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A origem do bairro
As terras do atual bairro do Méier faziam parte do Engenho Novo dos Jesuítas, uma
grande fazenda de cana-de-açúcar. Em 1760, a coroa portuguesa os expulsou do Rio de Janeiro
por conta de alguns desentendimentos. Nessas terras, no início do século XIX, estava a “Quinta
dos Duques”, do casal José Paulo da Mata Duque Estrada e Dulce de Castro Azambuja. A filha do
casal, Jerônima Duque Estrada, casou-se com o “guarda roupas do Paço”, Comendador Miguel
João Meyer e tiveram nove filhos. O primogênito, Augusto Duque Estrada Meyer, era
acompanhante do Imperador Dom Pedro II, recebendo o título de “Camarista” e recebeu também
extensas terras abrangendo desde a Estrada Grande (atual Dias da Cruz) até a Serra dos Pretos
Forros, onde ficava a sede de sua Fazenda São Francisco (no final da atual Rua Camarista
Méier). Começou a denominar as ruas com os nomes de seus parentes: Frederico, Joaquim,
Carolina Meyer - e estabeleceu um novo bairro chamado, desde o início, de Meyer. Em 1879, o
bairro foi cortado pelos trilhos dos bondes da Companhia Ferro-Carril e em 1907, surgiam os
bondes mais modernos, de tração elétrica da linha que unia o Engenho de Dentro ao Largo de
São Francisco. Com o tempo o nome de origem alemã foi aportuguesado para Méier.
Rua Dias da Cruz, 1930.
No dia 13 de maio de 1889 foi inaugurada a estação de trem da então Estrada de Ferro D.
Pedro II (hoje, EFCB). A data foi tão importante para o desenvolvimento do bairro que é
comemorada como a de fundação do bairro. A partir da década de 1950, houve uma verdadeira
explosão demográfica e comercial.
Localização e dados demográficos
O Méier é um bairro localizado na Zona norte do Rio de Janeiro, que possui famílias de
classe média e média alta, segundo o IBGE. É o bairro carioca com IDH de 0,931, o que o coloca
como 17º na lista dos bairros do Rio de Janeiro com maior Índice de Desenvolvimento Humano.
Esse índice é o método utilizado pela ONU que mede a qualidade de vida das pessoas que
habitam determinado território. Ele varia de 0 a 1 e são levados em conta fatores como
expectativa de vida, taxa de alfabetização e frequência escolar, renda per capita e os índices
gerados partir desses dados.
POSIÇÃO
NO
RANKING
BAIRRO EXPECTATIVA
DE VIDA AO
NASCER (EM
ANOS)
TAXA DE
ALFABETIZAÇÃO
(%)
TAXA BRUTA DE
FREQUÊNCIA
ESCOLAR (%)
RENDA PER
CAPITA BRUTA
EM R$
ÍNDICE DE
LONGEVIDADE
IDH-L
ÍNDICE DE
EDUCAÇÃO
IDH-E
ÍNDICE DE
RENDA
IDH-R
ÍNDICE DE
DESENVOLVIMEN
TO HUMANO
IDH
17º Méier 77,37 99,01 108,63 1000,16 0,873 0,993 0,926 0,931
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
O bairro do Méier possui cerca de 52.000 habitantes, segundo o Censo mais atualizado do
IBGE. Considera-se que o bairro é uma referência de expansão comercial na cidade do rio de
Janeiro, por ter sido inaugurado no bairro, em 1963, o primeiro Shopping Center do Brasil, o
Shopping do Méier, na Rua Dias da Cruz. Na época o bairro passava por um período de grande
ascensão comercial. Atualmente o shopping possui mais de 60 lojas, sendo duas âncoras (Lojas
Americanas e C&A), além de lanchonetes fast food, e também abriga o Campus Millôr Fernandes
da Universidade Estácio de Sá.
Shopping Center do Méier, foto atual.
A ênfase na importância da área comercial do bairro começou no início do século XX, onde
se implantaram casas de negócios e grandes magazines da época, como a Casa Lopes, a Casa
Marques e a Casa Amazonas. Estabelecimentos como a Foto Quesada e as famosas confeitarias
Moderna e Japão, atraiam pessoas de todo lugar.
Casa Amazonas, Méier, 1922.
Estrutura do bairro
O bairro possui duas áreas urbanas de características extremas: uma região mais agitada,
próxima a Dias da Cruz e a estação de trem, e outra mais calma, nas ruas internas do bairro. O
Méier faz divisa com os bairros do Lins de Vasconcelos, Engenho de Dentro, Cachambi, Engenho
Novo e Todos os Santos. É chamado por muitos como “capital do subúrbio”, justamente por ser o
primeiro bairro do subúrbio a apresentar ares de modernidade, como citou em vários momentos
de sua obra o escritor e morador do bairro Lima Barreto, conhecido por retratar o cotidiano do
bairro.
O Méier é dividido ao meio pela linha férrea da antiga Central do Brasil, e foram as obras
do Rio Cidade, cujo projeto foi desenvolvido pelo Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos
e executado pela RioUrbe, realizadas em duas fases: de 1993 a 1996 e de 2003 a 2004, que
deram outro aspecto ao bairro e trouxeram mais qualidade de vida aos moradores.
A primeira fase incluiu grandes modificações, tendo como foco o lado da Rua Dias da
Cruz, que, ao término das obras, estava totalmente repaginada. Nesse período o bairro ganhou a
Praça Agripino Griecco e os dois terminais rodoviários que atendem à população local. A segunda
etapa do Rio Cidade Méier concentrou-se nas proximidades do Hospital Municipal Salgado Filho,
dos quartéis do Corpo de Bombeiros e do 3º Batalhão de Polícia Militar. As obras, realizadas
numa área de 82.500m², abrangeram as ruas Aristides Caire (até a estação), Lucídio Lago (da
Praça Canadá até a Rua Frederico Méier), Frederico Méier, Arquias Cordeiro (lado da linha férrea
e trecho da Aristides Caire até o Hospital Salgado Filho) e Carolina Méier.
O trecho da principal transversal, a Rua 24 de Maio, também recebeu melhorias. A fachada e o
calçadão próximo à estação do Méier foram totalmente remodelados, ganhando uma passarela
mais ampla sobre a ferrovia que liga o lado da Rua Dias da Cruz ao da Rua Arquias Cordeiro. No
local foi instalada uma escada rolante com cobertura. É no lado da Arquias Cordeiro que está o
antigo Jardim do Méier, principal praça do bairro, fundada em 1916.
As melhorias tiveram como objetivo a revisão do traçado das ruas, frisagem e
recapeamento asfáltico, tratamento paisagístico, infraestrutura, iluminação pública, arborização e
instalação de novo mobiliário urbano. A Rua Dias da Cruz, foi dividida por um canteiro central com
diversas espécies de árvores. Recebeu nova sinalização para pedestres e veículos, abrigos nas
paradas de ônibus e táxis e ampliação das redes de esgoto e águas pluviais.
Rua Dias da Cruz, dias de hoje.
Saúde
O Hospital Municipal Salgado Filho, um dos maiores hospitais de emergência da rede de
saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro é o principal hospital do bairro. Surgiu em 12 de outubro de
1920 sob o nome de Serviço Auxiliar do Pronto Socorro do Méier. Em 28 de novembro de 1951,
passa a se chamar Dispensário do Méier. Somente em 27 de março de 1963 é inaugurado com a
denominação de Hospital Estadual Salgado Filho. Em 17 de março de 1977, o novo Hospital
Municipal Salgado Filho, com um bloco principal (subsolo e sete andares), possuindo dois anexos
(um com 3 e outro com 2 andares) é inaugurado pelo Prefeito Marcos Tamoio e seu Secretário de
Saúde. Outra opção de atendimento médico está situada na Rua Ana Barbosa - o Posto de
Atendimento Municipal César Pernetta. Existe também uma UPA, Unidade de Pronto
Atendimento, modelo adotado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, no bairro do engenho de Dentro,
feita com o intuito de acolher moradores do Méier e Grande Méier. A opção mais próxima fora da
rede pública é o Hospital Pasteur, em Todos os Santos.
Educação
Muitas universidades como Estácio de Sá, Unicarioca, Univercidade, Cândido Mendes e
Hélio Alonso possuem campus no bairro. Diversas escolas particulares (algumas quase
centenárias), escolas estaduais e municipais. Destacam-se o Colégio Imaculado Coração de
Maria fundado em 1914 na antiga Rua Imperial - atual Aristides Caire e o Colégio Metropolitano
fundado em 1932 na Rua Dias da Cruz e tem três unidades no bairro. Cursos de idioma como
Brasas, CCAA, Cultura Inglesa e IBEU entre outros menores, pré-vestibulares, cursos informática
e outros cursos (como o Kumon) também tem filiais no bairro.
Lazer e Cultura
O bairro possui um grande número de academias, em relação a outros bairros da Zona
Norte, voltado para diferentes públicos: algumas de atividades exclusivamente femininas como a
Curves e outras maiores e com frequentadores variados, como a Smart Fit. Outra atividade que só
voltou ao Méier no ano de 2012 foi o cinema. O Méier já teve quatro cinemas. O mais famoso
deles foi o Imperator. Os outros são: Art Méier e Bruni Méier (ambos na Rua Silva Rabelo) e o
Paratodos (na Rua Arquias Cordeiro).
Cine Bruni Méier
Todos os demais cinemas também foram fechados ou transformados em igrejas
protestantes. Em 1991, o Imperator foi transformado em casa de espetáculos, mas encerrou suas
atividades em 1995. Em 2012 reabriu com o nome de Imperator – Centro Cultural João Nogueira,
um espaço multicultural, com 3 salas de cinema, teatro, espaço para shows e exposições, um
restaurante e um terraço chamado de Alto Méier, um espaço verde com 1.200 m² para atividades
em família, atenção especial às crianças com brinquedos coloridos, oficinas culturais para todos e
apresentações musicais, tendo como o domingo o dia de maior movimento.
Fachada Imperator, 1989.
COLOCAR AQUI FACHADA ATUALO bairro também possui o Teatro Agildo Ribeiro, o Teatro de Guignol ou Marionetes, no Jardim do
Méier e outros pequenos centros culturais, geralmente ligados a atividades de colégios ou cursos.
Há ainda o Coreto do Méier, que já serviu de espaço para shows e segundo alguns moradores do
bairro, sofre com o descaso da administração pública.
Coreto do Méier, 2012.
A Rua Dias da Cruz é fechada aos domingos das 08 às 18 horas para se transformar em
uma grande área de lazer e atividades ao ar livre, algumas patrocinadas por empresas locais.
Rua Dias da Cruz, fechada ao trânsito aos domingos.
No bairro também se encontra o Sport Clube Mackenzie, clube fundado em 1914 que foi
palco para grandes eventos do bairro e hoje seu forte é o esporte, como natação, futebol, judô,
basquete e vôlei, entre outros.
Sport Clube
Mackenzie, 2012.
Existe no bairro um pólo gastronômico chamado Baixo Méier, onde restaurantes e bares
dividem o mesmo espaço, oferecendo propostas diferentes. Culinárias árabe, portuguesa, italiana
e churrascarias dividem espaço com bares que oferecem música ao vivo e mesas de sinuca,
como o bar Reza Forte e o Botequim do Zé, por exemplo.
.
Bar Reza Forte, Baixo Méier.
A valorização do bairro
Considerado o bairro mais elitizado da Zona Norte do Rio, os imóveis no bairro tiveram
uma valorização de 81,6% para venda e de 67% para aluguel, segundo o Sindicato da Habitação
do Rio (Secovi-Rio). Os dados mostram que a média do metro quadrado no bairro passou de R$
2.009, em junho de 2010, para R$ 3.649 em junho de 2012.
Uma nova linha de metrô está sendo construída e o acesso a outros pontos da cidade será
maior. A proximidade com a Linha Amarela, via expressa da cidade também é importante fator na
procura de quem deseja morar no Méier. Além disso, o bairro oferece muitas opções de serviço.
As grandes construtoras erguem condomínios com alto padrão de estrutura condominial: piscina,
academia, quadras esportivas e espaços gourmet.
A demanda por esses empreendimentos só cresce: segundo a Associação de Dirigentes
de Empresas do Mercado Imobiliário no Rio (ADEMI-RJ) o aumento da quantidade de
unidades lançadas no Méier passou de 72, em 2010, para 284, em 2011- últimos dados
divulgados desde então.
Ipanema - origem do bairro.
Ipanema antes e depois da urbanização
No século XIX, o desenvolvimento da zona sul foi forçado pela chegada da corte
portuguesa, quando a população da cidade, capital na época, passou de sessenta mil para
quinhentos mil habitantes. Enquanto a corte se dirigiu ao norte, em direção à Floresta da Tijuca, o
corpo diplomático e os ingleses preferiram a Zona Sul, onde só havia vilas de pescadores.
O loteamento de Ipanema começou após a fundação da Villa Ipanema em 1894 pelo Barão
de Ipanema. Apesar de Ipanema ter se desenvolvido primeiro que o Leblon, as terras de Ipanema
também pertenceram ao francês Charles Le Blond, que as vendeu a Francisco José Fialho, que
por sua vez as vendeu ao Barão de Ipanema em 1878.
O nome Ipanema significa "água ruim, rio sem peixes" em tupi-guarani. Mas o bairro
recebeu o nome Ipanema por conta de seu fundador, da mesma forma que Charles Le Blond
atribuiu seu nome ao Leblon. Interessado no loteamento da região, o Barão de Ipanema
configurou as praças Marechal Floriano Peixoto hoje Praça General Osório e Coronel Valadares
(atual Nossa Senhora da Paz), e incluiu a Avenida Vieira Souto, as ruas Alberto de Campos,
Farme de Amoedo, Prudente de Morais, Nascimento Silva, Montenegro (hoje Vinícius de Moraes),
Vinte de Novembro atualmente chamada de Visconde de Pirajá, Quatro de Dezembro (hoje
Teixeira de Melo), Dezesseis de Novembro (Jangadeiros), Vinte e Oito de Agosto conhecida
atualmente como Barão da Torre, entre outras.
Construção da Rua Garcia D’Ávila
Localização e dados demográficos
POSIÇÃO
NO
RANKING
BAIRRO EXPECTATIVA
DE VIDA AO
NASCER (EM
ANOS)
TAXA DE
ALFABETIZAÇ
ÃO (%)
TAXA BRUTA DE
FREQUÊNCIA
ESCOLAR (%)
RENDA PER
CAPITA BRUTA
EM R$
ÍNDICE DE
LONGEVIDADE
IDH-L
ÍNDICE DE
EDUCAÇÃO
IDH-E
ÍNDICE DE
RENDA
IDH-R
ÍNDICE DE
DESENVOLVIMEN
TO HUMANO
IDH
4º Ipanema 78,68 98,78 107,98 2465,45 0,895 0,992 1,000 0,962
Ipanema é um bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro e é composto basicamente por
famílias de classes média alta e alta, possui cerca de 42.743 habitantes, conforme dados do IBGE
e seu IDH é está em 4º lugar no ranking da Instituição, um dos maiores do Rio de Janeiro.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
O número de habitantes vem caindo desde 2000 e dados do SECOVI- RJ associam essa
queda ao fato de que pessoas que almejavam morar em Ipanema, hoje possuem outras opções,
como as construções que têm surgido na Barra da Tijuca, que além de oferecer condomínios com
ampla estrutura e também ter proximidade com a praia, oferece cada dia mais serviços
diferenciados voltados para essa classe econômica, causando a migração de quem tinha, por
exemplo, Ipanema como foco.
A ascensão econômica do bairro se deu a partir dos anos 60, quando houve o avanço da
especulação imobiliária sobre o bairro, substituindo casas por edifícios. Os preços dos imóveis
dispararam e Ipanema passou a ser um dos bairros mais caros do Rio de Janeiro.
O bairro possui apartamentos de alto luxo, principalmente na beira-mar, que juntamente
com o Leblon forma a região de residências mais caras da cidade, conforme dados da SECOVI –
RJ. Segundo o Índice FIPE/Zap de Preços de Imóveis Anunciados, o metro quadrado de Ipanema
custa R$ 17.295, o segundo mais caro da cidade, ficando atrás apenas do Leblon.
Uma das casas comerciais pioneiras foi a Padaria e Confeitaria Ipanema, fundada em
1896 na atual Visconde de Pirajá, 325; e que chegou aos cem anos. O Bar Bofetada, na Rua
Farme de Amoedo no. 87 é considerado hoje um dos melhores do Rio e surgiu em 1934 com o
nome de Nova Lisboa. Também nos anos 30 a Confeitaria Pirajá é fundada e vira ponto de
referência no bairro. Já a primeira casa noturna de Ipanema surgiu nos anos de 1960. Foi a
extinta Boate Y-Panema, que era na Garcia D Ávila, 85. Nesse período Ipanema ainda não
possuía boutiques de moda e até 1961, o consumo de moda acontecia no centro da cidade, em
lojas como Casa Canadá; Ipanema possuía armarinhos de tecidos, como a Casa Alberto, Casa
Miró ou Madame Faria. Assim, as mulheres da alta sociedade mandavam seus tecidos às
costureiras, para que fossem feitas peças à moda estrangeira.
Casa Alberto, fachada atual.
Casa Miro, fachada atual.
Em 1961, surge a boutique Mariazinha – atual Mara Mac, o bairro deixou de ser de
mercearias, bancos, padarias e farmácias para um bairro de marcas e butiques. Logo depois
surgem a Bibba, a Aniki Bobó, a Frágil e em 71, a Píer, que fizeram de Ipanema a grande vitrine
do Rio de Janeiro. Essas lojas refletiam o espírito da vanguarda carioca.
Nos anos 80 surgia a Company, fundada por Mauro Taubmann na Garcia D Ávila, 56. A
Company foi a primeira grife a patrocinar eventos de esportes no Brasil, o que vemos
frequentemente hoje em dia.
Estrutura do bairro
O bairro é contemplado pela praia, onde muitas pessoas praticam atividades físicas. A orla
de Ipanema é ponto de encontro para grupos de diferentes idades e perfis.
Orla Ipanema
Ipanema possui características bem extremas. Na praia, é cosmopolita; na Visconde de
Pirajá, é agitada e barulhenta por conta do comércio, nas transversais e nas ruas mais próximas à
Lagoa, é tranquila.
O bairro é percurso de muitas linhas de ônibus e o seu acesso melhorou depois da
chegada do metrô ao bairro.
Metrô General Osório
Ipanema possui duas grandes praças, localizadas em uma de suas principais avenidas, a
Visconde de Pirajá. É nessa rua que se concentra o maior número de comércio no bairro. Outras
avenidas como Vieira Souto, que percorre a praia, Barão da Torre, entre outras.
O bairro possui um item arquitetônico que trouxe muita discussão quanto a sua existência,
o Obelisco, localizado no inicio da Rua Visconde de Pirajá. Ele foi construído em homenagem a
Villa Ipanema, numa alusão ao Rio Antigo e como um portal para a entrada do bairro, com uma
grande passarela, que não possuía nenhuma forma de acesso, tendo apenas efeito decorativo. A
proximidade aos prédios fez com que a prefeitura demolisse a passarela, em 2009, deixando só o
Obelisco.
Obelisco ainda com a passarela
Demolição da passarela, 2009.
A Rua Visconde de Pirajá é bem ampla e possui sinalizações coloridas pelo chão em todo seu
percurso.
Ampla e bem sinalizada
O projeto que trouxe modificações como essas para Ipanema foi o chamado Rio-Cidade,
que consistiu em diversas intervenções urbanas nas vias mais importantes do bairro. Foram
realizadas obras de redimensionamento do sistema de escoamento das águas pluviais,
construção de galerias subterrâneas para a passagem de fios e cabos de telefone e energia
elétrica, reforma de calçadas, retirada e substituição de postes, modernização da sinalização
horizontal e vertical, plantio e replantio de árvores, renovação do piso asfáltico e de iluminação,
remodelamento do mobiliário urbano de praças e calçadões. Podem-se observar ao longo dessas
vias, pequenos detalhes no mobiliário urbano, como os postes inclinados, que gera controvérsias
em que passa por aquela região.
Detalhe do poste inclinado e mobiliário urbano, Rua Visconde de Pirajá.
O bairro também possui forte centro comercial, localizado na Rua Visconde de Pirajá.
Lojas Visconde de Pirajá
Saúde
Não se observa muitos locais da rede pública de saúde em Ipanema, o modelo de pronto socorro
adotado pela prefeitura - a UPA, Unidade de Pronto Atendimento que fica mais próxima é em
Copacabana. O bairro possui um hospital grande, o Hospital Federal de Ipanema. O Hospital de
fundado em 30 de outubro de 1955 como uma unidade do Instituto de Aposentadorias e Pensões
dos Comerciários (IAPC), é um Hospital cirúrgico. Com foco no Ensino e Pesquisa atende os três
níveis de Atenção à Saúde, apresenta demanda espontânea e é referenciado em Cirurgia Geral,
Ginecologia, Oftalmologia, Ortopedia, Proctologia, Urologia e Cirurgia Plástica. A unidade é
pioneira na cirurgia de obesidade mórbida.
Paciente, Hospital Federal de Ipanema.
Educação
No bairro fica o Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante (CETEP), unidade
estadual de ensino onde o foco é a formação profissionalizante. No segmento particular, os
Colégios Rio de Janeiro, Notre Dame e São Paulo são os mais conhecidos no local.
A região possui muitos cursos de idioma, movidos também pela forte influência como ponto
turístico internacional: CCAA, Cultura Inglesa, Wizard, IBEU, entre outros. Veem-se também
muitos cursos alternativos, com foco em terapias em geral. Pré-vestibulares têm uma presença
menor diante dos outros cursos.
Lazer e Cultura
Ipanema, por ser um bairro que possui praia, tem o culto ao corpo como fator determinante
para a quantidade de academias e estúdios de pilates/ginástica que inauguram frequentemente no
bairro. Vários cinemas já fizeram parte do cenário do bairro, como o Cine Pax, inaugurado em
1952 e demolido em 1979, o Cine Ipanema, inaugurado em 1934 e o Super Bruni, considerado o
grande cinema do bairro nos anos 70.
Fachadas do Cine Pax e Super Bruni, ambos em Ipanema.
Atualmente o bairro conta com os cinemas do grupo Estação, um situado na Rua Visconde
de Pirajá e outro dentro da Casa de Cultura Laura Alvin, outro ponto da cidade que juntamente
com o mais recente Oi Futuro reúne um grande acervo de obras, exposições e atividades como
pockets shows e teatro.
Outro local é o Teatro de Ipanema, inaugurado em 1968, fechado e depois reaberto em
2012, fazem parte da história cultural do bairro. Há um teatro também dentro da Universidade
Cândido Mendes, na Rua Joana Angélica.
Teatro Ipanema.
A Feira Hippie de Ipanema também merece destaque nas atividades de lazer do bairro. A
Feira Hippie de Ipanema é uma feira de artesanato e arte-popular realizada aos domingos, de 8 às
20 horas, na Praça General Osório em Ipanema. Fundada em 1968, em pleno regime militar, por
um grupo de artistas e artesãos, situa-se na Praça General Osório, desde sua criação, há mais de
44 anos.
Feira Hippie, Ipanema.
Ipanema sempre foi palco de grandes manifestações culturais. Sinônimo de vanguarda, nos anos
60 e 70, Ipanema foi palco do Tropicalismo, da Bossa-Nova, do Pasquim, do Teatro de Ipanema,
da tanga e do topless.
Topless em Ipanema, anos 70.
Mesmo sendo palco dessas manifestações, Ipanema só teve sua primeira galeria de arte em
1960, a Petite Galerie tornou-se ponto de encontro de intelectuais e artistas, além de um
importante espaço para divulgação da arte contemporânea.
A partir daí Ipanema inaugurou várias galerias e entrou de vez para o cenário da arte
contemporânea do Rio de Janeiro.
Duas praças são pontos de referência no bairro: a praça General Osório e a Nossa
Senhora da Paz esta com uma grande área verde no meio espaço urbano, que sofrerá pequenas
alterações por conta das novas obras do Metrô. O bairro também possui uma área verde – o
Parque Garota de Ipanema
Área da Praça Nossa Senhora da Paz.
A rede hoteleira também é forte para a economia do local por conta do turismo, hostels e
albergues surgem a todo o momento, segundo informações da SINDI-RIO.
Entre os mais conhecidos, Ceasar Park, Ipanema Inn, Mar Ipanema e o Hotel Fasano,
esse último mais conhecido por receber celebridades do mundo inteiro em suas instalações de
luxo.
Fachada Fasano Ipanema.
Ipanema sempre foi um bairro com forte apelo turístico, mas a partir dos anos 1990,
passou a ser frequentada pela comunidade homossexual de todo o mundo, inclusive como rota
turística para esse público. Entre o posto 8 e 9 da praia, está o reduto do público gay, bares e
restaurantes do bairro já têm foco nesse público, como na Rua Farme de Amoedo, embora isso
seja notado por toda Ipanema.
Ipanema também tem um pólo gastronômico, repleto de bares e restaurantes bem variados
que vão desde o antigo Garota de Ipanema, palco da bossa nova de Tom Jobim e Vinícius ao
restaurantes finos como Fasano al Mare dentro do próprio Hotel Fasano e outros modernos como
o Bazzar Bistrô, na Barão da Torre.
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