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Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi
Petróleo e Meio Ambiente
Professora: Raquel Simas Pereira Teixeira
Email: raquelsimasp@gmail.com
Abril de 2012
Estrutura do Curso
Introdução a Impactos Ambientais;
EIA ;
RIMA.
A indústria de Petróleo;
Impactos ambientais na etapa de exploração;
Impactos ambientais na etapa de perfuração;
Impactos ambientais na etapa de refino;
Derramamento de Petróleo;
Acidentes na Indústria de Petróleo;
Objetivo
Fazer com que o aluno tenha uma noção de
impactos ambientais que ocorrem na indústria de
petróleo desde sua prospecção até a distribuição
dos seus derivados
Leis Ambientais
Área de Proteção Ambiental (Lei 6.902, de
27/04/1981);
Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 12/02/1998);
Exploração Mineral (Lei 7.805 de 18/07/1989);
Leis Ambientais
IBAMA (Lei 7.735, de 22/02/1989);
Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938, de
17/01/1981);
Lei do Petróleo (Lei 9.478 de 06/08/1997);
Área de Proteção Ambiental
(Lei 6.902)
Lei que criou as figuras das "Estações Ecológicas” (áreas
representativas de ecossistemas brasileiros, sendo que 90% delas
devem permanecer intocadas e 10% podem sofrer alterações para
fins científicos), e das “Áreas de Proteção Ambiental" (APAs - onde
podem permanecer as propriedades privadas, mas o poder público
pode limitar as atividades econômicas para fins de proteção
ambiental).
Ambas podem ser criadas pela União, Estado, ou Município.
Crimes Ambientais
(Lei 9.605)
A lei criminaliza os atos de pichar edificações urbanas, fabricar ou
soltar balões (pelo risco de provocar incêndios), maltratar as
plantas de ornamentação (prisão de ate um ano).
As multas variam de R$ 50 a R$ 50 milhões.
Crimes Ambientais
(Lei 9.605)
A Lei dos Crimes Ambientais reordena a legislação ambiental
brasileira no que se refere as infrações e punições.
A partir dela, a pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração
ambiental, pode ser penalizada, chegando a liquidação da
empresa, se ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar
um crime ambiental.
Crimes Ambientais
(Lei 9.605)
Por outro lado, a punição pode ser extinta quando se comprovar a
recuperação do dano ambiental e - no caso de penas de prisão de
ate 4 anos - e possível aplicar penas alternativas.
Exploração Mineral
(Lei 7.805)
Esta lei regulamenta a atividade garimpeira.
A permissão da lavra e concedida pelo Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM) a brasileiro ou cooperativa de
garimpeiros autorizada a funcionar como empresa, devendo ser
renovada a cada cinco anos.
E obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida
pelo órgão ambiental competente.
Exploração Mineral
(Lei 7.805)
Os trabalhos de pesquisa ou lavra que causarem danos ao meio
ambiente são passiveis de suspensão, sendo o titular da
autorização de exploração dos minérios responsável pelos danos
ambientais.
A atividade garimpeira executada sem permissão ou licenciamento
e crime.
IBAMA
(Lei 7.735)
Lei que criou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis.
Incorporando a Secretaria Especial do Meio Ambiente (que era
subordinada ao Ministério do Interior) e as agências federais na
área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha.
IBAMA
(Lei 7.735)
Compete executar e fazer executar a política nacional do meio
ambiente, atuando para conservar, fiscalizar, controlar e fomentar o
uso racional dos recursos naturais (hoje subordinada ao Ministério
do Meio Ambiente - MMA).
Política Nacional do Meio Ambiente
(Lei 6.938)
Têm por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País,
condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida
humana.
Política Nacional do Meio Ambiente
(Lei 6.938)
Define que o poluidor é obrigado a indenizar danos ambientais que
causar, independentemente de culpa.
O Ministério Público (Promotor Público) pode propor ações de
responsabilidade civil por danos ao meio ambiente, impondo ao
poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos
causados.
Política Nacional do Meio Ambiente
(Lei 6.938)
Também criou os Estudos e respectivos Relatórios de Impacto
Ambiental (EIA/RIMA), regulamentados em 1986 pela Resolução
001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
CONAMA (Lei 6.938)
E o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, foi instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe
sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo
Decreto 99.274/90.
Política Nacional do Meio Ambiente
(Lei 6.938)
O EIA/RIMA deve ser feito antes da implantação de atividade
econômica que afete significativamente o meio ambiente, como
estrada, indústria, ou aterros sanitários;
Devendo detalhar os impactos positivos e negativos que possam
ocorrer por causa das obras ou apos a instalação do
empreendimento, mostrando ainda como evitar impactos negativos.
Se não for aprovado, o empreendimento não pode ser implantado.
Lei do Petróleo (Lei 9.478)
E a lei que marca a flexibilização do monopólio das atividades
relacionadas a exploração e produção de petróleo e gás natural no
Brasil, ate então pertencente a Petrobrás.
Desta forma, foi concedida as demais empresas da área petrolífera
a possibilidade de atuar em todos os elos da cadeia do petróleo.
Lei do Petróleo (Lei 9.478)
Criou a Agencia Nacional do Petróleo – ANP com a função de
regular, fiscalizar e contratar as atividades econômicas do setor
petrolífero brasileiro.
ANP:
Suas atividades foram iniciadas em 14 de janeiro de 1998.
Esta vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
Licenciamento Ambiental
É uma obrigação legal previa a instalação de qualquer
empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou
degradadora do meio ambiente;
Possui como uma de suas mais expressivas características a
participação social na tomada de decisão, por meio da realização
de Audiências Publicas como parte do processo.
Licenciamento Ambiental
Essa obrigação é compartilhada pelos Órgãos Estaduais de Meio
Ambiente e pelo IBAMA, como partes integrantes do SISNAMA
(Sistema Nacional de Meio Ambiente).
O IBAMA atua, principalmente, no licenciamento de grandes
projetos de infra-estrutura que envolva impactos em mais de um
estado e nas atividades do setor de petróleo e gás na plataforma
continental.
Licenciamento Ambiental
As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental
estão expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA no
001/86 e no 237/97.
Além dessas, o Ministério do Meio Ambiente emitiu recentemente o
Parecer no 312, que discorre sobre a competência estadual e
federal para o licenciamento, tendo como fundamento a
abrangência do impacto.
Impacto Ambiental
Alteração das propriedades: físicas, químicas e biológicas do meio
ambiente, causada por atividades humanas, afetando: a saúde, a
segurança e o bem-estar; as atividades sociais e econômicas; a
biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a
qualidade dos recursos ambientais.
Impacto Ambiental
Positivo ou Benéfico → quando a ação resulta na melhoria da
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;
Negativo ou Adverso → quando a ação resulta em um dano a
qualidade de um fator ou parâmetro ambiental;
Impacto Ambiental
Direto → resultado da simples ação causa e efeito;
Indireto → resultante de uma reação secundária, ou quando e
parte de uma cadeia de reações.
Impacto Ambiental
Local → quando a ação afeta o próprio sitio e suas imediações;
Regional → quando a ação se faz sentir além as imediações do
sitio;
Impacto Ambiental
Estratégico → quando a ação tem relevância no âmbito regional
e nacional;
A médio e longo prazo → quando os efeitos da ação são
verificados posteriormente;
Impacto Ambiental
Temporário → quando o feito da ação tem duração determinada;
Permanente → quando o impacto não pode ser revertido;
Impacto Ambiental
Cíclico → quando os efeitos se manifestam em intervalos de
tempo determinados;
Reversível → quando cessada a ação, o ambiente volta a sua
forma original.
Estudos Ambientais
São todos os estudos relacionados aos aspectos ambientais quanto
a localização, instalação, operação, ampliação de uma atividade.
Visando esses objetivos são feitos:
relatórios ambientais;
plano e projeto de controle ambiental;
relatório ambiental preliminar;
diagnostico ambiental;
plano de manejo;
plano de recuperação de área degradada e
análise preliminar de riscos.
Estudos Ambientais
O principal objetivo e promover o desenvolvimento de ações
ambientais e sociais concretas que contribuam para a formação da
consciência ambiental, para preservação dos recursos naturais
bem como de sua utilização de forma racional, e para a melhoria da
qualidade de vida.
Estudos Ambientais
O passivo ambiental é a responsabilidade ambiental referente a
impactos presentes, que são gerados por certos aspectos de
atividades, produtos ou serviços passados.
O ciclo de vida do produto consiste em estágios consecutivos e
interligados, desde a aquisição da matéria-prima ou geração de
recursos naturais ate a disposição final.
Estudos Ambientais
A crescente consciência de que o sistema de aprovação de projetos
não podia considerar apenas aspectos tecnológicos e de custo-
benefício,excluindo aspectos relevantes como questões culturais e
sociais e a participação de comunidades, inclusive daquelas
diretamente afetadas pelo projeto, levou os EUA a uma legislação
ambiental que culminou com a implantação do sistema de Estudo
de Impacto Ambiental (EIA). Através do PL-91-190: “National
Environmental Policy Act” (NEPA) – Ato Nacional de Política
Ambiental de 1969, que começou a vigorar em 01 de janeiro de
1970.
Estudo de Impactos Ambientais
Esse sistema nasceu para monitorar os conflitos que surgiram entre
manter um ambiente saudável e o tipo de desenvolvimento.
Nasceu da consciência de que era melhor prevenir os impactos
possíveis que seriam induzidos por um projeto de desenvolvimento
do que, depois, procurar corrigir os danos ambientais gerados.
Licenciamento e EIA
Lei Federal 6938/81 e sua regulamentação, estabeleceu ligação
entre o licenciamento ambiental e o estudo de impacto ambiental,
de tal modo que o licenciamento de atividade poluidora depende da
aprovação do RIMA pelo órgão ambiental estadual competente.
EIA - Objetivos
Proteger o ambiente para as futuras gerações;
Garantir a saúde, a segurança e a produtividade do meio-
ambiente, assim como seus aspectos estéticos;
Garantir a maior amplitude possível de usos, benefícios dos
ambientes não degradados, sem riscos ou outras conseqüências
indesejáveis;
Preservar importantes aspectos históricos, culturais e naturais
de nossa herança nacional; manter a diversidade ambiental
EIA - Objetivos
Garantir a qualidade dos recursos renováveis; introduzir a
reciclagem dos recursos não renováveis;
Permitir uma ponderação entre os benefícios de um projeto e
seus custos ambientais, normalmente não computados nos seus
custos econômicos.
EIA - Brasil
A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938/81), instituiu
o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) como um de seus
Instrumentos;
O Decreto 88.351/83 regulamentou esta lei e determinou que o EIA
deveria ser realizado segundo critérios básicos, estabelecidos pelo
CONAMA, o que viria a ocorrer em 1986, através da sua Resolução
001/86.
Relatório de Impacto Ambiental -
RIMA
Documento que consubstancia o conteúdo do EIA de forma clara e
concisa e em linguagem acessível a população, esclarecendo os
impactos negativos e positivos causados pelo empreendimento em
questão.
RIMA
Objetivos e justificativas do projeto e sua relação com políticas
setoriais e planos governamentais.
Descrição e alternativas tecnológicas do projeto ( matéria prima,
fontes de energia, resíduos etc.).
Síntese dos diagnósticos ambientais da área de influência do
projeto.
Descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação da
atividade e dos métodos, técnicas e critérios usados para sua
identificação.
RIMA
Caracterizar a futura qualidade ambiental da área, comparando
as diferentes situações da implementação do projeto, bem como
a possibilidade da não realização do mesmo.
Descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras em
relação aos impactos negativos e o grau de alteração esperado.
Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos
Conclusão e comentários gerais
Sujeito a EIA-RIMA
Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
Ferrovias;
Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
Aeroportos;
Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e
emissários de esgotos sanitários;
Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos;
Extração de combustível fóssil;
Sujeito a EIA-RIMA
Extração de minério;
Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos
tóxicos ou perigosos;
Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte da
energia primaria, acima de 10MW;
Outros.
Encadeamento de Ações no EIA
Deve ser um processo seqüencial, começando com a descrição do
sistema natural, prosseguindo na analise dos efeitos de projetos de
desenvolvimento sobre eles e, finalmente, apresentação de
alternativas e de medidas visando minimizá-los ou mesmo eliminá-
los.
EIA e a Participação Popular
E muito valioso, por contribuir para uma maior informação imparcial
sobre um determinado projeto, permitindo que o publico possa
orientar mais corretamente sua posição em relação ao
empreendimento, Com menos emotividade, sabendo eliminar a
influencia tanto de grupos políticos como de grupos econômicos.
Alternativas ao Projeto
O EIA deve considerar, como um de seus principais aspectos, as
alternativas do projeto (CONAMA 001);
Entre as alternativas deve ser avaliada a de não execução do
projeto;
Devem ser discutidas alternativas regionais (pouco realizado no
Brasil), e ainda, alternativas tecnológicas, de processo, de
disposição final de resíduos, de tratamento de efluentes, de
fontes de energia.
Etapas do Licenciamento
01 → Projeto Conceitual (idéias, localização, expectativa, de mão
de obra e etc.);
02 → Entrada no órgão ambiental pedindo Licença Prévia (LP);
03 → Órgão ambiental prepara Instrução Técnica (IT) para
EIA/RIMA – envia para a empresa;
04 → Empresa prepara o EIA/RIMA – envia para o órgão ambiental;
05 → Aprovação do EIA/RIMA;
06 → Envia o EIA/RIMA para os órgão envolvidos (ex: IBAMA, MP,
OAB, e outros);
07 → Audiência pública e aprovação;
08→ Emissão da Licença Provisório (LP);
Etapas do Licenciamento
09 → Execução do projeto;
10 → Solicitação da Licença de Instalação(LI);
11 → Órgão ambiental emite IT para Analise de Risco (AR);
12 → Empresa prepara a AR;
13 → Órgão ambiental aprova AR e emite a LI;
14 → Inicio do empreendimento;
15 →Envio do projeto “as built” para o órgão ambiental e solicitação
da Licença de Operação (LO).
16 → Emissão da LO;
17 → Inicio da Operação.
Fim!!!
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