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ANS – N.º 41729-7 2018RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO
Os dias ensolarados revelam a beleza, mas são as tempestades e os ventos fortes que atestam a força das edificações.
TitularesMaicon Fernando da Silva – PRESIDENTE
Márcio de Abreu Arruda – VICE-PRESIDENTE
Cláudio Tramujas
Davi Rutigliano
Ezequias Cândido de Paula
Hamilton Gomes de Souza
Regina de Souza
Zeloir Andrade Guimarães
Neloir Paludo – Diretor Presidente e Representante Legal Perante a ANSJorge da Silva Mendes – Diretor de Gestão Administrativa e Financeira
SuplentesCarlos Alberto D’Oliveira
Deunézio Cornelian Júnior
Élcio Nobrega Júnior
Jeferson Nunes
Leonardo Germano Depiné
Levi Nagano
Nilson Bardini Alves
Nivaldo Lang
CONSELHO DELIBERATIVO
DIRETORIA EXECUTIVA
CONSELHO FISCALTitularesSandro Rodrigues da Silva – PRESIDENTE
Fabiano Ferreira Braga
Osiel José de Souza
SuplentesEvandro Ricardo Faraco
Pedro Paulo Cardoso Martins
Solange Silva
Alexandre José da Silva - Superintendente
SUPERINTENDÊNCIA
COMPOSIÇÃO DIRETIVA
SUMÁRIO
MENSAGEM DO CONSELHO DELIBERATIVO
A ELOSAÚDE
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
CONQUISTAS 2018
PANORAMA DOS PLANOS DE SAÚDE
AUMENTO DA REDE DIRETA
INVESTIMENTOS
PLANEJAMENTO 2018
05
07
08
11
16
20
21
23
5Relatório de Administração | 2018
UMA TENDÊNCIA NOCIVA PARA O MERCADO DE SAÚDE
Por três anos consecutivos temos acompanhado a crescente de custos assistenciais que vem comprome-
tendo a estabilidade do segmento de saúde suplementar no país e, por conseguinte, atuado para tentar
evitar que seu impacto nocivo recaia sobre a ELOSAÚDE.
Os anos de 2016 e 2017 foram marcados fortemente pelos reflexos da crise econômica nacional e 2018,
por sua vez, começou com um misto de incertezas e esperanças. Não obstante todo o esforço, o resultado
de 2018 foi um dos piores da história da ELOSAÚDE.
Ao término de mais um ano, resta-nos fazer um balanço para avaliar detidamente esse resultado, além de
abordar as conquistas obtidas em meio ao turbilhão econômico.
Temos dados positivos, que nos animam:
• Crescemos 4% em número de planos ativos (14.029 planos);
• 104 novos credenciados passaram a integrar nossa rede de atendimento;
• Conquistamos a adesão de uma nova patrocinadora;
• O nível de satisfação geral de nossos beneficiários subiu quase 6 pontos percentuais (84,6% de satisfação
geral), o que significa uma evolução de 7,5% em relação a 2017.
Contudo, os custos assistenciais também vêm crescendo. Grande parte desse incremento decorre das
incertezas política, econômica e social do país, que afetam os hábitos de consumo e afastam dos planos
de saúde a população mais jovem e saudável. Outra parte se deve ao perfil etário da população de benefici-
ários que, no caso da ELOSAÚDE, é superior à média do mercado, inclusive do segmento de autogestões.
Essa particularidade é parte do negócio da ELOSAÚDE, contudo, se constitui como um de seus grandes
desafios de gestão.
Ao observarmos os resultados dos últimos anos, temos evidente uma tendência nociva: não haverá recuo
nos custos em curto espaço de tempo.
Como demonstrado anteriormente, enquanto o mercado encolhe – 19 operadoras deixaram de existir em
2018 – e se ressente por um cenário macroeconômico instável, a ELOSAÚDE, mesmo impactada econo-
micamente, permanece crescendo em diversos indicadores, principalmente em número de vidas, todavia,
não podemos nos distanciar do inegável fato de que o impacto financeiro da crise econômica também
nos afetou.
Esforços vêm sendo empreendidos nos últimos anos para garantir a sustentabilidade econômica da institui-
ção, mas a onda de crescimento dos custos da saúde suplementar afetou severamente nossos resultados.
Só em 2018 fomos impactados por 15,73% de aumento nos custos assistenciais. Essa variação nos custos é
11,06 pontos percentuais mais alta que a inflação anual (3,75%), e 5,68 pontos percentuais acima da inflação
da saúde (que fechou o ano em 9,13%).
Em resumo, o impacto do crescimento dos custos foi quase quatro vezes maior que a inflação do período
medida pelo IPCA.
6 Relatório de Administração | 2018
A crise é inegável e nos afetou.
Mas isso não afeta nossa força de trabalho! Crescer é o nosso destino; alcançar novos patamares de exce-
lência em serviços é nossa obsessão.
Diante do cenário de adversidades, permanece inabalável o compromisso desse Conselho Deliberativo e
da Diretoria de lutarem para que a ELOSAÚDE alcance a perenidade e a independência econômico-finan-
ceira que a conduzirão ao futuro desejado por todos nós.
A tendência não é animadora. O que nos anima é saber que, mesmo diante de contextos econômicos
desfavoráveis, a ELOSAÚDE tem cumprido seu papel junto ao seu público e se mantido em crescimento.
Adiante, compartilhamos os principais temas que mobilizaram nossas energias em 2018.
Boa leitura!
Conselho DeliberativoELOSAÚDE
7Relatório de Administração | 2018
A ELOSAÚDE
Criada em 22 de fevereiro de 2010, a ELOSAÚDE
é uma instituição sem fins lucrativos, classificada
como entidade de autogestão patrocinada e tem
como objetivo administrar planos de assistência à
saúde e odontologia ao público vinculado às suas
patrocinadoras.
Foi fundada por quatro patrocinadoras instituidoras:
Tractebel Energia S.A (atual Engie Brasil Energia S.A.),
Eletrosul – Centrais Elétricas S.A, Fundação Eletrosul
de Previdência e Assistência Social - ELOS e PREVIG
Sociedade de Previdência Complementar.
Ao longo dos anos foi recebendo a adesão de no-
vas patrocinadoras vinculadas às instituidoras sendo,
atualmente, patrocinada por sete empresas.
Nos anos seguintes à sua fundação, novas patro-
cinadoras firmaram convênio de patrocínio, sendo
elas: Usina Termelétrica Pampa Sul S.A., Engie Ge-
ração Solar Distribuída S.A. e Diamante Geração de
Energia Ltda.
A ELOSAÚDE oferece planos de assistência à saúde
aos empregados ativos dessas patrocinadoras, além
dos ex-empregados – aposentados e pensionistas
– vinculados aos fundos de pensão por elas insti-
tuídos.
Para fazer frente aos desafios vinculados aos seus
objetivos e sua perenidade institucional, está alinha-
da estrategicamente da seguinte maneira:
MISSÃO
“Promover assistência à saúde com excelência aos
beneficiários, visando à melhoria de sua qualidade
de vida”.
VISÃO
“Ser referência nacional em excelência, no segmen-
to de autogestão em saúde, até 2020”.
VALORES
“Equidade, Ética, Honestidade, Integridade e Respei-
to”.
PRINCÍPIOS
“Comprometimento, Efetividade, Responsabilidade
e Valorização do Cliente”.
8 Relatório de Administração | 2018
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O compromisso com a excelência tem gerado investimentos em melhorias sistêmicas, controles e rede-
senho dos processos de trabalho. Tudo isso vêm consolidando a ELOSAÚDE como uma entidade de auto-
gestão que anualmente se torna mais eficiente e produtiva.
Para fazer frente aos seus desafios e permanecer em constante estado de aprimoramento a estrutura fun-
cional e de governança da Entidade está composta da seguinte maneira:
DIRETORIA EXECUTIVA-DE
SUPERINTENDÊNCIA-SUP
ASSESSORIA DE TECNOLOGIADA INFORMAÇÃO-ASTI
GERÊNCIA ADMINISTRATIVOFINANCEIRA - GAF
RECEPÇÃO / SECRETARIA
COORDENAÇÃO DEATENDIMENTO
ATENDIMENTOBENEFICIÁRIO
AUTORIZAÇÃO MÉDICA / ODONTOLÓGICA E FARMÁCIA
AUDITORIA MÉDICA E PERÍCIA ODONTOLÓGICA
COORDENAÇÃO DE GESTÃODE PLANO
REGULAMENTAÇÃO ANS
CADASTRO
CREDENCIAMENTO
DIVULGAÇÃO EDISPONIBILIZAÇÃO DE PLANOS
COORDENAÇÃO DEFATURAMENTO
FATURAMENTO
REEMBOLSO
COORDENAÇÃOADM. FINANCEIRO
FINANCEIRO
COBRANÇA
CONTÁBIL
ADMINISTRATIVO
RECURSOS HUMANOS
GERÊNCIA GESTÃO DE PLANOS - GGP
CONSELHO DELIBERATIVO
CONSELHO FISCAL
ASSEMBLEIA
9Relatório de Administração | 2018
QUADRO DE EMPREGADOS
Em 2018 houve uma pequena oscilação no número
de empregados, contudo, as estregas e os resulta-
dos da equipe continuaram efetivos, sem compro-
metimento da qualidade e da atenção dispensadas
aos Beneficiários e Patrocinadoras.
a. Composição do quadro de empregados
A estrutura funcional da equipe interna, representa-
da pelo quadro de empregados, segue detalhada a
seguir.
ESTRUTURA FUNCIONAL - EVOLUÇÃO DO QUADRO DE EMPREGADOS
2017 2018
Empregados 24 23
Temporários 04 02
TOTAL 28 25
Considerando a estrutura hierárquica e de gover-
nança a distribuição é a seguinte:
ESTRUTURA FUNCIONAL - CARGOS
2017 2018
Superintendente 01 01
Gerentes 03 03
Coordenadores 02 03
Contador 01 01
Analistas 02 00
Assistentes 16 16
Auxiliares 02 00
Recepcionista 01 01
TOTAL 28 25
Quanto à formação acadêmica e instrução for-
mal:
ESTRUTURA FUNCIONAL - ESCOLARIDADE
2017 2018
Mestrado 01 01
Pós-graduado 03 04
Pós-graduandos 00 00
Superior completo 05 07
Superior cursando 05 03
Ensino Médio Completo 14 10
Ensino Médio Incompleto 00 00
TOTAL 28 25
10 Relatório de Administração | 2018
b. Capacitação - Cursos e Treinamentos
A dinâmica do mercado de saúde, a agilidade com que as regras e regulamentação são alteradas, as novas
tecnologias, as tendências e desafios do mercado, todos esses tópicos demandam investimento em capa-
citação e atualização da equipe.
Para acompanhar esse dinamismo e atuar em pleno alinhamento com as exigências do segmento, os
investimentos em qualificação e treinamentos continuam a ser realizados. Em 2018 foram mais 150 horas
voltadas a diversos temas.
EVENTOCARGA
HORÁRIANÚMERO DE
PARTICIPANTESTOTAL DE
HORAS
Compartilhamento da Gestão de Riscos entre Operadoras RN 430/2017 - Grunitzky
08 01 08
E-SOCIAL na prática - SOMOS Tecnologia 16 02 32
3º Encontro dos Atuários e Contadores - Grunitzky 08 01 08
Governança, controles e responsabilidades (Curso para Diretores, Conselheiros e Gestores) – Grunitzky
08 06 48
17º Encontro de Contadores e Gestores de operadora de plano de saúde – Grunitzky
24 01 24
Capacitação MEG 08 01 08
9º Seminário Unidas (Desafios enfrentados pelas operadoras de saúde e sustentabilidade do setor).
24 01 24
TOTAIS 13 152
c. GINCANA DO CONHECIMENTO
Pelo quarto ano consecutivo a Gincana do Conhe-
cimento ELOSAÚDE mobilizou os colaboradores em
torno do conhecimento e da troca de informações.
Como vem acontecendo desde a primeira versão, o
certame desse ano também foi aprimorado. Desta
feita os participantes foram convidados a dar suges-
tões sobre diversos assuntos. Essa inovação tem por
objetivo estimular a colaboração efetiva e fortalecer
o sentimento de equipe, de pertencimento.
Desenvolvida sob regulamento próprio, a gincana
está consolidada no calendário anual de atividades
dos empregados como fator de integração, que mo-
vimenta as equipes, fortalece o conhecimento e o
compartilhamento de informações, além de nivelar
a linguagem e a abordagem dos temas de interesse
coletivo.
Nesse ano os temas de estudo foram: LEAN, MEG,
produtos e serviços, administrativo interno, regula-
ção e legislação e novidades e melhorias. As ideias
coletadas ao final de cada módulo serão avaliadas e,
de acordo com a aplicabilidade, inseridas nas ações
e estratégias do ano.
11Relatório de Administração | 2018
CONQUISTAS 2018
Pelo terceiro ano consecutivo o mercado de saúde
se ressentiu. Pelo terceiro ano consecutivo a ELO-
SAÚDE administrou cenários duplamente desfavo-
ráveis.
De um lado a recessão do mercado de saúde que,
embora tenha esboçado um crescimento tímido
em número de beneficiários, encolheu em número
de operadoras ativas no país. De outro o aumento
da longevidade e o consequente envelhecimento
natural da população.
É importante destacar que o aumento da expectati-
va de vida de nossa população é sempre encarado
de forma positiva e reforça um dos pilares da ELO-
SAÚDE, que é contribuir com o aumento da qualida-
de de vida de seu público.
Contudo, um fato inerente ao envelhecimento do
ser humano é o aumento da necessidade de ser-
viços de saúde e, nesse sentido, a Entidade é mais
impactada que a média do mercado, haja vista que
a principal característica de seu perfil populacional
é a concentração de beneficiários com 60 anos ou
mais.
Desse modo, não é exagero destacar que a maior
conquista da ELOSAÚDE em 2018 foi permanecer
íntegra diante das adversidades de um ambiente ex-
terno desfavorável.
Com planejamento, disciplina e foco na racionali-
zação de recursos tentamos atenuar aquilo que po-
deria ter sido muito pior. Além disso, conseguimos
manter ações e investimentos indispensáveis à evo-
lução dos padrões de produtividade e qualidade de
serviços da Instituição.
Dentre as ações realizadas em 2018, destacam-se:
A. HOMOLOGAÇÃO DO NOVO SISTEMA DE GESTÃO – MV SOUL
Depois de quase um ano de planejamento, levan-
tamento de requisitos, customizações e testes de
aderência o sistema informatizado de gestão da
operadora – MV Soul – foi homologado para produ-
ção no dia 02 de abril de 2018.
A partir de então toda a operação da ELOSAÚDE
passou a ser realizada por meio da nova ferramenta.
Naturalmente, como era de se esperar, ajustes vêm
sendo realizados desde então; parte para tornar o
12 Relatório de Administração | 2018
sistema aderente às necessidades da Entidade e par-
te para tornar os processos internos mais eficientes
e compatíveis com a evolução proposta por esse
sistema.
Em ambos os casos já se percebem ganhos, espe-
cialmente em áreas como a de autorizações, que
passou a contar com autorizador eletrônico para
procedimentos médicos e odontológicos, funcio-
nalidade que o sistema anterior não fornecia.
O MV Soul, quando plenamente estável e funcional
– ultrapassados os períodos de ajustes e customiza-
ções – trará vários benefícios, dentre eles:
• Integração das diversas atividades em um só sis-
tema - ERP (operacional, financeiro, contábil etc.);
• Modernização das plataformas de acesso, que
deixam de ser estacionárias e passam a operar via
web;
• Consolidação e maior segurança nas interações
legais e regulatórias;
• Automação do processo de autorização de pro-
cedimentos médicos e odontológicos;
• Modernização das perícias odontológicas (exclu-
sivamente sistêmicas e documentais);
• Melhoramento das rotinas operacionais, por
meio de segregação de atividades e auditorias
cruzadas;
• Incremento na agilidade de obtenção de infor-
mações, cruzamentos de dados e produção de
conhecimento;
• Redução das atividades manuais e aprimoramen-
to das atividades analíticas;
O novo sistema informatizado de gestão contribuirá
para que a ELOSAÚDE dê um salto rumo à moderni-
dade e, consequentemente, rumo à concretização
de sua visão de futuro.
B. NOVO PORTAL DO BENEFICIÁRIO
Com a implantação do MV Soul, também foi possí-
vel a publicação do novo portal do beneficiário.
Mais moderno, funcional e com interface amistosa,
o portal traz, dentre outras coisas, pesquisas finan-
ceiras (mensalidades e coparticipações), pesquisas
de serviços utilizados pelos beneficiários, guia médi-
co e cartão virtual.
O acesso é individualizado, por meio de matrícula
e CPF de cada beneficiário, sendo que o titular do
plano tem acesso aos dados de seu grupo familiar.
C. GESTÃO ELETRÔNICA DE COBRANÇA
Ainda na esteira das melhorias tecnológicas, a área
financeira também inovou em 2018.
Por meio de uma parceira com um de nossos forne-
cedores, no segundo semestre do ano a ELOSAÚDE
passou a disponibilizar a emissão de boletos de co-
brança diretamente em seu site na internet.
Essa nova funcionalidade favoreceu centenas de
beneficiários residentes em áreas mais distantes das
capitais, que eram impactados pelos processos de
entrega dos Correios e, muitas vezes, recebiam seus
boletos em datas próximas ao vencimento.
Simples e ágil, a emissão de boletos por meio ele-
trônico deu maior autonomia aos beneficiários e
reduziu, quase que na totalidade, o número de pedi-
dos de 2ªs vias, que até então era feito por telefone.
D. TELEFONIA IP
Designada como uma das metas da área de tecno-
logia da informação, a telefonia IP (Internet Proto-
col), que consiste na utilização das redes de internet
para realização de ligações telefônicas, também foi
implantada em 2018.
Os objetivos iniciais de melhoramento dos registros,
controles e autonomia tecnológica, bem como de
redução de custos, estão sendo plenamente alcan-
çados.
O processo de transição foi rápido e imperceptível
para os beneficiários e o público interno e essa nova
tecnologia permitirá à Entidade expandir sua capa-
cidade de atendimento, além de refinar a aderência
às exigências regulatórias, no que tange ao registro
e à guarda das ligações.
E. EVENTOS VIVA-BEM
Depois de cinco edições consecutivas o “Viva-bem
– Encontro ELOSAÚDE de Vivência, Informação, Va-
lorização e Bem-estar”, se consolida como um dos
principais mecanismos de troca de informações e
aproxima a gestão da Entidade de seu público-alvo:
os beneficiários.
13Relatório de Administração | 2018
Como aconteceu nas edições anteriores, o “Vi-
va-bem” de 2018 serviu para que os beneficiários
pudessem ter acesso à evolução de custos e re-
sultados dos planos e da Entidade. Além disso, re-
presenta uma oportunidade de confraternização e
reencontro.
As cidades de Florianópolis e Capivari de Baixo, que
concentram o maior volume de beneficiários, têm
sido o tradicional ponto de partida. Nesse ano, além
das duas cidades catarinenses, as cidades de Char-
queadas e Alegrete, ambas no Rio Grande do Sul,
também receberam a 5ª edição do “Viva-bem”.
Tradicional e bem-sucedido, o evento fortalece a re-
lação e garante que as informações cheguem, de
forma transparente e objetiva, aos beneficiários.
F. REABERTURA DO PLANO A
Ao longo dos últimos cinco ciclos de reajuste o Pla-
no A apresentou constante desequilíbrio financeiro,
notadamente em função do aumento da utilização
dos serviços assistenciais, do perfil etário do conjun-
to de seus beneficiários, bem como devido à grande
defasagem existente entre os índices inflacionários
gerais e os relacionados aos custos dos serviços
médico-hospitalares, acumulando necessidade de
reajustes de 97,86% no período.
Para evitar que a situação continuasse a se agravar o
Conselho Deliberativo da ELOSAÚDE, em conformi-
dade com a regulação da Agência Nacional de Saú-
de Suplementar – ANS, decidiu adotar medidas para
contribuir para seu equilíbrio econômico-financeiro.
As principais medidas adotadas foram:
a. Realizar um novo registro junto a ANS, que permi-
tisse a abertura do plano a novas adesões;
b. Com isso, o plano que estava impedido de rece-
ber novos entrantes foi reaberto;
c. A reabertura possibilitou a ampliação do número
de inscritos e ampliou a elegibilidade;
d. Com isso, os titulares passaram a poder incluir
novos beneficiários (parentes até o 4º grau con-
sanguíneo e 2º grau por afinidade);
e. A tabela de preços foi escalonada por faixa etária
(a exemplo dos demais planos médicos da ELO-
SAÚDE);
f. Por fim, todos os beneficiários foram migrados
automaticamente para esta nova condição, sem
prejuízo ou perda em relação à sua condição an-
terior.
A reabertura, ocorrida em agosto de 2018, estimu-
lou o ingresso e o plano cresceu em quase 100 be-
neficiários no espaço de 5 meses.
G. SATISFAÇÃO DO BENEFICIÁRIO
Considerando as diversas particularidades de 2018,
especialmente no que se relaciona aos processos
internos – impactados por uma grande mudança
de sistema informatizado – e ao cenário macroeco-
nômico externo, a pesquisa anual de satisfação dos
beneficiários trouxe números surpreendentes.
Além da adesão de beneficiários, que aumentou
30,5% em número de respondentes, a pesquisa
constatou crescimento de 7,5% nos níveis gerais de
satisfação em relação a 2017.
Com segmentos batendo índices superiores aos
90% de satisfação, o ano da ELOSAÚDE fechou com
resposta positiva de seu público, que atribuiu 85,56%
de satisfação com os serviços internos e 83,65% em
relação à rede credenciada da Entidade.
Naturalmente esses números não representam o
ideal almejado pela administração, contudo, o sig-
nificativo crescimento depõe favoravelmente às
ações e estratégias que vêm sendo implementadas.
H. RESULTADOS DO PROGRAMA “SUA SAÚDE”
Implantado em agosto de 2014, como alternativa
de investimento em saúde preventiva e melhoria
da qualidade de vida do grupo elegível, o Programa
“Sua Saúde” – Serviços Unificados e Atenção à Saú-
de tem apresentado resultados consistentes, tanto
do ponto de vista da evolução clínica, quanto da
contenção de custos projetados ao grupo de bene-
ficiários assistidos.
O programa apresenta várias linhas de cuidado, de
acordo com o perfil dos beneficiários. Na ELOSAÚ-
DE a população incluída no programa tem média
etária de 61 anos, sendo que 69% tem mais de 59
anos. Para se ter uma ideia comparativa, no seg-
mento de autogestões o percentual de beneficiários
com mais de 59 anos é de 30%.
14 Relatório de Administração | 2018
Do ponto de vista clínico as evoluções são inúmeras. Abaixo, seguem alguns exemplos:
BENEFICIÁRIO ANTESAÇÕES DESENVOLVIDAS DEPOIS
M.I.R.P, 69 Anos Saúde descompensada, HAS, depressão, dores no joelho, má alimentação e problemas conjugais
9 telemonit. e 5 visitas
Encontra-se com a saúde mais compensada e vida mais ativa, cuidando da alimentação. Realizou exames de rotina (ginecológicos) que estava sem realizar havia alguns anos.
M.Q.M, 73 anos Saúde descompensada, HAS, DM, DAC, Depressão.Histórico de cirurgias coronarianas, bem como acompanhamento psiquiátrico. Descompensação de DM e HAS.
13 telemonit. e 4 visitas
HAS e DM compensadas, foi encaminhada ao Psicólogo da rede, está cuidando da alimentação, da ingestão hídrica, levando uma vida mais saudável e equilibrada.
R.N.P.N, 71 anos Beneficiário obeso, sedentário, diabético e hipertenso
5 telemonit. e 4 visitas
Beneficiário contente com a visita, estava em acompanhamento nutricional, mas estava com muitas dúvidas.Iniciou caminhadas regularmente, reduziu a quantidade de comida nas refeições.Glicose e Pressão arterial compensadas.Reduziu peso, de 144kg para 140kg e a circunferência abdominal de 144 para 142 cm.
I.C.R, 70 anos Alimentação desregrada, rica em açúcar e não tinha acompanhamento médico regular. Histórico de tumor no intestino, diverticulite e má formação cardíaca congênita. Sinais vitais observados. Glicemia capilar elevada (499mg/dl).
6 telemonit. e 7 visitas
Apresentou mudanças na alimentação, não está mais resistente ao tomar a medicação. Está sendo acompanhada por um médico regularmente. Glicemia capilar de 77mg/dl.
Sob o aspecto financeiro, os beneficiários alvos das ações de cuidado e acompanhamento do programa
(classificados nos níveis 4 e 5 de complexidade) tiveram um custo potencial evitado de cerca de R$ 3,5
milhões desde o início do programa (considerando o IPCA-Saúde).
O custo potencial evitado é calculado a partir atualização dos custos iniciais do grupo de beneficiários na
linha do tempo, corrigidos pelo IPCA-Saúde, que é o balizador médio do segmento de saúde suplementar,
em comparação com os custos atuais.
Isso significa dizer que, se o programa “Sua Saúde” não existisse, a tendência é que esse grupo de benefici-
ários tivesse consumido R$ 3,5 milhões em recursos do plano desde agosto de 2014.
15Relatório de Administração | 2018
J. PARTICIPAÇÃO NO LEAN SUMMIT 2018
Consagrado como um dos mais importantes even-
tos para difusão do “pensamento Lean” na América
Latina, o Lean Summit 2018, que aconteceu em São
Paulo nos dias 5 e 6 de junho, reuniu empresas de
variados segmentos em torno de um mesmo pro-
pósito: a troca de experiências e casos de sucesso
relacionados às práticas Lean.
Originário das linhas de montagem da gigante auto-
mobilística Toyota, o “pensamento Lean” representa
um conjunto de práticas voltadas à excelência dos
processos e à melhoria contínua das entregas e da
geração de valor ao público-alvo das instituições.
No Lean Summit 2018 a ELOSAÚDE foi a única ope-
radora de autogestão a ter seus cases de sucesso
expostos e debatidos.
O modelo de transformação Lean na ELOSAÚDE
foi deflagrado no primeiro trimestre de 2016, tendo
sido edificado sobre dois pilares: o primeiro a busca
por padrões e processos “enxutos” (“Lean” em tra-
dução livre), sustentados pelo desenvolvimento de
pessoas e voltados à geração de valor para o cliente
e o segundo o enfrentamento aos desafios do mer-
cado de autogestões.
O convite para integrar o painel de expositores, den-
tre os quais figuraram empresas internacionalmente
reconhecidas como a Rede Globo de Televisão, a
Embraer, o Grupo Fleury, o Grupo Sul América e o
Banco Itaú, partiu do Lean Institute Brasil, organiza-
dor do evento e um dos principais difusores do pen-
samento Lean no país.
A jornada Lean – como é chamada internamente –
integra um modelo de governança voltado à exce-
lência em gestão e à qualidade das entregas.
16 Relatório de Administração | 2018
PANORAMA DOS PLANOS DE SAÚDE
A. AUMENTO DO NÚMERO DE BENEFICIÁRIOS E PLANOS
Crescer diante das adversidades. Evoluir nos perío-
dos de crise. Manter-se constantemente à disposi-
ção do público elegível. Esses têm sido os paradig-
mas sobre os quais a ELOSAÚDE vem construindo
sua história recente.
Melhor exemplo disso é o crescimento em número
de beneficiários e planos.
Só em 2018 o número de planos ativos aumentou
4% e, ao término do ano, a Entidade contabilizou
14.029 planos ativos, sendo 65% em pré-pagamen-
to (9.107 planos) e 35% em pós-pagamento (4.922
vidas).
Se considerarmos que o mercado de saúde vem
sentindo severamente o impacto da crise e, princi-
palmente, que 19 operadoras deixaram de existir em
2018, os números são consistentes e conduzem a
ELOSAÚDE na direção inversa.
B. DISTRIBUIÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS POR PLANO
Quanto à quantidade de beneficiários por plano, a
carteira está assim distribuída:
PRÉ-PAGAMENTO PÓS-PAGAMENTO
Plano A 1637 Plano ELOS/ELOSAU
117
Plano B 2246 Plano ESAP 32
Plano C 708 Plano ESUL 531
Plano D 91 Plano ESUL-PID
810
Plano E 3287 Plano TBEL 3388
Plano Perfil 1138 Plano PREVIG 44
Total 9.107 Total 4.922
C. EVOLUÇÃO DOS CUSTOS ASSISTENCIAIS
Os custos assistenciais dos planos de pré e pós-pa-
gamento da ELOSAÚDE, no ano de 2018, movimen-
taram R$ 66,75 milhões. Isso corresponde a um au-
mento de 15,73% em relação a 2017.
TOTAL GERAL – DESPESAS ASSISTENCIAIS – PLANOS MÉDICO E ODONTOLÓGICO (EM
MILHÕES R$)
PRÉ-PAGAMENTO
PÓS-PAGAMENTO TOTAL
41,83 24,39 66,22
D. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO DOS PLANOS EM PRÉ-PAGAMENTO:
Os planos em pré-pagamento acumularam um dé-
ficit total de R$ 8,53 Mi, o que representa um sal-
do negativo de 26% em relação à arrecadação do
período. O déficit total considera não só os custos
assistenciais do plano, como também os recursos
destinados à formação do PEONA e outras despesas
operacionais (INSS, auditores, peritos etc.).
No que diz respeito aos custos assistenciais, os pla-
nos “A” e “E” somados tiveram uma diferença nega-
tiva entre receita e despesa na ordem de 19,22% o
que representa, em valores absolutos, R$ 4,8 Mi ao
longo de 12 meses.
35%
65%
Pré Pós
17Relatório de Administração | 2018
RECEITAS OPERACIONAIS X DESPESAS OPERACIONAIS
PLANO RECEITAS *DESPESAS RESULTADO
ABSOLUTO SINISTRALIDADE (%)
A R$ 11.878.756,85 R$ 17.238.279,04 - R$ 5.359.522,19 145,12%
E R$ 18.505.087,42 R$ 18.986.243,30 - R$ 481.155,88 102,60%
B R$ 234.656,19 R$ 195.343,73 R$ 39.312,46 83,25%
C R$ 1.275.094,87 R$ 785.559,80 R$ 489.535,07 61,61%
PERFIL R$ 2.942.680,97 R$ 2.455.746,55 R$ 486.934,42 83,45%
TOTAL R$ 34.836.276,30 R$ 39.661.172,42 - R$ 4.824.896,12 113,85%
* Valores líquidos (exceto coparticipações (redutora de despesas) e glosas).
E. PIRÂMIDE ETÁRIA DOS PLANOS “A” E “E”
0 - 18
19 - 23
24 - 28
29 - 33
34 - 38
39 - 43
44 - 48
49 - 53
54 - 58
59 + 1385 1397
170 72
93 21
114 22
180 29
288 36
295 14
227 19
99 9
436 18
Pirâmide etária comparada - Planos “A” e “E”
Plano APlano E
Idade média: 47,50 Idade média: 66,20
acima de 59 anos
85,34%
até 48 anos
8,98%
acima de 59 anos
42,14%
até 48 anos
49,86%
Em comparação com o último ano, nota-se que a estratégia de reabertura do “Plano A” começou a apre-
sentar o resultado esperado. O ingresso de novos beneficiários não só freou, como reduziu em alguns déci-
mos (de 66,54 para 66,2 anos) o aumento da idade média do público inscrito no plano, em relação a 2017.
Esse dado é ainda mais relevante, pois, considerando o histórico do plano – que até então era fechado para
novos beneficiários – bem como o tempo transcorrido (12 meses desde a última aferição), seria natural que
a idade média tivesse aumentado e não diminuído.
O “Plano E”, por outro lado, apresentou aumento de mais de um ano na idade média (de 45,8 para 47,5).
Embora esse aumento não seja alarmante, considerando o perfil de público da ELOSAÚDE, o plano será
acompanhado na linha do tempo para evitar eventuais distorções no futuro.
18 Relatório de Administração | 2018
F. SINISTRALIDADE POR PLANO
Ainda em se tratando dos planos “A” e “E”, a sinistralidade apurada no período está acima dos indicadores
de mercado, que fixam como ideal o teto de 75%.
Obs.: SINISTRALIDADE = Custo operacional total (total de despesas com aten-
dimentos), deduzidas as coparticipações e divididas pelas receitas com mensa-
lidade pura, sem taxa de administração. [S = Desp/Rec].
Sinistralidade Plano E
102,60 %
Sinistralidade Plano A
145,12 %
G. EVOLUÇÃO DA SINISTRALIDADE NA LINHA DO TEMPO – PLANOS “A” E “E”
Ao serem postos em perspectiva com o ideal de mercado (sinistralidade máxima de 75%), os Planos “A” e “E”
vêm apresentando, desde de 2013, acentuados déficits, como se pode observar na série histórica.
Além disso, a mesma série história demonstra que, em determinados anos, a sinistralidade do “Plano A”
atingiu quase que o dobro do ideal.
00%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
140%
160%
2013
Plano A
2014 2015 2016 2017 2018
96,39%
99,93%
86,97%
121,85% 131,38% 141,72% 145,12%
120,69% 117,55%108,63%
102,60%
Plano E
EVOLUÇÃO DA SINISTRALIDADE DOS PLANOS "A" E "E"
102,08%
19Relatório de Administração | 2018
H. EVOLUÇÃO DOS INDICADORES INFLACIONÁRIOS DE SAÚDE
Além das particularidades populacionais da ELOSAÚDE (média etária avançada, padrões de utilização su-
periores ao mercado etc.), o mercado de saúde também se ressente de custos muito superiores à média
inflacionária dos demais segmentos da economia.
O VCMH, indicador que mede a Variação do Custo Médico-Hospitalar na linha do tempo, também con-
tribuiu para o agravamento dos custos e, consequentemente, da sinistralidade nos planos da ELOSAÚDE.
A Variação do Custo Médico-Hospitalar é acompanhada pelo Instituto de Estudos da Saúde Suplementar e
um exemplo do quanto esse indicador influencia na atividade das operadoras de saúde pode ser observado
no gráfico a seguir:
*VCMH apurada no mês de março de cada ano (até 03/2018).
I. OS 20 MAIORES CUSTOS DE 2018
Abaixo, estão apresentados os 20 maiores custos dos planos médicos (Planos “A” e “E”) em pré-pagamento.
BENEFICIÁRIO
TOTAL DO ANO – R$
PLANO A PLANO E
1º 1.444.973,16 599.825,87
2º 555.104,90 354.386,01
3º 486.804,24 308.435,30
4º 380.223,51 305.783,21
5º 333.912,81 290.026,70
6º 264.070,29 276.764,63
7º 249.472,96 275.671,95
8º 198.643,96 255.532,63
9º 195.677,61 212.597,65
10º 186.819,41 210.842,17
TOTAL 4.295.702,85 3.089.866,12
• 20 beneficiários representam
0,41% do total de beneficiários
nos Planos “A” e “E” (4.924);
• Esses mesmos 20 beneficiários
foram responsáveis por 19,22% dos gastos desses planos.
00%
05%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
2013
VCMH/IESS
2014 2015 2016 2017 2018
14,00%
5,9%
6,41%
10,67%
6,29%2,95%
3,75%
15,50%19,00% 19,40% 16,90%
IPCA/IBGE
COMPARATIVO - *VCMH COM O IPCA/IBGE
18,20%
20 Relatório de Administração | 2018
AUMENTO DA REDE DIRETA
A solidez e a qualidade de serviços de um plano de
saúde definitivamente não são medidas pelo tama-
nho de sua rede credenciada, contudo, tamanho e
dispersão de rede são aspectos muito valorizados
pelos beneficiários.
A possibilidade de poder escolher entre diversos
profissionais de uma mesma especialidade ou, ain-
da, de poder recorrer a profissionais que estejam
geograficamente mais próximos, influenciam na
percepção de qualidade do público-alvo dos planos,
razão pela qual o aspecto rede credenciada é trata-
do como estratégico pelas operadoras.
Na ELOSAÚDE isso não é diferente.
Tanto assim que mantém pessoas dedicadas exclu-
sivamente a esse segmento, atuando para fomentar
novos credenciamentos e administrando a relação
institucional e de negócios com os serviços já con-
tratados.
Ao longo de 2018 esse trabalho trouxe resultados
expressivos, representados pela contratação de 104
novos prestadores.
104 NOVOS PRESTADORES
O crescimento é expressivo e comemorado pela
Entidade, contudo, o objetivo primordial permane-
ce inalterado: qualidade e disponibilidade de oferta
permanecem sendo mais importantes que a quan-
tidade.
A. ABERTURA DE NOVOS POLOS DE CREDENCIAMENTO
A vocação da ELOSAÚDE é atuar no sentido de
atender integralmente às necessidades e demandas
de suas Patrocinadoras e Beneficiários.
Nesse sentido, a expansão territorial das Patrocina-
doras interfere diretamente na presença institucio-
nal da Entidade.
Em 2018 essa expansão seguiu rumo ao Nordes-
te do país, mais precisamente rumo ao Estado da
Bahia.
Motivada pela instalação de uma unidade da En-
gie em Umburanas-BA e, consequentemente, pela
presença de beneficiários residentes na região, a
equipe de autorização e credenciamento da ELO-
SAÚDE esteve visitando as cidades de Umburanas e
Jacobina com a finalidade de conhecer a realidade
e particularidades locais, abrir mercado, apresentar a
Entidade e contratar prestadores de serviços.
A visita foi produtiva e gerou credenciamento de
serviços médicos e odontológicos, que foram ime-
diatamente disponibilizados aos Beneficiários.
21Relatório de Administração | 2018
INVESTIMENTOS
O patrimônio da ELOSAÚDE é aplicado em Instituições Financeiras sólidas, em conformidade com a Legis-
lação vigente e diretrizes estabelecidas na Política de Investimento aprovada pelo Conselho Deliberativo.
As aplicações são feitas privilegiando segurança, rentabilidade e liquidez, necessárias ao cumprimento das
atividades da Entidade, buscando o retorno compatível com as necessidades atuariais do plano de custeio,
integridade do patrimônio e manutenção do poder aquisitivo do capital investido.
Em 2018 o patrimônio investido em fundos de investimentos foi de R$ 29,6 milhões, com rentabilidade
nominal consolidada de 5,82%, percentual compatível com as rentabilidades obtidas no mercado financei-
ro. Os recursos estão distribuídos entre três fundos de investimentos sendo um Fundo Aberto (Fundo de
investimento em cotas), um Exclusivo (Fundo de investimento HSBC Elosaúde) e, um de Reserva Técnica.
Os Fundos de Cobertura de Despesas Alto Custo e de Parcelamento de Coparticipação integram a apli-
cação na qual também está depositado o fundo de sobra da operadora (Fundo de investimento HSBC
Elosaúde).
Composição nominal e percentual
NOME31.12.2018 –
EM R$
% EM RELAÇÃO AO
TOTAL
Fundo de investimento em cotas (BB F. Institucional)
23.694.791,48 79,80
Fundo de investimento HSBC ELOSAÚDE
1.900.100,75 6,40
Fundo de Reserva Técnica
4.096.903,79 13,80
TOTAL 29.691.796,02 100,00
A. FUNDO DE INVESTIMENTO EM COTAS (BB INSTITUCIONAL)
O Fundo de Investimento Banco do Brasil (BB Insti-
tucional Federal) encerrou 2018 com um total de R$
23,7 milhões, representando 79,80% do patrimônio
da Entidade. A rentabilidade obtida para este fundo
foi de 6,15%, ou 95,72% do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI).
B. FUNDO DE INVESTIMENTO HSBC ELOSAÚDE
Encerrou 2018 com R$ 1,9 milhões, representando
6,40% do patrimônio da Entidade. O mesmo obteve
rentabilidade de 3,9%, ou seja, 60,67% do CDI.
C. FUNDO DE RESERVA TÉCNICA
O Fundo de Investimento Health Care (exigido pela
ANS) encerrou 2018 com patrimônio de R$ 4,1 mi-
lhões, representando 13,80% do patrimônio da En-
tidade. O mesmo obteve rentabilidade de 5,58%
(86,86% do CDI).
1,90
4,10
23,70
Fundo de Investimento em cotas (BB F. Institucional)
EM MILHÕES (R$)
Fundo de Investimento HSBC ELOSAÚDE
Fundo de reserva técnica
22 Relatório de Administração | 2018
D. RECURSOS DO FAP
O FAP – Fundo de Assistência ao Participante, é um fundo destinado ao subsídio de parte da mensalidade
de um grupo específico de titulares, cujas regras e beneficiários estão documentados no termo de cisão
da ELOSAÚDE.
Este fundo apresentou, ao longo de 2018, uma variação negativa de 6,5%, conforme demonstra o quadro
a seguir:
SALDO EM 31.12.2017
SALDO EM 31.12.2018
Utilização dos recursos do FAP
R$ 25.418.000,00 R$ 23.764.571,53
Esta redução dos recursos é natural, haja vista que o FAP não recebe reposição de recursos e, além disso,
sua utilização é crescente e contínua.
23Relatório de Administração | 2018
PLANEJAMENTO 2019
A. GESTÃO ESTRATÉGICA PARA REDUÇÃO DE CUSTOS
Crescimento em número de beneficiários e cre-
denciados é um fator importante para o sucesso de
uma operadora, entretanto, outros aspectos preci-
sam caminhar em sintonia com esse crescimento.
Em 2019 os grandes desafios estão relacionados à
otimização de recursos e à gestão estratégica para
redução de custos.
Para alcançar esses objetivos a ELOSAÚDE irá imple-
mentar ações de curto, médio e longo prazos, de
modo que os resultados sejam rápidos e sustentá-
veis na linha do tempo.
Desde a fundação da Entidade diversas ações –
como auditorias prévia e de contas, gestão dos con-
tratos com credenciados e melhorias no processo
de autorização prévia – vêm sendo adotadas para
maximizar a entrega de serviços com o menor im-
pacto em custos, além de garantir o melhor uso dos
recursos do plano.
Para 2019 estão planejados:
a1. Gestão de Compras de OPME’s
As assim chamadas “OPME’s” (órteses, próteses e
materiais especiais), que se constituem basicamen-
te em insumos hospitalares de alto custo, podem
representar, em alguns casos, mais de 90% do valor
de uma conta sendo que, na média, esse percentual
gira em torno de 30%.
Atacar, com embasamento técnico-científico e le-
gal, esses grandes ofensores dos custos, tem se
constituído como um dos principais pontos de eco-
nomia das operadoras.
É importante destacar que, quando se fala em eco-
nomia de recursos, não se pretende utilizar quali-
dade e agilidade como moedas de troca. Essas são
prioritárias e devem ser preservadas, pois consti-
tuem as principais entregas da ELOSAÚDE.
E para que esses fatores não sejam impactados,
mais do que comprar adequadamente tais insumos,
o que pretende é uma atuação ampla e multidiscipli-
nar em toda a cadeia, passando pela análise de per-
tinência, quantidades indicadas, medicina baseada
em evidência e cadeia de fornecedores alternativos.
Como empresa de pequeno porte a ELOSAÚDE
consegue atuar somente em parte dessas ativida-
des, por isso, será necessário buscar auxílio especia-
lizado. Neste caso o que está planejado é a contra-
tação de uma empresa parceira, que executa esse
tipo de trabalho para grandes operadoras nacionais.
A parceria com um grande comprador favorecerá o
ganho de escala e a transferência de conhecimento
técnico, de modo que a Associação possa, em curto
prazo, ter resultados financeiros satisfatórios e em
médio a longo prazos ter uma equipe qualificada a
assumir todas as fases do processo.
a2. Mapeamento dos Tratamentos Oncológicos e Medicamentos de Alto Custo
Outro grande ofensor que contribui para o desequi-
líbrio econômico-financeiro das operadoras é repre-
sentado pelos medicamentos oncológicos e de alto
custo.
Ao longo dos últimos cinco anos a evolução do
consumo e dos preços dos medicamentos vem se
constituindo como um importante componente de
custos, que merece ser acompanhado de perto pe-
las operadoras.
Para se ter uma ideia do quanto esse tema mere-
ce acompanhamento, um único beneficiário con-
sumiu mais de R$ 1 milhão em medicamentos, ao
longo de um ano, somente em medicamento de
uso contínuo.
Atuar positivamente no segmento de medicamen-
tos será outra das ações com impactos em curto
prazo.
O objetivo inicial é conhecer profundamente os be-
neficiários em tratamento oncológico ou com uso
24 Relatório de Administração | 2018
constante de outras medicações de alto custo. A
partir desse mapeamento será possível desenvolver
estratégias que vão desde a gestão da compra, até
a centralização do fornecimento em determinado
parceiro que ofereça boas condições comerciais.
Uma vez mais o alvo é o custo. Qualidade dos pro-
dutos e agilidade nos serviços são inegociáveis.
vida, para que o risco de agravamento seja minimi-
zado.
Além da nova abordagem aos crônicos, estão em
fase de planejamento e poderão ser implantados
ainda no primeiro semestre um programa de desos-
pitalização segura e assistida, além da gestão pontu-
al, baseada em casos de internação, dos pacientes
não crônicos.
a4. Atenção Primária à Saúde - APS
Com vistas à obtenção de resultados em longo pra-
zo, outro projeto que está em fase de discussão e
análise é a viabilização de um programa de atenção
primária à saúde – APS.
Os APSs consistem basicamente na centralização
do cuidado, gerenciado por médicos da família e/ou
clínicos gerais, que atuam globalmente em diversos
aspectos da saúde do indivíduo, com enfoque na
prevenção e no cuidado continuado.
Esses profissionais acompanham os pacientes na li-
nha do tempo e, quando necessário, encaminham-
-nos para assistência com especialistas. Mas, mes-
mo nos casos de encaminhamento, após a atuação
do especialista a gestão da saúde do paciente volta
ao médico de origem, o que evita dispersão, repe-
tição de exames desnecessários, interrupções em
tratamentos e, consequentemente, desperdício de
recursos.
As discussões foram iniciadas em 2018 e devem
continuar até o final do primeiro semestre de 2019.
A equipe da ELOSAÚDE que está atuando nesse pro-
jeto pretende apresentar um relatório ao Conselho
Deliberativo até o início de setembro.
B. NOVO SITE
Com a troca e consequente modernização do sis-
tema informatizado de gestão, o site da Instituição
não será ser deixado em segundo plano. O objetivo
é que no primeiro trimestre do ano um novo e mo-
dernizado portal esteja no ar.
O planejamento compreende a produção de con-
teúdo e o desenho completo de um novo site, sem
ajuste ou aproveitamento do atual. O que se espera
é a publicação de um portal mais moderno, bonito,
com interfaces amigáveis e de fácil utilização, que
a3. Evolução do Programa “Sua Saúde”
Os resultados apresentados pelo Programa “Sua
Saúde – Serviços Unificados de Atenção à Saúde”
desde à sua implantação tem sido bastantes favorá-
veis aos beneficiários e compatíveis com as expec-
tativas da Entidade.
Para o ano de 2019 o desafio é potencializar o al-
cance das atividades e dar enfoque nos beneficiá-
rios que já apresentem uma ou mais doenças crôni-
cas, ainda que compensadas.
Com atuação detida nos portadores de doenças
crônicas o que se pretende é criar um ambiente fa-
vorável ao acompanhamento e à gestão preventiva,
com reforço nos bons hábitos e na qualidade de
25Relatório de Administração | 2018
atenda igualmente ao público de aposentados, ati-
vos e seus respectivos dependentes.
Com o novo site, novas funcionalidades também
serão implementadas como, por exemplo, uma área
de FAQs e informações importantes, além de seg-
mentos especiais com dicas de saúde, longevidade
e uso racional dos recursos.
C. APLICATIVO
O MV Soul, novo sistema de gestão informatizada
da ELOSAÚDE, lançado em abril de 2018, trouxe no-
vas e importantes funcionalidades, que pas-
saram a ser disponibilizadas no portal de acesso do
beneficiário.
Essa área, hospedada no site da Entidade, disponibi-
liza acesso a diversas informações, relatórios, itens
cadastrais, de reembolso, além do cartão virtual do
beneficiário.
Para 2019 o objetivo é levar as funcionalidades já
existentes à tecnologia mobile (acesso em telefones
celulares).
O novo site da ELOSAÚDE será construído já con-
siderando essa funcionalidade. Em paralelo a isso
a Entidade espera trazer as funcionalidades da área
de acesso restrito, ao formato mobile, por meio de
aplicativo próprio.
A empresa que fornece o sistema de gestão infor-
matizado já atua nessa ferramenta e o objetivo é
que seja disponibilizado aos beneficiários ainda no
primeiro semestre.
D. DOCUMENTAÇÃO DOS POP’S
Ainda na esteira de reflexos da mudança de sistema
de gestão, outra atividade que demandará tempo,
esforço e investimento dos profissionais da Entidade
será a descrição, aprovação e documentação dos
Procedimentos Operacionais Padrão – POP’s.
Os POPs servem para registrar o “como fazer” de
cada atividade, gerando simetria, segurança e agili-
dade nas entregas diárias e na preparação dos pro-
fissionais para executarem suas tarefas de rotina.
O registro e a documentação dos POP’s devem le-
var todo o ano, além do envolvimento das equipes
e consultores externos.
26 Relatório de Administração | 2018
E. MEG 500 – RUMO À CONCRETIZAÇÃO DA VISÃO DE FUTURO
Em 2018 as energias e força de trabalho da equipe estiveram direcionadas à implantação do sistema de
gestão informatizada. Em 2019, com a ferramenta já implantada e estabilizada, esse mesmo esforço será
concentrado na retomada das ações do MEG – Modelo de Excelência em Gestão.
Embora a excelência seja um exercício diário e constante, já interiorizado como parte do DNA da ELO-
SAÚDE, algumas atividades estruturadas precisam ser retomadas, para que a Entidade evolua e alcance a
pontuação desejada junto à certificadora.
O MEG é capitaneado pelos líderes, contudo, todos os empregados são envolvidos e estimulados a atua-
rem como atores responsáveis diretamente pela excelência almejada e pretendida.
27Relatório de Administração | 2018
www.elosaude.com.br
ELOSAÚDE - Associação de Assistência à Saúde
R. Anita Garibaldi, 77 - Ed. Pirâmide - 2º andar sl. 201 - Centro, Florianópolis/SC - CEP 88010-500
Fone: (048) 3298-5555 - Fax: (48) 3298-5550
Plantão de Atendimento 24 horas para Urgências e Emergências - 0800-739-5555.
ANS – N.º 41729-7
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