View
215
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
LUCILA CRISTINA DE PAULA CARDOSO STRAUSS
NAVEGANDO NO MUNDO FANTÁSTICO DOS CONTOS
UENP – Campus Jacarezinho – PR
2010
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - D PPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
LUCILA CRISTINA DE PAULA CARDOSO STRAUSS
NAVEGANDO NO MUNDO FANTÁSTICO DOS CONTOS
Produção Didático-Pedagógica –
Unidade Didática apresentada ao
Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE, da Secretaria de
Estado da Educação do Paraná –
SEED.
Área do conhecimento: Língua
Portuguesa.
Orientador: Prof.ª Nerynei Meira
Carneiro Bellini.
UENP – Campus Jacarezinho – PR
2010
SUMÁRIO 1. FICHA CATALOGRÁFICA ..................................................................................................................4
2. APRESENTAÇÃO (TEMA, JUSTIFICATIVA, PÚBLICO ALVO, OBJETIVOS) ...................................6
3. PROCEDIMENTOS (ATIVIDADES, RECURSOS, TÉCNICAS, TEMPO, AVALIAÇÃO) .....................8
4. CONTEÚDOS DE ESTUDO (O QUE SERÁ EXPLORADO).............................................................10
ATIVIDADES PROPOSTAS .......................................................................................................................11
1. DETERMINAÇÃO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS:....................................................................11
LEMBRANDO E RECONHECENDO O GÊNERO CONTOS DE FADAS...................................................11
IDENTIFICANDO O GÊNERO CONTO DE FADAS ...................................................................................12
TEXTO A ....................................................................................................................................................12
TEXTO B ....................................................................................................................................................13
SABENDO A HISTÓRIA DOS CONTOS DE FADAS .................................................................................14
2. ATENDIMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS: ......................................................................15
A BELA ADORMECIDA ..............................................................................................................................15
O GATO DE BOTAS...................................................................................................................................16
CINDERELA ...............................................................................................................................................17
ANALISANDO DIFERENTES VERSÕES DE UM MESMO CONTO ..........................................................18
CHAPEUZINHO VERMELHO.....................................................................................................................19
CHAPEUZINHO VERMELHO.....................................................................................................................20
BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES...................................................................................................21
JOÃO E MARIA ..........................................................................................................................................23
RAPUNZEL.................................................................................................................................................24
O SOLDADINHO DE CHUMBO..................................................................................................................25
A MENINA DOS FÓSFOROS.....................................................................................................................26
3. RUPTURA DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS: ...............................................................................26
QUEM É MONTEIRO LOBATO?................................................................................................................27
QUEM É PEDRO BANDEIRA?...................................................................................................................29
4. QUESTIONAMENTO DO HORIZONTE DE EXPECTATIVAS:...............................................................29
CONSTRUINDO O SENTIDO DO TEXTO .................................................................................................30
ABRINDO O DEBATE ................................................................................................................................32
A LINGUAGEM DO TEXTO........................................................................................................................33
RELEMBRANDO A ESTRUTURA DO TEXTO...........................................................................................34
ESTUDANDO AS VOZES DO VERBO.......................................................................................................35
PRODUZINDO UM CONTO .......................................................................................................................36
PROPONDO A ESCRITA DE UM CONTO.................................................................................................37
PLANEJANDO SUA ESCRITA ...................................................................................................................37
REESCREVENDO SEU CONTO................................................................................................................37
ILUSTRANDO O CONTO ...........................................................................................................................38
5. ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES (DO USO DO PDP AOS PROFESSORES) .........................39
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................40
1. FICHA CATALOGRÁFICA
Título: Navegando no Mundo Fantástico dos Contos
Autor Lucila Cristina de Paula Cardoso Strauss
Escola de Atuação Colégio Estadual Heloísa Infante Martins Ribeiro – Ensino Fundamental e Médio
Município da escola Santo Antônio da Platina
Núcleo Regional de Educação Jacarezinho
Orientador Nerynei Meira Carneiro Bellini
Instituição de Ensino Superior UENP
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Língua Portuguesa
Produção Didático-Pedagógica
Unidade didática
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho).
Artes
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos de 5ª série do Ensino Fundamental
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Rua: Esmeraldas, 315
Povoado de Platina
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
A extensão desse projeto justifica-se porque busca minimizar um problema que é muito sério em nossa sociedade: o desinteresse pela leitura cujas conseqüências são a precária qualidade dos textos escritos pelos alunos e a desinformação. Esta proposta tem como foco de intervenção a 5ª série e objetiva contribuir com o enfrentamento das defasagens de aprendizagem. Ainda, intenta ajudá-los na superação das dificuldades de leitura e escrita, por meio das leituras literárias que satisfaçam suas necessidades, provoquem emoções, em suma, despertem o desejo do leitor. Nesta produção de unidade didática, a proposta é de um trabalho na perspectiva do gênero discursivo (conto),
contemplando os conteúdos curriculares básicos: leitura, linguagem oral e reflexão sobre a língua e produção de texto. Embasa-se em uma metodologia centrada no leitor, o método recepcional de ensino da literatura, que, segundo Bordini e Aguiar, enfatiza a comparação entre o familiar e o novo, entre o próximo e o distante no tempo e no espaço.
Palavras-chave
(3 a 5 palavras)
Oralidade, leitura, literatura infanto-juvenil e produção de textos.
2. APRESENTAÇÃO (tema, justificativa, público alvo, objetivos)
O trabalho com unidade didática é a elaboração que desenvolve um
tema, aprofundando-o de forma teórica e metodológica. Compreende um ou
mais conteúdos da disciplina/área em foco, desenvolvidos sob uma perspectiva
metodológica.
Para essa unidade didática foi selecionado o gênero contos, cujo tema é
o elemento fantástico no estímulo à leitura de contos.
Tal trabalho será realizado através dos contos, os quais por meio do
elemento ficcional visam à recriação da realidade – narrativas cheias de
encanto e que apresentam formas breves, concisas e sempre carregadas da
mais funda expressividade humana. Assim, trabalhar o elemento fantástico nos
contos, no contexto de Educação de Campo, certamente enriquecerá a cultura,
desenvolverá maior interesse pela leitura, ampliará o universo vocabular e
também permitirá a fantasia e a criatividade de cada um deles.
Na verdade, os contos, as lendas, as cantigas estão sendo esquecidos.
É preciso resgatar essa cultura que está praticamente desprezada. Devolver às
crianças, a cultura que delas foi tirada, é o mínimo que podemos fazer, antes
que fiquem marginalizadas. Os contos, ninguém pode negar, trazem a beleza e
a pureza da fantasia. Resgatar na escola histórias para serem contadas deve
estimular os alunos. Por que foi esquecida essa riqueza cultural? É preciso
resgatá-la para estabelecer uma oposição em relação à cultura que hoje opta
por desenhos violentos, por crime e maldade que a TV mostra. Através da TV,
a cultura da violência, os desenhos que alimentam a criminalidade, com
personagens cheios de requinte de crueldades toma o lugar do maravilhoso e
do belo expressos na literatura.
Por isso, imediatamente, é necessário desligar as TVs desses programas para
retomar o caminho perdido, buscando resgatar a cultura em nossa escola.
Mostrar essa fantasia através dos livros e do vídeo. Um dia quem sabe me
agradecerão. Talvez se sintam, também mais felizes por terem tido esta
chance e conhecido um novo universo: o mundo fantástico dos contos. Muitos
escreveram tesouros, hoje quase enterrados. Voltarei no tempo para serem
resgatados.
A proposta aqui apresentada contemplará alunos de quinta série do
ensino fundamental. Esta unidade didática tem como preocupação principal
despertar o senso crítico do educando e a sensibilidade estética por meio de
textos literários e da compreensão dos contos, levando-os a pensar a respeito
da realidade social, bem como refletir acerca da estrutura linguística superficial
do texto. O sentido dos textos será construído, levando em conta o contexto
sócio-político-cultural. Neste percurso, serão mobilizados fatores de coerência
do texto como conhecimento de mundo, conhecimento partilhado,
intertextualidade e operadores argumentativos.
3. PROCEDIMENTOS (atividades, recursos, técnicas, t empo, avaliação)
Esta unidade didática desenvolverá, portanto, o gênero discursivo conto.
Nele, o aluno terá oportunidade de desenvolver as habilidades de leitura: fazer
inferências levando em consideração o conhecimento prévio que tem sobre o
assunto; perceber os elementos que compõem a estrutura do conto, aplicando
procedimentos de leitura e escrita, utilizando contos variados.
Haverá momentos de debates, de reflexões sobre a obra lida,
possibilitando a ampliação dos horizontes de expectativas, além de ocasiões
em que o aluno contará histórias, fará relatos de experiências, proporcionando
a prática da oralidade. Serão realizadas leituras dos contos tradicionais, de
Monteiro Lobato e de Pedro Bandeira. Além disso, far-se-ão atividades
envolvendo releituras de alguns contos de fadas a fim de identificar pontos de
semelhanças e diferenças com as obras contemporâneas. Ocorrerá a
encenação de um conto selecionado, bem como atividades artísticas
relacionadas com as histórias contadas. Acrescento, ainda, os recursos a
serem utilizados como textos impressos, livros de contos, TV multimídia,
ilustrações e dicionário.
Conto é um gênero discursivo com valor literário para os alunos, pois há
histórias que ensinam a crescer e a pensar, também pode ser veículos de
transmissão de valores como responsabilidade, atenção, convivência, respeito
e honestidade. Por meio dele, os alunos poderão reconhecer ensinamentos e
lições de moral, refletindo sobre o bem e o mal. Assim, o estudo do conto
ocorrerá em um contexto significativo, o que possibilitará que os alunos
desenvolvam a leitura e a escrita de textos com intenção de ensinar,
aconselhar, convencer, divertir ou criticar.
E, para concluir a produção final, num processo democrático, escolherão
uma única história para ser reescrita e contada numa nova versão. Para mais
tarde, então, ser publicada.
A unidade didática será desenvolvida durante o período de agosto a
novembro deste ano letivo, no máximo 32 aulas.
A avaliação será contínua e ocorrerá através da observação direta das
respostas dadas pelos alunos as questões propostas, bem como de sua
participação no desenvolvimento das atividades e envolvimento dos mesmos.
Espera-se que desenvolvam a compreensão textual e a sua capacidade de
produção, passando a ter um olhar crítico acerca dos textos literários que os
cercam. Será possível, estender, ainda, esse conhecimento, selecionando
aquilo que ouve, vê e lê, tornando-se um cidadão consciente, capaz de
interferir no meio que vive.
4. CONTEÚDOS DE ESTUDO ( O que será explorado)
Como se pode observar, a literatura constitui-se um componente
curricular fundamental para formação dos leitores. Neste sentido, será
proposto, a seguir, uma metodologia centrada no leitor, fazendo uso do método
recepcional, que segundo Jauss amplia o horizonte de expectativas do leitor.
Deve-se partir da recepção dos alunos para depois ouvi-los, aprofundar
a leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos.
O corpo desse trabalho constituirá na utilização de livros infanto-juvenis
cuja temática seja o mágico. Essas obras literárias mostrarão que o mágico
não será apenas um mero recurso narrativo, mas um elemento importante na
composição estética da obra e, além disso, um fantástico que amplia a
compreensão das relações humanas. Bordini e Aguiar sugerem cinco etapas
para serem aplicadas em sala de aula:
1. Determinação do horizonte de expectativas;
2. Atendimento do horizonte de expectativas;
3. Ruptura do horizonte de expectativas;
4. Questionamento do horizonte de expectativas;
5. Ampliação do horizonte de expectativas.
Nesse processo de interação leitor/ texto é fundamental a figura do leitor.
Ele é visto como co-participante na produção de sentido do texto; na medida
em que leva para a obra lida suas expectativas, suas experiências. O leitor,
ainda, elabora hipóteses, contestando ou reafirmando idéias e, por sua vez,
constrói um sentido para o texto. Para tal desenvolvimento, será utilizado o
gênero literário conto, por seu caráter lúdico contribui positivamente para a
aprendizagem e o desenvolvimento da leitura. Essa narrativa, além de criar,
motivação, estimulará o aspecto psicológico e intelectual, abrindo a mente dos
alunos para novas aprendizagens, permitindo-lhes que a imaginação tome
conta durante as leituras. Então, o conto atende a atenção primordial deste
trabalho que é o de estimular a leitura do texto literário pelo prazer estético que
o mesmo possibilita e, consequentemente, por seu caráter humanizador. Além
disso, o conto satisfaz a necessidade de fantasia do ser humano.
ATIVIDADES PROPOSTAS
1. Determinação do horizonte de expectativas:
Nesse momento, faz-se necessário buscar os conhecimentos prévios dos
alunos. Para facilitar a interação, os discentes serão organizados em círculos e,
logo depois, alguns questionamentos, oralmente, com relação as suas experiências
e preferências a respeito do gênero contos de fadas. Em seguida, será realizada a
investigação do que os alunos já sabem sobre o conto já vai ser iniciada.
1) Vocês gostam de ler que tipos de textos?
2) Vocês apresentam alguma dificuldade para ler e compreender algum texto?
3) Vocês sabem o que é um conto de fadas?
4) Na sua infância você teve oportunidade de ouvir ou ler alguns contos de fadas?
5) O que sentia ao ouvir ou ler essas histórias?
6) Quais contos de fadas foram mais marcantes em sua vida?
Após essa contextualização, será proporcionado aos alunos mais
possibilidades de expressão oral com intuito de relembrar os contos que conhecem.
LEMBRANDO E RECONHECENDO O GÊNERO CONTOS DE FADAS
Nesta etapa do trabalho serão lançadas perguntas aos alunos sobre
componentes de diversos contos de fadas, a fim de verificar o conhecimento prévio
desse gênero.
1) Com certeza você já leu e ouviu muitos contos de fadas. Tente lembrar de algumas
histórias.
a) Quem levou uma cesta de doces para vovó?
b) Quem comeu uma maçã envenenada e só acordou com o beijo do príncipe?
2)Vocês se lembram de algum conto para recontar aos seus colegas?
3) Normalmente, do que se tratam os contos de fadas?
4) Que tipos de personagens sempre aparecem em contos de fadas?
5) Como geralmente termina a história?
Ao verificar os conhecimentos prévios acerca do gênero, também será
observada a participação de todos; se tiveram contato com o gênero; as dificuldades
e facilidades dos alunos para expressarem oralmente. Em seguida, ocorrerá a leitura
de gêneros textuais diferentes que será explorada para identificar, finalmente, as
características presentes nos contos de fadas.
IDENTIFICANDO O GÊNERO CONTO DE FADAS
Lendo os textos, a seguir, perceber-se-á aquele que se assemelha a um conto
de fadas.
TEXTO A A Lua vai ao dentista
“Anoiteceu. Apareceu no céu uma lua de cara inchada. O galo saiu para o
meio do quintal e cantou:
__ Co-ró-có-có, boa-noite, Dona lua !”
Érico Veríssimo
TEXTO B O Patinho Feio
“O patinho viu o reflexo e descobriu que ele também era um cisne! Então,
resolveu juntar-se àqueles lindos e majestosos cisnes e viveu feliz para sempre.”
Hans Christian Andersen
Como se percebe, nos contos de fadas, algumas características são
recorrentes, determinando uma organização e um estilo próprios para esse
gênero.
* Inicia-se pela expressão “Era uma vez” ou “Há muito tempo”, indicando que a
história aconteceu num tempo indefinido.
* Presença de seres ou objetos mágicos.
* Fazem uso de magia e encantamentos.
* Ensinam valores como a honestidade, a solidariedade e a esperteza.
* O herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de triunfar contra
o mal.
* Divididos entre o bem e o mal, representados por príncipes, fadas e também
monstros, lobos, madrastas e bruxas apavorantes.
* A solução normalmente é encontrada nessas histórias e, quase sempre, levada
a um final feliz.
* Apresentam-se os elementos característicos da narrativa: seqüência de fatos,
Personagens, narrador, tempo e espaço.
* Privilegia-se o diálogo.
* Possui uma linguagem objetiva, clara e concisa.
Após fortalecer a conversa sobre a estrutura, elementos e a escolha da linguagem
utilizados para envolver o leitor na trama, ocorrerá o momento de esclarecer e
contar a história dos contos de fadas.
SABENDO A HISTÓRIA DOS CONTOS DE FADAS
Mas de onde vieram tantas dessas histórias que nossos pais nos contavam antes
de dormir e que um dia vocês poderão contar aos seus filhos?
Uma boa parte desses maravilhosos contos de fadas, vem de um país chamado
Alemanha.
O conto de fadas é uma narrativa curta em que aparecem serem encantados e
elementos mágicos pertencentes a um mundo imaginário, fantástico. São histórias
muito antigas. No início de sua existência eram transmitidos de boca em boca:
quem ouvia uma história, memorizava e contava para outras pessoas, que faziam
o mesmo.
Assim, fazem parte da herança cultural conhecida como tradição oral. Um modo
de conservar conhecimentos e transmiti-los de uma geração a outra pelas
conversas, histórias, enfim, sem registros escritos. Esses contos foram mudando
ao longo do tempo. As pessoas, ao recontarem uma história, modificam-na. Os
contadores adaptam as histórias, são influenciados por seu tempo e lugar onde
vivem.
Assim, as histórias sofrem mudanças, porque incorporam os modos de vida e de
pensar das diversas épocas e regiões por onde circularam e circulam.
Depois da invenção da imprensa (século XVI), estudiosos acharam importante
registrar essas histórias em livros para que não fossem esquecidas.
Da versão original de Perrault até as versões de Walt Disney, ilustrações e trechos
foram modificados, mas muitos elementos permanecem, o que se faz perceber
que se trata dos mesmos contos.
2. Atendimento do horizonte de expectativas:
É a etapa em que o aluno terá o maior contato com os contos de fadas de
Charles Perrault, Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen.
Neste primeiro momento será proposta aos alunos a leitura dos contos de
fadas selecionados: A Bela Adormecida, O Gato de Botas, Cinderela e
Chapeuzinho Vermelho, correspondente à versão de Charles Perrault. É
necessário contar as histórias de forma mais criativa possível, transmitindo com
expressividade as emoções do conto.
Após cada leitura, os alunos receberão ilustrações correspondentes a cada
conto lido podendo, assim, desenvolver suas habilidades artísticas e, também,
diversificar um pouco as atividades propostas. Além disso, os alunos criarão uma
frase significativa a partir da narrativa, logo após ouvir e discutir sobre a história
contada ou lida. Nesse momento, será preservada a espontaneidade do aluno na
formulação da frase e respeitará o que mais chamará a sua atenção, despertando
seu interesse.
Charles Perrault , um francês nascido em 1628, foi uma das pessoas que
considerou interessante as narrativas orais e, portanto, coligiu-as e publicou em
seu livro: Contos da mamãe gansa, que traz algumas das histórias que eram
passadas de boca em boca naquela época, como A Bela Adormecida no bosque,
O Gato de Botas, Cinderela, Chapeuzinho Vermelho, O Pequeno Polegar. Foi ele
que estabeleceu as bases para os contos de fadas como gênero literário, e por
isso foi chamado de Pai da Literatura Infantil.
A BELA ADORMECIDA
Era uma vez um rei e uma rainha que esperaram muito tempo para ter um
filho. Quando enfim a rainha deu à luz a uma menina, eles ficaram tão contentes
que organizaram uma grande festa para celebrar o batizado do bebê.
O rei e a rainha convidaram as sete fadas do reino, e todas levaram
presentes muito especiais para a menina... (PERRAULT, 2008a).
Figura 1: Bela Adormecida. Fonte: Dia-a-Dia Educação, 2011a.
Algumas considerações serão propostas para que comentem oralmente e
façam uma breve análise do conto. Espera-se que os alunos sejam capazes de
refletir sobre o mesmo.
1) Quais são algumas de suas personagens?
2) Na história aparece algum objeto ou ser mágico?
3) Qual personagem atrapalha a vida da heroína?
4) Neste conto o bem vence o mal, você acha que na vida real é sempre assim?
O GATO DE BOTAS
Era uma vez um pobre moleiro que tinha três filhos. Quando ele morreu,
deixou para o filho mais velho o moinho, para o do meio, o burro, e ao mais novo
coube apenas o gato. O pobre rapaz pensou em voz alta:
_ O que é que eu vou fazer com um gato?
Para sua surpresa, o gato respondeu:
_ Dê-me um par de botas e um saco e eu o transformarei no mais bem
aventurado dos três irmãos... (PERRAULT, 2009).
Figura 2: Gato de botas. Fonte: Dia-a-Dia Educação, 2011b.
Após a realização da leitura do conto O Gato de Botas, serão discutidos
alguns pontos abordados no conto.
1) Existe no texto um narrador? Ele participa dos fatos narrados ou apenas
conta?
2) Há alguma personagem com quem você mais se identificou?
3) Qual a parte da história achou mais envolvente? Por quê?
CINDERELA
Era uma vez um fidalgo que tinha uma esposa e uma filha muito meigas.
Mas ele ficou viúvo e se casou com uma mulher horrível. Essa mulher tinha duas
filhas que eram tão malvadas quanto feias.
Elas tratavam muito mal a filha do fidalgo e a chamavam de Cinderela,
porque a coitada sempre limpava as cinzas da lareira.
Um dia, o filho do rei convidou o fidalgo e sua família para um grande baile
no palácio...(PERRAULT, 2008b).
Logo após terminar a leitura, será solicitado aos alunos que exponham suas
idéias, suscitando neles seus conhecimentos e impressões do texto. Assim,
através das seguintes questões:
1) O que vocês acham desse conto?
2) Cinderela conseguiu realizar seus sonhos?
3) E você tem algum sonho? Qual?
4) Ainda hoje os contos de fadas encantam e divertem. Você acha que estão
ultrapassados ou têm algo a dizer nos dias atuais? O quê? A quem?
Como vimos, os contos de fadas são textos muito antigos que foram
contados de boca em boca, reescritos e lidos pelo mundo inteiro. A permanência
dessas histórias por tantos séculos acontece porque ensinam valores que são
fundamentais para a sobrevivência.
Veremos, assim, que um mesmo conto pode apresentar diferentes versões
adaptadas de acordo com os ouvintes/leitores, com a época em que são escritas e
com a intenção que se quer dela.
Explicar aos alunos que os contos estão em todas as sociedades;
ultrapassam fronteiras, épocas, e, por onde passam, sofrem adaptações e
ganham marcas da cultura de cada povo.
ANALISANDO DIFERENTES VERSÕES DE UM MESMO CONTO
O aluno já deve conhecer a história de Chapeuzinho Vermelho, então serão
apresentadas duas versões desse conto estabelecendo comparações entre
possíveis semelhanças e diferenças.
As atividades iniciarão com questionamento a respeito da obra que será
lida, isto é, o que sabem sobre ela, o que esperam encontrar nessa primeira
versão e o que julgarem necessário no decorrer da conversa.
Após a conversação, os alunos serão organizados em círculo para facilitar
a interação. Iniciando, assim, a leitura do conto Chapeuzinho Vermelho na versão
de Charles Perrault.
CHAPEUZINHO VERMELHO
Era uma vez uma garotinha de um vilarejo, a mais bonita que se pode
imaginar: a mãe a adorava, e a avó a adorava mais ainda. Essa boa senhora tinha
mandado fazer para ela um pequeno capuz vermelho que lhe caía tão bem que
todo mundo a chamava de Chapeuzinho Vermelho.
Um dia, a mãe preparou uns bolinhos e lhe disse:
“Vá ver como a vovó está passando, pois me contaram que ela estava
doente. Leve para ela um bolinho e este potinho de manteiga.”
Chapeuzinho Vermelho seguiu....(PERRAULT, 2007).
Figura 3: Chapeuzinho vermelho. Fonte: Dia-a-Dia Educação, 2011c.
Logo após a leitura, deve-se solicitar aos alunos que comentem livremente.
Quando perceber que já fizeram os comentários de quase tudo que gostariam,
serão chamados à atenção sobre a observação de determinados detalhes como a
descrição das personagens, o cenário, a ação e o diálogo que ocorrem entre as
personagens, para finalmente compará-los com outra versão.
Neste momento será apresentada a versão dos Irmãos Grimm para
estabelecer a comparação.
CHAPEUZINHO VERMELHO
Era uma vez, numa pequena cidade às margens da floresta, uma menina
de olhos negros e louros cabelos cacheados, tão graciosa quanto valiosa.
Um dia, com um retalho de tecido vermelho, sua mãe costurou para ela
uma curta capa com capuz; Texto retirado do site
[http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=1]
Assim que terminar a leitura é importante debater os motivos das diferenças
num mesmo conto e ao mesmo tempo, fazendo um levantamento de possíveis
hipóteses para essas mudanças. Espera-se que percebam as diferenças
existentes entre as duas versões. Agora, é necessária a leitura silenciosa das
duas versões e, em seguida, propor algumas questões que os ajudem a conhecer
os contos:
1) Quais são os personagens principais?
2) O que acontece na história?
3) Em que tempo e lugar se passa a história?
4) Compare as versões, destacando as semelhanças e as diferenças
(personagens, ambiente, enredo, complicação, desfecho).
Podemos observar que na versão dos Irmãos Grimm, a descrição das
personagens é mais elaborada, há mais diálogos e o final da história se apresenta
bem diferente. Depois dessa análise, também, serão questionados os pontos mais
relevantes quanto às versões apresentadas.
1) Como o autor descreve a menina no início da história? A descrição é diferente
da versão contada por Perrault?
2) Quanto ao ambiente onde se passa a história, ambas as versões são
semelhantes? Comente.
3) Quando o lobo encontra Chapeuzinho e ela lhe dá informações, você acha
que ela agiu bem? Por quê?
4) A primeira versão tem um fim trágico e uma moral. Explique o que entendeu
dessa moral.
5) Chapeuzinho Vermelho, na versão dos Irmãos Grimm, recebe uma
recompensa no desfecho. Quem tem um fim trágico?
6) Há uma moral presente na narrativa dos Irmãos Grimm: “Não pare para
conversar com ninguém, e vá em frente pelo seu caminho”. Explique.
Agora é o momento da leitura dos contos Branca de Neve, João e Maria e
Rapunzel, dos Irmãos Grimm. Antes de iniciar a leitura, serão apresentadas aos
alunos algumas informações consideradas importantes sobre o autor. Depois
dessa etapa, realizaremos, então, a leitura dos contos.
Jacob e Wilhelam Grimm, os Irmãos Grimm , nasceram na Alemanha, e se
interessavam muito pelos costumes da sua terra, por isso, resolveram registrar por
escrito contos que eram muito conhecidos em seu país e conservados pela
tradição oral. Recolheram uma enormidade de contos e de lendas populares, que,
depois de publicados ficaram conhecidos como Contos de Grimm.
Os primeiros contos recolhidos foram publicados em 1812, a obra chamava-se
Histórias das crianças e do lar. Além das obras citadas acima, de Charles Perrault,
outras narrativas, também, são registradas por eles, como O lobo e os sete
cabritinhos, Joãozinho e Mariazinha, Rapunzel, Branca de Neve etc.
As obras publicadas pelos Irmãos Grimm espalharam-se logo pelo mundo,
ganharam outras versões e encantaram pessoas de diversas línguas e culturas.
BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES
Certa manhã, uma rainha costurava sentada perto de sua janela. Era
inverno e estava nevando. De repente, ela furou seu dedo com a agulha enquanto
distraiu-se olhando os flocos de neve. Duas gotas de sangue caíram na neve que
cobria o beiral de ébano da janela.
_ Oh! Como isso é bonito! Quem me dera ter uma filha branca como a
neve, corada como o sangue e com os cabelos negros como o ébano! _ Ela
suspirou.
Um ano depois, ela teve uma filha.
_ Puxa! Como ela é linda! _ Exclamaram as damas que serviam à rainha.
_ Ela irá chamar-se de Branca de Neve _ disse o rei sorridente.
Porém, a alegria do rei não durou muito, pois a rainha morreu pouco tempo
depois.
Após algum tempo, o rei casou-se novamente, pois queria que sua filha
sentisse o amor de uma mãe...(GRIMM, 2009a).
Figura 4: Branca de neve. Fonte: Dia-a-Dia Educação, 2011d.
Em seguida, a classe será dividida em pequenos grupos e serão lançadas
questões para aquecer a conversa sobre a narrativa.
1) Vocês gostaram do texto? Por quê?
2) O título é adequado?
3) Alguém já viveu alguma situação parecida como a da personagem Branca
de Neve?
4) Isso acontece apenas em ficção?
JOÃO E MARIA
Era uma vez um lenhador que morava com sua segunda esposa em uma
pequena casa às margens de uma floresta. Ele tinha dois filhos: um menino
chamado João e uma menina chamada Maria. Eles eram muito pobres e mal
podiam comprar alimento suficiente para todos. Para piorar ainda mais a situação,
a terra onde viviam tinha sido atingida pela fome.
A cada dia que passava, a fome ia aumentando. Certa manhã, a mulher do
lenhador lhe disse que não havia mais dinheiro para comprar comida para todos.
Ela sugeriu que ele abandonasse as crianças na floresta. O lenhador ficou pasmo
ao ouvir aquilo e recusou de modo firme. _Jamais! Os animais selvagens os farão
em pedaços! _ ele disse. Mas sua mulher insistiu e o lenhador por fim concordou,
mesmo relutante.
Maria estava sentada no quarto ao lado e ouviu a conversa de seu pai com
a madrasta...(GRIMM, 2009b).
Figura 5: João e Maria. Fonte: Dia-a-Dia Educação, 2011e.
Terminada a leitura, os alunos serão questionados a respeito do conto João
e Maria. Assim:
1) Vocês acham que o pai e a madrasta de João e Maria agiram corretamente
com eles? Por quê?
2) O problema que eles estavam passando, a fome, poderia ser resolvido de
outra forma? Como?
3) O que retrata neste conto é muito comum nas famílias brasileiras. Você
conheceu alguma família vivendo esta situação? O que poderíamos fazer
para podermos ajudar?
4) Quanto à confiança em estranhos, João e Maria foram muito inocentes.
Vocês concordam? Qual a atitude eles deveriam ter tomado no primeiro
momento que encontraram com a velha?
5) O que vocês acham do desfecho da história?
RAPUNZEL
Era uma vez um casal que tinha o azar de ser vizinho de uma bruxa. Esse
casal queria muito ter um filho, e finalmente estava prestes a realizar seu desejo.
Um dia a mulher falou para o marido que estava com vontade de comer
rapôncio, uma planta que a bruxa tinha no quintal. Ele colheu um pouco e a
mulher comeu com gosto. No outro dia voltou para colher mais. E no terceiro... a
bruxa o pegou!
“Por que você está roubando meu rapôncio?” O homem explicou que sua
mulher estava com desejo de comer a planta. “Tudo bem”, a bruxa falou. “Mas
quero que você me dê o bebê que ela vai ter... (GRIMM, 2011).
Como tem sido feito anteriormente, após a leitura faremos um momento de
análise e questionamento sobre o conto Rapunzel.
1) Qual personagem atrapalha a vida da heroína?
2) Qual a parte da história que achou mais envolvente? Por quê?
3) A heroína mereceu a recompensa no desfecho? Qual sua opinião?
4) Vocês dariam um desfecho diferente? Qual?
Neste momento será apresentado o autor dos contos selecionados O
Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo e A Menina dos Fósforos.
Hans Christian Andersen era filho de um sapateiro e sua família morava num
único quarto. Apesar das dificuldades, ele aprendeu a ler desde muito cedo e
adorava ouvir histórias. Sua infância pobre deu-lhe a chance de conhecer os
contrastes de sua sociedade, o que influenciou bastante as histórias infantis e
adultas que viria a escrever. Apesar de ter escrito romances adultos, livros de
poesia e relatos de viagens, foram os contos infantis que tornaram Andersen
famoso.
Em suas histórias, buscava sempre passar padrões de comportamento que
deveriam ser adotados pela sociedade, mostrando inclusive os confrontos entre
poderosos e desprotegidos, fortes e fracos. Ele buscava demonstrar que todos os
homens deveriam ter direitos iguais.
Graças à sua contribuição para a literatura, infância e adolescência, a data de seu
nascimento, 2 de abril, é hoje o dia Internacional do livro Infanto-Juvenil. A
propósito, o mais importante prêmio internacional do gênero leva seu nome.
Entre os títulos mais divulgados da obra de Andersen encontram-se: ”O patinho
feio”, “O soldadinho de chumbo”, ”A roupa nova do Imperador”, ”A pequena sereia”
e “A Menina dos Fósforos”. São textos que fazem parte do imaginário da maioria
das crianças do mundo desde sua publicação até a sua atualidade, tendo sido
adaptados para o cinema, o teatro, a televisão, o desenho animado, etc.
(EDUCAÇÃO, 2011).
Em seguida, realizaremos a leitura do conto:
O SOLDADINHO DE CHUMBO
Era uma vez um soldadinho de chumbo que estava esquecido entre
bonecas e trenzinhos de madeira. Um dia, um senhor o levou de presente, junto
com outros brinquedos, para seu filho.
Quando o presente foi desembrulhado, o soldadinho...(ANDERSEN,
2009a).
Vamos analisar e refletir!
1) O narrador participa da história como protagonista? Ou somente tem função
narrativa?
2) Que personagens, além do Soldadinho, fariam parte dessa narrativa?
3) No final o protagonista é recompensado e o vilão é castigado?
4) A vida é sempre maravilhosa, perfeita, como nos contos de fadas? Dê sua
opinião.
A MENINA DOS FÓSFOROS
Era uma vez, numa grande cidade, uma linda menina, muito pobre, que
ganhava a vida vendendo caixas de fósforos para ajudar o pai. Numa noite,
véspera de Natal, com a neve caindo abundante, a pequena vendedora vagava
pelas ruas afundando nela, seus pés...(ANDERSEN, 2009b).
Analisando e refletindo:
1) Qual seria o objetivo do autor ao escrever esse conto? Justifique.
2) Vocês acham que houve solidariedade em relação à menina. Explique.
3) Vocês dariam outro final a historia? Por quê?
3. Ruptura do horizonte de expectativas:
Neste momento serão adotados textos e atividades de leitura que
surpreendam as certezas dos alunos. Para que haja a ruptura, é importante,
trabalhar com obras que partam das experiências de leitura dos mesmos, façam
com que se distanciem do senso comum em que se encontravam e tenham seu
horizonte de expectativas ampliado e, consequentemente, o entendimento da obra
literária.
Para romper o horizonte de expectativas, será realizada a leitura dos contos
de Monteiro Lobato e de Pedro Bandeira. Além disso, propor-se-ão outras
atividades envolvendo releituras de alguns contos de fadas nas práticas dos
intervalos a fim de identificar pontos de semelhanças e diferenças com as obras
contemporâneas.
Depois, será o momento da motivação, quando o aluno vai ser preparado
para a leitura, havendo trocas de informações, realizando a observação da
estrutura e da temática do texto. Após a realização desta etapa, os alunos
receberão informações básicas sobre o autor, ligadas à obra a ser lida e uma
breve apresentação da obra.
Figura 6: Reinações de Narizinho. Fonte: Dia-a-Dia Educação, 2011f.
Quem é Monteiro Lobato?
José Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, estado de São Paulo, em
1882, e morreu em 1948 na capital. Foi contista, empresário nos setores editorial
e petrolífero. Com livros engraçados e inteligentes, dedicados às crianças,
renovou a literatura infantil brasileira. Tornou-se escritor, criando o Sítio do
Picapau Amarelo. Cansado de fábulas importadas, ambientadas na Europa e
traduzidas para o português, Monteiro Lobato imaginou um cenário especial e
bem brasileiro para seus personagens. E, para conquistar os leitores, contou
histórias de maneira simples e direta, fáceis de compreender.
Como nossa língua está em constante mudança, certas palavras que utilizou
deixaram de ser usadas com o passar do tempo. Mas todas elas continuam
mantidas, tal qual ele escreveu em seus livros. Quando não entender algumas
delas, pegue um dicionário e faça uma pesquisa como, aliás, o próprio Lobato
fazia. Ele preocupava-se tanto com o uso correto das palavras que leu um
dicionário inteirinho, anotando o que ia descobrindo para utilizar depois em seus
livros.
Monteiro Lobato respeitava a inteligência das crianças e dos jovens. No Sítio do
Picapau Amarelo toda a turma tem vez e tem voz. Os netos de Dona Benta são
sempre ouvidos com carinho, convivendo com os adultos de igual para igual.
Comum nos dias de hoje, essa atitude era impensável na época de Lobato.
Entre as obras mais divulgadas encontram-se: Urupês, A menina do narizinho
arrebitado, Jeca Tatuzinho, As reinações de narizinho.
São histórias que divertem e atiçam a curiosidade. As aventuras saídas da
imaginação desse autor, que deu vida e voz à boneca de pano mais atrevida, do
universo fizeram Monteiro lobato o mais importante autor infantojuvenil brasileiro.
(LOBATO, 2007).
Após ter realizado esta etapa, vem, consequentemente, a apresentação da
obra Reinações de Narizinho, onde estão reunidas histórias escritas por Monteiro
Lobato que dão continuidade à saga do Sítio do Picapau Amarelo. Emília,
Pedrinho e Narizinho recebem a visita de Cinderela, Branca de Neve e Alice, além
do Pequeno Polegar e outros personagens vindos do País das Maravilhas. Um a
um, vão chegando para brincar com Pedrinho e Narizinho.
O quintal do Sítio fica lotado de reis, princesas, anões e bruxas, em uma
divertida confusão das personagens dos contos de fadas misturadas às pessoas
de carne e osso. Naquele espaço mágico, o sonho vira realidade e desaparecem
as fronteiras com o mundo faz de conta.
Será realizada também a leitura, em duplas, do conto de Tia Nastácia, onde
há recriação do conto “João e Maria”.
Finalmente, a leitura, em duplas, da obra literária ”O fantástico mistério de
Feiurinha”, de Pedro Bandeira.
Figura 7: Visconde. Fonte: Dia-a-Dia Educação, 2011g.
Quem é Pedro Bandeira?
Nasceu em Santos em 1942. Cursou Ciências Sociais e desenvolveu diversas
atividades, do teatro à publicidade e ao jornalismo. A partir de 1972, começou a
publicar pequenas histórias para crianças em publicações de banca, até desde
1983, passar a dedicar-se totalmente à literatura para crianças e adolescentes.
O fantástico mistério de Feiurinha foi lançado em 1986, recebendo o Prêmio Jabuti
daquele ano. Desde pequeno, os contos de fada sempre tiveram enorme
presença no imaginário de Pedro Bandeira, de modo que criar Feiurinha e, ao
mesmo tempo, prestar uma homenagem a todas as fantásticas heroínas como
Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Cinderela e Rapunzel, foi para ele um
grande prazer e uma grande honra.
Além dessa obra ele escreveu: É proibido miar, As cores de Laurinha, O mistério
da fábrica de livros. O primeiro amor de Laurinha, Minha primeira paixão e outras.
Pedro Bandeira é um dos principais escritores brasileiros de literatura infanto-
juvenil e um dos autores mais vendidos no Brasil. Escreve sempre com muito
humor e se preocupa em despertar o senso crítico de seus leitores. Na obra
focalizada, o autor dá continuidade aos finais felizes dos contos de fadas,
mostrando como se comportariam os casais de uma forma bem humorada.
(BANDEIRA, 2009).
Depois de apresentar autores e obras, serão entregues fotocópias dos
textos a serem trabalhados pouco a pouco, para que a leitura seja feita
individualmente.
Será o momento de acompanhar a leitura, mas sem policiamento a fim de
ajudá-los em suas dificuldades com o vocabulário, ritmo de leitura, interação com
o texto e estrutura composicional.
Conforme o tamanho do texto haverá aplicação de intervalos, bem como a
leitura de texto curto em sala de aula e leitura de texto extenso (extraclasse).
4. Questionamento do horizonte de expectativas:
Finalizada a leitura, vem a interpretação, momento da construção do
sentido do texto por meio de inferências. Quando há a interpretação interior e a
interpretação exterior, o aluno terá oportunidade de começar a decifrar a obra até
chegar à concretização da interpretação como ato de construção do sentido.
Alguns pareceres serão fornecidos como leitura das palavras, páginas, capítulos,
para que auxiliem na compreensão global da obra, fazendo uma reflexão acerca
da perenidade dos contos de fadas de forma inovadora, bem como da tradição
oral dos contadores de histórias. Deve-se questionar, também, o desfecho
clássico dessas narrativas, que, geralmente, significa a perda do sentido de
aventura de vida.
Cumprida essa parte, realiza-se, então, o compartilhamento das
interpretações dos alunos, retomando suas hipóteses iniciais para comprová-las
ou contestá-las. É aí que as impressões iniciais e as que foram amadurecidas no
decorrer do processo são relembradas e discutidas, de uma maneira que possam
ser aproveitadas nas considerações finais sobre as obras lidas.
Os discentes serão questionados de forma a refletirem sobre as ideologias
emanadas nos textos e capacitados de pensarem criticamente sobre as questões
levantadas.
CONSTRUINDO O SENTIDO DO TEXTO
Relembrando e comparando o conto “João e Maria ” dos Irmãos Grimm e
de Monteiro Lobato.
1) Comparando os dois textos lidos, assinale a alternativa que melhor os
definam.
( ) A história narrada é a mesma.
( ) Há mudança com relação à atitude das personagens.
( ) A forma de organização de cada texto é diferente, embora tenham o
mesmo tema.
2) Vocês devem ter percebido que, na versão de Lobato, houve modificações
Como disse Narizinho, não havia alguns personagens. Quais são eles?
...........................................................................................................................
3) Comparado com a história original, o que há de diferente no desfecho final
da história de tia Nastácia?
...........................................................................................................................
4) Monteiro Lobato alterou o conteúdo em muitos trechos. Qual parágrafo pode
comprovar isso?
............................................................................................................................
..........................................................................................................................
5) Nessa história vimos uma narrativa repleta de acontecimentos, solte, então,
a imaginação e escreva a sua própria narração, a partir do conto lido. E,
depois, ilustre, sua produção literária.
Analisando o capítulo zero e meio de O fantástico mistério de Feiurinha, do
escritor Pedro Bandeira.
1) Por que o título do texto dá uma idéia de que a história terá um conteúdo
humorístico?
.........................................................................................................................
2) No primeiro parágrafo, não é dito diretamente que a senhora de cabelos ne-
gros está ficando velha, mas é possível concluir isso. Transcreva a frase que
leva essa conclusão.
..........................................................................................................................
..........................................................................................................................
3) O autor utiliza elementos dos contos de fadas originais e altera-os, criando
situações de humor.
a) O que o terceiro parágrafo contém da história original da Branca de Neve?
.................................................................................................................
b) Fazendo comparação com a história original, o que tem de diferente no
terceiro parágrafo dessa narrativa?
.......................................................................................................................
.......................................................................................................................
4) Relendo o 4º parágrafo, você perceberá que as personagens são as mesmas
dos contos de fadas, mas vivem uma vida normal. Identifique dois trechos
que comprovam essa afirmação.
............................................................................................................................
............................................................................................................................
5) Releia esta passagem do texto:
“__ Minha amiga Branca! Por que tem esses olhos tão grandes?
__ Ora deixa de besteira. Chapéu!”
No conto de fadas Chapeuzinho Vermelho, a quem Chapeuzinho faz a
pergunta?
..........................................................................................................................
6) O que aconteceu com Branca de neve na história original que a levou a
detestar maçã?
............................................................................................................................
7) Qual era a fofoca entre Chapéu e Branca?
...........................................................................................................................
8) O que imaginavam ter acontecido com Feiurinha?
............................................................................................................................
Nesta fase, os alunos terão o direito de discordar das histórias, contrapondo
seus pontos de vista e argumentando.
ABRINDO O DEBATE
1) Essas histórias trouxeram alguma contribuição para a sua vida? Dê sua
opinião.
2) Há madrastas em quase todos os contos de fadas, sempre elas são más.
Vocês acham que na realidade, a maioria das madrastas é como nessas
histórias?
3) Em um mundo como o nosso, vocês acreditam que a vida real se assemelha
com as histórias, ou seja, sempre tem um final feliz? Qual sua opinião sobre
esse assunto?
Após realizar esta etapa, os alunos serão motivados a ouvir a música João
e Maria, interpretada por Chico Buarque.
A LINGUAGEM DO TEXTO
1) No 1º parágrafo, aparecem três comparações. Observe.
“[...] uma senhora de cabelos negros como o ébano , onde já começavam a
aparecer alguns fios brancos como a neve , bem da cor da pele dela, e
também era branca como a neve .”
Faça comparações para as características abaixo:
frio como...........................................
azul como.........................................
quente como....................................
2) Observe:
“__ Alteza, a Senhorita Vermelho acaba de chegar ao castelo e pede...
__ Chapeuzinho?! __ interrompeu Dona Branca”.
a) Com que finalidade foram utilizadas as reticências ?
..................................................................................
b) Como você imagina a frase completa?
..................................................................................
3) Reescreva, substituindo as palavras em destaque por outras que tenham
significado equivalente:
a) Depois que discutiu com o marido, Feiurinha sumiu.
.....................................................................................
b) Chapeuzinho ficou solteirona e encalhada ao lado de uma velha cada vez
mais caduca.
.......................................................................................................................
4) Identifique se a palavra aí indica tempo ou lugar:
. A princesa Feiurinha sumiu e aí começou um grande mistério.
...................................................................................................
Depois de realizarem as atividades relacionadas às obras literárias de
Monteiro Lobato e de Pedro Bandeira, será o momento da exibição do filme “O
fantástico mistério de Feiurinha,” para desenvolver uma atividade de interpretação.
Em seguida, será proposta aos alunos uma transformação do capítulo zero e meio
em uma pequena peça de teatro. A turma formará grupos de quatro alunos. Cada
grupo com duas meninas (Branca de Neve e Chapeuzinho Vermelho) e dois
meninos (Caio e o narrador), que irão ler, durante a encenação, os trechos não
dialogados). Os grupos se reunirão para preparar e estudar o texto e distribuir os
papéis e ensaiar. Será determinada a data para as apresentações. A turma
poderá eleger a melhor encenação.
5. Ampliação de horizonte de expectativas:
É o momento de relembrar a estrutura do texto, a linguagem empregada, o
nível linguístico utilizado, como deve ser redigido e num processo democrático,
escolherem uma releitura de algum conto clássico de uma das personagens
femininas citadas em “O fantástico mistério de Feiurinha,” adequando sua
estrutura narrativa à atualidade.
RELEMBRANDO A ESTRUTURA DO TEXTO
O texto que conta uma história chama-se texto narrativo. Vamos conhecer
melhor este gênero textual, analisar a forma como foi construído, sua organização
e sua linguagem.
Os contos lidos constituem-se narrativas em prosa, pois estão organizados
em frases contínuas formando parágrafos.
Todo texto narrativo tem características próprias, como seqüência de fatos
ou idéias, os fatos aparecem sempre em um determinado lugar e espaço, a
história pode ser vivida por pessoas, animais e até por objetos.
Personagem é aquele que vive a história nos contos, os fatos e as ações
chamam mais a atenção do que o nome das personagens.
Protagonista é quem exerce o papel principal. Já o antagonista assume o
papel de adversário do protagonista.
Os demais papéis são realizados por personagens secundárias.
Quem conta a história recebe o nome de narrador . Se ele está dentro da
narrativa dizemos que é narrador-personagem , pois utiliza a 1ª pessoa (eu/nós),
se está fora da história, sem ser personagem, ou seja, só conta os fatos dizemos
que o narrador é narrador-observador e utiliza a 3ª pessoa (ele/ela/a mulher/ os
príncipes/etc).
Normalmente, o enredo de uma narrativa desenvolve-se assim:
* Situação inicial : situação já existente;
* Complicação : motivos que desencadeiam a ação da história;
* Ações : As personagens agem até que ocorra o clímax;
* Clímax : Momento de maior tensão e que origina o desfecho;
* Desfecho : Resolução do conflito, situação final.
ESTUDANDO AS VOZES DO VERBO
Através da fala do narrador podem-se conhecer os fatos acontecidos. Ainda, o
narrador fala por meio da personagem ou dá a voz para que a própria
personagem fale.
1) No conto O fantástico mistério de Feiurinha, o narrador participa da história ou
simplesmente conta a história estando fora dela? Justifique com uma frase do
texto.
..................................................................................................................................
5) A frase seguinte é da narradora do conto A menina e as balas:
“Ela me olhou sem entender direito e disse que eu tinha que levar os doces.”
Reescreva a frase separando a fala da narradora da fala da personagem e
dando a palavra à garotinha. Não se esqueça de usar dois pontos depois da
palavra da narradora e travessão antes da fala da menina.
.................................................................................................................................
Como você percebeu, as falas das personagens podem vir destacadas de duas
maneiras: por meio de aspas , na mesma linha do narrador e por meio de
parágrafo e travessão , escritas na outra linha. Quando a personagem fala
diretamente com sua voz, dizemos que se trata de discurso direto . Quando o
narrador, indiretamente, conta o que a personagem diz sem dar a palavra a
ela,chama-se discurso indireto .
Observe: Olhando em volta, para ver se ninguém a ouvia, Chapeuzinho perguntou: __ O príncipe está no castelo? (DISCURSO DIRETO) Olhando em volta, para ver se ninguém as ouvia, Chapeuzinho perguntou se o príncipe estava no castelo. (DISCURSO INDIRETO)
PRODUZINDO UM CONTO
Até que enfim, chegou a hora de criarmos nosso conto. Agora,
narraremos em forma de contos, produzindo um livro ilustrado. E vocês serão
os autores.
Parece complicado? Que nada! Estamos, com certeza, bem preparados
para esta tarefa, já que tivemos a oportunidade de conhecer autores que
souberam contar, recontar e encantar com suas versões, enriquecendo o
nosso jeito de ver o mundo.
PROPONDO A ESCRITA DE UM CONTO
Ao final do trabalho, acredita-se que os alunos já tenham um
embasamento suficiente sobre os contos de fadas. A partir das leituras e
atividades realizadas e agora, então, num processo democrático poderão
escolher uma única história para ser reescrita e para ser contada. Em duplas,
produzirão uma nova versão para ela, modernizando-a, se quiserem, usando
de bom humor como fez Pedro Bandeira.
PLANEJANDO SUA ESCRITA
Ao escrever, primeiramente, seu rascunho, lembre de algumas dicas que
farão de seu texto um bom texto:
* Reúna informações em um texto breve;
* Evite repetições de palavras;
* Use bem o recurso da pontuação;
* Faça diálogos, marcando as falas das personagens com aspas ou
com travessão;
* Não se esqueça do título.
REESCREVENDO SEU CONTO
Após a produção, será reservado algum tempo para reformular o texto.
Encerradas as atividades de edição e de revisão, organizaremos o sumário e
incluiremos a referência bibliográfica dos contos que foram recontados. Afinal,
um texto bem escrito é normalmente fruto de sucessivas versões.
O conto será publicado em livro, o que faz com que sejam redobrados os
cuidados. Só então, é passado a limpo em material combinado para montagem
do livro. O formato que a publicação vai assumir dependerá das condições da
escola. Pode ser apresentada numa versão digital para leitura na página da
escola na internet, uma brochura, com textos digitados ou, até mesmo, uma
edição manuscrita com caligrafia caprichada.
ILUSTRANDO O CONTO
Para dar um toque artístico ao texto escrito, nada como uma bela
ilustração. Capriche!
5. ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES (DO USO DO PDP AOS PROFESSORES)
Reafirmando a relevância de se tomar cuidado quando houver a
abordagem de textos literários, Antônio Candido (1972) diz sobre a literatura
revelar o indivíduo e atuar em seu desenvolvimento, mediante o cumprimento
de funções que satisfazem à necessidade universal de fantasia, que
contribuem para a formação da personalidade e representem certas realidades
sociais e humanas. Daí, a importância do professor ser criterioso no momento
da apreciação de textos literários em sala de aula.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Vera Teixeira; BORDINI, Maria da Glória. Literatura e Formação do
leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
ANDERSEN, Hans Christian. O Patinho Feio. Ed. Todo Livro.
ANDERSEN, Hans Christian. O Soldadinho de Chumbo . 2009a. Ed.Todo livro. ANDERSEN, Hans Christian. A Menina dos Fósforos . 2009b. Editora Ciranda Cultural.
_____. O Soldadinho de Chumbo. Ed. Todo Livro.
_____. A Menina dos Fósforos. Ciranda Cultural.
BANDEIRA, Pedro. O fantástico mistério de Feiurinha. 3. ed. São Paulo:
Moderna, 2009.
CANDIDO, Antônio. O direito à literatura. In: ___Vários escritos. São Paulo,
1988.p.176-180.
_____, A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo,
1972, vol. 4, n.9, p. 803-809.
COSSON, Rildo. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto,
2006.
Dia-a-Dia Educação. Portal Educacional do Estado do Paraná. Bela Adormecida . Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14>. Acesso em: 02 ago. 2011a. Dia-a-Dia Educação. Portal Educacional do Estado do Paraná. Gato de Botas . Disponível em:
<http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14>. Acesso em: 02 ago. 2011b. Dia-a-Dia Educação. Portal Educacional do Estado do Paraná. Chapeuzinho vermelho . Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14>. Acesso em: 02 ago. 2011c. Dia-a-Dia Educação. Portal Educacional do Estado do Paraná. Branca de Neve. Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14>. Acesso em: 02 ago. 2011d. Dia-a-Dia Educação. Portal Educacional do Estado do Paraná. João e Maria . Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14>. Acesso em: 02 ago. 2011e. Dia-a-Dia Educação. Portal Educacional do Estado do Paraná. Reinações de Narizinho . Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14>. Acesso em: 02 ago. 2011f. Dia-a-Dia Educação. Portal Educacional do Estado do Paraná. Visconde . Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive/modules/mylinks/viewcat.php?cid=14>. Acesso em: 02 ago. 2011g.
EDUCAÇÃO UOL. Biografias. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias>. Acesso em 21 jun. 2011.
GAGLIARDI, Eliana; AMARAL, Heloísa. Trabalhando com os gêneros do
discurso : narrar: Contos de Fadas. São Paulo: FTD, 2001.
GRIMM, Irmãos. Branca de Neve e os Sete Anões . Tradução Fábio Teixeira. São Paulo. Editora Ciranda Cultural, 2009a, p. 3-4. GRIMM, Irmãos. Meu primeiro livro de Contos de fadas . Tradução de Hildegard Feist. Editora Schwarcz.São Paulo, 2001, p.16 GRIMM, Irmãos. João e Maria . Tradução Fábio Teixeira. São Paulo. Editora Ciranda Cultural, 2009b, p.3-5.
HOFFMAN, Mary. Meu primeiro livro de contos. São Paulo. Companhia das
Letrinhas, 2008.
IRMÃOS GRIMM. João e Maria. Tradução de Fábio Teixeira. São Paulo:
Ciranda Cultural.
_____. Branca de Neve. Tradução de Fábio Teixeira. São Paulo: Ciranda
Cultural, 2009.
JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação a teoria
literária. São Paulo: Ática, 1994.
JOLLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1994, v. 1.
LOBATO, Monteiro. Histórias de Tia Nastácia. São Paulo. Ed. Globo, 2009.
p.50-54.
LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo. Ed.Globo, 2007, v.2
_____. Reinações de Narizinho. São Paulo. Ed.Globo, 2007, v. 2.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da
Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná : Língua
Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
PERRAULT, Charles. A Bela Adormecida . Tradução de Hildegard Feist. São Paulo: Editora Schwarcz Ltda, 2008a, p.28-31. PERRAULT, Charles. O Gato de Botas . Reconto de Sâmia Rios. Editora Scipione, 2009, p.3-23. PERRAULT, Charles. Cinderela . Reconto de Mary Hoffman. Tradução de Hildegard Feist.Editora Schwarcz, 2008b, p.6-13.
Recommended