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ISSN 0102-0110
Introdução
A cultura da aboboreira
A abóbora “italiana”, Cucurbita pepo L., está entre as dez hortaliças de maior produção e maior valor econômico no Brasil, principalmente no centro e Sul do país. Esta espécie pertence à família Cucurbitaceae e ao gênero Cucurbita, que possui 32 espécies, sendo que destas cinco são cultivadas: C. fiscifolia, C. ma-xima, C. argyrosperma, C. moschata e C. pepo (HURD et al., 1971).
O potencial de produtividade de C. pepo varia de 8 a 10 ton/ha (BRITO, 2005). Os produtores optam por cultivar essa espécie devido ao ciclo curto (até 120 dias) e ter a colheita iniciada aos 45-60 dias após a semeadura (OROZCO, 1997). Outra vantagem é que o seu cultivo exige poucos tratos culturais, o que a torna uma hortaliça com ótimo custo-benefício (SOUZA et al., 2002).
Polinização da aboboreira
A aboboreira é uma planta monoica com flores masculinas e femininas (PASSA-RELLI, 2002) (Figura 1). A flor feminina (pistilada) produz néctar, um recurso para os polinizadores, e a flor masculina (estaminada) produz pólen e néctar. As flores de Cucurbita spp. são amarelas e têm duração (desde a antese até a senescência) de apenas algumas horas, com variações no horário de abertura, que ocorre ao amanhecer, e fechamento, nas horas mais quentes do dia, entre 11:00 e 14:00 h, (NEPI e PACINI, 1993; NEPI et al., 2001). Essas variações são influenciadas pelas condições climáticas.
A cultura da abóbora é totalmente dependente da polinização por insetos (PAS-SARELLI, 2002), e as abelhas são consideradas os polinizadores mais eficientes das aboboreiras (FREE, 1993). Dentre as abelhas polinizadoras de Cucurbita spp., destaca-se a espécie Peponapis fervens (Smith, 1879) (Apidae). No Brasil, P. fervens foi registrada em cultivos de abóbora por Weiss & Melo (2007) no Paraná e por Krug et al. (2010) em Santa Catarina. Alguns estudos realizados em São Paulo, Alagoas e Minas Gerais mostraram que as abelhas Trigona spini-pes (Fabricius, 1793) e Apis mellifera (Linnaeus, 1758) foram os visitantes mais
Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal
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Brasília, DFSetembro, 2017
Autores
Karoline Ribeiro de Sá Torezani
Bióloga, M.Sc., Zoologia, Universidade de Brasília
Raúl Alberto LaumannBiólogo, Ph.D., pesquisador
da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Alex Antônio Torres Cortês de Sousa
Engenheiro-agrônomo, M.Sc., técnico da Embrapa
Recursos Genéticos e Biotecnologia
Edison Ryoiti Sujii Engenheiro-agrônomo,
Ph.D., pesquisador da Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia
Carmen Sílvia Soares Pires Bióloga, Ph.D.,
pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia
Figura 1. Estruturas reprodutivas da abóbora Cucurbita pepo. A) Flor feminina (pistilada); B) Um
indivíduo de C. pepo florido; C) Flor masculina (estaminada).
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2 Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal
frequentes em plantios de Cucurbita spp., e por meio de experimentos foram consideradas polinizadoras eficientes da aboboreira (CARDOSO, 2003; LATTA-RO; MALERBO-SOUZA, 2006; SERRA, 2007; MELO et al., 2010).
Importância das abelhas silvestres para a polinização de cultivos
Um crescente número de estudos demonstram a importância das abelhas silvestres na polinização de plantas cultivadas (GAGLIANONE et al., 2010; GARIBALDI et al., 2013). Estes polinizadores podem aumentar em duas vezes a formação de frutos em relação a sistemas com presença apenas de Apis mellifera (GARIBALDI et al., 2013). A presença de polinizadores silvestres em áreas de cultivo está associada à vegetação natural nas adjacências, que fornecem locais de abrigo, nidificação, reprodução e recursos para forrageamento (KREMEN et al., 2007).
No Distrito Federal, a abóbora (Cucurbita spp.) é cultivada tanto em sistemas de produção orgânico quanto convencional, ocupando desde pequenas áreas com poucas plantas até plantios extensivos e comerciais nas propriedades agrícolas. O sistema orgânico é caracterizado pela substituição de fertili-zantes químicos e de agrotóxicos por adubação orgâ-nica e pelo manejo de pragas e doenças por meio da utilização de controle biológico e métodos culturais (DAROLT, 2003). O sistema convencional baseia-se em práticas agrícolas de manejo de pragas e doenças com o uso intensivo de agrotóxicos, o que ameaça várias espécies de abelhas nativas (FREITAS; PI-NHEIRO, 2010), bem como o manejo mecanizado do solo, que reduz os locais de nidificação de algumas espécies de abelhas.
O objetivo deste estudo foi conhecer a comunida-de de abelhas visitantes florais da aboboreira (C. pepo) na região do Distrito Federal, assim como o comportamento forrageiro das espécies mais abun-dantes para identificar os potenciais polinizadores desta cultura. A partir dessas informações, poderão ser propostas estratégias de manejo das proprieda-des visando à preservação das espécies de abelhas silvestres nas áreas do entorno dos cultivos.
Visitantes florais da aboboreira
Nos anos de 2013 e 2014, foram realizadas amos-tragens em plantios comerciais de C. pepo, sendo 10
propriedades em 2013 e sete em 2014, localizadas no Distrito Federal. (Figura 2; Tabela 1).
Em cada propriedade, foram realizadas três amostra-gens entre os meses de julho e outubro, meses nos quais se concentra a maior atividade de plantio desta espécie de abóbora na região. Em 2013, as coletas foram realizadas entre 09:00 h e 11:00 h, e em 2014 entre o período de 06:00 h e 12:00 h (durante 15 minutos em cada intervalo de hora). Os intervalos de amostragem foram definidos considerando-se os períodos de abertura e fechamento das flores.
Dois coletores percorreram as fileiras dos plantios (Figura 3A) caminhando lentamente e verificando a presença de abelhas em cada flor. As abelhas foram coletadas diretamente nas flores com auxílio de frascos plásticos (Figura 3B). O esforço amostral em cada dia de coleta foi calculado multiplicando-se o número de horas de amostragens pelo número de coletores. E o esforço total de coleta em cada ano de amostragem foi calculado somando-se o esforço amostral dos dias de coleta, sendo o número de dias variável em função do manejo da cultura em cada propriedade. Em 2013, foram 26 dias de coleta, so-mando um esforço total de 104 h, e em 2014 foram 21 dias de coleta, com um esforço total de 63 h.
Comportamento das abelhas em flores de C. pepo
Para avaliar o potencial das espécies como poliniza-dores de C. pepo, o comportamento das abelhas nas flores foi observado. Para cada indivíduo observado, os seguintes comportamentos foram registrados: recurso coletado (néctar e/ou pólen), presença de grãos de pólen no corpo, locais do corpo onde o
Figura 2. Mapa do Distrito Federal com a localização das
propriedades com plantios de abóbora (Cucurbita pepo L.) onde
foi conduzido o estudo.Im
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3Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal
pólen ficava aderido e se havia contato do corpo do inseto com os estigmas.
Comunidade de abelhas visitantes florais
Considerando os dois anos de coleta, foram amos-trados um total de 3.879 indivíduos. A riqueza de abelhas em flores de C. pepo foi representada por 35 espécies pertencentes às famílias Apidae e Halictidae (Tabela 1).
Nos dois anos de coleta, a família Apidae foi a mais diversificada e abundante, com 17 gêneros e 22 espécies, representando 97,89% dos espécimes coletados (n=3.797). Halictidae foi representada por seis gêneros e 13 espécies, correspondendo a 2,11% (n=82) do total de exemplares.
Trigona spinipes foi a espécie mais abundante nas flores (39,21%), seguida de Apis mellifera (23,38%), Trigona hyalinata (20,70%) e Partamona combinata (6,55%) (Tabela 1). Dentre as demais espécies com poucos representantes, Melipona quinquefasciata merece destaque, com 109 (2,81%) indivíduos coletados. Do total de 35 espécies coleta-das, 10 foram abelhas indígenas sem ferrão (perten-centes à tribo Meliponini) e 25 abelhas com ferrão.
Nas figuras 4 e 5 são apresentadas as espécies de abelhas mais abundantes coletadas nas flores de Cucurbita pepo no Distrito Federal. Alguns ninhos fo-ram encontrados nas áreas de vegetação natural ad-jacentes aos plantios de C. pepo e caixas de criação foram registradas em uma propriedade (Figura 7).
Figura 3. A) Plantio de aboboreira (Cucurbita pepo); B) Coleta de
abelha na flor utilizando-se frascos plásticos.
Tabela 1 – Diversidade e número total de indivíduos de diferentes espécies de abelhas coletadas em flores de aboboreira (Cucurbita pepo) em dez propriedades de cultivo de hortaliças, localizadas no Distrito Federal, em 2013 e 2014.
TÁXON Nome popular Total de
indivíduos
APIDAEAE
APINAE Apini
Apis mellifera (Linnaeus, 1758) Europeia;
africanizada 907
Bombini Bombus atratus (Franklin, 1913) Mamangava 10 Bombus morio (Swederus, 1787) Mamangava 7 Centridini Epicharis sp. 2 Eucerini Peponapis fervens (Smith, 1875) 10 Thygater analis (Lepeletier, 1841) 1 Euglossini Eulaema sp. 1 Meliponini Frieseomelitta sp. 2 Geotrigona mombuca (Smith, 1863) 20 Melipona (Melikerria) quinquefasciata (Lepeletier, 1836) Uruçu-do-chão 109 Melipona seminigra (Friese, 1903) 4 Tetragona sp. 17 Trigona hyalinata (Lepeletier, 1836) 803 Trigona spinipes (Fabricius, 1793) Irapuá; arapuá 1.521 Paratrigona lineata (Lepeletier, 1836) Jataí-da-terra 114 Partamona combinata (Pedro & Camargo, 2003) 254 Schwarziana mourei (Melo, 2003) 5 XILOCOPINAE Ceratinini Ceratina sp. 1 Exomalopsini Exomalopsis auropilosa (Spinola, 1853) 2 Exomalopsis sp.1 1 Exomalopsis sp.2 3 Xylocopini Xylocopa grisescens (Lepeletier, 1841) Mamangava 3 HALICTIDAE HALICTINAE Augochlorini Augochlora sp.1 10 Augochlora sp.2 1 Augochlora sp.3 1
HALICTIDAE HALICTINAE Augochlorini Augochloropsis sp.1 2 Augochloropsis sp.2 1 Augochloropsis sp.3 1 Pereirapis sp. 4 Pseudaugochlora sp. 1 Halictini Dialictus sp.1 14 Dialictus sp.2 12 Dialictus sp.3 32 Dialictus sp.4 2 Gnathalictus sp. 1 TOTAL DE INDIVÍDUOS 3879
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Figura 4. Espécies de abelhas mais abundantes coletadas nas
flores da aboboreira Cucurbita pepo L em áreas de produção de
hortaliças no Distrito Federal em 2013 e 2014. À esquerda uma
foto da espécie montada em alfinete entomológico, e à direita a
abelha em flores de C. pepo.
Figura 5. Espécies de abelhas coletadas nas flores da aboboreira
Cucurbita pepo L. em áreas de produção de hortaliças no Distrito
Federal em 2013 e 2014. A) Peponapis fervens; B) Paratrigona
lineata; C) Xylocopa grisescens; D) Melipona seminigra; E)
Melipona quinquefasciata; F) Epicharis sp.; G) Augochlora sp.
sp.; H) Exomalopsis auropilosa; I) Bombus morio; J) Geotrigona
Mombuca; L) Tetragona sp.; M) Bombus atratus.
Figura 6. Ninhos de abelhas encontrados nas propriedades de
cultivo de aboboreira (Cucurbita pepo L.) localizadas no Distrito
Federal. A) Trigona hyalinata (na parede de uma caixa d’água);
B) Trigona spinipes (em galho de árvore); C) Trigona spinipes (em
galho de eucalipto); D) Detalhe da entrada do ninho de Trigona
spinipes (indicada pela seta).
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5Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal
Comportamento de forrageamento
A maior atividade das abelhas ocorreu em dois intervalos de coleta (8:00-9:00 h e 9:00-10:00 h) (Figura 8).
As espécies mais comumente encontradas visitando as flores da aboboreira (A. mellifera, T. hyalinata, T. spinipes e P. combinata) foram observadas em maior abundância em flores femininas (Figura 9). A maioria dos indivíduos destas espécies apresentou pólen de aboboreira aderido ao corpo (Figura 10), tocaram e andaram nos estigmas das flores femininas (Figura 11). Apis mellifera e uma espécie de Bombus foram observadas também em plantas espontâneas (Figura 12).
Figura 7. Caixas de criação da abelha exótica Apis mellifera
localizadas nas proximidades das áreas de cultivo de aboboreira
(Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal.
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70
6-7 7-8 8-9 9-10 10-11 11-12
Abu
ndân
cia
de a
belh
as (m
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�D
P)
Intervalos de coleta (horas)
d
b
c c
aa
Figura 8. Abundância (média+DP) de abelhas (Apis mellifera
e abelhas nativas sem ferrão) nas flores de Cucurbita pepo
durante os meses de julho a outubro de 2014 em seis intervalos
de amostragem em sete propriedades de hortaliças localizadas
no Distrito Federal. Letras diferentes acima das barras indicam
diferenças estatísticas (GLM e Análise de Deviança χ2=365.59,
g.l=5, p<0.001).
312
327333
89
133
6194
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Apis mellifera Trigona hyalinata Trigona spinipes Partamonacombinata
Porc
enta
gem
de
Indi
vidu
os
Visitante Floral
Feminina
Masculina*
**
*
Figura 9. Porcentagem de indivíduos das espécies de abelhas
mais abundantes em flores masculinas e femininas da aboboreira
Cucurbita pepo em propriedades de hortaliças no Distrito Federal.
*O asterisco significa diferenças estatísticas de acordo com o
teste do Qui-quadrado (p<0.05). Os números acima das barras
são os números totais de indivíduos observados.
279
317369
143
0
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40
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Apis mellifera Trigona hyalinata Trigona spinipes Partamona combinata
% In
diví
duos
que
saem
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r com
pól
en
ader
ido
ao co
rpo
Visitante floral
Figura 10. Porcentagem de indivíduos das espécies de abelhas
mais abundantes que saem da flor de abobrinha Cucurbita pepo
com grãos de pólen aderidos ao corpo. As observações foram
realizadas em 2014 em propriedades de hortaliças localizadas no
Distrito Federal. O número total de indivíduos observados para
cada espécie de abelha encontra-se acima das barras.
248 220228
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0
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Apis mellifera Trigona hyalinata Trigona spinipes Partamonacombinata
% In
diví
duos
que
toca
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os e
stigm
as
Visitante Floral
Figura 11. Porcentagem de indivíduos das espécies de abelhas
mais abundantes que tocam os estigmas das flores de Cucurbita
pepo durante o forrageamento. As observações foram realizadas
em 2014 em propriedades de hortaliças localizadas no Distrito
Federal. Os números acima das barras indicam os totais de
indivíduos observados.
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6 Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal
Conclusões
• Uma alta diversidade de abelhas (35 espécies) são visitantes florais de Cucurbita.
• As quatro espécies mais abundantes foram: Apis mellifera, Trigona spinipes, Trigona hyalinata e Parta-mona combinata.
• As espécies consideradas polinizadoras potenciais de C. pepo foram: Apis mellifera, Trigona spinipes e Trigona hyalinata.
Recomendações para o manejo de polini-zadores em cultivo de aboboreira
Estes são alguns aspectos dos sistemas de produção que devem ser observados para evitar os possíveis impactos do manejo das áreas sobre as comunidades de abelhas:
• manter áreas com vegetação natural no entorno das áreas de produção, pois essas áreas fornecem locais de nidificação para as abelhas, como ocos de árvores e troncos;
• manter plantas ruderais próximas às áreas de cul-tivo, pois estas plantas auxiliam na conservação das abelhas e fornecem recursos alimentares durante o ano todo;
• evitar a aplicação de agrotóxicos nos períodos de maior atividade de forrageamento das abelhas nas
flores da aboboreira (desde o amanhecer até 12:00 h);
• localizar no entorno das áreas de plantio os ninhos que ocorrem em ambientes específicos, como cupin-zeiros, troncos de árvores ou troncos ocos, para a tomada de medidas de conservação.
Referências
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Figura 12. Espécies de plantas espontâneas consideradas
atrativas para as abelhas. Serralha, Sonchus oleraceus L. (centro);
picão preto, Bidens pilosa (esquerda); e margaridão, Tithonia
diversifolia (direita). Nas flores à esquerda e ao centro, observam-
se operárias de Apis melifera; na flor à direita, observa-se a abelha
Bombus sp. visitando flor de T. diversifolia.
1 cm 1 cm 1 cm
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7Visitantes Florais e Potenciais Polinizadores da Aboboreira (Cucurbita pepo L.) no Distrito Federal
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Comitê Local de
Publicações
Exemplares desta edição podem ser adquiridos na:Embrapa Recursos Genéticos e BiotecnologiaEndereço: Parque Estação Biológica (PqEB) - Avenida W5 Norte - Caixa Postal 02372 - Brasília, DF, BrasilCEP: 70770-900Fone: (61) 3448-4700 Fax: (61) 3340-3624E-mail: sac@cenargen.embrapa.br1ª ediçãoPublicação online (2017)
Presidente: Maria Isabela Lourenço BarbiratoSecretária-Executiva: Ana Flávia do Nascimento Dias CôrtesMembros: Daniela Aguiar de Souza Kols, Lígia Sardinha Fortes, Lucas Machado de Souza, Márcio Martinelli Sanches, Rosamares Rocha GalvãoMembros suplentes: Ana Flávia do Nascimento Dias Côrtes e João Batista Tavares da Silva
Revisão de texto: José Cesamildo Cruz MagalhãesNormalização bibliográfica: Ana Flávia do N. Dias CôrtesTratamento das imagens: José Cesamildo Cruz Magalhães Editoração eletrônica: José Cesamildo Cruz Magalhães
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