias.
Neste ramo de atividade existem verdadeiras fortalezas de empresas e produtos
de todos os segmentos, marcas e gêneros. Os hipermercados e supermercados hoje
atendem os mais variados desejos, a concorrência e muito elevada,
3.1.5 Clientes
A clientela da empresa é formada por pessoas física diversas. Sendo que grande
parte dos clientes realizam compra mensais repetidas vezes; alguns deles são
colaboradores desde o inicio das atividades de empresa.
51
3.1.6 Fornecedores
Os principais fornecedores são:
• Aldri Atacadista;
• Mulfatão;
• Coamo;
• Supermercado Compre Fort;
• Arroz Vanolli;
• Bung Alimento;
• Supermercado Explosão.
3.1.7 Forma de pagamento
A forma de pagamento proposta pela empresa Cestão Dimas compreende
pagamentos em:
• dinheiro;
• cheque pré-datados;
• notas promissórias.
52
3.1.8 Política de pagamento da empresa
Normalmente faz-se pagamento através de boletos bancários, ou cheques
nominais, quando não há boletos, sempre com uma segunda via para controle dos
pagamentos.
3.1.9 Modelo atual de gestão
Os produtos são comprados diretamente com os representantes dos respectivos
itens, e são montados.
3.2 Missão e visão
A organização necessita do controle para poder controlar seus recursos com
relação às finanças. A empresa Cestão Dimas ainda não possuía missão e visão
definidas; estas foram construídas pelo empreendedor com ajuda da estagiária e do
professor orientador.
53
3.2.1 Missão
A empresa deve ter claro seus objetivos, a missão é a essência desse objetivo.
Para Tachizawa e Resende (2000, p. 39), “a missão define a razão de ser da
organização e a visão onde e como a organização espera esta no futuro”.
De acordo com Oliveira (1999), a missão da empresa determina onde a
organização pretende ir, ou seja, qual o seu negócio, qual a razão da sua existência,
quais os ramos de atividade que deverão ser focados no futuro.
A missão da empresa Cestão Dimas, elaborada com a ajuda da estagiária, é
“comercializar produtos não perecíveis, em venda varejista, buscando a satisfação dos
consumidores, colaboradores, fornecedores e da sociedade em que está inserida”.
3.2.2 Visão
A visão é um futuro próximo, e um espelho através do qual a empresa reflete
onde deseja estar no futuro.
Nesse sentido, Prazeres (1996, p. 418), diz que a visão de uma organização
trata-se de “estado do futuro de como a organização prevê os anseios e as
necessidades dos clientes, a concorrência direta, estágio em que deverá se encontra
seus produtos e serviços, as oportunidades e as ameaças internas e externamente”.
54
A visão da empresa Cestão Dimas, elaborada com a ajuda da estagiária, é “ser
reconhecida por consumidores, fornecedores e concorrentes como uma das melhores
empresas de venda à pronta entrega de produtos não perecíveis”.
3.2.3 Desenvolvimento da pesquisa
Apresenta-se a seguir os dados obtidos mediante entrevistas e análise
documental referentes ao período de junho a setembro/2007, os quais serviram como
base para a projeção do fluxo de caixa correspondente aos meses de julho a setembro,
ou seja, o terceiro trimestre de 2008.
3.2.4 Resultado obtido
A escolha do período de projeção deu-se em razão de se pretender
operacionalizar o sistema de controle de entradas e saídas de caixa a partir do terceiro
trimestre de 2008, depois de concluída a pesquisa.
Identificação Períodos
Junho/2007 Julho/2007 Agosto /2007 Setembro/2007 Ingressos
Vendas à vista - - - -
Vendas a prazo 17.935,00 17.355,00 18.780,00 19.782,00
55
Soma 17.935,00 17.355,00 18.780,00 19.782,00 Desembolsos Despesas Comerciais
Água 35,80 35,00 25,50 45,00
Energia Elétrica 68,65 63,80 63.25 65,58
Telefone/ Internet 278,33 378,29 245,15 290,57
Contabilidade 130,00 119,05 149,58 175,36
Aluguel 450,00 450,00 450,00 450,00
Outros
Soma 832,78 1.046,14 1.063,15 1.026,51 Fornecedores
Compras à vista - - - -
Compras a prazo 11.657,75 11.267.75 12.207,00 12.858,30
Outros
Soma 11.657,75 11.267.75 12.207,00 12.858,30 Despesa com pessoal
Salários funcionários
526,00 526,00 556,00 556,00
Pró - Labore 380,00 380,00 380,00 380,00
Retirada de lucro 1.000,00 1.000,00 1.000,00 1.000,00
Outros
Soma 1.936,00 1.936,00 1.936,00 1.936,00 Despesas Tributárias
Simples 717,40 694,20 - -
ICMS 224,19 216,69 - -
DAS - - 751,20 791,28 Soma 941,59 910,89 751,20 791,28 Despesas Financeiras
Despesas Bancárias
Outros
Soma - - - -
Financiamentos
Carro 750,00 750,00 750,00 750,00
56
Outros
SOMA 16.118,12 15.910,78 16.707,35 17.362,09
Tabela 04 - Relatório das compras, vendas, encargos, e demais receitas e despesas
(em R$).
Fonte: Elaborado pela estagiária com auxilia do professor orientador.
Na tabela acima apresenta-se todos os ingressos e desembolsos que ocorreram
na empresa no mês de junho a setembro de 2007. Os ingressos são compostos pelas
vendas de mercadorias. Até o momento a empresa não possuiu recursos aplicados no
mercado financeiro.
A definição do volume de vendas a prazo, de acordo com os dados estudados, e
conhecimento do proprietário da empresa no que diz respeito às entradas e saídas de
caixa, pois a mesma não possui controles de entradas, cheques, notas a cobrar, entre
outros, porém o prazo máximo oferecido aos clientes é de até 30 dias.
Nos desembolsos constituem-se os pagamentos realizados, as despesas com
pessoal, administrativas, tributárias, financeiras etc. Destaca-se que para as compras
da empresa, quase todas são realizadas a prazo, para pagamento em 30 dias.
Tratando-se das despesas tributárias cabe destacar que a empresa é optante
pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas
e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional.
3.2.5 Projeção dos dados obtidos
Identificação Períodos
Junho/2007 Julho/2007 Agosto /2007 Setembro/2007
57
Ingressos
Vendas à vista - - - -
Vendas a prazo 19.679,18 19.042,78 20.606,36 21.705.80 Soma 19.679,18 19.042.78 20.606,36 21.705,80 Desembolsos Despesas Comerciais
Água 37,59 36,75 26,78 47,25
Energia Elétrica 72,08 66,99 66,41 68,86
Telefone/ Internet 292,25 397,20 257,41 305,10
Contabilidade 136.50 125,00 157,06 184,13
Aluguel 472,50 472,50 472,50 472,50
Outros
Soma 1.010,92 1.098,45 980,16 1.077,84 Fornecedores
Compras à vista - - - -
Compras a prazo 12.791,47 12.363.51 13.394,13 14.108,78
Outros
Soma 12.791,47 12.363,51 13.394,13 14.108,78 Despesa com pessoal
Salários funcionários
556,00 556,00 556,00 556,00
Pró - Labore 415,00 415,00 415,00 415,00
Retirada de lucro 1.500,00 1.500,00 1.500,00 1.500,00
Outros
Soma 2.471,00 2.471,00 2.471,00 2.471,00 Despesas Tributárias
Simples 489.63 473.25 - -
ICMS 165,25 159,72 - -
DAS - - 512.69 540,05 Soma 654,88 632,97 512,69 540,05 Despesas Financeiras
Despesas Bancárias
- - - -
Outros
58
Soma - - - -
Financiamentos
Carro 750,00 750,00 750,00 750,00
Soma
SOMA 17.678,27 17.315,97 18.107,98 18.947,62
Tabela 05 - Relatório projetado das compras, vendas, encargos, e demais receitas e despesas (em R$).
Fonte: Elaborado pela estagiária com auxilia do professor orientador.
3.2.6 Mapas auxiliares (junho/2008 e terceiro trimestre 2008)
Os mapas auxiliares têm como função básica auxiliar a projeção dos ingressos e
desembolsos, detalhadamente, ocorridos nos períodos estudados, neste estudo serão
utilizados períodos de cobertura trimestrais com projeções mensais.
Com este detalhamento, os mapas auxiliam na análise do administrador
financeiro ou até mesmo por um profissional sem conhecimentos da área financeira,
quando estudado o fluxo de caixa. Estes mapas são feito com base na captação dos
ingressos e desembolsos de caixa. A seguir tem-se o total das vendas da empresa,
conforme lançamentos feitos no caixa durante o período.
3.2.6.1 Entradas de caixa
A única entrada de caixa que a empresa possui até o momento, refere-se às
vendas feitas a prazo.
59
De acordo com expectativas do proprietário, projetou-se um acréscimo de 5,0%
de incremento no faturamento da empresa para o período de junho a setembro de
2008. Além disso, levou-se em consideração a expectativa de inflação na ordem de
4,5%.
Considerou-se esta expectativa de inflação, com base no IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo) na ordem de 4,46%, ocorrido no ano de 2007
(BANCO CENTRAL DO BRASIL, Relatório de Inflação – Dezembro/2007, 2008).
Observa-se com maior clareza na tabela 05 as entradas de caixa da empresa,
onde as vendas a prazo correspondem a 100% (cem por cento) das operações, as
vendas a prazo são em sua maioria efetuada com notas promissórias e o seu restante
com cheque com um prazo máximo de 30 dias corridos apos a compra, a mesma não
trabalha com vendas parceladas e nem com cartão de credito, tendo em vista que são
efetuadas diretamente na residência dos clientes.
Com base nos dados apontados na tabela 05, projetou-se as vendas para o
período julho/2008 a setembro/2008, conforme demonstra a tabela 06.
Tabela 06 – Mapa auxiliar de vendas de mercadorias Junho/2008 e terceiro trimestre de 2008
PERÍODO EVENTOS Junho/ 2008
Julho/ 2008 Agosto/ 2008
Setembro/ 2008
Total das vendas 19.679,18 19.042,78 20.606,36 21.705,80 Total de vendas à vista - - - - Vendas a prazo (100%) 19.679,18 19.042,78 20.606,36 21.705.80
19.679,18 19.042,78 20.606,36
Fluxo de entrada das vendas a prazo
Total de entradas vendas a prazo
19.679,18 19.042,78 20.606,36
60
Fonte: Elaborada pela estagiária com auxilio do professor orientador.
3.2.6.2. Saídas de caixa
É constituído dos pagamentos efetuados pela empresa, os quais são pagos os
fornecedores, funcionários, impostos, encargos sociais entre outras obrigações que se
faz necessário ao bom funcionamento da organização. Sem dúvida a empresa busca
preservar seu nome, cumprindo assim com todas as suas obrigações.
As compras, apresentadas na tabela 07, projetou-se um aumento entre 5%
(cinco por cento), baseando-se através do aumento das vendas, onde também será
usado como base de cálculo para o terceiro trimestre/2008 5% (cinco por cento).
A seguir apresenta-se a projeção de compras para o período de julho/2008 a
setembro/2008.
PERÍODO EVENTOS Junho/ 2008
Julho/ 2008
Agosto/ 2008
Setembro/ 2008
Total das compras 12.791,47 12.363.51 13.394,13 14.108,78 Total de compras à vista Compras a prazo 12.791,47 12.363.51 13.394,13 14.108,78
12.791,47 12.363.51 13.394,13
Fluxo de entrada das compras a prazo
Total de saídas de compras a prazo
12.791,47 12.363.51 13.394,13
61
Tabela 07 - Mapa auxiliar de compras de mercadorias junho/2008 e terceiro trimestre
2008
Fonte: Elaborado pela estagiária com auxilio do professor orientador.
3.2.7 Fluxo de caixa projetado
O fluxo de caixa projetado foi elaborado com base nas compras e vendas de
mercadorias e demais ingressos e desembolsos previstos para os meses de junho a
setembro de 2008.
3.2.7.1 Manual de Instruções
Estas instruções visam facilitar o entendimento e o uso do fluxo de caixa
projetado, por pessoas que tenham pouco ou nenhum conhecimento na área financeira.
Os itens detalham de forma resumida as operações de entradas e saídas de recursos
financeiros de caixa, conforme o modelo a seguir apresentado.
(1) Registrar todos os recebimentos e pagamentos mensais previstos relacionados às
atividades operacionais.
(2) Este resultado pode ser negativo ou positivo. É o confronto das entradas e saídas
da ATIVIDADE OPERACIONAL.
(3) Registrar todos as entradas e saídas mensais de numerários previstas relacionadas
a transações de itens do ativo permanente.
62
(4) Este resultado pode ser negativo ou positivo. É o confronto das entradas e saídas
da ATIVIDADE DE INVESTIMENTO.
(5) Registrar todas as entradas e saídas de recursos financeiros relacionadas ao
financiamento das operações (empréstimos bancários, integralização de capital etc).
(6) Este resultado pode ser negativo ou positivo. É o confronto das entradas e saídas
da ATIVIDADE DE FINANCIAMENTO.
(7) Este saldo é a soma algébrica dos resultados (2); (4) e (6), podendo ser negativo ou
positivo.
Obs: Após encontrar os resultados do item (7), seguir as regras (sinais algébricos) do
modelo.
(8) O saldo inicial de cada período é sempre igual ao final do período anterior.
(9) Aqui, deve ser registrada a entrada do dinheiro pelo resgate da aplicação (o valor
principal).
(10) Registrar a entrada do dinheiro pelos rendimentos (juros) das aplicações
realizadas.
(11) Registrar a saída do dinheiro pelo pagamento do empréstimo contraído (só o
principal).
(12) Nesta linha, registrar a saída do dinheiro pelo pagamento dos juros sobre os
empréstimos contraídos.
(13) Nesta linha, registrar o valor do empréstimo (principal) necessário para que se
tenha o saldo final de caixa conforme projetado. Ao apurar o valor do empréstimo,
lançar o principal e juros nos itens (11) e (12), respectivamente, conforme o mês
previsto para pagamento.
(14) Nesta linha, registrar as aplicações (principal) a serem efetuadas quando sobrar
recursos de acordo com o saldo final de caixa projetado. Ao apurar o valor da
63
aplicação, lançar o principal e juros nos itens (9) e (10), respectivamente, conforme o
mês previsto para resgate.
(15) Este saldo é projetado conforme política da empresa (não esquecer que o saldo
inicial de cada período é sempre igual ao saldo final do período anterior).
Obs: Os saldos (8) e (15), podem, e devem, ser definidos (de acordo com as
informações) antes de qualquer procedimento relativo ao fluxo de caixa projetado.
ATIVIDADES OPERACIONAIS – envolvem todas as atividades relacionadas com a
produção e entrega de bens e serviços e os eventos que não sejam definidos como
atividades de investimento financiamento. Normalmente, relaciona-se com as
transações que aparecem na demonstração de Resultados.
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS – relacionam-se normalmente com o aumento e
diminuição dos ativos de longo prazo que a empresa utiliza para poder produzir bens e
serviços. Incluem a concessão e recebimento de empréstimos, a aquisição e venda de
instrumentos financeiros e patrimoniais de outras entidades e a aquisição e alienação
do imobilizado.
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO – relacionam-se com os empréstimos de credores
e investidores à entidade. Incluem a obtenção de recursos dos donos e o pagamento a
estes de retorno sobre seus investimentos ou do próprio reembolso do investimento;
incluem também a obtenção de empréstimos credores e a amortização ou liquidação
destes; e também a obtenção e pagamento de recursos de créditos a longo prazo.
A seguir demonstra-se a tabela do fluxo de caixa projetado conforme os dados
coletados e projetados:
64
Tabela 08 - Fluxo de caixa projetado para terceiro trimestre de 2008
Tabela 08 - Fluxo de caixa projetado para terceiro trimestre de 2008 ATIVIDADES OPERACIONAIS (1)
Julho Agosto Setembro
Entradas:
(+) Total vendas de mercadorias á vista 0 0 0 (+) Recebimento das vendas de mercadorias a prazo 19.679,18 19,042,78 20.606,36 (+) Receita de aluguel - - -
Total das Entradas 19.679,18 19,042,78 20.606,36 Saídas:
(-) Pagamento fornecedores á vista 0 0 (-) Pagamento fornecedores a prazo 12.791,47 12.363.55 13.394,13 (-) Salários com encargos 556,00 556,00 556,00 (-) Despesas comerciais 0 0 0 (-) Despesas administrativas 150,00 150,00 150,00 (-) Despesas tributárias 632,97 512,69 540,05 (-) Despesas financeiras 0 0 0
Total das Saídas 14.130,44 13.582,24 14.640,18 Caixa líquido gerado/consumido p/atividade Operacionais (2) 5.548,74 5.460,54 5.966,18
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (3)
Entradas: (+) Vendas de veículos 0 0 0
Saídas: (-) Aquisição de veiculo 750,00 750,00 750,00
Caixa líquido gerado/consumido p/atividade de investimento (4) (750,00) (750,00) (750,00)
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (5)
Entradas: (+) Integralização de capital 0 0 0
Saídas: (-) Retiradas de lucro 1.500,00 1.500,00 1.500,00
Caixa gerado/consumido p/atividade de financiamento (6) (1.500,00) (1.500,00) (1.500,00) Aumento/diminuição Líquido nas disponibilidades (7) 3.298,74 3.210,54 3.716,18
(+) Saldo Inicial de Caixa (8) 5.000,00 5.000,00 5.000,00 = Disponibilidade Acumulada I 8.298.74 8.210,54 8.716.18
(+) Resgate de Aplicações (9) - - - (+) Rendimentos de aplicações financeiras (10) - - - (-) Liquidação de Empréstimo (11) - - - (-) Juros pagos s/empréstimos (12) - - - = Disponibilidade acumulada II (*) 8.298.74 8.210,54 8.716.18
(+) Empréstimos bancários a curto prazo (13) - - - (-) Aplicações financeiras de excedentes (14) 3.298,74 3.210,54 3.716,18 = Saldo Final de Caixa (*) (15) 5.000,00 5.000,00 5.000,00
65
Fonte: Elaborado pela estagiária com auxilio do professor orientador.
(*) Disponibilidade acumulada II (–) Saldo Final de Caixa = Excedentes ou Escassez de
Recursos Financeiros do Período, que será = ao valor da aplicação a ser realizada
(excedentes) ou do empréstimo (escassez de recursos) a ser contraído, de acordo com
o nível de caixa desejado.
Conforme tabela 08 das projeções, podemos ressaltar as entradas e saídas de
caixa, e nas atividades de financiamento a empresa possui veículos financiados e
também a retirada de lucro do proprietário baseados nas projeções.
Para quitar com suas obrigações, projetou-se o valor de saldo de caixa que a
empresa deseja atingir onde inclui pagamento dos funcionários, duplicatas e os
impostos que vence sempre no inicio de cada mês.
O fluxo de caixa é uma ferramenta de fácil análise, oferecendo informações
básicas para a tomada de decisão com mais realidade, sendo que os controles dos
ingressos e desembolsos são fáceis de acompanhar, as informações diárias dão
margem para um planejamento e administração financeira, representando base de
determinação, saúde e o grau de liquidez da empresa.
3.3 Sugestões para a Empresa
Com a vivência da estagiária na empresa, o resultado obtido com a elaboração
do trabalho, apresenta-se alguns fatos e ocorrências que contribuirão para a formação
e manutenção de futuras ferramentas de gestão para a organização:
66
• Sugere-se a criação de tabelas referentes aos ingressos e desembolsos
de caixa, onde irão visualizar de uma maneira mais ampla quais as entradas e saídas
que afetam o caixa da empresa, sejam as vendas, despesas diversas, salários etc. (As
tabelas já estão sendo desenvolvidas pela estagiária).
• Manter controle individual das contas a receber e a pagar, conforme
modelo proposto pela estagiária, anexo ao presente trabalho.
• Outra precaução que a empresa deve tomar urgentemente é não misturar
as entradas e saídas de caixa (seja pagamentos de duplicatas, recebimentos de
clientes), com o patrimônio da família, uma vez que encontram-se juntos.
67
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sem dúvida, chegar ao final de um relatório de estágio é um momento
importante, pois põe à prova o seu relatório de trabalho, as estratégias escolhida, o
caminho percorrido e as conclusões a que chegou.
O trabalho foi muito importante para a empresa, pois permitiu assim visualizar a
fragilidade financeira da mesma e propor soluções.
O objetivo principal deste trabalho foi demonstrar para a empresa a importância
de se possuir um controle financeiro através da elaboração e implantação do fluxo de
caixa como ferramenta indispensável à boa gestão das organizações.
No trabalho foram destacados itens de suma importância para um completo
conhecimento dos itens do fluxo de caixa projetado. Assim como itens que oferecem ao
leitor deste trabalho um conhecimento mais aprofundado sobre a empresa estudada,
como pode-se observar no item 2.1 sobre como são as empresas familiares, seu
histórico etc.
Ressalta-se a importância do auxílio dos mapas auxiliares, que ajudam a
organizar os dados coletados, para então serem lançados no fluxo, demonstrando os
períodos em que as entradas e saídas dos recursos financeiros a longo prazo afetarão
o fluxo caixa da empresa. Para melhor organização dos dados, foram elaboradas
também no presente trabalho, tabelas de relatório das compras, vendas, encargos, e
demais receitas e despesas da organização, projetando-os e lançando-os no fluxo. Fica
a critério de cada organização elaborar quadros, tabelas e mapas auxiliares de acordo
com as necessidades das mesmas.
Pode-se perceber, através do fluxo de caixa, que não haverá falta de recursos
financeiros no mês de julho, agosto e setembro e sim um excedentes em caixa, onde a
empresa poderá se planejar para uma melhor utilização de seu dinheiro, investindo-o
de maneira mais rentável possível. Da mesma forma se a empresa tiver que captar
recursos, com o fluxo de caixa teria tempo suficiente para buscar com antecedência
68
fontes de financiamento que lhe proporcionariam menores taxas, maiores prazos,
conforme sua necessidade.
Outro aspecto importante a ser considerado é que para que o fluxo de caixa
possa atingir os objetivos desejados, é indispensável o seu acompanhamento diário de
todas as atividades operacionais da empresa, para que todas as movimentações sejam
realmente lançadas e controladas.
Para finalizar, o trabalho analisou toda a atual rotina de caixa da empresa, sendo
que a mesma não possuía controle algum sobre suas movimentações financeiras.
Desta forma o estudo facilitou a visualização da sua real situação financeira, deixando
claro para o proprietário da empresa a importância da gestão do fluxo de caixa como
projetor de situações futuras, com o sucesso do trabalho, a empresa deverá manter os
controles de caixa e projetar seu fluxo de caixa para períodos determinados.
A estagiária gratifica-se com a percepção de que seu esforço foi compensado, e
de que este trabalho será de grande utilidade para a empresa e para a própria
estagiária, pois ambos adquiriram conhecimentos mais aprofundados sobre a área
estudada.
69
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Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.
73
DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA
A empresa CESTÃO DIMAS declara para os devidos fins, que a estagiária ANA
KARINE SILVA DIMAS, aluna do Curso de Administração do Centro de Ciências
Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí, cumpriu com a carga horária
prevista para o período de administração, seguiu o cronograma de trabalho estipulado
no projeto de estágio e respeitou nossas normas internas.
Itajaí 09 de julho de 2008
Raimundo Rodrigues Dimas
74
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS
________________________________________
Ana Karine Silva Dimas
Estagiária
________________________________________
Raimundo Rodrigues Dimas
Supervisor de campo
________________________________________
Prof. M.Sc. Anacleto Laurino Pinto
Orientador de estágio
________________________________________
Prof. Eduardo Kriger da Silva Responsável pelo Estágio Supervisionado
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CONTROLE DE CONTAS A RECEBER
CLIENTE
Nº DATA DE
VENDA
VALOR DATA DE
VENCIMENTO
DATA DE
PAGAMENTO
JUROS
RECEBIDOS
DESCONTOS
CONCEBIDOS
VALOR
RECEBIDO
OBS:
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