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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
PROJECTO DE CONSTRUÇÃO DE UMA MORADIA UNIFAMILIAR T4 INCLUINDO ANEXO T2 – BELO HORIZONTE 1
Memória Descritiva E Justificativa
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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
ASPECTOS GERAIS
A presente memória descritiva faz referência ao Projecto De Construção De Uma
Moradia Unifamiliar T4 Incluindo Anexo T2 que a senhor Tomas João da
Conceição Mazembe pretende levar no Belo Horizonte 1, Talhão Nº 321 (45x35).
EDIFÍCIO
1. EDIFÍCIO - INTERVENÇÃO
É executado o presente projecto depois de analisadas as condições do terreno
bem como da envolvente nos seus aspectos relevantes, isto de um polo, e do
outro as finalidades e condições específicas a que o edifício deve responder na
óptica do dono da obra conjugado com aspectos técnicos. Ao que se colocaram
como premissas projectais:
Sobre a fachada:
A fachada tem como design base os escavos e salientes que resultam da
projecção geométrica da função do espaço interno, contudo os elementos que
compõe a fachada vão se distribuindo de uma forma linear mantendo a linha pura
da horizontalidade sob pretexto de condicionar uma simplicidade estrutural,
mantendo a caixilharia em alumínio, com grande vãos e janelas de modo a
maximizar a luz solar, Projectando um acabamento em pintura e pedras naturais.
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A cobertura:
A cobertura com uma geometria rectilínea, laje em betão armado vai buscando
referências cuja base se assenta sobre pilares de betão armado, com vista a
conjugar com a fachada mas mantendo a linhagem em todo perímetro, variando
apenas em duas áreas cobertas, por cada um dos módulos inclinada até 3°.
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2. DESCRITIVA
O projecto ora em destaque, compreende uma ESTALAGEM que se desenvolve
em único piso.
EDIFÍCIO
Varanda 43.20 m2
Cozinha 26.66 m2
Escritório 5.28 m2
Corredor 14.01 m2
Sala de refeições 21.74 m2
Sala de TV 13.44 m2
Sala de estar 29.28 m2
Toilete 2.08 m2
WC 3.36 m2
Despensa 7.00 m2
Jardim interno 8.00 m2
Quarto 1 - Suite 23.26 m2
o Closet 9.00 m2
o Wc-Q1 11.16 m2
Quarto 2 - Suite 14.65 m2
o Wc-Q2 2.88 m2
Quarto 3 12.91 m2
Quarto 4 13.20 m2
Total EP - 261.11 m2
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ANEXO
Cozinha/Copa 3.45 m2
Sala Comum 25.37 m2
Corredor 6.11 m2
Quarto 1 – Suite 27.82 m2
o Wc- Q1 7.62 m2
Quarto 2 15.18 m2
WC 5.47 m2
Varanda 19.75 m2
WC – Exterior 2.34 m2
Quarto Serviçal 12.71 m2
o WC – QS 2.88 m2
Total ANEXO - 128.70 m2
Totalizando uma área útil igual a 389.81 m2
3. IMAGEM PROJECTO
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4. CONSTRUTIVA
4.1.1. Movimento de terras
Está indicado neste ponto a escavação de terreno de qualquer natureza para
abertura de caboucos de fundações que serão realizados nos lugares e com as
dimensões indicadas na planta de fundações (ver projecto estrutural).
O leito resultante das escavações será cuidadosamente compactado, regado com
leite de cimento onde se exija e regularizado antes da colocação do betão de
limpeza e, se possível coberta com terras de empréstimo que devem estar isenta
de material orgânico.
4.1.2. Fundações
Serão executadas segundo os desenhos e memória de cálculos de estrutura.
4.1.3. Alvenarias
Serão executadas do tipo resistente e de enchimento que poderão ser de tijolos
vazados ou blocos vazados de cimento e areia com as espessuras indicadas nos
desenhos, assentes com uma argamassa de cimento e areia ao traço 1:4 em
volume.
As alvenarias deverão ser executadas em camadas horizontais contra-fiadas,
devendo os paramentos verticais apresentarem-se alinhados e desempenados,
podendo ser humedecidos os tijolos ou blocos antes do seu assentamento.
As espessuras das paredes serão de 15 e 20 mm (medidas a tosco), e em algumas
paredes serão em alvenaria dupla de 30 e 40 mm como vem indicado nos
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desenhos, devendo os tijolos ou blocos de cimento e areia ser bem alinhados
verticalmente, devendo ainda ser travados sempre que atingirem alturas
correspondentes a das vigas de coroamento, tendo as juntas uma espessura não
superior a 15 mm.
4.1.4. Betões
As estruturas de betão armado ou simples deverão ser executadas segundo as
normas regulamentares e a medida que a obra vai crescendo em altura, de forma
a serem colocados na altura devida.
Serão escolhidos cubos para ensaios segundo as normas preconizadas nos
regulamentos em vigor por forma a obter-se um bom controlo de qualidade do
betão colocado na obra que deverá ser por vibração.
O betão deverá ser devidamente curado. Os materiais a serem utilizados na
fabricação do betão deverão ser devidamente armazenados na obra por forma a
evitar que se deteriorem, sendo o cimento que deverá ser o Portland Normal
armazenado em local protegido e, quando amontoado não deverá atingir uma
altura superior a 10 sacos e assente em grades de madeira que permitam uma
ventilação ao nível do solo.
Os agregados devem cumprir com as condições de qualidade expressas nos
Regulamentos utilizados em Moçambique, devendo estar isentos de material
orgânico e sem poeira. As britas devem ser crivadas para separação de sarriscas e
devem ser calhaus naturais ou pedra britada de dureza semelhante á do granito e,
deve ser aproximadamente cúbica e sem tendência a lascar. As areias devem ser
do rio lavadas ou areia da britadeira.
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Os grãos devem ser de tamanho uniforme mas devem conter uma mistura
equilibrada de grãos finos e grossos até 5mm.
A água a usar deve ser limpa, fresca e livre de impurezas vegetais ou minerais e
isentas de outras substâncias em suspensão ou dissolvidas. O uso de aditivos
como plastificantes, aceleradores de presa, agentes expansivos, colorantes,
impermeabilizantes ou outro qualquer material que substitua parcialmente o
cimento deve ser submetido a aprovação do fiscal da obra.
4.1.5. Revestimento das paredes
Os acabamentos das superfícies a rebocar serão feitas com base em materiais
decorativos e impermeáveis a escolher posteriormente pelo Dono da obra ou com
ajuda do projectista.
4.1.6. Rebocos
Todos os paramentos verticais e horizontais de alvenaria ou de betão armado
visíveis serão rebocados, sendo em alguns casos usados materiais especiais de
revestimento como o barramento co gesso.
Sobre as alvenarias a rebocar será aplicado um emboço de cimento e areia ao
traço 1:5, sendo as superfícies molhadas imediatamente antes de chapiscadas,
sendo rebocadas depois do emboço com argamassa de um traço mais fraco (1:6)
de cimento e areia para as interiores e cimento e areia para as exteriores.
O reboco terá uma espessura mínima de 10 mm com desvios não superiores a 2
mm. O acabamento será feito com régua de sarrafar sobre mestras deslizada em
todos os sentidos para se obter uma superfície bem plana e desempenada. As
arestas deverão ser rigorosamente direitas e ligeiramente arredondadas.
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4.1.7. Azulejos
O fornecimento e assentamento de azulejos coloridos de dimensões dadas em
especificações técnicas será realizada para casas de banho, cozinha e outros
espaços indicados em desenhos, até a altura determinadas não havendo casos em
que tal seja inferior a um metro e meio intercalados por listelo a condizer.
Os azulejos devem ser bem molhados durante pelo menos seis horas antes do seu
assentamento que será realizado com argamassa hidráulica de cimento a areia
fina ao traço 1:3, tendo as plantas verticais e horizontais perfeitamente alinhadas e
as superfícies niveladas e desempenadas. Todas as juntas serão tomadas a
cimento branco e escovadas.
4.1.8. Pavimentos
No pavimento exterior será utilizada uma betonilha de acabamento de cimento e
areia fina ao traço 1:3 esquartelada com uma espessura de 25 mm. Dever-se-á
plicar as superfícies destinadas a receber a betonilha sendo retirados todos os
elementos pouco aderentes e eliminadas todas as saliências, tendo-se o cuidado
de limpar e lavar as superfícies saturando-as com água limpa que de seguida
deverá ser evacuada antes de se estender a pasta.
Os pavimentos interiores serão revestidos de tijoleira cerâmica (tamanhos e cores
variadas), de primeira qualidade permitindo-se pequena variação de dimensão e
cor, sendo assente com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3 com juntas de
uma largura média de 15 mm. As juntas serão tomadas a cimento branco e
escovadas. Nas casas de banho e cozinha será realizado em mosáico hidráulico,
de dimensões e cor a escolher.
Em todas as paredes internas cujo acabamento é em reboco, será aplicado um
rodapé em madeira, que será afixado com parafusos para conferir maior
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aderência. E deverá ser realizada depois de as paredes serem rebocadas e
pintadas com primeira demão.
4.1.9. Cobertura
As lajes serão betonadas “insitu” sobre cofragem de madeira ou metal com as
dimensões e contra flechas adequadas, que deverão ser estanques, planas e
desempenadas. Elas deverão obedecer o prescrito na memória e desenhos de
estrutura.
Em restantes espaços, a cobertura do piso será executada em telha de cor
escolhida da telha existente, assentes sobre uma estrutura de madeira de medidas
segundo o especificado em memória e cálculo estrutural.
4.1.10. Carpintarias
Toda a caixilharia em madeira será executada com material de boa qualidade, sem
borne, com nós soltos, sem empenos ou outros defeitos e serão serradas e bem
esquadriadas nos comprimentos necessário e com dimensões que permitam o
acabamento para as dimensões dos pormenores.
As portas de comunicação com o exterior deverão ser maciças de madeira,
almofadadas e bordadas e as interiores poderão ser de painéis de aglomerados
de madeira de 4 mm de espessura entaleirados.
Os vãos de abrir das janelas e portas exteriores, deverão ser protegidos com
caixilhos de rede mosquiteira plástica ou de bronze fosforoso. Em geral, os
caixilhos de vidros de abrir serão munidos com pelo menos duas dobradiças de
melhor qualidade e todos os outros materiais de ferragens necessários que
deverão ser assentes com parafusos de metal correspondente e lubrificadas,
limpas e trabalhadas sem empenamento. Os vidros a utilizar serão lisos,
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transparentes e ou foscos e ou ainda laminados com espessura pelo menos entre
3 e 4 mm, fixadas em caixilharia de madeira, em batentes móveis e fixas segundo
os alçados, por meio de bites com parafusos de cobre 1”*3/16 e massa vidraceira.
Regra geral deverão todos os elementos serem executados após um estudo
minucioso do regrado em tabelas de exploração de vidros e seus derivados, quer
em medidas, ferragens e outros.
4.1.11. Rede de água e esgoto
As canalizações de abastecimento de água fria serão em tubo de ferro
galvanizado com os calibres indicados no projecto respectivo e equipados com
acessórios devidos que se exigem serem de boa qualidade.
A instalação será ensaiada antes do tapamento dos roços, conforme preconiza o
regulamento respectivo. As canalizações de esgotos (águas brancas e negras)
serão em tubo PVC, sendo feitas de acordo com os desenhos do projecto
atendendo especialmente aos calibres e inclinações nele previstos e ao
regulamento em vigor.
As águas brancas serão conduzidas a um dreno executado de acordo com o
desenho em anexo e as águas negras a uma fossa séptica de dimensões
adequadas e desta para o dreno acima referido.
4.1.12. Instalação eléctrica
A instalação eléctrica será do tipo embutido com os fios condutores enfiados em
tubos VD e deverá estar provida das necessárias caixas de derivação e
equipamento necessário de acordo com a função a que se destina, tendo em
conta a tensão a ser utilizada. Todas as secções dos condutores e tubagem,
localização dos acessórios e traçado serão apresentados no projecto de
especialidade que obedecerá as normas gerais em vigor.
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5. OMISSÕES
Em toda a parte omissa nesta memória descritiva, seguir-se-ão sempre as boas
normas de construção e os regulamentos em vigor, tendo como finalidade obter
uma construção estética e resistente.
Maputo, 06 de Março de 2013
O projectista:
___________________________________
Alcides Eduardo Tavares
Eng. Civil
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