LEGISLAÇÃO FLORESTAl AMBIENTAL

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Principais aspectos da Legislação Florestal e Ambiental do País anterior ao Novo Código Florestal

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LEGISLAÇÃO FLORESTAL/AMBIENTAL

Gildomar Alves dos Santos

Engenheiro Florestal

M.Sc. Em Ciência Florestal

Doutorando em Ciências Florestais

TIPOLOGIA MUNDIAL DAS FLORESTAS

BOREAL TEMPERADA SUBTROPICAL TROPICAL

Fonte: FAO, 2003

33% 11% 9% 47%

As florestas cobrem cerca de 30% doplaneta;

As florestas tropicais e subtropicaistotalizam 56% das florestas mundiais;

As florestas plantadas representam 5%do total de florestas do mundo.

SETOR FLORESTAL NO MUNDO

Fonte: FAO 2005

SUPERFÍCIE FLORESTAL MUNDIAL

Milhões de ha

Rússia

Brasil

CanadáEUA

China

Austrália

R.D. Congo

IndonésiaPeru

Índia

México

581,2

544244,6

226

163,5

158,1

135,2

105,0

78,8

64,1

55,2

Fonte: FAO 2005

SUPERFICIE FLORESTAL NA AMERICA DO SUL

B R A S I L

Milhões de ha

Brasil

Peru

Bolívia

Colômbia

Venezuela

Argentina

Paraguai

Guyana

Chile

544

78,8

53,1

49,6

49,5

34,6

23,4

16,9

15,5

FLORESTAS NATIVAS NO BRASIL

Amazônia 49 % (*):

337.245.053 ha florestas

Biomas do Brasil

Caatinga 10 %

47.820.492 ha

Mata Atlânica 13 %

22.571.535Pampa 2 % 566.136 ha

Cerrado 24 %

64.115.125 haPantanal 2 %

Florestas Plantadas <1 % (5 milhões de ha)

(*) Mapa de Biomas IBGE, 2004

Brasil

Área: 8,51 milhões de km2

Florestas: 56%

População: ~190 milhões

Importância do Recurso Florestal...

• 5,4 milhões km2 (544 milhões hectares)

• 56% do território do Brasil

• 10% das Florestas do Mundo

• 60 bilhões de m3 de madeira (Amazônia)

• 50% da biodiversidade

• 20% da água doce do planeta (Amazônia)

• Imensos Estoques de carbono

DESTINAÇÃO DAS TERRAS BRASILEIRAS

Tipo

Área Total (mil ha) %

Campos naturais e pastagens 220.000 25,9%

Unidades de conservação 114.983 13,5%

Terras devolutas 110.745 13,0%

Áreas inexploradas disponíveis para a agricultura 106.000 12,5%

Áreas indígenas 105.672 12,4%

Áreas de assentamentos rurais 68.600 8,1%

Lavouras temporárias 47.000 5,5%

Lavouras permanentes 15.000 1,8%

Cidades, lagos, estradas, pântanos 20.000 2,4%

Florestas cultivadas 5.000 0,6%

Outros 38.000 4,5%

Total 851.000 100,0%

Fontes: CNA

• Proteção do solo (interceptação da chuva)

Armazenamento dos mananciais (BH)

Erosão - Assoreamento

• Deposição de matéria orgânica

• Seqüestro de carbono – Efeito estufa

• Biodiversidade

- Depósito de informações genéticas

– Corredores Ecológicos

- Ecoturismo e beleza cênica

ASPECTOS AMBIENTAIS

Benefícios e beneficiários dos serviçosproduzidos pelas florestas

LEGISLAÇÃO FLORESTAL/AMBIENTALVISÃO GERAL DA LEGISLAÇÃO AMBIENTALAcordos InternacionaisUnião EuropeiaNacional

FONTES DE INFORMAÇÃOAutoridades ReguladorasDiários e Boletins sobre LegislaçãoReferências AmbientaisPeriódicos AmbientaisRegulamentações e atos propriamente ditos

DIRETRIZESDesenvolvimento SustentávelPrincípio da PrecauçãoResponsabilidade do Poluidor

RESULTADOS DA RIO 92• Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento• Agenda 21• Convenção sobre mudança climática• Convenção sobre biodiversidade

CONVENÇÕES INTERNACIONAIS• Protocolo de Montreal• Convenção sobre propagação Transnacional da

Poluição do Ar• Protocolo de Sofia• Controle da Movimentação Transnacional de

Resíduos Perigosos e sua Disposição Final• Convenção sobre o Comércio Internacional de

Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES)

A HIERARQUIA NO PROCESSOLEGISLATIVO BRASILEIRO• Constituição Federal (emendas)• Leis:- Complementares- Ordinárias- Delegadas

• Medidas Provisórias• Decretos• Resoluções• Instruções Normativas• Portarias

Presidência da República(Conselho de Governo)ORGÃO SUPERIOR

Ministério do Meio Ambiente - MMAORGÃO CENTRAL

CONAMA

ORGÃO CONSULTIVO E

DELIBERATIVO

IBAMAORGÃO EXECUTOR

Administração Pública EstadualORGÃOS SECCIONAIS

Administração Pública MunicipalÓRGÃOS LOCAIS

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

LEGISLAÇÃO SOBRE MEIO AMIENTE

Proteção ao Meio Ambiente:

- Lei 6938/81

- Decreto Nº 88.351/83

- Resolução CONAMA 001/86

- Lei 9.605/98

- Lei 8544/78 – Controle de Poluição (Estadual)

-Lei 14.384/2002 – Cadastro Técnico Estadual de

Atividades

-Potencialmente Poluidoras ou utilizadoras de Recursos

Naturais

Proteção à Flora:

- Lei 4.771/65;

- Lei 12.596/95

- Decreto 4.593/95

-Decreto 5.392/2001

- Decreto 5875/2006

-Instruçao Normativa N. 06/2006

Proteção à Fauna:

- Lei 5.197/67 (terrestre e alada)

- Decreto Lei Nº 2467/88 – Proteção e estímulo à Pesca;

- Lei 7679/88 – Proibição de pesca em períodos de

reprodução

- Lei 13.025/97 – Lei de Pesca e Aquicultura

- Lei 14.241/2002 – Lei de Proteção à Fauna

Recursos Hídricos

- Código de Águas – 1934

- Lei 9.433/97

- Lei 13.123/97;

- Resolução CONAMA 020//86

Uso do solo agrícola

-Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991

Agrotóxicos

- Lei 7.802/89

- Decreto 98.816/90

Gestão dos Resíduos Sólidos

-Lei 14.248/2002 – Política Estadual de Resíduos Sólidos

Unidades de Conservação

-Lei 9985 de 18/07/2000 – Sistema Nacional de Unidades de

Conservação (SNUC)

- Lei 14.247/2002 – Sistema Estadual de Unidades de

Conservação - SEUC

Fundo Estadual do Meio Ambiente - FEMA

- Lei Complementar 020/96

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

-A Lei Nº 6.938/81 e Decreto 99.274/90.

A construção, instalação, ampliação e funcionamento de

estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos

ambientais, considerados efetiva ou potencialmente

poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de

causar degradação ambiental, dependerão de prévio

licenciamento do órgão competente do SISNAMA, sem

prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis.

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QUEM LICENCIA E QUEM FISCALIZA?

Queimadas: IBAMA

Desmatamento: SEMARH(Agencia Ambiental)‏ Reserva Legal: SEMARH (Agencia Ambiental)‏

Outorga/Licenciamento do uso da Agua: SEMARH.

A fiscalização ambiental, por sua vez, é exercida:

IBAMA

SEMARH (Agência Ambiental)

AGR

Batalhão de Polícia Militar (Batalhão Ambiental)

Licenciamento:

Legislação Florestal

Código Florestal – 4.771, de 1965

Lei Florestal Estadual – 12.596, de 1995

Medidas Provisorias, Decretos,

Resoluções,

Código Florestal Federal (Lei nº 4.771/65)

condiciona o exercício do direito da propriedade aocumprimento de sua função social e ambiental(preservação da vegetação nativa)

qualifica as florestas e demais formas de vegetaçãonativa como bens de interesse comum a todos oshabitantes do país, impondo uma série de limitações àexploração de tais recursos.

estabelece uma área mínima imune ao corte raso –reserva legal.

define as Áreas de Preservação Permanente – APPs define regras para exploração econômica de florestas

nativas e plantadas.

• APP – Área de PreservaçãoPermanente

Faixa de vegetação estabelecida em função datopografia ou relevo, geralmente ao longo dos cursosdágua, nascentes, reservatórios, em topos ou encostasde morros, destinadas à manutenção da qualidade dosolo, da água e tambem para funcionar como corredor dabiodiversidade

• ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água

SÃO CONSIDERADAS APPs:

• Os locais de pouso de aves migratórias assim declarados pelo poderpublico, ou protegidos por convênio, acordo ou tratadointernacional de que a União Federal seja signatária.

• Nas nascentes, ainda que intermitentes, e nos chamados “olhosd’água”, qualquer que seja a sua situação topográfica, num raiomínimo de 50m (cinqüenta metros)‏

• Topos de Morros

Inicia-se a partir da curva de nível correspondente a 2/3 da altura da elevação mínima

• ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios naturais ou artificiais d’água

• Nas bordas dos tabuleiros ou chapadas(100 m na borda superior a partir da ruptura do relevo)

• encostas com declividade superior a 45°

Área localizada no interior de uma propriedadeou posse rural, excetuada a APP, necessária aouso sustentável dos recursos naturais, àconservação e a reabilitação dos processosecológicos, à conservação da biodiversidade e aoabrigo e proteção da fauna e da flora nativa

RL – Área de ReservaLegal

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AVERBAÇÃO DE RESERVA LEGAL

Todo proprietário rural temde averbar a reserva legal nocartório de registro de imóveisonde está registrada apropriedade.

O proprietário rural conta com mais umapossibilidade legal para a averbação de suareserva legal. Trata-se da reserva legalextrapropriedade.

35

As conseqüências para quem não possui reserva legalaverbada de acordo com decreto:

Multa de R$500,00 a R$100.000,00. ‏

Prazo de 60 a 90 dias para averbarNão cumprimento:Multa diária de R$50,00 a R$500,00 por

hectare.

Ação civil pública pelo Ministério Público;

Perda da isenção do ITR dessas áreas;

Restrições no pedido de financiamento,transações imobiliárias e quando do pedido deoutorga de uso de água.

DECRETO nº 6514

CONJUNTO DE AÇÕES DESENVOLVIDAS QUEVISAM ESTABELECER A CONTINUIDADE DOABASTECIMENTO DE MATÉRIA PRIMA FLORESTALAOS DIVERSOS SEGMENTOS CONSUMIDORES,POR MEIO DA OBRIGATORIEDADE DE REPOR OVOLUME EXPLORADO, MEDIANTE O PLANTIO COMESPÉCIES FLORESTAIS, PREFERENCIALMENTENATIVAS, COMPATÍVEIS COM A ATIVIDADEDESENVOLVIDA, DEVENDO SER EFETUADO NAUNIDADE FEDERAL DE ORIGEM DA MATÉRIAPRIMA FLORESTAL CONSUMIDA.

Reposição Florestal Obrigatória

OBRIGAÇÃO DA REPOSIÇÃO FLORESTAL

AS PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS QUE:

UTILIZEM MATÉRIA-PRIMA FLORESTAL ORIUNDA DE SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO NATURAL.

DETENHA AUTORIZAÇÃO DE SUPRESSÃO.

ISENÇÕES DE REPOSIÇÃO FLORESTAL

- RESÍDUOS:RESÍDUOS DA ATIVIDADE INDUSTRIAL.

- MATÉRIA-PRIMA FLORESTAL DE:SUPRESSÃO UTILIZADA DENTRO DA PROPRIA ÁREA.ORIUNDA DE PMFS.ORIUNDA DE FLORESTA PLANTADA.NÃO MADEIREIRA (SALVO DISPOSITIVO CONTRARIO).

MODALIDADES DE REPOSIÇÃO

- APRESENTAÇÃO DE PROJETO TÉCNICO DEREFLORESTAMENTO - (NORMALMENTE RECÉMPLANTADO);

- APRESENTAÇÃO DE LEVANTAMENTOCIRCUNSTANCIADO-LC DE FLORESTA PLANTADANÃO VINCULADA AO IBAMA - (NORMALMENTEREFLORESTAMENTO COM MAIS DE 3 ANOS);

- EXECUÇÃO OU PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMA DEFOMENTO FLORESTAL - ASSOCIAÇÕES ECOOPERATIVAS);

• As pessoas físicas ou jurídicas que industrializem,comercializem, beneficiem, utilizem ou sejamconsumidores de produtos e subprodutos florestais,cujo o volume anual seja igual ou superior a12.000st ( doze mil estéreos) de lenha ou 8.000m³( oito mil metros cúbicos) de madeira ou 4.000mdc(quatro mil metros de carvão), devem promover aformação ou manutenção de florestas próprias oude terceiros capazes de abastecer na composiçãodo seu consumo integral.

Plano de Auto Suprimento -PAS

Plano de Exploração Florestal e Uso Alternativo do Solo.

• Autorização

• Uso alternativo do solo

• Uso de produtos, subprodutos e resíduos florestais

• Formalização do processo

• Da competência

• Do processo de exploração

• Da vigência da autorização

Valorizar a função ecológica dos Recursos Florestais, reconhecendo a

sua importância ambiental, sem desconsiderar ou reproduzir a

importância econômica e social das florestas para o Estado.

LEI FLORESTAL DO ESTADO

Obrigado!!

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