Nervos em geral – terminações nervosas – nervos espinhais

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Prof. Olavo s. valente

NERVOS EM GERAL – TERMINAÇÕES

NERVOSAS – NERVOS ESPINHAIS

Características Gerais e Estrutura dos

Nervos• Cordões esbranquiçados constituídos por feixes

de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos.

• Podem ser espinhais ou cranianos.

• Geralmente as fibras que formam os nervos são mielínicas

• Três bainhas conjuntivas que entram na constituição dos nervos:

Epineuro: envolve todo o nervo;

Perineuro: envolve os feixes das fibras;

Endoneuro: envolve cada fibra nervosa.

• As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos nervos e, de modo geral, são mais espessas nos nervos superficiais.

• São muito vascularizados;

• Quase totalmente desprovidos de sensibilidade;

• Dor fantasma.

• Nervos podem se bifurcar ou anastomosar, entretanto nestes casos não há bifurcação ou anastomose de fibras, apenas uma reorganização, formando mais de um nervo.

• Próximo à terminação nervosa, as fibras nervosas motoras ou sensitivas se ramificam muito.

• Os nervos espinhais se originam na medula e os cranianos no encéfalo.

• Costuma-se distinguir em um nervo uma origem REAL e uma origem APARENTE.

Condução dos Impulsos Nervosos

• Nos nervos a condução dos impulsos nervosos sensitivos se faz através dos prolongamentos periféricos dos neurônios sensitivos

• O prolongamento periférico e morfologicamente um axônio, mas conduz o impulso nervoso centripetamente, sendo funcionalmente um dentrito.

• Já o prolongamento central é um axônio no sentido morfológico e funcional, uma vez que conduz centrifugamente.

• Os impulsos nervosos sensitivos são conduzidos pelo prolongamento periférico para o central e admite-se que não passa pelo corpo celular.

• Os impulsos nervosos motores são conduzidos do corpo celular para o efetuador

• Contudo pode-se estimular experimentalmente um nervos isolado que funciona como um fio elétrico nos dois sentidos.

• A velocidade de condução das fibras nervosas varia de 120 metros por segundo e depende do calibre da fibra, sendo maior nas fibras mais calibrosas.

• Levando-se em consideração principalmente características de velocidade de condução, as fibras dos nervos foram classificadas em 3 grupos principais:

• A, B e C, que correspondem a grande, médio e pequeno calibre

Fibras tipo A

• Ricamente mielinizadas dos nervoso mistos;• Podem ser divididas quanto a velocidade de

condução em alfa, beta e gama.

• Alfa = mais rápida;• Beta = média velocidade;• Gama = lenta

Fibras tipo B

• Fibras pré-ganglionares, que serão vistas no capítulo de sistema nervoso autônomo.

Fibras tipo C

• Fibras pós-ganglionares do sistema nervoso autônomo e possivelmente algumas fibras responsáveis por impulsos dolorosos.

Lesões de Nervos Periféricos e Regeneração de Fibras

Nervosas• Nervos periféricos são frequentemente

traumatizados, resultando em esmagamentos ou secções que trazem como consequência a perda ou diminuição da sensibilidade e da motricidade no território inervado.

• Tanto nos esmagamentos quanto nas secções ocorre degenerações da parte distal do axônio e de sua bainha de mielina, estendendo-se o fenômeno em direção proximal até estrangulamento de Ranvier mais próximo da lesão.

Degeneração Walleriana

• Nestes casos as extremidades proximais das fibras lesadas crescem e emitem numerosos brotamentos que alcançam o nível da lesão e penetram no tecido cicatricial

• Em caso de secção com afastamento dos dois cotos, as fibras nervosas em crescimento, não encontrando o coto distal, crescem desordenadamente no tecido cicatricial, formando um emaranhado de fibras “perdidas”. Nestes casos para que haja recuperação funcional deve-se fazer a remoção do tecido cicatricial e o ajustamento dos cotos nervosos por sutura epineural, de modo a permitir que as fibras nervosas em regeneração penetrem no coto distal do nervo.

Terminações Nervosas• Em suas extremidades periféricas, as fibras

nervosas dos nervos modificam-se dando origem a formações ora mais, ora menos complexas, as terminações nervosas, que podem ser de dois tipos:

• Sensitivas ou aferentes;• Motoras ou eferentes.

Terminações Nervosas Sensitivas (receptoras)• Classificação Morfológica dos Receptores:

o Receptores Gerais;o Receptores Especiais;

• Os receptores especiais são mais complexos, relacionando-se com um neuroepitélio (retina), e fazem parte dos chamados órgãos especiais dos sentidos: visão, audição e equilíbrio, gustação e olfato, todos localizados na cabeça.

• Os receptores gerais ocorrem em todo o corpo, havendo maior concentração na pele. Em sua maioria apresenta estrutura mais simples que a dos receptores especiais, podendo ser de dois tipos:

• Livres e os encapsulados, conforme tenham ou não uma capsula conjuntiva.

Receptores Livres• São os mais frequentes;• Emergem de redes nervosas sub-epiteliais e ramificando-

se entre outras células da epiderme.

• Ao se transformar em terminações livres, as fibras perdem sua bainha de mielina.

• Algumas terminações livres relacionadas com o tato enrolam-se na base dos folículos pilosos ou terminam em contato com células epiteliais especiais, constituindo o disco de Merkel.

• Além das funções de tato, as terminações nervosas livres são responsáveis pela sensibilidade térmica e dolorosa.

Receptores Encapsulados

• São mais complexos que os livres;

• Há intensa ramificação da extremidade do axônio dentro da capsula conjuntiva, também chamados de corpúsculos sensitivos da pele

Terminações Nervosas Encapsuladas

• Corpúsculo de Meissner:

• Ocorrem nas papilas dérmicas, principalmente nas da pele espessa das mãos e dos pés. São receptores de tato e pressão.

• Corpúsculo de Ruffini:

• Ocorram nas papilas dérmicas tanto na pele espessa das mãos e dos pés quanto na pele pilosa do restante do corpo.

• São receptores de tato e pressão.

• Corpúsculo de Vater-Paccini:

• Ocorre principalmente no tecido celular subcutâneo das mãos e dos pés ou mesmo em territórios mais profundos como nos septos intermusculares e no periósteo.

• Responsáveis pela sensibilidade vibratória, ou seja, responsáveis por receber estímulos mecânicos rápidos e repetitivos.

• Fusos Neuromusculares:

• Pequenas estruturas em forma de fuso situadas no ventre dos músculos estriados esqueléticos, dispondo-se paralelamente com as fibras destes músculos.

Órgãos Neurotendinosos

• São receptores encontrados na junção dos músculos estriados com seu tendão.

• São ativados pelo estiramento do tendão.

• Informam aos sistema nervoso central da tenão exercida pelos músculos em suas inserções tendinosas no osso e permitem assim uma avaliação da força muscular que está sendo exercida.

Nervos Espinhais• São aqueles que fazem conexão com a medula

espinhal e são responsáveis pela inervação do

tronco, dos membros superiores e partes da

cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os

dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que

correspondem aos 31 segmentos medulares

existentes. São 8 pares de nervos cervicais, 12

torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo.

• Cada nervo espinhal é formado pela união das

raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as

quais se ligam, respectivamente, aos sulcos

lateral posterior e lateral anterior da medula

através de filamentos radiculares.

• A raiz ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral.

• A raiz dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal.

• As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame interespinhal.

• O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao forame intervertebral.

• O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral, imediatamente após a junção das duas raízes.

PLEXO  BRAQUIAL• O membro superior é inervado pelo plexo

braquial situado no pescoço e na axila, formado por ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1).

• O plexo braquial tem localização lateral à coluna cervical e situa-se entre os músculos escalenos anterior e médio, posterior e lateralmente ao músculo esternocleidomastóideo.

• O plexo passa posteriormente à clavícula e acompanha a artéria axilar sob o músculo peitoral maior.

• Os ramos ventrais do quinto e do sexto nervos cervicais (C5-C6) formam o tronco superior; o ramo anterior do sétimo nervo cervical(C7) forma o tronco médio; e os ramos anteriores do oitavo nervo cervical e do primeiro nervo torácico (C8-T1) formam o tronco inferior.

• Os três troncos, localizados na fossa supraclavicular, dividem-se em dois ramos, um anterior e um posterior, que formam os fascículos, situados em torno da artéria axilar. Os ramos anteriores dos troncos superior e médio formam o fascículo lateral; o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial; e os ramos posteriores dos três troncos formam o fascículo posterior.

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