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Perdas em Sistemas deAbastecimento de Água
Universidade Mackenzie
Dante Ragazzi Pauli
Presidente – ABES
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental
S. Paulo, fevereiro 2014
Sistema de Abastecimento de Água Processo e Setorização
ReservatórioEstação de
Tratamento de
Água - ETA
Torre
Represa
Reservatório
Torre
Bomba
Setor Zona Alta
Setor Zona Baixa
Setor Zona Alta
Captação
Setor Zona Alta
Bomba
Rede de
Distribuição
Adutora
Rede de
Distribuição
Baixa
Foco: Rede de Distribuição
Entendimento
O entendimento básico do conceito consideraperdas no sistema de abastecimento como:
“A diferença entre o volume de águatratada colocado à disposição da distribuiçãoe o volume medido nos hidrômetros dosconsumidores finais, em um determinadoperíodo de tempo”
As Perdas constituem um dos principaisindicadores de desempenho operacional dasempresas de saneamento em todo mundo
Conceitos Básicos
VP
RedeEstação de
Tratamento de Água
(Vm+u)
Perdas = VP – (Vm+u)
Onde:
VP = Volume de água que entra no sistema
Vm = Volume Micromedido (Faturado)
u = Usos Operacionais, Emergenciais e Sociais
Perdas na Distribuição de Água
Perdas Reais Perdas Aparentes
São perdas físicas de água decorrentes de vazamentos
na rede de distribuição e extravasamentos em
reservatórios
IMPORTANTE
ESTE TIPO DE PERDA IMPACTA A
DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS
SUPERFICIAIS E OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA
São perdas não-físicas, decorrentes de submediçãonos hidrômetros, fraudes e
falhas do cadastro comercial (perdas comerciais)
IMPORTANTE
A ÁGUA É CONSUMIDA, PORÉM NÃO É FATURADA
PELA EMPRESA DE SANEAMENTO
Perdas = Perdas Reais + Perdas Aparentes
Novos Conceitos
Perdas Inevitáveis: nível de perdas a partir
do qual não há mais condições técnicas ou
tecnológicas para se buscar a sua redução
Nível Econômico de Perdas: nível a partir do
qual o custo para recuperar 1m3 é maior do
que o custo para produzir e distribuir 1m3 de
água tratada
NÃO EXISTE “PERDA ZERO” EM SISTEMAS
DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Perdas Reais
Perdas na Distribuição de Água
Perdas = Perdas Reais + Perdas AparentesPerdas = Perdas Reais + Perdas Aparentes
São perdas físicas de água decorrentes de vazamentos na rede de distribuição e
extravasamentos em reservatórios
IMPORTANTE
ESTE TIPO DE PERDA IMPACTA A DISPONIBILIDADE DE RECURSOS HÍDRICOS SUPERFICIAIS E OS CUSTOS DE PRODUÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA TRATADA
Perdas Aparentes
São perdas não-físicas, decorrentes de submedição nos hidrômetros, fraudes e
falhas do cadastro comercial (perdas comerciais)
IMPORTANTE
A ÁGUA É CONSUMIDA, PORÉM NÃO É FATURADA PELA EMPRESA DE SANEAMENTO
Indicadores de Perdas
Qualificam a Eficiência Operacional/Comercial
Percentual
IP =
Volume Perdido x 100 (%)
Volume Produzido
Por Extensão
de Rede IPK = Volume Perdido (m³/Km.ano)
Extensão de Rede
Por Ligação
de Água IPL = Volume Perdido (m³/ligação.ano) Nº Ligações
Comparabilidade entre os Indicadores de Sistemas de Abastecimento Distintos
Questão Importante
Combate às Perdas Reais e Aparentes
Nível Atual dePerdas Reais
Gerenciamentoda Pressão
Gerenciamentoda Infraestrutura:
Qualidade dosmateriais, Instalação,
Manutenção eRenovação
Agilidade e Qualidade
dos Reparos
Pesquisa deVazamentos
Nível Econômico de Perdas
Reais
Reais
mm
Redução da Submedição
Cadastro Comercial Adequado
Combate às Fraudes e Ligações
Clandestinas
Sistema Comercial Adequado
Perdas Reais
Inevitáveis
PerdasAparentesInevitáveis
NívelEconômicode PerdasAparentes
Nível Atual dePerdas Aparentes
Aparentes
Perdas Reais
Vazamentos e Extravasamentos em Reservatórios
Deficiência ou inexistência de automação de unidades de bombeamento e controle de nível de reservatórios;
Falhas estruturais;
Controle operacional ineficiente;
Equipamento de controle de nível inadequado;
Válvulas de descarga defeituosas;
Falta de definição de níveis operacionais.
Perdas Reais
Vazamentos em Adutoras e Redes
Pressões elevadas;
Variação da pressão (intermitências, perdas de carga elevadas etc.)
Transientes hidráulicos;
Má qualidade de materiais dos componentes dos sistemas;
Má qualidade da mão-de-obra utilizada na implantação e manutenção dos sistemas;
Falhas de operação;
Intervenção de terceiros;
Corrosividade da água e do solo;
Intensidade de tráfego;
Inexistência de política de detecção de vazamentos não-visíveis;
Deficiência de projeto;
Outros.
Perdas Reais
Vazamentos em Ramais
Pressões elevadas;
Variação da pressão ou transientes hidráulicos;;
Má qualidade de materiais dos componentes dos sistemas;
Má qualidade da mão-de-obra utilizada na implantação e manutenção dos sistemas;
Inadequação do ferrule ou colar de tomada;
Falhas de operação;
Intervenção de terceiros;
Corrosividade da água e do solo;
Intensidade de tráfego;
Deficiência no reaterro dos ramais;
Outros.
Ações Prioritárias
Redução de Perdas Reais
Controlar a pressão na rede de distribuição –reservatórios/setorização, VRPs, boosters
Substituição de ramais
Substituição seletiva de redes
Pesquisar vazamentos não-visíveis em áreascríticas
Agilidade e qualidade no reparo de vazamentos
Melhoria da infraestrutura da rede (materiaise mão-de-obra)
Detecção de Vazamentos Não-VisíveisSequência de Trabalho
Haste de Escuta(Indicação)
Geofone(Apontamento)
Barra de Perfuração(Confirmação)
Correlacionador de Ruídos
(Apontamento)
Velha, incrustrada
Setor Brooklin - Rua Domingos Fernandes
Nova ou recuperada
Situação das Redes
(Fonte: MCE)
“Anel” de pobrezana Metrópole
Parceria com as Prefeituras para a regularização das áreas
“Uso Social” da Água9,4% dos Volumes
Distribuídos
Uso Social da Água: Contexto na RMSP
Índice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS
Gestão
Elaboração do Diagnóstico por Setor
Definição das Ações Requeridas
Avaliação das Disponibilidades de Recursos
Definição das Ações Priorizadas por Setor e Metas Compatíveis com os Recursos
Implementação e Acompanhamento dos Resultados
Retr
oalim
enta
ção
Indicadores
Ensaios
Mapas Temáticos
Curvas ABC
Custo / Benefício
Orçamentos
Curvas ABC
Custo / Benefício
Prioridades
Relatórios Gerenciais
Registros de Falhas
Custos e Beneficíos
Metodologia Geral
Análises Econômicas
A curto prazo, as ações de gerenciamento depressões, controle ativo de vazamentos e reparo devazamentos são as variáveis a considerar, e geralmentedão retorno positivo
A longo prazo, incluem-se as ações de reabilitação deredes e ramais, que necessitam de análises econômicasmais criteriosas (custos marginais)
Aplicação do sistema de bandas do BIRD pode darindicações aproximadas do nível econômico, assimcomo as propostas da AWWA (para as Perdas Reais)
Índice Econômico de Perdas
Considerações Finais
A Redução de Perdas deve ser uma preocupaçãoconstante das Cias. de Saneamento e uma de suasprioridades;
Não existe perda zero: há a parcela de perdasinevitáveis reais e aparentes;
Fator Inercial: se nada for feito, as perdasaumentam naturalmente;
É importante a aplicação da análise custo-benefíciopara se chegar aos quantitativos das açõesrequeridas;
Deve ser um Programa contínuo e persistente,buscando resultados de curto, médio e longoprazos.
Considerações Finais
A redução das perdas não é um ato isolado, deresponsabilidade de uma área ou de um grupo depessoas, mas sim de cada um e de todos
A participação e envolvimento de todas asáreas, principalmente da Manutenção e Operação,são fator fundamental na redução das perdas
FAZER BEM FEITO É MUITO MAIS BARATO A LONGO PRAZO
Repetindo....
5
10
15
20
25
30
70 75 80 85 90 95 97Ano
Pe
rda
s R
ea
is (
%)
Tokio
Viena
Fontes: Bureau of Water Works – Tokyo Metropolitan Government, 1998
Wiener Wasserwerke
Evolução de Índices de Perdas
Persistência nas ações de combate às perdas Resultados em longo prazo
PLANSAB - MetasMetas para saneamento básico nas macrorregiões e no País (em %)
INDICADOR ANO BRASIL N NE SE S CO
A1. % de domicílios urbanos e rurais abastecidos por rede
de distribuição e por poço ou nascente com canalização
interna¹
2008 91 75 82 97 97 95
2015 93 78 84 98 98 96
2020 94 83 88 99 99 97
2030 98 91 95 100 100 100
A2. % de domicílios urbanos abastecidos por rede de
distribuição e por poço ou nascente com canalização
interna¹
2008 97 87 94 98 98 96
2015 99 95 97 99 99 98
2020 100 100 100 100 100 100
2030 100 100 100 100 100 100
A3. % de domicílios rurais abastecidos por rede de
distribuição e por poço ou nascente com canalização
interna¹
2008 62 37 50 87 89 86
2015 64 38 51 90 91 86
2020 69 42 58 93 94 91
2030 77 50 70 100 100 100
A4. % de análises de coliformes totais na água distribuída
em desacordo com o padrão de potabilidade (Portaria nº
518/04) 2030
2008
²2015
2020
2030
A5. % de economias atingidas por intermitências no
abastecimento de água
2008 31 29 63 18 7 46
2015 29 28 59 17 7 43
2020 27 26 53 16 7 38
2030 18 20 30 10 5 20
A6. % do índice de perdas na distribuição de água
2008 47 56 53 44 44 41
2015 45 54 51 43 42 40
2020 42 49 47 40 39 38
2030 32 35 35 30 30 30
A7. % de serviços de abastecimento de água que cobram
tarifa
2008 94 85 90 95 99 96
2015 96 90 93 97 99 98
2020 97 93 95 100 100 100
2030 100 100 100 100 100 100
¹ Os valores iniciais de 2008 correspondem às informações da série histórica da PNAD no período 2001-2008 ajustada às informações do Censo 2000.
² Para o indicador A4 foi prevista a redução dos valores de 2010 em desconformidade com a Portaria nº 518/2004, do Ministério da saúde, em 10%, 20% e
50% nos anos 2015, 2020, 2030, respectivamente
É Possível Alcançar as Metas?
Reestruturação e Fortalecimento dos Prestadores de Serviços;
Garantia de Recursos Financeiros;
Estudar as Várias Formas de Operar o Saneamento no País (Municípios, Cias. Municipais ou Estaduais, Privados, Consórcios, PPP etc
Adequação de Quadros de Pessoal;
Planejamento e bons projetos;
Foco na operação dos sistemas de água;
Ferramentas de Gestão;
Outros.
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