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Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e
Infrações Conexas
Relatório anual
2016
Serviço de Auditoria Interna
Fernandina Oliveira
Setembro – 2017
1
ÍÍÍÍndicendicendicendice
Abreviaturas ................................................................................................................................................ 2
Introdução ................................................................................................................................................... 3
Caracterização da ULSM ............................................................................................................................. 4
Visão ........................................................................................................................................................ 4
Missão ...................................................................................................................................................... 4
Atribuições .............................................................................................................................................. 4
Valores fundamentais ............................................................................................................................. 5
Organograma .......................................................................................................................................... 6
Identificação dos responsáveis .................................................................................................................... 9
Controlo interno ........................................................................................................................................ 10
Monitorização do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas .................................. 12
Contratação Pública .............................................................................................................................. 12
Recursos Humanos ............................................................................................................................... 13
Sistemas de Informação ........................................................................................................................ 13
Gestão Financeira ................................................................................................................................. 14
Gestão de conflito de interesses ........................................................................................................... 16
Conclusão ................................................................................................................................................... 19
2
AAAAbreviaturasbreviaturasbreviaturasbreviaturas
ACESACESACESACES – Agrupamento de Centos de Saúde
ACESACESACESACESMMMM – Agrupamento de Centos de Saúde de Matosinhos
ACSSACSSACSSACSS – Administração Central do Sistema de Saúde, I.P.
ARSARSARSARS – Administração Regional de Saúde do Norte, I.P.
CACACACA – Conselho de Administração
CCACCACCACCA – Conselho Coordenador da Avaliação
CPCCPCCPCCPC – Conselho de Prevenção da Corrupção
DFPCGDFPCGDFPCGDFPCG – Departamento Financeiro – Planeamento e Controlo de Gestão
DGRHGDDGRHGDDGRHGDDGRHGD – Departamento de Gestão de Recursos Humanos e Gestão Documental
GRIECGRIECGRIECGRIEC - Gabinete para as Relações Internacionais Europeias e de Cooperação
PCGPCGPCGPCG – Planeamento e Controlo de Gestão
SADSADSADSAD – Serviço de Admissão de Doentes
SCSCSCSC – Serviço de Compras
SLSLSLSL – Serviço de Logística
SI SI SI SI – Serviço de Informática
SIESIESIESIE – Serviço de Instalações e Equipamentos
TCTCTCTC – Tribunal de Contas
ULSMULSMULSMULSM – Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E.
3
IIIIntroduçãontroduçãontroduçãontrodução
De acordo com o preconizado na recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção, de 1 de Junho
de 2009, a ULSM elaborou o Plano de Gestão de Risco de Corrupção e Infrações Conexas.
O plano identifica os riscos de corrupção e infrações conexas, bem como, os controlos implementados
e/ou a implementar que mitiguem os riscos, minimizando a probabilidade de ocorrência e o impacto
que tais riscos podem ter na prossecução dos objetivos institucionais.
As áreas de maior risco de corrupção e infrações conexas identificadas no plano são: a contratação
pública, os recursos humanos, os sistemas de informação e a gestão financeira.
Para essas áreas foi efetuado o levantamento dos riscos de corrupção e infrações conexas, bem como os
controlos implementados. O risco foi graduado em função da probabilidade de ocorrência e avaliado
quanto a risco inerente e risco residual.
Em 2013, e tendo em consideração a recomendação nº 5/2012 do Conselho de Prevenção da Corrupção,
a gestão dos riscos inerentes aos conflitos de interesses foi integrada no PGRCIC, embora nos planos
dos anos anteriores parte desses riscos já estavam identificados e mitigados.
Em consequência da referida recomendação, em 2013 o Conselho de Administração aprovou a política
de conflitos de interesses que identifica os possíveis conflitos de interesses e apresenta medidas
consideradas razoáveis e adequadas à dimensão da ULSM.
Os instrumentos normativos que abordam o tema dos conflitos de interesses têm por base a salvaguarda
de princípios como a legalidade, a justiça, a imparcialidade, a integridade, a lealdade, a confiança e a
ética, princípios estes já explanados no Código de Ética da ULSM.
A responsabilidade da implementação e da execução do plano de gestão de riscos de corrupção e
infrações conexas é da chefia do Departamento/Serviço/Unidade na parte respetiva.
Tendo presente a dinâmica da ULSM, anualmente os responsáveis são convidados a refletir sobre os
controlos implementados para aferirem da sua eficácia, a identificar oportunidades de melhoria e assim,
fazerem as alterações que entendam adequadas.
O Serviço de Auditoria Interna efetua o controlo anual do plano no sentido de verificar a sua
implementação e aplicação. O relatório elaborado é remetido pelo Conselho de Administração ao
Conselho de Prevenção da Corrupção, bem como aos órgãos de superintendência, tutela e controlo.
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CaracterizaçãoCaracterizaçãoCaracterizaçãoCaracterização da ULSMda ULSMda ULSMda ULSM
A ULSM foi a primeira Unidade Local de Saúde a ser criada, isto em Junho de 1999. Em 2005, pelo
Decreto-Lei nº 233/2005, de 29 de Dezembro, é transformada em entidade pública empresarial. O
mesmo diploma, aletrado e republicado pelo Decreto-Lei nº 12/2015, de 26 de janeiro, aprova os seus
Estatutos.
Integrada no Serviço Nacional de Saúde, a ULSM tem por objeto principal a prestação integrada de
cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados à população, designadamente aos beneficiários
do Serviço Nacional de Saúde e aos beneficiários dos subsistemas de saúde ou de entidades externas que
com ela contratualizem a prestação de cuidados de saúde.
A ULSM, também tem por objetivo, assegurar as atividades de serviços operativos de saúde pública e os
meios necessários ao exercício das competências da autoridade de saúde na área geográfica por ela
abrangida, desenvolver atividades de investigação, formação e ensino, sendo a sua participação na
formação de profissionais de saúde dependente da respetiva capacidade formativa, podendo ser objeto
de contratos – programa em que se definam as respetivas formas de financiamento, e prestar serviços a
cidadãos estrangeiros não residentes no âmbito da legislação nacional e internacional em vigor.
VisãoVisãoVisãoVisão
A visão da ULSM é a excelência na prestação de cuidados de saúde integrados, assumindo-se como
modelo de referência para outros prestadores de cuidados de saúde.
MissãoMissãoMissãoMissão
A missão da ULSM é identificar as necessidades em saúde da população da sua área de influência. Tem
como objetivo prestar um serviço global, integrado e personalizado, com acesso em tempo útil, de
excelência técnica e científica ao longo do ciclo vital, criando um sentido de vinculação e confiança nos
colaboradores e nos clientes.
AtribuiçõesAtribuiçõesAtribuiçõesAtribuições
A ULSM tem como atribuições a prestação de cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados
à população do concelho de Matosinhos, assegurar as atividades de saúde pública e os meios necessários
ao exercício das competências da autoridade de saúde na área geográfica por ela abrangida e participar
no processo de formação pré e pós-graduada de profissionais do sector, mediante a celebração de acordos
com as entidades competentes.
5
Valores fundValores fundValores fundValores fundamentaisamentaisamentaisamentais
São valores fundamentais da ULSM:
• Valor primordial da vida e dignidade da pessoa humana;
• Atitude de serviço;
• Competência;
• Eficiência;
• Equidade;
• Acessibilidade;
• Integridade;
• Qualidade;
• Responsabilidade.
A ULSM tem um Código de Ética, que se aplica a todos os profissionais independentemente do vínculo
contratual, e que pretende ser um guia orientador na prossecução dos objetivos da instituição.
O Código de Ética divide-se em duas partes: na primeira parte apresenta os valores fundamentais da
instituição e na segunda parte, o Código de Conduta, elenca os princípios pelos quais se regem todos os
profissionais da ULSM.
O Código de Conduta explana os princípios basilares de atuação dos profissionais, nomeadamente no
que respeita a:
• Recursos humanos;
• Formação e investigação;
• Sigilo profissional;
• Relações interpessoais;
• Responsabilidade social;
• Relações externas;
• Serviço público;
• Relacionamento com as entidades reguladoras;
• Legalidade;
• Conflito de interesses;
• Património;
• Compromisso ambiental.
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OrganogramaOrganogramaOrganogramaOrganograma
A estrutura organizacional da ULSM é constituída pelos Órgãos Sociais, Comissões, Serviço de Auditoria
Interna e níveis de gestão intermédia, cuja composição e competências estão definidas em regulamento
interno.
Os órgãos sociais da ULSM definidos nos Estatutos e no Regulamento interno são:
• O Conselho de Administração;
• O Fiscal único;
• O Conselho Consultivo.
O CA é, ainda, coadjuvado por comissões técnicas.
Ao Serviço de Auditoria Interna compete a avaliação dos processos de controlo interno e de gestão de
riscos, nos domínios contabilístico, financeiro, operacional, informático e de recursos humanos,
contribuindo para o seu aperfeiçoamento contínuo.
Ao Serviço de Auditoria Interna, ainda:
• Fornecer ao Conselho de Administração análises e recomendações sobre as atividades revistas
para melhoria do funcionamento dos serviços;
• Receber as comunicações de irregularidades sobre a organização e funcionamento da ULSM
apresentadas pelos demais órgãos estatutários, trabalhadores, colaboradores, utentes e cidadãos
em geral;
• Elaborar o plano anual de auditoria interna;
• Elaborar anualmente um relatório sobre a atividade desenvolvida, em que se refiram os
controlos efetuados, as anomalias detetadas e as medidas corretivas a adotar.
Conforme o previsto no regulamento interno, na ULSM as áreas de atuação estão organizadas em
Departamentos/Serviços/Unidades, articulados de forma a proporcionarem cuidados de saúde centrados
nas necessidades específicas dos utentes, assim como a promoção da integração e continuidade de
cuidados. Esta organização é, sempre que possível, por via de conselhos de gestão pluridisciplinares. As
áreas referidas são:
• ACES de Matosinhos;
• Área clínica hospitalar;
• Área de cuidados continuados;
• Área de suporte à prestação de cuidados;
• Área de gestão e logística.
Esta última área inclui unidades funcionais de estrutura corporativa que beneficiam toda a ULSM, das
quais se destacam:
• Departamento de Gestão de Recursos Humanos e Gestão Documental;
• Departamento de Operações e Logística;
• Departamento de Organização e Sistemas de Informação;
7
• Departamento Financeiro e Controlo de Gestão;
• Departamento de Formação e Investigação;
• Gabinete de Contratualização;
• Gabinete de Saúde Ocupacional;
• Gabinete de Codificação;
• Gabinete de Higiene e Segurança;
• Gabinete de Comunicação e Relações Públicas;
• Gabinete Jurídico;
• Gabinete da Qualidade;
• Gabinete do Utente.
O ACES de Matosinhos integra os Centros de Saúde, estes por sua vez são constituídos por Unidades de
Saúde Familiar, Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados e Unidades de Cuidados na
Comunidade. Ainda integradas no agrupamento de centros de saúde, estão a Unidade de Saúde Pública,
que integra a Sanidade de Fronteiras, a Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados, o Centro de
Diagnóstico Pneumológico e o Serviço de Atendimento a Situações Urgentes.
8
9
Identificação dos responsáveisIdentificação dos responsáveisIdentificação dos responsáveisIdentificação dos responsáveis
Aos responsáveis dos serviços compete a identificação e avaliação dos riscos inerentes à sua atividade, assim
como o desenho dos controlos adequadas à sua mitigação.
A identificação dos riscos é fundamental para avaliar a exposição da organização ao elemento incerteza.
Esta avaliação exigiu, e exige, um levantamento exaustivo dos processos identificados como sendo de maior
risco.
Os profissionais são encorajados a refletir sobre os procedimentos instituídos por forma a, sempre que
entenderem pertinente, apresentarem aos seus superiores hierárquicos propostas de melhoria dos controlos
existentes para os riscos inerentes à sua área de atuação.
O Conselho de Administração é o órgão máximo com responsabilidades de gestão de risco. No entanto,
cabe ao responsável de cada um dos Departamentos/Serviços/Unidades o levantamento dos riscos e a
implementação de sistemas de controlo adequados e, sempre que ocorram novos eventos, rever os riscos e
respetivos controlos.
A responsabilidade da implementação e da execução do plano de gestão de riscos de corrupção e infrações
conexas é do Dirigente do Departamento/Serviço/Unidade, na parte respetiva.
O Auditor Interno apoia os vários Departamentos/Serviços/Unidades no desenho de processos de gestão de
risco e controlos e avalia a sua eficácia.
Presidente Dr. Victor Herdeiro
Vogal Dra. Beatriz Duarte
Vogal Dra. Teresa Fernandes
Diretor Clínico Prof. Doutor Taveira Gomes
Enfermeira Diretora Enfa. Margarida Filipe
Conselho de Administração
Dr. Serafim
Carvalho
Dra. Georgina
Correia
Dr. Manuel
Costa
Serviço de
Gestão
Financeira
Serviço de
Planeamento
e Controlo de
Gestão
Dra. Susana
Cardoso
Dra. Lurdes
Santos
Dr. José
Castanheira
Dr. Nuno
Antunes
Serviço de
Gestão de
Recursos
Humanos
Serviço de
Compras
Serviço de
Logística
Serviço de
Instalações e
Equipamentos
Serviço de
Tecnologia de
Informação e
Comunicação
10
Controlo internoControlo internoControlo internoControlo interno
O sistema de controlo interno compreende o conjunto de estratégias, políticas, processos, regras e
procedimentos estabelecidos na ULSM com vista a garantir, nomeadamente:
• Um desempenho eficiente da atividade que assegure a utilização eficaz dos ativos e recursos, a
continuidade, a segurança e a qualidade da prestação de cuidados de saúde, através de uma
adequada gestão e controlo dos riscos da atividade, da prudente e correta avaliação dos ativos e
responsabilidades, bem como da definição de mecanismos de prevenção e de proteção do serviço
público contra atuações danosas;
• A existência de informação financeira e de gestão que suporte as tomadas de decisão e os processos
de controlo, tanto no nível interno como no externo;
• O respeito pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis, bem como pelas normas
profissionais e deontológicas aplicáveis, pelas regras internas e estatutárias, regras de conduta e de
relacionamento, orientações tutelares e recomendações aplicáveis de entidades externas como o
Tribunal de Contas.
Os procedimentos de controlo interno visam, ainda, assegurar:
• A adequada segregação de funções;
• A qualidade da informação produzida,
• A legalidade das operações;
• A integridade e exatidão dos registos contabilísticos;
• A definição de responsabilidades;
• A execução dos planos e políticas superiormente definidos;
• A salvaguarda dos ativos.
A ULSM costumizou os Manuais de Procedimentos Administrativos e Contabilísticos recomendados pela
ACSS e, sempre que se justifica do ponto de vista funcional, são elaborados procedimentos administrativos
e contabilísticos, de âmbito específico ou transversal, que pretendem formalizar atuações em determinadas
áreas, processos ou atividades.
Os referidos manuais permitem estabelecer e divulgar de forma sistemática, simples e coerente as melhores
práticas de controlo interno em relação aos principais processos, tendo presente o impacto operacional e
financeiro.
No âmbito da certificação pelo referencial normativo ISO 9001:2008, a ULSM tem implementado um
sistema de gestão da qualidade promovendo a melhoria contínua dos seus processos e, assim, minorando os
riscos inerentes às atividades.
Dos vários mecanismos de controlo interno implementados na ULSM, destacam-se:
• Código de Conduta Ética;
• Procedimentos administrativos e contabilísticos;
11
• Certificação pelo referencial normativo ISO 9001:2008;
• Regulamento Interno;
• Segregação de funções;
• Formação contínua dos recursos humanos;
• Política de conflitos de interesses;
• Comunicação de irregularidades.
O Serviço de Auditoria Interna elabora anualmente o plano de trabalho de acordo as áreas criticas
identificadas e que devem ser objeto de avaliação, com vista à verificação de eficiência dos procedimentos
e normas de controlo interno em vigor, face aos riscos identificados e, sempre que possível, melhorar os
procedimentos instituídos. Essa avaliação é efetuada através de auditoria de serviços e processos, contínuas
e específicas e melhoria de processos. Anualmente é elaborado o relatório da atividade desenvolvida, com
referência aos controlos efetuados, às anomalias detetadas e às medidas corretivas propostas. O plano e o
relatório são remetidos pelo Conselho de Administração aos órgãos de superintendência, tutela e controlo.
Compete ao Conselho de Administração assegurar um adequado sistema de controlo interno, bem como a
sua implementação e manutenção e o auditor interno a sua avaliação.
12
Monitorização do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e InfrMonitorização do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e InfrMonitorização do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e InfrMonitorização do Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e Infraçõesaçõesaçõesações ConexasConexasConexasConexas
O PRGCIC está organizado por áreas e atividades. Na sua elaboração foram identificadas como sendo as
áreas de maior risco de corrupção e infrações conexas as seguintes:
• Conflitos de interesses;
• Contratação pública;
• Recursos humanos;
• Sistemas de informação;
• Gestão financeira.
Para cada uma das áreas aludidas, os responsáveis das atividades, numa primeira fase, identificaram os riscos
que, em caso de ocorrência, poderiam por em causa os objetivos do seu processo/atividade e
consequentemente os objetivos da ULSM.
Após a priorização dos riscos identificados, foi definida a resposta e desenvolvidos os mecanismos de
controlo adequados à sua mitigação (políticas, procedimentos, formação, sistemas de informação, cultura
de gestão de risco, envolvimento dos profissionais, responsabilização, key risk Indicators etc).
O risco foi graduado em função da probabilidade de ocorrência e avaliado quanto a risco inerente e risco
residual, ou seja, foi avaliado sem implementação de controlos e após a implementação dos controlos
identificados como adequados à mitigação dos riscos.
Contratação PúblicaContratação PúblicaContratação PúblicaContratação Pública
O número de eventos identificados para a área de contratação pública foi de 19 para os quais foram
definidos 32 medidas de controlo.
Estão atualmente implementados 29 controlos o que corresponde a 91%. Este valor é revelador da atenção
que os responsáveis atribuem à gestão do risco de corrupção e de infrações conexas na área de contratação
pública.
Um dos controlos definido para o evento “deficiente acompanhamento e avaliação do contratante de acordo
com os níveis de quantidade e/ou qualidade estabelecidos no contrato e documentos anexos (…)”,
91%
9%Implementado
Não implementado
19
32
Nº eventos
Nº controlos
13
concretamente elaborar “procedimento com a definição do modelo dos relatórios, assim como da sua
periodicidade”, não está implementado. No entanto, estão previstos e implementados para o referido evento
mais 2 controlos e há, ainda, o envio periódico de informação ao CA sobre o acompanhamento e avaliação
do contrato, restando apenas a formalização do modelo de relatório.
Não obstante, considera-se que os controlos não implementados não são críticos porque são passíveis de
controlos indiretos, também estes previstos no plano de gestão de riscos de corrupção e de infrações
conexas.
Recursos HumanosRecursos HumanosRecursos HumanosRecursos Humanos
Para a érea de Recursos Humanos foram identificados 14 eventos e desenhadas 19 mecanismos de controlo.
As medidas são adequadas para mitigar os riscos identificados não sendo necessário, nesta fase, alterar as
ações determinadas. Também não foram detetados novos eventos que requeiram medidas adicionais de
controlo interno.
Apenas não está implementado o controlo para o evento “Avaliação deficiente dos profissionais”. O Serviço
responsável pela área de avaliação de desempenho dos profissionais, garante a legalidade do processo de
avaliação de desempenho, ficando apenas por validar as questões mais subjetivas inerentes a qualquer
sistema de avaliação de desempenho.
Não obstante, considera-se que a implementação de 95% dos mecanismos delineados mostra que o Serviço
está alinhado com o objetivo do plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas.
Sistemas de InformaçãoSistemas de InformaçãoSistemas de InformaçãoSistemas de Informação
Os 8 eventos identificados como sendo críticos na área de sistemas de informação deram origem a 13
mecanismos de controlo. As medidas são adequadas para mitigar os riscos identificados não sendo
necessário, nesta fase, alterar as ações determinadas. Também não foram detetados novos eventos que
requeiram medidas adicionais de controlo interno.
95%
5%
Implementado
Não implementado
14
19
Nº eventos
Nº controlos
14
Mais uma vez fica claro a atenção que os responsáveis atribuem à identificação e mitigação dos riscos de
corrupção e infrações conexas, visto que 92% dos controlos estão implementados.
Apesar de o serviço não avaliar os procedimentos de deteção e violação do dever de sigilo, não se considera
crítico uma vez que a ULSM possui outros mecanismos de controlo para este risco, nomeadamente o Código
de Ética e cláusulas contratuais.
Gestão FinanceiraGestão FinanceiraGestão FinanceiraGestão Financeira
Para os 18 eventos identificados, na área de gestão financeira, como sendo os de maior risco de corrupção
e infrações conexas, foram definidas 33 medidas de controlo.
As medidas são adequadas para mitigar os riscos identificados não sendo necessário, nesta fase, alterar os
controlos implementados. Também não foram detetados novos eventos que requeiram medidas adicionais
de controlo interno.
O controlo “verificação aleatória, da existência física dos bens, efetuada periodicamente” definido para o
evento “apropriação indevida de bens públicos” não foi realizado no ano de 2016, assim como o controlo
“alerta aos utentes da obrigatoriedade dos serviços emitirem o recibo” determinado para o evento
“recebimento de taxas moderadoras sem a impressão do respetivo recibo”.
92%
8%
Implementado
Não implementado
8
13
Nº eventos
Nº controlos
94%
6%
Implementado
Não implementado
18
33
Nº eventos
Nº controlos
15
No entanto, o grau de implementação das ações definidas para a área de gestão financeira é elevado, 94%,
mostrando que os responsáveis compreendem a necessidade de cumprirem o definido no plano de gestão
de riscos de corrupção e infrações conexas. Das 33 medidas identificadas no plano, 31 foram cumpridas.
16
Gestão de conflito de interessesGestão de conflito de interessesGestão de conflito de interessesGestão de conflito de interesses
A recomendação nº 5/2012 do CPC, de 7 de novembro determina que “As entidades de natureza pública,
ainda que constituídas ou regidas pelo direito privado, devem dispor de mecanismos de acompanhamento
e de gestão de conflito de interesses, devidamente publicitados, que incluam também o período que sucede
ao exercício de funções públicas, com indicação das consequências legais”.
O plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas apresenta, separadamente, a matriz de risco
para a área de conflito de interesses.
Dos controlos internos gerais implementados relativos à prevenção nas atividades potenciadoras de
conflitos de interesses destacam-se:
• Segregação de funções;
• Barreiras na circulação de informação (chinese walls);
• Procedimentos preventivos de conflitos de interesses.
Para esta área foram identificados 9 eventos tidos como potenciais geradores de conflito de interesses e
para os quais estão definidos 13 mecanismos de controlo.
É nesta área que o grau de implementação dos controlos é menor, com 77%, abaixo do grau de
implementação das áreas atrás analisadas, sempre acima dos 90%.
Os controlos não implementados foram “procedimentos de deteção de violação do dever de sigilo”, este
para dois eventos e “todos os funcionários que se encontram em regime de acumulação de funções devem
solicitar autorização ao Conselho de Administração”.
Relativamente ao primeiro controlo, este não é crítico uma vez que os eventos têm implementados outros
controlos, como é o caso de “Criação de perfis de acesso, partindo sempre do princípio de acesso mínimo
para o exercício das funções” e “obter declarações dos interesses privados dos profissionais envolvidos”,
para além dos controlos indiretos, como é o caso do dever de sigilo.
Concretamente em relação à acumulação de funções o Código de Ética refere que “Os profissionais devem
abster-se de exercer quaisquer funções fora da ULSM sempre que estas atividades ponham em causa o
77%
23%
Implementado
Não implementado
9
13
Nº eventos
Nº controlos
17
cumprimento dos seus deveres ou possam colidir ou interferir na sua atividade enquanto profissionais da
ULSM.”
Para além disso a ULSM publica periodicamente no Boletim Informativo (BI) esclarecimento pertinente
para os colaboradores sobre esta matéria.
Agosto de 2011, BI nº 34, Acumulação de funções
“(…) relembra-se a todos os colaboradores da ULSM que acumulem atividade subordinada ou
autónoma noutras Instituições devem comunicar ou solicitar a devida autorização para o efeito,
consoante sejam titulares de relação jurídica de emprego privado ou público (…”).
Outubro de 2012, BI nº 38, Incompatibilidades e impedimentos – Profissionais do Serviço Nacional
de Saúde
“(…) convém relembrar a todos os profissionais, publicando--se em anexo os Despachos do Exmo.
Sr. Ministro da Saúde nº 725/2007 e 7921/2007, que estabelecem regras relativas ao exercício de
funções dirigentes em entidades privadas prestadoras de cuidados de saúde por profissionais de
instituições integradas no Serviço Nacional de Saúde. (…)”.
Novembro de 2012, BI nº 41, Períodos de vigência dos regimes de acumulação de funções
“Com vista ao esclarecimento de dúvidas comuns relativamente a requerimentos de acumulação
de funções públicas e privadas, designadamente quanto ao período de validade das autorizações,
impõe-se divulgar as seguintes instruções: (…)”.
Junho de 2014, BI nº 24, Acumulação de funções
“No seguimento de nova recomendação sobre a matéria por parte da Inspeção Geral das Atividades
em Saúde e das diretrizes pela mesma emitidas, relembra-se, reiterando a informação constante no
BI nº 34/2011, a todos os colaboradores da ULSM que acumulem atividade subordinada ou
autónoma noutras instituições, que têm a obrigação de comunicar ou solicitar autorização para o
efeito, consoante sejam titulares, respetivamente, de relação jurídica de emprego privado ou relação jurídica de emprego privado ou relação jurídica de emprego privado ou relação jurídica de emprego privado ou
públicopúblicopúblicopúblico.
Mais se informa que os profissionais que, de momento, já acumulam funções, mas não
comunicaram ou solicitaram autorização atempadamente ao órgão dirigente máxima da Instituição
dispõem de 60 (sessenta) dias após a publicação do presente BI para regularizar a situação, sendo
que os casos que não vierem a ser regularizados, ou, de futuro, comunicados, estarão sujeitos,
depois de averiguados os factos inerentes, às penas disciplinares cominadas na Lei.”
Fevereiro de 2016, BI nº10, Acumulação de funções
“Por se tratar de informação relevante e que importa relembrar periodicamente aos profissionais,
no âmbito da política de gestão de conflito de interesses, reitera-se a informação constante do
Boletim Informativo n.º 34/2011, de que todos os colaboradores da Unidade Local de Saúde de
18
Matosinhos que acumulem atividade subordinada ou autónoma noutras Instituições têm obrigação
de comunicar ou solicitar a devida autorização para o efeito, consoante sejam titulares,
respetivamente, de relação jurídica de emprego privado ou público.”
O Boletim Informativo é o meio de comunicação interno usado para a divulgação de determinações da
gestão ao universo dos profissionais da Instituição.
19
ConclusãoConclusãoConclusãoConclusão
O PRGCIC identifica na totalidade 68 eventos para os quais existem definidos 110 controlos, distribuídos
pelas áreas previstas no plano, conforme se ilustra no gráfico a seguir apresentado.
Da análise efetuada ao grau de implementação das medidas definidas como sendo adequadas para mitigar
os riscos associados aos 68 eventos, conclui-se que 91% dos mecanismos de controlo estão implementados
pelos responsáveis das áreas respetivas. Refira-se que para cada evento foram desenhados, em média, 1, 62
controlos.
Conclui-se, ainda, que as ações não implementadas têm uma criticidade baixa e não comprometem o
adequado controlo dos riscos associados aos eventos identificados no plano, isto porque os riscos estão
mitigados por controlos adicionais.
O grau de implementação das medidas de controlo interno é satisfatório e para tal contribuiu, em larga
medida, o facto de os responsáveis pelas respetivas áreas reconhecem o plano de gestão de risco como um
elemento importante para identificarem e mitigarem riscos inerentes às suas atividades.
Verificou-se que o grau de implementação dos mecanismos de controlo é satisfatório e após a monitorização
efetuada, conclui-se que o plano de gestão de riscos de corrupção e infrações conexas está adequado aos
riscos identificados.
Contrataçãopública
RecursosHumanos
Sistemas deInformação
GestãoFinanceira
Conflito deinteresses
32
19
13
33
13
19
14
8
18
9
Controlos
Eventos
91%
9%
Implementados
Não implementados
68
110
Nº eventos
Nº controlos
20
No entanto, sendo a ULSM uma organizações dinâmica a atuar em ambientes dinâmicos, o plano de gestão
de riscos de corrupção e infrações conexas deve ser revisto: anualmente, sempre que se verifiquem
alterações na instituição e/ou no meio em que está inserida, desde que estas alterações provoquem novos
eventos, sempre que se verifique que os riscos/controlos não estão devidamente avaliados e sempre que
sejam identificadas oportunidades de melhoria.
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