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RESUMO DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO Atualização da 6ª para a 7ª edição
Hugo Goes Orientações: Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método:
1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde.
Atualizado conforme: Lei Complementar nº 150, de 1º/06/2015;
Lei nº 13.135, de 17/06/2015; Medida Provisória nº 676, de 17/06/2015;
Lei nº 13.137, de 19/06/2015; Medida Provisória nº 680, de 06/07/2015.
Lei 13.146, de 06/07/2015.
Página 30 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
2.1.2 Segurado empregado doméstico
É aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos (RPS, art. 9º, II).
Atividade sem fins lucrativos e continuidade do serviço são pressupostos do emprego doméstico. Se um empregado doméstico passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passa a ser considerado segurado empregado. Já se a prestação do serviço doméstico for descontínua (é o caso da diarista), o trabalhador também não será empregado doméstico, mas sim contribuinte individual.
Se para a caracterização da relação de emprego genérica exigese a não eventualidade (art. 3º da CLT), para o vínculo de emprego doméstico fazse necessário que a prestação de serviços tenha natureza contínua. A continuidade pressupõe a ausência de interrupção, enquanto a não eventualidade diz respeito ao serviço que se vincula aos fins normais da atividade da empresa.
Esclareçase, entretanto, a título de curiosidade, que na legislação não existe um número cabalístico de vezes em que a diarista pode trabalhar na residência para que não reste configurado o vínculo de emprego. O juiz analisará cada caso, com base nas provas acostadas ao processo.
É aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana (Lei Complementar 150/2015, art. 1º).
É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico (Lei Complementar 150/2015, art. 1º, parágrafo único).
A continuidade do serviço é o primeiro pressuposto do emprego doméstico. Se para a caracterização da relação de emprego genérica exigese a não eventualidade (art. 3º da CLT), para o vínculo de emprego doméstico fazse necessário que a prestação de serviços tenha natureza contínua. A continuidade pressupõe a ausência de interrupção, enquanto a não eventualidade diz respeito ao serviço que se vincula aos fins normais da atividade da empresa.
Nos termos da Lei Complementar 150/2015, para que haja continuidade é necessário que haja prestação serviços por mais de 2 (dois) dias por semana. Comprovandose o labor por somente dois dias na semana, configurase o caráter descontínuo da prestação de trabalho. Se a prestação do serviço doméstico for descontínua (é o caso da diarista), o trabalhador não será empregado doméstico, mas sim contribuinte individual.
O segundo pressuposto do emprego doméstico é a subordinação. O empregado doméstico está sujeito ao poder de direção do empregador. O empregado se sujeita a receber ordens do empregador, a ser comandado pelo empregador.
O terceiro pressuposto do emprego doméstico é a onerosidade. O empregado doméstico presta serviço mediante remuneração. O empregado doméstico tem o dever de prestar os serviços e o empregador doméstico, em contrapartida, deve pagar a remuneração em retribuição aos serviços prestados.
O quarto pressuposto do emprego doméstico é a pessoalidade. Dessa forma, não pode o empregado domésticos se fazer substituir por outro trabalhador. Sendo personalíssima a obrigação de prestar os serviços, não se transmite a herdeiros e sucessores.
Atividade sem fins lucrativos também é um critério de caracterização da relação de emprego doméstico. Mesmo que os pressupostos acima mencionados estejam presentes, mas se o trabalhador passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passa a ser considerado segurado empregado.
Por exemplo, caso a dona de casa determine à sua doméstica que a auxilie na confecção de doces e salgados para vendas, esta segurada deixará de ser enquadrada como doméstica e passará a ser segurada empregada. A sua patroa, por conseguinte, será equiparada a empresa perante a previdência e não empregadora doméstica.
Página 37 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
2.1.4.4 Pescador artesanal
Considerase pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de
economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que não utilize embarcação; ou utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro; ou, na condição exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta, (RPS, art. 9º, §14). Se a embarcação exceder os limites estabelecidos, o pescador tornase contribuinte individual.
Considerase pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:
I não utilize embarcação; ou II utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009.
De acordo com a Lei 11.959/2009, art. 10, § 1º, as embarcações que operam na pesca
comercial se classificam em:
I – de pequeno porte: quando possui arqueação bruta AB igual ou menor que 20 (vinte); II – de médio porte: quando possui arqueação bruta AB maior que 20 (vinte) e menor que 100 (cem); III – de grande porte: quando possui arqueação bruta AB igual ou maior que 100 (cem).
Assim, para o pescador ser considerado segurado especial, ele deve, individualmente
ou em regime de economia familiar, fazer da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: (a) não utilize embarcação; ou (b) utilize embarcação com arqueação bruta menor ou igual a 20 (vinte).
Será considerado como contribuinte individual o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação que possui arqueação bruta maior que 20 (RPS, art. 9º, § 15, XI).
Arqueação bruta (AB) é a expressão do tamanho total de uma embarcação, de parâmetro adimensional, determinada de acordo com o disposto na Convenção Marítima Internacional sobre arqueação de Navios (1969) e normas nacionais, sendo função do volume de todos os espaços fechados.
2.1.4.5 Cônjuge, companheiro e filho maior de 16 anos de idade
Página 49 – Acrescentar o azul. 2.3 Dependentes
De acordo com o art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes do segurado, considerados beneficiários do RGPS, dividemse em três classes:
• Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; • Classe II: os pais;
• Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.
A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, deu uma nova redação aos incisos I e III do art. 16
da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte:
I o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; [...] III o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;
Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após
decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.
Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições, ou seja, o benefício (pensão por morte ou auxílioreclusão) será dividido em cotas iguais. Quando o direito de um dependente cessar, a sua cota reverterá em favor daqueles que permanecerem com o direito.
Páginas 61 e 62 – Excluir o vermelho; Alterar o verde; Acrescentar o azul.
Exemplo: Joaquim, segurado facultativo, recolheu suas contribuições previdenciárias relativas aos meses de março de 2014 a janeiro de 2015. A partir de fevereiro de 2015, Joaquim não recolheu mais nenhuma contribuição. Quando ocorrerá a perda da qualidade de segurado? Para respondermos esta pergunta, teremos que, primeiro, responder as seguintes:
Pergunta Resposta
O segurado facultativo mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, por quantos meses?
Até 6 meses após a cessação das contribuições
No caso em tela, este prazo de 6 meses começa a ser contado a partir de qual mês? Fevereiro de 2005
Em qual mês termina este prazo de 6 meses? Julho de 2005
Qual o mês imediatamente posterior ao término do prazo de 6 meses? Agosto de 2005
Qual a data de vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao mês de agosto de 2005? 15/09/2005
Qual o dia da perda da qualidade de segurado? 16/09/2005
a) O segurado facultativo mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, por até 6 meses após a cessação das contribuições; b) No caso em tela, esse prazo de 6 meses começa a ser contado a partir de fevereiro de 2015 e termina em julho de 2015; c) O mês imediatamente posterior ao término do prazo de 6 meses é o mês de agosto de 2015; d) A data de vencimento da contribuição relativa ao mês de agosto de 2015 é o dia 15/09/2015; e) Assim, o dia que Joaquim perderá a qualidade de segurado será o dia 16/09/2015.
No exemplo anterior, se Joaquim, no dia 15/09/2015, tivesse recolhido a contribuição
previdenciária relativa ao mês de agosto de 2015, ele não teria perdido a qualidade de segurado.
Páginas 64 a 66 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. Distribuição dos benefícios e serviços, segundo a categoria dos beneficiários:
Prestação
Segurado
Dependente Empregado e
trabalhador avulso
Contribuinte individual, doméstico e facultativo
Especial
Benefícios
Aposentadoria por invalidez Sim Sim Sim Não
Aposentadoria por idade Sim Sim Sim Não
Aposentadoria por tempo de contribuição Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não
Aposentadoria especial Sim Não (Obs. 3) Não Não
Aposentadoria por tempo de contribuição Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não
da pessoa com deficiência
Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência
Sim Sim Sim Não
Auxíliodoença Sim Sim Sim Não
Auxílioacidente Sim Não Sim Não
Saláriofamília Sim Não Não Não
Saláriomaternidade Sim Sim Sim Não
Pensão por morte Não Não Não Sim
Auxílioreclusão Não Não Não Sim
Serviços
Reabilitação profissional Sim Sim Sim Sim
Serviço Social Sim Sim Sim Sim
Benefícios
Segurado
Dependente Empregado e trabalhador avulso
Empregado doméstico
Contribuinte individual e facultativo
Segurado especial
Aposentadoria por invalidez Sim Sim Sim Sim Não
Aposentadoria por idade Sim Sim Sim Sim Não
Aposentadoria por tempo de contribuição
Sim Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não
Aposentadoria especial Sim Não Não
(Obs. 3) Não Não
Aposentadoria por Sim Sim Sim Obs. 2 Não
tempo de contribuição da pessoa com deficiência
(Obs. 1)
Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência
Sim Sim Sim Sim Não
Auxíliodoença Sim Sim Sim Sim Não
Auxílioacidente Sim Sim Não Sim Não
Saláriofamília Sim Sim Não Não Não
Saláriomaternidade Sim Sim Sim Sim Não
Pensão por morte Não Não Não Não Sim
Auxílioreclusão Não Não Não Não Sim
Observação: 1) O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, o microempreendedor individual e o segurado facultativo que contribuam com a alíquota de 11% ou 5% sobre um salário mínimo não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição (Lei 8.213/91, art. 18, §3º), nem à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência (RPS, art. 70B e art. 199A). 2) O segurado especial somente terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição e à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência se contribuir, facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição (RPS, art. 39, §2º, II e art. 70B, parágrafo único). 3) A pessoa física filiada a cooperativa de trabalho ou de produção, mesmo sendo considerada contribuinte individual, faz jus ao benefício da aposentadoria especial.
Distribuição dos serviços, segundo a categoria dos beneficiários:
Serviços
Segurado
Dependente Empregado e trabalhador avulso
Empregado doméstico
Contribuinte individual e facultativo
Segurado especial
Reabilitação profissional Sim Sim Sim Sim Sim
Serviço Social Sim Sim Sim Sim Sim
1 Conceitos introdutórios [...]
Segurado Data de início da contagem da carência
Empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso Data de filiação ao RGPS
Empregado doméstico, Contribuinte individual e facultativo, inclusive o segurado especial que contribui, facultativamente, com 20% sobre o salário de contribuição
Data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para efeito de carência as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores a essa data
Segurado especial que não contribui, facultativamente, com 20% sobre o salário de contribuição
A partir do efetivo exercício da atividade rural, devidamente comprovada
Páginas 67 a 70 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.
V. O período anterior à data do recolhimento da primeira contribuição sem atraso dos segurados empregado doméstico, contribuinte individual e facultativo.
[...]
No caso de empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo, para cômputo do período de carência, só serão consideradas as contribuições realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso (Lei 8.213/91, art. 27, II). No entanto, sendo paga a primeira contribuição sem atraso, as contribuições referentes a competências posteriores, mesmo que sejam pagas com atraso, serão consideradas para efeito de carência. [...]
Benefício Carência
Aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, especial e da pessoa com deficiência.
Em regra, 180 contribuições mensais.
Aposentadoria por invalidez e auxíliodoença. Em regra, 12 contribuições mensais.
Saláriomaternidade. Para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa: 10 contribuições mensais.
Pensão por morte Em regra, 24 contribuições mensais.
Auxílioreclusão 24 contribuições mensais.
As prestações (benefícios e serviços) que não constam da tabela acima independem de
carência. Em relação ao saláriomaternidade, apenas os segurados contribuintes individuais, especiais e facultativos necessitam cumprir carência. Os segurados empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos terão direito ao saláriomaternidade sem ser exigida qualquer carência.
Já vimos que para o segurado especial, a carência é o número de meses de efetivo exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, necessário para a concessão de um benefício. Assim, para ter direito ao saláriomaternidade, por exemplo, o segurado especial não precisa comprovar o recolhimento de 10 contribuições mensais: basta comprovar 10 meses de efetivo exercício de atividade rural.
Em caso de parto antecipado, o período de carência do saláriomaternidade será reduzido em número de contribuições equivalentes ao número de meses em que o parto foi antecipado.
Não será exigida a carência de 12 contribuições para a aposentadoria por invalidez e para o auxíliodoença motivados por acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiarse ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, e contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art. 151).
Em se tratando de aposentadoria por invalidez e auxíliodoença, para que haja a dispensa da carência, não é necessário que o acidente seja acidente de trabalho. A lei referese a acidente de qualquer natureza ou causa. Entendese como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.
De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílioreclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílioreclusão, inclusive quanto à carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carência a concessão de pensão por morte,
auxílioreclusão, saláriofamília e auxílioacidente. Mas, na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou da seguinte forma:
Lei 8.213/91 Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I – saláriofamília e auxílioacidente; [...]
Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além da
pensão por morte, o auxílioreclusão também passou a exigir carência de 24 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80). Mas vale frisar que a pensão por morte independe de carência nos casos:
I – em que o segurado esteja em gozo de auxíliodoença ou de aposentadoria por invalidez; e II – de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho.
Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito do
segurado ele estava em gozo de auxíliodoença ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII).
1.1.4 Perda da qualidade de segurado
Página 71 – Excluir o vermelho.
Todavia, nos casos em que seja exigida carência para a concessão dos benefícios de
aposentadoria por invalidez, auxíliodoença, pensão por morte, auxílioreclusão e saláriomaternidade, as contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do respectivo benefício.
Página 73 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
Benefício Salário de benefício (SB)
Aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria da pessoa com deficiência.
Média aritmética simples dos maiores salário de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. O fator previdenciário é obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição e
facultativo na aposentadoria por idade e na aposentadoria da pessoa com deficiência. Na aposentadoria por idade e na aposentadoria da pessoa com deficiência, o fator previdenciário só será aplicado se resultar em renda mensal de valor mais elevado.
Aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxíliodoença e auxílioacidente.
Média aritmética simples dos maiores salário de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo.
Página 74 – Acrescentar o azul.
Quando se trata de aposentadoria por tempo de contribuição, para efeito do cálculo do
salário de benefício, fazse a média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição e, em seguida, multiplicase essa média pelo fator previdenciário. Mas o segurado poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for igual ou superior a:
Data do requerimento da aposentadoria
Idade + tempo de contribuição
Tempo mínimo de contribuição
Homem Mulher Homem Mulher
Até 31/12/ 2016 95 85
35 30
De 1º/01/2017 a 31/12/2018 96 86
De 1º/01/2019 a 31/12/2019 97 87
De 1º/01/2020 a 31/12/2020 98 88
De 1º/01/2021 a 31/12/2021 99 89
A partir de 1º/01/2022 100 90
Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do
professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Por exemplo, se uma professora tiver 25 anos de contribuição e 55 anos de idade, para fins de enquadramento na tabela acima ela terá 85 pontos (25 + 55 + 5). Isso ocorre porque o tempo mínimo de contribuição desses professores é reduzido em 5 anos (CF, art. 201, § 8º).
Para os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxíliodoença e auxílioacidente, o salário de benefício é a média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição. Não há a aplicação do fator previdenciário.
Página 78 – Acrescentar o azul; Excluir o vermelho.
O período de carência para a concessão da aposentadoria por invalidez é, em regra, de 12 contribuições mensais. Todavia, a concessão independe de carência nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiarse ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, e contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art. 151).
Páginas 80 e 81 – Alterar o verde; Excluir o vermelho.
2.1.6 Data de início da aposentadoria por invalidez
I. Quando for precedida de auxíliodoença: dia imediato ao da cessação do auxíliodoença. II. Quando não for precedida de auxíliodoença: a) Para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e b) Para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de
invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário integral (Lei 8.213/91, art. 43, §2º).
Páginas 82 e 83 – Acrescentar o azul; Alterar o verde; Excluir o vermelho.
Carência
Em regra, 12 contribuições mensais. Todavia, quando a invalidez for decorrente de acidente, doença profissional ou do trabalho ou de alguma doença especificada em lista do MPS elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, não será exigida a carência.
Data do início do benefício
I. Precedida de auxíliodoença – dia imediato ao da cessação do auxíliodoença. II. Não precedida de auxíliodoença: a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Página 109 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.
2.6 Auxíliodoença De acordo com o art. 60 da Lei 8.213/91, o auxíliodoença será devido ao segurado que
ficar incapacitado para o seu trabalho ou a sua atividade habitual, desde que cumprido, quando for o caso, o período de carência.
I – ao segurado empregado, a partir do trigésimo primeiro dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de quarenta e cinco dias; e II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.
O auxíliodoença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos (Lei 8.213/91, art. 59).
Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º).
Página 110 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
2.6.2 Verificação da incapacidade
A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado pela
perícia médica do INSS. Mas nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (Lei 8.213/91, art. 60, § 5º). No entanto, o INSS, a seu critério e sob sua supervisão, poderá, na forma do regulamento, realizar perícias médicas:
I – por convênio ou acordo de cooperação técnica com empresas; e II – por termo de cooperação técnica firmado com órgãos e entidades públicos, especialmente onde não houver serviço de perícia médica do INSS.
O segurado em gozo de auxíliodoença está obrigado, independentemente de sua idade
e sob pena de suspensão do benefício, a submeterse a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos.
Páginas 111 e 113 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.
O período de carência para a concessão do auxíliodoença é, em regra, de 12 contribuições mensais. Todavia, a concessão independe de carência nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiarse ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, e contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art. 151).
2.6.7 Renda mensal inicial
A renda mensal inicial do auxíliodoença corresponde a 91% do salário de benefício. O
auxíliodoença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de
doze, a média aritmética simples dos salários de contribuição existentes (Lei 8.213/91, art. 29, § 10).
2.6.8 Data de início do benefício
O auxíliodoença será devido:
I – ao segurado empregado, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Tratandose de segurado empregado, se requerido até o 30º dia do afastamento, o
auxíliodoença será devido a contar do 16º dia do afastamento da atividade. É assim porque durante os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Quando o auxíliodoença for requerido pelo empregado após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.
Para os demais segurados, se requerido até o 30º dia do afastamento, o auxíliodoença será devido a partir da data do início da incapacidade. Quando requerido após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.
Quando o empregado acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do afastamento.
Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento. A empresa somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 dias (Lei 8.213/91, art. 60, §4º).
2.6.9 Cessação do benefício
O auxíliodoença cessa:
a) pela recuperação da capacidade para o trabalho; b) pela transformação em aposentadoria por invalidez; c) pela transformação em auxílioacidente de qualquer natureza, neste caso se, após a consolidação decorrente de acidente de qualquer natureza, resultar sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia; ou d) com a morte do segurado.
O segurado que durante o gozo do auxíliodoença vier a exercer atividade que lhe
garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade (Lei
8.213/91, art. 60, § 6º). Mas caso o segurado, durante o gozo do auxíliodoença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas (Lei 8.213/91, art. 60, § 7º).
Exemplo: Joaquim, empregado de uma fábrica de agrotóxicos, está recebendo auxíliodoença, pois ficou incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. A incapacidade foi motivada por uma “bronquite crônica asmática”. Durante o gozo do auxíliodoença, Joaquim passou a exercer pequena atividade comercial como vendedor ambulante. Nesse caso, deverá ser analisada a sua incapacidade em relação a cada uma das atividades por ele exercidas. Se ficar constatado que ele já está apto a exercer ambas as atividades, o auxíliodoença será cancelado. Mas se ficar constatado que ele continua incapacitado para a atividade que exerce na fábrica de Agrotóxicos, o auxíliodoença continuará sendo pago em relação a essa atividade.
O segurado em gozo de auxíliodoença, insuscetível de recuperação para sua atividade
habitual, deverá submeterse a processo de reabilitação profissional para exercício de outra atividade, não cessando o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez.
Páginas 114 e 115 – Alterar o verde; Acrescentar o azul; Excluir o vermelho.
Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Assim, neste período, ocorre a interrupção do contrato de trabalho.
A partir do 16º dia do afastamento da atividade, o segurado empregado em gozo de auxíliodoença será considerado pela empresa como licenciado (Lei 8.213/91, art. 63). Assim, neste caso, ocorre a suspensão do contrato de trabalho, pois não há pagamento de salário pela empresa.
De acordo com o disposto no art. 118 da Lei 8.213/91, “o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxíliodoença acidentário, independentemente de percepção de auxílioacidente”.
Quadroresumo – Auxíliodoença
Fato gerador Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos.
Beneficiários Todos os segurados.
Carência Em regra, 12 contribuições mensais. Todavia, quando a incapacidade for decorrente de acidente, doença profissional ou do trabalho ou de alguma
doença especificada em lista do MPS elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, não será exigida a carência.
Renda mensal 91% do salário de benefício, não podendo exceder a média aritmética dos últimos 12 saláriosdecontribuição ou, se não alcançado o número de 12, a média aritmética dos saláriosdecontribuição existentes.
Início do benefício
I – ao segurado empregado, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Cessação do benefício
(a) Recuperação da capacidade; (b) transformação em aposentadoria por invalidez; (c) transformação em auxílioacidente ou (d) morte do segurado.
Páginas 118 e 119 – Acrescentar o azul; Alterar o verde; Excluir o vermelho.
2.7.4 Beneficiários
De acordo com o §1º do art. 18 da Lei 8.213/91, somente poderão beneficiarse do auxílioacidente os seguintes segurados:
a) Empregado; b) Empregado doméstico; c) Trabalhador avulso; e d) Segurado especial.
A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregados
domésticos o direito ao seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7º, XXVIII). Mas este direito ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. É provável que a lei que irá regulamentar o seguro contra acidentes de trabalho dos empregados domésticos estenda o benefício do auxílioacidente a essa categoria de trabalhadores. Mas enquanto isso não ocorrer, os empregados domésticos permanecerão sem fazer jus ao auxílioacidente.
Na hipótese de o trabalhador ter exercido, durante sua vida profissional, diversas atividades, enquadrandose em diferentes categorias de segurado, para fins de concessão do auxílioacidente, considerarseá a atividade exercida na data do acidente (RPS, art. 104, §8º). Assim, para que o benefício seja concedido é necessário que, na data do acidente, o trabalhador esteja exercendo alguma atividade que o enquadre como segurado empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico ou segurado especial.
Página 121 – Acrescentar o azul.
Beneficiários Empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico e segurado especial.
Página 122 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.
2.8 Saláriofamília
O saláriofamília será devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado doméstico e ao trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a R$1.089,72, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer 1
condição, até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade (RPS, arts. 81 e 83).
Páginas 123 a 125 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.
2.8.1 Beneficiários
De acordo com a Lei 8.213/91, os beneficiários do saláriofamília são os seguintes:
a) Segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso (caput do art. 65); b) O aposentado por invalidez ou por idade (art. 65, parágrafo único); e c) Os demais aposentados com 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos ou mais, se do feminino (art. 65, parágrafo único).
A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregados
domésticos o direito ao saláriofamília pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei (CF, art. 7º, XII). Mas este direito ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. Enquanto isso não ocorrer, os empregados domésticos permanecerão sem fazer jus ao saláriofamília.
1 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015.
No tocante aos aposentados, o Regulamento da Previdência Social (RPS) faz algumas restrições. De acordo com o art. 82 do RPS, os beneficiários do saláriofamília seriam os seguintes:
a) Segurado empregado e trabalhador avulso; b) Empregado e trabalhador avulso aposentados por invalidez; c) Trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se homem, ou 55 anos, se mulher; e d) Demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher. Como se vê, o Regulamento da Previdência Social retira de alguns aposentados o
direito ao saláriofamília:
a) No caso de segurado aposentado por invalidez, só terá direito ao saláriofamília aquele que, no momento da aposentadoria, enquadravase como segurado empregado ou trabalhador avulso; b) Tratandose de segurado aposentado por idade, só terá direito ao saláriofamília aquele que, no momento da aposentadoria, enquadravase como empregado, trabalhador avulso ou trabalhador rural; e c) Tratandose de aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria especial, só terá direito ao saláriofamília, ao completar 65 anos de idade, se homem, ou 60 anos, se mulher, o aposentado que, no momento da aposentadoria, enquadravase como segurado empregado ou trabalhador avulso.
Entendo que esse dispositivo do Regulamento da Previdência Social é ilegal, porque
interpreta restritivamente os direitos subjetivos dos segurados estabelecidos por lei. Não havendo tal restrição na Lei, não cabe à autoridade administrativa legislar, limitando o direito do segurado ao benefício. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ:
Previdenciário. Recurso especial. Saláriofamília. Beneficiário aposentado. Empregado doméstico na ativa. O beneficiário aposentado, ainda que tenha trabalhado, quando na ativa, como empregado doméstico, tem direito ao recebimento do saláriofamília. 2
Em que pese ser pago em função da existência de dependentes (filhos ou equiparados
de até 14 anos ou inválidos), o saláriofamília é devido ao segurado, e não ao dependente.
Páginas 126 e 127 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.
2.8.4 Pagamento do saláriofamília
2 STJ, REsp 263810, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, 6ª T., DJ 05/02/2001, p. 143.
De acordo com o disposto no art. 82 do RPS, o As cotas do saláriofamília será pago
serão pagas mensalmente:
I. ao empregado, pela empresa, juntamente com o respectivo salário; II. ao empregado doméstico, pelo empregador doméstico, juntamente com o respectivo salário; III. ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, mediante convênio; IV. ao empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso aposentados por invalidez ou em gozo de auxíliodoença, pelo INSS, juntamente com o benefício; V. ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo masculino, ou 55 anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria; e VI. aos demais empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria.
No caso do item I, quando o salário do empregado não for mensal, o saláriofamília será
pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês. As cotas do saláriofamília, pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico,
deverão ser deduzidas quando do recolhimento das contribuições previdenciárias sobre a folha de salário (RPS, art. 82, §4º). O saláriofamília é um benefício previdenciário, sendo, por isso, um encargo financeiro da Previdência Social. Embora o pagamento seja efetuado pela empresa e pelo empregador doméstico juntamente com o salário do empregado segurado, ela tem o direito de reembolsarse do valor despendido, efetuando a compensação quando do recolhimento das contribuições devidas à Previdência Social.
Página 130 – Acrescentar o azul; Alterar o verde.
Beneficiários
a) Segurados empregado, empregado domésticos e trabalhador avulso; b) Aposentado por invalidez ou por idade; e c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, ou 60 anos de idade, se mulheres.
Pagamento Será pago mensalmente: a) Pela empresa – ao empregado em atividade; b) Pelo empregador doméstico ao empregado doméstico em atividade;
c) Pelo sindicato ou OGMO – ao trabalhador avulso em atividade; d) Pelo INSS – ao segurado que tenha direito ao saláriofamília e esteja em gozo de auxíliodoença ou aposentadoria.
Páginas 144 e 145 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
III. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (classe III).
Não terá direito a pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso de que
tenha resultado a morte do segurado (Lei 8.213/91, art. 74, §1º). O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da pensão por
morte se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que:
I – o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou ao início da união estável; ou II – o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médicopericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao óbito.
Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela
prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado (Lei 8.213/91, art. 74, § 1º).
Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa (Lei 8.213/91, art. 74, § 2º).
A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das classes seguintes (Lei 8.213/91, art. 16, §1º). Assim, existindo algum dependente da classe I, os das classes II e III não terão direito à pensão por morte. Os dependentes da classe III só terão direito à pensão por morte se não houver dependentes das classes I ou II. Por isso, os pais (classe II) ou irmãos (classe III) deverão, para fins de concessão da pensão por morte, comprovar a inexistência de dependentes preferenciais, mediante declaração firmada perante o INSS (RPS, art. 24).
Páginas 149 a 154 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
2.10.4 Carência
Em regra, a carência da pensão por morte é de 24 contribuições mensais. Mas esse benefício independe de carência nos casos:
I – em que o segurado esteja em gozo de auxíliodoença ou de aposentadoria por invalidez; e II – de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito do segurado ele estava em gozo de auxíliodoença ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII).
A concessão da pensão por morte independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, I).
2.10.5 Renda mensal inicial
O valor mensal da pensão por morte será de 50% do valor da aposentadoria que o
segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco (Lei 8.213/91, art. 75). A cota individual cessa com a perda da qualidade de dependente (Lei 8.213/91, art. 75, §1º).
O valor mensal da pensão por morte será acrescido de mais uma cota individual de 10% (uma cota extra), rateada entre os dependentes, no caso de haver filho do segurado ou pessoa a ele equiparada, que seja órfão de pai e mãe na data da concessão da pensão ou durante o período de manutenção desta, observado o seguinte:
I – o limite máximo de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento; II – essa cota extra de 10% cessará quando esse filho órfão se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; III – o acréscimo dessa cota extra de 10% não será aplicado quando for devida mais de uma pensão aos dependentes do segurado (Lei 8.213/91, art. 75, § 3º).
Se o segurado falecido já era aposentado, os percentuais anteriores serão aplicados
sobre o valor da aposentadoria que ele recebia. Mas se o segurado não era aposentado, tais percentuais serão aplicados sobre o valor da aposentadoria que ele teria direito se estivesse
aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Em outras palavras, podemos dizer que, nesse caso, os referidos percentuais incidirão sobre o salário de benefício. Esse salário de benefício será calculado da mesma forma daquele usado para fins de cálculo da aposentadoria por invalidez. O seja, esse salário consiste na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.
O valor mensal da pensão por morte será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento(Lei 8.213/91, art. 75).
Se o segurado falecido já era aposentado, a renda mensal inicial da pensão por morte será de 100% do valor da aposentadoria que ele recebia. Mas se o segurado não era aposentado, o valor da pensão por morte será de 100% do valor da aposentadoria que ele teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Vale dizer, se o segurado falecido não era aposentado, para efeito de cálculo da pensão por morte, utilizase a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 100% do salário de benefício.
A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em parte iguais (Lei 8.213/91, art. 77). Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º).
2.10.6 Cessação do pagamento da cota individual
O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa:
I. pela morte do pensionista (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, I); II. para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, II); III. para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, III); IV. pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos (RPS, art. 114, IV). Todavia, a pensão não cessará quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro. (RPS, art. 114, § 2º). V. pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira, nos termos do § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91.
De acordo com o §5º do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de duração da pensão por
morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira, inclusive na hipótese de que trata o §2º do art. 76, será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado, conforme tabela abaixo:
Expectativa de sobrevida à idade x do cônjuge, companheiro ou companheira,
em anos (E(x))
Duração do benefício de pensão por morte (em anos)
55 < E(x) 3
50 < E(x) ≤ 55 6
45 < E(x) ≤ 50 9
40 < E(x) ≤ 45 12
35 < E(x) ≤ 40 15
E(x) ≤ 35 vitalícia
A expectativa de sobrevida será obtida a partir da Tábua Completa de Mortalidade –
ambos os sexos – construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, vigente no momento do óbito do segurado instituidor.
O cônjuge, o companheiro ou a companheira considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médicopericial a cargo do INSS, por acidente ou doença ocorrido entre o casamento ou início da união estável e a cessação do pagamento do benefício, terá direito a pensão por morte vitalícia (Lei 8.213/91, art. 77, §7º).
A parte individual da pensão do dependente (filho ou irmão) com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade remunerada, será reduzida em 30%, devendo ser integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade empreendedora (Lei 8.213/91, art. 77, §4º).
De acordo com o § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91, o direito à percepção de cada cota individual cessará:
I pela morte do pensionista; II para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; III para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; V para cônjuge ou companheiro: a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”;
b) em 4 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 anos antes do óbito do segurado (essa regra não será aplicada se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho); c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos 2 anos após o início do casamento ou da união estável:
Idade do cônjuge ou companheiro na data do óbito do segurado
Duração da cota individual da pensão por morte do cônjuge ou companheiro
Menos de 21 anos 3 anos
Entre 21 e 26 anos 6 anos
Entre 27 e 29 anos 10 anos
Entre 30 e 40 anos 15 anos
Entre 41 e 43 anos 20 anos
44 anos ou mais Vitalícia
Após o transcurso de pelo menos 3 anos e desde que nesse período se verifique o
incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento (Lei 8.213/91, art. 77, § 2ºB).
Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições mensais ou da comprovação de 2 anos de casamento ou de união estável. Ou seja, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, mesmo que ele tenha menos de 18 contribuições mensais ou menos de 2 anos de casamento ou de união estável, o prazo de duração da pensão não será de apenas 4 meses. Nesse caso, o prazo de duração da pensão por morte obedecerá as regras contidas na alínea “a” ou na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91.
O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91.
A regra estabelecida no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará em vigor: (a) em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, no dia 18/06/2017; (b) em relação às pessoas com deficiência grave, 180 dias depois da publicação da Lei 13.135,
de 17 de junho de 2015. A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, deu uma nova redação ao inciso II do § 2º do art.
77 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte:
“II para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;”
Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após
decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.
Reverterá em favor dos demais dependentes da mesma classe a cota individual daquele cujo direito à pensão por morte cessar (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º).
2.10.7 Cessação do benefício
Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada (Lei
8.213/91, art. 77, §3º). No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento
da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo máfé (Lei 8.213/91, art. 78, §2º). Notese que, neste caso, o pagamento da pensão por morte de todos os dependentes cessará na mesma data.
Quadroresumo – Pensão por morte
Fato gerador
a) Morte do segurado; b) Sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária; c) Desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, mediante apresentação de prova hábil. Neste caso, é dispensada a decisão judicial.
Beneficiários Os dependentes do segurado falecido (respeitada a ordem das classes).
Carência
Em regra, 24 contribuições mensais. Independe de carência nos casos: (I) em que o segurado esteja em gozo de auxíliodoença ou de aposentadoria por invalidez; e (II) de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. Não é exigida.
Renda mensal
50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.
Início do pagamento do benefício
I. Regra geral: a) data do óbito, quando requerido até 30 dias depois deste b) data do requerimento, quando requerido após os 30 dias II. Nos casos de morte presumida: a) data da sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária; ou b) data da ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, mediante prova hábil.
Cessação do pagamento da cota individual
a) Pela morte do pensionista; b) Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; c) Para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição; d) Pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos; e) pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira. I pela morte do pensionista; II para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; III para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; V para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento.
Cessação do benefício
a) Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada; b) No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente.
Páginas 155 a 157 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
Aplicamse ao auxílioreclusão as normas referentes à pensão por morte, sendo necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do segurado, a preexistência da dependência econômica (RPS, art. 116, §3º). Se, por exemplo, a realização do casamento ou constituição de união estável ocorrer durante o recolhimento do segurado à prisão, o auxílioreclusão não será devido ao seu cônjuge, considerando a dependência superveniente ao fato gerador (IN INSS 77/2015, art. 388).
O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício do auxílioreclusão se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois
anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médicopericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao recolhimento à prisão. Essa é uma regra aplicada à pensão por morte (Lei 8.213/91, art. 74, §2º), mas como o art. 80 da Lei 8.213/91 estabelece que o auxílioreclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte, entendo que tal regra também deva ser aplicada ao auxílioreclusão.
O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de auxílioreclusão a partir da data de seu nascimento (IN INSS 77/2015, art. 387).
O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena, em regime fechado ou semiaberto, que contribuir na condição de contribuinte individual ou facultativo, não acarreta perda do direito ao recebimento do auxílioreclusão pelos seus dependentes (Lei 10.666/2003, art. 2º, caput).
2.11.2 Carência
De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílioreclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílioreclusão, inclusive quanto à carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carência a concessão de pensão por morte, auxílioreclusão, saláriofamília e auxílioacidente. Mas, na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou da seguinte forma:
Lei 8.213/91 Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I – saláriofamília e auxílioacidente; [...]
Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além da
pensão por morte, o auxílioreclusão também passou a exigir carência de 24 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80).
A concessão do auxílioreclusão independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, I).
2.11.3 Requerimento do benefício
Página 158 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
2.11.5 Renda mensal inicial De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílioreclusão será devido nas mesmas
condições da pensão por morte. De acordo com o art. 75 da Lei 8.213/91, o valor mensal da pensão por morte
corresponde a cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento,
acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.
Mas, se o segurado que foi recolhido à prisão já for aposentado, os seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílioreclusão. Assim, adaptando o disposto no art. 75 da Lei 8.213/91 ao auxílioreclusão, podemos dizer que o valor mensal do auxílioreclusão corresponde a 50% do valor da aposentadoria que o segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu recolhimento à prisão, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.
De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílioreclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Por isso, o Regulamento da Previdência Social determina que:
“O valor mensal da pensão por morte ou do auxílioreclusão será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento” (RPS, art. 39, § 3º).
Mas quando aplicado ao auxílioreclusão, o § 3º do art. 39 do RPS apresenta algumas
imprecisões. Se o segurado que foi recolhido à prisão já era aposentado, os seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílioreclusão. Assim, o melhor é dizer que a renda mensal inicial do auxílioreclusão será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado teria direito, se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão. Ou seja, para efeito de cálculo do auxílioreclusão, utilizase a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 100% do salário de benefício.
A respeito deste tema, no concurso para Defensor Público da União, realizado em 2007, o Cespe/UnB elaborou a seguinte questão:
“Considere que Silvano seja segurado não aposentado da previdência social e tenha sido condenado pela prática de crime que determinou o início do cumprimento da pena em regime fechado. Nessa situação, a renda mensal inicial do auxílioreclusão devida aos dependentes é calculada de acordo com o modelo de cálculo a ser utilizado em caso de aposentadoria por invalidez.” A questão acima foi considera como certa, pois a renda mensal inicial do
auxílioreclusão é calculada de acordo com a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez. Vale dizer, a renda mensal inicial do auxílioreclusão é de 100% do salário de benefício, pois este é o valor da renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez.
Havendo mais de um dependente com direito ao auxílioreclusão, o benefício será rateado entre todos, em partes iguais. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito ao benefício cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º).
Páginas 159 a 161 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
2.11.8 Suspensão do benefício
No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado (RPS, art. 117, §2º).
Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a verificação da perda ou não da qualidade de segurado (RPS, art. 117, §3º).
Os pagamentos do auxílioreclusão serão suspensos na hipótese em que o segurado, com a concordância dos dependentes, faça opção pelo recebimento do auxíliodoença. Nesse caso, o auxílioreclusão será restabelecido no dia seguinte à cessação do auxíliodoença (IN INSS 77/2015, art. 395).
Os pagamentos do auxílioreclusão também serão suspensos se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade competente, para prova de que o segurado permanece recolhido à prisão (IN INSS 77/2015, art. 395, II).
2.11.9 Cessação do pagamento da cota individual
O pagamento da cota individual do auxílioreclusão cessa:
a) pela morte do dependente (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, I); b) para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, II); c) para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, III).
De acordo com o §5º do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de duração da pensão por
morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado. Entendo que essa regra também deva ser aplicada ao auxílioreclusão, pois, conforme o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílioreclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, entendo que o decurso do prazo previsto no §5º do art. 77 da Lei 8.213/91 é causa de cessação do pagamento da cota individual do auxílio reclusão ao cônjuge, companheiro ou companheira. No caso do auxílioreclusão, deve ser observada a expectativa de sobrevida do cônjuge, companheiro ou companheira no momento em que o segurado for recolhido à prisão.
Conforme o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílioreclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, nas mesmas hipóteses em que cessa cada cota individual da penão por morte também cessa cada cota individual do auxílioreclusão.
2.11.10 Cessação do benefício
O auxílioreclusão cessa (para todos os dependentes):
a) Na data do livramento do segurado; b) Na data do falecimento do segurado (neste caso o auxílioreclusão será automaticamente convertido em pensão por morte); c) Se o segurado passar a receber aposentadoria; ou
d) Se o segurado passar a cumprir pena em regime aberto, trabalhando para determinada empresa com vínculo trabalhista. Neste caso, os dependentes não terão mais direito ao auxílioreclusão, pois o art. 80 da Lei 8.213/91 é claro ao determinar que este benefício seja devido apenas na hipótese de o segurado recolhido à prisão não receber remuneração da empresa.
I com a extinção da última cota individual; II se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou recluso passar a receber aposentadoria; III pelo óbito do segurado (nesse caso o auxílioreclusão será automaticamente convertido em pensão por morte); IV na data da soltura; V quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumprimento da pena em regime aberto.
Quadroresumo – Auxílioreclusão
Fato gerador Recolhimento à prisão do segurado de baixa renda que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxíliodoença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço.
Beneficiários Os dependentes do segurado recolhido à prisão (respeitada a ordem das classes).
Carência 24 contribuições mensais. Não é exigida.
Renda mensal
50% do valor da aposentadoria que o segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão.
Início do benefício
Data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 30 dias depois desta, ou na data do requerimento, se posterior.
Período de duração
O auxílioreclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou recluso.
Suspensão do benefício
No caso de fuga, o benefício será suspenso, e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado. Os pagamentos do auxílioreclusão serão suspensos nos casos de: I fuga do segurado; II opção pelo recebimento do auxíliodoença;
III o beneficiário deixar de apresentar atestado trimestral de que o segurado permanece recolhido à prisão.
Cessação do pagamento da cota individual
a) Pela morte do dependente; b) Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; c) Para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição. I pela morte do pensionista; II para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; III para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; V para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento.
Cessação do benefício
a) Na data do livramento do segurado; b) Na data do falecimento do segurado; c) Se o segurado passar a receber aposentadoria; ou d) Se o segurado passar a cumprir pena em regime aberto, trabalhando para determinada empresa com vínculo trabalhista. I com a extinção da última cota individual; II se o segurado passar a receber aposentadoria; III pelo óbito do segurado; IV na data da soltura; V quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumprimento da pena em regime aberto.
Página 166 – Acrescentar o azul.
O Ministério do Trabalho e da Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendoas, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º).
A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, alterou a redação dos §§ 1º e 2º e acrescentou o § 3º ao art. 93 da Lei 8.213/91. A redação dos referidos parágrafos é a seguinte:
§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após
a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social. § 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendoos, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados. § 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo DecretoLei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após
decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. 3.2 Serviço social
Página 191 – Acrescentar o azul.
IV. quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.
A Medida Provisória 680, de 6 de julho de 2015, deu nova redação ao inciso II do art. 22
da Lei 8.212/91. A nova redação é a seguinte:
“I vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego PPE, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.” Mas , conforme o art. 9º da Medida Provisória 680/2015, a referida mudança legislativa
somente entrará em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação. A Medida Provisória 680/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. Assim, a mencionada mudança legislativa somente entrará em vigor no dia 01/11/2015.
2.1.2.1 Contribuição da empresa sobre a remuneração de empregados e trabalhadores avulsos
Páginas 208 a 209 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. ATENÇÃO: Excluir também a NOTA DE RODAPÉ.
b) 0,1% para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Esta contribuição é devida em substituição à contribuição da empresa para o RAT de 1%, 2% ou 3% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, prevista no art. 22, II, da Lei 8.212/91.
Apesar do acima exposto, vale frisar que o STF, no julgamento do RE 596177/RS,
considerou como inconstitucional a contribuição do empregador rural pessoa física incidente sobre a comercialização da produção rural. Confira o julgado:
Ementa: Constitucional. Tributário. Contribuição social previdenciária. Empregador rural pessoa física. Incidência sobre a comercialização da produção. Art. 25 da Lei nº 8.212/1991, na redação dada pelo art. 1º da Lei nº 8.540/1992. Inconstitucionalidade. I – Ofensa ao art. 150, II, da CF em virtude da exigência de dupla contribuição caso o produtor rural seja empregador. II – Necessidade de lei complementar para a instituição de nova fonte de custeio para a seguridade social. III – RE conhecido e provido para reconhecer a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei nº 8.540/1992, aplicandose aos casos semelhantes o disposto no art. 543B do CPC. 3
No julgamento do RE 596.177/RS, o STF considerou como inconstitucional a
contribuição do empregador rural pessoa física incidente sobre a comercialização da produção rural, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91, na redação dada pelo art. 1º da Lei 8.540/92. Acontece que a redação do art. 25 da Lei 8.212/91 que, atualmente, está em vigor é a dada pela Lei 10.256/2001. A discussão do tema com enfoque na Lei 10.256/2001 teve sua repercussão geral reconhecida pelo STF nos autos do RE 718.874/RS. Até a data da publicação da presente edição desta obra, o RE 718.874/RS ainda estava pendente de julgamento pelo STF.
Também vale salientar que quando o empregador rural pessoa física contrata contribuinte individual ou cooperativa de trabalho, fica obrigada a pagar as mesmas contribuições que as empresas em geral pagam em relação a estes fatos geradores.
Página 223 – Acrescentar o azul.
XXI. Quebra de caixa (bancário e comerciário).
3 STF, RE 596177/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 29/08/2011.
XXII. O valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego PPE.
Observção: O valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego (PPE) foi acrescentado à Lei nº 8.212/91 (art. 28, § 8º, “d”) pela Medida Medida Provisória 680, de 6 de julho de 2015. Mas vale frisar que, conforme o art. 9º da Medida Provisória 680/2015, essa mudança legislativa somente entrará em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação. A Medida Provisória 680/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. Assim, a mencionada mudança legislativa somente entrará em vigor no dia 01/11/2015.
4.2.2 Parcelas não integrantes do salário de contribuição
Páginas 216 a 218 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.
2.1.3 Contribuição previdenciária do empregador doméstico
Base de cálculo Alíquota
Salário de contribuição do empregado doméstico a serviço do empregador doméstico 12%
A contribuição do empregador doméstico é de 12% do salário de contribuição do
empregado doméstico a seu serviço (Lei 8.212/91, art. 24). Atentese para o fato de que a base de cálculo da contribuição do empregador
doméstico não é a remuneração paga ao empregado doméstico, e sim o salário de contribuição do empregado doméstico. A observação é necessária para que não se confunda com a contribuição da empresa incidente sobre a remuneração dos empregados, trabalhadores avulsos ou contribuintes individuais. Quando se trata da contribuição da empresa, a base de cálculo é a remuneração total dos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais. Quando se trata de empregador doméstico, a base de cálculo da contribuição é o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
A responsabilidade pelo recolhimento das contribuições é do empregador doméstico, que ficará com a obrigação de descontar a contribuição do empregado doméstico a seu serviço e recolhêla, juntamente com a parcela a seu cargo, até o dia 15 do mês seguinte ao da competência (Lei 8.212/91, art. 30, V).
Se, por exemplo, a empregada doméstica tem uma remuneração mensal de R$5.000,00, a contribuição do empregador doméstico será de R$559,65 (que corresponde a 12% de R$4.663,75). A contribuição que o empregador doméstico descontará da empregada doméstica será de R$513,01 (que corresponde a 11% de R$4.663,75). Neste caso, o
empregador doméstico recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, o valor de R$1.072,66 (que corresponde à soma das duas contribuições).
Se no exemplo anterior a remuneração mensal da empregada doméstica fosse R$1.000,00, a contribuição do empregador doméstico seria de R$120,00 (correspondente a 12% de R$1.000,00). A contribuição que o empregador doméstico descontaria da empregada doméstica seria de R$80,00 (correspondente a 8% de R$1.000,00). Neste caso, o empregador doméstico recolheria aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, a quantia de R$200,00 (correspondente à soma das duas contribuições).
Quando a empregada doméstica estiver em gozo de saláriomaternidade, o empregador ficará com a obrigação do recolhimento apenas de sua cota patronal, ou seja, os 12% incidentes sobre o salário de contribuição.
Quando o salário de contribuição do empregado doméstico for igual a um salário mínimo, o empregador doméstico pode optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil, prorrogandose o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia 15.
Quando o salário de contribuição do empregado doméstico for menor que um salário mínimo mensal (nos casos de admissão, dispensa, falta não justificada ou fração de salário em razão de gozo de benefício), o empregador doméstico também pode optar pelo recolhimento trimestral.
O empregador doméstico não está obrigado a apresentar GFIP. Todavia, caso o empregador opte por recolher o FGTS para o seu empregado doméstico, deverá: (a) Efetuar a matrícula CEI; e (b) Preencher e entregar a GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social.
A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregadores domésticos a obrigatoriedade de recolhimento do FGTS. Mas este direito dos empregados domésticos ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. Quando isso acontecer, a entrega da GFIP passará a ser obrigatória para o empregador doméstico.
Vale ainda frisar que o Decreto 8.373, de 11 de dezembro de 2014, instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial. As informações prestadas por meio do eSocial substituirão as constantes na GFIP, na forma a ser disciplinada no Manual de Orientação do eSocial (Decreto 8.373/2014, art. 2º, §3º).
De acordo com o art. 34 da Lei Complementar 150/2015, o Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores:
I 8% a 11% de contribuição previdenciária, a cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei 8.212/91; II 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei 8.212/91; III 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho;
IV 8% de recolhimento para o FGTS; V 3,2%, na forma do art. 22 desta Lei; e VI imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7º da Lei 7.713/88, se incidente.
O empregador doméstico é obrigado a recolher os valores acima até o dia 7 do mês
seguinte ao da competência (LC 150/2015, art. 35). O inciso I do art. 34 da LC 150/2015 referese à contribuição que o empregador
doméstico descontará do segurado empregado doméstico. Essa contribuição, como visto anteriormente, corresponde a 8%, 9% ou 11% sobre o saláriodecontribuição do segurado.
Os valores previstos nos incisos IV a VI do art. 34 da LC 150/2015 não se referem a contribuições previdenciárias.
As contribuições previdenciárias patronais, a cargo do empregador doméstico, são as previstas nos incisos II e III do art. 34 da Lei Complementar 150/2015. Assim, as contribuições previdenciárias a cargo do empregador doméstico são as seguintes:
a) 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei 8.212/91; b) 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.
De acordo com o § 1º do art. 34 da Lei Complementar 150/2015, as contribuições
incidem sobre a remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada empregado [doméstico], incluída na remuneração a gratificação de Natal (13º salário). Assim, podemos resumir as contribuições patronais previdenciárias do empregador doméstico por meio do seguinte quadro:
Contribuições patronais previdenciárias do empregador doméstico
Destinação Alíquota Base de cálculo
Para a seguridade social 8% Remuneração paga ou devida a cada empregado doméstico, incluída na remuneração a gratificação natalina
Para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho 0,8%
O empregador doméstico fornecerá, mensalmente, ao empregado doméstico cópia do
documento de arrecadação do Simples Domestico. Conforme o art. 31 da Lei Complementar 150/2015, o Simples Doméstico deverá ser
regulamentado no prazo de 120 dias a contar da data de entrada em vigor dessa Lei. O Simples Doméstico será disciplinado por ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego que disporá sobre a apuração, o recolhimento e a distribuição dos recursos recolhidos (LC 150/2015, art. 32).
As contribuições previdenciárias do empregador doméstico, na forma aqui descritas, somente serão devidos após 120 dias da data de publicação da Lei Complementar 150/2015. A Lei Complementar 150/2015 foi publicada no dia 2 de junho de 2015. Assim, somente a partir da competência outubro de 2015 começará essa nova forma de cálculo das contribuições previdenciárias do empregador doméstico. Até setembro de 2015, a contribuição patronal do empregador doméstico permanecerá no valor de 12% do saláriodecontribuição do empregado doméstico a seu serviço (Lei 8.212/91, art. 24).
3 Receitas de outras fontes
Páginas 230 a 232 – Alterar o verde.
O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empregado doméstico a seu serviço e recolhêla, assim como a parcela a seu cargo, cabendolhe durante o período da licençamaternidade da empregada doméstica apenas o recolhimento da contribuição a seu cargo (RPS, art. 216, VIII). Estas contribuições devem ser recolhidas até o dia sete do mês seguinte, prorrogandose o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia sete.
É facultado aos segurados contribuinte individual e facultativo, cujos salários de contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optarem pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia quinze do mês seguinte ao de cada trimestre civil, prorrogandose o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia quinze (RPS, art. 216, §15). Esta faculdade também é dada ao empregador doméstico relativamente aos empregados domésticos que lhes prestam serviço, cujos salários de contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, ou inferiores nos casos de admissão, dispensa ou fração do salário em razão de gozo de benefício (RPS, art. 216, §16). 6 Prazo de recolhimento
Prazo de recolhimento Contribuições
Dia 15 do mês seguinte ao da competência, prorrogandose para o dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário naquele dia.
a) As contribuições do contribuinte individual; quando recolhidas pelo próprio segurado; b) As contribuições do segurado facultativo; c) As contribuições descontadas do segurado empregado doméstico; d) As contribuições a cargo do empregador doméstico.
Até dia 20 de dezembro, antecipandose para o dia útil imediatamente anterior quando
Contribuição incidente sobre o valor do 13º salário. Obs.: no caso de rescisão de contrato de trabalho, as contribuições devidas serão recolhidas até o dia 20 do
não houver expediente bancário naquele dia.
mês seguinte ao da rescisão, computandose em separado a parcela referente ao 13º salário.
Até 2 dias úteis após a realização do evento.
A contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta de espetáculos desportivos.
Até dia 7 do mês seguinte ao da competência. Se não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior. (Lei 8.212/91, art. 32C, §§3º e 5º)
a) Contribuição recolhida pelo segurado especial incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural (Lei 8.212/91, art. 25); b) Contribuição arrecadada pelo segurado especial dos trabalhadores a seu serviço.
Até dia 7 do mês seguinte ao da competência, prorrogandose para o dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário naquele dia (Lei 8.212/91, art. 30, V, c/c § 2º, I).
a) Contribuição do segurado empregado doméstico; b) Contribuição patronal do empregador doméstico.
Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, prorrogandose para o dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário naquele dia (Resolução CGSN 94/2011, art. 38).
A contribuição do Microempreendedor Individual (MEI) de 5% incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição, recolhida na condição de segurado contribuinte individual (Lei 8.212/91, art. 21, § 2º, II, “a”)..
Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.
a) As contribuições descontadas dos segurados empregados e trabalhadores avulsos; b) As contribuições descontadas do contribuinte individual (inclusive as descontadas do cooperado pela cooperativa de trabalho); c) As contribuições da empresa incidentes sobre a remuneração de segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual; d) As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho; e) As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos em nota fiscal prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada; f) As contribuições incidentes sobre a comercialização da produção rural (exceto as recolhidas pelo segurado especial); g) A contribuição de 5% incidentes sobre patrocínio,
licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos; h) Contribuição previdenciária patronal do Microempreendedor Individual (MEI) de 3% incidente sobre o salário de contribuição do empregado que lhe presta serviço; i) Contribuição que o MEI desconta do seu empregado.
Não é permitido o recolhimento em valor inferior a R$10,00. Se o valor for inferior a
R$10,00, deverá ser adicionado a contribuição de competências subsequentes, até que seja igual ou superior a R$10,00.
O empregador doméstico poderá recolher a contribuição do segurado empregado doméstico a seu serviço e a parcela a seu cargo, relativas à competência novembro, até o dia 20 de dezembro, juntamente com a contribuição referente ao 13º salário, utilizandose de um único documento de arrecadação (Lei 8.212/91, art. 30, §6º). 7 Recolhimento fora do prazo: juros e multa
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