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Integração Energética e Comercialização de Energia
Seminário Internacional de Integração Energética Brasil - Peru
Antônio Carlos Fraga MachadoPresidente do Conselho de Administração15 de maio de 2009
A Experiência Européia
Integração Brasil-Peru
Agenda
Por Que Integrar?
Os Leilões de Energia do Brasil
Exportação/Importação do Brasil
2
Considerações Finais
Integração Integração EnergéticaEnergética
DesenvolvimentoSustentado
Complementaridade dos Recursos Energéticos
DesenvolvimentoSocial
Diversificação da Matriz Energética
3
Ganhos na Utilização da Infraestrutura
Economia de escala e menores riscos de
operaçãoTarifas CompetitivasMaior Segurança
Energética
Principais Benefícios
Por Que Integrar
4
Dificuldades
Diferentes culturas empresariais
Regimes macro-econômicos distintos
Estrutura física
Assimetrias de mercados
Diferenças no arcabouço regulatório
Regras diferentes para os processos de comercialização e de operação
Por Que Integrar
4
Contexto para Integração
Desafios para a regulação, operação do sistema elétrico e comercialização de energia
Liberação dos mercados
de energia
Consolidação dos blocos econômicos
- Cone Sul- Pacto Andino
Conjugação da energia elétrica com
outros tipos de energia
(gás) Conjuntura da oferta e da
demanda na região
Alianças Estratégicas
Novos Negócios
Potencial de Integração
Eletroenergética
5
A integração energética na América do Sul já vem sendo estudada por organismos como CIER, MERCOSUL e OLADE, que identificaram grandes sinergias energéticas:
1. Para a energia elétrica, desde a complementaridade de regime hidrológico das bacias, até diferentes sazonalidades das cargas e mesmo a exploração de diferentes fusos horários;
2. Estudos da CIER, sobre complementaridade hidrológica no Cone Sul, estima-se um ganho de29 TWh/ano, ou seja, equivalente a uma receita a preços médios correntes de cerca de US$ 1,000 milhões e um investimento evitado de US$ 9,380 milhões.
CONSUMO ELÉTRICO
POTENCIALHIDRO
Contexto para Integração
6
Estudos da CIER mostram grandes possibilidades de integração elétrica e do gás natural
Integração Elétrica
Estudos CIER
Contexto para Integração
7
Integração Gasodutos
Estudos CIER
Bacia de Campos
A Experiência Européia
Integração Brasil-Peru
Agenda
Por Que Integrar?
Os Leilões de Energia do Brasil
Exportação/Importação do Brasil
8
Considerações Finais
Integração Energética na América Latina
POTENCIALIDADES POTENCIALIDADES DO BRASILDO BRASIL
PetróleoTecnologia Brasileira
Eletrificação RuralUniversalização de Acesso
Eficiência EnergéticaAperfeiçoamento de
Processos
BiocombustíveisTecnologia Brasileira
Etanol e BiodieselExportação de Excedentes
Energia ElétricaLinhas Transmissão na região
de Fronteira
O Brasil no Contexto da Integração
9
Brasil
Argentina
Colômbia
Venezuela
Bolívia
Uruguai
Paraguai
Equador
Chile
60Hz 50Hz
5
1,2,43
6
89
Peru
10
7
O Brasil no Contexto da Integração
Interconexão Situação País [MW]
Número no Mapa
Nome
1 Garabi I Operando Argentina 1.018
2 Garabi II Operando 1.160
3 Uruguaiana Operando 50
4 UHE Garabi Em estudo 1.200
5 Boa Vista Operando Venezuela 200
6 Rivera Operando Uruguai 70
7 San Carlos Em Estudo 500
8 Foz do Iguaçu
Operando Paraguai 50
9 Itaipu Operando 6.300
10 Em estudo Potencial Peru 7.800
10 Fonte: ONS
Interconexões existentes e em estudos
Brasil
Argentina
Colômbia
Venezuela
Bolívia
Uruguai
Paraguai
Equador
Chile
Peru
11 Fontes: ANEEL e ONS
Integração Brasil - Peru
Principais características do mercado brasileiro:
Capacidade Instalada: 106,3 GW
Participação das Hidrelétricas: 70%
Demanda (2007): 436 TWh
Preço do mercado de curto prazo calculado por meio de modelos de otimização
Participam do mercado spot os Geradores, Distribuidores, Importadores, Consumidores Livres, Comercializadores e Produtores Independentes
Distribuidores e Consumidores Livres têm obrigação de contratar 100% de sua demanda
Expansão do setor é calcada em leilões de energia de novos empreendimentos
Brasil
Argentina
Colômbia
Venezuela
Bolívia
Uruguai
Paraguai
Equador
Chile
Peru
12 Fontes: XM – Expertos en Mercado e Ministério de Energia e Minas do Peru
Integração Brasil - Peru
Principais características do mercado peruano: Capacidade Instalada: 6,7 GW Participação das Hidrelétricas: 61% Demanda (2006): 27 TWh Preço do curto prazo baseado em
custos Geradores participam o mercado de
curto prazo Distribuidores têm obrigação de
contratar 100% de sua demanda por no mínimo 24 meses
Encargo de capacidade é pago aos geradores como função da disponibilidade de energia
Planeja realização de leilões para promover a expansão da geração (similar ao caso brasileiro)
s
A Experiência Européia
Integração Brasil-Peru
Agenda
Por Que Integrar?
Os Leilões de Energia do Brasil
Exportação/Importação do Brasil
13
Considerações Finais
Modelo de Contratação utilizado na Europa
14
A Europa estabeleceu diretrizes para abertura de mercado de energia elétrica à competição no atacado e varejo;
Não existe um modelo de mercado padrão: a estrutura e organização dos mercados podem ser diferentes.
Iniciativa de Integração entre os Mercados Europeus
Operação coordenada - transparência de mercado e no provisionamento de dados, gerenciamento da congestão, integração de regras de mercado, planejamento coordenado da expansão da rede
Aspectos de Contratação do Mercado Europeu
Não existe obrigação de contratação;
A energia pode ser adquirida no dia anterior e em leilões de ajuste de até 1 hora anterior ao consumo;
Contratação de longo prazo é voluntária (normalmente 5 anos) para proteção de riscos contra variações de preço spot;
Comercialização pode ser física (mercado spot) ou financeira (derivativos com liquidação financeira)
Grande competição pelas opções de contratação:
Contratação Bilateral (OTC – Over the Counter)
Contratação padronizada em bolsas (PX - Power Exchanges)
14
Iniciativa de Integração entre os Mercados Europeus
Operação coordenada - transparência de mercado e no provisionamento de dados, gerenciamento da congestão, integração de regras de mercado, planejamento coordenado da expansão da rede
Benefícios da Integração:
Redução dos custos de transação por meio da importação/exportação de energia elétrica;
Redução dos custos de operação para os operadores do sistema/mercado e para os participantes do Mercado;
Uso mais eficiente dos recursos de geração;
Menor volatilidade dos preços;
Aumento da competição;
Aprimoramento dos sinais de preço para investimentos;
Maior oportunidade de investimento em energia renovável - maior demanda de mercado
Europa – Integração dos Mercados
16
Em 2006, o Grupo Europeu de Reguladores para Eletricidade e Gás ERGEG -European Group of Regulators for Electricity and Gas) lançou uma iniciativa de integração de mercados regionais como uma medida intermediária de tornar mais próxima à criação do mercado pan-europeu.
Sugerida a formação de sete mercados regionais (REM – Regional Electricity Markets)
Objetivo: harmonizar regras e procedimentos para promover o desenvolvimento e integração dos mercados.
Espera-se uma contribuição para acelerar o processo de estabelecimento de um único mercado interno à medida que permite aos Estados membros, as autoridades regulatórias e aos operadores de mercados nacionais a cooperarem em questões específicas.
Europa – Integração dos Mercados
17
Europa – Integração dos Mercados
Os Mercados Regionais Europeus
Mercado Regional
Países Participantes Principais Características Regulador Responsável
Baltic Estônia, Lituânia e Latávia Consumo: 21215 GWh (0,7% do EU27)
Situado entre os mercados das regiões leste-central e nordeste da Europa, com potencial de ser uma ponte para essas regiões.
Prioridades: cooperação entre os operadores, acesso ao grid, regras de balanceamento e transparência.
Latávia (PUC)
Central East Áustria, Alemanha, Hungria, Polônia, Eslovênia e
Tchecoslováquia
Prioridades: gerenciamento da congestão, transparência, eliminação de barreira à entrada do mercado e desenvolvimento de competências regulatórias.
Áustria(E-Control)
Central South Áustria, França, Alemanha, Grécia, Itália e Eslovênia
Consumo: 1.342.243 GWh (51% do EU27)
Prioridades: Harmonização dos métodos de gerenciamento da congestão, harmonização entre os operadores do mercado (padronização da segurança e operação), transparência, integração dos mercados intradiários e de balanceamento, desenvolvimento de competências regulatória.
Itália (AEEG)
Fonte: ECORYS (2008)19
Europa – Integração dos Mercados
Os Mercados Regionais Europeus
Mercado Regional
Países Participantes
Principais Características Regulador Responsável
Central West
Bélgica, França, Holanda,
Alemanha e Luxemburgo
Consumo: 1.1 milhão GWh (42% do EU27)
Prioridades: Harmonização das regras de comercialização e operação entre mercados, implementação de acoplamento em mercados do dia seguinte e intradiário e transparência.
Bélgica (CREG)
Northern Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca
A boa prática do mercado nórdico pode melhorar a atuação do mercado regional e a integração do mercado europeu.
Prioridades: Investimentos nas interligações, transparência e disponibilização de informação, acessibilidade aos agentes de mercado, unificação dos mercados intradiários e de balanceamento.
Dinamarca (DERA)
South West França, Espanha e Portugal
Consumo: 780 TWh (30% do EU27)
A capacidade de transmissão entre Portugal e Espanha dobrou desde 1998, onde a iniciativa de integração destes dois países já tinha ocorrido.
Espanha (CNE)
France, UK, Ireland
França, República da Irlanda, Irlanda
do Norte e Inglaterra
Consumo: 780 TWh (30% do EU27)
Prioridades: Interligações e cumprimento das diretrizes de gerenciamento da congestão, comercialização no mercado intradiário, acesso recíproco aos mercados de balanceamento, transparência.
Inglaterra (Ofgem)
Fonte: ECORYS (2008)20
21
Mercado Brasileiro – principais características
Obrigação de contratação por parte dos consumidores
Contratos financeiros, sendo o SIN responsável por atender a demanda
Despacho centralizado
Sistema elétrico interligado de porte continental
Preço do mercado de curto prazo formado a partir de modelos computacionais
Expansão calcada, principalmente, em leilões do ACR – apresenta elevadas taxas de crescimento da demanda
Consumidores livres podem escolher seus fornecedores e devem liquidar suas sobras contratuais no mercado de curto prazo
Mercado Europeu – principais características
Não há obrigação de contratação
Contratos podem ser físicos ou financeiros
Modelo de despacho com base em curva de oferta e demanda (despacho comercial)
Busca por maior integração dos sistemas elétricos de diferentes países
Preço do mercado de curto prazo obtido a partir de leilões de compra e venda de energia
Expansão sinalizada pelo mercado – apresenta baixas taxas de crescimento da demanda
Consumidores livres podem escolher seus consumidores e revender a energia contratada
Mercado Brasileiro x Mercado Europeu - Resumo
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A Experiência Européia
Integração Brasil-Peru
Agenda
Por Que Integrar?
Os Leilões de Energia do Brasil
Exportação/Importação do Brasil
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Considerações Finais
A-5 A-3 A-1
Leilões de ajuste:
até 2 anos
A: Ano de início
de suprimento
Previsão /
aquisição
Fontes Alternativas: entre A-1 e A-5
Contratos: 10 - 30 anos
Leilões de Energia no Brasil
23
Energia Nova: CCEAR
de 30-15 anos
Energia Existente:
CCEAR de 5 a 15 anos
CONER – Conta de Energia de Reserva:
CONER
ConsumoEERPagamento ao Gerador
Eventuais Encargos Moratórios
Fundo de Garantia para Pagamento
Gestão
SPOTPenalidades
Contratação de Energia de Reserva
24
Resumo dos Resultados dos Leilões de Empreendimentos Existentes
Fonte: CCEE
Valores atualizados pelo IPCA até abril de 2009
25
Fonte: CCEE26
Resumo dos Resultados dos Leilões de Novos Empreendimentos, de Fontes Alternativas e de Energia de Reserva
Valores atualizados pelo IPCA até abril de 2009
Evolução dos Resultados dos Leilões de Energia
Fonte: CCEE27
Valores atualizados pelo IPCA até abril de 2009
Total Negociado nos Leilões do Novo Modelo
28 Fonte: CCEE
Valores atualizados pelo IPCA até abril de 2009
Resumo dos Resultados dos Leilões de Ajuste
29 Fonte: CCEE
Valores atualizados pelo IPCA até abril de 2009
Total de Energia Negociado nos Leilões de Novos Empreendimentos
Fonte: CCEE – considerou-se o montante de energia agregada ao ACR pelas Usinas de Santo Antônio e Jirau30
Total Negociado: 17.278 [MW Médios]
A Experiência Européia
Integração Brasil-Peru
Agenda
Por Que Integrar?
Os Leilões de Energia do Brasil
Exportação/Importação do Brasil
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Considerações Finais
O Brasil no Contexto da Integração
34
Características da Exportação de Energia em 2008
Caráter excepcional e interruptível
Período de exportação: maio a agosto de 2008
Período de devolução: setembro a novembro de 2008
Origem de energia exportada:
1) Geração térmica não necessário ao atendimento do SIN e/ou
2) Geração hidráulica no caso de energia vertida turbinável
3) Geração hidráulica com volumes definidos pelo CMSE (excepcional – válido a partir
de 2008)
A geração hidráulica adicional definida pelo CMSE e a redução dos volumes
de armazenamento nos reservatórios do CE/CO não deverão ser
considerados nos modelos de formação de preço e de otimização eletro-
energética
O Brasil no Contexto da Integração
35
ONS – Prioridade para o Despacho Hidrotérmicos em 2008
1. Atendimento à demanda do SIN
Geração Hidráulica e Térmica pela Ordem de Mérito
Bloco da Térmicas definidas pelo CMSE
1. Exportação (não afeta segurança SIN / PLD)
Geração Térmica Fora da Ordem de Mérito
Vertimento Turbinável
Deplecionamento dos Reservatórios
Volume virtual no modelos
Implica em Devolução
O Brasil no Contexto da Integração
37
Intercâmbio de Energia Elétrica para a Argentina [MW Médios]
Devolução da Argentina
Fonte: CCEE
O Brasil no Contexto da Integração
38
Intercâmbio de Energia Elétrica para o Uruguai [MW Médios]
Devolução do Uruguai
Fonte: CCEE
O Brasil no Contexto da Integração
39
Possibilidade de aprimoramento no processo de exportação/importação
Países informariam seus preços e quantidades
A oferta de preço do Brasil deve contemplar todos os custos, inclusive de segurança energética
Processo sujeito a disponibilidade do sistema de transmissão
Importação ⇒ Preço do Brasil < Preço do País Vizinhoredução do custo da segurança energética ou do próprio CMO
Exportação ⇒ Preço do Brasil > Preço do País Vizinho
Possibilidade de Aprimoramento no Processo de Exportação/Importação
40
Importação:Atendimento da
Segurança Energética
Demanda Total
Benefício: Redução do Custo de Segurança
Energética
Possibilidade de Aprimoramento no Processo de Exportação/Importação
41
Exportação para Países Vizinhos
A Experiência Européia
Integração Brasil-Peru
Agenda
Por Que Integrar?
Os Leilões de Energia do Brasil
Exportação/Importação do Brasil
42
Considerações Finais
Considerações Finais
43
A integração Energética dos países é importante
Troca de experiências permite crescimento mútuo
Melhor utilização dos recursos e da infraestrutura
Aprimoramento da relação e cooperação entre países
Importante que todos os recursos energéticos sejam considerados:
energia elétrica,
gás natural,
petróleo e derivados
No entanto:
Arcabouços regulatórios e culturas empresariais devem ser respeitados
Respeito as formas de propriedade que cada país adota para o
desenvolvimento dos recursos energéticos
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