MATÉRIA ORGÂNICA Departamento de Engenharia Ambiental Curso Técnico em Meio Ambiente Disciplina:...

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MATÉRIA ORGÂNICAMATÉRIA ORGÂNICA

Departamento de Engenharia AmbientalDepartamento de Engenharia AmbientalCurso Técnico em Meio AmbienteCurso Técnico em Meio Ambiente

Disciplina: Gestão de Recursos HídricosDisciplina: Gestão de Recursos HídricosProfessora: Elizabeth Professora: Elizabeth

Integrantes: Camila Esteves RomeiroIntegrantes: Camila Esteves RomeiroRodrigo Passos AlmeidaRodrigo Passos Almeida

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAISGERAIS

1 INTRODUÇÃO1 INTRODUÇÃO

A contaminação de águas por matéria A contaminação de águas por matéria orgânica tem merecido especial atenção de orgânica tem merecido especial atenção de organismos internacionais, como é o caso, organismos internacionais, como é o caso, por exemplo, da Organização Mundial da por exemplo, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece padrões de Saúde (OMS), que estabelece padrões de potabilidade de águas para consumo potabilidade de águas para consumo humano, que levam em consideração humano, que levam em consideração características físicas e químicas, características físicas e químicas, bacteriológicas, biológicas e radioativas bacteriológicas, biológicas e radioativas (APHA, 1995; CUSTODIO & LLAMAS, 1976; (APHA, 1995; CUSTODIO & LLAMAS, 1976; BRANCO, 1978) BRANCO, 1978) ApudApud ( KACHEL GUSO,2008). ( KACHEL GUSO,2008).

2 MATÉRIA ORGÂNICA2 MATÉRIA ORGÂNICA carboidratos;carboidratos; gordura; gordura; compostos de proteína; compostos de proteína; óleos;óleos; uréia;uréia; surfactantes;surfactantes; fenóis;fenóis; pesticidas; pesticidas; outros em menor quantidade.outros em menor quantidade.

FIGURA 1: Eutrofização.Fonte:http://www.gforum.tv/board/1603/20.8416/quando-agua-se-torna-verde.html.

ConstituintePorcentagem/ Concentração

Proteínas 40% - 60%

Carboidratos 25% - 50%

Gorduras e óleos 10%

Uréia (NH3-N) 25 – 50 mg/L

P total 8 – 15 mg/L

C. Orgânicos traços(pesticidas, surfactantes, fenóis, e outros poluentes)

2 MATÉRIA ORGÂNICATABELA 1

Composição do esgoto doméstico

Fonte: CALÁBRIA, 2010, p. 4.

2.1 Origem2.1 Origema) Natural:a) Natural:

microrganismos;microrganismos; matéria animal e matéria animal e

vegetal;vegetal; restos após a morte.restos após a morte.

FIGURA 2: Encontro dos rios Negro e Solimões.Fonte: PBWORKS.

2.1 Origem2.1 Origem

b) Antropogênica:b) Antropogênica:

despejos domésticos;despejos domésticos; despejos industriais;despejos industriais; eutrofização;eutrofização; processos de processos de

decomposição.decomposição.

FIGURA 3: Despejo de esgoto sanitário não tratado numa sub-bacia do Rio Amazonas.Fonte: Blog da Amazônia.

2.2 Importância2.2 Importância

Responsável pela redução do OD no corpo hídrico;Responsável pela redução do OD no corpo hídrico;

Influência na alteração de pH, turbidez, cor e odor;Influência na alteração de pH, turbidez, cor e odor;

Colonização microbiana e reciclagem de nutrientes;Colonização microbiana e reciclagem de nutrientes;

Fonte de alimentos para seres heterótrofos;Fonte de alimentos para seres heterótrofos;

Fonte de sais nutrientes e COFonte de sais nutrientes e CO2 2 para seres autótrofos.para seres autótrofos.

FIGURA 4: Efeito do lançamento de matéria FIGURA 4: Efeito do lançamento de matéria orgânica nos cursos d’água.orgânica nos cursos d’água.

Fonte: CAMPOS, 2010, p. 15Fonte: CAMPOS, 2010, p. 15

2.2 Importância2.2 Importância

FIGURA 5: Efeito do lançamento de FIGURA 5: Efeito do lançamento de matéria orgânica nos cursos d’água.matéria orgânica nos cursos d’água.Fonte: CAMPOS, 2010, p. 16. Fonte: CAMPOS, 2010, p. 16.

2.4 Utilização do parâmetro2.4 Utilização do parâmetro

Caracterização de águas residuárias Caracterização de águas residuárias brutas e tratadas;brutas e tratadas;

Caracterização de corpos d’água.Caracterização de corpos d’água.

2.3 Unidade2.3 Unidade mg/Lmg/L

FIGURA 6: OD, DBO, bactérias aeróbias no processo de autodepuração de curso d’água, após o recebimento de carga orgânica.Fonte: MOTA, 2003 p. 175.

2.4 Utilização do parâmetro2.4 Utilização do parâmetro

2.5 Classificações da matéria 2.5 Classificações da matéria orgânicaorgânica

a) carbonácea a) carbonácea (particulada e (particulada e solúvel):solúvel): InerteInerte BiodegradávelBiodegradável

b) Nitrogenada b) Nitrogenada orgânica:orgânica: inorgânicainorgânica orgânicaorgânica

FIGURA 7: Subdivisões e transformações das matérias carbonácea e nitrogenada.Fonte: SPERLING, 2006, p. 92.

2.5 Classificações da matéria 2.5 Classificações da matéria orgânicaorgânica

2.6 Determinação2.6 Determinação da M.Oda M.O

Métodos indiretos:Métodos indiretos:

DBO;DBO; DBODBOUU;; DQO.DQO.

Método direto:Método direto:

COTCOT..

2.6 Determinação2.6 Determinação da M.Oda M.O

FIGURA 8: Progressão temporal da oxidação da matéria orgânica.Fonte: SPERLING, 2006, p. 103.

2.7 Legislação para 2.7 Legislação para lançamento de M.Olançamento de M.O

Fonte: PORTÁRIA 518, 2004, p. 10.

TABELA 2TABELA 2Padrão de potabilidade para substâncias químicas que Padrão de potabilidade para substâncias químicas que

representam risco à saúderepresentam risco à saúde

Nota: (1) Valor Máximo Permitido

2.7 Legislação para 2.7 Legislação para lançamento de M.Olançamento de M.O

TABELA 3TABELA 3Padrões do corpo d´água e de lançamento Padrões do corpo d´água e de lançamento

Resolução CONAMA 357/06 e Legislações EstaduaisResolução CONAMA 357/06 e Legislações Estaduais

Fonte: (Adaptado) CAMPOS, 2010, p. 25 e 26.

2.8 Principais alternativas 2.8 Principais alternativas para controle da poluição para controle da poluição por M.O.por M.O.

Tratamento dos esgotos;Tratamento dos esgotos; Regularização da vazão do curso Regularização da vazão do curso

d’água;d’água; Aeração do curso d’água;Aeração do curso d’água; Aeração dos esgotos tratados;Aeração dos esgotos tratados; Alocação de outros usos para o curso Alocação de outros usos para o curso

d’água.d’água.

FIGURA 9: a) Auto depuração b)Tratamento.Fonte: BROCK, 2009.

2.8 Principais alternativas 2.8 Principais alternativas para controle da poluição para controle da poluição por M.O.por M.O.

MATÉRIA ORGÂNICA

DBO em suspensão (> - 1 µm)

SedimentaçãoSeparação de partículas com densidade superior à do esgoto

AdsorçãoRetenção na superfície de aglomerados de bactérias, ou biomassa

Hidrólise

Conversão da DBO suspensa em DBO solúvel, por meio de enzimas, possibilitando a sua estabilização

Estabilização

Utilização pelas bactérias com alimento, com conversão a gases, água e outros compostos inertes

DBO solúvel (< -

1 µm)

AdsorçãoRetenção na superfície de aglomerados de bactérias, ou biomassa

Estabilização

Utilização pelas bactérias com alimento, com conversão a gases, água e outros compostos inertes

Fonte: SPERLING, 2005, p. 86.

2.8 Principais alternativas 2.8 Principais alternativas para controle da poluição para controle da poluição por M.O.por M.O.

3 CONCLUSÃO3 CONCLUSÃO

A matéria orgânica é onipresente nos A matéria orgânica é onipresente nos corpos hídricos de forma natural, mas o corpos hídricos de forma natural, mas o lançamento irregular de efluentes pode lançamento irregular de efluentes pode aumentar sua concentração na água aumentar sua concentração na água provocando desequilíbrios ecológicos, pois provocando desequilíbrios ecológicos, pois sua elevação significa mais atividade de sua elevação significa mais atividade de decomposição pela bactérias, levando ao decomposição pela bactérias, levando ao consumo de Oconsumo de O22 e , consequentemente, e , consequentemente, uma elevada redução de espécies uma elevada redução de espécies aquáticas sensíveis a essas alterações.aquáticas sensíveis a essas alterações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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