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Minha PERDIDA aldeia
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Milton Ximenes Lima
Do alto da montanha mais alta, faço exercícios de contemplação...
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Terê Slides
No horizonte de muitos sóis, descubro esplendores em azul pincelando o céu sobre as serras,
Terê Silides
abençoando envelhecidos caminhosque aprisionam a minha terra.
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O meu olhar cativa o momento de compreenderaquelas alegres cores dos flamboaians,e a vaidade da única acacieiraque teima em amarelecer
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o rastro dos meus passos na íngreme e histórica ladeira.
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Pelas ruas,incógnitos rostos zombam das minhas lembrançasde semeador de saudades.
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O rio, amendrontado e sem cor,não mais murmura no coração da grande aldeia...
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À leste, a grande pedra, antes altaneira, adormece e adoece,
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Terê Slides
porque os abrigos dos homens se aproximam, de suave maneira, já pisam seus verdes pés.
Por detrás, um frade e uma freira,imagens também em pedra,em solidária irmandade, emprestam exemplos de fée lhe oferecem orações inúteis e sem idade...
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Muito depois do crepúsculo, ao embalo da madrugada sem sonhos, na janela do quarto imenso e sem alma da hospedaria, tento reconhecer e recolher as estrelas da minha infância:
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elas me confidenciam eternas sabedorias,
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me aconselham a partir e não mais regressar,
porque o menino que fui dissolveu-se nos ventos de outras dimensões, abraçado às ruínas daquela vida do tempo anterior, Terê Slides
(imagens, carícias e canções, e algumas lágrimas escondidas), da sua cidade antiga e tão querida, berço do primeiro poema de amor! Terê
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• Poesia: “Minha
Perdida Aldeia”, de Milton Ximenes Lima
• Fotos: T. Medeiros e Milton Ximenes Lima
• Mídia: Memory, com Emile Pandolfi
• Formatação: Terezinha Medeiros
Maio
2009MXL Slides
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