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ORIENTAÇÕES PARA CONTRATAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS EMERGENCIAIS
POR DISPENSA DE LICITAÇÃO
1. Objetivo
Esta orientação tem o objetivo de direcionar os profissionais do Departamento
de Estradas de Rodagem nas ações em relação a contratação de obras e serviços
emergenciais por Dispensa de Licitação.
2. Orientações e Legislações relacionadas
• Lei 8.666/1993: Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui
normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras
providências;
• Orientação Administrativa n.º 001/2016 – PGE: Licitação de Obras e Serviços de
Engenharia pela Modalidade Pregão;
• Orientação Administrativa n.º 007/2016 – PGE: Contratações Emergências de
Obras e Serviços de Engenharia;
• Orientação Administrativa n.º 018/2016 – PGE: Dispensa ou inexigibilidade de
chamamento público;
• Lei 13.019/2014: Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração
pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação,
para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a
execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de
trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos
de cooperação; define diretrizes para a política de fomento, de colaboração e de
cooperação com organizações da sociedade civil; e altera as Leis nos 8.429, de 2
de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999.
• Instrução Normativa 02/2016 do Ministério da Integração Nacional: Estabelece
procedimentos e critérios para a decretação de situação de emergência ou estado
de calamidade pública pelos Municípios, Estados e pelo Distrito Federal, e para o
reconhecimento federal das situações de anormalidade decretadas pelos entes
federativos e dá outras providências.
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• Lei 15.608/2007: Estabelece normas sobre licitações, contratos administrativos e
convênios no âmbito dos Poderes do Estado do Paraná.
• Manual de Licitações do DER/PR (2010): tem por objetivo estabelecer
instrumentos que viabilizem, facilitem e padronizem a formação e o
acompanhamento dos processos de licitação desenvolvidos pelo departamento,
assegurando uma eficaz aplicação da legislação e das normas pertinentes a esses
processos, em todas as etapas a eles relacionadas.
• Decreto 7257/2010: Regulamenta a Medida Provisória nº 494 de 2 de julho de
2010, para dispor sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, sobre o
reconhecimento de situação de emergência e estado de calamidade pública, sobre
as transferências de recursos para ações de socorro, assistência às vítimas,
restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução nas áreas atingidas por
desastre, e dá outras providências.
• Lei 12.340/2010: Dispõe sobre as transferências de recursos da União aos órgãos
e entidades dos Estados, Distrito Federal e Municípios para a execução de ações
de prevenção em áreas de risco de desastres e de resposta e de recuperação em
áreas atingidas por desastres e sobre o Fundo Nacional para Calamidades
Públicas, Proteção e Defesa Civil; e dá outras providências.
3. Introdução
Caracterizam a situação de emergência a imprevisibilidade dessa situação e a
existência de urgência concreta e efetiva de seu atendimento, visando afastar risco de
danos a bens ou à saúde ou à vida das pessoas.
O risco de danos a bens ou à saúde ou à vida das pessoas, além de concreto e
efetivamente provável, deve se mostrar iminente e especialmente gravoso, sendo a
imediata contratação, por meio de dispensa de licitação, o meio adequado, efetivo e
eficiente para afastá-lo.
Conforme Anexo VI da Instrução Normativa 02, de 20/12/2016, do Ministério da
Integração Nacional entende-se como:
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• Desastre: resultado de eventos adversos, naturais, tecnológicos ou de origem
antrópica, sobre um cenário vulnerável exposto a ameaça, causando danos
humanos, materiais ou ambientais e consequentes prejuízos econômicos e sociais;
• Situação de emergência: situação anormal, provocada por desastres, causando
danos e prejuízos que impliquem o comprometimento parcial da capacidade de
resposta do poder público do ente federativo atingido;
• Estado de calamidade pública: situação anormal, provocada por desastre, causando
danos e prejuízos que impliquem o comprometimento substancial da capacidade de
resposta do poder público do ente federativo atingido;
• Dano: Resultado das perdas humanas, materiais ou ambientais infligidas às
pessoas, comunidades, instituições, instalações e aos ecossistemas, como
conseqüência de um desastre;
• Prejuízo: Medida de perda relacionada com o valor econômico, social e patrimonial,
de um determinado bem, em circunstâncias de desastre.
• Recursos: Conjunto de bens materiais, humanos, institucionais e financeiros
utilizáveis em caso de desastre e necessários para o restabelecimento da
normalidade.
A Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n° 8.666/93) prevê em seu
Art. 24, inciso IV, o caso de contratação direta face a prévia existência de motivos
caracterizadores de situação de emergência:
“Art. 24. É dispensável a licitação:
IV – nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada
urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros
bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras
e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)
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dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;”
A Lei n° 15.608, de 16 de agosto de 2007, que estabelece normas sobre
licitações, contratos administrativos e convênios no âmbito dos Poderes do Estado do
Paraná, dispõe da mesma forma em seu Art. 34, inciso IV.
Observa-se que é possível ocorrer dispensa de licitação quando claramente
caracterizado urgência de atendimento à situação que possa ocasionar prejuízo ou
comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens,
públicos ou particulares.
Esse conceito de emergência capaz de justificar a dispensa do procedimento
licitatório deve estar respaldada em situação real decorrente de fato imprevisível ou,
embora previsível, que não possa ser evitado.
De acordo com o Manual de Licitações do DER/PR, a caracterização da situação
emergencial é condição imprescindível para que seja autorizada a dispensa de licitação
pleiteada, com a respectiva contratação direta para execução de obras e serviços (de
engenharia ou diversos).
Deste modo, há que se comprovar o caráter de imprevisibilidade e/ou
excepcionalidade do fato que originou o pedido da dispensa, para que se caracterize a
emergência.
Ressalta-se que, a situação emergencial ensejadora da dispensa é aquela que
resulta do imprevisível, e não da inércia administrativa (ESCOBAR, 1993 apud DOTTI,
2007). A situação adversa, dada como emergência ou de calamidade pública, não pode
ter se originado, total ou parcialmente, da falta de planejamento, da desídia
administrativa ou da má gestão dos recursos disponíveis, ou seja, não pode, em
alguma medida, ser atribuída à culpa ou dolo do agente público que tinha o dever de
agir para prevenir a ocorrência de tal situação (DOTTI, 2007).
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De acordo com Justen Filho (2002) apud Dotti (2007), incumbe à Administração
Pública avaliar a presença de dois requisitos: o primeiro é a demonstração concreta e
efetiva da potencialidade de dano. Deve ser evidenciada a urgência da situação
concreta e efetiva, não se tratando de urgência simplesmente teórica. A expressão
prejuízo deve ser interpretada com cautela, por comportar significações muito amplas.
Não é qualquer prejuízo que autoriza dispensa de licitação, o mesmo deverá ser
irreparável. Cabe comprovar se a contratação imediata evitará prejuízos que não
possam ser recompostos posteriormente. O comprometimento à segurança significa o
risco de destruição ou de sequelas à integridade física ou mental de pessoas ou,
quanto a bens, o risco de seu perecimento ou deterioração. O segundo requisito é a
demonstração de que a contratação é via adequada e via efetiva para eliminar o risco:
a contratação imediata apenas será admissível se evidenciado que será instrumento
adequado e eficiente de eliminar o risco. Se o risco de dano não for suprimido através
da contratação, inexiste cabimento da dispensa de licitação.
Em seguida citam-se alguns Acórdãos do TCU referente ao tema Dispensa de
Licitação em contratações emergenciais:
“Aperfeiçoe o planejamento e programação de suas futuras licitações de maneira
a evitar a ocorrência de contratações emergenciais embasadas no art. 24, inciso
IV, da Lei n.º 8666/1993, e a realização de pagamento a título de indenização,
por ausência de suporte contratual, art 59 da mesma lei”. (TCU, Acórdão
1395/2005, Segunda Câmara);
“Não proceda à contratação sem licitação, alegando situação emergenciais
causadas pela falta de planejamento ou de desídia.” (TCU, Acórdão 771/2005,
Segunda Câmara);
“Falta de planejamento do administrador não é capaz de justificar a contratação
emergencial.” (TCU, Decisão 300/1995, Segunda Câmara);
“Torna-se possível a contratação direta quando a situação de emergência
decorre da falta de planejamento, da desídia administrativa ou da má gestão dos
recursos públicos, devendo-se analisar, para fim de responsabilização, a
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conduta do agente público que não adotou tempestivamente as providências
cabíveis.” (TCU 046/2002, Plenário);
4. Ações Iniciais
Imediatamente após a ocorrência de uma situação de emergência, na rodovia
e/ou faixa de domínio, o engenheiro responsável deve cadastrar o evento no CTR
(SIDER) – Sistema de Controle de Trafegabilidade, para que a informação seja
divulgada na Internet, já com a localização georreferenciada da ocorrência e
identificação do trecho afetado, segundo o Sistema Rodoviário Estadual (SRE).
Deverá ser providenciada a sinalização emergencial no trecho caso o tráfego
esteja em meia pista ou completamente interrompido.
Em seguida, o engenheiro responsável deve ir até o local da ocorrência para
preencher o Relatório de Visita Técnica (RVT), anexo a esta orientação, com a
finalidade de obter a descrição do evento, determinando a causa provável e avaliando
as consequências do mesmo, bem como estimar o prazo para a execução da obra.
Também devem ser obtidos registros fotográficos e, se for o caso, coletar notícias
regionais sobre o desastre. É de responsabilidade do(s) Engenheiro(s) do DER/PR o
preenchimento do RVT.
A partir das informações obtidas no RVT, o engenheiro responsável analisa se a
ocorrência caracteriza, de fato, uma emergência, conforme informações contidas no
Anexo 01, apresentando sua Justificativa Técnica para tal caracterização, com a
finalidade de realização de Dispensa de Licitação. O RVT deve ser encaminhado para
a Diretoria Geral do DER/PR ou, no máximo, para Secretaria de Infraestrutura e
Logística, para que seja realizada análise referente a autorização da Dispensa de
Licitação (DL).
No que se refere à DL, a ausência de realização de chamamento público deve
ser justificada pelo administrador público. Sob pena de nulidade do ato de formalização
de parceria prevista em Lei, o extrato da justificativa deverá ser publicado, na mesma
data em que foi efetivado, no sítio oficial da administração pública na internet e,
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eventualmente, a critério do administrador público, também no meio oficial de
publicidade da administração pública.
Completando-se, em relação a situação de DL, conforme art 34º, inciso IV, da lei
estadual n.º 15.608/2007, já discutido anteriormente, é dispensável a realização de
licitação nos casos de emergência ou de calamidade pública e, conforme parágrafo 1º
do art 35º da mesma lei, são competentes para autorizar a dispensa de licitação, os
chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, os Presidentes dos Tribunais de
Contas, o Procurador-Geral de Justiça e os titulares das entidades públicas da
Administração Indireta, admitida a delegação.
Uma situação anormal, provocada por um desastre, pode caracterizar uma
situação de emergência ou uma estado de calamidade pública. Sobre este assunto, a
Instrução Normativa 02, do Ministério da Integração, classifica à intensidade dos
desastres em três níveis, definidos a seguir:
a) nível I - desastres de pequena intensidade: aqueles em que há somente
danos humanos consideráveis e que a situação de normalidade pode ser
restabelecida com os recursos mobilizados em nível local ou
complementados com o aporte de recursos estaduais e federais;
b) nível II - desastres de média intensidade: aqueles em que os danos e
prejuízos são suportáveis e superáveis pelos governos locais e a situação de
normalidade pode ser restabelecida com os recursos mobilizados em nível
local ou complementados com o aporte de recursos estaduais e federais;
c) nível III - desastres de grande intensidade: aqueles em que os danos e
prejuízos não são superáveis e suportáveis pelos governos locais e o
restabelecimento da situação de normalidade depende da mobilização e da
ação coordenada das três esferas de atuação do Sistema Nacional de
Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e, em alguns casos, de ajuda
internacional.
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Os desastres de nível I e II ensejam a decretação de situação de emergência,
enquanto os desastres de nível III a de estado de calamidade pública.
Os desastres de nível II são caracterizados pela ocorrência de ao menos dois
danos, sendo um deles obrigatoriamente danos humanos que importem no prejuízo
econômico público ou no prejuízo econômico privado que afetem a capacidade do
poder público local em responder e gerenciar a crise instalada.
Os desastres de nível III são caracterizados pela concomitância na existência de
óbitos, isolamento de população, interrupção de serviços essenciais, interdição ou
destruição de unidades habitacionais, danificação ou destruição de instalações públicas
prestadoras de serviços essenciais e obras de infraestrutura pública.
O Chefe do Poder Executivo Municipal, Estadual ou do Distrito Federal,
integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), poderá
decretar Situação de Emergência ou Estado de Calamidade Pública, quando for
necessário estabelecer uma situação jurídica especial para execução das ações de
socorro e assistência humanitária à população atingida, restabelecimento de serviços
essenciais e recuperação de áreas atingidas por desastre (Art. 1º da IN 02, Ministério
da Integração).
Em se tratando de necessidade de reconhecimento federal de Situação de
Emergência, ou Estado de Calamidade Pública, os artigos 5º, 6º e 7º, da IN 02 do
Ministério da Integração Nacional, descreve estes critérios e fornece formulários para
preenchimento de informações à Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil,
como o Formulário de Informações do Desastre – FIDE, item 10 desta orientação.
Cabe ao engenheiro responsável orientar as Prefeituras Municipais, estas
quando estiverem envolvidas nas situações de emergência, quanto a providenciar o
decreto de desastre, situação de emergência ou calamidade pública em conformidade
com a análise técnica apontada pela equipa técnica de vistoria.
O engenheiro responsável, juntamente com a Gerência Técnica e de Operações,
deve definir quais são as ações necessárias para o restabelecimento da normalidade
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no local atingido, por meio da Análise Técnica, na qual deverá constar o plano de
execução.
5. Fase de Projeto
Após definição das ações necessárias para a correção dos problemas causados
na rodovia e/ou faixa de domínio, deve-se verificar a possibilidade de elaboração do
projeto ou anteprojeto desta obra ou serviço por administração direta, utilizando-se os
insumos do Setor de Custos e Orçamentos.
Na impossibilidade da elaboração do projeto por administração direta, e no caso
da ocorrência representar uma situação de emergência ou calamidade pública, o
projeto, na sua totalidade ou parcialmente, poderá ser contratado por dispensa de
licitação.
Observa-se no entanto que, caso ocorra transferência de recursos provenientes
do Ministério da Integração Nacional, para pagamento de projetos, estes devem ser
contratados através do regime de Contratação Integrada, que é uma das modalidades
que surge através do Regime Diferenciado de Contratações – RDC. Nos casos em que
o ente beneficiário optar por outro regime de contratação, ficará a seu cargo as
despesas referentes aos projetos, conforme inciso V do Art. 8º da Lei 12.462/2011.
Quando a execução de obras ou serviços parciais puder ser realizada para a
descaracterização da situação emergencial ou de calamidade, somente esta etapa
deverá ter o projeto contratado por dispensa de licitação. A complementação do
projeto, neste caso, seria contratada através de procedimento licitatório, pois a situação
emergencial ou calamitosa já não existe mais.
Com base no anteprojeto ou projeto básico da obra, o Engenheiro Responsável
deve remeter o orçamento para aprovação da área competente. O setor de custo e
orçamento irá aprovar, ou não, o orçamento informando da situação ao responsável
pela solicitação.
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6. Fase final e emissão da Ordem de Serviço
Repassa-se o processo ao setor de licitações para solicitação do pedido a
diretoria competente, através do sistema SIC/SIDER. Após análise do crédito o
processo é autuado e elabora-se as condições de contratação.
Após análise do crédito e elaboração das condições de contração deve-se
convidar no mínimo três empresas, através de ofício, as quais deverão protocolar as
propostas e documentos de habilitação conforme a data contida no ofício. Determina-
se um prazo de retorno nos documentos em até 3 dias.
Realizam-se as análises das propostas das empresas, abrindo-se os
documentos de habilitação da melhor empresa proponente. Em seguida executa-se,
pelo Engenheiro Responsável do órgão, a análise dos documentos referente a
qualificação técnica. Os demais documentos devem ser analisados pela comissão de
licitação.
Submeter as minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos,
acordos, convênios ou ajustes para que possam ser previamente examinados e
aprovados por assessoria jurídica da Administração.
A manifestação da assessoria Jurídica deverá ser efetivada previamente a
contratação. Em casos excepcionais, justificados casuisticamente, a manifestação do
Órgão Jurídico pode ocorrer em momento posterior à contratação, como é o caso da
contratação direta com fulcro em situação de emergência, nos termos do inciso IV do
art. 24 da Lei nº 8.666, de 1993, diante de impossibilidade fática de oitiva anterior do
Órgão Jurídico, o que deve ficar claramente demonstrado pelo gestor.
O administrador público, responsável pela área financeira, deve realizar o
empenho do valor e recolher as assinaturas dos responsáveis para dar prosseguimento
na contratação da empresa.
Na sequência emite-se a Ordem de Serviço para a fase de execução da obra.
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7. Situação quando envolve celebração de Termo de Colaboração
Conforme Orientação Administrativa n.º 018/2016 – PGE para que seja realizado
a celebração do Termo de Colaboração e do Termo de Fomento, deve ser aplicado os
artigos 35 e 35-A da lei 13.019/2014, na seção IX: “Dos Requisitos para Celebração do
Termo de Colaboração e do Termo de Fomento”.
8. Fase de Execução
Após definição do Projeto e/ou informações básicas para execução da obra
(prévia do projeto, quadro de quantidades e orçamento estimativo), verifica-se a
possibilidade de execução da obra ou serviços (parciais ou total, conforme definição de
projeto) por administração direta.
Na impossibilidade de execução da obra ou serviço por administração direta, e
no caso de situação emergencial ou de calamidade pública, deve-se verificar se obras
ou serviços parciais mínimos possam ser realizados, para eliminar a situação
emergencial ou calamitosa, por meio de contratação por dispensa de licitação.
Além disso, serviços de engenharia caracterizados como comuns poderão ser
objeto de contratação pela modalidade licitatória “Pregão”. Deve-se atentar que a
contratação de obras por “Pregão” não encontra respaldo legal.
Caso a execução de obras ou serviços de engenharia seja concretizada
parcialmente para afastar a situação emergencial ou calamitosa (por administração
direta ou dispensa de licitação), a parcela complementar deverá seguir procedimento
licitatório para contratação de sua execução.
Na impossibilidade de execução de obras ou serviços parciais e em se tratando
de situação emergencial ou calamitosa, deve-se verificar se essas obras e serviços
possam ser concluídos no prazo máximo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias
consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade.
Caso seja possível, a obra ou serviço de engenharia poderá ser contratado por
dispensa de licitação. Caso negativo, deverá ser seguido procedimento licitatório.
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9. Fluxograma de Ações Pré Execução
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10. Formulário: Relatório de Visita Técnica
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA (RVT)
Localização:
Cidade:
Equipe responsável pela visita técnica:
Referência da informação da intensidade de chuva (site / órgão / etc.):
mm [ ] Águas Paraná [ ] Inmet [ ] Inpe [ ] outro: ___________________
Latitude:
Municípios Atingidos:
LOCALIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA
Coordenadas Geográficas Decimais:
Mapa de localização:
______/_____/______
Data da ocorrência do evento: Altura da precipitação no dia
Longitude:
Código do trecho rodoviário conforme SRE:Estado:
Descrição do trecho conforme SRE:
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Necessidade de Projeto Básico com Orçamentação ?
Reconstrução total Reconstrução parcial sim não
Escorregamento da pista com danos nas obras de arte corrente
Escorregamento da pista com danos estruturais no pavimento
Alagamento superficial da rodovia com danos no pavimento ocorrido pela força das águas
Recalque acentuado no pavimento após ocorrência das chuvas
Deslizamento de terra em direção a rodovia
Alagamento de ponte acarretando em problemas estruturais na obra de arte especial
Alagamento de ponte aguardando retorno do nível da água
Danos estruturais nas cabeceiras das obras de arte especial
Vendavais e quedas de árvores e/ou vegetações nas rodovias
Outros:
Trânsito interditado com localidades ilhadas ou isoladas
Trânsito interditado com desvio no local
Trânsito interditado com possibilidade de desvios em outras rodovias
Trânsito interditado em meia pista
Queda de ponte sem possibilidade de passagem de trânsito
Outros:
Estimativa do valor para reconstrução e/ou restabelecimento da situação normal
Valor Estimado para o Projeto:
Valor Estimado Obra: dias
Situação atual do local:
CLASSIFICAÇÃO DA EMERGÊNCIA, SITUAÇÃO ATUAL E AÇÕES A SEREM PROPOSTASAção pretendida:
Qual ação definitiva se pretende aplicar?
Tipo de desastre identificado na vistoria:
Como a estrutura foi afetada pelo desastre ?
Foi realizada alguma ação paliativa como resposta imediata ao desastre?
Quantas pessoas foram indiretamente atingidas referente a esta ocorrência? Quais os prejuízos e limitações a que estão submetidas?
Quantas pessoas foram diretamente atingidas referente a esta ocorrência? Quais os prejuízos e limitações a que estão submetidas?
Quais as consequências da não realização da reconstrução solicitada?
R$
R$
Tempo estimado para a reconstrução:
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RELATÓRIO FOTOGRÁFICOUtilizar tamanho de foto em 1024 x 768 px
Foto n.º ____
Foto n.º ____
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Chefia ImediataEngenheiro ResponsávelDER/PR DER/PR
BOLETIM INFORMATIVOIncluir notícias, informações, relatos, publicações regionais, etc. com a finalidade de informar sobre o impacto da emergência na região afetada
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11. Formulário de Informações de Desastres – FIDE
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Anexo I
Verificação da possibilidade de contratação por dispensa de licitação
A) - Análise técnica:
A decisão e verificação do enquadramento de uma ocorrência como emergência e da possibilidade de contrataçãodireta por dispensa de licitação requer uma série de informações para sua efetivação.
Inicialmente, de acordo com o Manual de Licitações do DER/PR, o solicitante deve detalhadamente descrever asituação de emergência, incluindo a anexação de fotografias e/ou quaisquer meios que possam demonstrar as suasalegações para o atendimento do pedido.
Deve-se justificar e demonstrar, cabal e efetivamente, a potencialidade do dano, e que a situação ocorrida exigeprovidências rápidas e eficazes para debelar ou, ao menos, minorar as consequências lesivas à coletividade. Alémdisso, deve-se comprovar a plena viabilidade do meio pretendido para atendimento da necessidade pública, e que acontratação direta seja o meio adequado, efetivo e eficiente de afastar o risco iminente detectado.
A justificativa deve deixar claro que a realização da licitação, com os prazos e formalidades que exige, pode causarprejuízo relevante à Administração Pública ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços ou bens, ou,ainda, provocar a paralisação ou prejudicar a regularidade de suas atividades específicas. Deve ficar demonstradoque a ausência de ação comprometerá o interesse público sob o encargo do DER/PR.
Com o intuito de auxiliar o solicitante na caracterização da situação de emergência e redação da JustificativaTécnica, são listados os questionamentos a seguir.
A1) Foi declarada situação de emergência ou estado de calamidade pública pela Defesa Civil? (anexar Decreto eFIDE – Formulário de Informações do Desastre – no processo)
A2) A situação ocorrida pode ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de: pessoas, obras, serviços,equipamentos ou de outros bens (públicos ou particulares).
A3) O trânsito de veículos e pedestres coloca em risco a integridade física das pessoas.
A4) O transporte de pessoas e cargas foi dificultado ou impedido.
A5) Bens perecíveis podem ser deteriorados.
A6) Outros serviços foram ou podem ser afetados e/ou comprometidos (fornecimento de água potável, energiaelétrica, gás).
A7) Existência de comunidades isoladas (sem acesso a alimentação, remédios e gêneros de primeira necessidade).
A8) Interrupção de trecho rodoviário de importante ligação.
A9) Apesar de não estarem isoladas, existência de comunidades com dificuldade de acesso aos serviços públicosde saúde, entre outros.
A10) A economia local (comércio, turismo) será afetada em virtude da situação ocorrida e possível interrupção dotráfego.
Tendo em vista que, além da urgência em contratar, existe urgência em executar o contrato e, que o Projeto Básicodeve fazer parte do processo de contratação, para evitar atrasos na realização das obras ou serviços, o projetopoderá ser desenvolvido concomitantemente com a execução do contrato. Para isso, o responsável pelo projeto (opróprio DER/PR ou empresa contratada) deverá elaborar uma prévia do Projeto Básico, juntamente com Quadro deQuantidades e Orçamento, os quais, apesar de estimativos, deverão representar com precisão e detalhamento,baseados em obras similares anteriores e na experiência técnica do corpo técnico do DER/PR e da empresa, a obraou serviço a ser executado, levando-se em conta que não poderá ser aditivado o contrato objeto da dispensa delicitação.
Além disso, após a conclusão da obra ou serviço, o responsável pelo projeto apresentará o Projeto As Built, comtodas as informações técnicas do que foi realizado.
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B) Análise Administrativa: Verificar o atendimento dos procedimentos listados a seguir.
B1) A contratação deve servir somente para atender a situação emergencial ou calamitosa.
B2) A contratação direta deve estar restrita somente à parcela mínima necessária para afastar a concretização dodano ou a perda dos serviços executados.
B3) Havendo serviços necessários a serem atendidos emergencialmente e outros que não se caracterizem comoemergência, primeiro contrata-se por dispensa os serviços emergenciais e, a posteriori, faz-se o procedimentolicitatório para a contratação dos demais serviços.
B4) A contratação por dispensa é somente para parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazomáximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, ininterruptos e improrrogáveis, contados da ocorrência daemergência ou calamidade.
B5) A escolha do executante deve levar em conta a capacidade jurídica e regularidade fiscal, bem como requisitosde capacidade técnica e econômico-financeira compatíveis com as exigências do objeto a executar.
B6) O preço deve ser justificado, juntando-se ao processo as propostas comerciais das empresas proponentes, bemcomo a consulta aos preços de mercado (orçamento base do DER/PR).
C) Análise Contratual: Verificar o atendimento dos procedimentos listados a seguir:
C1) O processo foi protocolizado e numerado?
C2) A contratação direta está baseada em solicitação da Unidade competente?
C3) Houve autorização por agente competente para a promoção da contratação direta?
C4) Possui indicação dos recursos orçamentários para a despesa?
C5) A dispensa está fundamentada no inciso IV do art. 24 da Lei 8666/93 (prazo máximo de conclusão das obras eserviços em 180 dias consecutivos, ininterruptos e improrrogáveis, contados a partir da data da ocorrência)?
C6) A situação se enquadra na hipótese legal em que está fundamentada a dispensa? Foi comprovada a situaçãode emergência ou calamidade?
C7) As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24 foram justificadas ecomunicadas, dentro de 3 dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de5 dias, como condição para a eficácia dos atos?
C8) O processo de dispensa foi instruído no que couber com:- a caracterização da situação emergencial ou calamitosa que justifique a dispensa;- a razão da escolha do fornecedor ou executante;- a justificativa do preço e- o documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens serão alocados?
C9) Foram impedidos de participar da execução da obra ou serviço, ou fornecimento de bens, o autor do projeto ouempresa da qual este seja dirigente ou gerente; ou servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ouresponsável pela licitação?
C10) Constam os Pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a dispensa?
C11) Para a habilitação do contratante, foram exigidos dos interessados os documentos necessários para:habilitação jurídica e a regularidade fiscal?
C12) O cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal? (proibição de trabalho noturno,perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condiçãode aprendiz, a partir de quatorze anos)
C13) Foi anexado ao Processo o Termo de contrato ou instrumento equivalente?
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