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MINUTA
TERMO DE REFERÊNCIA
1. OBJETO
1.1. Este Termo de Referencia (TR) tem por objeto estabelecer as
diretrizes para a OUTORGA DA CONCESSÃO REMUNERADA DE
USO DO AEROPORTO JOÃO DURVAL CARNEIRO, NA CIDADE
DE FEIRA DE SANTANA, PARA AMPLIAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO,
OPERAÇÃO, MANUTENÇÃO E EXPLORAÇÃO COMERCIAL DE
SUAS ÁREAS E SERVIÇOS, A TÍTULO DE EXECUÇÃO
INDIRETA.
1.2. O Aeroporto objeto deste edital é o único do Município,
exclusivamente destinado ao serviço público de transporte Aéreo de
passageiros e encomendas.
1.3. Todos os custos referentes aos serviços concedidos, inclusive, se
necessários, de adequação ou modificação do projeto, manutenção,
outras instalações, atualização, modernização e melhoramentos do
Aeroporto, tributos e contribuições, registros e seguros pertinente,
serão de inteira e exclusiva responsabilidade da concessionária.
2. JUSTIFICATIVA
Contextualização: O Transporte Aéreo no Brasil
A última década se caracterizou, dentre outros fatores, pela grande
inflexão positiva na movimentação de passageiros e cargas no território
nacional. Depois de longo período de estagnação, o país entrou num
novo ciclo de crescimento econômico. A infraestrutura de logística e
transportes, por outro lado, encontrava-se num estado de quase
abandono e está requerendo uma série de investimentos no sentido de
recuperá-la, de modo a minimizar, na medida do possível, os gargalos do
desenvolvimento.
Nesse contexto, a questão aeroportuária aparece de forma destacada.
Novas aerovias, pela própria natureza, demandam menos tempo de
implantação que rodovias ou ferrovias, por exemplo. A via, propriamente
dita, já existe, restando delimitar uma rota entre dois aeroportos a ser
percorrida pelos aviões. Por esse motivo, sobretudo, e em razão da
política de redução de custos das empresas que operam na aviação civil,
o transporte aeroportuário cresceu numa velocidade ainda maior que os
outros modais no Brasil. O resultado é que muitos dos principais
terminais brasileiros atingiram rapidamente a condição de saturação.
A título de ilustração é apresentado o quadro abaixo, com dados
extraídos da Infraero:
Aeroportos na Bahia
No particular, a situação na Bahia é, também, mais preocupante. São
poucos os aeroportos capazes de dar vazão a demanda por vôos no
estado. Dentre os administrados pela Infraero, destacam-se Salvador e
Ilhéus, sendo que este opera próximo ao limite, sem capacidade de
expansão. Porto Seguro - cujo terminal é concessionado, e a exemplo de
Salvador e Ilhéus também se localiza no litoral, apresenta problemas que
estão sendo resolvidos pela Concessionária e pelo Poder Concedente.
A necessidade de se disponibilizar um aeroporto capaz de receber
grandes aeronaves num município importante no interior do estado é,
portanto, segundo os órgãos de planejamento do Governo, fundamental,
dos pontos de vista logístico, geográfico e econômico, pois a
concentração excessiva de vôos na capital e nos aeroportos litorâneos é
problemática para a Bahia, para a população e para as empresas que
operam no setor. A cidade de Feira de Santana foi considerada ideal
para receber esses investimentos em razão de seu porte, posição
geográfica e importância econômica, dentre outros fatores expostos a
seguir.
Feira de Santana
• Caracterização da Cidade
Situa-se a 109 km da capital, Salvador, à qual se liga através da BR-324.
Feira é a segunda cidade mais populosa da Bahia e a maior
em população não só do estado, como de toda a região Nordeste, exceto
capitais, segundo dados do Censo 2010 do IBGE.
Merece destaque a recente criação, através da Lei Complementar nº 35,
que passou a vigorar em 7 de julho de 2011,da Região Metropolitana de
Feira de Santana (RMFS).
Salvador e Feira de Santana estão separadas por 109
km. Contudo, suas regiões metropolitanas são
vizinhas, uma vez que Amélia Rodrigues (RMFS)
limita-se com São Sebastião do Passé, na Região
Metropolitana de Salvador (RMS).
Com uma população total de 672.701 habitantes, a RMFS engloba mais
cinco municípios, além de Feira de Santana: Amélia
Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, Tanquinho e São
Gonçalo dos Campos. Na fase de ampliação da RMFS, serão incluídos
os municípios de Anguera, Antônio Cardoso, Candeal, Coração de Maria,
Ipecaetá, Irará, Santa Bárbara, Santanópolis, Serra Preta e Riachão do
Jacuípe. Com a ampliação, a região metropolitana contará com
uma população estimada de 848.647 habitantes. Após a conclusão da
incorporação das cidades, as duas regiões metropolitanas da Bahia
contarão com uma população de 4.423.451 habitantes, divididos em 29
municípios que somarão, aproximadamente, 30% da população do
estado, segundo dados do IBGE.
• Demografia, Economia e Geografia
Voltando a tratar
apenas do município de
Feira de Santana e
seus cerca de 600 mil
habitantes, convém
destacar alguns pontos
que concorrem para
justificar a escolha
prioritária da cidade
para receber investimentos no modal aeroportuário. Além das citadas
características, como distância da capital e recente criação da RMFS,
seu Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes era, em 2009, de R$
6.358.138 mil, segundo dados do IBGE. O PIB Per Capita, no mesmo
ano era de R$ 10.745,41.
O PIB do município aparece claramente concentrado no setor de
serviços, de longe a principal atividade no local. As indústrias, por outro
lado, também têm peso significativo, tendo sido, em parte, responsáveis
pelo inicio do grande ciclo de crescimento populacional. Feira recebeu
uma intensa industrialização a partir da década de 1970, período de
grande crescimento da indústria automobilística no Brasil. O
entroncamento rodoviário (eixo das BRs 101, 116 e 324) e o baixo custo
das terras (em comparação a Salvador) atraíram diversas empresas
industriais, que acabaram por formar o Centro Industrial de Subaé
(CIS) e o Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS).
• Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Em 2000, o Índice de Desenvolvimento Humano de Feira de Santana era
0,740. Segundo a classificação do PNUD, o município estava entre as
regiões consideradas de médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5
e 0,8). Em relação aos outros municípios do Brasil, Feira de Santana
apresentava uma situação intermediária: 2141ª posição, sendo que 2140
municípios (38,9%) estão em situação melhor e 3366 municípios (61,1%)
estão em situação pior ou igual. Em relação aos outros municípios do
estado, Feira de Santana apresentava uma situação boa: ocupava a 4ª
posição, sendo que 0,7% dos municípios do estado estavam em situação
melhor e 99,3% em situação pior ou igual.
• Indústria
A principal região industrial de Feira de Santana é o Centro Industrial de
Subaé. O local atrai grandes empresas, sobretudo em razão da
localização privilegiada (fica em rotas comerciais próximas ao Sudeste e
à capital baiana). A cidade está situada na região industrial do Estado,
em uma área que se estende desde o litoral norte baiano e que
compreende o Centro Industrial de Subaé, o Centro Industrial
de Camaçari e o Centro Industrial de Aratu.
Aeroporto João Durval Carneiro e Aeroportos Similar es
O atual aeroporto deverá receber investimentos que o converta num hub
logístico aeroviário, capaz de receber vôos comerciais regionais
regulares. Atualmente, o equipamento conta com uma pista de 1470m x
28m. Assim, além de recolocá-lo em operação, pretende-se transformá-lo
num aeroporto que atue em sintonia com os principais aeroportos da
Bahia, sobretudo o de Salvador. A pequena distância para a capital é
fundamental no sentido de transferir vôos cujo destino não passaria
necessariamente pelo Aeroporto Luis Eduardo Magalhães. Além disso,
Feira pode se converter num grande hub aeroviário regional, a exemplo
de Viracopos em Campinas (e sua relação com os aeroportos de
Guarulhos e Congonhas).
O fato de não existirem estatísticas ou séries históricas acerca do
movimento de cargas no aeroporto João Durval Carneiro, converte-se em
necessidade de realizar um esforço de aproximação e análise em relação
a aeroportos de cidades que apresentam situações análogas às de Feira
de Santana, a exemplo de PIB, população, distância para a capital,
dentre outras. Além de Viracopos, as características dos aeroportos de
Petrolina - PE e Juiz de Fora- MG podem, também, servir de referência
para ampliação do aeroporto feirense, em razão de suas posições em
relação às respectivas capitais, populações atendidas, economia e
características das cargas movimentadas.
• Aeroporto de Viracopos
Possui o segundo maior terminal aéreo de cargas
do país, de acordo com dados da Infraero, e
é responsável por 18,1% do movimento total de
cargas nos aeroportos brasileiros. O Terminal de
Logística de Carga de Importação e Exportação
possui uma área de mais de 81 mil metros quadrados, com capacidade
de processar até 720 mil toneladas de carga aérea por ano. Viracopos
funciona em sinergia com os aeroportos da capital paulista em razão de
sua pequena distância para a capital. Em 2009, segundo a Infraero, o
movimento de passageiros em Viracopos apresentou variação positiva de
mais de 210% em relação a 2008. Em 2010, outro aumento significativo,
cerca de 61% sobre o expressivo patamar do ano anterior – números que
ilustram a tendência de desconcentração dos vôos da capital paulista.
• Juiz de Fora
O município assemelha-se a Feira de Santana tanto no número de
habitantes como na pequena distância em relação à capital estadual:
aproximadamente 517 mil pessoas e 283 km, respectivamente. O PIB do
município também não difere muito daquele calculado pelo IBGE na
cidade baiana: R$ 6.358.138 mil (2009) e R$ 7.140.251 mil (2008),
respectivamente. Juiz de Fora acaba de receber um segundo aeroporto
em sua aérea de influência, enquanto que Feira de Santana não possui
nenhum em operação. A cidade mineira já contava com o Aeroporto
Francisco Álvares de Assis, que opera vôos de aeronaves tipo Focker 50,
Focker 100 e Boeing e cuja extensão da pista é de 1.535m. Atualmente,
a cidade também é atendida pelo Aeroporto Presidente Itamar Franco,
localizado na divisa entre os municípios de Goianá e Rio Novo, a 30
quilômetros de Juiz de Fora. Inaugurado em 19 de novembro de 2011, o
equipamento tem a segunda maior pista para pouso de Minas Gerais,
com 2.530 metros e já opera linha regular de vôos realizados pela
empresa Azul Linhas Aéreas.
• Petrolina – PE / Juazeiro – BA
As cidades de Campinas e Juiz de Fora reúnem características análogas
às de Feira de Santana no que concerne à necessidade/viabilidade de
implantação de um aeroporto de porte considerável. Devemos buscar,
também, uma realidade que se aproxime ainda mais de Feira, dentro do
Nordeste, onde as características sociais, geográficas e econômicas
guardam maiores semelhanças. As cidades de Petrolina e Juazeiro,
atendidas pelo aeroporto da cidade pernambucana, são uma referência
fundamental numa análise das necessidades de operação e ampliação
do Aeroporto João Durval Carneiro. Unidos pela ponte Presidente Dutra,
os municípios compartilham zonas urbanas e economia, funcionando
como um verdadeiro bipolo. Segundo o IBGE, no Censo de 2010
Petrolina tinha aproximadamente 300 mil habitantes e Juazeiro 200 mil.
Juntos, os municípios têm um número de habitantes muito próximo ao de
Feira de Santana.
No que diz respeito ao IDH (PNUD), Feira de Santana e Petrolina estão
praticamente no mesmo patamar, enquanto que Juazeiro apresenta um
desenvolvimento levemente inferior. O Produto Interno Bruto de Feira de
Santana supera os 5 bilhões de reais, segundo o IBGE. O bipolo
Petrolina-Juazeiro tem quase 4 bilhões de PIB.
• Aeroporto de Petrolina
Segundo a Infraero, o Aeroporto de Petrolina tem se firmado como um
dos principais do Nordeste, impulsionado pela produção do Vale do São
Francisco, maior exportador de frutas do Brasil e responsável pela maior
taxa de crescimento econômico da região. Os investimentos realizados
pela Infraero transformaram o aeroporto no segundo maior de
Pernambuco, cuja pista de pouso e decolagem é a segunda maior do
Nordeste. Com 3.250 metros de extensão, a pista recebe grandes aviões
cargueiros. Três companhias aéreas operam vôos regulares em
Petrolina: GOL, OceanAir e TRIP. O movimento de passageiros vem num
crescente significativo a partir de 2009, conforme quadro abaixo,
elaborado pela Infraero:
No ano de 2004, o aeroporto recebeu obras para aumentar a qualidade
do reforço asfáltico da pista e ampliar o pátio de aeronaves, que passou
a oferecer 16.406 m² de área, com cinco posições de estacionamento
para aviões de grande porte. O movimento de aeronaves também
apresentou crescimento significativo nos dois últimos anos da década,
conforme informações da Infraero:
O terminal de cargas, com área de 2 mil m² está preparado para atender
a demanda de exportação de frutas da região. A estrutura é capaz de dar
suporte à produção perecível, em seis câmeras frigoríficas, cuja
capacidade de armazenamento é 17 mil caixas cada uma, além de contar
com dois túneis de resfriamento. Segundo dados da Infraero, o
movimento de carga apresentou um expressivo aumento de 87,24% em
2009, conforme quadro abaixo:
O Aeroporto de Petrolina atende a mais de 53 municípios dos estados de
Pernambuco, Bahia e Piauí. Feira de Santana tem todas as condições de
replicar este modelo numa realidade semelhante ou ainda mais
promissora. Devemos ressaltar que, não obstante tudo aquilo que foi
relatado sobre o porte, economia, população e posição geográfica da
cidade, não menos que 74% das cargas em trânsito no estado da Bahia
trafegam por Feira de Santana, que fica a aproximadamente 100 km de
dois dos maiores portos do Nordeste e a 20 km da Ferrovia Centro
Atlantica, cujo projeto de ramal à cidade está em desenvolvimento.
Adicionalmente, como já se relatou, trata-se de uma cidade com
importante centro industrial, que abriga grandes fábricas, a exemplo da
Pirelli, Nestlé e Siemens.
Nesse sentido, a ampliação do aeroporto de Feira de Santana é
fundamental para o bem estar da população baiana, para a economia da
região e para os objetivos estratégicos do Governo, que visam promover,
dentre outros fatores, a desconcentração econômica e a redução das
desigualdades intra-regionais. A ampliação do Aeroporto João Durval
Carneiro contribuirá para a elevação do patamar de articulação e
organização das cadeias logísticas do estado, integrando fisicamente
diversos municípios do interior e promovendo a desconcentração
espacial da economia e do desenvolvimento social.
3. CARACTERIZAÇÃO DO AEROPORTO ATUAL
O aeroporto João Durval Carneiro situa-se a 15 km do centro urbano da
cidade de Feira de Santana. A topografia da região é plana e não se
observam grandes elevações que coloquem em risco as operações aéreas.
O aeroporto, de propriedade do Estado, tem área patrimonial de 65,32 ha e
a seguinte configuração:
• Pista de pouso e decolagem : 1.470x28 m ( asfalto )
• Pista de táxi : 150x18 m ( asfalto )
• Pátio de aeronaves : 9.697 m² ( asfalto )
• Terminal de passageiros : 233 m²
• Estacionamento de veículos : 3.445 m²
4. INVESTIMENTOS PREVISTOS
4.1. ESTADO
4.1.1. Nos primeiros 6 meses:
• Implantação de serviços de Salvamento e Combate a Incêndio (SCI) categoria 4 e acesso a pista de pouso e Decolagem;
• Aquisição de veículo contra incêndio tipo AP2 (ataque principal); • Disponibilização de veículo contra incêndio AC3; • Disponibilização de efetivo devidamente treinado do Corpo de
Bombeiros da Policia Militar da Bahia. 4.1.2. Entre 6 e 12 meses:
• Indenização da nova área patrimonial do aeroporto, prevista no decreto de declaração de utilidade pública,nº13.340 de 7/10/2011;
• Execução da cerca da nova área patrimonial;
4.2. CONCESSIONÁRIA
Nos primeiros 6 meses: • Apresentação do Plano de Investimento para o período de 36 meses; • Ampliação e requalificação do Terminal de Passageiros (TPS), com
instalação de equipamentos, mobiliários, sinalização, iluminação e exploração dos espaços comerciais;
• Gestão junto as empresas aéreas para operação de vôos regulares; • Requalificação da iluminação geral do Pátio de Aeronaves; • Instalação de equipamentos de proteção ao vôo; • Plano de Segurança do Aeroporto (PSA); • Aquisição de equipamentos e acessórios para atender o NPCE 04-nível de
proteção contra incêndio existente em aeronaves, definida pela ANAC; • Execução da sinalização horizontal do Pátio de Aeronaves; • Demolição de construções irregulares junto aos hangares; • Construção de muros, cercas e acessos para privatizar o uso da aviação
geral. • Promoção de condições para ampliação, requalificação e implantação de
novo Posto de Abastecimento de Aeronaves (PAA); • Apresentação de Plano de Desenvolvimento do Aeroporto (PDA) de Feira
de Santana com alcance até 2030; Entre 24 e 36 meses: • Ampliação e adequação do sistema viário de circulação e acesso às
novas instalações previstas;
• Ampliação e implementação de melhorias tecnológicas no TPS, a exemplo de canal de inspeção com pórtico e RX;
• Implantação de balizamento noturno, balizamento de emergência, farol rotativo, biruta iluminada, PAPI e reforma da casa de força (KF);
• Implantação do sistema de proteção ao vôo, tipo A, compreendendo: rádio farol não direcional (NDB); reforma da casa de transmissores (KT) e construção de edificação da estação de telecomunicações.
Entre 36 e 84 meses ou o aeroporto atingir a meta de 8.000 passageiros/mês, o que acontecer primeiro: • Reforço, alargamento para 45m e ampliação da pista de
pouso/decolagem em 700m, totalizando um comprimento físico de 2.200m e um comprimento básico de cerca de 1.780m, com PCN adequado para operações de aeronaves tipo BOEING 737/700 e AIRBUS A319;
• Implantação de novo Pátio com três posições de estacionamento de aeronaves, sendo 2 (duas) categoria “ C”, tipo ATR 72 e saída “ self-prop”; e uma para aeronaves tipo B – BOEING 737/700 com procedimento “ push-back”;
• Definição de áreas para estacionamento e abrigo de equipamentos de rampa;
• Implantação do sistema de pistas de rolamento para circulação e acesso as novas instalações;
• Construção de novo Terminal de Passageiros (TPS); • Ampliação e adequação do Serviço de Salvamento e Combate a Incêndio
(SCI) adequado, categoria 5 ou da aeronave de maior frenquência; • Construção de novo estacionamento de veículo; • Implantação de novo PAA.
Após 84 meses: • Construção de novo Pátio com cinco posições de estacionamento
aeronaves, sendo 2 para categoria “ C”, tipo ATR 72 e saída “ self-prop”; e três posição para aeronaves tipo B – BOEING 737/700 com procedimento “ push-back”;
• Ampliação de áreas para estacionamento e abrigo de equipamentos de rampa;
• Ampliação do Terminal de Passageiros para o mínimo de 3.500 m2; • Ampliação do estacionamento de veículos; • Adequação ou construção de novo PAA; • Implantação do SCI Categoria 5; • Ampliação e adequação do sistema viário de circulação e acesso as
novas instalações previstas; • Implantação da Torre de Controle; • Implantação de pavimentação junto à cabeceira 13 para “turnaround”.
5. OBRIGAÇÕES DA CONCESSIONÁRIA:
5.1 - Constituem obrigações da CONCESSIONÁRIA:
a) Assumir inteiramente a administração do Aeroporto;
b) Executar os serviços de limpeza, conservação e manutenção de
todas as áreas do Aeroporto, com fornecimento de todo o material
necessário á realização destes serviços.
c) Executar serviços de jardinagem, mantendo limpa e com grama
baixa toda a faixa de pista, além da pista de taxiamento das
aeronaves;
d) Manter todos os equipamentos existentes e os a serem
implantados, ou seja: balizamento noturno, subestação de
emergência, farol rotativo, PAPI, biruta iluminada, NDB, bem como
todas as instalações agregadas aos equipamentos;
e) Não permitir que sejam construídas edificações nas áreas de
projeção de pouso e decolagem de acordo com a Norma 256 GC-5,
do Comando da Aeronáutica.
f) Cumprir as normas e instruções editadas pela CONCEDENTE
quanto ao funcionamento administrativo e operacional do Aeroporto
objeto deste contrato;
g) Apresentar anualmente ou quando for solicitado, ao
CONCEDENTE, o balanço e relatórios previstos no edital e no
contrato, inclusive para fins de prestação de contas;
h) Reordenar os espaços físicos do Aeroporto, caso seja
necessário, e após prévia autorização do CONCEDENTE;
i) Permitir livre acesso dos encarregados da fiscalização, em
qualquer época, aos dados relativos à administração, contabilidade,
recursos técnicos, econômicos e financeiros, assim como às
instalações e equipamentos do Aeroporto.
j) Devolver, findo o contrato, o Aeroporto à CONCEDENTE, em
perfeitas condições de uso, higienização e conservação, não lhe
cabendo nenhum direito a indenização, a qualquer título, pelas
obras necessárias que realizar durante a Concessão ou mesmo por
obras de melhoramentos ou ampliação das áreas construídas, não
cabendo à CONCESSIONÁRIA, "ipso facto", o direito de retenção;
k) Implementar, as suas expensas, definições da CONCEDENTE,
da ANAC e do Comando da Aeronáutica relativas à implantação de
áreas destinadas à instalação de serviços de utilidade ou
necessidade pública;
l) Não locar áreas a terceiros que tenham fim o comércio de jogos
proibidos por lei;
m) Assumir os ônus das taxas e dos impostos Municipais, Estaduais
e Federais, além dos seguros previstos em lei e no contrato,
pagando-os pontualmente, inclusive as contribuições incidentes
sobre as diversas formas de exploração comercial das atividades
objeto do contrato;
n) Não instalar, direta ou indiretamente, sonorização no Aeroporto, a
qualquer título, pretexto ou fim, salvo para anúncio de embarques,
desembarques ou alterações da operação de transporte. Fica de
logo excluída dessas proibições à instalação de serviço de vídeo
para veiculação de informações e anúncios aos usuários, desde que
a utilização do sistema não venha a prejudicar as divulgações de
embarque, desembarque ou outras que digam respeito à operação
do Aeroporto e que sejam de interesse do passageiro;
o) Executar imediatamente, todo e qualquer reparo que se fizer
necessário nas instalações e áreas edificadas;
p) Manter o conjunto arquitetônico e as instalações do Aeroporto em
perfeito estado de conservação e asseio, permitindo o pleno
funcionamento de todos os serviços;
q) Cumprir e fazer cumprir as normas e instruções emanadas da
AGERBA, da ANAC e do Comando da Aeronáutica quanto ao
funcionamento administrativo e operacional do Aeroporto;
r) Fornecer mensalmente à AGERBA, à ANAC e ao Comando da
Aeronáutica, na forma que estes indicarem, relatórios estatísticos de
movimento de aeronaves e passageiros
embarcados/desembarcados, cópias dos contratos de locação das
lojas, áreas de estacionamento privado e locadas para locadoras de
veículos, bem como, sempre que solicitado, relatório sobre todas as
atividades administrativas e operacionais do Aeroporto;
s) Manter, solidariamente com as empresas operadoras, serviços de
informação permanente ao público, tais como: horários, tarifas,
escalas, locais de guichês, entre outros;
t) Coibir a permanência ou circulação de pessoas que perturbem a
ordem no ambiente, bem como a prática de comércio informal nas
áreas do conjunto arquitetônico do Aeroporto, podendo recorrer ao
auxílio e aos bons ofícios da Segurança Pública e dos Poderes
Públicos competentes;
u) Não permitir que seja afixado no conjunto arquitetônico, qualquer
tipo de publicidade em local não autorizado pela AGERBA, ANAC e
Comando da Aeronáutica;
v) Não permitir comercialização em áreas do aeroporto que
dificultem a acessibilidade e os deslocamentos dos passageiros;
x) Não realizar nenhuma alteração no conjunto arquitetônico do
Aeroporto, seja para obra de ampliação ou modificação da estrutura,
sem prévia autorização da CONCEDENTE ;
z) Cumprir os requisitos de acessibilidade previstos no Decreto
Federal nº 5.296/2004.
5.2. Disponibilizar áreas destinadas à Fiscalização, à Segurança Pública,
ao Juizado de Menores, à Receita Federal, à Polícia Federal e à
ANVISA, quando exigidos pela ANAC.
5.3. Colocar placa em local visível do conjunto arquitetônico do
Aeroporto, indicando que a administração do mesmo está sob sua
responsabilidade. O modelo da placa será fornecido pela
CONCEDENTE.
5.4. Responsabilizar-se pela Operação da Estação Prestadora de
Serviços de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo (EPTA) do
Aeroporto, a partir de sua implantação.
6. OBRIGAÇÕES DA CONCEDENTE
6.1 - Constituem obrigações da CONCEDENTE:
a) Acompanhar e fiscalizar permanentemente diretamente ou
através da AGERBA a prestação dos serviços e a conservação dos
bens reversíveis, visando ao atendimento das normas,
especificações e instruções estabelecidas no contrato de concessão
ou em resoluções e portarias baixadas pela AGERBA;
b) Aplicar as penalidades previstas no contrato de concessão e na
legislação pertinente;
c) Intervir na concessão nos casos e nas condições previstas no
contrato de concessão e na legislação vigente;
d) Cumprir e fazer cumprir as disposições regulamentares da
concessão e as cláusulas do contrato;
e) Zelar pela boa qualidade do serviço;
f) Receber, apurar e promover a solução das reclamações dos
usuários quando julgadas procedentes;
g) Estimular o aumento da qualidade dos serviços prestados aos
usuários e o incremento da produtividade dos serviços prestados
pela CONCESSIONÁRIA;
h) Promover medidas que assegurem a adequada preservação e
conservação do meio ambiente;
i) Fazer cumprir a gestão, coordenação e fiscalização da concessão,
nos termos da legislação vigente;
j) Declarar extinta a concessão nos casos previstos no contrato;
k) Intervir na execução do serviço quando necessário, a fim de
assegurar a sua regularidade e fiel cumprimento do contrato de
concessão e das normas legais pertinentes;
l) Autorizar o reajuste e proceder à revisão das tarifas, conforme
disposto no contrato e nas resoluções da ANAC;
7. PRAZO DA CONCESSÃO
O prazo de concessão será de 15 (quinze) anos contados da data da
assinatura do contrato. O prazo poderá ser prorrogado, por até igual
período, obedecidos os preceitos legais e o interesse público.
8. PAGAMENTO DA OUTORGA
8.1 O pagamento da remuneração proposta pela outorga, cumprida a carência estabelecida no Edital, será feito mensalmente em qualquer agência bancária, até o 5º (quinto) dia do mês subseqüente ao do vencimento ficando a concessionária obrigada a enviar à AGERBA uma cópia do comprovante do pagamento até o dia 15 (quinze) do referido mês. 8.2 Havendo atraso no pagamento da remuneração mensal incidirão acréscimos moratórios, sobre débitos denunciados espontaneamente, equivalentes a 0.11% ao dia, limitada a 10% (dez por cento) mais a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custodia – SELIC, conforme estabelecido no § 2º, inciso I, do art. 102 da Lei 3.956, com a redação datada pela Lei 7.753 de 13/12/2000.
9. SERVIÇOS COMPLEMENTARES
9.1 – A CONCESSIONÁRIA poderá contratar com terceiros o
desenvolvimento e a execução de atividades inerentes, desde que
acessórias ou complementares à Concessão, mediante prévia
anuência da AGERBA.
9.2 – Os contratos celebrados entre a Concessionária e os terceiros
a que alude o item anterior reger-se-ão pelo direito privado, não se
estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e a
CONCEDENTE.
9.3 – São vedadas, a subconcessão e a transferência da
concessão, sem prévia anuência do CONCEDENTE.
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