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IV Leite em DebateIV Leite em Debate
Mercado e Tendências para a Mercado e Tendências para a Cadeia do Leite e Produtos Cadeia do Leite e Produtos
LácteosLácteosRonei Volpi
•médico veterinário
•produtor de leite
•presidente da Com. Técnica de Bov. De Leite da FAEP
•presidente do Conseleite-Paraná
•superintendente do SENAR-PR
Pato Branco
05/10/2007
• CENÁRIO MUNDIAL
• Fatores conjunturais e estruturais
• CENÁRIO BRASILEIRO
• Preços
• Desempenho do mercado de lácteos
• Exportação
• Perspectivas para 2020
• CENÁRIO PARANAENSE
• CONCLUSÕES
No mundo: No mundo: Desenha-se um novo cenário mundialDesenha-se um novo cenário mundial
•grande expansão do mercado agrícola mundial - destaque para carnes e lácteos que deverão dobrar as exportações até 2015;
•A OFERTA DE ALIMENTOS deslocará dos países ricos para os emergentes que dispõem de recursos naturais, tecnologia e sistemas agrários eficientes (Am. Sul e Leste da Europa);
•A DEMANDA POR ALIMENTOS migrará dos países ricos para os emergentes da Ásia e Oriente Médio.
Consumo Mundial de LeiteConsumo Mundial de Leite
Países em DesenvolvimentoPaíses Desenvolvidos Fonte: FAOSTAT
Países em Desenvolvimento
Países Desenvolvidos
Bil
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es
de
lit
ros
Produção Mundial de Produção Mundial de LeiteLeite
Elaboração: IBMEC
Produção Mundial de LeiteProdução Mundial de Leite(2007)(2007)
Elaboração: IBMEC
Austrália: -9%
Nova Zelândia: +1%
Argentina: - 10%
Estados Unidos: + 1% União Européia: 0
Fonte: USDA
Mercado Mundial de LácteosMercado Mundial de Lácteos(Leite em Pó Desnatado)(Leite em Pó Desnatado)
Fonte: Dairy Market News Weekly Printed Reports
5.400
1.300
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
(US
$ p
or
ton
elad
a)
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Preço do leite pago ao produtorPreço do leite pago ao produtor(US$/100 litros)(US$/100 litros)
Elaboração: IBMEC
35,7
24,3
39,2
29,7
15
20
25
30
35
40
AVERAGE EUROPEAN MILK PRICE New Zealand (5) United States of America (3) Brasil
2006 2007
Subsídio chega a zero na UE
Fontes: LTO; CEPEA/USP
Fatores CunjunturaisFatores Cunjunturais
Fontes: LTO; CEPEA/USP
• Oferta restrita
• Demanda externa aquecida
• 2006/2007
- Austrália: queda de 9%
- UE: redução de 0,1% ao ano nos últimos 5 anos
- Argentina: queda de 10-13% no primeiro semestre;
desestímulo às exportações
Oferta RestritaOferta Restrita
• Dos 12 bilhões de aumento da produção em 2006, 8 bilhões para abastecer aumento de consumo na China e na Índia.
• Somente EUA e UE: mais 2 bilhões de consumo.
• Pecuária leiteira: ciclo longo - 2 anos
• Fonterra: anunciou pagamento de US$ 0,38/Kg para safra 2007/08
• Espera-se “continuidade” da situação por pelo menos mais 1 ano (final de 2008)
Demanda externa aquecida:
Fatores EstruturaisFatores Estruturais
- Redução dos subsídios na UE
- Mudanças climáticas
- Bionergia
- Projeção do crescimento da população
- Projeção do crescimento da renda per capita
- Perspectiva de aumento de consumo
1- Redução dos subsídios na UE1- Redução dos subsídios na UE
• UNIÃO EUROPÉIA
- Redução dos subsídios a exportação
- Crescimento do mercado interno da União Européia - lácteos frescos e queijos
- Redução dos excedentes de leite em pó
3 -
4 -
5 -
6 - Perspectiva de aumento anual do 6 - Perspectiva de aumento anual do consumo de lácteos na Ásia consumo de lácteos na Ásia
2004-20102004-2010
No BrasilNo Brasil
Os fatores conjunturais e estruturais verificados no cenário mundial
influenciaram decisivamente no cenário interno
Demanda interna aquecidaDemanda interna aquecida
• Supermercados: Janeiro a julho/07: + 6,63%
• + 4,21% de julho/06 para julho/07
• Destaques:
- UHT: + 14,52%
- Mussarela: + 9,59%
- Leite em pó: + 9,55% Fonte: Abras
Preço recebido pelo produtor – R$/lPreço recebido pelo produtor – R$/l
(Média Brasil)(Média Brasil)
Fonte: FGV
Valores reais – deflacionados pelo IGP-DI
y = -3,4477Ln(x) + 25,119R2 = 0,7638
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
jan/70 jan/74 jan/78 jan/82 jan/86 jan/90 jan/94 jan/98 jan/02 jan/06
Crescimento do mercado de lácteos Crescimento do mercado de lácteos no Brasilno Brasil
O perfil do consumidor está mudandoO perfil do consumidor está mudando
• Mais opções de consumo
• Redução dos gastos de alimentação/total
• Maior preocupação com saúde
• Mais informações disponíveis e maior acesso a informação
Mais opções de consumoMais opções de consumo
• 1996: 1 celular para cada 57 pessoas
• 2006: 1 celular para cada 2 pessoas
• Gasto médio de R$ 20/mês
BrasilBrasil
Taxas de crescimento anualTaxas de crescimento anual
Perspectivas para o Setor lácteoPerspectivas para o Setor lácteo
brasileirobrasileiro
Comportamento do Consumo Comportamento do Consumo de Lácteosde Lácteos
Fonte: IBGE
185,8
144,1
137,6
80
100
120
140
160
180
200
1980
1981
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1991
1992
1993
1994
1995
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1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
*
2006
*
Produção Cresc. População Consumo
Produção
Cresc. População
Consumo
Cenário para 2014Cenário para 2014
30,128,5
1,6
31,629,7
1,9
33,2
30,8
2,4
0
5
10
15
20
25
30
35
(bilh
ões
de
litro
s)
Pessimista Realista Otimista
Produção Demanda Saldo
134 140 145
Fonte: UFV
Solução:- Consumo interno- Exportações
A perspectiva de grande volume A perspectiva de grande volume da sobra aponta para um da sobra aponta para um
ambiente sombrio?ambiente sombrio?
DEPENDE DE COMO SE DESENVOLVERÁ UMA SÉRIE DE FATORES NO FUTURO, ALGUNS POSSÍVEIS DE INTERFERÊNCIA
PELOS ATORES DA CADEIA, OUTROS NÃO
1. Fatores sobre os quais a 1. Fatores sobre os quais a cadeia de lácteos do Brasilcadeia de lácteos do Brasil
não tem interferência:não tem interferência: CRESCIMENTO BRASILEIRO DEVE SE MANTER ABAIXO DE 3% A.A
renda deve crescer pouco
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO
BAIXO CRESCIMENTO POPULACIONAL
baixo crescimento do consumo de leite/lácteos
2. Fatores sobre os quais a 2. Fatores sobre os quais a cadeia pode interferir:cadeia pode interferir:
ESTÍMULO AO AUMENTO DO CONSUMO DE LÁCTEOS
marketing
EXPORTAÇÃO
Exportações Exportações
Balança ComercialBalança Comercial
112,3
247,6
177,5
373,1
439,9
511,7
456,6
154,2
121,183,9
61,59,4 8,1 7,5 13,4 25 40,2 48,5
138,5
130,195,468,5
-15,711,5-63,8
-207,4
-152,5
-359,7
-432,4-503,6-447,2
8,9 7,0
-800
-500
-200
100
400
700
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Va
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)
Importações Exportações Saldo
Preços de exportação do Preços de exportação do leite em pó integral, US$/kg leite em pó integral, US$/kg
Fonte: Secex, USDA e Senasa, Milkpoint
Porque o Brasil (ainda) não é visto Porque o Brasil (ainda) não é visto como player importante?como player importante?
• Histórico de grande importador
• Grande mercado interno
• Política cambial
• Vantagem competitiva não tão clara
• Heterogeneidade nos sistemas de produção e nos parâmetros de qualidade (informalidade)
• Desconhecimento
Crescimento das ExportaçõesCrescimento das Exportações
Barreiras não tarifárias (sanitárias):Barreiras não tarifárias (sanitárias):
- O Brasil é o 2º maior exportador de frango e não pode exportar para
os EUA sob a alegação de que nossas aves podem estar
contaminadas com a doença de newcastle..
- Da mesma forma, não é possível exportar carne fresca para os EUA
porque este país não reconhece a regionalização das zonas livres de
febre aftosa, consagrada pela própria OIE.
- O Brasil importa queijo da Argentina para exportar frango recheado
para a União Européia (Não há acordo de equivalência sanitária entre
o Brasil e a UE).
- Necessidade de padronização da qualidade do leite (PNQL), Plano
Nacional de Controle de Resíduos (PNCR), análise de riscos para
EEB, entre outros.
Promoção das Exportações
• Negociar acordos de equivalência
sanitária;
• Agilizar processo de habilitação de
indústrias para exportação;
• Identificar barreiras a produtos
lácteos brasileiros nos principais
mercados mundiais;
• Regulamentar normas e tipificação de
produtos lácteos, com o objetivo de
atender mercados externos.
Ampliação das exportaçõesAmpliação das exportações
15,8
13,0
10,3
7,6
5,64,4
2001 2002 2003 2004 2005 2006
Evolução do Consumo de Leite
na China(milhões de toneladas)
Fonte: USDA – 2006 : Previsão
Elaboração: CNA – Superintendência Técnica
O Brasil precisa se consolidar como país exportador confiável,
tanto no aspecto sanitário quanto no aspecto comercial,
respeitando contratos firmados.
Alcançar os melhores preços internacionais é uma questão de
credibilidade.
Indústrias e produtores devem dialogar por pagamento do leite conforme a qualidade
Brasil pode e deve aproveitar o bom momento e se firmar como exportador, mais do que nunca é necessário compromisso de produtores e indústrias para atender a consumidores exigentes.
Fonte: IBGE e Projeto Cenário do leite 2020
Neste cenário como se Neste cenário como se apresentam o Paraná, a região apresentam o Paraná, a região
sudoeste paranaense, a regional sudoeste paranaense, a regional de Pato Branco e o município de de Pato Branco e o município de
Pato Branco?Pato Branco?
Distribuição do Leite no ParanáDistribuição do Leite no Paraná
2004 - 2,4 bilhões de litros2004 - 2,4 bilhões de litros
2005 - 2,5 bilhões de litros2005 - 2,5 bilhões de litros
Noroeste228,3221,8
CentroOcidental
75,378,1
NorteCentral241,5240,0
NortePioneiro
124,0124,7
Centro Oriental353,8336,6
Oeste623,4745,7
Sudoeste454,8462,4
Centro Sul178,7168,3
Sudeste69,172,3
Metropolitana45,669,1
Produção em milhões de litrosFonte: IBGE
Elaboração: FAEP/DTE
0,0
500,0
1000,0
1500,0
2000,0
2500,0
3000,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
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Produção - ParanáProdução - Paraná
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
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200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
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Mil
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sVacas Ordenhadas - ParanáVacas Ordenhadas - Paraná
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
0,0
50,0
100,0
150,0
200,0
250,0
300,0
350,0
400,0
450,0
500,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
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Produção - sudoeste prProdução - sudoeste pr
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
0
50
100
150
200
250
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Mil
cab
eças
Vacas Ordenhadas - sudoeste prVacas Ordenhadas - sudoeste pr
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
0,0
20,0
40,0
60,0
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120,0
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Produção - regional PB*Produção - regional PB*
* Regional Pato Branco ( Bom Sucesso do Sul, Chopinzinho, Coronel Vivida, Itapejara D’oeste, Mariópolis, Pato Branco, São João, Saudade do Iguaçú, Sulina, Vitorino) Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
0
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Mil
ca
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Vacas Ordenhadas - regional PB*Vacas Ordenhadas - regional PB*
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Milh
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Lit
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Produção - Pato BrancoProdução - Pato Branco
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
0
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2
3
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5
6
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Mil
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Vacas Ordenhadas - Pato BrancoVacas Ordenhadas - Pato Branco
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
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Brasil Paraná sudoeste pr regional PB Pato Branco
Produtividade (litros/vaca/ano)Produtividade (litros/vaca/ano)
Fonte: IBGE- Elaboração FAEP
Nº AMOSTRAS MÉDIA FORA DA IN51
Paraná Sudoeste Paraná Sudoeste Paraná Sudoeste
GORDURA 226.753 26.019 3,88 4,02 11,11% 5,84%
PROTEÍNA 226.752 26.019 3,21 3,22 9,67% 9,38%
LACTOSE 226.751 26.019 4,35 4,35 - -
SOLIDOS TOTAIS 226.753 26.019 12,37 12,51 13,17% 8,32%
EXTRATO SECODESENGORDURADO
226.753 26.019 8,49 8,49 37,50% 41,50%
CCS 239.430 26.019 586.100 657.550 14,31% 12,97%
CONTAGEMBACTERIANA – UFC
174.049 21.815 2.414.900 2.418.090 42,13% 47,59%
Qualidade do leiteQualidade do leite
Período 01jan2007 à 31ago2007
0,300
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0,800
Paraná Oeste Pr centro oriental Pr padrão Maior VR Menor VR
Preços recebidos pelo produtor Preços recebidos pelo produtor CEPEA e CONSELEITECEPEA e CONSELEITE
Fonte: CEPEA e CONSELEITE
Conclusões Conclusões
Lição de casa dos produtoresLição de casa dos produtores
• Investir em organização
• Melhorar a competitividade/ produtividade
• Qualidade
• Escala de Produção
• Sanidade do rebanho
• Qualificação profissional
Conclusões Conclusões
Lição de casa das indústriasLição de casa das indústrias
• Adequar-se a nova realidade de mercado
• Adequar o parque industrial para competir no mercado interno e externo
• Desenvolver programa de recepção e pagamento do leite por qualidade
Conclusões Conclusões
Lição de casa dos governosLição de casa dos governos
• Apoiar efetivamente o desenvolvimento sustentável
• Resolver questões como: defesa sanitária, fiscalização, distorções tributárias
Conclusões Conclusões
Lição de casa da cadeia produtivaLição de casa da cadeia produtiva
• Reduzir os “projetos políticos” e construir um “projeto econômico”
Ronei VolpiRonei Volpi
ronei@senarpr.org.brronei@senarpr.org.br
www.senarpr.org.brwww.senarpr.org.br
Maria Silvia C. DigiovaniMaria Silvia C. Digiovani
silvia.digiovani@faep.com.brsilvia.digiovani@faep.com.br
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