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Jornada de
Trabalho
DR. THIAGO TRINDADE ABREU DA SILVA MENEGALDO
Advogado especializado em Direito do Trabalho, sócio no escritório de advocacia
Geromes e Menegaldo Sociedade de advogados, professor em diversos cursos de
pós graduação, coordenador do grupo de estudos de direito do trabalho da 39ª
Subseção da OAB de São Bernardo do Campo - SP. Foi profissional de Recursos
Humanos por 13 anos, atuando em vários subsistemas deste departamento.
Thiago Abreu Menegaldo
@profthiagomenegaldo
“Jornada de trabalho é o lapso temporal diário em quem o empregado
se coloca a disposição do empregador em virtude do respectivo
contrato. É desse modo, a medida principal do tempo diário de
disponibilidade do obreiro em face do seu empregador como resultado
do cumprimento do contrato de trabalho que os vincula.”
(DELGADO, Maurício Godinho – Curso de Direito do Trabalho – 13ª Edição. São Paulo: LTR, 2014 – p.900)
JORNADA DE TRABALHO
Aspectos Importantes
• Jornada e Salário;
• Jornada e Saúde no Trabalho;
• Jornada e Emprego;
Artigo 7º, Constituição Federal
(...)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
Artigo 58, CLT
A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade
privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado
expressamente outro limite.
JORNADA DE TRABALHO CF / CLT
ALGUMAS INDICAÇÕES CONSTITUCIONAIS SOBRE O TEMA
Art. 7º Constituição Federal:
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à
do normal;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de
quatorze anos;
VARIAÇÃO NO HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. (art, 58, § 1º,
CLT)
Sobre o tema, imprescindível destacar o que preceitua o art. 74, § 2º.
§ 2º Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual,
mecânico ou eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial
de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação
do período de repouso (LEI Nº 13.874, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019 )
REGISTRO DE PONTO
§ 3º Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos
empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu
poder, sem prejuízo do que dispõe o caput deste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 13.874, de 2019).
§ 4º Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada
regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva
ou acordo coletivo de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019).
Tempo Efetivamente Trabalhado: não computa na jornada de
trabalho as paralisações do empregado, como os intervalos;
Tempo a Disposição do Empregador: considera como jornada
de trabalho não só o tempo de efetivo serviço, como o tempo a
disposição do empregador;
Tempo in itinere: é a que considera como jornada de trabalho
todo o período, desde o momento em que o empregado se
dirige ao trabalho, até quando ele retorna a sua casa.
No Direito do Trabalho atual nosso sistema é híbrido.
CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO DA JORNADA E HORÁRIO
VARIAÇÃO NO HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO
Súmula nº 366 do TST
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE
ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO - Res. 197/2015 -
DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as
variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos,
observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite,
será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada
normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as
atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de
uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
Art. 4º da CLT - Considera-se como de serviço
efetivo o período em que o empregado esteja à
disposição do empregador, aguardando ou
executando ordens, salvo disposição especial
expressamente consignada.
CRITÉRIOS PARA FIXAÇÃO DA JORNADA E HORÁRIO
Súmula nº 449 do TST
MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM A JORNADA DE
TRABALHO. LEI Nº 10.243, DE 19.06.2001. NORMA
COLETIVA. FLEXIBILIZAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. (conversão da
Orientação Jurisprudencial nº 372 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 A partir da vigência da Lei nº 10.243, de
19.06.2001, que acrescentou o § 1º ao art. 58 da CLT, não mais prevalece
cláusula prevista em convenção ou acordo coletivo que elastece o limite de
5 minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho para fins de
apuração das horas extras.
VARIAÇÃO NO HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO
TEMPOS A DISPOSIÇÃO – REFORMA TRABALHISTA
Art. 4º (...)
§ 2o Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de cinco
minutos previsto no § 1o do art. 58 desta Consolidação, quando o empregado, por escolha
própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más
condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da empresa
para exercer atividades particulares, entre outras:
I - práticas religiosas;
II - descanso;
III - lazer;
IV - estudo;
V - alimentação;
VI - atividades de relacionamento social;
VII - higiene pessoal;
VIII - troca de roupa ou uniforme, quando não houver obrigatoriedade de realizar a troca na
empresa.” (NR)
Súmula nº 338 do TST
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o
registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-
apresentação injustificada dos controles de freqüência gera presunção
relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por
prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ
21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista
em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ
nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída
uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da
prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador,
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº
306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003).
VARIAÇÃO NO HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. HORAS EXTRAS.
INTERVALO INTRAJORNADA. JORNADA DE TRABALHO. ÔNUS DA PROVA.
CONTROLES DE PONTO. REGISTROS INVARIÁVEIS. 1. Consignado pela
Corte de origem que os cartões de ponto carreados pela reclamada - não
merecem credibilidade, porquanto se mostram inflexíveis -, caracterizando o -
famigerado cartão 'britânico' -, o acolhimento das alegações empresariais em
direção oposta não prescindiria do revolvimento de fatos e provas, obstado
pela Súmula 126/TST. 2. Diante do quadro fático traçado pelo TRT -
insuscetível de revisão nesta esfera extraordinária -, verifica-se que o acórdão
recorrido, ao direcionar à reclamada o ônus da prova de jornada diversa da
declinada na exordial, foi proferido em harmonia com o entendimento
cristalizado no item III da Súmula 338/TST, no sentido de que - [O]s cartões de
ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos
como meios de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras,
que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não
se desincumbir - . Óbices do art. 896, § 4º, da CLT e da Súmula 333/TST.
Agravo de instrumento conhecido e não provido. (TST - AIRR:
18368820105150042 1836-88.2010.5.15.0042, Relator: Hugo Carlos
Scheuermann, Data de Julgamento: 05/06/2013, 1ª Turma, Data de
Publicação: DEJT 14/06/2013)
VARIAÇÃO NO HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO
JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. CONTROLES DE FREQUÊNCIA
APRESENTADOS AOS AUTOS. IDONEIDADE. ÔNUS DA PROVA. É do
reclamante o ônus de elidir a presunção de veracidade da jornada anotada
nos controles de frequência apresentados aos autos, se formalmente
idôneos. Aplicação da Súmula 338, III, do TST. (TRT18, RO - 0010897-
16.2017.5.18.0083, Rel. DANIEL VIANA JUNIOR, 3ª TURMA, 27/02/2019)
VARIAÇÃO NO HORÁRIO NO REGISTRO DE PONTO
Súmula 50 – TRT 2ª Região
Horas extras. Cartões de ponto. Ausência de assinatura do
empregado. Validade. (Res. TP nº 01/2016 - DOEletrônico 02/02/2016)
A ausência de assinatura do empregado nos cartões de ponto, por si só,
não os invalida como meio de prova, pois a lei não exige tal formalidade.
VALIDADE DO CARTÃO DE PONTO
CONVERSÃO
1 hora relógio = 60 minutos
1 hora centesimal = 100 centésimos de hora
Na apuração das verbas trabalhistas, é imperioso ressaltar
que a hora relógio tem 60 minutos e a hora centesimal,
como o nome indica, trabalha com frações de 100
60 minutos = 01 hora
45 minutos = X
Teríamos então:
45 minutos / 60 minutos (01 hora) = 0,75
Vejamos isso no exemplo de transformamos 01h45 em
horas centesimais
HORAS IN ITINERE
O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu
retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada
de trabalho, salvo quando, tratando-se de local de difícil acesso ou não
servido por transporte público, o empregador fornecer a condução. (Art. 58,
§ 2º, CLT)
.
HORAS IN ITINERE
.
Súmula 90 - HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO (incorporadas as
Súmulas nºs 324 e 325 e as Orientações Jurisprudenciais nºs 50 e 236 da SBDI-1)
- Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - O tempo despendido pelo empregado, em condução fornecida pelo empregador, até
o local de trabalho de difícil acesso, ou não servido por transporte público regular, e
para o seu retorno é computável na jornada de trabalho.
II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da jornada do empregado
e os do transporte público regular é circunstância que também gera o direito às horas
"in itinere".
III - A mera insuficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in
itinere".
IV - Se houver transporte público regular em parte do trajeto percorrido em condução
da empresa, as horas "in itinere" remuneradas limitam-se ao trecho não alcançado
pelo transporte público.
V - Considerando que as horas "in itinere" são computáveis na jornada de trabalho, o
tempo que extrapola a jornada legal é considerado como extraordinário e sobre ele
deve incidir o adicional respectivo.
HORAS IN ITINERE
Súmula nº 320 do TST
HORAS "IN ITINERE". OBRIGATORIEDADE DE CÔMPUTO NA JORNADA
DE TRABALHO
O fato de o empregador cobrar, parcialmente ou não, importância pelo
transporte fornecido, para local de difícil acesso ou não servido por transporte
regular, não afasta o direito à percepção das horas "in itinere".
Poderão ser fixados, para as microempresas e empresas de pequeno porte,
por meio de acordo ou convenção coletiva, em caso de transporte fornecido
pelo empregador, em local de difícil acesso ou não servido por transporte
público, o tempo médio despendido pelo empregado, bem como a forma e a
natureza da remuneração (§ 3º art. 58, CLT).
Inadmissível acordo individual em prejuízo do empregado;
Inadmissível mesmo através e acordo ou convenção coletiva qualquer
condição menos favorável ao trabalhador.
Revogado pela Lei 13.467/2017
HORAS IN ITINERE
EMENTA: HORAS IN ITINERE. EXISTÊNCIA DE TRANSPORTE PÚBLICO
SERVINDO O LOCAL DE TRABALHO EM HORÁRIOS COMPATÍVEIS- ÔNUS DE
PROVA. É do empregador o ônus de demonstrar que o local de trabalho é
servido por transporte público regular, compatível com os horários de início e
término da jornada de trabalho, tendo em vista a presunção de que o fornecimento
do transporte se dava no interesse da atividade, como forma de garantir o acesso dos
empregados ao local de trabalho (art. 58, § 2.º, da CLT). (TRT da 3.ª Região;
Processo: 0000675-53.2014.5.03.0069 RO; Data de Publicação: 29/07/2016; Órgão
Julgador: Setima Turma; Relator: Paulo Roberto de Castro; Revisor: Convocado
Cleber Lucio de Almeida)
HORAS IN ITINERE
.
RECURSO DE REVISTA. HORAS IN ITINERE. RESIDÊNCIA DO EMPREGADO EM
LOCAL DE DIFÍCIL ACESSO. ALDEIA INDÍGENA. EMPRESA SITUADA NO CENTRO
DA CIDADE, EM LOCAL DE FÁCIL ACESSO. INDEVIDO O PAGAMENTO DE HORAS
IN ITINERE. 1. Do quadro fático registrado pelo egrégio Tribunal Regional extrai-se
que "(…) No caso presente, claro está que a ré não está situada em local de difícil
acesso, pois se situa no centro da cidade de Seara, conforme inicial. Na realidade,
situada em local de difícil acesso está a aldeia indígena na qual reside o autor,
situação não contemplada na hipótese descrita no Dispositivo Legal citado (...)” (fl.
381). 2. Quanto à existência de transporte regular, a egrégia Corte Regional registrou
que “(…) o autor não trouxe nenhum elemento capaz de demonstrá-la, não se
desincumbindo do seu encargo probatório. (…)” (fl. 381, grifei). 3. Dentro deste
contexto fático, não se vislumbra contrariedade à Súmula 90/TST, na medida em que o
acesso à empresa não oferecia dificuldades, não havendo prova de inexistência de
transporte público regular. 4. No que se refere à divergência jurisprudencial indicada
ao confronto de teses, vale dizer que os arestos formalmente válidos são
inespecíficos, uma vez que não partem da premissa de que de difícil acesso era a
residência do empregado, e não a sede da empresa. Incidência da Súmula 296/TST.
Recurso de revista não conhecido.(PROCESSO Nº TST-RR-749-18.2012.5.12.0008 –
3ª Turma – Rel. Min. ALEXANDRE AGRA BELMONTE – Publicação 12/06/2015).
HORAS IN ITINERE
Súmula nº 429 do TST
TEMPO À DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR. ART. 4º DA CLT. PERÍODO
DE DESLOCAMENTO ENTRE A PORTARIA E O LOCAL DE TRABALHO
- Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
Considera-se à disposição do empregador, na forma do art. 4º da CLT, o
tempo necessário ao deslocamento do trabalhador entre a portaria da
empresa e o local de trabalho, desde que supere o limite de 10 (dez)
minutos diários.
Artigo 58, §2º
O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva
ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por
qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não
será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do
empregador.
Será o fim da súmula 90 do TST?
HORAS IN ITINERE – REFORMA TRABALHISTA
O art. 244, § 2º, CLT, considera tempo de sobreaviso o período em
que o ferroviário “permanecer em sua própria casa, aguardando a
qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de
sobreaviso será no máximo de 24 horas. As horas de sobreaviso,
para todos os efeitos, serão contados à razão de 1/3 do salário
normal.”
Na visão de Arnaldo Süssekind, empregado de sobreaviso é “aquele
que permanece em local ajustado com o seu empregador para
eventuais convocações, visando à execução de determinados
serviços” .
SOBREAVISO
Súmula nº 428 do TST
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA
CLT (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em
14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26
e 27.09.2012
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos
pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de
sobreaviso.
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e
submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou
informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente,
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante
o período de descanso.
SOBREAVISO
PRONTIDÃO
§ 3º Considera-se de "prontidão" o empregado que ficar nas
dependências da estrada, aguardando ordens. A escala de
prontidão será, no máximo, de doze horas. As horas de
prontidão serão, para todos os efeitos, contadas à razão de
2/3 (dois terços) do salário-hora normal.
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL
Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração
não exceda a vinte e cinco horas semanais. (art. 58-A, CLT)
O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será
proporcional à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas
mesmas funções, tempo integra (Art. 58-A, §1º)
Neste sentido também temos a OJ 358 da SDI-I
OJ SDI-I 358. SALÁRIO MÍNIMO E PISO SALARIAL PROPORCIONAL À JORNADA
REDUZIDA. POSSIBILIDADE (DJ 14.03.2008)
Havendo contratação para cumprimento de jornada reduzida, inferior à previsão
constitucional de oito horas diárias ou quarenta e quatro semanais, é lícito o
pagamento do piso salarial ou do salário mínimo proporcional ao tempo trabalhado.
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL
“CONTRATO DE TRABALHO EM TEMPO PARCIAL. SALÁRIO PROPORCIONAL.
APLICAÇÃO DO ART. 58-A DA CLT. No caso de trabalho em tempo parcial, o salário é
devido de forma proporcional às horas trabalhadas. Esta é a inteligência do artigo 58-
A, § 1º, da CLT, que está de acordo com o caráter sinalagmático do contrato de
trabalho, já que há um perfeito equilíbrio formal entre as prestações onerosas dos
contratados (empregado e empregador)”. (TRT-6 - RO: 97900402008506 PE 0097900-
40.2008.5.06.0121, Relator: Dione Nunes Furtado da Silva (T1), Data de Publicação:
01/08/2009)
“RECURSO DE REVISTA. EMPREGADO DOMÉSTICO. JORNADA REDUZIDA. SALÁRIO-
MÍNIMO PROPORCIONAL. Com ressalva desta relatora, entende esta Corte Superior
que o inciso IV do art. 7º da CF deve ser interpretado em consonância com o inciso XIII
do dispositivo, de modo que, se a jornada de trabalho contratada do empregado é
inferior àquela constitucionalmente estipulada, o salário pode ser pago de forma
proporcional ao número de horas trabalhadas em jornada reduzida, nos termos da OJ
n.º 358 da SBDI-1. Esse entendimento aplica-se inclusive à relação de trabalho
doméstico anterior à Emenda Constitucional n.º 72/2013, sob pena de deferir à
categoria dos trabalhadores domésticos garantia maior que à conferida aos
trabalhadores em geral, o que não se coaduna com o texto constitucional vigente na
época. Precedentes. Recurso de revista a que se nega provimento. (RR - 1226-
30.2011.5.03.0104, Relatora Ministra: Kátia Magalhães Arruda, Data de Julgamento:
11/06/2013, 6ª Turma, Data de Publicação: 14/06/2013)
TRABALHO EM REGIME DE TEMPO PARCIAL - REFORMA
“Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais, ou,
ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a possibilidade de
acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
§ 3o As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o
acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o salário-hora normal.
§ 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial ser estabelecido em
número inferior a vinte e seis horas semanais, as horas suplementares a este quantitativo
serão consideradas horas extras para fins do pagamento estipulado no § 3o, estando
também limitadas a seis horas suplementares semanais.
§ 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser compensadas
diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita a
sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
§ 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um terço
do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário.
§ 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no art. 130 desta
Consolidação.” (NR)
HORA EXTRA
Valentim Carrion, ao comentar o art. 59 da CLT, “consideram-se extras as horas
trabalhadas além da jornada normal de cada empregado, comum ou reduzida; é o
caso do bancário que trabalhe 7 horas; ou do comerciário que pactue e trabalhe
apenas 4 horas por dia – a quinta hora já será extra; de outro modo o empregador
podia contratar jornada inferior habitual, convocando o empregado a trabalhar 8 horas
apenas quando lhe conviesse, sem garantir-lhe o salário de 8 horas”.
As horas extras compreendem as que excedem a jornada normal do empregado.
Jornada normal é a prevista na lei, no instrumento normativo ou no contrato de
trabalho do empregado.
Quando se excede a duração da jornada normal, o empregado tem direito à
percepção da hora extra.
OJ – SDI-I 233. HORAS EXTRAS. COMPROVAÇÃO DE
PARTE DO PERÍODO ALEGADO (nova redação) - DJ
20.04.2005
A decisão que defere horas extras com base em prova
oral ou documental não ficará limitada ao tempo por ela
abrangido, desde que o julgador fique convencido de que
o procedimento questionado superou aquele período.
HORA EXTRA E A PROVA
INÉPCIA. PEDIDO GENÉRICO. CONFIGURAÇÃO. Apesar de o
Processo do Trabalho não exigir rigor formal na elaboração da petição
inicial, nos termos do artigo 840 da CLT, devem constar os elementos
mínimos indispensáveis à solução da controvérsia, quais sejam, os
pedidos certos e determinados, de modo a possibilitar que a decisão seja
proferida dentro dos limites propostos, além de viabilizar o direito de
defesa. No caso, essas exigências não foram satisfeitas, uma vez que a
autora requereu a condenação da reclamada ao pagamento de horas
extras sem indicar sequer a frequência com que tal fato ocorreu. Recurso
da reclamante a que se nega provimento. (TRT18, RO - 0010434-
93.2017.5.18.0012, Rel. DANIEL VIANA JUNIOR, 3ª TURMA, 27/02/2019)
HORA EXTRA
HORA EXTRA E A PROVA
HORAS EXTRAS. PROVA DOCUMENTAL FIDEDIGNA. DIFERENÇAS
NÃO COMPROVADAS. Apresentados cartões de ponto pela reclamada,
competia à reclamante evidenciar a existência de diferenças de horas
extras registradas e não pagas, sem se esquecer da compensação
expressamente regulada por norma coletiva. Não o fazendo, é
improcedente o pedido. (TRT da 3.ª Região; PJe: 0011564-
76.2016.5.03.0140 (RO); Disponibilização: 06/12/2018; Órgão Julgador:
Nona Turma; Relator: Maria Stela Alvares da S.Campos)
HORA EXTRA
Súmula nº 264 do TST
HORA SUPLEMENTAR. CÁLCULO (mantida) - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003
A remuneração do serviço suplementar é composta do valor da
hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e
acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo,
convenção coletiva ou sentença normativa.
HORA EXTRA
Súmula nº 340 do TST
COMISSIONISTA. HORAS EXTRAS (nova redação) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O empregado, sujeito a controle de horário, remunerado à base
de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50%
(cinqüenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado
sobre o valor-hora das comissões recebidas no mês,
considerando-se como divisor o número de horas efetivamente
trabalhadas.
HORA EXTRA
OJ – SDI-I 397. COMISSIONISTA MISTO. HORAS EXTRAS.
BASE DE CÁLCULO. APLICAÇÃO DA SÚMULA N.º 340 DO
TST. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010) O empregado
que recebe remuneração mista, ou seja, uma parte fixa e outra
variável, tem direito a horas extras pelo trabalho em
sobrejornada. Em relação à parte fixa, são devidas as horas
simples acrescidas do adicional de horas extras. Em relação à
parte variável, é devido somente o adicional de horas extras,
aplicando-se à hipótese o disposto na Súmula n.º 340 do TST.
HORA EXTRA E A MULHER
Art. 384, CLT - Em caso de prorrogação do horário normal,
será obrigatório um descanso de 15 (quinze) minutos no
mínimo, antes do início do período extraordinário do
trabalho.
Artigo 5º, I, estabelece que homens e mulheres são iguais
em direitos e obrigações;
Artigo 7º, XXX, proíbe diferença de salários, funções ou
critério de admissão por motivo de sexo.
HORA EXTRA E A MULHER
SÚMULA 28 – TRT 2ª Região
Intervalo previsto no artigo 384 da CLT. Recepção pela Constituição
Federal. Aplicação somente às mulheres. Inobservância. Horas extras.
O artigo 384 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal consoante
decisão do E. Supremo Tribunal Federal e beneficia somente mulheres,
sendo que a inobservância do intervalo mínimo de 15 (quinze) minutos nele
previsto resulta no pagamento de horas extras pelo período total do
intervalo. (Resolução TP nº 02/2015 - DOEletrônico 26/05/2015)
HORA EXTRA E A MULHER – REFORMA TRABALHISTA
Com a reforma trabalhista o artigo
384, CLT foi REVOGADO!
MÉDIA DE HORAS EXTRAS
O exemplo é o seguinte:
Salário mensal: R$ 2.200,00
Divisor: 220 horas mensais
Salário hora R$ 10,00
Adicional de hora extra: 50%
Horas extras habituais e demissão sem justa causa.
Valor da HORA EXTRA R$ 15,00, então temos:
DSR (divido o valor por 6): R$ 2,50 (16,7%)
Férias + /13: (1/12 avos) R$ 1,67 (11,1%)
13º salário: (1/12 avos) R$ 1,25 (8,3%)
FGTS + 40%: (11,2%) R$ 1,68 (11,2 %)
Total dos reflexos R$ R$ 7,10 (47,3%)
MÉDIA DE HORAS EXTRAS
Isso quer dizer que os reflexos, nesta situação, representam 47,3% do valor da
hora extra.
Desta forma, quando vamos calcular horas extras e quisermos saber o valor médio
dos reflexos, aplicamos sobre o valor das horas extras, um adicional de 47,3%
Mas atenção!
Vocês viram que o aviso prévio ficou de fora desta conta. Isso ocorre porque deve
ser calculado a parte, pois sua incidência é calculada apenas dos últimos 12 meses
da prestação de serviço.
Espero que essa dica os ajudem!!!
REGIME 12 X 36
O trabalho prestado em regime de 12 × 36 é aquele no qual o
empregado presta serviços em 12 horas e descansa 36
consecutivas.
É muito comum nas áreas da saúde, vigilância etc.
REGIME 12 X 36
Súmula nº 444 do TST
JORNADA DE TRABALHO. NORMA COLETIVA. LEI. ESCALA DE
12 POR 36. VALIDADE. - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26
e27.09.2012 - republicada em decorrência do despacho proferido
no processo TST-PA-504.280/2012.2 - DEJT divulgado em
26.11.2012
É valida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho
por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada
exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção
coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos
feriados trabalhados. O empregado não tem direito ao pagamento de
adicional referente ao labor prestado na décima primeira e décima
segunda horas.
REGIME 12 X 36
EMENTA: JORNADA DE TRABALHO. ESCALA 12X36. PRESTAÇÃO DE
HORAS EXTRAS. SUPRESSÃO PARCIAL DO INTERVALO
INTERJORNADAS DE 36 HORAS. SÚMULA 110 E OJ 355 DO TST.
APLICAÇÃO ANALÓGICA. A não concessão integral do intervalo de 36 horas
ao empregado que cumpre escala 12x36 enseja o pagamento, como extras,
das horas suprimidas, aplicando-se, por analogia, o disposto na Súmula 110 e
na OJ 355 do TST, em razão da não fruição integral do intervalo interjornadas
pactuado pelas partes.(TRT da 3.ª Região; Processo: 0000120-
29.2014.5.03.0136 RO; Data de Publicação: 02/05/2016; Órgão Julgador:
Quarta Turma; Relator: Paula Oliveira Cantelli; Revisor: Maria Lucia Cardoso
Magalhaes)
REGIME 12 X 36
Intervalo Intrajornada no regime 12x36
Jornada 12X36. Intervalo intrajornada. Observação do disposto no art. 71 da CLT.
Possibilidade. A realização de jornada do tipo 12X36 não elide o empregador da
obrigatoriedade de concessão de intervalo para refeição e descanso. Com efeito,
as normas relativas aos períodos de descanso do trabalhador, entre eles o intervalo
intrajornada, são de saúde pública, destinadas ao aperfeiçoamento das condições de
segurança, saúde e higiene no trabalho, já que possibilitam a preservação da higidez
física e mental do empregado no exercício diário das suas atividades. Recurso
Ordinário do reclamante provido, no aspecto. (TRT 2ª Região – RO – Processo nº
02374001620095020019 – 14ª Turma – Rel. Des. Davi Furtado Meirelles – Public.
06/03/2012).
A sentença de 1º grau do processo retro mencionado assim havia
determinado:
O juízo de origem indeferiu o pedido de horas extras por supressão do intervalo
intrajornada, sob o argumento de que a jornada de 12X36 autoriza a flexibilização da
pausa, “pois, se assim não fosse, o reclamante deveria realizar uma jornada de
13x36, o que inviabilizaria o horário de funcionamento dos hospitais e o rodízio de
seus empregados em turnos fixos”
REGIME 12 X 36 - REFORMA TRABALHISTA
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é
facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas
seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou
indenizados os intervalos para repouso e alimentação.
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no
caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal
remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados
compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando
houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.”
REGIME 12 X 36 - REFORMA TRABALHISTA
Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da
Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer
prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho,
as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer
diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento
para tal fim.
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de
doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.”
(NR)
REGIME 12 X 36 - REFORMA TRABALHISTA
EMENTA: BANCO DE HORAS. ATIVIDADE INSALUBRE. INVALIDADE. Para a
instituição do banco de horas quando o trabalho é executado em ambientes
insalubres, além dos requisitos previstos no art. 59, §2º, da CLT, a reclamada deve
ter licença prévia das autoridades competentes (art. 60 da CLT). Inexistindo a
licença, é inválido o banco de horas instituído. Recurso patronal desprovido, no
particular. (TRT18, RO - 0010892-37.2017.5.18.0101, Rel. GERALDO
RODRIGUES DO NASCIMENTO, 2ª TURMA, 04/05/2018)
DIVISOR PARA CÁLCULO DA HORA EXTRA
O artigo 64 da CLT corresponde à chave para o bom entendimento a
facilitar o cálculo do salário hora, para aqueles como a maioria recebe
salário mensal, vejamos:
Art. 64 - O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será
obtido dividindo-se o salário mensal correspondente à duração do
trabalho, a que se refere o art. 58, por 30 (trinta) vezes o número de
horas dessa duração.
Parágrafo único - Sendo o número de dias inferior a 30 (trinta), adotar-
se-á para o cálculo, em lugar desse número, o de dias de trabalho por
mês.
DIVISOR PARA CÁLCULO DA HORA EXTRA
Antes da Constituição Federal de 1988 tínhamos 8 horas diárias (48
semanais) x 30 dias = 240 horas mensais.
Atualmente para chegarmos a esta conta temos que fazer uma conta em
separado e com prioridade para obtermos o valor médio da jornada, ante
de multiplicarmos por 30.
Temos que saber a jornada semanal, dividir por 6 (por força da lei 605/49)
encontrando o padrão médio, veja:
44 / 6 = 7,33333 x 30 = 220 horas
NORMAL - 08 horas diárias e 44 horas semanais (Art. 7º, XIII, CF)
DIVISOR PARA CÁLCULO DA HORA EXTRA
Para os empregados sujeitos a 40 horas semanais de trabalho, aplica-se o
divisor 200 (duzentos) para o cálculo do valor do salário-hora (Súm. 431,
TST).
Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Total
8 8 8 8 8 4 DSR 44
Somatório da semana 44
Carga Horária (/6) 7,3333
Divisor Mensal (x30) 220
Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Total
8 8 8 8 8 Liberalidade DSR 40
Somatório da semana 40
Carga Horária (/6) 6,6667
Divisor Mensal (x30) 200
Semana Inglesa (Sum. 85, IV, TST)
Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Total
9 9 9 9 8 Comp DSR 44
Somatório da Semana 44
Carga Horária (/6) 7,33333
Divisor Mensal (x30) 220
Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Total
8 8 8 8 8 8 DSR 48
DSR 8 8 8 8 8 DSR 40
Somatório de 02 semanas 88
Média de 02 semanas 44
Carga Horária (/6) 7,3333
Divisor Mensal (x30) 220
Semana Espanhola (6X2)
DIVISOR PARA CÁLCULO DA HORA EXTRA
REGIME 12 X 36
Seg Ter Qua Qui Sex Sáb Dom Total
12 12 12 12 48
12 12 12 36
Somatório de 02 semanas 84
Média de 02 semanas 42
Carga Horária (/6) 7
Divisor Mensal (x30) 210
O empregado submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de
descanso (12 × 36), que compreenda a totalidade do período noturno, tem
direito ao adicional noturno, relativo às horas trabalhadas após as 5 horas
da manhã (OJ 388, SDI-I).
VAMOS EXERCITAR O APRENDIZADO
Função: Garçon
JORNADA
· Sextas-feiras, sábados e domingos das 10h00 as 20h00 - com uma hora de intervalo
para refeição e descanso;
Trabalhou por três anos sem registro ganhando R$ 70,00 por dia.
Quando foi registrado, a Reclamada passou a lhe pagar R$ 800,00 por mês.
Calcule o divisor de horas extras;
Calcule o salário mensal antes do reconhecimento do vínculo.
SUPRESSÃO DA HORA EXTRA
Súmula nº 291 do TST
HORAS EXTRAS. HABITUALIDADE. SUPRESSÃO.
INDENIZAÇÃO. (nova redação em decorrência do julgamento do
processo TST-IUJERR 10700-45.2007.5.22.0101) - Res. 174/2011, DEJT
divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
A supressão total ou parcial, pelo empregador, de serviço suplementar
prestado com habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano, assegura ao
empregado o direito à indenização correspondente ao valor de 1 (um) mês
das horas suprimidas, total ou parcialmente, para cada ano ou fração igual
ou superior a seis meses de prestação de serviço acima da jornada
normal. O cálculo observará a média das horas suplementares nos últimos
12 (doze) meses anteriores à mudança, multiplicada pelo valor da hora
extra do dia da supressão.
a) verificar o número de anos durante o contrato de trabalho em que houve
prestação de horas extras de forma habitual em período igual ou superior a
06 meses.
b) apurar a média das horas extras prestadas nos doze meses anteriores à
supressão. Se houver horas extras realizadas com adicionais diferentes,
será necessário apurar a média das horas extras pagas com cada um dos
adicionais.
c) multiplicar a média encontrada no item “b” pelo valor da hora extra no
mês da supressão para apurar o valor médio mensal das horas extras
d) multiplicar o resultado encontrado no item “c” pelo número de anos
apurado no item “a” para determinar o valor da indenização devida.
SUPRESSÃO DAS HORAS EXTRAS
EMENTA: AUTARQUIA – SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS – INDENIZAÇÃO – SÚMULA
291 DO COLENDO TST. Ainda que a reclamada seja uma autarquia e esteja submetida aos
princípios norteadores da Administração Pública, consagrados no artigo 37 da Constituição
Federal de 1988, constatado que o contrato de trabalho celebrado com o reclamante era
regido pela CLT, a autarquia empregadora se sujeita à legislação trabalhista no tocante aos
direitos e obrigações. É incontroverso nos autos que o reclamante foi admitido pela reclamada
em 26.08.87 sob a égide da CLT, o que é corroborado pela documentação juntada às f. 25/27.
Também não houve impugnação específica por parte da reclamada no sentido de que o autor
trabalhava habitualmente em sobrejornada, sendo que a partir de maio de 2010 a reclamada
suspendeu o pagamento regular de horas extras em decorrência do advento do Decreto
Municipal n.º 13.549/2009, que limitou o pagamento da referida mediante autorização somente
em situações excepcionais. Portanto, a supressão abrupta da verba extraordinária percebida
pelo reclamada durante longo período não pode prevalecer diante da moralidade e legalidade
administrativa. Devem ser levados em consideração outros dispositivos constitucionais que
dignificam e valorizam o trabalho e promovem a dignidade da pessoa humana (v.g., artigo 1º,
IV e art. 170), de modo que se encontre um denominador comum para a ponderação dos
interesses garantidos em patamar constitucional. Como corolário, se houve a supressão de
trabalho extraordinário habitualmente prestado durante pelo menos um ano, impõe-se o
deferimento da indenização consubstanciada na Súmula 291 do Colendo TST. (TRT da 3.ª
Região; Processo: 01468-2011-112-03-00-4 RO; Data de Publicação: 21/03/2012; Órgão
Julgador: Segunda Turma; Relator: Sebastião Geraldo de Oliveira; Revisor: Luiz Ronan Neves
Koury; Divulgação: 20/03/2012. DEJT. Página 98).
SUPRESSÃO DAS HORAS EXTRAS
DANO EXISTENCIAL
DANO EXISTENCIAL - CONFIGURAÇÃO. Há dano existencial quando o
trabalhador é impedido de se realizar, na qualidade de ser humano, nos âmbitos
pessoal e social, em razão da supressão de seu tempo, decorrente da
imposição de jornada de trabalho excessiva ou do desrespeito, pela
empregadora, a outros direitos atinentes aos períodos de descanso
instituídos pela legislação laboral. Em casos tais, há o comprometimento ou, até
mesmo, a inibição do trabalhador do gozo do lazer, da convivência familiar e
social, frustrando, assim, o seu projeto de vida, o que, de resto, representa
vilipêndio ao princípio da dignidade da pessoa humana. Para que se configure o
dano existencial, necessária a demonstração dos elementos caracterizadores da
responsabilidade civil patronal, os quais restaram configurados na hipótese,
fazendo jus o Autor ao recebimento de indenização por danos morais. (TRT da 3.ª
Região; PJe: 0011837-35.2017.5.03.0103 (RO); Disponibilização: 07/01/2020;
Órgão Julgador: Quarta Turma; Relator: Denise Alves Horta)
EXCLUSÃO DE JORNADA SUPLEMENTAR
• Que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho,
devendo tal condição ser anotada na CTPS e no registro de empregados;
• Os gerentes, assim considerados os que exercem de cargo de gestão e aos quais se
equiparam os diretores e chefes de departamento ou filial. Porém, o salário do cargo de
confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, não poderá ser inferior
ao valor do respectivo salário acrescido de 40% (art. 62, I e II, parágrafo único, CLT);
OJ SDI-I - 332. MOTORISTA. HORAS EXTRAS. ATIVIDADE EXTERNA. CONTROLE DE
JORNADA POR TACÓGRAFO. RESOLUÇÃO Nº 816/86 DO CONTRAN (DJ 09.12.2003)
O tacógrafo, por si só, sem a existência de outros elementos, não serve para controlar a jornada
de trabalho de empregado que exerce atividade externa.
CARGO DE CONFIANÇA
a) possuir "poder de gestão", que representa uma das questões mais
relevantes para a caracterização do cargo de confiança, pelo qual se
atribui um maior poder de fidúcia do empregador sobre certo trabalhador, a
quem se entrega parte das atribuições inerentes à condução dos destinos
do empreendimento empresarial, como que descentralizando o poder de
mando do empregador;
b) receber padrão salarial ou gratificação de função no mínimo superior a
40%, em comparação aos salários dos demais empregados a ele
subordinados.
CARGO DE CONFIANÇA
A CLT disciplina a existência de três diferentes cargos de confiança:
(a) confiança imediata do empregador (art. 499);
(b) confiança geral (art. 62, II);
(c) confiança bancária (art. 224, §2°).
Confiança Imediata do Empregador
Se confunde com o próprio empregador, correspondendo àqueles cargos
responsáveis pela direção geral da instituição, tais como, presidente,
membro de conselho de administração ou de acionistas, altos diretores ou
superintendentes;
CARGO DE CONFIANÇA
Confiança Geral
Funcionários que detém uma fidúcia especial, sendo o longa manus do
empregador e responsável pela gestão de sucursais, filiais ou agências, por
exemplo, gerentes de agências, superintendentes de regionais. Estes
funcionários desempenham poderes de gestão, podendo citar como exemplo
aqueles que exerçam as funções de gerentes, chefes de departamento ou de
filial
Confiança Bancária
Empregados que dentro da estrutura hierarquizada são responsáveis por
setores ou departamentos específicos de trabalho, organizando-os e
reportando-se aos gerentes gerais. Detém um grau menor de confiança do
empregador mas possui um poder de organização sobre o serviço, sendo
exemplo, chefes, supervisores, gerentes etc.
EXCLUSÃO DE CONTROLE – REFORMA TRABALHISTA
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
(...)
III - os empregados em regime de teletrabalho.
INDAGA-SE; TODO E QUALQUER TRABALHO REALIZADO DE FORMA
TELEMÁTICA NÃO ESTARÁ SUJEITO A REALIZAÇÃO DE HORAS
EXTRAORDINÁRIAS?
EXCLUSÃO DE JORNADA SUPLEMENTAR
CARGO DE CONFIANÇA. ARTIGO 62, II, DA CLT. Não importa o nome da
função do reclamante, para a caracterização do cargo de confiança, mas os
poderes que lhe eram conferidos, sendo que o fato de possuir poderes
administrativos, sem qualquer função de gestão, não enseja a aplicação da
excludente do artigo 62, II, da CLT. (TRT 2ª Região – RO Processo nº
1000604-74.2016.5.02.0042 – 4ª Turma – Rel. Des. Ivani Contini Bramante
– Public. 12/03/2019).
EXCLUSÃO DE JORNADA SUPLEMENTAR
EMENTA: DURAÇÃO DO TRABALHO. CONTROLE DE JORNADA. EXCEÇÃO.
ATRIBUIÇÕES TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS. CARGO DE GESTÃO NÃO
CARACTERIZADO. HORAS EXTRAS DEVIDAS. Para enquadramento no artigo 62, II,
da Consolidação das leis do trabalho, há necessidade de que sejam preenchidos os
seguintes requisitos: poder de representação, poder de gestão, subordinação reduzida e
salário superior aos inferiores hierárquicos. A autora não pode ser enquadrada nos
termos do artigo 62, II, da Consolidação das leis do trabalho, pois não tinha autonomia e
nem procuração para atuar em nome da reclamada e sequer percebia a gratificação
estabelecida no § único do artigo 62 da CLT, sendo mera técnica administrativa, ao
passo que as atividades de leitura de contratos, acesso a documentos importantes,
estudos técnicos de locais para instalação de lojas etc são atividades que não podem ser
consideradas vitais para a sobrevivência da empresa. Apelo patronal improvido. (TRT 2ª
região – RO Processo nº 1001317-46.2017.5.02.0064 – 8ª Turma – Rel. Des. CELSO
RICARDO PEEL FURTADO DE OLIVEIRA – Public 19/09/2019).
EXCLUSÃO DE JORNADA SUPLEMENTAR
HORAS EXTRAS. DISPENSA DA MARCAÇÃO DE HORÁRIO.
Alega a Reclamada que o Reclamante, vigilante que prestava
serviços internos, estava dispensado da marcação da jornada de
trabalho. Não existe autorização legal para o suposto procedimento
utilizado pela Ré, o que significaria, em uma análise, uma carta em
branco na mão do empregador, que sob a assertiva de dispensar o
empregado de marcar seu horário de trabalho estaria livre para
vilipendiar o estatuído no artigo 7º, XIII da Constituição Federal.
Dessa forma, remanesce o entendimento consubstanciado na Súm.
338, I, do TST, de forma que a não apresentação dos controles de
jornada faz inverter o ônus da prova, incumbindo à Reclamada, em
conseqüência, desconstituir a presunção juris tantum formada.
(TRT 2ª Região – RO – Proc. nº 20120038488 -
Acórdão: 20120800530 - 12ª Turma - Rel. Des. Francisco Ferreira
Jorge Neto – Public. 20/07/2012).
PRORROGAÇÃO DA JORNADA DIÁRIA DE TRABALHO
A CLT permite horas extraordinárias em três casos:
• Acordo de prorrogação;
• Sistema de compensação e;
• Necessidade imperiosa
força maior
conclusão de serviços inadiáveis e;
recuperação das horas de paralisação
ACORDO DE PRORROGAÇÃO
Acordo de prorrogação de horas é o ajuste fixado entre o empregado e o
empregador, objetivando a realização de horas além do limite normal da duração da
jornada de trabalho, mediante o pagamento das respectivas horas extras. Pode ser
por prazo determinado ou indeterminado.
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de até duas horas
suplementares, se convencionado por escrito entre empregador e empregado ou
previsto no acordo ou convenção coletiva de trabalho (art. 59, caput, CLT). O
adicional mínimo a ser pago é
de 50% (art. 7º, XVI, CF, art. 59, § 1º, CLT).
O acordo de prorrogação já teve maior relevância antes da CF/88, porque, o
adicional de hora extra era de 20% para aquelas convencionadas e saltava para 25%
quando a hora extra era decorrente de força maior ou serviços inadiáveis.
ACORDO DE PRORROGAÇÃO
O acordo de prorrogação de horas, portanto tem por objetivo a
regulamentação da jornada de trabalho do empregado.
Não podem fazer acordo individual de prorrogação de horas:
• Aprendiz (Decreto 5.598/2005)
• Telefonista (Art. 227 da CLT)
• Ascensorista (Lei 3.270/57)
COMPENSAÇÃO SEMANAL – ANTES DA REFORMA
O acordo de compensação de horas deve ter dia e hora pré-determinados
para a distribuição do número de horas na semana, com a observância de
que a jornada diária não seja superior a 10 horas.
a) A compensação consiste na distribuição das horas de um dia, pelos
demais dias da semana. Em tese, o empregado não trabalha no sábado e
cumprirá estas horas de 2ª até 6ª feira ou irá trabalhar menos no sábado (art.
7º, XIII, CF e art. 59, § 2º, CLT);
b) a compensação é válida mediante acordo ou convenção coletiva ou
acordo individual;
c) dependendo dos critérios de entendimento, a compensação pode
ocorrer de fato, mesmo sem a formalização, sendo válida por ser uma
cláusula de fato benéfica ao trabalhador (princípio da primazia da realidade
bem como da condição mais benéfica);
d) ou ainda, acatando-se em parte a compensação, e deferindo-se
somente o adicional, já que a hora trabalhada foi paga (Súm. 85, III);
e) O TST fixou o entendimento de que é válida a sistemática de
compensação de horário quando a jornada é a denominada “semana
espanhola”, que alterna a prestação de 48 horas em uma semana e 40
horas em outra, não violando os arts. 59, § 2º, CLT, e 7º, XIII, CF, o seu
ajuste mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho (OJ 323, SDI-
I).
COMPENSAÇÃO SEMANAL – ANTES DA REFORMA
Súmula nº 85 do TST
COMPENSAÇÃO DE JORNADA (inserido o item VI) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e
03.06.2016
I. A compensação de jornada de trabalho deve ser ajustada por acordo individual escrito, acordo
coletivo ou convenção coletiva. (ex-Súmula nº 85 - primeira parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ
21.11.2003)
II. O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva em
sentido contrário. (ex-OJ nº 182 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000)
III. O mero não atendimento das exigências legais para a compensação de jornada, inclusive quando
encetada mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à
jornada normal diária, se não dilatada a jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional. (ex-Súmula nº 85 - segunda parte - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
IV. A prestação de horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta
hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como horas
extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o
adicional por trabalho extraordinário. (ex-OJ nº 220 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001)
V. As disposições contidas nesta súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade
“banco de horas”, que somente pode ser instituído por negociação coletiva.
VI - Não é válido acordo de compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em
norma coletiva, sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma
do art. 60 da CLT.
COMPENSAÇÃO SEMANAL
COMPENSAÇÃO SEMANAL – REFORMA TRABALHISTA
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da
hora normal.
(...)
§ 3o Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação
integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2o e 5o deste artigo, o trabalhador terá
direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da
remuneração na data da rescisão.
§ 4o (Revogado).
§ 5o O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo
individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
§ 6o É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito
ou escrito, para a compensação no mesmo mês.” (NR)
COMPENSAÇÃO SEMANAL – REFORMA TRABALHISTA
“Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de
jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a
repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não
ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo
adicional.
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o
acordo de compensação de jornada e o banco de horas.”
TRABALHOS EM DOMINGOS E FERIADOS
Prevê a Súmula 146 do TST:
Súmula 146. Trabalho em domingos e feriados, não compensado. Nova
redação: O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado,
deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso
semanal. (Res. 121/2003, DJ 21.11.2003).
OJ 410 - SDI-I REPOUSO SEMANAL REMUNERADO. CONCESSÃO
APÓS O SÉTIMO DIA CONSECUTIVO DE TRABALHO. ART. 7º, XV, DA
CF. VIOLAÇÃO. (DEJT divulgado em 22, 25 e 26.10.2010)
Viola o art. 7º, XV, da CF a concessão de repouso semanal remunerado após
o sétimo dia consecutivo de trabalho, importando no seu pagamento em
dobro.
TRABALHOS EM DOMINGOS E FERIADOS
O descanso semanal remunerado não precisa necessariamente coincidir com
os domingos, mas veja:
A portaria nº 417 de 1966 do MTE assim indica:
Art. 2° Os agentes da Fiscalização do Trabalho, no tocante ao repouso
semanal, limitar-se-ão a exigir:
a) das empresas não autorizadas a funcionar ao domingos e feriados, o
estrito cumprimento do art. 67 caput da Consolidação das Leis do Trabalho;
b) das empresas legalmente autorizadas a funcionar nesses dias, a
organização de escala de revezamento ou folga, como estatuído no
parágrafo único do mesmo artigo, a fim de que, em um período máximo de
sete semanas de trabalho, cada empregado usufrua pelo menos um
domingo de folga.(redação a esta alínea dada pela Portaria nº 509, de 15 de
junho de 1967) (grifamos).
TRABALHOS EM DOMINGOS E FERIADOS
Ainda a este respeito temos na Lei 10.101/2000 a seguinte previsão:
Art. 6o Fica autorizado o trabalho aos domingos nas atividades do comércio
em geral, observada a legislação municipal, nos termos do art. 30, inciso I, da
Constituição.
Parágrafo único. O repouso semanal remunerado deverá coincidir, pelo
menos uma vez no período máximo de três semanas, com o domingo,
respeitadas as demais normas de proteção ao trabalho e outras a serem
estipuladas em negociação coletiva. (grifamos).
ATENÇÃO: ARTIGO REVOGADO PELA MP 905/19 QUE FOI REVOGADA
PELA MP 955/20
TRABALHOS EM DOMINGOS E FERIADOS E A MP 905/19
Art. 68. Fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados.
§ 1º O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo,
uma vez no período máximo de quatro semanas para os setores de comércio e
serviços e, no mínimo, uma vez no período máximo de sete semanas para o setor
industrial.
§ 2º Para os estabelecimentos de comércio, será observada a legislação local.
Art. 70. O trabalho aos domingos e aos feriados será remunerado em dobro, exceto
se o empregador determinar outro dia de folga compensatória.
Parágrafo único. A folga compensatória para o trabalho aos domingos
corresponderá ao repouso semanal remunerado.
TRABALHOS EM DOMINGOS E FERIADOS E A MP 905/19
CONSIDERAÇÕES SOBRE A MP 905/19
• A MP, ao alterar a redação dos arts. 67 e 68 da CLT, deixa claro que o descanso
semanal remunerado não necessita ser, obrigatoriamente, aos domingos, tampouco
o labor aos domingos demanda autorização específica do poder público.
• Se o descanso semanal não coincidir com o domingo, no mínimo, a cada 4 ou 7
semanas, o labor, realizado em tais dias, deverá ser pago em dobro.
• A antiga redação do art. 70 da CLT tratava apenas do trabalho aos feriados,
dispondo sobre a sua vedação. A nova redação prevê que o trabalho aos
domingos e aos feriados será remunerado em dobro, exceto se o empregador
determinar outro dia de folga compensatória. Assim, fica afastada a vedação de
trabalho em domingos e em feriados, e autoriza que o labor aos domingos e
feriados seja remunerado como hora normal, desde que seja concedida folga
compensatória.
Com a lei n. 9.601, 21.01.98, criou-se o denominado banco de horas. O qual
permite compensar o excesso de horas trabalhadas em um dia, pela
correspondente em outro, observado o período de um ano. Contudo, a sua
adoção pela empresa está condicionada a previsão em acordo ou convenção
coletivo da categoria. O limite máximo da jornada diária continua a ser de dez
horas.
• Limite máximo de 01 ano;
• Limite de 10 horas diárias;
• A compensação não precisa ocorrer na mesma semana;
• Em caso de rescisão, havendo horas a compensar o empregador
deverá pagá-las com o respectivo adicional cujo calculo será sobre o
salário atual.
COMPENSAÇÃO ANUAL – BANCO DE HORAS
Horas Extras. Banco de Horas. A regra geral é a contraprestação salarial da
sobrejornada, sendo a compensação com folgas procedimento especial,
motivo pelo qual é vedada a instituição do banco de horas de forma unilateral
pelo empregador, e também por acordo tácito, devendo ser prevista em
Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, como exige o § 2º do art. 59 da
CLT, em conformidade com o previsto no art. 7º, XIII, da CF/88, que faculta a
compensação de horários mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho. Nesse sentido, a Súmula 85, do C. TST, em seu item V. Apelo
improvido. (TRT 2ª Região – RO – Proc. nº 00016395020125020261 – 2ª
Turma – Rel. Des. Rosa Maria Zuccaro – Public. 1510/2013)
COMPENSAÇÃO ANUAL
NECESSIDADE IMPERIOSA
Força Maior
A CLT conceitua força maior como todo acontecimento inevitável, em relação à
vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou
indiretamente.
A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior (art. 501, caput e § 1º).
Na ocorrência de fatos tidos como força maior, independentemente de acordo ou
contrato coletivo, o trabalho poderá ser exigido, cabendo ao empregador comunicar à
autoridade competente, no prazo de 10 dias ou antes desse prazo, justificando no
momento da fiscalização (art. 61, § 1º).
REFORMA TRABALHISTA
§ 1o O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente
de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
Serviços inadiáveis
São aqueles que devem ser realizados na mesma jornada
diária de trabalho, sob pena de prejuízos ao empregador.
Exemplos: a utilização de matéria-prima perecível na indústria
de alimentação; a concretagem de colunas ou pisos na
construção civil. Nestes casos, a jornada será paga como
horas extras com o adicional de 50%, não havendo
necessidade de autorização ou acordo neste sentido, sendo
que, no máximo, o trabalho diário é permitido até 12 horas
(art. 61, § 2º).
NECESSIDADE IMPERIOSA
Recuperação de Horas
Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas
acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua
realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo
necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias
indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de
10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias
por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade
competente
NECESSIDADE IMPERIOSA
HORA NOTURNA
PERÍODO DA JORNADA DE TRABALHO
Tipo de
Trabalhador
Período
Diurno
Período
Noturno
Hora
Noturna
(minutos)
Adicional
NoturnoFundamento
Urbano
05h00
as
22h00
22h00
as
05h00
52´5(OJ 127,
SDI-I)
20% art. 73, § 2º da CLT
Rural (agricultura)
05h00
as
21h00
21h00
as
05h00
60 25%art. 7º, Lei
5.889/73
Rural
(pecuária)
04h00
as
20h00
20h00
as
04h00
60 25%art. 7º, Lei
5.889/73
CLASSIFICAÇÃO
PERÍODO DA JORNADA DE TRABALHO
Tipo de
Trabalhador
Período
Diurno
Período
Noturno
Hora
Noturna
(minutos)
Adicional
NoturnoFundamento
Advogado
05h00
as
20h00
20h00
as
05h00
60 25%Art. 20, §3º, Lei
8.906/94
Portuário
07h00
as
19h00
19h00
as
07h00
60 20%Art. 4º, Lei nº
4.860/65
Aeronauta
Do
nascer
do Sol
Do por
do Sol52´5 20%
Art. 41º, Lei
7.183/84
CLASSIFICAÇÃO
Hora Hora Normal Redução Ficta
22h00 as 23h00 1,00 1,1428
23h00 as 00h00 1,00 1,1428
00h00 as 01h00 1,00 1,1428
01h00 as 02h00 1,00 1,1428
02h00 as 03h00 1,00 1,1428
03h00 as 04h00 1,00 1,1428
04h00 as 05h00 1,00 1,1428
Total 7,00 8,00
CONVERSÃO DA HORA NORMAL PARA HORA REDUZIDA
(60/52,5 = 1,1428)
HORÁRIO NOTURNO – SÚMULA 60 TST
Como verba salarial, o adicional noturno pago com habitualidade
integra o salário para todos os efeitos (Súm. 60, I), repercutindo,
assim, em férias, abono de férias, 13º salário, aviso prévio,
depósitos fundiários e nos domingos e feriados.
Cumprida integralmente a jornada no período noturno e
ocorrendo a sua prorrogação, também é devido o adicional
quanto às horas extras prorrogadas (art. 73, § 5º) (Súm. 60, II,
TST).
HORÁRIO NOTURNO – SÚMULA 60 TST
19 20 21 22 23 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
Hora
Diurna
Hora
Noturna
Item II
Sum. 60
HORÁRIO NOTURNO
SÚMULA Nº 56 (TRT 18)
JORNADA MISTA PREPONDERANTEMENTE NOTURNA.
ADICIONAL NOTURNO E HORA FICTA REDUZIDA.
EXTENSÃO ÀS HORAS DIURNAS. (RA nº 096/2016 –
DEJT 29.08.2016)
O empregado submetido à jornada mista
preponderantemente noturna – assim considerada aquela
cuja duração compreenda mais da metade do horário
legalmente noturno – tem direito ao adicional noturno e à
hora ficta reduzida em relação às horas diurnas
subsequentes ao horário legalmente noturno, assim como
ocorre em relação às horas de prorrogação de jornadas
integralmente noturnas, a que se refere o item II da Súmula
60 do TST.
HORÁRIO NOTURNO
Com a alteração de turno de trabalho, o empregado perde o direito ao recebimento do
adicional noturno. Deixa de existir a obrigatoriedade do pagamento por parte do
empregador (Súm. 265).
É permitido o trabalho noturno da mulher (art. 381, CLT), sendo vedado para o
trabalhador menor (art. 7º, XXXIII, CF, e art. 404, CLT).
O adicional noturno integra a base de cálculo das horas extras prestadas no período
noturno (OJ 97, SDI-I)
(HORA NORMAL + ADICIONAL NOTURNO+ADICIONAL HORA EXTRA)
O adicional de periculosidade deve compor a base de cálculo do adicional noturno, já
que também neste horário o trabalhador permanece sob as condições de risco (OJ 259,
SDI-I).
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
• Jornada de trabalho que se alterna entre o período diurno e noturno.
• Limitada a 06 horas, salvo negociação coletiva que poderá majorar a
jornada de trabalho desde que limitada a oito horas
• Periodicidade de alternância de turno deve ser semanal, quinzenal ou
mensal.
• Considera-se também turno ininterrupto mesmo a alternância em apenas
02 turnos. (OJ 360 – SDI-I)*
*OJ 360,SDI-I, TST - TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. DOIS TURNOS.
HORÁRIO DIURNO E NOTURNO. CARACTERIZAÇÃO
(DJ 14.03.2008)
Faz jus à jornada especial prevista no art. 7º, XIV, da CF/1988 o trabalhador que exerce suas
atividades em sistema de alternância de turnos, ainda que em dois turnos de trabalho, que
compreendam, no todo ou em parte, o horário diurno e o noturno, pois submetido à alternância
de horário prejudicial à saúde, sendo irrelevante que a atividade da empresa se desenvolva de
forma ininterrupta.
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DO AUTOR. A declaração de que o reclamante
não possui condições de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do
sustento próprio, firmada na inicial, é o quanto suficiente para a concessão do
benefício da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 790, parágrafo 3º, da CLT.
Recurso Ordinário do reclamante ao qual se dá provimento,no particular. TURNO
ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. CARACTERIZAÇÃO. O artigo 7º, XIV, da
Constituição Federal, endereça aos trabalhadores que atuem em turnos ininterruptos
de revezamento uma jornada laboral de seis horas, ressalvada a sua majoração
mediante norma coletiva. Com efeito, o legislador constituinte objetivou proteger a
saúde do trabalhador, já que a alteração periódica do turno de trabalho encerra claro
prejuízo quanto ao aspecto biológico. Nesse contexto, para que se configure o turno
ininterrupto de revezamento, o empregado deve trabalhar dentro da mesma semana,
quinzena ou mês, com alternância de horário. No caso sub examen restou
incontroverso nos autos que o reclamante alternava seu turno de trabalho
somente a cada quatro meses, não havendo falar em turno ininterrupto de
revezamento, pois. Recurso do reclamante a que se nega provimento, no particular.
(TRT 2ª Região – RO – Proc. nº 20120049617 - Acórdão: 20121099789 - 8ª Turma -
Rel. Des. Sidnei Alves Teixeira – Public. 21/09/2012).
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
EMENTA: TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. ALTERNÂNCIA DE
TURNOS. Na linha da jurisprudência atual e iterativa do Col. TST, a alternância
mensal, trimestral ou mesmo semestral de turnos não afasta o direito à jornada
reduzida de que cogita o art. 7º, inciso XIV, da Constituição, como se observa, verbis:
"RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/14 -
TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO - CARACTERIZAÇÃO - LABOR
EM DOIS TURNOS - ALTERNÂNCIA MENSAL OU SEMESTRAL - PERIODICIDADE
- HORAS EXTRAS. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que é
suficiente à caracterização do regime de turnos ininterruptos de revezamento a
alternância de horários em dois turnos de trabalho, desde que compreendam, no todo
ou em parte, os horários diurno e noturno (Orientação Jurisprudencial nº 360 da
SBDI-1). Além disso, tem decidido que a frequência de alteração do horário de
trabalho, seja mensal ou semestral, não impede o reconhecimento do regime
de turnos ininterruptos de revezamento. Incidência do artigo 7º, inciso XIV, da
Constituição. Precedentes". (Recurso de Revista 10270-81.2012.5.04.0663. 8ª
Turma do TST. Relatora Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi. Publicado em 22-5-
2015). (TRT da 3.ª Região; Processo: 0002836-70.2013.5.03.0069 RO; Data de
Publicação: 18/07/2016; Órgão Julgador: Quarta Turma; Relator: Convocada Maria
Cristina Diniz Caixeta; Revisor: Paula Oliveira Cantelli)
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
Súmula nº 360 do TST
TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO.
INTERVALOS INTRAJORNADA E SEMANAL (mantida) -
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A interrupção do trabalho destinada a repouso e
alimentação, dentro de cada turno, ou o intervalo para
repouso semanal, não descaracteriza o turno de
revezamento com jornada de 6 (seis) horas previsto no art.
7º, XIV, da CF/1988.
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
Súmula nº 423 do TST
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO. FIXAÇÃO DE JORNADA
DE TRABALHO MEDIANTE NEGOCIAÇÃO COLETIVA. VALIDADE.
Estabelecida jornada superior a seis horas e limitada a oito horas por meio
de regular negociação coletiva, os empregados submetidos a turnos
ininterruptos de revezamento não tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª
horas como extras.
Não havendo norma coletiva, as horas que excederem a 6ª
deverão ser remuneradas com adicional de 50% ou
percentual mais benéfico, aplicando-se inclusive ao
trabalhador horista (OJ 275 – SDI-I)
TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO
OJ, SDI-I 396. TURNOS ININTERRUPTOS DE REVEZAMENTO.
ALTERAÇÃO DA JORNADA DE 8 PARA 6 HORAS DIÁRIAS.
EMPREGADO HORISTA. APLICAÇÃO DO DIVISOR
180. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)
Para o cálculo do salário hora do empregado horista, submetido a turnos
ininterruptos de revezamento, considerando a alteração da jornada
de 8 para 6 horas diárias, aplica-se o divisor 180, em observância ao
disposto no art. 7º, VI, da Constituição Federal, que assegura a
irredutibilidade salarial.
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
Advogado
Jornada diária: 04 horas (20 horas semanais)*
Cálculo de hora extra o divisor é de 100
Adicional de Hora extra: 100%
Adicional das 20h00 as 05h00: 25%
ADVOGADO EMPREGADO. JORNADA SUPERIOR Á LEGAL (ART. 20 DA LEI N. 8.906/94).
DEDICAÇÃO EXCLUSIVA. NECESSIDADE DE CLÁUSULA EXPRESSA NO CONTRATO DE
TRABALHO. AUSÊNCIA. HORAS EXTRAS DEVIDAS. O art. 20 da Lei 8.906/94 (Estatuto da
Advocacia e da OAB) estabelece jornada máxima de 4 horas diárias e 20 horas semanais para o
advogado empregado, salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho ou, ainda, no caso de
dedicação exclusiva. A teor do art. 12 do Regulamento Geral do referido estatuto, "(...) considera-se
dedicação exclusiva o regime de trabalho que for expressamente previsto em contrato individual de
trabalho. Nesse ínterim, a dedicação exclusiva não pode ser acordada de maneira tácita entre
empregado e empregador, tampouco se presume em razão do cumprimento de jornada superior à
legal. Ausente a prova da existência de cláusula expressa no contrato individual de trabalho que
estabelece o regime de dedicação exclusiva, ônus atribuído à ré (art. 818, II), são devidas ao
advogado empregado as horas extras excedentes à 4ª diária. Nesse sentido é o entendimento do
TST. (TRT da 3.ª Região; Processo: 0000884-18.2013.5.03.0114 RO; Data de Publicação:
04/12/2019; Disponibilização: 03/12/2019, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 698; Órgão Julgador:
Segunda Turma; Relator: Convocado Antonio Carlos R.Filho; Revisor: Lucas Vanucci Lins)
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
Bancário
Jornada diária: 06 horas (30 horas)
Pode ser prorrogada para 08 horas (40 semanais)
Cálculo de hora extra o divisor de 180 e 220 respectivamente.
Intervalo intrajornada de 15 minutos não computados na
jornada diária.
Súmula nº 124 do TST
BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR (redação alterada na sessão do
Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) – Res. 185/2012, DEJT
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
I – O divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, se
houver ajuste individual expresso ou coletivo no sentido de
considerar o sábado como dia de descanso remunerado, será:
a) 150, para os empregados submetidos à jornada de seis horas, prevista
no caput do art. 224 da CLT;
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
b) 200, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos
termos do § 2º do art. 224 da CLT.
II – Nas demais hipóteses, aplicar-se-á o divisor:
a) 180, para os empregados submetidos à jornada de seis horas prevista
no caput do art. 224 da CLT;
b) 220, para os empregados submetidos à jornada de oito horas, nos
termos do § 2º do art. 224 da CLT.
S T Q Q S S D
6 6 6 6 6 0 DSR
30/6 = 5 x 30 = 150 horas
S T Q Q S S D
6 6 6 6 6 0 DSR
30/5 = 6 x 30 = 180 horas
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
“RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI Nº 13.015/14 - DIVISOR -
HORAS EXTRAS - BANCÁRIO A C. SBDI-1 Plena firmou entendimento no sentido de que
o divisor aplicável ao cálculo das horas extras do bancário com jornada de seis horas é
180, e de oito horas é 220. Considerou que as normas coletivas não tiveram o condão de
modificar a natureza do sábado como dia útil não trabalhado e que eventual ampliação
dos dias de repouso semanal remunerado, pela inclusão do sábado, no caso do
bancário, não altera o divisor, em virtude de não haver redução do número de horas
semanais, trabalhadas e de repouso. Precedente: TST-IRR-849-83.2013.5.03.0138. O v.
acórdão regional está conforme à jurisprudência do TST. (...)” (TST – 8ª T. - RR 433-
55.2013.5.09.0007 – Relª Minª Maria Cristina Irigoyen Peduzzi - DEJT 10/2/2017).
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
“TEMA REPETITIVO Nº 0002: BANCÁRIO. SALÁRIO-HORA. DIVISOR. FORMA DE CÁLCULO.
EMPREGADO MENSALISTA.
TESES FIRMADAS:
I - o número de dias de repouso semanal remunerado pode ser ampliado por convenção ou acordo
coletivo de trabalho, como decorrência do exercício da autonomia sindical;
II – o divisor corresponde ao número de horas remuneradas pelo salário mensal, independentemente
de serem trabalhadas ou não;
III - o divisor aplicável para o cálculo das horas extras do bancário, inclusive para os submetidos à
jornada de oito horas, é definido com base na regra geral prevista no artigo 64 da CLT (resultado da
multiplicação por 30 da jornada normal de trabalho), sendo 180 e 220, respectivamente;
IV - a inclusão do sábado como dia de repouso semanal remunerado não altera o divisor, em virtude
de não haver redução do número de horas semanais, trabalhadas e de repouso;
V - o número de semanas do mês é 4,2857, resultante da divisão de 30 (dias do mês) por 7 (dias da
semana), não sendo válida, para efeito de definição do divisor, a multiplicação da duração semanal
por 5;
VI - em caso de redução da duração semanal do trabalho, o divisor é obtido na forma prevista na
Súmula n. 431 (multiplicação por 30 do resultado da divisão do número de horas trabalhadas por
semana pelos dias úteis);
VII – as normas coletivas dos bancários não atribuíram aos sábados a natureza jurídica de repouso
semanal remunerado.”
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
Súmula nº 113 do TST
BANCÁRIO. SÁBADO. DIA ÚTIL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003
O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso
remunerado. Não cabe a repercussão do pagamento de horas extras
habituais em sua remuneração.
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
A Súmula 287 do TST menciona que:
“A jornada de trabalho do empregado de banco gerente
de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao
gerente-geral de agência bancária, presume-se o
exercício de encargo de gestão, aplicando-se lhe o art. 62
da CLT”
Lembram que CLT disciplina a existência de três diferentes
cargos de confiança???
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
Redação atual Redação dada pela MP 905 (revogada)
Art. 224 - A duração normal do trabalho dos
empregados em bancos, casas bancárias e
Caixa Econômica Federal será de 6 (seis)
horas contínuas nos dias úteis, com exceção
dos sábados, perfazendo um total de 30
(trinta) horas de trabalho por semana.
§ 1º A duração normal do trabalho
estabelecida neste art. ficará compreendida
entre sete e vinte e duas horas,
assegurando-se ao empregado, no horário
diário, um intervalo de quinze minutos para
alimentação.
Art. 224. A duração normal do trabalho dos
empregados em bancos, em casas bancárias e
na Caixa Econômica Federal, para aqueles que
operam exclusivamente no caixa, será de até
seis horas diárias, perfazendo um total de
trinta horas de trabalho por semana, podendo
ser pactuada jornada superior, a qualquer
tempo, nos termos do disposto no art. 58
desta Consolidação, mediante acordo
individual escrito, convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho, hipóteses em que
não se aplicará o disposto no § 2º.
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
Redação atual Redação dada pela MP 905 (revogada)
§ 2º As disposições deste art. não se aplicam aos que
exercem funções de direção, gerência, fiscalização,
chefia e equivalentes ou que desempenhem outros
cargos de confiança desde que o valor da
gratificação não seja inferior a um terço do salário do
cargo efetivo.
§ 3º Para os demais empregados em bancos,
em casas bancárias e na Caixa Econômica
Federal, a jornada somente será considerada
extraordinária após a oitava hora trabalhada.
§ 4º Na hipótese de decisão judicial que afaste o
enquadramento de empregado na exceção
prevista no § 2º, o valor devido relativo a horas
extras e reflexos será integralmente deduzido ou
compensado no valor da gratificação de função
e reflexos pagos ao empregado. (NR)
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
• Na redação anterior, o art. 224 estabelecia que a duração normal do trabalho dos
bancários é de segunda a sexta-feira, excluindo expressamente os sábados, contudo, a
redação dada pela MP 905 não ressalva os sábados. Portanto, forçoso concluir que
inexiste vedação para que o trabalho do bancário ocorra também aos sábados, desde que
respeitado o limite da jornada semanal.
• Neste particular, a redação dada pela MP colide com o entendimento consubstanciado pelo
TST através da Súmula 113, que considera o sábado do bancário como dia útil não
trabalhado, não dia de repouso remunerado.
• A inclusão do §4º reproduz a cláusula 11, § 1º, da Convenção Coletiva de Trabalho dos
Bancários , que desde o ano de 2018 dispõe sobre a possível compensação entre as horas
extras e a gratificação de função, no caso de descaracterização do cargo de confiança
bancária em ação trabalhista. Tal entendimento colide com a jurisprudência consolidada do
TST (Súmula 109).
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
DOMÉSTICO – LEI COMPLEMENTAR 150/15
Art. 2º...
(...)
§ 4º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário e instituído regime de compensação de
horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, se o excesso de horas de um
dia for compensado em outro dia.
§ 5º No regime de compensação previsto no § 4º:
I - será devido o pagamento, como horas extraordinárias, na forma do § 1º, das primeiras 40
(quarenta) horas mensais excedentes ao horário normal de trabalho;
II - das 40 (quarenta) horas referidas no inciso I, poderão ser deduzidas, sem o
correspondente pagamento, as horas não trabalhadas, em função de redução do horário
normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado, durante o mês;
III - o saldo de horas que excederem as 40 (quarenta) primeiras horas mensais de que trata o
inciso I, com a dedução prevista no inciso II, quando for o caso, será compensado no período
máximo de 1 (um) ano.
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
DOMÉSTICO – LEI COMPLEMENTAR 150/15
Art. 10. É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecer
horário de trabalho de 12 (doze) horas seguidas por 36 (trinta e seis) horas
ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e
alimentação.
Art. 12. É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por
qualquer meio manual, mecânico ou eletrônico, desde que idôneo.
Art. 13. É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo
período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se,
mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30
(trinta) minutos.
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
DOMÉSTICO – LEI COMPLEMENTAR 150/15
Art. 11. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador
prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente
trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em
outro dia, observado o art. 2º.
§ 1º O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será
condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes.
§ 2º A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e
cinco por cento) superior ao valor do salário-hora normal.
§ 3º O disposto no § 2o deste artigo poderá ser, mediante acordo, convertido em
acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado.
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
ARTISTAS – Regulado pela Lei nº 6.533/78
FERROVIÁRIOS – CLT (arts. 236 a 247 – Súmula 61, TST –
OJ 274 – SDI-I)
JORNALISTAS - CLT (arts. 302 a 316)
PROFESSORES - CLT (arts. 317 a 324 – OJ SDI-I 393, TST
– Portaria 522/52 Ministério da Educação)
MINEIROS - CLT (arts. 293 a 301)
TELEFONISTAS - CLT (arts. 227 a 331 – Súmula 178, TST)
TÉCNICO EM RADIOLOGIA - Lei nº 7.394/85, art. 30 do
Decreto nº 92.790/1986
AERONAUTA - arts. 20 a 24 da Lei nº 7.183/84 / (Lei
13.475/17)
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
AEROVIÁRIOS DE SERVIÇOS DE PISTA Decreto 1.232/62
AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE art. 11, parágrafo
único da Lei nº 11.350/2006
APRENDIZ art. 432 da CLT (redação determinada pela Lei nº
10.097/2000)
AUXILIAR EM ASSUNTOS CULTURAIS (Especialista em
MÚSICA) Lei nº 3.857/60
OFICIAL DE CHANCELARIA E ASSISTENTE DE
CHANCELARIA art. 4º do Decreto nº 1.565/1995
BOMBEIRO CIVIL art. 5º da Lei nº 11.901/2009
CABINEIRO DE ELEVADOR art. 1º da Lei nº 3.270/1957
EMPREGADOS DE MINAS E SUBSOLOS art. 293 da CLT.
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
ENGENHEIRO E MÉDICO
Súmula nº 370 - TST - Res. 129/2005 - DJ 20, 22 e
25.04.2005 - Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs
39 e 53 da SDI-1 Médico e Engenheiro - Jornada de Trabalho
Tendo em vista que as Leis nº 3999/1961 e 4950/1966 não
estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o
salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para
os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se
falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde
que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias.
(ex-OJs nºs 39 e 53 - Inseridas respectivamente em
07.11.1994 e 29.04.1994)
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
ESTAGIÁRIO Lei nº 11.788/2008
FISIOTERAPEUTA E TERAPEUTA OCUPACIONAL art. 1º
da Lei nº 8.856/94
FONOAUDIÓLOGO - art. 2º da Lei nº 7.626/87.
MÃE SOCIAL - Lei nº 7.644, de 18 de dezembro de 1987
MÉDICO-VETERINÁRIO- Lei nº 5.517, de 23 de outubro de 1968, Decreto nº 64.704, de 17 de junho de 1969 e Decreto-Lei nº 818,
de 05 de setembro de 1969
- No caso de médico veterinário que for SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL a jornada é de 20 (vinte) horas
semanais, conforme art. 1º Lei nº 9.436/97, em seu art. 1º.
MOTORISTAS Lei 13.103/15
MÚSICO artigos 41 a 53 da Lei nº 3.857/60
ODONTOLOGISTA - Lei nº 3.999/1961
JORNADAS ESPECIAIS DO TRABALHO
PEÃO DE RODEIO art. 3º Lei nº 10.220/2001
TERAPEUTA OCUPACIONAL art. 1º da Lei nº 8.856/94
TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL - área de
Jornalismo - especialidade em redação, revisão e reportagem
Decreto-Lei nº 972/69, art. 9º
TÉCNICO EM ASSUNTOS CULTURAIS - especialista em
MÚSICA Lei nº 3.857/60
REPENTISTA art. 4º da Lei nº 12.198/2010 e arts. 41 a 53 da
Lei 3.857/60
REVISORES Dec. Lei nº 7.858
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