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Flores de Natal
Organização: Miguel Carqueija
Prefácio: Dilson Ferreira da Silva
Autoras: Abá Morena, Célia Leal,
Denise Matos, Edla Marinho (Edla
Princesa), Eliane Auer (Moça Bonita),
Glaucia Ribeiro, Helena Luna (H.
Luna), Ignez Freitas, Irá Rodrigues,
Isabelle Mara, Ísis Dumont, Leti
Ribeiro, Limaflor (Hortencia Alencar),
Maranaza (Nazareth Carvalho), Maria
Cândida Vieira, Maria Eugenia Santos,
Maria Marlene, Meimi (Eliane Maria de
Jesus), Meri Viero, Nativa, Norma
Aparecida Silveira de Moraes,
Perfumedeflores (Elisabete Gouvea),
Regina Madeira (Estrela Radiante),
PRÓLOGO
Miguel Carqueija
O SENTIDO DO NATAL
O ser humano consegue desvirtuar as coisas
mais belas e puras que existem.
Quem não conhece os Flintstones, aquele
famoso desenho de tv que rendeu também filmes
de longa-metragem e histórias em quadrinhos?
Embora tosca em termos de animação e superficial
em sua moral, a criação de William Hanna e Joseph
Barbera tinha o seu charme, com enredos
elaborados e bastante cômicos, desde que se
aceitasse a situação absurda de uma pré-história
tecnológica (uma tecnologia da idade da pedra).
Uma vez fizeram um especial de longa-
metragem intitulado ―O Natal dos Flintstones‖. Bem,
não pensem que eu esteja simplesmente implicando
com esse desenho que no fundo pretendia satirizar
a classe média norte-americana, e cujos episódios
me divertiram muitas vezes em minha adolescência.
Mas, esse especial tinha uma idiossincrasia que
chamava muita atenção pois era aberrantemente
evidente: nele o Natal era unicamente consumismo
e uma superficial camaradagem.
O Papai Noel tinha algum problema — já não
recordo os detalhes — e quem acabava por
substituí-lo era, claro, o Fred Flintstone.
Nessa história o Natal se resume a isso: Papai
Noel, canções, presentes... e não se fala em Jesus,
em Presépio, na Sagrada Família, na Estrela Guia.
É claro que, a rigor, sendo os Flintstones pré-
históricos, não poderiam conhecer a Natividade.
Mas, deixem pra lá, pois até Paris e Roma pré-
históricas já apareceram em outra fita de longa-
metragem...
Infelizmente, na vida real isso também
acontece: já testemunhei festas natalinas onde a
decoração ignorava ostensivamente qualquer
indicação do sentido religioso da data, qualquer
referência à Criança Divina.
Até numa série japonesa — onde se julga que
praticamente não existe Cristianismo — num
episódio natalino da Sailor Moon, fala-se em Jesus
numa canção de Natal. E nós, no Ocidente dito
cristão, com frequência nos esquecemos do
Aniversariante e o substituímos pela fictícia figura
do Papai Noel — que na verdade tem uma origem
cristã (o bispo São Nicolau) — mas de há muito
desvirtuada. Pode ser que a dupla Hanna-Barbera
não tenha feito por mal, apenas se deixaram
influenciar pela mentalidade hedonista e consumista
da moderna sociedade norte-americana.
Esta antologia de textos poéticos e em prosa, a
cargo das Flores do Recanto, é uma contribuição
para compensar um pouco o esquecimento a que a
mídia tenta condenar o Divino Infante que,
teimosamente, volta a nascer glorioso neste Natal
de 2014.
Que o Menino Jesus, Maria e José abençoem as
amigas tão queridas que contribuíram com seus
esforços e suas penas (ou teclas, para sermos
atualizados) e nos trouxeram textos tão delicados
como verdadeiras jóias em palavras.
Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2014.
P R E F Á C I O.
Foi-me concedida a incumbência, por sinal honrosa, de
prefaciar a obra “Flores de Natal”, antologia de poemas, artigos e
contos. Nela, somente escritor do sexo feminino se faz presente,
para bem enfeitar de flores conforme o título, a temática do
Natal. Natal é tempo de magia. Época de manifestação falada,
cantada e escrita, onde as palavras chaves são: amor,
fraternidade, sensibilidade, verdade e união. Exatamente esse é
o primordial exercício que as participantes tecem com sublime
talento. Elas quando escrevem pensam em si, nas amizades, e
nas pessoas que estão em volta. São mulheres que em suas
labutas profissionais traduzem tristezas, felicidades, ímpetos,
medos, amores, tranquilidade, paz e esperanças de melhores
dias. Cada artigo, poema ou conto que você degustar marcará
com o seu olhar, todavia, a impressão de que o Natal é
renascimento. Como esperado filho com ansiedade e profundo
amor, a presente obra foi projetada com respeito e muita
dedicação ao leitor, buscando alimentar a alma dos que
acreditam no Natal como festa maior da cristandade. Assim,
salutar resultado da reunião das amantes da escrita, mesmo
cientes da árdua tarefa de propagar a arte. Natal é tempo de se
dar as mãos. É tempo de alegria! E é com alegria que faço parte
desta brilhante empreitada literária. Tenham prazerosa leitura e
sejam bem-vindos à celebração desse ímpar e divino momento.
DILSON FERREIRA DA SILVA.
CANTIGA PRA NINAR NATAL!
Bate o sino como hino
Blém! Blém! Blém! Anunciando:
- O menino já vem!
Blém! Blém! Blém!
Pára com esse blém, blém...
Pra não acordar o menino!
O menino dorme (psiu!)
Mas, quando Ele acordar
Vêm lhe visitar os humildes
Trazendo leite, pão e mel
E no céu a estrela guiando
Soberanos, súditos e servos!
Quando o menino acordar
Continue com o blém, blém, blém...
O povo também precisa acordar
Aceitar que o menino nasceu,
Crescerá e morrerá na cruz
Pra nascer de novo em cada natal
R i t u a l
Em espírito e verdade
Nos corações
Dos homens de boa vontade!
14/11/2012 - D I L S O N - NATAL/RN.
DILSON FERREIRA DA SILVA,
nasceu em 03/03/1951 na cidade de Fortaleza, capital do Ceará, e com
07 anos de idade veio para Natal/RN, onde se considera um genuíno
potiguar papa-jerimum. Estudou até o 2º grau completo e trabalhou na
área de recursos humanos durante 35 anos em várias empresas, estando
hoje aposentado. É casado com Maria Salete Sousa e tem duas filhas:
Samantha e Sabrina. Participa da SPVARN há um ano. Tem poesias
publicadas em várias antologias. Sonha, um dia publicar seu livro solo.
Para correspondência: E-mail: dilsonfs51@hotmail.com
Site de escritor: www.recantodasletras.com.br/autores/dilsonpoeta
ABÁ MORENA
(Brasília – DF)
É NATAL!
Abrem-se os portais celestes!
...O grão da vida
No ventre de uma virgem cresce
Tal como uma flor
Esperança-se a terra...
Que gesta,nutre e aquece
Este que muito d'antes resplandece!
E ao soar os sinos
Mulheres,homens e meninos
Contemplam no céu
Uma estrela maior anunciar:
-"Carpe Diem! Carpe Diem!
Veio à luz,o Salvador!"
...Anjos consoante em festa
Cantam "Hosanas...Hosanas ao Senhor!"
Abrem-se os portais dos sonhos!
Para as tantas gentes que ainda
nem vivem(...)
Aos que não veem,não ouvem e
não dizem(...)
Aos pobres,cansados
e sem sorrisos(...)
Aos doentes, de alma cativos
e imundos(...)
Regozijai!!!
E deixai nascer em vós
o Salvador do mundo!!!
FELIZ NATAL
SOBRE A AUTORA:
Pseudônimo Abá Morena, nascida, criada e residente no Distrito
Federal desde 19 de agosto de 1986, trabalho como Agente de
Saúde, formada como técnica de odontologia
e Bacharel em Teologia. Além de escritora em que me aventuro,
canto, danço e interpreto.
Sou amante da arte como um todo.Considero-me uma mulher de
mil faces! Não gosto de definições, porém um amigo bem disse:
"Abá Morena é um barco de emoções flutuantes...". É assim que me
sinto ás vezes, felizmente.
Abá Morena
CÉLIA LEAL
(Salvador – BA)
NATAL NA ESCOLA
Célia Leal e os alunos do TAP II
Hoje é festa de Natal
O nascimento de Jesus
tempo de muita alegria
pois nasceu o Deus da Luz.
É Natal na nossa escola
Vamos juntos festejar
com uma ceia bem bonita
com Jesus comemorar.
O NASCIMENTO
O Natal já vem chegando, e com ele a alegria
músicas de blim blão, toda hora todo dia
esse tempo é muito lindo, pois nasceu o salvador
a esse aniversariante dedico todo meu amor.
Bate o sino pequenino, para alegrar esse dia
que nasceu Jesus Menino, do ventre de Maria,
que ao Pai, deu seu sim, e num gesto de coragem,
andando de sol a sol, sem encontrar estalagem.
Partiu para Belém, no lombo de um jumento
e chegado a hora, para o bebê nascer
ninguém os ajudou, parecia um tormento
não encontrando abrigo, ele nasceu no relento.
Célia Leal
Biografia atualizada em 2013
Célia Leal de Jesus, natural de Mata de São João, cidade baiana
próxima ao litoral, em 10 de janeiro de 1960. Filha de Nair Leal de
Araújo, casada, 3 filhos, Professora da Rede Municipal de Salvador,
graduada em pedagogia pela Universidade Federal da Bahia
(UFBA) em 2009. Com pós graduação em História Social da Cultura
Afro Brasileira e Indígena, pela Faculdade da Cidade. Participei em
2009 do projeto da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de
Salvador de uma coletânea de Cordéis sobre o Meio Ambiente com
o Titulo de “Cordel Ambiental”. Com o Cordel “Aquecimento Global”
na categoria de Professores. Também participei em 2013 de uma
Antologia no IX concurso Literário “Poesias sem Fronteiras” com o
poema infantil “Audição”. Atualmente estou trabalhando, com
Jovens e Adultos e também com a pré-escola.
Célia Leal participou também das duas antologias “Flores do
Recanto” publicadas neste Recanto das Letras em 2014.
DENISE MATOS
(Gravataí – RS)
Um sonho de Natal
Jesus deu o melhor de si para nós,
daremos nós de nós o nosso melhor,
seremos pois, o cântico em louvor
seremos mais, não seremos sós,
seremos juntos uma só voz
a entoar alegria ao nosso senhor
Seremos menos nós e mais o próximo,
doando-nos de coração ao máximo,
multiplicando esperanças ao redor
Seremos o alento ao menino de rua,
seremos a felicidade que perpetua,
seremos pois, o significado do amor.
Poesia viva
Existem pessoas que resplandecem!
São poesias vivas em nosso dossel...
Pessoas que nasceram para jamais serem esquecidas...
Que trazem sorrisos em pétalas,
que perfumam o nosso sentir,
plantam flores em nosso caminho...
Pessoas que pintam céus e salpicam estrelas,
traduzem o amor em brumas
e debruam nosso dorso
- Pessoas revestidas de amar -
Seres com tamanha sensibilidade
que aquecem nosso coração e nossa face,
sabem se doar e espargir letras banhadas de esperança
Que sem mesuras, ungem nossas mãos
e nos apresentam a pena leve
cuja tinta é a palavra! - não escrita a ferro e fogo -
mas qual o vento, voa livre em sua essência...
Existem pessoas que brotam em beijos,
que elevam em brisas carinhosas,
que são verdadeiros atos de amorosidades!
- Reverberam sonhos em seus olhares de horizonte -
Que em versos úmidos, molham nossos lábios,
aconchegam-se em nosso peito,
e amanhecem em nossas almas...
Ah... Existem pessoas...
O menino que colhia estrelas
Ele gostava de voar. E porque gostava, voava.
Nunca o vi com os dois pés no chão. Ele não era como os outros meninos,
mais parecia um biplano.
Penso que poderia ser anjo, tamanha sua capacidade de voar.
Vez por outra, quando distraído, observava-o colhendo estrelas com os
olhos, uma por uma, em noites de longas invernadas. Vez por outra,
também, quando distraída, debruava-me com algumas delas.
Passara-se algum tempo e o menino de longas asas havera crescido, assim
como a força de seus traços e a intensidade de suas palavras.
Ensinara-me sobre os versos azuis que viviam às margens dos olhos da
alma e sobre a suavidade dos acordes que sibilavam aos ouvidos daqueles
que podiam ouvir a música no pulsar da poesia.
Tentara viver nesse mundo, mas as páginas limitaram a escrita de seus
passos; o dom de suas asas. Necessitava de lugares mais altos, algures
onde os olhos desavistassem os telhados. Onde o impulso dos ventos o
fizessem nuvem, pássaro, luz infinda qual sombra desconhece.
Criara então um mundo pra si, sem lugares ou coisas, sem os grãos do
tempo para lhe tolher se fosse cedo ou tarde, apenas céu vestido de fachos
e corpos celestes para que pudesse brincar. Criara a ponte para a
eternidade.
Ainda hoje o vejo riscando o firmamento em poeiras de cometas; luzindo
os olhos dos poetas, caiando almas de esperança.
Ainda há noites em que me descem estrelas em flocos de neve, e sinto-o a
beijar-me a face; posto que aquele menino de longas asas, colhedor de
estrelas, plantou tantas delas em meu peito, que me fizeram preferir, assim
como ele, a desaprender o mundo... e sonhar.
Denise Matos
Nasci em Porto Alegre, resido atualmente em Gravataí, R.S.
Comecei a escrever desde muito cedo. Aos onze anos de idade já escrevia
diários e cadernos de poesias.
Amante das letras, em busca de aprendizado; escrevo tudo que vem de meu
coração e minh’alma grita.
Participo de coletâneas, antologias e publico minhas obras no site Recanto
das Letras.
EDLA MARINHO (EDLA PRINCESA)
(Boa Esperança – ES)
A LUZ DO NATAL (Postado no RL em 23/12/2011) E a luz que faltava nas densas trevas, brilhou O mundo que há mais de dois mil anos já sofria Viu nascer um menino que até o sol iluminou Pra quem o aceitou, noite se fez então, dia. Desde que reis magos seguiram aquela estrela Que clareava seu passos, norteava sua viagem Quem andava em trevas pode também, vê-la Iluminado caminho jamais será uma miragem. Amor incondicional, nasce lá em Belém “Bate o sino pequenino” a nos anunciar Que nasce dentro de cada um também Um menino, o Deus para a todos salvar. A mensagem nem sempre entendida Percorre os séculos sem mudança Mensagem de amor, promessa de vida Viva e eficaz em nossa lembrança. “noite feliz... de amor” é o que os homens proclamam Uns querem paz de verdade, e a buscam e repartem Outros só em palavras, nem sabem a quem festejam Presentes caros, para que os seus egos se fartem.
Onde está quem nasceu na humildade de uma estrebaria? Estaria nas festas regadas a vinhos e comida farta Nas reuniões de família onde Ele sequer entraria
Onde se finge estar bem ao menos nessa data... Quero um Natal onde Ele nasça e cresça Nos corações sofridos de tanta gente aflita Que caminha sem que a Sua luz apareça Nada mais há em que essa gente acredita. Quero que as crianças cresçam sonhando E que seus sonhos se tornem realidade Que vençam honestamente, estudando Que não lhes sejam tiradas as oportunidades. Feliz Natal, feliz ano todo, todos os anos A todos os seres criados em amor, pelo Senhor Não importa se somos gregos ou troianos O aniversariante da festa nos traz o amor! ****************************************
SEMPRE NATAL
( Postado no RL em 21/12/2013)
Sinos batem ainda
Sempre haverá Natal
O amor não finda
Apesar de dias maus
Quase cheguei a desistir Nem mesmo celebrar
Mas não posso mentir
Ainda é tempo de amar
AS LUZES DO NATAL
( Postado no RL em 11/12/2012)
As luzes se acendem...
Brilho no céu, são as estrelas
Contando histórias às estrelinhas nascentes,
Cada uma solta centelhas...
Risinhos alegres de crianças inocentes.
As luzes se acendem...
Nas casinhas humildes ou nas mansões,
São esperança iluminando, da gente, o olhar
Plantando o amor nos nossos corações,
Somos vencidos e reféns do verbo amar.
As luzes se acendem...
São preparativos de mais um Natal, Os desejos de Boas Festas e Feliz Ano Novo.
Que não nos alcance nenhum mal,
Em todos os filhos de Deus haja renovo!
As luzes se acendem...
Nas linhas, nos versos dos poetas do Recanto,
Todos querem aproveitar o momento
Tecendo em rimas ou prosas seu manto,
Bordando com amor os sentimentos.
** FELIZ NATAL a todos os poetas e amigos desse lindo
jardim
Onde se planta flores de todas as espécies e cores
Um ANO NOVO verdadeiramente novo, meus votos de
cetim,
Com nossa família, e no Recanto, entre essas
flores!
***************************
RECANTISTAS, FELIZ NATAL!
( Postado no RL em 23/12/2010)
Da vida, sois artistas...
Da poesia, mordomos!
Todos tem, da alvorada
ou do por do sol,
a releitura encantada!
Nestes dias de festa
sois a festa dos leitores...
pois fazeis vossas poesias,
referindo-se ao Natal,
Que traga muitas alegrias!
Eu também quero deixar
a todos minha mensagem:
Que tenhais todos, muita luz...
esperança, paz, saúde e amor!
Quem há de vos dar é apenas Jesus!
FELIZ NATAL! BOAS E VERDADEIRAS FESTAS!
UM 2011 MUITO ABENÇOADO
COM AS RICAS BÊNÇÃOS DE DEUS!
ABRAÇOS, COM CARINHO DE VOSSA AMIGA RECANTISTA, QUE JÁ VOS CONSIDERA PARTE DE UMA GRANDE FAMÍLIA,
DA QUAL TENHO O PRIVILÉGIO DE ESTAR, AGORA,
PARTICIPANDO
EDLA PRINCESA
Edla Marinho (no RL como Edla Princesa) é mineira de Lagoa da Prata, de onde saiu aos 7 anos pra BH e posteriormente, ao se casar, para o estado do ES.Tem 2 filhos, um casado, e uma filha. Escreve por entender ser o jeito mais fácil de expressar sentimentos, não por se considerar poetisa.
ELIANE AUER (MOÇA BONITA)
(São Mateus – ES)
Que neste Natal
As luzes do coração brilhem mais
Do que as expostas ao ar livre
Que os sinos que ecoam
Sejam mais intensos que as palavras de
mau gosto proferidas
Que nas festas não haja apenas
aparência
E as emoções sejam sentidas dentro do
peito
Que o preconceito e descaso sejam
banidos
E os amores sejam bem nutridos.
Que o jardim do coração seja regado
diariamente
Pela fé, coragem, disposição, energia
positiva, bem querer...
Para que sempre cresça e floresça na
vida de todos.
HOJE VI O NATAL
Hoje vi o Natal
Na inocência das crianças
Na cantata de Natal
No sorriso aflorado
Nas vestes e asas de anjos
Nas mensagens expressadas
Nas famílias reunidas
Na comunidade escolar
Prestigiando os lindos filhos
Na comemoração de Natal.
Foi Divino o momento
Em que todos cantavam
Quando a inocência anunciava
Palavras de sabedoria
Montando a expressiva Árvore de Natal
Com união, paz, amor, fé, doação,
bondade...
Para anunciar juntos
Num só coro desejar um Feliz Natal!
Está chegando o Natal
Está chegando o Natal
Paz, amor e alegria
Desejo-te
Tudo de especial
Um caminhão de felicidades
Saúde e lealdade
Carinho em forma de amizade.
Desejo-te um lindo céu azul
E quando o dia nublar
Desejo um arco-íris bem colorido
Para te alegrar.
Quando a noite de Natal surgir
Desejo-te
Um pisca-pisca de estrelas
Enfeitando e deixando o céu bonito.
UM PRESENTE DE NATAL
Assim eu ouvi: “meu presente de Natal,
Sua amizade eterna!”
Em resposta, humildemente posso oferecer-lhe:
O meu carinho,
Minha atenção,
Minha amizade e dedicação
Poderei sorrir com você quando se alegrar
Abraçar-te como o vento, quando chorar
Contemplar a beleza dos seus olhos...
Sentir a sua presença no meu coração.
QUISERA EU NESTE NATAL...
Quisera eu ter um ninho Para encher de crianças Para neste Natal Rechear o coração de esperança. Quisera eu ter uma praça Cheia de doces e chocolates Só para adoçar a vida Daquelas crianças com arte! Quisera eu ser um gênio
Nesse Natal de esperança Sem mágica transformar a vida De muitas crianças perdidas. Quisera eu ser uma pessoa pública Para instituir e fazer cumprir a alegria Na vida de todos que sofrem Sem o pão de cada dia! Quisera eu correr pelos campos Com muitas crianças livres de preconceitos Sejam pobres ou ricas Aproveitando tudo que têm direito.
Um Natal de misericórdia
Um Natal de misericórdia
Nesse ano eu Te peço Senhor
Para seus filhos que sofrem
De problemas diversos
Peço por aquele
Que está no hospital
Peço que o mantenha
Firme na esperança
Na noite de Natal
Peço por quem sofre
A dor da perda de um ente querido
Que restaure seu sorriso
E remova a sua tristeza
Peço paz nos corações
Sem a ilusão do dia-a-dia
Que não falte à criança
O pão de cada dia.
Eliane Queiroz Auer, natural de São Mateus –ES, Pedagoga,
Especialista na Educação, Escritora e Poetisa, Membro da
AMALETRAS-Academia Mateense de Letras-São Mateus-ES,
AFESL- Academia Feminina Espírito-santense de Letras,Vitória-ES,
ALB -Academia de Letras do Brasil -Seccional Suiça, Academia de
Artes e Letras de Marataizes -ES, Membro, Delegada das Artes e
Comendadora da Confederação Brasileira de Letras e Artes-
CONBLA-São Paulo, Coordenadora Correspondente Regional do
Projeto Simbiose AVATARES-Cachoeiro do Itapemirim-ES.
Eliane Auer
http://www.mocabonita.recantodasletras.com.br/
https://www.facebook.com/elianeauer
GLAUCIA RIBEIRO
(Brasília – DF)
NATAL DE SONHO
Natal de paz, Natal de amor Juntos vamos pedir ao Senhor Que bênçãos sejam espalhadas em toda a terra Graças constantes recaiam sobre as nossas vidas E que as guerras deixem de existir. Natal de paz, Natal de amor Vamos abraçar as pessoas do mundo Esperar que a imaginação seja fecunda O bem cultivar, em todo o planeta espalhar E as discórdias tentar neutralizar. Noite feliz, noite de alegria Que esse bom sentimento se alastre Pelas demais noites em todo o mundo Que nenhuma pessoa sinta sede ou fome Que tenha um lugar quentinho para dormir E que possa pronunciar com dignidade o seu nome.
Natal de paz e de amor na minha e na sua vida...
Glaucia Ribeiro Lira
Jornalista, poetisa, cronista, também tem experiência na área de teatro.
Escreve no Recanto das Letras e é co-autora da antologia poética “Flores
do Recanto”, edições I e II.
Helena Luna (H.Luna)
(Fortaleza – CE)
ÁRVORE DE NATAL (Helena Luna)
Bem no centro da sala
Ergue os galhos com graça
Esquecida de tudo:
Os problemas do mundo
Ficam todos lá fora,
Pois cá dentro é rainha
Dominando sozinha
Os que chegam e os que moram.
Está vestida de sonho
Com as roupagens mais ricas:
Tem pingentes de ouro,
Tem correntes de prata,
Que ofuscam e arrebatam,
Só pra ser mais bonita.
No seu porte altaneiro
Há um tom companheiro
Conclamando, chamando
Os amigos presentes
A se darem as mãos
Para uma oração,
Não importa se é crente,
Ou se, acaso, é pagão.
O que importa em verdade
É a felicidade que nos une, irmãos,
Neste instante que encanta
Quando a voz se levanta
Entoando a canção,
A canção magistral
À Noite de Natal.
. . .
NATAL
Noite lenta se arrastando
Entre a música do piano,
E o vinho sobre a mesa.
Dizem todos, noite linda!
Menos eu que digo, ainda,
Noite cheia de tristeza.
Nascida no Rio de Janeiro e residindo em Fortaleza, Ceará,
desde 1961, ocasião em que o órgão que trabalhava – DNOCS,
foi transferido para essa cidade,
ali vindo a constituir família. Estudos iniciais realizados no
Colégio São Paulo em Ipanema. Graduada em Direito pela
Universidade Federal do Ceará. Frequentadora assídua do site
“Recanto das Letras”, onde através de seus poemas expõe seus
sentimentos e pensamentos.
IGNEZ FREITAS
(S.Paulo – SP)
E mail: ipiskorsk@gmail.com
NOITE DE NATAL
Era noite de Natal, enquanto muitos festejavam a
chegada do menino Deus, em casa de João Pedro e
Irene só havia tristeza e agonia, pois o filho do casal
de apenas cinco anos repentinamente ficou muito
doente e eles não sabiam o que o menino tinha. Eles
moravam num sítio bem distante da cidade e o carro
deles estava quebrado, telefone não havia por lá, os
vizinhos que eram poucos não estavam em casa,
deviam ter ido assistir a missa do Galo, assim eles só
podiam orar e esperar por um milagre. Foi quando
eles ouviram um carro parar em frente a casa onde
moravam, ficaram apreensivos e também
esperançosos, afinal não esperavam visitas naquela
noite. Ouviram bater na porta e João Pedro foi atender
o recém-chegado que disse precisar de ajuda, o pneu
do seu carro havia furado bem ali na frente e como
estava escuro, ele precisava de uma lanterna ou
qualquer coisa que pudesse iluminar enquanto ele
trocava o pneu. João Pedro pegou um lampião a gás e
juntos foram para fora ver o que se podia fazer.
Enquanto isso Irene olhava seu filho e implorava a
Deus por um milagre. Depois de trocarem algumas
palavras o recém-chegado se apresentou como sendo
Marcos, médico pediatra e disse que estava de
passagem, estava indo para sua fazenda onde iria
passar o Natal, disse também que seus familiares já
estavam lá, ele não pode vir antes, pois fizera plantão
no hospital até a noite, e que esperava chegar à
fazenda antes da meia noite. Nesse instante os olhos
de João Pedro se iluminaram e ele contou ao médico
sobre o estado de seu filho, que prontamente se
propôs examiná-lo. Entraram no quarto do menino
que ardia em febre e depois de um exame detalhado o
Doutor disse que o menino precisava ser internado
imediatamente, pois os sintomas eram de apendicite
aguda e que era grave. Como a família estava sem
carro, ele mesmo levou o menino e os pais para o
hospital onde trabalhava e deixou-o aos cuidados do
plantonista do dia que era um excelente cirurgião. Os
pais depois de agradecerem muito ao Doutor Marcos,
e pedir mil desculpas pelo transtorno, desejaram a ele
e a família um feliz Natal!O Doutor disse que Deus
sabia o que estava fazendo quando o pneu furou bem
ali naquele lugar. E foi-se embora feliz com a certeza
do dever cumprido, chegou à fazenda quando já
passava da meia noite, mas ele se sentia muito bem
por ter ajudado aquela família. No íntimo ele sabia que
era mais um milagre de Natal e ele foi apenas um
instrumento nas mãos de Deus!
No dia seguinte, ainda preocupado, ele procurou o
casal e soube que o menino passara por uma cirurgia
delicada, mas que agora estava se recuperando muito
bem e que eles jamais poderiam pagar pelo seu gesto
humanitário! E o Doutor disse; não é a mim que
devem agradecer, mas sim a Deus que atendeu suas
preces, eu fui apenas um instrumento servindo a
vontade do Pai!
Ignez Freitas
......................
NATAL DE JESUS
O Natal está chegando,
Todos querem festejar,
O nascimento do Menino
Que vem para nos salvar.
A Estrela guia anuncia
Em Belém Jesus nasceu.
Os sinos do mundo inteiro
Saúdam o filho de Deus.
Nesse Natal vamos orar,
Pedindo ao nosso Senhor,
Que no coração do povo,
Nasça também o amor.
Nasce sempre uma criança.
Sem sonhos ou alegria.
Filhos de pais sem teto,
Nas vilas da periferia.
Jesus nasceu como homem,
Veio ao mundo ensinar,
Que o que tem mais valor
É o coração que sabe amar.
Ignez Freitas.
Escrevo desde menina, mas só depois que conheci a
internet é que comecei a divulgar meu trabalho. Os
elogios nas páginas sociais me incentivaram a
escrever meu primeiro livro solo denominado: Alma e
Poesia. De lá pra cá fui desenvolvendo minha
habilidade poética. Tenho algumas antologias de
contos, poesias e trovas. Também participo da UBT:
grupo de trovadores da minha cidade e tenho
participações em vários livretos de trovas, além de
uma página de escritores na internet!
(Ignez Freitas)
IRÁ RODRIGUES
(Santo Estêvão – BA)
NATAL!
Tempo de renovar as esperanças
De amar o nosso semelhante- estender a mão
De levar carinho a todas as crianças
Saber perdoar – abrir seu coração...
Natal!
É magia que flutua e ocupa o ar
Que possamos colaborar para realizar
Cada sonho que uma criança sonhar
Levando o amor em cada lar...
Que não falte a cada família
A solidariedade, a paz e a compaixão
O sorriso lindo no rosto da cada criança
Na certeza de uma nova esperança...
Que os sonhos possam ser realizados
Onde cada criança tenha a certeza
Que nos sapatinhos sejam colocados
Os presentinhos esperados...
Irá Rodrigues
QUEM DERA
Se nesse Natal criança fosse criança
Que não houvesse essa triste separação
Onde para muitos só existe a esperança
Implorando apenas por um pedaço de pão...
Que todas as crianças pudessem viver o Natal
Não olhando as vitrines e sonhando com Papai Noel
Mas de forma digna como um bem especial
Mas é um sonho, só lhes resta olhar as estrelas do céu...
E ficar imaginando uma família, uma moradia
Onde pudesse colocar na janela o seu sapatinho
Mas isso na vida de muitas crianças só é uma fantasia
Sem brinquedo, sem família, sem um gesto de carinho...
Quem dera!
O mundo entrasse numa nave e voltasse diferente
Que toda a maldade, o egoísmo e o orgulho
Desse lugar a dignidade e o respeito do ser Gente
Que essas diferenças ficassem num velho embrulho...
Jogados e incinerados no lixo do esquecimento
Onde a justiça, a igualdade e a fraternidade
Fizessem parte dos nossos sentimentos
Que o Natal trouxesse a todos o grande ensinamento...
Que a criança representante do menino Jesus
Fosse vista com um olhar de igualdade
Que ela fosse abraçada, jamais julgada
Assim como foi o Cristo na cruz....
Um feliz Natal com amor no coração...
(Irá Rodrigues)
MEU NATAL!
Resolvi montar uma árvore Toda ela especial Descartei tudo de velho Quero algo bem legal...
No ouro das estrelas Colei beijinhos e brigadeiros As bolas trocadas por bombons Todos com sabores e recheios...
E fui arrumando Docinhos de todo tipo Não aguentava e comia Um só nem percebia...
E no final que delícia Minha árvore toda perfeita Confeites de chocolate Meu Natal enfeitado de magia...
E assim lembrei os amigos Com guloseimas Amor Chocolates Fiz aquela festança Fiz bagunça fui criança...
Autoria- Irá Rodrigues
Irá Rodrigues, natural de Santo Estevão - Bahia. Geógrafa
licenciada pela Universidade Estadual de Feira de Santana.
Autora de o livro “ SONHAR SEM SEGREDOS”. Participação em duas antologias em Portugal pelas editoras Pastelaria Studos e
Modrocomia, participação em antologias Emoções Poéticas e
Inspiração em Versos- São Paulo, Amo amar Você- Rio de Janeiro, participação na Revista Artepoesia que circula
semanalmente em Salvador a qual tem como objetivo espalhar a poesia, Antologia O Melhor de Poesias Encantadas onde foi
congratulada como poetisa em destaque recebendo sua primeira
medalha e Certificado como escritora baiana...autora de vários contos e fábulas publicados em sites portugueses pelos quais foi
homenageada com Honras ao Mérito e Distinção Honrosa.
Administradora de grupos de poética brasileira e portuguesa. Atualmente preparando seu livro infantil o qual logo estará ao
alcance de todas as crianças e adultos. Membro da ALB-
Academia de Letras Brasileira de Araraquara SP.
Na inquietude em que vivo dificilmente vou serenar, pois me
tornei escrava das palavras, onde a minha poesia alçou voos longínquos aonde não imaginaria alcançar.
Irá Rodrigues
ISABELLE MARA
(Brasília – DF)
NOITE DE NATAL
Em quase todas as cidades
Tudo se cobre de luz
Mas falta fraternidade
Mesmo em nome de Jesus.
Nem todos se dão as mãos,
Falta solidariedade,
Falta até motivação
Para um Natal de verdade
Adultos promovem festas
O comércio soma os lucros,
Mas ficam tantas arestas
Pois nos falta quase tudo!
Alguns não têm sapatos
Pra colocar na janela,
Vagueiam de pés descalços,
Mesmo assim sonham com ela...
Ela, a noite de Natal,
Por tantos, tão esperada,
Quando o amor fraternal
Não custa-nos quase nada...
Basta ter um coração
No peito, forte a pulsar,
Para que a emoção
Tudo possa transformar.
Se todos se dessem as mãos
Com um amor fraternal,
Transformariam essa ação
Num doce e FELIZ NATAL.
PAPAI NOEL EXISTE
Aqui pertinho, na vizinhança, mora um pai que tem apenas
uma filha ainda pequenina, com apenas cinco aninhos, mas
muito inteligente e linda! Ele chama-se... Deixe-me
lembrar... Ah! Os vizinhos o chamam seu Né e a menininha
chama-se Brisa e nunca vi nome mais adequado para
aquele doce menina.
Mas aquela família era muito simples, pobre mesmo e a
mãe da Brisa partira para o outro lado da vida no exato
momento em que nos oferecia sua linda e suave Brisa que
nascera prematura de seis meses.
Era uma menina de olhos claros, cabelos lisos e longos,
muito bem cuidada pelo pai que para trabalhar, tinha que
leva-la, pois não havia quem olhasse por ela.
A casa era simples, tinha apenas duas portas, a da frente e
a dos fundos e uma janelinha que dava para a avenida e
nos finais de semana no final da tarde a Brisa sempre
estava ali sentadinha na porta observando o movimento e
sempre com um suave sorriso triste.
Eu, sempre que vinha do trabalho passava por ali e parava
um pouco para conversar com ela, saber como foi seu dia,
o que tinha feito, com o que brincava se havia feito mais
alguns desenhos para que eu os compasse; eu fazia sempre
essa caminhada apenas para lhe dar um pouco de atenção
e carinho e ela me retribuía com um beijo no rosto,
mostrando-me o que havia desenhando e eu os comprava
por alguns trocadinhos que ela colocava num cofrinho
dizendo ser para comprar um presente para seu pai já que
estava chegando o Natal.
Certa tarde eu pedi para ela me mostrar seus vestidinhos,
sapatos... Queria saber o que lhe comprar de Natal e ela
mostrou-me orgulhosa um único par de sapatinhos branco
que ganhara do pai no dia dos seus cinco aninhos e
dizendo-me que iria pôr os mesmos na janela na noite de
Natal para o Papai Noel lhe trazer uma boneca que tinha
visto numa daquelas lojinhas do bairro e me descreveu
como seria a boneca que pediria ao bom velhinho.
Aí eu tive a ideia de lhe dar de presente a tal boneca tão
desejada, mas apenas no Natal como se fora o Papai Noel
que a tivesse presenteado.
Chegou o Natal e a Brisa como me havia dito, pôs o
sapatinho na janela com um bilhetinho do jeito que sabia
escrever e até desenhou a boneca que queria ganhar, mas
que o Né, seu pai, não teria como lhe comprar.
Pois bem, no outro dia quando eu voltava do trabalho e não
vendo a Brisa no lugar de sempre, perguntei ao seu Né
porque ela não estava ali e ele me disse que ela estava
triste porque pusera o sapatinho na janela na esperança de
que o Papai Noel lhe deixasse o que tanto desejava e o que
aconteceu, foi que lhe roubaram o único sapatinho que
tinha, pois se roubaram um pé, do que lhe serviria o outro?
E agora nem o sapato nem a boneca com que tanto
sonhara.
Era de cortar o coração o pranto silencioso e resignado
daquela menininha linda e tão carente. Abracei-a e
beijando seu rostinho molhado de lágrimas, disse-lhe que
não ficasse triste, pois o bom velhinho deveria ter levado o
sapatinho para saber que número trazer e quem sabe, no
dia de Natal, quando ela estivesse dormindo ele não
deixasse ali a realidade do seu sonho! E assim fiz, comprei-
lhe outro par de sapatos, e a boneca que ela me descrevera
com todos os detalhes e quando seu Né me disse que ela
estava dormindo, fui devagarinho e junto da caminha deixei
dois pacotes enfeitados com laços de fita cor de rosa para
quando pela manhã ela acordasse fosse à primeira coisa a
encontrar.
No final do dia seguinte ao dia de Natal passei em frente da
casa da Brisa e de longe vi que ela estava todo
arrumadinha, com um vestido novo e o sapato que ganhara
do Papai Noel... Mas ela nem esperou eu chegar mais perto
da casa, avistou-me e correu com a bonequinha nos
braços, gritando de felicidade, dizendo em alto em bom
som: Agora eu sei que PAPAI NOEL EXISTE! Agora eu sei.
EU NO NATAL...
É muito encorajador quando a nossa confiança
Vem-nos falar do amor, da paz e da esperança,
Dos sonhos que poderão brevemente realizar-se
E das pessoas queridas que jamais vão afastar-se.
O Natal é para alguns uma época um pouco triste
Pela ausência sentida, pela saudade que existe,
De tanta gente querida que se foi pra eternidade...
Mesmo assim, não nos machuca no Natal essa saudade.
Apenas nos entristece um pouquinho essa ausência
Pois queríamos dividir, com quem assim como eu,
Também sente essa saudade nos abraços das presenças.
Papai Noel, se eu pudesse não esqueceria ninguém!
Iria pôr nas janelas sons dos sinos de Belém;
Porém, ainda existem alguns que sequer janelas têm.
ISABELLE MARA - uma mulher terrivelmente sonhadora,
orgulhosamente nordestina do Ceará onde foi revelada no
que se refere às letras, pelo Professor e Jornalista JOSÉ
ALCIDES PINTO a quem intitulou de MOÇA TRISTE e a
comparou a AUTA DE SOUZA.
ISABELLE MARA - pertence a algumas academias de letras
do País, como no Rio de Janeiro, Rio Grande do sul, Ceará e
Brasília, tem alguns escritos premiados, faz parte de
algumas coletâneas de poesias tem um livro publicado
intitulado ―SONHOS DE UMA VIDA‖, edição esgotada,
graças a Deus, e vez por outra se atreve a compor e
interpretar suas canções, algumas delas, assim como
alguns dos seus escritos, publicados no RECANTO DAS
LETRAS.
ÍSIS DUMONT
(Aparecida Ramos)
(João Pessoa – PB)
A Humildade de um Rei
Nos campos reinava a injustiça,
Um clima de desesperança rondava a
periferia,
Nas ruas se faziam ouvir gritos de
pesadelos.
Pobres, mulheres, “doentes” e idosos -
Nada valiam.
O mundo sem esperança de redenção.
Na terra ressequida nada crescia, ainda
regando,
As poucas flores que nasciam,
morriam de inanição.
Corações petrificados jorravam
maledicências,
Autoridades escravizavam os pobres,
Portadores de doenças “graves” eram
abandonados.
Mas... Deus não esqueceu seus filhos
e,
Da aridez da terra rachada fez nascer a
mais
Bela Flor: MARIA!!
Cumpriram-se as profecias!
Na abóbada celeste ecoaram cânticos
de glória,
Aleluias, vivas de alegria povoaram o
universo!
Animais, em “atitude” de adoração,
ofereceram seu bafejo
(aquilo que os homens negaram) para
aquecer a
Divindade e a humanidade ali
transfigurada
Entre a fragilidade e a
fortaleza, entre a ternura
E o poder do Novo, Único e Eterno
Rei do Universo: JESUS!!!
*******
Ísis Dumont
Festa para a Humanidade
O sol acordou mais cedo, seus raios cobriram a terra,
A colina abriu as portas, desejou “bom dia” à serra,
Montanhas deram-se às mãos e cantaram uma canção,
Para saudar o nascimento daquele ilustre rebento
-O Filho Amado do Pai,
-Do mundo a Redenção!
Do mundo a Redenção que os homens não acolheram,
Os corações estavam cheios, não havia “Lá” um lugar.
A cidade estava em “festa”, as pensões superlotadas
Maria, muito cansada, sem saber onde pernoitar.
Por sorte lhe indicaram um estábulo lá no cercado,
Junto aos bois e outros animais, com seu esposo José
Ali pode descansar...
Bendita Estrela Guia,
Trouxe até “Eles” os pastores
Que entoaram louvores
À Vida, Luz e Verdade
Ao Rei que veio à terra
Para os demais “destronar”!
Ísis Dumont
Mini Biografia
Maria Aparecida Ramos, (Isis Dumont/nome poético) natural de
Duas Estradas, Paraíba, Brasil. Viveu durante a infância em um Sítio
onde residiam também os avós maternos. Escreve poesias desde a
adolescência. Sua obra versa sobre o amor... Amor a Deus, amor à
vida, às pessoas. Entretanto, temáticas do cotidiano como política,
violência, realidade social não passam despercebidas. Professora
Licenciada em Pedagogia pela Universidade Vale do Acaraú, Sobral,
Ceará. Poetisa cadastrada no Recanto das Letras, onde, no “Site do
Escritor” (www.isisdumontprosaeverso.net) tem um Livro (digital)
publicado: “Simplesmente Amor”, além de três Antologias, sendo
duas em parceria com poetisas recantistas: Antologia poética
"Amor" (impresso e digital) e "Flores do Recanto", gratuitos para
baixar e imprimir. A terceira Antologia “Minuto de Poesia”
(impresso), um trabalho conjunto com mais dezenove
poetas/escritores (de Estados diferentes), idealizado e publicado
pelo Grupo Editorial Beco dos Poetas, em 2013. Vencedora em
primeiro Lugar com a Poesia “Cores de Dezembro” no Concurso “Mil
Poesias de Natal”, promovido pela ACADEMIA MATEENSE DE
LETRAS/AMALETRAS, São Mateus, Espírito Santo. Teve uma poesia
(FELIZ) publicada na Revista "Quimera", na Argentina, edição N°
059 (junho/2013). Membro dos Sites: casadelpoetaperuanonobrasil,
Luso -Poemas e Beco dos Poetas, onde tem páginas e algumas
publicações. Delegada e Embaixadora da Paz, pela Confederação
Brasileira de Letras e Artes – CONBLA, São Caetano do Sul, São
Paulo. Participante, recentemente, do II Prosas Poéticas, organizado
e publicado por J R Viviani (Blog “Vendedor de Ilusão”). Editora do
Blog rosachoqueeoutrascores.blogspot.com.br e mais
algumas páginas e grupos no FACEBOOK.
LETI RIBEIRO
(Belo Horizonte – MG)
NATAL( Acróstico)
N .oite feliz, na capela celebram com alegria
A.njos a cantar, glórias e hosanas nas alturas!
T.erra e céus proclamam ao Rei dos Reis
A. leluia, aleluia! Nasceu nosso Salvador
L. uz Divinal, que nos trouxe vida eternal.
De dentro do meu ser: Leti Ribeiro
ANUNCIAÇÃO
Os pastores que viviam em meio ao campo
Pastoreavam seus rebanhos, logo anoiteceu,
Em vigia a noite, olhando para o céu viram grande luz
Eles temeram essa luz brilhante...
Porque nela tinha a glória de Deus
E para grande espanto e surpresa,
Viram um anjo, que se aproximou dizendo:
- Não temais! Haverá brilho de luz aqui na terra
Trago aqui boas novas, logo contentarás,
Grande alegria para todo povo!
Hoje nasceu na cidade de Davi
O Salvador que é Cristo, o Nosso Senhor.
Os pastores deixaram o temor e o coração se alegrou,
Olharam para o céu, logo puderam contemplar,
Ao lado daquele anjo, que anunciou a boa nova,
Uma milícia maior de multidão de querubins
Louvando a Deus e cantando em coro celestial:
Glória a Deus nas alturas! – Disseram:
Paz na terra entre os homens.
Que o amam e o querem bem!
Ao nosso grande Deus, Rei dos Reis!
Senhor dos Senhores,
Paz e amor reinem entre vós!
História do nascimento de Jesus S.Lucas, 2: 8-14
De dentro do meu ser: Leti Ribeiro
CRISTO LUZ CELESTE
Foi numa linda noite
Onde a estrela guia brilhou
Com raio de luz sem igual
Mostrando a trilha ao Salvador.
Os três Reis magos,
Do oriente vieram trazer
Oferendas e presentes
Para o pequenino Deus ofertar
Que em grandeza maior
Fez-se homem e veio ao mundo
Alegria, Cristo é nosso Salvador!
Nasceu Jesus nossa fonte de Luz
É Natal!
De dentro do meu ser: Leti Ribeiro
ESTRELA GUIA
Estrela guia, no céu surgiu um brilho sem igual
Uma estrela jamais vista, luz brilhante, luz celestial,
Guia os passos ao encontro do menino Deus,
Pois nasceu Jesus, Ele é vida e fonte de luz!
Luz da salvação e alegria, luz do amor!
Nossa luz celeste! E o Natal chegou!
A estrela novamente brilhou...
De dentro do meu ser: Leti Ribeiro
TRADIÇÃO
Sinos tocam à meia-noite
Luzes brilhantes por toda cidade
A mesa está posta, com a ceia farta e bela
Cristãos cantam em coro, celebrando este dia
As árvores decoradas com enfeites coloridos
Tudo é magia, a tradição do Natal,
Muda os ares em todo mundo,
Os povos e nações celebram em reflexão
Dia grandioso, é mesmo lindo e cheio de cores,
Deixando a mensagem de paz aquecer os corações...
Pois nasceu o salvador,
Jesus Cristo nosso eterno redentor.
De dentro do meu ser: Leti Ribeiro
QUISERA
Quisera eu neste Natal
Transformar esta prosa em magia,
Realizando o sonho de toda criança em ser feliz de verdade,
No coração de cada ser humano um ato de amor e bondade,
Que cada criança tenha uma família,
Que cada família tenha alegria,
Que cada ser humano tenha paz,
Que a felicidade não seja apenas uma utopia,
Que ela faça em cada coração morada,
Sendo o Natal um símbolo de amor
Trazendo união entre os seres humanos
Paz no coração de cada homem de boa vontade.
De dentro do meu ser: Leti Ribeiro
Meu nome é Elieti Mendes Ribeiro Estevão `
Pseudônimo no Recanto das Letras : LETI RIBEIRO
Tenho 39 anos, sou casada e mãe de uma linda menina.
Não sou escritora e nem poetisa, minha formação é técnica e
administrativa no ramo de seguros, sou securitária há mais de 20
anos, atualmente sou analista de sinistro de seguro de vida em
grupo.
Em controvérsia com a função executada, sempre adorei
escrever, desde adolescente escrevia diários, mensagens, poemas
e participava ativamente no ministério de mensagens religiosas e
música da comunidade jovem adventista.
Minha experiência com a escrita é constante em texto de
redação comercial, a partir daí empenhei-me em aprendizado
necessário da gramática e língua portuguesa para necessidade
profissional. A escrita poética vem mesmo de vocação e
inspiração, escrevo pela necessidade pessoal que tenho de
comunicar e expressar sentimento, não tenho profundos
conhecimentos literários, mas considero válido o aprendizado,
embora não tenha tempo de dedicar-me a fundo na escrita,
sempre que tenho oportunidade mergulho no sonho de poesias e
encantos, que para mim é essencial escrever meus textos.
Escrevo o que vem do meu coração, por isso sempre assino De
Dentro Do Meu Ser, meus textos são de experiências vividas,
outras assistidas. Adoro lirismo, a fantasia faz bem a alma
poética, quando escrevemos, podemos usar as letras como um
portal de sonhos, criando asas e voando para onde quisermos,
como e com quem quisermos, alma poética em busca de expressão
e poesia, esta sou eu: Elieti e para os amigos do recanto LETI
RIBEIRO, abraços poéticos!
LIMAFLOR
(HORTENCIA ALENCAR)
(Belo Horizonte – MG)
UMA PEQUENA HISTÓRIA DE NATAL
Madame Dayse, assim chamada, era uma lady.
Tendo pertencido à alta sociedade, viveu dias gloriosos, tanto por sua fortuna e beleza, como por realizar-se, amparando os menos favorecidos.
Enviuvou cedo; o marido, rico industrial, deixou-lhe dois filhos adolescentes, que ela criou, incentivando-os a seguir os mesmos padrões de modéstia, e cultivar o espírito de benevolência que a ela eram naturais.
Madame Dayse dedicou-se especialmente ao socorro de criancinhas. Trabalhando como voluntária em diversas instituições não mediu esforços para oferecer aos seus protegidos, além de presença e carinho, assistência financeira em todos os termos de suas necessidades.
Adultos, os dois filhos formaram-se: um deles como tecnólogo, atuando na área de petróleo, minério e gás natural. Pós- graduado foi-lhe oferecido um posto na Noruega, como consultor; o outro, médico, prestava serviços no Congo, África, na instituição Médicos sem Fronteiras.
Tendo os filhos distantes, Dayse entregou-se com maior entusiasmo ao seu trabalho assistencial, criando uma ala hospitalar especializada em nascituros cujas mães, por inúmeros motivos não tinham como criá-los.
Madame Dayse dispensava todo o seu amor àqueles pequeninos, principalmente aos acolhidos, advindos de total abandono, sem filiação, ou mesmo um nome...
Em noites de Natal, os ali chegados nessa situação extrema, antes de serem encaminhados à adoção, eram batizados com os nomes Noel, ou Noelia.
Assim Dayse os colocava sob a proteção misericordiosa do Menino Deus.
Anos se passaram: No outono da vida, Dayse não se deixou vencer pelo cansaço: mesmo sofrendo de insidiosa doença que quase a impedia de locomover-se, não podendo exercer suas ações como voluntária, ainda assim, nos Natais, ainda era levada à sua ala de nascituros para embalar nos braços pequenos enjeitados ali nascidos naquela noite.
Naquele ano seu estado de saúde piorou sensivelmente. A medicação que lhe era ministrada deixava-a prostrada na maior parte do tempo; suas forças se exauriam pouco a pouco.
Madame Dayse permanecia em sua mansão cercada pelo cuidado de competentes enfermeiras; nada lhe faltava em razão de aparatos para seu conforto: um elevador fora instalado para transportá-la e à sua cadeira de rodas ao andar inferior da casa e suas dependências, como aos pomares e aos grandes jardins, onde, quando se sentia melhor, ia distrair-se.
Era visitada por amigos que muito a estimavam; os filhos procuravam sempre estar junto dela com a frequência que lhes permitia o trabalho que executavam do outro lado do mundo.
Estava próximo o Natal. A pedido de Dayse a decoração, a iluminação artística dos jardins, da fachada e de toda a casa foram executadas com todo o esmero; Um presépio estaria apresentado num dos salões. Madame Dayse esperava a vinda dos filhos para as festas; uma ceia seria servida para convidados especiais, entre eles crianças que ela amparava desde muito. Para Dayse o Natal sempre fora a verdadeira data de confraternização, quando todos os corações deveriam rejubilar-se e abrir-se ao amor universal.
Dayse, na expectativa de tantas emoções, contava estar mais forte e bem disposta para participar dos festejos.
Antevéspera de Natal. Na casa silenciosa todos repousavam.
Chovera durante o dia e a noite, muito fresca, iluminada pelo brilho suave da lua, exibia um céu sem nuvens, como um manto que se desdobrasse sobre a natureza.
Uma brisa branda entrando pela janela propagava o perfume das roseiras florescentes.
Madame Dayse despertou: moveu-se na cama livremente sem sentir dor. Ergueu-se e apoiada nos travesseiros, respirou, enchendo o peito com o ar frio e perfumado. Fitando a janela imaginou-se nela debruçada, admirando o jardim, naquele momento, iluminado pelo brilho ofuscante das mil lâmpadas que o cobriam por inteiro. Como seria feliz se sua incapacidade física, apenas por um momento, não a tolhesse, permitindo-lhe realizar aquele anseio.
Esse desejo intenso encorajou-a: sentou-se na cama e deixou que seus pés tocassem o chão. Nem sequer lhe ocorreu usar a campainha para que uma das enfermeiras, pronta a seu chamado, pressurosa, viesse em seu auxílio.
Dayse, inexplicavelmente, sentiu-se forte e capaz. Firmou-se, ergueu-se, equilibrou-se; de pé trocou o primeiro passo, outro mais, e imbuída da coragem de sua nova postura, caminhou até a janela; ali se debruçou cheia de contentamento, vislumbrando enfim o espetáculo das árvores coroadas pelas guirlandas tremeluzentes.
Seu olhar percorreu, sem pressa, o espaço de seu jardim, que podia ser alcançado, visto do alto da janela, desde as requintadas roseiras, as esguias palmeiras, a fonte luminosa lançando alto, seus jatos multicoloridos, até a ala plantada com chorões...
Perdida nesse encantamento, Dayse lembrou-se que ainda não havia visto o novo presépio erigido no salão pelos decoradores. (Só poderia visita-lo levada, por uma de suas auxiliares, e isso, dentro de algumas horas).
Nova ideia brotou em sua mente estimulada por seu ato bem-sucedido de alcançar a janela: “se tentasse descer ao andar de baixo e visitar o presépio?”.
Madame Dayse conhecia sua situação de dependência. Entretanto, naquele momento, sentindo no corpo leve, seus movimentos
restabelecidos, julgou-se pronta para lançar-se a uma nova tentativa.
E, no silêncio daquela madrugada, Dayse, caminhou até a porta, abriu-a; venceu serenamente a distância que a separava da escadaria; deteve-se diante do lance dos degraus em curva que a separavam do andar inferior. Um desconhecido fulgor a tudo iluminava.
Madame Dayse nem sentiu os pés tocarem o solo enquanto descia. Leves, seus passos venceram a distância, docemente, como se flutuassem.
Buscou o salão onde o magnifico presépio colheu o seu olhar. Atentou para os encantos da nova ornamentação, e sentindo-se grata pela ousadia de ali ter chegado sem qualquer esforço, voltou-se para a manjedoura onde repousava e imagem do Menino Deus.
Seus olhos encontraram então, não a imagem, mas um menino vivo, que a fitava com ternura e lhe estendia os seus bracinhos nus. Sem surpresa, Dayse o tomou a si; aconchegou-o ao peito, acariciou-o, sentindo nas mãos a brandura da pele
viva, macia e morna; protegeu-lhe a nudez envolvendo-o na mantilha com que se agasalhara, lá em cima, ao deixar o próprio leito.
Colhida pela graça do milagre, ajoelhou-se, sentindo envolve-la diáfana luz e
suave perfume.
Assim a encontraram, de joelhos, aos pés da manjedoura vazia, apertando nos braços a imagem do Menino Deus.
Hortencia de Alencar, mineira, de Belo Horizonte. Uma
aventureira que , brincando com palavras, as converte em
fantasias; que, amando a natureza, verseja com
suas nuances e as edifica em versos; que convive com a
solidão sem sentir-se sozinha; que ri de si mesma; que
contempla o próximo com delicadeza e compaixão; que
aceita, incondicionalmente, as surpresas da vida e o
mistério da morte... enquanto avança estrada a fora,
harmonizando-se humildemente com os desígnios de
Deus.
MARANAZA (NAZARETH CARVALHO)
(Juiz de Fora – MG)
MENINO DEUS - MENINO REI Menino Deus, que tinhas aos teus Pés um coral de anjos e arcanjos em contínua louvação, por que quizeste nascer tão pobrezinho com estes bracinhos abertos só pedindo colo?
Menino Deus,que vivias com o Pai e tinhas por morada um castelo alem das núvens cor de rosa, por que quizeste nascer assim tão humilde tão pobresinho sem ter ao menos uma pedra onde recostar tua cabeça? Eu sei, quizeste nascer assim tão humilde, tão pobrezinho só por nosso amor...só por nosso amor....
NATAL Há enfeites nas paredes , nas portas e varandas, as coroas entrelaçadas com laços e guirlandas As luzinhas pisca-pisca vermelhas, verdes, amarelas nas árvores e nas paredes, nas portas e nas janelas As ruas viram atração com brilhos no visual, por toda parte as faixas: Feliz Natal...Feliz Natal... Na casa é tudo alegria não é alegria sem fé. tem presépio montado, com Jesus, Maria e José. Tudo é só felicidade, os sinos tocam na Matriz e as vozes cantam em coro Noite Feliz, Noite Feliz... Os anjos voam baixnho trazendo a saudação "Glória a Deus nas alturas
Paz na terra a cada irmão. Natal não é apenas uma vez com presentes e celebração, Jesus nasce todo dia na vida e no coração.
Nasci em Carvalhos, sul de Minas, no dia 24.11.1929, sou professora aposentada e resido em Juiz de Fora, Minas Gerais. Já publiquei um livro "A menina da fazenda"pela Lei de Incentivo à Cultura de Juiz de Fora.Este mês vai sair meu segundo livro : "Vida de Professora", onde conto minha saga de Profesora com suas lutas e alegrias. Tenho outro livro para ser publilcado:"A Tua Imagem e Semlhança", com textos espiritualistas reflexivos. Escrevo contos infanto juvenís, poesias, porque o espírito é forte, a imaginaão não conhece limites do tempo nem da idade.
MARIA CANDIDA VIEIRA
(Campina Grande – PE)
NATAL
Nasceu o menino Jesus
Aquele que veio para
Trazer para todos nós
Amor, perdão, salvação e a
Luz infinita de Deus.
O NATAL NÃO PRECISA
O Natal não precisa
de pinheiros imensos
enfeitados com bolas,
fitas e velas.
O Natal não precisa
que as pessoas usem
roupas bonitas,
comprem presentes caros,
e se encham de comida e bebida.
De nada disso, o Natal
precisa, se a sua verdade
em todos nós estiver.
Porque o Natal não é festa,
mas o começo de uma
nova e feliz vida,
onde nascerão amor e perdão.
Natal é o nascimento
de um menino,
que veio preencher
o seu coração.
Maria Cândida Vieira, além de poesia, escreve em prosa e se interessa pelos mais variados assuntos. Acredita que a poesia tem o poder de mexer com a sensibilidade das pessoas e que as palavras podem mudar nossa forma de ver o mundo. Adora ler, porque pensa que a leitura é o melhor alimento para o espírito e seus poetas preferidos são Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Gregório de Matos e Castro Alves.
MARIA EUGENIA SANTOS
(Salto do Itararé – PR)
NOITE DE NATAL
Sentia-me sozinha, Pelos caminhos da vida... Pobre, suja, mal vestida. O frio de novo tomava conta de mim. Ao longe vi sua casa. As luzes brilhavam como Estrelas no céu. As pessoas estavam felizes Enquanto eu não tinha nada para Me aquecer, nem plástico, nem papel. Há muito tempo eu estava De castigo. Talvez pagando pelos meus pecados. Talvez já houvessem redimido. Mas naquela noite Queria só um repouso Sentir-me humana de novo. Mesmo que as luzes se apaguem Ficarei aqui. Quem sabe alguém se lembre de mim. Então repentinamente Você chegou! Olhou-me nos olhos
Conseguiu me ver de um jeito Que ninguém nunca viu. Acolheu uma estranha em sua casa E simplesmente sorriu... Meu Deus que alegria! Mesa farta. Aguá limpa. Cama macia... Eu quero que você saiba Que na sua casa me senti amada... Quero que você saiba que suas cobertas Aqueceram meu corpo. Mas... Com a luz do sol acordei. Em frente a sua casa eu dormi Te agradeço tanto por este tão pouco Por ter me deixado ficar aqui. Aconteceu esta noite Algo muito especial! Eu sei que de verdade, na sua casa entrei. Não foi uma noite qualquer... Foi uma noite de Natal. Maria Eugenia Santos
Maria Eugenia Santos, 35 anos, reside na cidade de
Salto do Itararé, PR. É escritora e membro da
COLINS - Confraria Literária Newton Sampaio, grupo
que reúne os escritores do Norte Pioneiro do
Paraná.
MARIA MARLENE
(Tucuruí – PA)
POEMA 1 DESEJOS DE NATAL ...
Que não sejam apenas comidas e bebidas no Natal Que os corações sejam transbordantes de (FÉ)licidade Que em cada ser humano a essência divina seja real Que haja mais amor entre a humanidade.
Que aumente em cada um de nós a bondade
Que sejamos mais humildes e cristãos
Que vivenciemos mais a solidariedade
Que vivamos como verdadeiros irmãos.
Que Jesus Cristo seja o norteador em cada lar Que haja entre os povos, plena harmonia Que o lema das famílias seja “SEMPRE AMAR” Que todo(a)s desfrutem de intensa alegria Recebam um abraço caloroso da Marlene E sintam-se acarinhados pela Maria. FELIZ NATAL! by Maria Marlene
POEMA 2
E ASSIM, SIM!
Que os dissabores
não nos tirem a alegria
Que os espinhos
não nos impeçam
de colher as flores
Que as batalhas perdidas
não sejam motivos pra desistir
Que as lágrimas vertidas
não nos tirem
o prazer de sorrir.
Que as ondas turbulentas
não nos façam pessimistas
Que as tempestades assustadoras
não nos tornem covardes
Que a impaciência
não nos tornem insolentes
Que a solidão
não nos deixem enclausurado(a)s
Que as desilusões
não nos deixem amargurado(a)s
E assim, sim ...
Que conquistemos mais
e sejamos conquistado(a)s
Que acarinhemos mais
e sejamos mais acarinhado(a)s
Que amemos mais
e sejamos mais amado(a)s.
Que assim seja ...
By Maria Marlene
Em 11/12/2014
APRESENTAÇÃO.... Sou apenas uma mulher,
aprendiz de poetisa. Com os sonhos da Maria,
Com a razão da Marlene.
Sou amante das letras e adoro tecer poesia.
Sou simplesmente:
Maria Marlene
MEIMI
(Eliane Maria de Jesus)
(Jataí – GO)
Noite de Natal
Cores...
Festas...
Alegria...
È sempre assim em ano vindouro de Dezembro.
O mundo fica em festa, luz colorida, doando-se espíritos natalinos entre humanidade.
Noite de luz, noite feliz e noite de paz!
Envolvendo a todos com o fogo do amor.
Momento de nós unirmos aos sentimentos, celebração, compaixão, perdão, e, sobretudo, amor. Buscar aceitar o próximo e suas limitações e qualidades. É momento de romper o preconceito, pegar na mão e abraçar aqueles que precisam da centelha do vosso amor único diante dos olhos do Pai. Que a Divindade nos lança um laço de amor que jamais se rompe, e tem compaixão diante dos pequeninos. Natal é momento de busca, compreensão, dos mistérios de Deus, ele nos dá uma oportunidade de um novo recomeço e conduz-nos à vereda luminosa. Espírito de Luz de Cristo Jesus, nos aquece, ele está habitando em nós.
Eliane Maria De Jesus - Meimi
Eliane Maria de Jesus (Meimi) Nascida em 17 de Abril de 1968.
Formada em Pedagogia. Primeira participação Antologia
Poesias Encantadas VII. Minha nova paixão em escrever poesias expressando o sentir da alma.
E.mail:eliane-jesus.201024@live.com
Site:www.recantodasletras.com.br
http://meimipoesias.blogspot.com.br
MERI VIERO
(Guarapuava – PR)
Feliz Natal com Jesus
Esse Natal vai ser bem diferente A criança já cresceu, lindamente Tempo empresta o brilho ao olhar Que não sejam lágrimas a molhar Mas enfeitados sejam pelas luzes Natal mais sincero, sem presentes Que a estrela de Belém o céu cruze E avise ao homem que entre a gente Jesus deve fazer moradia todo o ano Pois Ele não é uma data comemorativa Mas deve permanecer em nossos planos Pois nos ama, além dessa data tão festiva.
Meri Viero FELIZ NATAL! A neve não cai aqui, mas bate o sino Papai Noel dá presentes aos meninos Distribui sorrisos e magia tão colorida Enfeitam as ruas, as praças e avenidas Pois o Natal chegou branco e vermelho De barba branca, barriga grande e luvas Bom velhinho sorri em frente ao espelho
Lembra da ceia, do peru, saladas e frutas Sabe que é parte da festa da criançada Presentes vai distribuir pra molecada Vai ter bola, boneca, notbook e celular Não sabe se em todo lar vai poder estar Que a magia do natal esteja presente Não só na parte material, mas espiritual Jesus não carece de festa, quer amor real Quer o bem e a paz, abençoadas sementes. Meri Viero
Meu nome é Lucimeri Viero, moro, desde sempre, na cidade de
Guarapuava, uma cidade que ainda é bonita aos meus olhos, mas
que começa a ter ares de cidade grande, e tenho me desencantado
com ela, escrevo desde meus quatorze anos, nunca tive obra
nenhuma publicada, tive o prazer de receber o convite de participar
do livro de Antonio Portela, um poeta de Portugal, e participei em
dois de seus livros, em cada um com uma poesia, tive a honra de
receber os dois livros, autografados por ele, um querido amigo
poeta. Amo a poesia, amo as letras, apesar de não saber escrever
tão bem quanto queria, mas a palavra me encanta, as frases que
elas formam, independentes de serem minhas, são voos especiais,
entrei no recanto em 2011, de lá para cá, saí algumas vezes, mas
sempre acabei voltando, a poesia, infelizmente no mundo fora do
recanto, é algo praticamente esquecido, então partilhar esse gosto
se torna tão especial. Agradeço de coração ao amigo Miguel
Carqueija, pelo convite para participar de sua antologia, foi uma
agradável surpresa que recebi e aceitei com todo carinho.
NATIVA
(Marechal Floriano – ES)
POESIA DO NATAL
O brilho nos olhos humanos,
As cores vivas distribuídas,
Luzes por todos os lados,
Nascimento e celebração de vida.
As músicas impressionam,
Sorrisos e alegrias...
Sentimentos que se misturam,
O momento e a nostalgia.
Emoções...
Lembranças tão únicas,
Cada objeto trás um significado,
De vidas que cruzaram a minha,
Algumas já do outro lado...
Lembranças apoderam-se de mim,
Com a melodia natalina,
Existe um incômodo na alma,
Gentes que têm as suas mesas vazias.
Uma melodia diferente canta,
Faz-me reflexiva e sentida,
Com tantas cores brilhantes,
Choro descontente ainda.
****************************************
QUERO
Quero do Natal o verdadeiro sentido para celebrar,
Um olhar leve, sem jugo e acolhedor.
Mãos calorosas para cumprimentar,
O abraço que possa confortar.
Quero presentear a todos que posso,
Com presente de alto valor,
Nada do do comércio!
Símples para brindar com a verdade,
Sem se perder em consumo,
Celebrar com consciência,
A tudo, em amor eu resumo.
Um Natal bem consciente,
Que não falte o olhar puro,
Não falte o aperto de mão,
Não falte o sorriso mais lindo,
Não falte a compreensão.
Não falte a verdade e o amor,
Não falte a água e nem o pão.
Se tiver que faltar algo,
Falte a avareza,
Falte a tristeza,
Falte a maldade,
Falte o ódio,
Ambição...
O descaso com os irmãos
Em toda nação.
CONTO DE NATAL
NEM TODOS SÃO FILHOS DE PAPAI NOEL
Naquele dia 24 de dezembro, as crianças acordaram felizes
para montar a árvore como era de costume. O pinheiro já
havia sido encomendado e logo chegaria...
As crianças tomaram o café da manhã e correram para o
mato junto com a mamãe para apanhar bromélia, barba de
velho e outros matos para o presépio. Era um dia com
muito perfume e alegria.
O verde colhido parecia ter cheiro de Natal e as esperanças
eram grandes, todas as crianças contavam seus sonhos
com os presentes.
Eram muito pobres mas acreditavam que todos eram filhos
de Papai Noel. Ninguém podia imaginar a possibilidade dele
esquecer alguém. Assim, com muito entusiasmo montaram
a árvore...
O papai e a mamãe pareciam preocupados, mas as crianças
não podiam imaginar nada de diferente que pudessem
frustrá-las. Naquela Noite, muita gente passava na estrada
que ia para a Igreja Evangélica Luterana onde o Natal era
celebrado com muita beleza.
Ilsa e Regina estavam brincando na calçada da casa
quando o pastor daquela Igreja passou, e, com um sorriso
que parecia um abraço beijado convidou as meninas para ir
até a igreja participar.
Ilsa e Regina aos pulinhos alegres chamaram outros irmãos
e foram falar com o papai e a mamãe. Foi aquela decepção!
O papai não aceitou de forma alguma, pois cada um
deveria ficar na sua religião, eles eram católicos.
Ilza e Regina sentiram profundamente e não entenderam
bem porque ser tão grave ir naquela Igreja... Estavam na
janela tristes, quando veio uma filha do pastor com dois
versinhos de Natal para que elas falassem.
As duas aceitaram e ficaram decorando ali mesmo na
janela. Aquele sorriso do pastor falou profundamente na
alma das duas meninas e já não pensavam em Papai Noel
como o cara importante da festa, a alma já queria muito
mais.
Então seus pais saíram em seguida para uma visita de
amigos e elas ficaram sozinhas... Decidiram fugir, já que a
Igreja era perto. De chinelinhos velhos nos pés e
vestidinhos batidos foram correndo...
Não olharam para o que vestiam. Ao chegarem à porta da
Igreja o coração de cada uma quase saltava do peito e o
pastor lá do púlpito com aquele sorriso convidou as
meninas para sentarem à frente...
Tinham muitas crianças bonitas bem vestidas, mas, Ilsa e
Regina não se viam diferentes, todos sorriam e eram muito
gostosos aqueles sorrisos, substituíam qualquer doce
naquele momento.
Esqueceram do papai e da mamãe, simplesmente
aproveitaram o instante encantador. Queriam muito falar o
versinho como as outras crianças e falaram... Louvaram...
Tudo era lindo!
No final foram abraçadas muito, muito por crianças e
adultos. A filha do pastor levou as duas até em casa, os
pais já tinham voltado e estavam zangados.
Brigaram muito, mas não surraram. As duas dormiram e
tiveram outros sonhos... Pela manhã, os irmãos
levantaram primeiro e a árvore estava vazia. Não havia
nenhum presente.
Os pais não tinham dinheiro pra nada naquele Natal, todas
as mentiras contadas para as crianças para justificar a falta
de presentes nada adiantavam. As crianças choravam no
cantinho muito decepcionadas, mas com Ilsa e Regina tudo
estava diferente, estavam radiantes como a noite que
tiveram, como se uma nova mensagem tivesse sido
plantada naqueles corações. De fato foi o que aconteceu!
Os irmãos continuaram a espera do papai Noel por muitos
outros anos, mas Ilsa e Regina esperavam outro momento
como aquele, que viveram na celebração do dia 24, o Papai
Noel já não satisfazia mais aquelas duas meninas. O
verdadeiro Natal a elas foi revelado naquela noite.
Elas cresceram, casaram e tiveram filhos, o Natal que
passaram para os filhos não foi o mesmo contado pelos
pais. Prometeram para elas mesmas, que nunca queriam
ver tanta tristeza nos filhos como viram nos irmãos.
Se os pais ensinassem o verdadeiro sentido do Natal,
nenhuma criança ficaria triste. Porque Ilsa e Regina não
ganharam presente de loja, mas receberam sorrisos
sinceros, acolhida e Luz. Descobriram que o espírito de
Natal não está na mentira do bom velhinho e que nem todo
mundo é filho de Papai Noel, mas, todos são filhos de
PAPAI DO CÉU.
Biografia – Lúcia Regina Corrêa, (Nativa) natural de
Marechal Floriano ES, Nascida em 08/05/1963. Poetisa
entusiasta. Atua na área da saúde com formação em
enfermagem, Psicóloga – psicanalista.
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE
MORAES
(Suzano – SP)
O SÍMBOLO DO NATAL
Amor deve persistir sempre no coração
Bondade ser o lema da humanidade
Neste Natal e em todos, com emoção
Levar na mensagem a Fraternidade
Natal significa nascimento no amor
É a confirmação do bem no coração
Natal é mais que presentes ou dor
É solidariedade, é focar consideração
Natal é um dia de muita fé e magia
Do grande dom da confraternização
Pois predomina a coletiva alegria
Símbolo de mudança e transformação
Não adianta ser somente um dia solidário
E nos outros esquecer dos votos e ações.
Natal é tempo de grande reflexão
Dia de comemorar todas as realizações
Natal é dia de intensa paz e gratidão
Por todo o ano de trabalho e colheita
Na seara da vida, feitos e consolidação
Extrínseco e intrínseco em comunhão
Natal é também tempo de esperança
Novos projetos, novos conhecimentos
Para um novo ano de fé e confiança
Crer em Deus e ter a paz nos sentimentos.
NORMA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES
NASCIMENTO. 02/08/59
PSICÓLOGA, PINTORA, ARTESÃ, ESCRITORA, POETISA
PERFIL
Amigos de Luz ...
Na mesma jornada da arte e da emoção
Gosto de compor coisas da vida, de vivências, da natureza, espiritualidade, beleza e
também choro numa poesia, faço prece, me realizo e tento ser autêntica e empática.
Foco no realismo dos sentimentos humanos...
Sou psicòloga, aposentada, passo dias escrevendo quando estou inspirada, desapareço
por outros...Amo espiritualidade, estudar religiões, sou Rosacruz, gosto do Espiritismo,
também aprecio Budismo, Catolicismo, algumas linhas Evangélicas,
Judaísmo, Fraternidade Branca, Teosofia, enfim gosto do ser humano. Amo a
natureza, aninais, flores. Curto muito a Melhor Idade, jovens e crianças...Amo
egiptologia, mar, mundo rural...
Gosto de coisas simples, luto pela igualdade, fraternidade e liberdade com
responsabilidade. Sou casada e muito amante de família e lar...Não tenho preconceito,
e procuro levar a vida procurando a minha essência o meu self. Creio na evolução da
alma, no amor, na fé, no perdão e na gratidão...
Minha forma de escrever, meu estilo, é de fácil entendimento para alcançar a todos,
é simples como eu...Desejo a todos que visitarem o meu perfil: Paz Profunda, Fé,
Amor, Respeito, Ética...
ASSIM COLOCO A ALMA EM GOTAS NUMA FOLHA BRANCA DE PAPEL,
FATOS SAIDO DO MEU BAÚ DE LEMBRANÇAS OU ATUALIDADES.
Felicidades Mil...Paz e Luz. MUITAS BENÇÃOS DE DEUS
Tenho uma página com slides no site :
www.sergrasan.com/normasilveiramoraesslides
SEJA BEM VINDO (A)
Muitas bençãos Cósmica em sua vida.
POR FAVOR ASSINE MEU LIVRO DE VISITAS...
PERFUMEDEFLORES
(Rio de Janeiro – RJ)
Boas Festas...!
O farfalhar das folhas
Em noite clara,
Anuncia a sua chegada.
Que o despontar do ano vindouro
Nos traga a força necessária
Para buscar aquilo que desejamos
E nos tornarmos melhores seres... Humanos!!
Que o espírito do Natal esteja conosco em gestos e atitudes, não somente no mês de dezembro, mas em toda nossa caminhada e que isso passe de geração para geração. São os meus sinceros votos a todos! Com carinho, Elisabete. Perfumedeflores
Falando um pouquinho de mim...
Sou Elisabete Gouvêa de Moura, nascida e criada na
cidade do Rio de Janeiro. Pedagoga e estudante de
Psicologia encantada pela Ciência Humanas. No Recanto,
sou Perfume de Flores, deixo em meu canto um
pouquinho daquilo que preenche a minha vida: ideias em
palavras traduzem a minha poesia... Por quem sou
apaixonada.
REGINA MADEIRA
(Miguel Pereira – RJ)
N.esse tempo de alegria e paz;
A. brir o coração nos satisfaz;
T. ransbordando de amor e gratidão;
A. ntecipo os sinais de união.
L. ado a lado com a cena que reluz.
D. ireciono os meus olhos para o céu;
E. scolhendo da missão o meu papel.
P. rocurando o que posso ofertar;
A. pesar de quase nada ter prá dar;
Z. elando por alguém onde passar.
E. ntrego ao Senhor os meus amigos;
L. ider forte contra todos os perigos;
U. so para o pedido a minha fé;
Z. erar a dor eu aprendi em Nazaré.
Estrela Radiante
MELODIA DE NATAL
O seu noturno ecoa no silêncio,
No sagrado recôndito do amor,
Como chama voraz de um incêndio ,
Lava o meu peito apagando o amargor.
Notas soltas compõem a melodia
Contrariando o gosto de compor
O silêncio responde a sinfonia
Puro eco ecoa por onde for.
Sentimentos retornam como antes
A compor a melodia magistral
Entre luzes lindas e faiscantes
É composta melodia de Natal.
Estrela Radiante
UM SONETO DE NATAL
Ao longe ouço o repicar dos sinos,
É chegada outra noite de Natal,
Do Aconcágua até os Apeninos,
E na África é um toque especial.
O aviso alegra aos pequeninos,
A esperança, sentimento natural,
O coração da vida tira ensinos,
Que a doação seja de forma total.
Na Ásia um presente vai aos meninos,
Na Oceania, alegria é geral,
Em toda Terra os sons são cristalinos.
Pois o amor toca em sinos de cristal,
A partilha torna os seres tão divinos,
E o amor maravilhoso, universal.
Estrela Radiante
Eu sou Regina Madeira, nascida em Engenheiro Paulo de Frontin-RJ, professora por profissão e escritora por ocasião. Escrever mudou a minha vida, o curso da minha história. Hoje de tudo faço poesia, das lágrimas, tristezas, alegria e principalmente o amor e o mar, meus temos preferidos. Sou uma mulher de muita fé e faço questão de propagar o nome de Deus entre as pessoas.
ROSA DAS OLIVEIRAS
(Guarulhos – SP)
VIAJEI NO MUNDO DOS SONHOS
Viajei no mundo dos sonhos
Profundamente eu mergulhei
Por alguns momentos chorei
Foram tantos sonhos risonhos
Viajei no mundo dos sonhos
No céu encontrei com a lua
Fui guiada por uma luz da rua
Até nas alturas eu componho.
Viajei no mundo dos sonhos
No paraíso eu quero acordar
E sempre da viagem lembrar
Entre as linhas tudo suponho.
Viajei no mundo dos sonhos
Encontrei-me com meu amor
Oh! Doce quimera de esplendor
Viajar comigo eu lhe proponho!
(Rosa das Oliveiras)
......................................................
COMO O POETA SE INSPIRA ?
Do nada o poeta se inspira
Transforma dor em alegria
Entre tempestade o poeta rima
Com letras deleita e transpira.
Os sentimentos vêm da alma
As estrelas brilham no céu
Nuvens cinzas são de mel
Flutua o poeta e se acalma.
Na explosão chove inspiração
O poeta ri pra não chorar
As lágrimas caem sem parar
Não há razão na sua emoção.
Em versos o poeta respira
Como o poeta se inspira ?
(Rosa das Oliveiras)
A POESIA QUE SONHEI
Pelas ondas calmas do mar
A noite brilha com seu luar
Nossos sonhos se embalam
E os ecos das águas falam.
O vento sopra a nosso favor
Navegamos livres sem pavor
O céu iluminado de estrelas
Na viagem paisagem belas.
Mesmo por caminhos incertos
Pássaros voam em voo aberto
Neste devaneio a minha vida
Onde fantasia pode ser vivida.
Em sonhos, eu vivi a magia.
Na realidade é minha poesia
Não tenho medo de acordar
Sou autora, nada vai mudar.
(Rosa das Oliveiras)
Rosa Aparecida da Silva Oliveira . Nascida em Paraisópolis - MG.
Trabalhou com seus pais na lavoura e só aprendeu a ler e escrever
com 15 anos de idade. Escreve por amor e com amor as letras.
Seu tema preferido é O AMOR.
ROSILENE DE SOUZA
(Maringá – PR)
NATAL!!!
Lá vem o Natal,
A cidade iluminada,
crianças sonhando nas vitrines...
O papai Noel sorridente,
cheio de balas, todo contente!
sussurrando em seu ouvido...
...a criança faz o seu pedido!
E para todos que se prepara,
numa corrida alucinada...
muitas andanças nos shopping's... mercados..
A busca dos presentes que agrada,
desejo que o relógio pára.
Preparar a mesa farta
e a família toda reunida!
E nesta noite Feliz
Nas igrejas tocam sinos,
corais cantam felizes...
nasce o Deus menino!
Em nossos corações,
doce melodias, hinos!
E dorme um sono leve o Deus menino,
enquanto a festa acontece...
...anjos cantam sua canção de ninar
E no coração dos homens o desejo:
de compartilhar...
...amar
...doar
O Natal acontece!
Rosilene de Souza
Boas Festas!!!
Rosilene de Souza, Aventureira das letras, gosto de jogar letrinhas no ar, delas saem meus poemas, que falam um pouco do que sou, um pouco do que sinto, as vezes me colocando também em lugar de outras pessoas e assim, falar de seus amores, seus sentimentos, suas aspirações.
TIINA MAGALHÃES
(Rio de Janeiro – RJ)
Vejo que muitos esqueceram o real sentido do Natal.
Será que esses ainda comemoram o nascimento de Jesus e
agradecem com uma reunião fraternal? Ou será que os valores foram perdidos e é só mais uma data que
usam como desculpa para gastar capital?
Por que muitos esperam o Natal chegar para doar roupas ou
alimentos a quem precisa? Será que essas pessoas se esquecem o resto do ano quem sente
fome também necessita?
Não existe alguém tão pobre que não tenha nada a oferecer e nem
alguém tão rico que não tenha o que receber.
Feliz de quem é solidário e com o próximo, compartilha apenas
pelo prazer.
Por que muitos também esperam pelo Natal para fazer as pazes
com um ente querido? Será que o orgulho vale mais do que o tempo em que poderia estar
próximo a um amigo?
Sim, o Natal é uma razão para boas ações no qual o verdadeiro significado é o nascimento de Jesus. João 3:16 diz: "Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Não espere pelo Natal para plantar as boas ações.
Mas também não perca a essência e a cultura dessa divina
tradição.
TIINA MAGALHÃES
Uma menina que apesar de jovem bem vivida, que baseia a vida se saciando pelo seu talento, se satisfaz jogando sua alma nos frutos de seus inventos e energizando a real missão de sua vida, trazendo harmonia e sensibilizando cada caminho, levando a paz, trazendo o amor, pregando contra os males e rancor, suas obras são todas de verdadeiras inspirações e escritas com o coração e a captação de cada momento e trazendo a magia da beleza da vida. (do perfil de Tiina em sua escrivaninha no Recanto das Letras)
CONTO DE ENCERRAMENTO
SINOS DE NATAL
Miguel Carqueija
Avistar um céu de verdade, após tantos anos, era algo de
comovente. Apoiado ao gradil de um dos jardins da praça,
Fitzwillie Bell fitou longamente aquela Lua que, cheia,
esparzia sua imensa luz sobre o mundo. O firmamento
estava cravejado de estrelas e Fitzwillie lamentava,
tardiamente, não ter aprendido Astronomia para poder
reconhecer as constelações.
―Se eles forem minimamente humanos, saberão onde me
procurar. Mas o sistema já deixou de ser humano, e os esbirros também não o são.‖
Apesar desse raciocínio, Fitzwillie sabia que tudo estava
contra ele. Ocasiões existem em que o homem se sente
mais só do que nunca, sozinho no universo. E, ainda por
cima, um universo hostil.
Fitzwillie sabia que o tempo voa e que não podia se
demorar em contemplações. Pôs-se a caminhar no frio da
noite, com as mãos nos bolsos do casaco e exalando vapor
pelos lábios. Sabia da existência de um ponto de táxi, no lado oposto da imensa praça. Mas isto fôra há anos.
Existiria ainda? Os olhos azuis de Fitzwillie, sob suas
grossas sobrancelhas, olharam em volta precavidamente.
Seria o cúmulo do azar esbarrar agora com assaltantes
noturnos, pois não poderia recorrer á polícia.
Olhando um instante para cima, vislumbrou uma estrelinha
móvel que não era senão a Terra 5, isto é, a Penitenciária
Espacial, de onde ele viera. Com certeza já havia todo um
aparato à sua procura, mas o bote espacial espatifara-se a
centenas de quilômetros e, a não ser por uma grande sorte, eles não poderiam saber em que ponto do trajeto o
fugitivo saltara de pára-quedas.
Fitzwillie fitou por alguns instantes a comprida árvore de
Natal que, do interior da praça, distribuía a sua luz
piscante, proveniente de milhares de lâmpadas coloridas. O
espetáculo era em si deslumbrante, mas Bell não nutria
grande entusiasmo por tais decorações.
Ele avistou finalmente o ponto de táxis. Àquela hora só
havia alguns poucos de plantão, e Bell estugou os passos.
Não poderia perder tempo.
Não estranhou muito em deparar com uma chinesa ou
coreana como taxista da vez. Táxi já não era uma profissão tão perigosa, mesmo para mulheres, por causa do
monitoramento dos veículos pelo GPS. Aproximou-se e a
mulher se destacou dos colegas e veio até ele.
— Boa noite — disse Fitzwillie. — Preciso ir ao Roseiral.
— É um pouco longe — disse ela, algo admirada.
— É por isso mesmo que eu vou de táxi — e Fitzwillie
sorriu, tentando ser simpático. — Se fosse perto eu iria a
pé.
Ela também sorriu e entrou no aparelho. Aquele era um
ponto de táxis terrestres. Aliás, naquela cidade ainda eram poucos os aerotáxis.
Bell acomodou-se no banco de trás, após informar a rua.
Embora houvesse um sistema de comunicação através da
vidraça, ele não pretendia manter conversação e esperava
que a taxista não fosse loquaz.
Por felicidade, ela não era.
Roseiral era um bairro pobre e mal cuidado, uma prova de
quanto estavam equivocadas as velhas utopias de futuros
imaculados, tipo Jetsons, onde tudo funcionaria às mil maravilhas. Mas, naquele momento, o raciocínio de Bell
encontrava-se muito distante do filosofar. Ele pagou a
corrida diante de uma casa sórdida, caindo aos pedaços, de
uma rua esburacada e suja. Àquela hora a via estava
deserta salvo, na esquina, alguns melancólicos cheiradores
de ilusionol.
Bell estava preocupado. Não tivera como avisar de sua
chegada; aliás nem tinha certeza que elas ainda moravam
lá.
Aproximou-se do portão e buscou a campainha. Ao pressioná-la, porém, percebeu que estava desligada. De
fato, muita gente fazia isso à noite para evitar trotes e
visitas indesejáveis.
Bell olhou em volta e, não avistando ninguém a não ser os
inofensivos toxicômanos esparramados na esquina, tratou
de pular o muro. A casa toda estava ás escuras; já deviam
estar dormindo. Chino, o cachorro, não apareceu;
provavelmente já teria morrido.
Pé ante pé, chegou à encardida e velha porta e bateu
discretamente. Esperou na friagem, em vão, durante
minutos; afinal, resolveu bater com mais força. Elas iriam
se assustar, mas que mais ele poderia fazer? Não dispunha de comunicador.
Por fim, acendeu-se uma luz na frente da casa, no andar de
cima. Apareceu um rosto mal vislumbrado:
— O que é? Como entrou aqui?
— Eugênia — gritou ele em sussurro.
A luz de uma lanterna atingiu o seu rosto.
— Fitz! É você! Meu Deus!
— Sim, sou eu mesmo!
— Espere um pouco!
Eugênia não se fez esperar; desceu rapidamente a escadaria interna e abriu a porta, atirando-se nos braços do
irmão mais novo.
— Que milagre o trouxe aqui, na véspera do Natal?
— E a mãe?
— Ela dorme. Está muito enfraquecida, já vê... mas o que
houve? Deram-lhe liberdade condicional?
— Não — foi a triste resposta. — Eu fugi.
Ela pareceu muito assustada:
— Mas você não pode fazer isso, Fitz! Virão atrás de você! — É por isso que eu preciso ver logo a minha mãe. Não
quero que ela morra sem me ver mais uma vez.
— O sistema é tão cruel... entre, por favor.
Eugênia fechou a porta, passando a chave e o trinco.
— E o Chino? — lembrou-se Fitz de indagar.
— Está lá em cima, também, ferrado no sono. Está tão
velhinho... nós não o deixamos mais no quintal. Ficou
perigoso por aqui.
— Eu entendo. Vocês deviam se mudar daqui.
— Se tivéssemos feito você não nos encontraria. Era verdade. Pessoas como Eugênia e Cibelle não sabiam
usar o correio cósmico e o contato com Fitzwillie se
interrompera havia anos. A Bell desgostava o anacronismo
da mãe e da irmã, bem como as dificuldades que o sistema
carcerário impunha. Nunca lhe permitiriam descer à Terra
para visitar a mãe idosa e doente, por causa dos custos das
viagens espaciais. Dessa maneira, parentes e amigos nunca
mais se viam, porque o preço de uma chamada visofônica
era também astronômico.
No vestíbulo, antes de subirem, Fitz levantou uma
importante questão:
— Eugênia... o que você vai fazer de sua vida quando mamãe falecer? Vai ficar inteiramente sozinha?
Eugênia, viúva e sem filhos, observou com melancolia:
— Nosso tronco secou, não é mesmo? Também tenho
pensado muito nisso. Talvez eu me case de novo, ou talvez
adote uma criança. Agora não posso pensar nem numa
coisa nem noutra.
Ao subirem a velha e rangente escada de madeira, com seu
corrimão carunchado, Eugênia perguntou, esperançosa:
— E você, Fitz? Ainda faltam cinco anos, não é? Não pode
conseguir uma redução de pena? Para ajudar a cuidar de nossa mãe!
— Isto seria justo; afinal eu não matei ninguém, fui
condenado por prática de vigarice. Vendi asteróides antes
que chegássemos neles, mas de fato prejudiquei muita
gente. Eu me arrependi do que fiz, mas tardiamente.
— Mas, pode ou não?
— Poderia, se tivesse um advogado que preste.
Entraram no quarto. O velho e enrugado Chino veio quase
se arrastando, mas abanando o rabo, numa tranqüila festa a Fitzwillie.
— Ele me reconheceu — disse o ex-escroque, deixando que
o cachorro de raça chinesa lhe lambesse as mãos.
— Cães são muito inteligentes e sensíveis — admitiu ela.
— É, eu sei. A mãe está dormindo...
— Ela terá de acordar para te ver.
Realmente, na cama modesta uma senhora idosa e magra
ressonava, de rosto para cima. Seus cabelos eram brancos
e ralos e seu aspecto, mesmo no sono, bastante sofrido.
— O que você fará? — sussurrou Eugênia. — O que eu farei?
— Depois de falar com mamãe. Quer passar a noite aqui?
— Acha que eu deveria? Sou um fugitivo e vocês estariam
encrencadas...
— Você crê que nossa mãe, com 84 anos, pode ficar
encrencada com a policia? E eu, que cuido dela... a Lei me
garante esse direito.
Cibelle Bell começou a dar sinal de vida. A sua respiração
entrecortou um pouco e, por fim, ela abriu os olhos,
fixando-os no visitante.
—Mamãe — murmurou ele, e adiantou-se. A enferma, num
assomo de energia, ergueu-se do leito e pôs-se de pé antes mesmo que o filho a alcançasse. Os dois se abraçaram
como há anos não podiam fazer.
— Meu filho. Eu sabia que você voltaria para me ver.
Ela segurou-se nele, trêmula, e ele, quase tão trêmulo, mal
conseguiu falar:
— Mamãe, me perdoe. É Natal, e não te trouxe uma única
lembrança...
— E para que isso, Fitz? Você é o meu presente de Natal.
Ela arquejou e estremeceu nos braços dele.
— O que foi, mãe? As lagrimas escorriam pelo rosto da velhinha.
— Eu pedi muito a Deus que só me levasse depois que
pudesse vê-lo e me despedir de você. Eu vou morrer feliz,
Fitz. Eu esperarei vocês dois do outro lado.
— Mas o que é isso, mãe? Não vai acontecer nada disso!
— Isso é o que todos dizem, não é, Eugênia? As pessoas
convivem diariamente com a morte e passam a vida
fingindo que a morte não existe e até tentando convencer
disso os doentes terminais. Mas olhem para ele. Assim dizendo, ela apontou o cachorro. Cibelle, aliás,
passada a energia inicial, só se mantinha de pé porque
Fitzwillie a amparava.
— O velho e bom Chino sabe que vai morrer em breve. E
eu também sei. O sacerdote já esteve aqui, foi minha
penúltima visita, a antepenúltima foi o médico, e você é a
última, meu filho. Agora, morrerei entre meus dois filhos. O
que mais posso desejar?
Levaram-na de volta para a cama. Logo, a anciã entrava na
agonia mortal. — Temos de chamar um médico — Bell estava aflitíssimo,
mas Eugênia manteve a calma:
— O que ele poderá fazer? O Dr. Mirabeau já esteve aqui
hoje, já lhe deu um cordial mas explicou-me que a sua vida
está por um fio. Levá-la para o hospital serviria apenas
para que ela sofresse mais.
Fitzwillie pôs a mão na testa, tentando represar o
desespero:
— Mas o que ela tem?
— Insuficiência cardíaca, falência dos órgãos vitais. Acho
melhor ficarmos com ela até o fim, era o que eu ia fazer.
Eugênia deitou o cachorrinho, já choroso, como se compreendesse tudo (e quem pode garantir que não
compreendia?) junto à agonizante, e sentou perto do rosto
da mãe, segurando-lhe uma das mãos. Fitzwillie fez o
mesmo do outro lado, angustiado e imerso em
pensamentos:
―O que vale para o Homem aventurar-se pelos espaços
siderais, conquistar o universo, se continua sujeito ao
grande mistério que é a morte? Ou estão certas pessoas
como mamãe e minha irmã, que acreditam num Deus de
bondade que aguarda os bons no pórtico do Além?‖ Já não pensava, naquele momento, no que iria fazer da sua
vida; só pensava naquela vida tão querida que se extinguia
a olhos vistos. E então, ante as lágrimas que ele e Eugênia
derramavam, e como se fosse uma resposta às suas
dúvidas, três coisas aconteceram quase simultaneamente:
Cibelle deu um grande suspiro e expirou serenamente.
O cachorrinho ganiu dolorosamente.
E os sinos da igreja próxima badalaram majestosamente,
chamando para a Missa do Galo.
(Miguel Carqueija)
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