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Memorial do ConventoTempo da História, do Discurso e Histórico
TempoTempo da História
Tempo do Discurso
Tempo HistóricoIntenção da crítica
Tempo da HistóriaTempo em que decorre a acção, real ou
ficcional, marcado pelas alterações sofridas pelas personagens e alguns locais objectos.
Algumas datas temos de deduzir por outros acontecimentos em que o narrador diz o tempo que já passou desde esse acontecimento ou ou que irá passar.
O tempo da acção é de 28 anos (1711-1739), começa com a promessa do rei e acaba com a morte de Baltazar.
Tempo do Discurso O narrador recorre a analepses e prolepses,
elipses e resumos e abrandamentos e acelerações de maneira a que a o templo não flui sempre linearmente e a cronologia não é seguida na ordem certa de acontecimentos no tempo, mas sim na ordem em que ele relata os acontecimentos.
Tempo HistóricoA história passa-se toda no início do século
XVIII durante o reinado de D. João V, um tempo medieval, decadente e agitado por guerras.
Cronologia
Presente da narrativa “D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao
quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, (…) – Cap I28 anosMarcas de passagem do tempo: “Enferrujam-se os arames e os ferros, cobrem-se os panos
de mofo, destrança-se o vime ressequido, obra que em meio ficou não precisa envelhecer para ser ruína.” – Cap XIII
“Ainda ontem era a flor do bairro, e hoje nem bairro nem flor.” – Cap XXIII
Informantes da história: “(…), pois ainda ontem, que tanto se pode dizer que apenas
há seis anos aconteceu,(…)” – Cap II“(…) e passou a Aldegalega nos primeiros dias deste mês de
janeiro de mil setecentos e vinte e nove, (…)” – Cap XXII
Prolepses: “Quando El-rei chegar, primeiro encarará(…) alguma
coisa havia de esquecer.’’ - Cap XII “(…) este tal foi o infante D. Henrique, consoante o
louvará um poeta por ora ainda não nascido,(…)” – Cap XVII
Analepses: “Foi mandado embora do exército por já não ter
serventia nele, depois de lhe cortarem a mão esquerda pelo nó do pulso, estraçalhada por uma bala em frente de Jerez de los Caballeros, (…)” – Cap IV
“(…) Bartolomeu Lourenço, que no Brasil nasceu e novo veio pela primeira vez a Portugal, (…), que só nela nos faria ganhar a eternidade.” – Cap VI
Elipses: “Meses inteiros se passaram desde então, (…)”
– Cap VIII “Encerrados na quinta, Baltasar e Blimunda
assistem ao passar dos dias. Agosto acabou, setembro vai em meio, (…)” – Cap XVI
Resumo: “Assim foi o inverno passando, assim a
primavera, (…)” – Cap XVIII “Durante nove anos Blimunda procurou
Baltasar. (…)” – Cap XXV
Valorização/Desvalorização
Abrandamento: Transporte da pedra de Pêro Pinheiro até
Mafra - Cap XIXAceleração: Baptizado da Infanta D. Maria Bárbara – Cap
VII
Título: Memorial do ConventoPlanos narrativos Acção ficcional – Construção da passarola Acção real – Construção do conventoCenáriosAcontecimentos históricos: Batalha de Jerez de los Caballeros, ouro do Brasil, febre
amarela, abalo sísmico, construção do Convento de Mafra.Personagens históricas reais: D. João V, D. Maria Ana, Infanta D. Maria Bárbara, Infante
D. Francisco, Dominico Scarlatti, Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão, D. Nuno da Cunha, Frei António de São José, Frei Boaventura de São Gião e povo.
Reinado D. João V
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