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Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
1
UNIDADE DIDÁTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Os significados do letramento: uma perspectiva sobre a prática social da
leitura e da escrita.
Autora: Siumara Elias Antunes
Disciplina/Área (ingresso no PDE): Língua Portuguesa
Escola de implementação do projeto: Colégio Estadual Shirlene de Souza
Rocha
Município da Escola: Rio Branco do Sul – Pr
Núcleo Regional de Educação: AM- Norte
Professora orientadora: Maria de Lourdes Rossi Remenche
Instituição de ensino superior: UTFPR
Formato do material didático: Unidade didática
Público alvo Alunos do 6º ano do Ensino
Fundamental, do período vespertino do
Colégio Estadual Shirlene de Souza
Rocha.
Tema de estudo do professor PDE Processo de ensino-aprendizagem de
2
leitura e de escrita- Incentivo à leitura
no 6º ano.
TÍTULO
Os significados do letramento: uma
perspectiva sobre a prática social da
leitura e da escrita.
3
UNIDADE DIDÁTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA
Os significados do letramento: uma perspectiva sobre a prática social da
leitura e da escrita.
Professor PDE: Siumara Elias Antunes.
Área/Disciplina PDE: Língua Portuguesa
NRE: AM- Norte
Professor Orientador IES: Maria de Lourdes Rossi Remenche
IES vinculada: UTFPR
Escola de Implementação: Colégio Estadual Shirlene de Souza Rocha
Público objeto da intervenção: Alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, do
período vespertino do Colégio Estadual Shirlene de Souza Rocha.
TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
Processo de ensino-aprendizagem de leitura e de escrita- Incentivo à leitura no 6º
ano.
TÍTULO
Os significados do letramento: uma perspectiva sobre a prática social da leitura e da
escrita.
4
FORMANDO LEITORES
Formar leitores, no mundo atual, é contribuir com uma sociedade mais atuante
e comprometida com a formação de crianças e jovens. O processo de apropriação
da língua escrita e da leitura assume, na educação básica, um papel fundamental,
pois promove a inserção na cultura letrada, além de criar condições para capacitar os
sujeitos, para compreender conceitos mais elaborados, os quais resultam no
desenvolvimento de formas sociais de produção de conhecimento.
A leitura é uma prática sociocultural que é aprendida, inicialmente, nas
interações sociais. Entender o letramento de grupos sociais das camadas populares
pressupõe a análise das práticas de leitura e escrita que fazem parte dos contextos e
instituições em que esses grupos sociais estão inseridos. Partindo dessa concepção,
esta pesquisa, pretende analisar as relações entre processo de ensino-
aprendizagem da leitura e escrita no contexto escolar, bem como no contexto
familiar.
5
UNIDADE DIDÁTICA
SEQUÊNCIA DIDÁTICA: A interpretação do gênero fábula
TEMPO: 32 aulas
OBJETIVO
Contribuir para a compreensão do gênero textual fábula, incentivando a
leitura, a escrita, a reescrita, a produção de texto, motivando os educando a elaborar
melhor a interpretação a cerca de tudo que lê e vive em seu dia-a-dia, elevando sua
auto-estima através da arte, da música, da dança, da dramatização de textos
transformados em peças teatrais.
Compreender que a Fábula é um texto narrativo em verso ou prosa, que
chamamos de ficcional, no sentido da história imaginada, que tem uma moral,em que
os personagens agem num certo tempo num determinado lugar. _Direcionar os
alunos a conhecer diferentes versões de uma mesma fábula e diferentes fábulas,
através de materiais impressos: (livros, revistas, jornais), vídeos: (filmes em desenho,
teatro de sombra, desenho em fantoche).
Despertar no aluno o hábito da leitura e da escrita, da criação, da produção e
da reprodução de textos, refletindo sempre os valores que são transmitidos através
das fábulas. Refletir com os alunos os valores que são transmitidos através das
fábulas; Visitar sites para conhecer outras fábulas dos autores; Garantir sempre que
possível o trabalho em grupo; Levar o aluno a conhecer diferentes versões de uma
mesma fábula através de vídeos e materiais impressos (livros, revistas e jornais);
Favorecendo assim o desenvolvimento criativo dos alunos.
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CONTEÚDO
Forma do Gênero
Interpretação
Oralidade
Escrita da moral da fábula
Reconto
Produção textual
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Módulo 1
GÊNERO: Biografia
TEXTOS: Biografia do Esopo e La Fontaine
Tempo: 01 aula
Objetivo:
Conhecer as biografias de Esopo e La Fontaine e definir o gênero fábula.
Orientação didática: Professor neste módulo o aluno deverá conhecer as biografias dos
escritores Esopo e La Fontaine e ainda leva-los à relembrar que as fábulas
os acompanham desde a infância. Levar para os alunos as informações das
biografias, para estimulá-los no gosto pela leitura, levando ao
entretenimento. Ao iniciar o trabalho a professora irá indagar seus alunos:
O que é uma fábula?
Vocês gostam de fábulas?
Quando vocês ouvem ou lêem fábulas – buscam saber quem a compôs?
Já ouviram falar nos compositores Esopo e La Fontaine?
Mencionem as fábulas que vocês conhecem: (A professora irá escrever os
títulos das fábulas no quadro)
Alguém gostaria de contar uma fábula para a turma?
Instigar os educandos a perceber que toda fábula tem uma moral.
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Indagações feita para os alunos:
O que é uma fábula?
Vocês gostam de fábulas?
Quando vocês ouvem ou lêem fábulas – buscam saber quem a compôs?
Já ouviram falar nos compositores Esopo e La Fontaine?
Mencionem as fábulas que vocês conhecem:
Alguém gostaria de contar uma fábula para a turma?
Instigar os educandos a perceber que toda fábula tem uma moral.
Após a apresentação dos alunos fazer a leitura oral das biografias de Esopo
(http://www.infoescola.com/biografias/esopo/ acesso dia 30/10/13) e La Fontaine
http://pensador.uol.com.br/autor/jean_de_la_fontaine/biografia/ (acesso dia
30/10/13):
Esopo, escravo grego, é considerado o escritor mais antigo, viveu no século VI
a.C. Na época de Esopo, os povos se dividiam em fortes e fracos, um povo queria
dominar o outro e quando guerreavam os que perdiam eram transformados em
escravos ou eram obrigados a pagar impostos ao vencedor.
Os escravos, naquele tempo, eram prisioneiros de guerra. Qualquer pessoa
do povo vencido podia perder sua liberdade e ser vendida como mercadoria.
Esopo foi escravo, dizem que era gago, corcunda e muito miúdo. Era muito
inteligente, sábio e esperto. Utilizava suas fábulas para dar conselhos e de tanto
livrar seus senhores de embaraços com sua sabedoria, Esopo conquistou a
liberdade. Viajou por outras terras e ganhou grande prestígio com os reis. Em todas
as cidades pelas quais passava, era muito considerado, recebendo sempre várias
homenagens.
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Somente em uma cidade Esopo não foi bem recebido: em Delfos, onde não
recebeu nenhuma homenagem. Magoado, Esopo zombou deles dizendo que nada
valiam: comparou-os a varas flutuando no mar – de longe, parecem algo de valor
porém, de perto, nada valem. O povo de Delfos prometeu vingança.
Quando Esopo vivia na Ilha de Samos, um rei de outras terras, chamado
Creso, mandou dizer ao povo da ilha que todos deveriam pagar impostos a ele,
senão haveria guerra. A maioria da população achou melhor obedecer à ordem.
Consultado, Esopo deu seu conselho, advertindo que um povo só tem dois
caminhos a seguir: um, o caminho da liberdade, cheio de lutas no começo, mas
prazeroso no final; outro o da escravidão, fácil no começo (era só pagar os impostos
exigidos e ficar livre da guerra), mas difícil depois, porque significaria a perda da
liberdade e a exploração cada vez maior; pois teriam de obedecer às ordens do rei
para sempre.
Após as palavras de Esopo, o povo de Samos não aceitou o domínio do rei
Crês, que inconformado, preparou-se para atacar a ilha. Sabendo, porém, que Esopo
lhe daria trabalho, o rei tentou livrar-se dele. Mandou dizer ao povo que eles teriam a
liberdade se enviassem Esopo em troca. Os poderosos da ilha acharam conveniente
a troca, pois bastava entregar um único homem para evitar uma guerra, mas não
perceberam as reais intenções do rei. Porém, as pessoas da ilha não concordaram
em entregar Esopo. Mesmo assim, ele resolveu conversar com o rei Creso, que ficou
admirado com a sua inteligência e desistiu de invadir a Ilha de Samos.
Apesar de sua história de vitórias e sabedoria, Esopo não teve um final feliz.
Foi vítima de uma mentira inventada pelo povo de Delfos. Esconderam na bagagem
de Esopo um vaso sagrado da cidade e acusaram-no de tê-lo roubado. Esopo jurou
inocência, mas como a peça sagrada foi encontrada no meio de seus pertences, foi
tratado como um criminoso, condenado à morte e jogado do alto de um abismo.
As fábulas de Esopo, contadas e readaptadas por seus continuadores, como
La Fontaine e outros.
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Orientação didática:
Professor – para a realização das leituras, digitar as biografias, fazer a leitura oral, obedecendo a ordem das filas e depois de ler cada biografia, fazer a
interpretação oral.
(http://www.infoescola.com/biografias/esopo/ acesso dia 30/10/13)
La Fontaine
La Fontaine foi outro grande cultor do gênero, imprimindo à fábula grande
refinamento. George Orwell, com sua "Revolução dos Bichos" (Animal Farm),
compôs uma fábula (embora em um sentido mais amplo e de sátira política).
No início do século XXI napolitana escritor Sabatino Scia é o autor de mais de
duas centenas de contos de fadas do que ele chama de "protesto ocidental". Os
protagonistas não são sempre os animais, mas também as coisas, os elementos da
natureza. O objetivo é sempre, como no conto de fadas tradicional, desempenham
um detector da sociedade humana.
http://pensador.uol.com.br/autor/jean_de_la_fontaine/biografia/ (acesso dia
30/10/13):
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Módulo 02
GÊNERO: Fábulas
Tempo: 03 aulas
Objetivo: : Analisar a estrutura das fábulas e os elementos linguísticos, bem como desenvolver a leitura e a interpretação.
Orientação didática: A professora irá distribuir as fábulas: A raposa e as uvas; Os lobos e os
cordeiros; A raposa e a cegonha; O rato e a rã; A liga dos ratos; O lobo e o
cachorro; O leão, o lobo e a raposa; o veado e o leão; O veado e a videira; O
corvo e a raposa; A tartaruga e a Lebre; A cigarra e a raposa; O lobo e a
cobra; O galo e a raposa; A águia e o Macho; O cão que levava a carne; O
leão e o rato. Em seguida solicitar que os alunos façam leitura silenciosa dos
textos. Estes textos foram extraídos do livro: Fábula de Mônica Teresinha
Ottobono Sucar Fernandes.
Análise: Desmontar o texto e verificar as partes que o compõe (narrador,
caracterização do personagem, tempo, espaço, tipo de discurso);
Após a análise dos elementos da narrativa – solicitar que os alunos façam a
produção escrita da moral das fábulas lidas por eles. Por meio do seguinte
enunciado: “Após ler as fábulas, crie uma moral para cada uma”
A professora irá fazer uma correção na carteira dos alunos e depois solicitar
que eles leiam a moral e analise que está nas entrelinhas, relacionando com
o comportamento da sociedade atual.
Proporcionar momentos de prazer com a leitura de diversas fábulas e
levar aos educandos os conhecimentos básicos da narrativa.
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Após a professora distribuir as fábulas, faça a leitura silenciosa de cada uma delas: A
raposa e as uvas; Os lobos e os cordeiros; A raposa e a cegonha; O rato e a rã; A
liga dos ratos; O lobo e o cachorro; O leão, o lobo e a raposa; o veado e o leão; O
veado e a videira; O corvo e a raposa; A tartaruga e a Lebre; A cigarra e a raposa; O
lobo e a cobra; O galo e a raposa; A águia e o Macho; O cão que levava a carne; O
leão e o rato. Fábula de Mônica Teresinha Ottobono Sucar Fernandes.
Juntamente com a professora, análise o texto indicado por ela e verifique as partes
que o compõe (narrador, caracterização do personagem, tempo, espaço, tipo de
discurso);
Após a análise dos elementos da narrativa – faça a produção escrita da moral de
cada uma das fábulas lidas.
Após a correção feita pela professora, leia oralmente a moral e analise (oralmente) o
que está nas entrelinhas, relacionando com o comportamento da sociedade atual.
Atividades:
!- Em grupos liste as características de cada animal citados nas fábulas, e depois
escreva-as e coloque no mural.
2- Identifique:
a) O título:
b) As características dos animais:
c) O tempo e lugar:
d) Escreva a moral da fábula que mais gostou e justifique sua escolha:
e) Registre uma fábula que retratem os tempos atuais:
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Orientação didática:
Professor deixe que cada aluno produza, individualmente sua fábula.
Produzir a primeira versão, recolha-as e guarde-as (não necessita que você as leia neste primeiro momento).
Ao retomar o assunto na aula seguinte, devolva as fábulas e oriente que leiam- nas e verifiquem
- Estrutura (título adequado, se há animais e diálogo, se o texto é curto, e se há moral...) - Ortografia; - Legibilidade; - Concordância entre palavras; - Repetições;
Sugira que troquem os textos entre os colegas para ajudar na verificação;
Após a revisão dos alunos, o professor recolhe os textos verificando e apontando o que é necessário para mudanças;
Uma vez o texto reescrito e sanado todos os problemas reuni-los em uma coletânea que irá para a biblioteca e outros alunos poderão fazer
a leitura.
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Módulo 3
GÊNERO: Fábulas
Tempo: 04 aulas
Objetivo:
Ler oralmente a fábula da cigarra e a formiga, fazer a análise linguistica do
texto e promover a interpretação e produção textual.
Ler a fábula da cigarra e a formiga
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar
com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é
para gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora
para guardar comida para o inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando
tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.
Orientação didática:
Professor – antes de entregar o texto para os alunos, investigue se eles já conhecem a fábula a ser trabalhada, relembre os elementos que compões este gênero textual e durante a leitura investigar a leitura oral, pontuação e
entonação e corrigir durante a leitura.
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http://bmail.uol.com.br/attachment?msg_id=MTA5MzI&ctype=thumb_cigarraformiga2.jpg&dis
position=inline&folder=INBOX&attsize=28574 Acesso 15/11/12
A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar!
Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou
encantada. Resolveu viver também como sua amiga.
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio
para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e
frio.
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no
amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de
tempo. Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo
gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
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Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo das formigas,
todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=9 Acesso 15/10/13.
Questões de análise lingüística
1) Responda:
a) Com quem você relacionaria a formiga nos dias hoje?
b) E a cigarra, pode ser comparada com quem?
c) O que você acha do trabalho da formiga?
d) Você acha que o canto da cigarra como uma forma de trabalho? Por quê?
e) Como você explica a moral da história?
2) Assinale a alternativa correta:
a) Que estação do ano as formigas secavam os grãos molhados?
( ) No verão ( ) No inverno ( ) Na primavera
b) Que época foi que a cigarra cantava?
( ) No verão ( ) No inverno ( ) Na primavera
c) Que estação do ano que a cigarra pediu ajuda às formigas?
( ) No verão ( ) No inverno ( ) Na primavera
3) Leia o primeiro parágrafo:
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“No inverno, as formigas estavam fazendo secar o grão molhado, quando uma
cigarra faminta lhes pediu algo para comer. As formigas lhe disseram:”
As palavras destacadas são empregadas no texto para evitar a repetição de
dois nomes. Que nomes são esses?
lhes: __________________
lhe: ___________________
4) Responda as questões:
a) Por que os grãos estavam molhados?
b) Por que a cigarra estava faminta?
c) Você concorda com as formigas, quando negaram ajuda à cigarra? Por quê?
5) Releia os seguintes trechos que seguem:
“__ Por que, no verão, não reservaste também o teu alimento?”
A palavra em destaque foi empregada para falar do alimento de quem?
_________________________________
“___ Pois bem, se cantavas no verão, dança agora no inverno.”
Quem é que “cantavas” no verão?
________________________________________
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Analisando a estrutura da fábula, partindo do texto trabalhado, escreva
uma história, baseada na fábula lida:
título: nomes de animais envolvidos
Pedir que aos alunos que listem outros títulos de fábulas com essa característica.
Ao escrever uma fábula ( analise os seguintes passos:
1 - Tempo e lugar indeterminado:
“No inverno,...” qual inverno? Quando? Onde?
2 - Texto curto: máximo 20 linhas
3 - Personagens animais:
cigarra X formigas
4 - Pode usar outros animais que aparecem juntos na fábula (reconto):
leão X rato
lobo X cordeiro
5 - Atente para as características dos animais entre os animais:
formigas = gostam de trabalhar
Orientação didática: .
O professor deve explicar, que quando produzimos um texto, podemos evitar
as repetições com no texto quando os pronomes (lhe, lhes, teu), bem como o
emprego do verbo sem sujeito (cantavas)”.
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cigarra = gosta de cantar
6 - Aponte a(s) outras característica(s) para os animais que fazem parte do reconto,
pode ser:
- raposa
- leão
- cordeiro
- tartaruga
Lembrete: Moral da história: Toda moral traz um ensinamento
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Módulo 04
Tempo: 03 aulas
Objetivo
Construir e a consciência crítica nos alunos, levando-o a compreensão do
temático e figurativo, que acontece na fábula.
Debate entre o significado da fábula – figurativo e temático
Texto temático
Um texto temático é predominantemente dissertativo, mas isso não significa
que não pode ter figuras, e se as tiver, elas aparecerão de forma genérica. Esse tipo
de texto pretende mostrar fatos ao leitor sem a preocupação de convencê-lo. Nele, o
tempo verbal mais usado é o presente atemporal, escrito na forma impessoal, para
isso os pronomes eu, ele, ela, nós, etc. não são usados. É um texto dinâmico com
relações de anterioridade e de posterioridade, com predominância de substantivos
abstratos e palavras abstratas, que indicam algo presente no mundo natural, mas
com foco em conceitos.Por ter uma função interpretativa, o texto temático explica o
mundo, os temas ficam na superfície textual.
Orientação didática: .
Professor – ao fazer um debate em sala de é uma maneira saudável e
agradável, que estimula as discussões e ajudam o aluno a respeitar outras
opiniões e ainda aumentar poder da persuasão. Durante a aula, desconstrua
a forma de disposição das carteiras, colocando-as em círculo, depois divida
os alunos em grupo, sendo que um grupo irá defender a cigarra e outro as
formigas. Já a professora irá anotando no quadro as opiniões dos alunos.
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Texto figurativo
Um texto figurativo é do tipo narrativo, com predominância de termos
concretos, ou seja, substantivos concretos. Com esses elementos cria um efeito de
realidade, caracterizando uma imagem de mundo, onde são analisadas relações
humanas e acontecimentos. No entanto, isso não representa que o texto figurativo
não tenha tema, pelo contrario, o texto narrativo sempre apresenta, em suas
estruturas profundas, um tema.
A função do texto figurativo é representativa, e para tal, ele usa palavras
predominantemente concretas, onde os temas são encobertos pela camada
figurativa. Os tempos verbais mais utilizados são: presente, imperfeito e futuro.
Quando dizemos que um texto é figurativo ou temático, na verdade o que
queremos dizer é que é predominantemente e não exclusivamente figurativo ou
temático, pois em um texto figurativo podem aparecer temas e vice e versa.
Para facilitar o entendimento do leitor em classificar um texto, ele pode chamar
de figuras os elementos concretos que encontrar e de temas os elementos abstratos.
Embora, o leitor, diante de um texto não deva se deter apenas a termos concretos ou
não, e sim, procurar o significado mais amplo possível da leitura, o que mostrará sua
competência linguística.
http://www.lpeu.com.br/q/h3pk5 acesso 15/10/13.
Texto figurativo (resumo) Texto temático
Em um dia de inverno, as formigas
secavam suas reservas de trigo,
quando de repente apareceu uma
cigarra e lhes pediu um pouco de
trigo. Além disso, disse que estava
com muita fome e que achava que ia
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morrer. As formigas pararam de
trabalhar e sugeriram ironicamente à
cigarra que, se ela tinha passado o
verão cantando, deveria passar o
inverno dançando.
Os preguiçosos colhem o que
merecem
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Analise em grupo os seguintes enunciados e discuta, fazendo anotações no caderno
sobre as suas conclusões para que elas possam ser defendidas no momento do
debate.
“Devemos ajudar o próximo”
Orientação didática: .
Após a discussão geral, dividir os alunos em grupos de 4 alunos e fazer um
debate entre os grupos, sendo que apenas um será o representante e fará a
fala durante o debate, que acontece no formato de uma mesa redonda. O
professor irá distribuir as seguintes frases morais atribuídas a fábula “A
cigarra e as formigas” e os alunos irão defender suas idéias.
“Devemos ajudar o próximo”
“Devemos ajudar uns aos outros”
“Trabalhe para ganhar”
“Nunca seja vagabundo”
“No mundo a música é importante”
“É dando que se recebe”
“Guarde hoje para ter amanhã”
“Ajude o próximo, que Deus o ajudará”
“Quem dá aos pobres empresta a Deus”
Após a atividade os alunos irão apresentar para toda a turma uma síntese de
suas discussões.
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“Devemos ajudar uns aos outros”
“Trabalhe para ganhar”
“Nunca seja vagabundo”
“No mundo a música é importante”
“É dando que se recebe”
“Guarde hoje para ter amanhã”
“Ajude o próximo, que Deus o ajudará”
“Quem dá aos pobres empresta a Deus”
Após a atividade os alunos irão apresentar para toda a turma uma síntese de suas
discussões.
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Módulo 05
Tempo 2 aulas
Objetivo Buscar informações sobre o tema trabalho para que os alunos possam
estar melhor preparados com a temática – Trabalho.
Dia do Trabalho
História do Dia do Trabalho
História do Dia do Trabalho, comemoração, 1°de maio, criação da data,
origem,eventos,protestos reivindicações,direito dos trabalhadores
Manifestações e conflitos em Chicago (1886): origem da data
História do Dia do Trabalho
O Dia do Trabalho é comemorado em 1° de maio. No Brasil e em vários
países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações,
passeatas, exposições e eventos reivindicados.
A Historia do Dia do Trabalho remota o ano de 1886 na industrializada cidade
de Chicago (Estados Unidos). No Dia 1° de maio deste ano, milhares de
Orientação didática
Antes de iniciar a aula indagar os alunos sobre as profissões e a
importância delas para a sociedade. Em seguida entregar os textos
para os alunos e cada um lê um trecho, depois será feita uma
interpretação oral. Fazer uma relação entre o trabalho dos homens e
doa animais da fábula estudada no módulo anterior.
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trabalhadores foram ás rua reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a
redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia
ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.
Dois dias após os acontecidos, um conflito envolvendo policias e trabalhadores
provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos
trabalhadores provocando outros enfrentamentos com policias. No dia 4 de maio,
num conflito de rua, manifestantes atiram uma bomba nos policias, provocando a
morte de sete deles. Foi o estopim para que os policias começassem a atirar no
grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de
pessoas feridas.
Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores
condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a
Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 junho de 1889,
criou o dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1° de maio de cada ano.
Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de
1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após
a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.
Fatos importantes relacionados ao 1° de maio no Brasil:
- Em 1°de maio de1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este
deveria suprir as necessidades básicas de uma família ( moradia, alimentação,
saúde, vestiário, educação e lazer)
- Em 1° de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver a
questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos
direitos dos trabalhadores.
Fonte: HTTP://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_do_trabalho.htm
Acesso dia 15/11/12.
Dia do Trabalho
A data surgiu após protestos e mortes de operários.
O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista
realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem á greve geral, que
aconteceu em 1° de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos
Estados Unidos naquela época.
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Milhares de trabalhadores foram ás ruas pra protestar contra as condições
de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de
trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeata, piquetes
e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve
prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre operários e a policia.
Em memória de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se
desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos
trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplos para o mundo todo, o dia 1°
de maio foi instituído como o dia Mundial do Trabalho.
Fonte: IBGE/MINISTERIO DO TRABALHO
www.culturabrasil.pro.br/diadotrabalho.htm Acesso dia 15/11/12.
QUESTÕES
1. Em que ano foi criado o Dia Mundial do trabalho?
_______________________________________________________________
2. Por que essa data foi escolhida?
_______________________________________________________________
3. Os trabalhadores foram para as ruas pedir a redução de horas de trabalho. Antes
eles trabalhavam por.horas diárias e queriam reduzir a jornada para......horas.
4. Pesquise no dicionário e escreva com suas palavras o significado das palavras:
Passeata____________________________________________________________
___________________________________________________________
Repressão___________________________________________________________
___________________________________________________________
Piquetes_____________________________________________________________
__________________________________________________________
5. O que houve em termos de repressão ao movimento?
____________________________________________________________________
__________________________________________________________
6. De onde foi retirado esse texto?
_______________________________________________________________
28
7. Observe o mapa do mundo e pinte o continente onde se localiza o Brasil de verde
e o continente onde se localiza Paris de vermelho
http://www.google.com.br/imgres?um=1&newwindow=1&sa=N&hl=pt-
BR&tbm=isch&tbnid=e5tRpNZn6oQX3M:&imgrefurl=http://www.geoensino.net/2011/1
0/blog-post.html&docid=h35LePWN1LfsPM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-
uBuZaC6BBgY/TgoJguaZ4JI/AAAAAAAAAMA/HMMG9wO9qcw/s1600/mapa-
mundi%252Bpara%252Bcolorir.jpg&w=875&h=620&ei=rpSLUo2GHIbZkQe1-
oDICg&zoom=1&iact=rc&page=2&tbnh=140&tbnw=262&start=6&ndsp=9&ved=1t:42
9,r:8,s:0,i:110&tx=160&ty=77 Acesso dia 16/10/12
8. A greve geral aconteceu no ano de 1886. Há quanto tempo ela ocorreu?
_______________________________________________________________
9. Em que dia da semana será o dia Primeiro de Maio este ano?
_______________________________________________________________
10. Que profissão você pretende exercer quando crescer e por quê?
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
________________________________________________
11. Que profissão seus pais exercem? Como é trabalho deles (o que eles fazem)?
____________________________________________________________________
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________________________________________________________
12 - Assista o vídeo “Vida de Maria”
http://www.youtube.com/watch?v=E61Gsur_EFc Acesso 20/10/2013
Após assistir o vídeo, discuta com os seus colegas a relação entre o vídeo e a
sociedade moderna, depois registre em seu caderno as suas conclusões.
Orientação para o professor
As atividades serão feitas individuais e depois de resolvidas, serão socializadas em
duplas, já o professor deve fazer a correção nas carteiras. Em relação ao vídeo
Vida de Maria sobre a realidade da sociedade moderna e a valorização da mulher
no mercado de trabalho – indagar os alunos se eles conhecem famílias que vivem
nas condições da família apresentada no vídeo. Então o professor irá propor uma
produção escrita que servirá de base para a investigação do uso da norma curta da
língua.
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Módulo 06
Tempo 03 aulas
Objetivo
Desenvolver nos alunos a habilidade de convencer através das palavras,
usando argumentos convincentes e verdadeiros.
o
Produção de um texto de opinião – defendendo a idéia dos textos trabalhados.
Siga os seguintes passos:
Tema: O trabalho na sociedade moderna.
Use linguagem objetiva
Escreva de 15 a 20 linhas (introdução – desenvolvimento e conclusão)
Este texto deve ser escrito para ser lido por alunos do 7º ano do CE Shirlene de
Souza Rocha.
1º parágrafo: curto, que deixe a idéia a ser desenvolvida no ar no ar, possibilitando
que seu leitor possa refletir a opinião.
2º e 3º parágrafo (desenvolvimento): use argumentos convincentes e verdadeiro,
com exemplos claros, desenvolvendo a idéia e ainda convencer aquele que lê.
No último parágrafo (conclusão): este parágrafo deve responder a idéia que ficou
solta no primeiro parágrafo, dando uma idéia chave.
Orientação didática
Antes de partir para a escrita o professor deverá explicar os passos
que compõem um texto argumentativo.
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Escreva seu texto em rascunho, após a correção da professora, escreva na versão
final, que será lida por alunos do 7º ano.
TEXTO DE OPINIÃO: defende uma idéia, opinião ou ponto de vista, uma tese,
procurando fazer com que nosso leitor aceite.
O texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as
estratégias argumentativas.
TESE: é a idéia que defendemos - a argumentação implica divergência de opinião.
ESTRATÉGIAS: são todos os recursos (verbais e não-verbais) usados para envolver
o leitor/ouvinte, gerando credibilidade.
CLAREZA usar uma estratégia que o leitor possa entender e concordar com o que
está sendo exposto.
LINGUAGEM CULTA FORMAL é de suma importância, pois é ela que irá atingir o
leitor de todas as classes.
TÍTULO: serve para chamar a atenção do leitor.
Procure seguir as instruções:
Primeiro parágrafo: enuncia claramente a tese a ser defendida.
Segundo parágrafo: cita a tese.
Terceiro e quarto parágrafos, em que se apresentam os argumentos.
Último parágrafo, em que se apresenta a conclusão.
http://www.pucrs.br/gpt/argumentativo.php Acesso dia 14/10/13
Após a produção fazer a correção e a reescrita dos textos.
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Módulo 07
Tempo:3 aulas
Objetivo
Desenvolver nos alunos a reflexão sobre a fábula enquanto discurso e o
gênero discursivo que critica os acontecimentos sociais diversos.
Leitura do texto A cigarra e a formiga, uma fábula contemporânea...
Reconto contemporâneo:
A cigarra e a formiga, uma fábula contemporânea...
Todo mundo no Ocidente conhece a fábula da cigarra e da formiga. A cigarra é preguiçosa e canta todo o verão, enquanto a formiga acumula reservas para o inverno. Quando chega o frio, a cigarra implora à formiga por comida. A formiga se recusa e a cigarra passa fome. A moral da história? Ociosidade gera carência. Mas a vida é mais complexa do que na fábula de Esopo. Hoje, as formigas são os alemães, chineses e japoneses, enquanto as cigarras são os americanos, britânicos,
Orientação didática
Os alunos farão a leitura do reconto contemporâneo, sedo que cada aluno irá
ler um parágrafo – em seguida a professora irá escrever no quadro as idéias
do texto – os pontos mais relevantes, buscando estas questões no
entendimento dos alunos.
Orientação didática
Conforme os alunos vão terminando, solicite que eles troquem os textos com
seus colegas e depois faça a correção no rascunho.
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gregos, irlandeses e espanhóis. As formigas produzem bens atraentes que as cigarras querem comprar. Estas perguntam se as primeiras querem algo em troca. “Não”, respondem as formigas. “Vocês não têm nada que queremos, exceto, talvez, um endereço à beira-mar. Nós emprestaremos dinheiro a vocês. Assim, vocês desfrutam nossos bens e nós acumulamos nossas reservas.”
As formigas e as cigarras estão felizes. Sendo frugais e cautelosas, as formigas depositam seus lucros adicionais em bancos supostamente seguros, que reemprestam às cigarras. Estas, por sua vez, não precisam mais produzir bens, já que as formigas os fornecem tão barato. Mas as formigas não lhes vendem casas, shopping centers e escritórios. Então as cigarras passam a produzi-los. Elas até mesmo pedem às formigas para virem e fazerem o trabalho. As cigarras acham que com todo o dinheiro que está entrando, o preço das terras aumentará. Então tomam mais empréstimos, constroem mais e gastam mais.
As formigas olham para a prosperidade das colônias de cigarras e dizem aos seus banqueiros: “Emprestem mais para as cigarras, já que as formigas não querem empréstimos”. As formigas são muito melhores em fazer produtos reais do que avaliando produtos financeiros. Então as cigarras descobrem formas espertas de transformar seus empréstimos das cigarras em ativos atraentes para os bancos das formigas.
Agora, o ninho de formiga alemão está muito próximo de algumas colônias pequenas de cigarras. As formigas alemãs dizem: “Nós queremos ser amigos. Então, por que não usamos todos o mesmo dinheiro? Mas, primeiro, vocês devem prometer se comportar como formigas para sempre”. Então as cigarras precisam passar por um teste: se comportar como formigas por alguns anos. As cigarras fazem isso e então são autorizadas a adotar o dinheiro europeu. Todo mundo vive feliz por algum tempo. As formigas alemãs olham para seus empréstimos para as cigarras e se sentem ricas. Enquanto isso, nas colônias de cigarras, seus governos olham para suas contas saudáveis e dizem: “Olhem, nós somos melhores em seguir as regras fiscais do que as formigas”. As formigas consideram isso embaraçoso. Então elas não dizem nada a respeito dos salários e preços estarem subindo mais rápido nas colônias de cigarras, tornando seus bens mais caros, ao mesmo tempo em que reduzem o fardo real dos juros, encorajando assim mais tomada de empréstimos e construção. As sábias formigas alemãs insistem, de forma pessimista, que “as árvores não crescem até o céu”. Os preços das terras finalmente atingem o pico nas colônias de cigarras. Os bancos das formigas ficam nervosos no momento devido e pedem seu dinheiro de volta. As cigarras devedoras são forçadas a vender. Isso cria uma cadeia de falência. Isso também para a construção nas colônias de cigarras e o consumo pelas cigarras de bens das formigas. Empregos desaparecem tanto nas colônias de cigarras quanto nas de formigas e os déficits fiscais disparam, especialmente nas colônias de cigarras. As formigas alemãs percebem que suas reservas de riqueza não valem muito já que as cigarras não podem fornecer nada que querem, exceto casas baratas ao sol. Os bancos de formigas ou dão baixa nos empréstimos ruins ou precisam persuadir os
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governos de formigas a dar ainda mais dinheiro de formiga para as colônias de cigarras. Os governos de formigas temem reconhecer que permitiram que seus bancos perdessem o dinheiro das formigas. Então preferem o segundo caminho, chamado “resgate”. Enquanto isso, eles ordenam aos governos de cigarras para aumentarem impostos e cortarem os gastos. Agora, eles dizem, vocês realmente precisam se comportar como formigas. Então as colônias de cigarras entram em profunda recessão. Mas as cigarras ainda não conseguem fazer nada que as formigas queiram comprar, porque não sabem o que fazer. Como as cigarras não podem mais tomar empréstimo, para comprar bens das formigas, elas passam fome. As formigas alemãs finalmente dão baixa nos seus empréstimos para as cigarras. Mas, tendo aprendido pouco com essa experiência, elas vendem seus bens, em troca de mais dívida, para outros lugares.
Na realidade, no mundo mais amplo, há outros formigueiros. A Ásia, em particular, está cheia deles. Há um formigueiro rico fora a Alemanha, chamado Japão. Também há um imenso, porém mais pobre, chamado China. Eles também querem ficar ricos vendendo bens para cigarras a preços baixos acumulando créditos junto às colônias de cigarras. O formigueiro chinês até mesmo fixa o valor cambial de sua moeda em um nível que garante que seus bens permaneçam extremamente baratos. Felizmente, para os asiáticos, ou ao menos é o que parece, parece existir uma colônia esforçada de cigarras, chamada Estados Unidos. De fato, a única forma de saber que se trata de uma colônia de cigarras é seu lema: “No consumo nós confiamos”. Os formigueiros asiáticos desenvolvem um relacionamento com os Estados Unidos semelhante ao da Alemanha com seus vizinhos. As formigas asiáticas acumulam pilhas de dívidas das cigarras e sentem-se ricas.
Mas há uma diferença. Quando a quebra chega aos Estados Unidos e os lares param de tomar empréstimo e consumir, e o déficit fiscal explode, o governo não diz para si mesmo: “Isto é perigoso; nós temos que cortar gastos”. Em vez disso, ele diz: “Nós precisamos gastar ainda mais, para manter a economia funcionando”. Então o déficit fiscal se torna enorme.
Isso deixa os asiáticos nervosos. Então o líder do formigueiro chinês diz aos Estados Unidos: “Nós, seus credores, insistimos que vocês parem de tomar empréstimos, assim como as cigarras europeias estão fazendo”. O líder da colônia americana ri: “Nós não pedimos para vocês nos emprestarem esse dinheiro. Na verdade, nós dissemos que era tolice. Nós vamos cuidar para que as cigarras americanas tenham empregos. Então produziremos o que costumávamos comprar e vocês não precisarão mais nos emprestar dinheiro”. Então os Estados Unidos ensinam aos seus credores a lição do velho sábio: “Se você deve ao seu banco $100, você tem um problema; se você deve $100 milhões, ele é que tem”.
O líder chinês não quer admitir que a imensa pilha de dívida americana de seu formigueiro não valerá o que custou. O povo chinês também deseja prosseguir produzindo bens baratos para os estrangeiros. Então a China decide comprar ainda mais dívida americana. Mas, décadas depois, os chineses finalmente dizem aos americanos: “Agora nós gostaríamos que vocês nos fornecessem bens em troca de sua dívida conosco. Em seguida, as cigarras americanas riem e prontamente reduzem o valor da dívida. As formigas perdem o valor de suas economias e algumas delas morrem de fome.
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Qual é a moral dessa fábula? Se você quiser acumular uma riqueza duradoura, não empreste para cigarras.
Tradução: George El Khouri Andolfato
http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/fintimes/2010/07/29/a-cigarra-e-a-formiga-uma-
fabula-contemporanea.jhtm Acesso dia 1º/11/13
Fazer uma comparação oral com os alunos do texto original e o reconto.
r
Módulo 8
Tempo 7 aulas
Objetivo
Escolher uma das fábulas e solicitar que os alunos recontem, considerando a sua
própria realidade.
Produção do reconto
Baseado nos textos trabalhados, escreva um reconto com a temática trabalho –
usando os personagens da fábula a Cigarra e a Formiga:
Discuta coletivamente com os colegas e professora:
Título;
Orientação didática
Comparar o reconto contemporâneo com a fábula – os alunos (em trio) irão
construir uma tabela fábula reconto e a relação (atribuições e defeitos) com
os dois textos.
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Características dos animais;
Tempo e lugar;
Moral da história;
Orientar para que os alunos não esqueçam do diálogo entre os animais
Ficar atento:
Ortografia
Letra legível
Concordância entre as palavras
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Repetições
Orientação didática
Após a produção da primeira versão, recolha-as e guarde-as (não é necessário
que você leia-as nesse momento).
Ao retomar o assunto (na aula do dia seguinte, por exemplo), devolver os recontos
e orientar para que releiam-nas e verifiquem:
Sugerir que troquem os textos entre os colegas para ajudar na verificação.
Propor a reescrita do texto tendo em vista a revisão (segunda versão).
A professora irá fazer a correção dos textos reescritos pelos alunos, na sala, junto
com eles.
Selecionar um texto para reescrita coletiva (nesse caso, o texto selecionado deve
apresentar pelo menos UM PROBLEMA que representa a dificuldade da maioria)
e fazer análise linguística.
Digitar esse texto, corrigindo todos os demais problemas, deixando APENAS O
PROBLEMA QUE SERÁ TRABALHADO. Ex. repetições
Reescrever o texto coletivamente.
Fazer uma apresentação oral dos textos.
Uma vez o texto reescrito todos os textos e sanado os problemas, reuni-lo numa
coletânea, formando, então, o Livro do 6º ano com os textos produzidos, o qual
será deixado na biblioteca da escola.
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Referências FERNANDES. M.T.O.S. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrar: Fábula. São Paulo: FTD, 2001 HERNÁNDEZ, F.; VENTURA, M. A organização do currículo por projetos de trabalho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, 200 p. ROJO, Roxane. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: ParábolaEditorial, 2009.
STREET, Brian. Perspectivas interculturais sobre o letramento. Revista de Filologia eLinguística Portuguesa da Universidade de São Paulo. n. 8, p. 465-488, 2007. KLEIMAN, Angela B. Letramento e formação do professor: quais as práticas e exigências no local de trabalho? In: KLEIMAN, Angela. B. (Org.) A formação do Professor. Perspectivas da Lingüística Aplicada. Campinas: Mercado de Letras, 2001.342 p. p. 39-68 KLEIMAN, Angela B. (Org.). Os significados do letramento: uma nova perspectiva
sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras, 2008. 294 p.
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Anexos
O lobo e o cachorro
Um lobo faminto, magro de dar dó, só pele e osso,pois vivia da sorte que a vida
selvagem lhe oferecia, encontrou um cachorro gordo,forte,pêlo lustroso, bem-tratado.
O esfomeado queria atacar o cachorro e dar-lhe, mas,pelo aspecto do cão,julgou
não poder medir forças com ele.
Usando de astúcia, chegou perto do cachorro e cumprimentou-o, elogiando a
nítida robustez dele.
Você pode ter uma robustez igual. Só depende de você – disse o cão. – Basta deixar
essa vida das florestas sem alimento fácil. Venha comigo que dono lhe dará
tratamento de rei. Quem sabe, até lombo, ossos de frango, ossos de pombos e
muitas carícias.
- E o que devo fazer para receber tudo isso? – perguntou o lobo.
- Muito pouco: basta afugentar os ladrões ou os que vêm mendigar, defender todos
d a casa e fazer agrados ao dono.
Sonhando com uma vida de delícias, o lobo sorria satisfeito, quando viu algo que
lhe pareceu suspeito.
- Amigo, o que você tem no pescoço?
- Nada... apenas coleira que me põem no pescoço quando fico preso por alguns
dias.
- Coleira? Preso? Você não pode sair quando quiser?
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- Nem sempre. – disse o cachorro. – E isso tem importância?
- Claro! Eu nunca trocarei a liberdade nem pela melhor comida do mundo....
O lobo fugiu e continua fugindo até hoje.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
A cigarra e a formiga
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se
preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha
pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O
verão é para gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar
agora para guardar comida para o inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque.
Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.
A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos
cantar! Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e
ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.
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Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo,
olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha
boa.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar
fome e frio.
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar
no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura
perda de tempo. Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio.
Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da
formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo das
formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque
e cante para nós.
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.
http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=9 Acesso dia 15/10/13
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A raposa e as uvas
Morrendo de fome, certa raposa astuta andava à caça,quando passou por uma
parreira carregada de cachos de uvas bem maduras. Porém estavam altas demais;
nem pulando conseguiria alcançá-las.
Então verdes ... já vi que são azedas e duras... resmungou a raposa.
Quem desdenha quer comprar.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
Os lobos e os cordeiros
Alguns lobos queriam surpreender um rebanho de cordeiros. Como não podiam
pegá-los, porque havia cães tomando conta deles, viram que seria preciso usar de
uma artimanha para fazer isso. E, tendo enviado representantes deles aos cordeiros,
diziam que os cães eram os culpados de sua inimizades e que, se eles lhes
entregassem os cães, haveria paz entre os lobos e os cordeiros. Os cordeiros, sem
imaginar o que lhes iria acontecer, entregaram os cães aos lobos, que, desse modo,
facilmente acabaram com o rebanho, que ficara sem guarda.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
A raposa e a cegonha
A Raposa, muito avarenta,
Convidou a cegonha para jantar
e serviu um caldo
que acoitada não pôde tomar,
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pois seu bico comprido não conseguia
no prato raso encostar.
A anfitriã, porém, num instante,
Todo o caldo tomou
E, sem se importar com a visita,
O prato logo limpou.
A cegonha, muito ofendida,
Resolveu se vingar
e convidou a Raposa
para em sua casa almoçar.
A Raposa logo o convite aceitou
E, faminta, à casa da outra chegou.
Fingindo-se atrapalhada,
a Cegonha pediu à Raposa
que ajudasse com a carne assada.
O cheiro da carne enchia o ar.
“Vou aproveitara acolhida” ,
pensou Raposa
e arriscou-se a olhar:
era carne moída!
Mas, de repente,
a Cegonha despejou a delícia
em uma garrafa fininha
e, com um jeito cheio de malícia,
ofereceu à vizinha:
Coma, senhora Raposa,
Sirva-se até se fartar,
Como na sua casa eu comi o seu jantar.
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Fonte:www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O rato e a rã
Um rato da terra, para sua infelicidade, tornou-se amigo de rã. E a rã,
premeditadamente, acorrentou a pata do rato à própria pata. Primeiro foram comer
trigo na terra e, depois de se aproximarem da margem de uma lagoa, a rã jogou o
rato no fundo da água, enquanto ela própria ficou brincando na água, gritando:
“brekekekecs!” . E o infeliz rato afogou-se e morreu, mas continuava emergindo, por
estar preso à pata da rã. Um milhafre, ao ver isso, pegou tornou-se ela também
alimento para o milhafre.
Mesmo morta uma pessoa tem força para vingar-se, pois a justiça divina olha
por tudo e sempre retribuiu com um castigo igual.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
A liga dos ratos
Uma camundonga tinha medo de um gato que a espreitava todos os dias. Sábia
e prudente, foi consultar um rato vizinho que dizia nunca ter medo de dentes ou
patas de gato.
Ab, minha senhora afirma o vizinho eu sozinho, por mais que faça, não
conseguirei acabar com esse gato. Mas se todos os ratos da região se juntarem,
poderão pregar uma peça nesse gato mau.
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Assim dizendo,correu para a dispensa onde os ratos estavam reunidos numa
festança.
Aos brados, explicou o motivo de sua chegada:
Precisamos dar auxílio à senhora camundonga, pois o grande gato anda a
fazer brutal devastação. E vocês bem sabem: se não achar camundongos, comerá
ratos!
Diante de tais notícias, dizem todos:
Vamos derrotá-los!
Cada qual se equipa, se apressa e, jurando arriscar a vida, marcha para a batalha.
Naquele instante, o gato, que andava pelo telhado da dispensa, tudo ouviu. Mais
esperto do que os ratos alcança a camundonga e a abocanha. O exército heróico,
mesmo assim, avança para socorrer a pobre amiga. Mas o gato não solta a presa e
arreganha os dentes, enfrentando a legião inimiga.
Os ratos, com medo de um destino brutal, fogem apavorados, retornando cada
qual para a sua fortaleza.
Pobre senhora camundonga...
Falar é fácil; difícil é fazer.
Fonte:www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O lobo e o cachorro
Um lobo faminto, magro de dar dó, só pele e osso, pois vivia da sorte que a vida
selvagem lhe oferecia, encontrou um cachorro gordo, forte, pêlo lustroso, bem
tratado.
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O esfomeado queria atacar o cachorro e dar-lhe fim, mas pelo aspecto do
cão,julgou não poder medir forças com ele.
Usando de astúcia, chegou perto do cachorro e cumprimentou-o, elogiando a
nítida robustez dele.
Você pode ter uma robustez igual. Só depende de você disse o cão.
Basta deixar essa vida das florestas sem alimento fácil. Venha comigo que meu dono
lhe dará tratamento de rei. Quem sabe, até lombo, ossos de frango, ossos de
pombos e muitas carícias.
E o que devo fazer para receber tudo isso? perguntou o lobo.
Muito pouco: basta afugentar os ladrões ou os que vêm mendigar, defender
todos da casa e fazer agrados ao dono.
Sonhando com uma vida de delícias, o lobo sorria satisfeito, quando viu algo que
lhe pareceu suspeito.
Amigo, o que você tem no pescoço?
Nada ... apenas a coleira que me põem no pescoço quando fico preso por
alguns dias.
Coleira? Preso? Você não pode sair quando quiser?
Nem sempre. disse o cachorro. E isso tem importância?
Claro! Eu nunca trocaria a liberdade nem pela melhor comida do mundo...
O lobo fugiu e continua fugindo até hoje.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O leão o lobo e a raposa
Um leão muito velho e já caduco andava morre não morre. Mas, apegado à
vida e sempre esperando,deu ordem aos animais para que o visitassem e lhe
ensinassem remédios.
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Assim aconteceu. A bicharada inteira desfilou diante dele, cada qual com um
remédio ou um conselho.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O veado e o leão (em um antro)
Um veado, fugindo de caçadores, chegou à entrada de um antro onde estava um
leão. O veado entrou ali para se esconder, mas foi apanhado pelo leão e, enquanto
este o matava, ele dizia: “ Como sou infeliz, eu que, fugindo de homens, joguei-me a
uma fera.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O veado e a videira
Perseguindo por uma matilha inteira, um veado se escondeu atrás de alta
videira, cujas folhas formavam denso matagal.
Como o esconderijo era muito seguro, os cães perderam-no de vista. Depois de
tanta procura, a caçada foi suspensa e os caçadores voltaram sem a sua presa.
Vendo as folhinhas tenras de sua protetora, o cervo nem pensa extrema
ingratidão! e começa a comê-las sossegados.
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O farfalhar do matagal marcou a sua sorte: encontraram-no os cães e ele
encontrou a morte.
Igual acontece aos que profanam o refúgio sagrado que um dia os abrigou.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O corvo e a raposa
Um corvo, tendo roubado um pedaço de carne, pousou sobre uma árvore. Uma
raposa o viu e, querendo apoderar-se da carne, pôs-se diante dele, elogiando seu
tamanho e sua beleza, dizendo que ele, mais que todos os pássaros, merecia ser
um rei e que isso realmente aconteceria se ele tivesse voz. Querendo mostrar-lhe
que também voz ele tinha, o corvo deixou cair a carne e pôs-se a soltar grandes
gritos. A raposa precipitou-se e, tendo pegado a carne, disse: “Ó corvo, se tu tivesse
também inteligência, nada te faltaria para seres rei de todos os pássaros”.
A fábula é apropriada ao homem tolo.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
Tartaruga e a lebre
Uma tartaruga e uma lebre discutiam sobre qual era a mais rápida. E, então,
marcaram um dia e um lugar e se separaram. Ora, a lebre, confiando em sua rapidez
natural, não se apressou em correr, deitou-se no caminho e dormiu. Mas a tartaruga,
consciente de sua lentidão, não parou de correr e, assim, ultrapassou a lebre que
dormia e chegou ao fim, obtendo a vitoria.
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A fábula mostra que, muitas vezes, o trabalho vence os dons naturais,
quando estas são negligenciados.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
A cigarra e a raposa
Uma cigarra cantava em uma árvore alta. Uma raposa, querendo devorá-la,
imaginou um artifício. Parada à sua frente, pôs-se a admirar a sua voz e convidou-a
a descer, dizendo que desejava ver de perto o animal que possuía tão bela voz. E a
cigarra, supondo tratar-se de uma emboscada, arrancou uma folha e a jogou. A
raposa correu, pensando que fosse a cigarra, mas esta lhe disse: “ Tu te enganas,
minha cara, ao acreditares que eu desceria, pois eu me previno em relação às
raposas desde que vi asas de cigarra no estrume de uma raposa”.
As desgraças dos vizinhos servem de ensinamento para os homens
sensatos.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O lobo e a cabra
Um lobo, tendo visto uma cabra pastando numa montanha escarpada, e como
não pudesse chegar até ela, pediu-lhe que descesse, pois, sem perceber, ela
poderia cair de lá de cima. Disse ainda que o pasto onde ele estava era melhor, que
a relva estava florida...
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
50
O galo e a raposa
Numa árvore, estava empoleirado, atento e alerta, um galo esperto e vivido.
Aproximou-se uma raposa, dizendo com voz meiga, cheia de segundas
intenções :
Irmão, você já sabe que estamos em paz! É o fim daquela vida de lutas e
medos entre os animais. Enfim a trégua para todos! Desça daí e venha dar-me um
beijo fraternal.
O velho galo, matreiro que era, respondeu:
Minha amiga que notícia feliz! E que alegria saber que você foi a primeira a
chegar com essa boa nova. Espere que lá vêm os cães. Por certo estão trazendo a
todos nós a comunicação dessa grande notícia. Vamos esperá-los para trocarmos
beijos: cães, raposas e galos.
Outro dia, talvez. Eu já me vou disse a raposa, esgueirando-se para bem
longe.
O galo riu sozinho.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
A águia e o mocho
A águia e o mocho, antigos rivais, decidiram pôr um fim à guerra que travavam.
Um abraço sincero deu inicio à nova amizade e ambos prometeram não devorar
mais os filhotes um do outro.
O mocho, sabendo que a águia, rainha que era, não obedecia a regras e
tratados,disse:
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Não disse a águia. Mas não se preocupe. Basta descrever-me os seus
filhotes que, juro, nunca tocarei neles.
Depois de tal juramento, o mocho, satisfeito, disse:
Meus filhos são mesmo uma beleza, cada um mais bonito que o outro! A
penugem que os cobrem é fofa e vistosa e têm uma voz doce e suave.
Fizeram o pacto e foram embora, cada um para um lado. O mocho voou para o
bosque procurando o alimento para a prole, enquanto a águia entrou na fenda de um
rochedo e ali encontrou uns bichos esquisitos, muito feios; soltavam gritos
assustadores e uma penugem horrível cobria-lhes o corpo.
Esses monstrinhos não devem ser do mocho. Então há problemas: vou
comê-los agora.
Chegando à cova, o mocho avistou, numa aflição imensa, os restos da chacina.
Um amigo, que passava por lá, comentou:
Você pintou um retrato que não corresponde ao fato.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
O cão que levava a carne
Um cão, segurando um pedaço de carne, atravessava um rio. Tendo visto a sobra
da carne na água, julgou que o outro cão tinha um pedaço de carne muito maior. Por
isso, largando de sua própria carne, lançou-se para pegar a outra. Aconteceu,porém,
que ficou privado de ambas: uma que ficou fora de seu alcance porque nem existia, e
a outra que foi levada pelo rio.
A fábula é própria para o homem ambicioso.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
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O leão e o rato (reconhecido)
Um leão estava dormindo e um rato passeava sobre seu corpo. Acordando e
tendo apanhado o rato, ia comê-lo. Como o rato suplicasse que o largasse, dizendo
que,se fosse salvo, lhe pagaria o favor, o leão sorrio e deixou-o ir. Não muito depois,
o leão foi salvo, graças ao reconhecimento do rato. Com efeito, preso por caçadores
e amarrado a uma árvore com uma corda, logo que o ouviu gemendo, o rato se
aproximou, roeu a corda e o libertou, dizendo: “ Recentemente riste, não acreditando
em uma retribuição da minha parte mas agora vês que também entre os ratos existe
reconhecimento”.
Fonte: www.educadores.diaadia.pr.gov/modules Acesso 11/11/20213
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