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Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Vanessa G. Bello Figueiredo
Profa. Dra. FAU PUC-CAMPINAS
ICOMOS e TICCIH Brasil - Comitê
para Preservação do Patrimônio
Industrial
Consultora FUPAM FAU USP
Ex-Subprefeita de Paranapiacaba
(Santo André-SP)
Planejamento e
Gestão urbana
X
Política de
Preservação
Cultural
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Programa do Curso
1. Notas sobre a evolução do conceito de patrimônio
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
2. Inovações e desafios no campo do patrimônio:
patrimônio imaterial e paisagem cultural
3. Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio
ZEPEC SP ; ZEIPP Santo André ; ZEPPAC Campinas
Questões teórico-conceituais,
Estudos de caso, instrumentos urbanísticos , problematização,
perspectivas e debates
4. Paisagem cultural:
reconhecimento , planejamento, instrumentos e gestão
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Monumento /
sítio histórico
Monumento
Reconhecimento
Patrimônio
Cultural
Paisagem
Cultural
Ampliação e diversidade de valores.
Estáticos: cultural material, natural,
industrial, urbano. Dinâmicos: imaterial.
Dicotomias, categorias, fragmentação.
Infraestrutura urbana, espaços livres.
Edificação isolada, valores estéticos,
artísticos, memoriais, ancianidade
fragmentação, valores estáticos,
visibilidade, tutela e restauro
Conjuntos arquitetônicos e urbanos
(morfologia), valor histórico, científico e
turístico. Valores estáticos,
fragmentação, visibilidade,
homogeneidade, tutela, restauro
Simbiose entre valores, objetivos,
objetos, ações e instrumentos
Sistema dinâmico de valores
Valor de uso
Planejamento territorial integral e
integrado. Gestão compartilhada.
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
POLÊMICA: O adjetivo “cultural” cumpre diversas funções, paradoxalmente
contrapondo-se e complementando as NOÇÕES CLÁSSICAS DE PAISAGEM:
PAISAGEM CULTURAL
1. ABORDAGEM NATURALISTA: reforça a ideia da paisagem criada pelo homem, por
ele percebida ou apropriada culturalmente, refutando, mas suplementando, a
abordagem naturalista que historicamente forjou a noção de “paisagem natural”,
corrente na filosofia clássica e na geografia física.
2. ABORDAGEM RENASCENTISTA: construção pictórica perspectiva que faz também
da natureza (phusis) um de seus elementos primordiais. Noção Ocidental de paisagem
(CAUQUELIN, 1998) .
4. ABORDAGEM ARQUITETURA E URBANISMO:
Paisagem projetada.
3. ABORDAGEM SENSO COMUM:
paisagem como “panorama”,
enfocando sua percepção meramente
visual (raiz renascentista).
Concepção integradora, articulando outras abordagens:
2. ABORDAGEM AMBIENTAL:
preservação de ecossistemas, biodiversidade.
1. ABORDAGEM GEOGRAFIA HUMANA:
integração entre a ação do homem e a natureza (SAUER, 1925)
3. ABORDAGEM ANTROPOLÓGICA:
paisagem com significados imateriais e arquitetura vernacular
(culturas orientais, indígenas e afro-descendentes).
Conceito polissêmico, transdisciplinar, complexo.
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural PAISAGEM CULTURAL
Apropriado da geografia humana, o termo “paisagem cultural”
cunhado por Carl Sauer em 1925 ganha novo contorno ao se
associar à noção de patrimônio nos anos 1990, ao passo que agrega
a este último outros sentidos e, sobretudo, novas
intenções.
1. Esta visão integradora corresponde à UNIFICAÇÃO DAS DIMENSÕES
CULTURAL, NATURAL, MATERIAL E IMATERIAL DO PATRIMÔNIO,
buscando a superação da fragmentação ainda praticada, congregando
suas várias categorias, tipologias, objetos e valores.
2. Dispõe-se a admitir o constante movimento e as relações intrínsecas,
inseparáveis, INTER e TRANSDISCIPLINARES e complementares entre
abordagens de diversas áreas do conhecimento.
3. Percebe suas CORRESPONDÊNCIAS OU MANIFESTAÇÕES NO MEIO
FÍSICO, seja nos objetos móveis, na edificação ou no território (urbano,
rural ou natural).
4. No âmbito da gestão, pressupõe a ação integrada do PLANEJAMENTO
TERRITORIAL com as políticas ambientais e sociais, sobretudo em suas
dimensões culturais, econômicas e políticas.
5. Busca conjugar a política de preservação ao processo DINÂMICO DE
DESENVOLVIMENTO DA CULTURA, DAS SOCIEDADES E SUAS
CIDADES, o que implica necessariamente em não impedir as mudanças,
mas em direcioná-las a favor dos patrimônios e, portanto, trabalhar na
perspectiva da SUSTENTABILIDADE.
NO CAMPO DO PATRIMÔNIO:
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
BRASIL. O DEBATE NACIONAL A Trajetória do IPHAN
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
A preservação cultural hoje, dois modelos de gestão vigentes:
MONUMENTO PATRIMÔNIO CULTURAL
Monumento, tombamento,
tutela do estado e restauro
coleção fragmentada e alegórica de objetos
“monumentalizados”
e “museificados”
Diversidade cultural e de valores, novos
instrumentos, mas desarticulados, busca a
preservação com desenvolv. sustentável.
Contudo, 1. instituiu o princípio do direito difuso; 2.
a função social da propriedade; 3. a preservação do
patrimônio como atribuição do Estado e como
Política Pública.
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Paradigma
Conceito
Características Valores Tipologias Estrutura
Institucional
Fundamentos
Jurídico/LegaL
Instrumentos Participação
social
Monumento
Desafios:
Instituir o
direito difuso, a
função social
da propriedade
e a preservação
(tutela) do
Patrimônio
como
atribuição do
Estado e
Política Pública
Visão cultural
fragmentada,
reducionista,
mono e
multidisciplinar,
técnica e elitista do
patrimônio;
Hierarquia de
valores; Gestão
insular e arbitrária
Objetivos: outorga de
valor, tutela, controle,
conservação e
restauro (BMI ,
móveis,arquitetônico)
visibilidade
Estético
Artístico
Ancianidade
Arqueológico
Histórico
Turístico
(prevalecendo
o estético-
artístico)
Valores
estáticos.
Categorias
separadas:
Edificação
isolada
Conjuntos
arquitetônicos
Conjuntos
urbanos
Bens móveis e
integrados
(BMI)
Insulada
(Insulamento
burocrático)
Centralizadora e
autoritária
Concentração
territorial
Modelo paralelo
de atuação,
aprovação e
fiscalização
Direitos Difusos
Interesse público
Função Social da
propriedade
(cerceamento do
direito de
propriedade/
conservação
material)
Poder
discricionário
Competências
concorrentes
Inst. Conhecimento:
Inventário
Inst. Orientação:
cartas patrimoniais
Inst. Outorga de valor:
Tombamento.
Inst. Divulgação:
publicações
Inst. Financiamento:
Pontual (via projetos)
Inst. Fiscalização
(embora a maioria das
instituições ainda não o
possua)
Participação via
notório-saber:
Conselho
Técnico/Acadêmic
o
Corpo Técnico
Mono e
multidisciplinares
(arquitetura,
história, arte,
arqueologia)
Instituições
técnicas não-
governamentais
(ICOMOS, IUCN)
Patrimônio
Cultural
Desafios:
Incluir a
diversidade
cultural e de
valores,
instituir novos
instrumentos e
buscar a
preservação
com
desenvolv.
sustentável
Visão cultural, social,
econôm., ambiental,
fragmentada e
multidisciplinar.
Diversidade de
valores tratados
separadamente.
Objetivos:
Outorga de valor,
tutela, controle,
conservação e
restauro (arq. móveis
e urbano) visibilidade
Requalificação
urbana.Formação/
Educação/divulgação
Transmissão de
significados-imaterial
Histórico
Estético
Artístico
Ancianidade
Arqueológico
Memorial
Imaterial
Etnográfico
Científico
Tecnológico
Ecológico
paisagístico
Valores
estáticos:
Pat. Material
Valores
dinâmicos:
Pat.Imaterial
Categorias
separadas:
patrim. cultural.
material:
Edificação
Conj. Arq.
Conj. urbanos
BMI
Patrimônio
imaterial,
natural,
industrial,
ferroviário,
paisagem
cultural (como
categoria)
Semi-compartilhada
Insulamento vertical
(União, Estados,
Municípios)
Centralizadora
Compartilhamento
horizontal pontual
(intersetorial
via projetos)
Coordenadora
Extensão territorial
Modelo paralelo de
atuação, aprovação
e fiscalização.
Direitos Difusos
Interesse público
Função Social da
propriedade
(cerceamento do
direito de
propriedade/
conservação
material/
utilização)
Poder vinculado e
discricionário
Competências
concorrentes e
comuns (via
projetos)
Inst. Conhecimento.
Inst. Orientação: cartas
e normas.
Inst. Outorga de valor:
tombamento, registro
Inst. Financiamento:
pontual (via projetos)
Inst. Participação:
audiências públicas,
consulta popular.
Inst. Negociação:
Termo de Cooperação,
Convênios, TAC
Planej. Organizacional:
PES; Plano de Ação.
Inst. Fiscalização
Participação via
notório-saber:
Conselho Técnico/
Acadêmico e
Corpo Técnico
multi-
interdisciplinar
(antropolg.geografi
a, sociologia,
etnografia,
biologia,ecologia)
Instituições
técnicas não-
governamentais
(ICOMOS, IUCN,
entidades de
classe)
Participação social
pontual e
consultiva
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
RENOVAÇÃO URBANA
“Ação que implica a demolição e
substituição das estruturas preexistentes
por um novo padrão urbano, sem se
preocupar com preexistências físicas, nem
sociais. Amplamente utilizada desde o
século XIX, especialmente pela necessidade
de modernização da cidade pré-industrial”
(FIGUEIREDO< 2014, p. 89).
Ação que implica na demolição de edificações
envelhecidas e com problemas de manutenção,
transformação radical do traçado urbano, as
vezes até do ambiente natural, visando a
substituição por um novo padrão urbano, abre
frente para ao capital imobiliário.
NÃO considera o patrimônio
Ex. Obras Haussmann em Paris
Morro do Castelo – RJ. Demolição – construção
Av. Rio Branco. Fonte: Min. Cidades/BNDES
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Projeto Nova Luz – São Paulo. Gentrificação da
população pobre e cracolândia I
Intervenções realizadas no Pelourinho, em Salvador (anos
1980/90), o Projeto Porto Maravilha no Rio de Janeiro.
REVITALIZAÇÃO URBANA
“O principal objetivo é a dinamização da vida
econômica e social de um determinado local
considerado decadente ou degradado. Inclui a
preocupação com as preexistências físicas,
buscando permanências, sobretudo, dos atributos
estético-formais, juntamente com a renovação das
estruturas urbanas obsoletas. Porém, não se
preocupa com as preexistências sociais,
significados, usos tradicionais e apropriações
gerando processos de gentrificação. Estes
projetos, em geral, buscam aumentar a
atratividade ou competitividade de partes da
cidade de interesse do capital imobiliário,
transformando-as em centralidades
monofuncionais, como pólos turísticos ou de
serviços. Termo controverso pois considera-se
que sempre há vida nos espaços urbanos”
(FIGUEIREDO, 2014, P. 89).
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
REQUALIFICAÇÃO URBANA
“também se preocupa com a melhoria e adaptação
de áreas desvalorizadas e com infraestrutura
obsoleta, não necessariamente aquelas de interesse
do capital imobiliário. Volta-se mais especificamente
às operações de intervenção física no tecido urbano
preexistente ou no patrimônio urbano (obras de
restauro arquitetônico, de infraestrutura ou em
espaços livres públicos), adaptando-as a um novo
contexto socioeconômico, mas considerando
também as preexistências sociais. Todavia, são
ações mais pontuais e de curto prazo, não
vinculadas ao planejamento territorial e à
participação social. Algumas obras realizadas no
âmbito do Programa Monumenta ilustram este
procedimento, como as requalificações urbanas de
orlas marítimas e fluviais.”
(FIGUEIREDO, 2014, P. 90)
Hipercentro de Belo Horizonte
Fonte: Min. Cidades/PMBH
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
2004 . Programa Nacional de Reabilitação de Áreas Centrais e Históricas
REABILITAÇÃO URBANA e CONSERVAÇÃO
INTEGRADA
A conservação integrada e a reabilitação urbana, envolvem,
necessariamente, “a conservação do patrimônio arquitetônico
não como objeto marginal, mas como objetivo maior do
planejamento das áreas urbanas” (IPHAN, 2004, p.200).
“Ao contrário da renovação e da revitalização, buscam articular
as abordagens do campo da preservação e do urbanismo,
valorizando a conservação e reutilização dos elementos
preexistentes, considerando seu tecido social, harmonizando-
as aos novos usos, funções e estruturas físicas necessárias,
bem como às ações voltadas à promoção da diversidade
sociocultural, à não-expulsão das populações e atividades
econômicas locais e à manutenção das identidades locais.
Apesar de surgir como uma estratégia de reabilitação de
espaços urbanos antigos, esta abordagem de intervenção tem
sido aplicada pelo Ministério das Cidades às áreas mais novas
e/ou não reconhecidas oficialmente em seu valor patrimonial,
mas que possuam os mesmos problemas, tais como
degradação urbana, edilícia e econômica e conflitos sociais”
(FIGUEIREDO, 2014, p. 90).
Centro Histórico de Bolonha – Itália
Esta nova abordagem ganharia corpo
na Itália, ilustrada pela bem
sucedida e paradigmática
experiência de Conservação
Integrada do Centro Histórico
de Bolonha, cuja metodologia
seria exportada a diversos
países (CASTRIOTA, 2009).
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Atualizando o debate
Monumento
Patrimônio Cultural
Paisagem Cultural
Monumento -visibilidade - entorno
Escola Francesa: hierarquia visual, de inspiração barroco-absolutista,
que busca o objeto monumentalizado como ponto focal 1938
1954
1969
1938
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Atualizando o debate
Monumento/
sítio histórico
Patrimônio Cultural
Paisagem Cultural
Res.17/2007
149 imóveis (níveis 1 e 2)
e áreas envoltórias
7 praças
4 viadutos
20 obras de arte pública
Tombamentos anteriores
Perímetro arqueológico
Somatório de
monumentos,
delimita perímetro, mas
não há politica territorial,
nem intersetorial
Largo São Bento
Largo São Francisco
Pátio do Colégio
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Monumentos e Sítios Históricos:
Contexto dos Tombamentos no Centro de São Paulo - CONPRESP
Res.17/2007.
Centro Velho –
Triângulo
Histórico Sé.
149 imóveis
(níveis 1 e 2),
7 praças,
4 viadutos e 20
obras de arte
pública.
Algumas
edificações já
estavam
tombadas, como o
Mercado
Municipal.
Os outros imóveis
são considerados
área envoltória.
Res. 37/1992.
Vale do
Anhangabaú:
293 imóveis
(níveis 1, 2 3),
9 logradouros
públicos e 258
imóveis em
nível P4
(considerados
“espaço
envoltório”
com
preservação
da volumetria
e gabarito).
Fonte:
PMSP/DPH/
CONPRESP.
Mais de 700 edifícios Centro Velho e Vale do Anhangabaú
são reconhecidos e protegidos legalmente
por tombamentos do COMPRESP
(No Bairro Bela Vista: 17 P1; 8 P2 e 762 P3)
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Atualizando o debate
GESTÃO
ZEPEC BIR: Bens Imóveis
Representativos
ZEPEC APP - Áreas de
Proteção Paisagística : “parques, jardins, praças,
monumentos, viadutos, pontes,
passarelas e formações
naturais significativas”
ZEPEC AUE - Áreas de
Urbanização Especial : “Conjuntos urbanos com
características homogêneas de
traçado viário, vegetação e
índices urbanísticos”
Plano Diretor de São Paulo
ZEPEC não cria diretrizes específicas, remete,
ao tombamento e ao zoneamento
Sobreposições: ZEPECs, ZEIS, ZEPAM, AIU,
OUC. Falta visão integrada e integral
ZEPEC APC - Áreas de
Proteção Cultural : “imóveis
de produção ou fruição cultural
destinados à formação, produção,
exibição pública de conteúdos
culturais e artísticos, como
teatros, cinemas de rua, circos,
centros culturais, residências
artísticas, com significado afetivo,
simbólico e religioso”
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Carta de Veneza, 1964. “Art. 6º. A conservação de um monumento implica a preservação de uma ambiência em sua escala.
Enquanto sua ambiência subsistir, será conservada, e toda nova construção, toda destruição e toda
modificação que possam alterar as relações de volumes e de cores serão proibidas” (IPHAN, 2004).
Equívoco de visão do patrimônio urbano e de cidade “Consagração definitiva do equívoco da transposição das práticas de conservação de
monumentos às áreas urbanas patrimoniais “(SANT’ANNA, 1995). Revela uma visão
fragmentada do patrimônio urbano:
Dicotomia monumento-objeto X entorno:
A defesa incondicional da conservação de uma ambiência na escala volumétrica e cromática
dos monumentos protegidos, ratificando a hierarquia entre o objeto patrimonial e seu entorno,
agora subordinando o ambiente urbano ao monumento (reificando-o) , desvinculada da própria
situação urbana da edificação , (tanto na ocasião do tombamento, quanto em sua implantação
original), impondo uma homogeneidade de conjunto que , no caso do centro de São Paulo,
nunca houve.
d Anos 20
Anos 50
Anos 40
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Equívoco de Estratégia
Urbanística
ZEPEC não cria
diretrizes específicas,
remete, ora ao
Tombamento , ora ao
Zoneamento
(que proibe usos NR3:
Universidades,
correio, serviços
sócio culturais, lazer ,
educação c/ mais de
2500 m2, hotel)
Diversas
Sobreposições
ZEPECs, ZEIS
ZEPAM
Falta de visão
interdisciplinar, e de
ação intersetorial,
gerando uma politica
territorial
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Equívoco de Estratégia
Urbanística
Diversas
sobreposições
AIU. Áreas de
Intervenção Urbana
Novamente, a
preservação do
patrimônio não
integra as finalidades
das AIUs. Certamente
porque intervenção
urbana e preservação
ainda estejam
caminhando em
direções opostas.
Os tombamentos
limitam gabarito, mas
a norma urbanística
incentiva
Outorga Onerosa:
PD – CA: 4,0
OUC: 12,0 (hotéis)
12 a 15, transf. 40%
Acima de 15 = 20%
Mapa do Desenvolvimento Urbano
Projetos Estratégicos
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
ZEPEC – Instrumentos previstos:
1. Transferência de Potencial Construtivo
. apenas ZEPEC BIR e
às edificações particulares
. todavia já estava previsto em lei
municipal (Lei 9.725/84).
. Não cria mecanismos de assegurar que o
recurso seja investido no patrimônio, o
instrumento é pensado apenas dentro da
lógica da compensação econômica
2. Isenção de IPTU para imóveis tombados
com bom estado de conservação
(NÃO regulamentado)
3. Utilização compulsória e IPTU
progressivo: Punições para imóveis em
degradação, sobretudo os vazios ou
subutilizados, em regulamentação
4. Aplica benefícios concedidos
pelo Programa de Incentivos
Seletivos na área central
(lei 13.496/03).
5. Isenção de IPTU para pessoas
físicas ou jurídicas que
patrocinarem obras de
recuperação ou restauro de imóvel
enquadrado como ZEPEC/BIR
(art.121), entretanto,
contraditoriamente, esta norma
não se aplica aos distritos da Sé e
República (art.123).
6. Proibição da outorga onerosa
em ZEPEC (art. 211, PDE)
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
ZEPECS DE SÃO PAULO
Concepção de Patrimônio:
1. Embasadas ainda no conceito de monumento e numa visão fragmentada do patrimônio
urbano e da cidade;
2. Reproduz contradições e equívocos clássicos das políticas de preservação do
patrimônio, sobretudo suas dicotomias entre a arquitetura e o urbano, entre a política de
preservação e desenvolvimento socioeconômico;
Instrumento Urbanístico:
1. Não compreende a natureza urbanística do instrumento, ou seja, não se aplica ao
território reconhecendo e disciplinando suas especificidades;
2. Não estabelece diretrizes específicas, remetendo-as ora ao zoneamento, ora ao próprio
tombamento, tornando as ZEPECs inócuas (apenas uma nomenclatura);
3. Não articula as zonas especiais à dinâmica urbana da cidade. Nenhuma proposta que
pretenda a reabilitação do centro poderá dispor do enfrentamento da questão da
reabilitação do patrimônio cultural, compreendido para além da normativa e recuperação
do casco edificado, mas em seu sentido mais profundo, articulando sua significância
imaterial, sua recuperação econômica e sua reinserção urbana ao projeto de cidade e de
cidadania que se pretende, impreterivelmente ligado a uma concepção integrada de
planejamento territorial, onde a preservação e o desenvolvimento deverão estabelecer
parceria e não concorrência.
Na contra-mão de abordagens mais atuais como a de PAISAGEM CULTURAL
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural Monumento, Sitio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Atualizando o debate
Patrimônio Cultural
Somam-se aspectos
da cultura imaterial e
requalificações
urbanas
Virada Cultural
Jornada do
Patrimônio 2015
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
1938 1954 1969
Atualizando o debate
Monumento
Patrimônio Cultural
Paisagem Cultural
2005
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Inspirações a um novo paradigma:
a gestão sustentável da paisagem cultural complexa
A paisagem cultural como conceito, NÃO como categoria de patrimônio
A categorização fragmenta e reduz a abordagem proposta pelo próprio conceito,
resultando, consequentemente, em ações fragmentadas, desarticuladas,
antitéticas e/ou pontuais de preservação e gestão.
Transportados à nossa reflexão, propõe-se que a
gestão sustentável da paisagem cultural seja
empreendida no nível de sua
TOTALIDADE COMPLEXA: SISTÊMICA,
INTERDEPENDENTE, ABERTA, DINÂMICA,
SIMBÓLICA, CONTRADITÓRIA E AMBÍGUA.
ao invés do nível dos elementos
FRACIONADOS, FECHADOS,
SIMPLIFICADOS, ESTÁTICOS,
HIERÁRQUICOS E ALEGÓRICOS,
conforme pratica o paradigma
reducionista imperativo
(MONUMENTO).
PROBLEMA EPISTEMOLÓGICO
Alinhamento às formulações da teoria da complexidade (MORIN, 2000; 2005; 2007), apontando para uma epistemologia
mais ampliada da realidade social em que se constrói o patrimônio.
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
2. Não se trata da dissolução do
pensamento cartesiano em uma
unidade holística complexa.
O pensamento complexo não é contra
as disciplinas. Abre a disciplina a
outros campos, a outros diálogos, a
outras conexões, à
TRANSDISCIPLINARIDADE
(MORIN, 2005).
3. Não se trata de reduzir forças e
intenções antitéticas a um processo de
pacificação ou cooptação (como refuta
Harvey, 2005), ainda que existam, mas de
SUPERAR A SIMPLES DIALÉTICA DA
OPOSIÇÃO POR MEIO DA CONSTRUÇÃO
DE UM AMBIENTE DE CONVIVÊNCIA E
NEGOCIAÇÃO = DIALÓGICA.
COMPLEXIDADE [...] é fruto de um esforço em articular saberes
dispersos, diversos e adversos [...] não é uma
receita, é apenas um convite para a civilização
das ideias.
O pensamento complexo é a união entre a
simplicidade e a complexidade. Isso implica
processos como selecionar, hierarquizar,
separar, reduzir e globalizar. Trata-se de
articular o que está dissociado e distinguido e
de distinguir o que está indissociado. (MORIN,
2002)
Esclarecimentos e ressalvas
1. Não se trata de mais um modelo
explicativo da realidade,
mas PERCEPTIVO E
INTERPRETATIVO.
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
1. A abordagem da paisagem cultural se aplica a tudo? Se a
concebermos como categoria de patrimônio, não. Mas como
conceito, sim. Esta abordagem conceitual rompe os limites
cartesianos impostos pela segmentação ainda presente na
forma de conceber, pensar e gerenciar o patrimônio e o
território.
Paisagem Cultural - Aplicabilidade
2. Tudo é paisagem cultural? Assim como toda cidade é
histórica e todo centro é histórico, toda paisagem é cultural.
A questão que se coloca é de outra ordem :
o que é patrimônio a ser preservado dentro da concepção de
monumento, de cidade histórica, de patrimônio imaterial, de
patrimônio natural ou de paisagem cultural?
Há diferenças substanciais no olhar, no reconhecimento de
valores , na seleção e, por conseguinte, na forma de
preservação e gestão destes bens.
3. Aplica-se a diversas escalas territoriais? Certamente,
da escala intraurbana à regional.
4. É coerente demarcar áreas envoltória dentro e fora das
paisagens culturais? Não. Esta ação é, simultaneamente,
fragmentada e fragmentadora, criando hierarquias,
homogeneidades, monumentalizando patrimônios
selecionandos e tratando a paisagem como moldura, cenário,
operando apenas na dimensão visual.
Dicotomia: Monumento-entorno.
Esta abordagem objetiva o tratamento do
patrimônio das cidades de maneira integral e
integrada, para além do campo disciplinar do
patrimônio, envolvendo toda sua
complexidade, relacionando suas dimensões
culturais materiais, imateriais e naturais às
politicas de planejamento, desenvolvimento e
gestão territoriais.
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Atualizando o debate
Reconhecimento
e Gestão
Equívoco
da ideia de
área envoltória
Não se aplica à
paisagens
culturais
Definição de métodos e critérios para diferenciação de
territórios / paisagens, compreendendo seus atributos
como patrimônio e funcionalidades urbano-ambientais
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural Paranapiacaba. Santo André. SP. Brasil
Gestão Sustentável da Paisagem Cultural
Tombamentos
Estadual CONDEPHAAT 1987
Federal IPHAN 2002
Municipal 2003
Lista Indicativa brasileira ao
Patrimônio da Humanidade Unesco
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Paranapiacaba
Descentralização administrativa
Planejamento territorial integrado
Conservação Ambiental UC - SNUC
Preservação cultural
Turismo Comunitário
Desenvolvimento socioeconômico
Participação cidadã
Planejamento organizacional (PES)
ZEIPP. Lei 9018/2007
Zona Especial de Interesse do Patrimônio
Participação qualificada
Comissão da ZEIPP
Biomapa
Paisagem Cultural, Gestão em PARANAPIACABA
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural Paisagem Cultural, Gestão em PARANAPIACABA
Paranapiacaba
Planejamento
territorial
integrado
Incentivos à
conservação
do patrimônio
material
ZEIPP. Lei 9018/2007
Incentivos:
Assessoria técnica
gratuita
Descontos em
aluguéis para
benfeitorias nos
imóveis
Manutenção:
Vistorias,
autorizações e
fiscalização
Retirada de Anexos
irregulares (49)
Zoneamento: controle de predominância de usos
por estoque (total = 50% residencial)
Preservação da relação de cheios e vazios
característica da Vila Nova (planejada)
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Paranapiacaba Conservação ambiental
Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo - UNESCO
Formação de 50 monitores ambientais, Programa de Jovens
Fórum de Monitores, Projeto Amigos do Parque Nascentes,
Plano de Manejo, Atlas do Parque, fiscalização
Paisagem Cultural, Gestão em Paranapiacaba
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Paranapiacaba Turismo Comunitário
Desenvolvimento socioeconômico
20 anos de abandono, 61% desemprego
16% vinculo com ferroviários
Endógeno - Turismo “pro-poor”,
envolvendo mais do que apenas o foco na
comunidade, mas em mecanismos que
desbravem oportunidades para os mais
pobres (REZENDE, 2012).
Segmentos: turismo cultural, ecoturismo,
turismo pedagógico, bem –estar, aventura
Etapas:
1. Implantação 2001-2004
2. Qualificação 2005-2008
3. Formalização 2008- (não terminado)
1. Programa Portas Abertas, Fog &
fogão, Bed & Breakfast, Atelier-residência
Incentivos à participação no Turismo –
Descontos até 70% em aluguéis
2. PQST – Programa de Qualificação dos
Serviços Turísticos
Desemprego caiu para 16% em 2008
2002 - 41 mil 2008 - 250 mil
Fomento ao
associativismo
e cooperativismo
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural Paranapiacaba
Turismo Comunitário
Desenvolvimento socioeconômico
Calendário de Eventos:
Festas Tradicionais
(carnaval, festa junina,
padroeiro, natal)
Festival de Cinema
Projeto SOM na SERRA
Semana do Bem Estar
Festival Gatronômico do Cambuci
Convenção de Bruxas
e Magos. Ritual da Sexta 13
Semana do Ferroviário
Ferreomodelismo
Carnaval
Festival de
Inverno
Retiro de yoga
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural Paisagem Cultural, Gestão em Paranapiacaba
Paranapiacaba Circuito
Museológico
Inventário Tipologias
Banco de materiais
Banco de dados digital
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Paranapiacaba
1. Criação de estrutura de gestão descentralizada e integrada, com autonomia administrativa e
orçamentária, voltada às especificidades locais do território, perto da população (agilidade,
transparência, pertencimento, identidade, confiança)
2. implantação de um sistema permanente de planejamento e avaliação (PES).
3. da integração horizontal das políticas setoriais - inter e transdisciplinaridade.
4. implementação de um sistema de participação qualificada, deliberativa e corresponsável.
5. utilização dos recursos naturais e culturais de forma sustentável, a favor dos desenvolvimentos
social e econômico local.
6. política de inclusão social via turismo estrategicamente desenvolvida em etapas, respeitando cada
momento de compreensão e condições socioeconômicas da comunidade.
7. importância do tripé: planejamento, educação e fiscalização.
8. a gestão do patrimônio cultural requer muito mais que ações voltadas à conservação de edificações
9. importância desta articulação vertical das instituições responsáveis pelas políticas públicas.
10. capacidade empreendedora, articuladora e mediadora do poder local.
Legados e lições à gestão pública:
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
“Tudo que não se regenera,
degenera”.
Edgar Morin (2002)
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Princípios:
1. Integração transdisciplinar – diálogo dos saberes
2. Ética da outridade
3. Participação matricial e cidadã
4. Circularidade e Regeneração
5. Território como arena
6. Conjugação de instrumentos
7. Compartilhamento intersetorial e interinstitucional
Uma proposta para a gestão sustentável:
princípios, método, estruturas e instrumentos
Comitês Gestores
Matriciais
Tudo que não se regenera, degenera. Morin (2002)
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Uma proposta para a gestão sustentável:
princípios, método, estruturas e instrumentos
SNPC – SISTEMA NACIONAL DA PRESERVAÇÃO CULTURAL Paisagem cultural; Comitês Gestores Matriciais – Gestão territorial e
organizacional participativa; Compartilhamento Burocrático
Marco regulatório – Novo pacto federativo pela preservação cultural
FAU USP / PMSP - Programa de Residência em Arquitetura e Urbanismo 2015/2016
Planejamento e Gestão Urbana
INTEGRAÇÃO À POLÍTICA URBANA Planos Diretores, LUOPs,
Planos Regionais,
Planos Locais , Planos de bairro
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Paradigma
Conceito
Características Valores Tipologias Estrutura
Institucional
Fundamentos
Jurídico/LegaL
Instrumentos Participação
social
Paisagem
Cultural
Complexa
Desafios:
Abordar o
patrimônio
dentro de seu
sistema
complexo
territorial,
buscando a
simbiose entre
valores,
objetos,
objetivos,
ações e
instrumentos,
bem como a
constituição de
um Sistema
Sustentável de
Gestão,
baseado na:
integração;
ética da
outridade;
participação
matricial e
cidadã;
circularidade e
regeneração e
Compartilham.
intersetorial e
interinstituc.
Visão holística,
complexa, cultural,
social, econômica,
política, inter e
transdisciplinar e
territorial do
patrimônio.
Simbiose entre os
diversos valores e
ações de
preservação
Objetivos:
Orientação,
coordenação,
emancipação.
Preservação com
desenvolvimento
sustentáveis
(cultural, social,
econômica,
ambiental, política)
associada ao
planejamento
territorial.
Intervenções: da
manutenção ao
restauro e
reabilitação Urbana
Formação/
educação/
divulgação
Histórico
Artístico
Estético
Ancianidade
Memorial
Imaterial
Etnográfico
Científico
Tecnológico
Ecológico
Uso
Significados
mutáveis
Sistema
dinâmico
de valores
Não separa
em categorias,
busca a
simbiose entre
as partes e o
todo:
cultural,
natural,
material
e imaterial.
Paisagem,
Território,
sociedade
e Cultura
(significados e
espacialidade)
.
Compartilhamento
burocrático
estrutural
Vertical e
horizontal
Atuação territorial
por escalas, sem
hierarquia de
valores:
nacional, regional
e local
Modelos
compartilhados
estruturalmente
(atuação,
aprovação e
fiscalização):
circular,
hierarquizado
ou misto
Direitos Difusos
Interesse
público
Função Social
da Propriedade
(cerceamento
do direito de
propriedade,
conservação/
preservação e
utilização/
apropriação)
Poder
discricionário e
vinculado
Competências
comuns e
compartilhadas
Inst. Conhecimento
Inst. Outorga de valor:
Tombamento, registro,
chancela
Inst. Orientação:
cartas patrimoniais,
normas.
Inst. Financiamento
Inst. Participação:
comitê gestor
matricial, conselhos,
assembléias,
consultas, audiências
públicas.
Inst. Planejamento
organizacional: PES
Inst. Planejamento
territorial:
Inst. Urbanísticos-
plano diretor, zonas
especiais, etc;
Inst. Ambientais- UC,
ZEIA, APA, APP, Plano
de Manejo , etc;
Planos Integrados de
Preservação e
Desenvolvimento
Sustentável (cultural,
social, econômico,
ambiental)
Inst. Negociação.
Inst. Fiscalização.
Inst. Avaliação.
Comitês Gestores
Matriciais
transdisciplinares,
técnico-
acadêmico
sociedade e
classe política
(diálogo dos
saberes)
Conselhos de
Outorga
Corpo Técnico
interdisciplinar e
integrado
Instituições
técnicas
e populares não-
governamentais
Participação
Cidadã consultiva,
negociativa,
deliberativa e
co-responsável
(direitos e
deveres)
Monumento, Sítio Histórico, Patrimônio Cultural, Paisagem Cultural
Vanessa G. Bello Figueiredo
Profa. Dra. FAU PUC-CAMPINAS
ICOMOS Brasil,
TICCIH – Preservação do
Patrimônio Industrial ,
Consultora da FUPAM
Ex-Subprefeita de Paranapiacaba
Santo André-SP
Obrigada !
FAU USP / PMSP
Programa de Residência
em Arquitetura e
Urbanismo 2015/2016
Planejamento e
Gestão Urbana
Políticas Integradas com a
preservação cultural
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