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PLANO MUNICIPAL DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
JACAREI/SP
Período: 2017-2027
VERSÃO CONSULTA PÚBLICA
Jacarei, 24 de março, 2017
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IDENTIFICAÇÃO
PLANO MUNICIPAL DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP
Vigência: abril de 2017 a abril de 2027
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente: Fernanda Cristina de Carvalho Duarte (Presidente), Débora Silveira Teixeira
Almeida, Cristina Henrique da Silva Passos, Thais Santana Borrego, Érica dos Santos Leal, Valéria Soares de Oliveira, Salvador Cabrera Santiago, Inês
Rodrigues de Oliveira, Pryscila Porelli F. Martins, Valdir Pitombo Vieira, Flavia Barbosa da Silva Abrão, Denise Cristina Menezes Biasuz, Almir do
Prado Salim, Donizete de Siqueira, Nadia Campos do Nascimento Leite, Suzanne Maria Corrá dos Santos, Gigliola Ravena Hatanaka Machado,
Luciana Zarate de Assis, Giliani Fortes Rossi, Denise Cristina Menezes Biasus, Karina Hiromi Okamoto, Solange Mendes Rodrigues Broca, Clea
Aquillas dos Santos, Luzanira Nunes Cordeiro de Abreu, Sueli Aparecida de Faria Souza
Conselho Tutelar: Benedito Alexandre, Claudia Quina, Daniele Rebelo, Edlamara Water, Joelma Teixeira
Comissão Intersetorial de Elaboração do PMDDHCA:
2017: Fernanda Cristina de Carvalho Duarte (Presidente do CMDCA e Movimento de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), Flavia
Barbosa da Silva Abrão (Secretaria de Educação), Denise Cristina Menezes Biasuz (Secretaria de Educação), Almir do Prado Salim (Secretaria de
Finanças), Donizete de Siqueira (Secretaria de Esportes e Recreação), Nadia Campos do Nascimento Leite (Secretaria de Assistência Social)/Diretoria
de Promoção Social), Suzanne Maria Corrá dos Santos (Secretaria de Assistência Social), Gigliola Ravena Hatanaka Machado (Secretaria de Assuntos
Jurídicos), Luciana Zarate de Assis (Secretaria de Assuntos Jurídicos)
2016: Lizandra Teodoro de Azevedo (Presidente do CMDCA), Geraldo José da Cunha (Vice-presidente do CMDCA), Juliana de Andrade Espanhol
(Secretaria de Assistência Social), Valdir Pitondo (CIESP), Jair Rottini (Secretaria de Educação), Lucimar Ponciano Luz (Pastoral do Menor), Lucimara
de Oliveira (OAB), Edlamara Water (Conselho Tutelar)
Assessoria Técnica: Irandi Pereira
Jacareí, 24 de março de 2017
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IDENTIFICAÇÃO
PLANO MUNICIPAL DECENAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP
Vigência: abril de 2017 a abril de 2027
PREFEITURA MUNICIPAL DE JACAREÍ/SP
Prefeito: Izaias José de Santana
Vice-prefeito: Edgard Takashi Sasaki
Gabinete do Prefeito: Claude Mary Moura
Secretaria de Governo: Celso Florêncio de Souza Secretaria de Administração e Recursos Humanos: Carlos Felipe Sepinho
Secretaria de Assistência Social: Patrícia Juliani
Secretaria de Assuntos Jurídicos: Renato Ratti
Secretaria de Desenvolvimento Econômico: Carlos Amagai
Secretaria de Educação: Maria Thereza Ferreira Cyrino
Secretaria de Esportes e Recreação: Marcelo Alexandre Bustamante Fortes
Secretaria de Finanças: Cláudio Tosetto
Secretaria de Infraestrutura: Antônio Roberto Martins
Secretaria de Meio Ambiente: Rossana Vasques
Secretaria de Mobilidade Urbana: Edinho Guedes
Secretaria de Planejamento: Rosa Kasue Saito Sasaki
Secretaria de Saúde: Rosana Gravena
Secretaria de Segurança e Defesa do Cidadão: Paulo Henrique Domingues
Jacareí, 24 de março de 2017
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SUMÁRIO
SIGLAS E ABREVIATURAS, p. 5
APRESENTAÇÃO, p. 7
INTRODUÇÃO, p. 8
MARCO LEGAL, p. 18
MARCO CONCEITUAL, p. 28
MARCO SITUACIONAL DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA. p. 30
PLANO DE AÇÃO (2017 – 2027), 82
EIXOS NORTEADORES
EIXO I – Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, p.83
EIXO II - Proteção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, p. 117
EIXO III - Participação de Crianças e Adolescentes, p. 137
EIXO IV - Gestão da Política Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, p. 148
EIXO V – Acompanhamento, Monitoramento, Avaliação e Controle Social da Efetivação dos Direitos da Criança e do
Adolescente, p. 156,
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO, p. 156
REFERÊNCIAS, 158
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SIGLAS E ABREVIATURAS
CDC Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança CM Código de Menores CF Constituição da República Federativa do Brasil CMDCA Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente CONANDA Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente CONDECA Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente CRAS Centro de Referência da Assistência Social CREAS Centro de Referência Especializado da Assistência Social CT Conselho Tutelar DP Defensoria Pública ECA Estatuto da Criança e do Adolescente FEBEM Fundação do Bem-Estar do Menor Fundação CASA Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente FUNABEM Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor ( LBA Legião Brasileira de Assistência LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação LOAS Lei Orgânica da Assistência Social LOS Lei Orgânica da Saúde MP Ministério Público ONU Organização das Nações Unidas PJ Poder Judiciário PNDDHCA Plano Nacional Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes PMDDHCA Plano Municipal Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes SAM Serviço de Assistência ao Menor SAS Secretaria de Assistência Social SINASE Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo SGDCA Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente SJ Sistema de Justiça SUAS Sistema Único de Assistência Social SUS Sistema Único de Assistência Social UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância (
APRESENTAÇÃO
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A Constituição da República Federativa do Brasil (1988) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) adotam os princípios da Convenção sobre
os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (1989), reconhecendo esse grupo etário em condição peculiar de desenvolvimento como
sujeito de direitos e prioridade absoluta de proteção da família, da sociedade e do Estado. A tradução do princípio da proteção integral significa a
garantia de um conjunto de direitos para todas as crianças e adolescentes que lhes possibilitem pleno desenvolvimento de suas potencialidades
humanas.
O Plano Municipal Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes de Jacareí/SP (PMDDHCA) é um documento público que estabelece
um planejamento de longo prazo (2017-2027) no sentido da articulação e compromisso de agentes, instituições e sociedade civil, visando à ação
sistêmica em torno das estruturas de políticas públicas direcionadas à efetivação da garantia da proteção integral de crianças e adolescentes. O
planejamento de longo prazo, com a adoção de protocolos firmados entre as pastas e instituições, possibilitará que a política de direitos não sofra
solução de continuidade diante de mudanças na vida política institucional.
A formatação do PMDDHCA define eixos, objetivos, metas, prazos, responsabilidades, parcerias, indicação de financiamento e indicadores de
monitoramento das prioridades direcionadas ao cumprimento dos direitos infanto-juvenis para os próximos dez anos (2017-2027), a contar de sua
aprovação e publicação pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Jacareí/SP (CMDCA).
A Comissão Intersetorial e o CMDCA de Jacareí/SP reconhecem o esforço de todos os envolvidos no processo de elaboração do PMDDHCA:
munícipes, sistema de justiça, executivo, legislativo, profissionais das políticas setoriais e temáticas (governamentais e não governamentais), rede de
proteção social, movimentos sociais e, especialmente, crianças, adolescentes e jovens e seus familiares. Aos conselheiros de direitos da criança e do
adolescente e aos conselheiros tutelares, nosso agradecimento em todo esse processo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP.
Comissão Intersetorial / CMDCA de Jacareí/SP
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INTRODUÇÃO
O Plano Nacional Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes (PNDDHCA) foi aprovado pelo Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CONANDA) em 2011, tendo por objetivo a implementação de políticas públicas voltadas à garantia dos direitos humanos do
universo infanto-juvenil, sem qualquer traço discricionário.
Às políticas públicas correspondem as decisões públicas tomadas para a resolução de distintos problemas da sociedade. As demandas sociais
consideradas como direitos constitucionais devem fazer parte da agenda pública e, por isso mesmo, constituem-se objeto de uma política pública. As
demandas são de várias ordens, desde aquelas relacionadas ao direito público subjetivo (direito de todos e dever do Estado), como as que têm caráter
supletivo ou complementar e, ainda, aquelas de natureza mais ampla ou global (desenvolvimento sustentável). Diferentes atores e instituições se
relacionam com diferentes interesses na conquista de determinada política pública. Ao Estado cabe a decisão política na priorização de determinadas
ações referentes à coisa pública.
Pode-se definir como política pública:
Uma ação político-administrativa de responsabilidade de um governo instituído, elaborada e executada em parceria com diversos atores
interessados, planejada e organizada em forma de planos e que está vinculada à busca de soluções para um problema público latente na
sociedade contemporânea (SUZINA, 2013, p. 23).
Numa síntese, pode-se compreender que “políticas públicas são decisões políticas voltadas para alterar ou manter a realidade social“ segundo a referida
autora (p. 17).
No desenvolvimento de políticas públicas, a noção de planejamento estratégico ganha força, pois corresponde ao “estabelecimento de um conjunto de
providências a serem tomadas pelo gestor para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado” (NUNES FILHO, 2012, p. 30). Esse modelo
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de planejamento possibilita à gestão pública alcançar o objetivo desejado de modo eficaz, eficiente e efetivo, tendo em vista o esforço coletivo dos atores
e instituições envolvidos nessa ação. Pode-se entender como planejamento estratégico:
(...) um processo de intervenção orientada no sentido de alcançar objetivos definidos, sendo, portanto, um instrumento fundamental dos
governos e dos dirigentes para interferir em suas respectivas realidades, produzindo resultados favoráveis para a sociedade e para a
população (NUNES FILHO. P. 30).
Nesse sentido, as estratégias que permeiam esse modelo de planejamento indicam que “o caminho, ou maneira, ou ação formulada e adequada para
alcançar, preferencialmente, de maneira diferenciada, os desafios e objetivos estabelecidos, no melhor posicionamento da organização perante seu
ambiente“ (REBOUÇAS, 2013, p. 191).
Na elaboração de um plano, as estratégias adotadas devem guardar as seguintes correspondências:
i) o que será feito (definição dos objetivos),
ii) como fazer (escolha das ações prioritárias),
iii) o que deverá ser alcançado e em quanto tempo (definição das metas),
iv) com quem fazer (é a determinação das pessoas envolvidas);
v) quem deverá fazer (identificação dos responsáveis);
vi) com quais recursos fazer; e
vii) quando fazer (é o estabelecimento de prazo para acontecer).
O processo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP, na medida da realidade local, considerou tal conceito e estratégias, tendo em vista o ineditismo
de se pensar na área da criança e do adolescente, e em ações para um período de 10 (dez) anos. A disposição da Comissão Intersetorial e o compromisso
de uma gama de atores sociais e institucionais tornaram possível a apresentação do plano em vários momentos de devolução do processo como também
quando da apreciação e aprovação pelo CMDCA para sua implementação.
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Com a aprovação do PNDDHCA, o CONANDA orientou os entes federados – Estados, Municípios e Distrito Federal – que procedessem ao processo
democrático e participativo de elaboração dos planos em seus âmbitos e competências pela Resolução n.º 161, de 03/12/2013 alterada pela Resolução nº
171 de 04/12/2014, a saber:
Art. 1º Estabelecer parâmetros para discussão, formulação e deliberação dos planos decenais dos direitos humanos de crianças
e adolescentes de âmbito estadual, distrital e municipal, em conformidade com os princípios e diretrizes da Política Nacional
de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes e com os eixos e objetivos estratégicos do Plano Decenal dos Direitos
Humanos de Crianças e Adolescentes (BRASIL, CONANDA, Resolução nº 171, de 04/12/2014).
O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Jacareí/SP (CMDCA), no atendimento a essa orientação, deu início ao processo de
elaboração do PMDDHCA para a estruturação e aprimoramento das ações públicas do município na garantia plena dos direitos desse grupo etário.
O fio condutor para a elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP assenta-se no princípio da doutrina da proteção integral – um conjunto de direitos para
todas as crianças e adolescentes – adotado pelo governo brasileiro a partir da ratificação da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança
(CDC) de 1988 da Organização das Nações Unidas (ONU) na qualidade de Estado-Membro das Nações Unidas.
O PMDDHCA de Jacareí/SP expressa esse princípio ao conceber o grupo etário infanto-juvenil na qualidade de sujeito de direitos, pessoas em condição
peculiar de desenvolvimento e prioridade absoluta da família, da sociedade e do Estado. Tal garantia encontra-se expressa na Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 (CF), com reafirmação no Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990 (ECA) e nas leis infraconstitucionais (Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei Orgânica da Saúde (LOS), Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), entre outras).
O decênio para a implementação do PMDDHCA de Jacareí/SP refere-se ao período de abril de 2017 a abril de 2027.
A Comissão intersetorial coordenada pelo CMDCA reafirmou a metodologia da democracia participativa no processo de elaboração indicada pelo
CONANDA em consonância com o direito constitucional de 1988. Nesse sentido, espera-se que essa metodologia possa ser observada também na
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implementação das metas do PMDDHCA, quando de sua aprovação pelo CMDCA. A referida Comissão contou com assessoria técnica para o desenho
do plano, das estratégias de escuta dos envolvidos com os direitos da criança e do adolescente, incluindo o próprio grupo etário, na organização das
atividades, na sistematização e redação final do plano. Nas reuniões da Comissão com a assessoria, foi definida Agenda de Trabalho, contendo dia,
horário, local, atividades e resultados de cada momento ou espaço de escuta considerando a gama de atores envolvidos.
No entendimento do princípio constitucional democracia participativa, pode-se dizer que o seu exercício possibilita o acompanhamento de fato da
sociedade sob o Poder Público. As decisões nascem de debates e escutas e, nesse sentido, a partir das práticas inclusivas, igualitárias, colaborativas, ou
seja, da união participativa, pode-se chegar à justiça social, no caso, a garantia dos direitos infanto-juvenis. No entendimento de Santos (1999) o
princípio da democracia participativa é importante porque “proporciona a cada cidadão a oportunidade de participar na tomada de decisões políticas” e
porque essa forma de democracia possibilita “permitir a expansão da cidadania e inclusão daqueles que, outra forma, seriam excluídos dos assuntos da
comunidade ou da sociedade como um todo”.
Definida a metodologia (e procedimentos) a ser seguida na realização de uma série de atividades, a leitura detida do PNDDHCA foi realizada pela
Comissão Intersetorial no sentido de verificar os objetivos e metas para a sua realização e seus desdobramentos para o PMDDHCA de Jacareí/SP.
Também em vários espaços de escuta, os eixos do PNDDHCA também foram apresentados, visando à definição dos eixos do PMDDHCA de Jacareí/SP.
Isso se relaciona com a necessidade de ação política articulada em favor dos direitos infanto-juvenis e da adoção do desenho lógico de gestão
compartilhada entre os diferentes entes e sobre as políticas públicas.
Foi realizado estudo da legislação (marco legal), documentos de uma série de Conselhos (da Criança e das Políticas Públicas setoriais do município), dos
resultados das conferências dos direitos, dos planos das políticas. Isso porque um dos princípios dessa política reside na incompletude institucional que
traz relação de dependência e/ou articulação entre as demais políticas e sistemas de atendimento. O olhar e o trato interdisciplinar, interinstitucional,
intersetorial e intragovernamental marcam a sua realização no sentido de promover a garantia dos direitos da criança e do adolescente. Tendo em vista
que o Governo brasileiro tem ratificado uma série de recomendações, orientações e convenção expressas pelas Nações Unidas, tais documentos foram
selecionados para compor a leitura de cenário e também a composição dos eixos e metas do PMDDHCA de Jacareí/SP.
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O marco situacional sobre a política de direitos da criança e do adolescente foi tecido em vários momentos do processo de elaboração do PMDDCA de
Jacareí/SP, desde a leitura dos planos das políticas setoriais e temáticas, reuniões de trabalho com os conselheiros do CMDCA e do Conselho Tutelar.
Outros dados foram buscados no site oficial da Prefeitura Municipal e da Câmara Municipal. Nessa tessitura, foi importante a realização de diferentes
atividades de escuta (seminários, colóquios) contando com a participação de diversos setores públicos com presença no município: Sistema de Justiça
(Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública), Secretaria Estadual de Educação, Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao
Adolescente (Fundação CASA), entre outros. As escutas com os familiares, crianças e adolescentes (oficinas), rede de proteção social não
governamental e movimentos sociais (seminários, colóquios) foram fundamentais para essa composição.
Essa é uma etapa bastante dificultosa pela ausência, no município, de diagnóstico da situação da criança e do adolescente. Os dados e informações
coletados são geralmente esparsos e organizados de diferentes modos tendo em vista a abrangência de cada política pública ou setor envolvido com a
promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. Isso demandou idas e vindas da Comissão e assessoria técnica junto aos envolvidos com a
política, o que culminou na mudança de prazos para a elaboração do PMDDHCA. A escuta (visita e entrevistas) com os conselheiros de direitos
representativos das políticas públicas setoriais e com os conselheiros tutelares possibilitam a costura dos dados e informações no sentido da aproximação
de uma leitura diagnóstica da questão dos direitos da criança e do adolescente no município. Cabe ressaltar que dados e informações são bases para a
elaboração de um planejamento público e, nesse sentido, uma das metas definidas no PMDDHCA de Jacareí/SP é a elaboração do diagnóstico
situacional da atenção à população infanto-juvenil no município de Jacareí/SP e sua atualização no período de dez anos (2017 a 2027).
Tal dificuldade, por um lado, permitiu uma maior participação da sociedade no entendimento, debate, apresentação de sugestões para o plano. Os dados
e informações sobre a realidade da criança e do adolescente no município foram trazidos por essa participação em diferentes etapas do processo por
aqueles que fazem e vivenciam a política de direitos infanto-juvenis. Essa situação propiciou o fomento ao protagonismo infanto-juvenil e ao exercício
da cidadania e da participação nos destinos da ação pública municipal de diferentes atores envolvidos com esse grupo etário.
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Diversos foram os modos empregados para realizar as devolutivas na construção do PMDDHCA de Jacareí/SP em cada etapa do processo. Também a
escuta de cada representante das secretarias (titulares e suplentes) no CMDCA e também do Conselho Tutelar, demonstrou a essência do princípio da
democracia participativa, considerando o inciso II do artigo 204 da CF de 1988: “participação da população, por meio de organizações representativas,
na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis” (BRASIL, CF, 1988).
O PMDDHCA de Jacareí/SP seguirá também para consulta pública on line e, nesse sentido, constituir-se-á em espaço, cada vez mais ampliado da
democracia, participação e mobilização da sociedade em favor do interesse superior da criança e do adolescente.
Um plano remete ao planejamento público necessário para a organização e estruturação das ações públicas em todos os níveis. É um documento político
e técnico que contempla decisões e prioridades e objetivo e metas permeadas por princípios, diretrizes e finalidades do que se deseja alcançar. No caso, o
PMDDHCA de Jacareí/SP direciona-se na efetivação dos direitos infanto-juvenis de Jacareí, num período longevo de 10 anos (2017-2027),
considerando que a política de atendimento a esse grupo far-se-á pela articulação sistêmica entre governos (intergovernamental), políticas públicas
(intersetorial) e diferentes instituições (interinstitucional), incluindo, a sociedade civil.
Com os planos busca-se “a superação de planos governamentais com duração temporal circunscrita a, no máximo, uma gestão, em favor, de um
planejamento de médio prazo, ou seja, de uma política de governo para uma política de Estado”. O seu processo de elaboração, aprovação e
implementação aponta para “o fortalecimento dos Conselhos de Direitos, ao fomentar a formulação de planos para as respectivas unidades federadas de
sua abrangência e, assim, concretizar seu papel formulador de políticas” (BRASIL, CONANDA, 2011, p. 5). Nessa direção sistêmica e articulada,
convém observar que o ECA (1990) dispõe em diferentes artigos no Livro II – Parte Especial do ECA, nos artigos 86 a 89.
Assim, faz-se necessário, relacionar os eixos do PMDDHCA de Jacareí/SP com os definidos nos planos em âmbito nacional (PNDDHCA) e estadual.
Contudo, no caso de São Paulo, até o fechamento do PMDDHCA de Jacareí/SP não foi possível fazer essa relação com o estadual pela ausência de
elaboração do plano estadual. Essa relação ancora-se no disposto do artigo 86 em que “a política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente
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far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e nãogovernamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”
(BRASIL, ECA, 1990).
Os eixos do PNDDHCA e do PMDDHCA de Jacareí/SP relacionam-se aos princípios expressos pela CF (1988), CDC (1989) e ECA (1990), a saber:
1. Universalidade dos direitos com equidade e justiça social
2. Igualdade e direito à diversidade
3. Proteção integral para a criança e o adolescente
4. Prioridade absoluta para a criança e o adolescente
5. Reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeito de direitos
6. Descentralização político-administrativa
7. Participação e controle social
8. Intersetorialidade e trabalho em rede
Cada princípio possui a definição de eixos e diretrizes que orientam o caminho para a implementação da política de direitos, sem qualquer traço
discricionário, à criança e ao adolescente e, por isso mesmo, foram considerados, no PNDDHCA (2011 a 2020) como “inegociáveis”. Contudo, guardam
“um certo grau de flexibilidade em que são previstas reformulações para se adequarem às mudanças da realidade” (BRASIL, CONANDA, 2011, p.30).
Foram definidos como eixos do PNDDHCA:
Eixo 1 – Promoção dos direitos;
Eixo 2 – Proteção e defesa dos direitos;
Eixo 3 – Participação de crianças e adolescentes;
Eixo 4 – Controle social da efetivação dos direitos; Eixo 5 – Gestão da política
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No PMDDHCA de Jacareí/SP, os eixos definidos se relacionam em sua maioria com os definidos no PNDDHCA por serem abrangentes e em
consonância com os princípios dos ordenamentos jurídicos e institucionais (CF, 1988, ECA, 1990, CDC, 1989 e demais políticas públicas setoriais e
temáticas) acrescido de mais um eixo que trata das ações direcionadas ao fortalecimento das estruturas do SGDCA na base local.
São eixos do PMDDHCA de Jacareí/SP:
Eixo 1 – Promoção dos direitos
Eixo 2 – Proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente
Eixo 3 – Participação de crianças e adolescentes
Eixo 4 – Gestão da política da política municipal de direitos da criança e do adolescente
Eixo 5 – Monitoramento, avaliação e controle da efetivação da política de direitos da criança e do adolescente
O formato do PMDDHCA de Jacareí/SP referente ao plano de ação para o período de 2017 a 2027 tem a seguinte apresentação:
Objetivo: traz o objetivo geral a se atingir em relação à garantia do direito em questão.
Meta: trata-se do resultado esperado da ação, apresentado de forma mensurável.
Prazo de execução: tempo para atingir a meta estabelecida, considerando o período de 2017 a 2027.
Responsável: ente responsável pela coordenação e articulação da ação estabelecida.
Parceria: demais entes que terão, em maior ou menor grau, responsabilidade na execução da ação proposta.
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Indicação de financiamento: ente responsável para a viabilização do eixo, diretrizes, objetivos e metas por tratar-se de um plano geral em que as
diferentes políticas setoriais e instituições são responsáveis pela implementação das ações pela própria natureza da política: incompletude institucional
e, por isso mesmo, a ação dá-se de modo sistêmico (um todo articulado).
Monitoramento: congrega os itens necessários para a verificação do cumprimento das metas, com cronograma.
O PMDDHCA de Jacareí/SP tem a finalidade de “solidificar a proteção integral com políticas públicas de afirmação e garantia desses direitos, visando a
conferir autonomia e vida digna a todas as crianças e adolescentes” (BRASIL, CONANDA, PNDDHCA, 2011).
A versão para consulta pública on line apresenta 05 (cinco) eixos da política de direitos, 10 diretrizes, 65 objetivos e 125 metas para a consecução da
política municipal dos direitos humanos de crianças e adolescentes de Jacareí/SP, para o período de 2017 a 2027.
O PMDDHCA de Jacareí/SP para o período 2021 a 2027 será acompanhado e monitorado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CMDCA) e executado pelas secretarias das políticas sociais tendo em vista a responsabilidade de cada uma delas na atenção integral de
crianças e adolescentes do município, numa articulação com o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) de modo
intersetorial, intragovernamental, interinstitucional, pelo princípio característico da política de direitos, ou seja, sua incompletude institucional.
MARCO LEGAL
A legislação brasileira sobre a criança e o adolescente no Brasil marca principalmente o século XX como aquele em que se organizou e sistematizou
compêndios relacionados a esse grupo etário: Código de Menores (CM) de 1927, Código de Menores (CM) de 1990 e Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA) de 1990.
As práticas utilizadas apoiavam-se em mecanismos que permitiam “recolher” crianças e adolescentes para “proteger” os que se encontravam em
“situação irregular” por uma série de motivos: expulsos ou sem acesso à escola, órfãos, abandonados, explorados no trabalho, infratores. Os Tribunais de
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Menores1 do final do século XIX (1899) representam esse cenário em que as práticas sociopenais de “proteção-segregação” eram os princípios de
atenção a esse grupo etário. Os Tribunais de Menores representavam as reivindicações dos primeiros movimentos sociais em favor de melhores práticas
de atendimento às crianças e adolescentes, no plano internacional.
Segundo MENDEZ e COSTA (1994), essas práticas estatais sob o manto de suposta proteção eram marcadas pela repressão e segregação daqueles
meninos e meninas vistos como “delinquentes”; e, na proteção da sociedade, eram alojados de forma indiscriminada com os adultos e em precárias
condições de cuidado. Apenas a partir de meados do século XVII, que esse grupo etário começou a ser percebido como uma parcela da população que
necessitava de uma atenção diferenciada pela sociedade.
Olhando a história da infância, nota-se que o período de vida de crianças e adolescentes foi considerado como:
(...) um período de total dependência física, após o qual se adentrava imediatamente no mundo dos adultos (...) a partir de então tem inicio
uma mudança sociocultural de descobrimento-invenção da infância, processo este que contará com a participação essencial da instituição
escola, que, juntamente com a família, passou a cumprir funções de controle e socialização (MENDÉZ; COSTA, 1994, 12-13).
Os novos processos da vida social, marcados pelo advento industrialização e do surgimento das cidades, trouxeram além do desenvolvimento e riqueza
para o capital também a desigualdade social, a exclusão e a marginalização de parte considerável das novas sociedades aos bens sociais produzidos. O
grupo etário crianças e adolescentes das camadas populares foram o retrato dessa exclusão: no lugar do direito à educação escolar o seu lugar, entendido
como educação, foi a sua entrada precoce, em condições sub-humanas de exploração nas atividades laborais A relação de crianças e adolescentes com
esse novo modo de produção e de vida nas cidades teve como consequência um olhar e trato a esse grupo como parcela da população “perigosa” e
“delinquente” (MACHADO, 2003).
1
Em 1899 foi criado o primeiro Tribunal de Menores, em Illinois, Estados Unidos.
17
No Brasil, país de industrialização tardia (nos anos 1930), as primeiras leis sobre os menores de idade e filhos das camadas populares surgiram no
período da escravatura com a promulgação da Lei do Ventre Livre em 1871: eram declarados livres todos os filhos de mulheres escravas nascidos a
partir desse dia. Com a Lei Áurea promulgada em 1888, que aboliu a escravatura, houve ampliação das desigualdades sociais por vários fenômenos
desde a urbanização, imigração e uma população sem condições de ser inclusa no novo modelo de sociedade.
As crianças e adolescentes das camadas populares, vistos potencialmente como “delinquentes” e “perigosos”, acabaram por ser entregues aos cuidados
de instituições religiosas. Um dos exemplos foi o modelo de atendimento denominado Roda dos Expostos em que crianças em tenra idade eram
entregues a esse sistema (notadamente nos espaços das Santas Casas de Misericórdia), sob o anonimato das mães, requisito moral e social da
época. Apenas em 1927, com a promulgação do primeiro Código de Menores em 1927, que se passou a exigir a obrigatoriedade do registro de crianças
mesmo mantido o anonimato dos pais.
O Código Criminal do Império (1830) e o Código Penal da República (1890) não conseguiram assegurar ao grupo infanto-juvenil o fim das graves
violações de direitos a que esteve submetido na história brasileira: aumentava o número de crianças e adolescentes em situação de/nas ruas, em situação
de extrema pobreza e mendicância, na prática de ato infracional, ausentes das políticas de educação, saúde, entre outras. Esse grupo acabou por ser
objeto de controle social, olhado e tratado com hostilidade e confinado em instituições de internação, na sua maioria, afastados dos centros urbanos
(MACHADO, 2003).
Aos moldes do movimento internacional de justiça, foi criado no Brasil o primeiro juizado de menores com atribuições específicas no trato da criança e
do adolescente. Foi criado na então capital federal, Rio de janeiro em 1925. A esse juizado, foram transferidos poderes amplos na tomada de decisão
sobre esse grupo: a centralização de poder na justiça teve como consequência a judicialização da questão ou problemática social da criança e do
adolescente (MENDEZ; COSTA, 1994).
18
Na época, o Poder Judiciário “foi encarregado, por lei, de zelar por crianças que tinham os mais diversificados problemas, como os órfãos, viciados,
abandonados e os intitulados como delinquentes, funcionando, na prática, como um órgão de assistência social” (VERONESE, 1999, p.24). Uma das
medidas foi a intervenção no âmbito das famílias sobre o pátrio poder em nome da segurança e do bem-estar de crianças e adolescentes. Para fazer frente
a tal situação e regulamentação dos atos da justiça foi elaborado o Código de Menores de 1927 que, entre uma série de mudanças, pode unificar e reunir
uma série de leis e decretos esparsos que se referiam a esse grupo etário. Também foi possível determinar com maior clareza sobre a responsabilização e
a institucionalização do Estado no atendimento de infanto-juvenil.
O princípio da discricionariedade foi adotado no referido código, uma vez que não abarcava o universo infanto-juvenil e, sim, aqueles que se encontrava
em situação irregular.
Art. 1º O menor, de um ou outro sexo, abandonado ou delinquente, que tiver menos de 18 annos de idade, será submettido pela autoridade
competente ás medidas de assistencia e protecção contidas neste Codigo. (grafia original) (BRASIL, Código de Menores, Decreto nº.
17.943 A, de 12/10/1927).
Cabe destacar que, com o referido código, houve o fim a idade mínima de responsabilidade penal aos 18 anos de idade e, para tanto, foi instituído
processo especial para os adolescentes de 14 a 18 anos acusados de cometer atos infracionais (crimes ou contravenções) e os menores de 14 anos de
idade não figuravam a esse modelo de processo; a limitação do trabalho infantil à idade mínima de 12 anos; a proposta a criação de quadro de assistentes
sociais; a instituição de comissários de menores voluntários ou membros de conselhos para auxílio aos Juizados (CARVALHO, 1977).
A institucionalização dos menores de idade vítimas de abandono, orfandade e delinquência foi o mecanismo mais utilizado para afastá-los do ambiente
“pernicioso”, “imoral” e “amoral” em que viviam com seus pais, familiares e mesmo em comunidade. Sob o princípio da situação irregular, esse grupo
vivia em constante “perigo”. As análises de Veronese (1999) mostram que a referida “proteção” garantida pelo Estado significava:
(...) retirá-las do convívio familiar e social e abrigá-las em instituições onde lhes era ofertado disciplina, educação e formação de acordo
com os bons costumes, mediante uma rotina e regras extremamente rígidas, proporcionariam a reeducação e a correção, com o
reestabelecimento dos padrões sociais (p.28).
19
Da promulgação do Código de Menores de 1927 ao Código de Menores de 1979, ocorreu uma série de mudanças na assistência à criança e ao
adolescente das camadas populares, tendo sido criados diversos órgãos e instituições governamentais e não governamentais de atendimento.
Cabe ressaltar, dentre elas, as de caráter governamental como o Serviço de Assistência ao Menor (SAM) em 1941 na área da assistência e vinculado ao
Ministério da Justiça que tinha por finalidade o amparo e a recuperação dos menores de idade denominados como “desvalidos” e “delinquentes”. O
SAM tinha como finalidade a “correção”, a “repressão” e o “controle” desse grupo (VERONESE. 1999).
Em 1942, foram criadas as entidades de atendimento Legião Brasileira de Assistência (LBA)2 para prestar auxílio às famílias dos pracinhas enviados à II
Guerra Mundial, a Casa do Pequeno Jornaleiro, a Casa do Lavrador e do Trabalhador, todas com programas de apoio socioeducativo e de capacitação
para o trabalho e a Casa das Meninas, destinada à criança e adolescente com problemas de conduta (MENDEZ; COSTA, 1994).
No ano de 1950, foi fundado no Brasil o primeiro escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) com a finalidade de implementar
projetos de proteção à saúde da criança e da gestante.
A Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM) criada em 1964 substituiu o SAM; contudo, manteve as metodologias de intervenção dos
menores de idade lá institucionalizados, ou seja, a internação como forma de controle social dos que se encontrava em “situação irregular” e distante dos
padrões sociais. As suas congêneres foram criadas nos estados da federação denominados, em sua grande maioria, como Fundação do Bem-Estar do
Menor (FEBEM) com as mesmas responsabilidades.
Em 1979, foi promulgado outro código com a mesma denominação, Código de Menores. Tendo em vista que no Brasil vigorava a ditadura militar, desde
1964, o referido Código pode ser considerado como uma atualização em relação ao primeiro (1927), pois o artigo 1º da referida lei mantinha o princípio
da “situação irregular”, portanto de caráter discricionário e, sobretudo, sobre a vigilância e o controle dos menores de idade: “Este Código dispõe sobre
2 Foi extinta em 1995, no Governo de Fernando Henrique Cardoso, por recomendação da primeira gestão do CONANDA (1992-1994).
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assistência, proteção e vigilância a menores. I – até dezoito anos de idade, que se encontrem em situação irregular” (BRASIL, CÓDIGO DE
MENORES, Lei nº 6697de 10/10/1979).
Na leitura das duas bases legais (1927 e 1979), resumidamente, pode-se dizer que as políticas destinavam-se somente a três grupos de crianças e
adolescentes (denominados menores): os órfãos, abandonados (carentes) e os praticantes de ato infracional. Contudo, dados e estudos sobre a questão
indicam que a maioria delas que se encontravam internadas em diferentes modalidades de atendimento, tinham família, contudo, desprovidos de
condições econômicas e sociais para cuidar de seus filhos. As duas legislações, guardadas as especificidades temporal e cultural, representam atraso na
concepção de infância e violência aos direitos humanos. Segundo Machado (2003), “(...) a grande maioria, da ordem de 80 a 90%, das crianças e dos
jovens internados nas Febens não era autora de fato definido como crime” (p.27). Contudo, uma vez internos nas grandes instituições de atendimento
(FEBEM), recebiam o mesmo tratamento apesar de se encontrarem em situações bastante distintas.
O fim do paradigma doutrina da situação irregular se deu com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990 (Lei Federal nº
8069 de 13/07/1990), tendo sido adotado o princípio da doutrina da proteção integral que, resumidamente significa um conjunto de direitos para todas as
crianças e adolescentes brasileiros, sem qualquer traço de discricionaridade, conforme pode ser observado nos conteúdos dos seguintes artigos:
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e
dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
(BRASIL, ECA, 1990).
No artigo 3º da referida lei expressa o significado do que se considera como proteção integral:
21
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de
que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento,
situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem,
condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade
em que vivem. (incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) (BRASIL, ECA, 1990).
Tendo em vista essa mudança paradigmática, encontra-se delineada na lei o modo como crianças e adolescentes passaram a serem considerados:
sujeitos de direitos e que, por sua condição peculiar de desenvolvimento, devem ser tratados/cuidados como prioridade absoluta da família, da sociedade
e do Estado (Poder Público).Esse novo modo de olhar a esse grupo encontra-se expresso do seguinte modo:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito,
à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude (BRASIL, ECA, 1990).
Outra importante concepção do ECA (1990) reside na não aceitação de qualquer forma de discricionariedade a crianças e adolescentes e,
nesse sentido, tanto a família quanto o Estado (Poder Público) poderá ser responsabilizado caso deixe de zelar por seus direitos
fundamentais:
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. (BRASIL, ECA, 1990).
22
A categorização de sujeito de direitos adotada pelo ECA reforça a ideia de que os interesses da criança e do adolescente ganham concretude e, por isso,
devem ser observados pelos diferentes atores e instituições que lidam com esse grupo etário. O conteúdo expresso nesse artigo permite que as partes
envolvidas na garantia dos direitos possam buscar cada vez mais que os interesses infanto-juvenis (no individual e no coletivo) possam ser, de fato,
buscados. Nesse sentido, a própria construção dos Planos Decenais dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes tem, nesse artigo, um dos
principais pontos de partida na definição de eixos, objetivos, metas, responsabilidades.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e
deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. (BRASIL, ECA,
1990).
Essa mudança de conteúdo, método e gestão no trato dos direitos infanto-juvenis reafirmados no ECA (1990) foi possível pela proteção dos direitos
fundamentais desse grupo na CF de 1988, a saber:
Art.227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
(BRASIL, CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988).
A Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU (CDC, 1989) trouxe a inspiração para a reafirmação dos direitos estatutários de 1990, no Brasil, uma
vez que, traz entre suas considerações o seguinte: “a criança deve estar plenamente preparada para uma vida independente na sociedade e deve ser
educada de acordo com os ideais proclamados na Carta das Nações Unidas, especialmente com espírito de paz, dignidade, tolerância, liberdade,
igualdade e solidariedade” (ONU, CDC de 20/11/1989). Nesse sentido, é importante destacar entre seus artigos, as seguintes disposições:
Art.1 Para efeitos da presente convenção considera-se como criança todo ser humano com menos de 18 anos de idade, a não ser que, em
conformidade com a lei aplicável à criança, a maioridade seja alcançada antes. (ONU, CDC, 1989).
Art.2
23
1 – Os Estados Partes respeitarão os direitos enunciados na presente Convenção e assegurarão sua aplicação a cada criança sujeita à sua
jurisdição, sem distinção alguma, independentemente de sexo, idioma, crença, opinião política ou de outra natureza, origem nacional,
étnica ou social, posição econômica, deficiências físicas, nascimento ou qualquer outra condição da criança, de seus pais ou de seus
representantes legais.
2 – Os Estados Partes tomarão todas as medidas apropriadas para assegurar a proteção da criança contra toda forma de discriminação ou
castigo por causa da condição, das atividades, das opiniões manifestadas ou das crenças de seus pais, representantes legais ou familiares.
(ONU, CDC, 1989).
Para que o Estado brasileiro possa garantir a proteção integral expressa nas referidas bases legais como também nas demais referências sobre as políticas
públicas (educação, assistência social, saúde, esporte, cultura, segurança pública, formação profissional, trabalho etc.), o desafio reside em pensar e
executar de modo articulado, planejado, corresponsável e sistêmico, os direitos infanto-juvenis, tendo em vista, a natureza da política de direitos, a sua
incompletude institucional.
Na elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP, houve a observância aos conteúdos estabelecidos no ECA (1990) também no que se refere à Parte II do
ECA que dispõe sobre a Política de Atendimento, a saber:
a) no que se refere à articulação, ambiência sistêmica e corresponsabilidade da política de atendimento:
Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações
governamentais e não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios (BRASIL, ECA, 1990).
Na composição dessa articulação, ambiência sistêmica e corresponsabilidade a partir a natureza da incompletude institucional da política de
atendimento aos direitos infanto-juvenis:
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento:
I - políticas sociais básicas;
II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social de garantia de proteção social e de prevenção e redução de violações de
direitos, seus agravamentos ou reincidências; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
24
III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso,
crueldade e opressão;
IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes desaparecidos;
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente.
VI - políticas e programas destinados a prevenir ou abreviar o período de afastamento do convívio familiar e a garantir o efetivo
exercício do direito à convivência familiar de crianças e adolescentes; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VII - campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar e à
adoção, especificamente inter-racial, de crianças maiores ou de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e
de grupos de irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência (BRASIL, ECA, 1990).
Para que a articulação, a ambiência sistêmica e a corresponsabilidade na execução da política de direitos da criança e do adolescente aconteçam de
forma eficiente e eficaz é necessário ater-se às seguintes diretrizes:
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:
I - municipalização do atendimento;
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das
ações em todos os níveis, assegurada a participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal,
estaduais e municipais;
III - criação e manutenção de programas específicos, observada a descentralização político-administrativa;
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente;
V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social,
preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato
infracional;
VI - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Conselho Tutelar e encarregados da execução das
políticas sociais básicas e de assistência social, para efeito de agilização do atendimento de crianças e de adolescentes inseridos em
programas de acolhimento familiar ou institucional, com vista na sua rápida reintegração à família de origem ou, se tal solução se mostrar
comprovadamente inviável, sua colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei; (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos diversos segmentos da sociedade. (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo
os conhecimentos sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
IX - formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do adolescente que favoreça a intersetorialidade no
atendimento da criança e do adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
X - realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência. (Incluído pela Lei nº 13.257,
de 2016) (BRASIL, ECA, 1990).
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Também é preciso destacar a responsabilidade das novas institucionalidades criadas: o Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente e o Conselho
Tutelar. O primeiro, no que se refere à sua abrangência (municipal, estadual, nacional) e função enquanto órgão deliberativo e controlador das ações em
todos os níveis e representativo da sociedade (governos e organizações da sociedade civil); o segundo, no que se refere à sua especificidade de
abrangência – municipal – e com o fim especial de enquanto “órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei”, de acordo com o artigo 131 do ECA (1990). Os referidos Conselhos têm
seus métodos e procedimentos específicos para o desenvolvimento de sua ação pública; contudo, o que há de comum entre eles é que o exercício efetivo
da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e a tomada de decisão é colegiada (artigos 89 e 135).
Nos tempos de hoje (ECA, 1990), a necessidade do reconhecimento da criança e do adolescente como “sujeitos de direitos” no contraponto às
legislações de ontem (1927 e 1979) a “meros objetos de intervenção”, as atribuições definidas ao CT podem contribuir para que esse grupo etário se
torne pessoas autônomas, críticas, livres e, por isso mesmo, protagonista de seus projetos de vida (particular e coletivo). Isso porque as suas decisões
“somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse” (artigo 137). Nessa esteira, cabe destaque para parte
das atribuições do CT que possam garantir o cumprimento dos direitos infanto-juvenis:
Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança;
(...)
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou
adolescente;
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato
infracional;
(...)
IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da
criança e do adolescente;
26
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição
Federal;
(...)
XII - promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de divulgação e treinamento para o reconhecimento de
sintomas de maus-tratos em crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 13.046, de 2014)
(...)
Os direitos a serem observados pelo conjunto de atores e instituições do Sistema de garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) podem
assim ser resumidos: Educação, saúde, assistência social, segurança pública, esporte, cultura e lazer, formação profissional e trabalho para adolescentes.
27
MARCO CONCEITUAL
Na elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP o marco conceitual refere-se às bases legislativas e outros documentos públicos como é o caso do
PNDDHCA aprovado pelo CONANDA. Também os planos das políticas setoriais (educação, saúde, esporte, cultura, lazer, formação profissional,
trabalho, segurança pública) e os planos temáticos (convivência familiar e comunitária, erradicação do trabalho infantil, exploração sexual, acolhimento
institucional, etc.) constituem-se a gama de referenciais na leitura de cenário e na definição dos eixos, objetivos, metas, responsabilidades, parceiras.
Na adoção do paradigma da proteção integral – um conjunto de direitos para todas as crianças e adolescentes – muitas mudanças previstas na lei devem
chegar sob a forma da garantia de políticas públicas como direitos. Na elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP são retomados os princípios e diretrizes
do PNDDHCA aprovado pelo CONANDA, tendo a definição dos eixos, objetivos e metas.
Princípios
Definição Aspectos considerados
Universalidade dos direitos
com equidade e justiça social Todos os seres humanos são portadores da mesma condição de humanidade; sua igualdade é a base da
universalidade dos direitos. Associar à noção de universalidade as de equidade e justiça social significa
reconhecer que a universalização de direitos em um contexto de desigualdades sociais e regionais implica foco
especial nos grupos mais vulneráveis.
Igualdade e direito à
diversidade Todo ser humano tem direito a ser respeitado e valorizado, sem sofrer discriminação de qualquer espécie.
Associar a igualdade ao direito à diversidade significa reconhecer e afirmar a diversidade cultural, religiosa, de
gênero e orientação sexual, físico-individual, étnico-racial e de nacionalidade, entre outras.
Proteção integral para a
criança e o adolescente A proteção integral compreende o conjunto de direitos assegurados exclusivamente a crianças e adolescentes,
em função de sua condição peculiar de pessoas em desenvolvimento. São direitos específicos que, no seu
conjunto, visam assegurar-lhes plenas condições para o seu desenvolvimento integral.
Prioridade absoluta para a
criança e o adolescente A garantia de prioridade absoluta assegurada a crianças e adolescentes implica a sua primazia em receber
socorro, proteção e cuidados; a sua precedência no atendimento e a sua preferência na formulação e execução de
políticas e na destinação de recursos públicos.
28
Reconhecimento de crianças e
adolescentes como sujeitos de
direitos
O reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos significa compreendê-los como
detentores de todos os direitos da pessoa humana, embora o exercício de alguns seja postergado. A titularidade
desses direitos é plenamente compatível com a proteção integral, esta sim devida apenas a eles.
Diretrizes
Definição Aspectos considerados Descentralização político-
administrativa A Constituição Federal de 1988 elevou os municípios à condição de entes federados e estabeleceu novo pacto
federativo, com base na descentralização político-administrativa e na coresponsabilidade entre as três esferas de
governo para a gestão e o financiamento das ações.
Participação e controle social A participação popular organizada na formulação e no controle das políticas públicas de promoção, proteção e
defesa dos direitos da criança e do adolescente está prevista na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e
do Adolescente; seus espaços preferenciais de expressão são os conselhos dos direitos e as conferências.
Intersetorialidade e trabalho
em rede A organização das políticas públicas por setores ou públicos impõe a adoção da ótica intersetorial e de trabalho
em rede para compreensão e atuação sobre os problemas, o que está previsto no ECA ao estabelecer que a
política de atendimento aos direitos de crianças e adolescentes se dará por meio de um conjunto articulado de
ações governamentais e não governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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MARCO SITUACIONAL DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Composição dos dados e informações
A leitura de cenário sobre a situação do grupo etário infanto-juvenil no município de Jacareí/SP foi realizada a partir da coleta de dados e informações
em diversas fontes: sites da Prefeitura Municipal e Câmara Municipal; planos das políticas públicas setoriais e temáticos; entrevistas com representantes
governamentais e não governamentais no CMDCA; entrevistas com o Conselho Tutelar; escutas públicas (oficinas) com crianças, adolescentes e
jovens, com familiares; seminários e colóquios com movimentos sociocomunitários; reuniões de trabalho com os profissionais interprofissionais das
diferentes secretarias de governo; encontros com a Comissão Municipal Intersetorial; colóquios e seminários com atores das instituições que compõem
o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (Sistema de Justiça, Executivo, Legislativo), com a segurança pública e com a rede de
proteção social e socioassistencial; leitura de documentos resultantes das Conferências Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente; fontes
oficiais de dados e informações sistematizadas (IBGE, IPEA, SDH-PR, MDS, MEC, Saúde, Fundação CASA, entre outras). Os objetivos do
PMDDHCA de Jacareí/SP foram trabalhados a partir do PNDDCA (nacional) e as metas resultantes também dos planos das políticas municipais da
educação, saúde, assistência e social e respectivos planos temáticos.
Foram realizadas as seguintes atividades durante o processo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP:
- 02 (duas) oficinas, sendo uma com crianças, adolescentes, jovens e outra com as famílias, contando com a participação de 72 crianças,
adolescentes e jovens e 37 familiares;
- 02 (dois) colóquios, com a participação de 96 atores representativos de instituições públicas relacionadas às políticas setoriais (educação,
saúde, esporte, cultura, lazer, assistência social, segurança), representantes do Sistema de Justiça (Ministério Público e Defensoria Pública),
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dos Conselhos das Políticas Setoriais, dos Direitos da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar e de membros integrantes da Comissão
Municipal;
- 12 (doze) encontros de trabalho com a Comissão Municipal Intersetorial do qual fazem parte 8 (oito) representantes;
- 06 (seis) encontros com os conselheiros de direitos (titulares e suplentes), representantes governamental e não governamental, com a
presença de 10 conselheiros/média, a cada encontro;
- 12 (doze) entrevistas com os representantes governamentais no CMDCA (educação, esportes, assuntos jurídicos, assistência social,
finanças) com o Conselho Tutelar, um total de 12 entrevistados, exceção feita à saúde e cultura;
- 06 (seis) devoluções a cada processo de escuta.
Para a realização dessa gama de atividades, foram enviadas correspondências e, também, feito contato telefônico, convidando atores e respectivas
instituições para a participação no processo democrático e participativo de elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP, envolvidos direta e indiretamente
com a implementação da política de direitos humanos à criança e ao adolescente.
As atividades propiciaram o debate sobre os direitos e a situação da criança e do adolescente no Brasil, no Estado de São Paulo e no município de
Jacareí/SP, o fortalecimento da titularidade dos direitos constitucionais e reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e como
pessoas em condição peculiar de desenvolvimento, a prioridade absoluta de cuidado da família, da sociedade e do Estado.
Nessas atividades, apresentavam-se os eixos norteadores do Plano Nacional Decenal dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes (PNDDHCA) e
sua adequação à realidade local, os dados e informações e coletados, o marco legal e conceitual sobre o direito da criança e do adolescente, as
dificuldades, impasses, resultados e perspectivas sobre a implementação da política de direitos humanos desse grupo etário. As diferentes estratégias
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utilizadas no desenvolvimento de cada atividade possibilitaram a adequação dos eixos norteadores, objetivos, metas, responsáveis, parcerias e indicação
de financiamento para a composição do PMDDHCA de Jacareí/SP para o decênio 2017 a 2027. Ao fim de cada atividade as contribuições e sugestões
eram sistematizadas e apresentadas aos envolvidos com a elaboração do PMDDHCA de Jacareí/SP.
O PMDDHCA de Jacareí/SP será também submetido à consulta pública na modalidade on line para que a sociedade para que possa contribuir com o
processo democrático e participativo de elaboração de um plano de dimensão político-técnica em favor dos interesses da criança e do adolescente. A
partir das contribuições advindas desse processo de consulta pública, outra sistematização do plano será feita e, após, envio do plano para o CMDCA de
Jacareí/SP, órgão colegiado que procederá a apreciação e aprovação, por meio de Resolução. Uma vez aprovado pelo CMDCA o plano deverá ser
enviado ao Executivo Municipal para transformação em lei, publicação no Boletim Oficial do Município e difusão para as instituições públicas nos
âmbitos nacional (CONANDA), estadual (CONDECA) e municipal e disponibilizado nos sites do CMDCA e Prefeitura Municipal.
Com o PMDDHCA aprovado e publicado, espera-se que todos os órgãos e instituições que compõem o Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e
do Adolescente (SGDCA) continuem assumindo o compromisso de tornar realidade a efetivação de cada um dos direitos fundamentais ao pleno
desenvolvimento integral da infância e adolescência por meio da implementação das políticas e ações públicas de modo articulado e sistêmico como
define o ordenamento jurídico e institucional em vigor, especialmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), nos artigos 86 a 88.
A ação em conjunto, integrada e comprometida objetiva melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes de Jacareí: que, cada uma delas possa
ter o reconhecimento de que são sujeitos de direitos (portadores de cidadania) e, com isso, possa ter sua vida, seus projetos pessoais e coletivos
modificados em razão da efetividade dos direitos fundamentais, sem qualquer traço de discricionariedade, pela família, sociedade e Estado (Poder
Público).
Município de Jacareí
32
População estimada 2016 (1) 228.214
População 2010 211.214
Área da unidade territorial 2015
(km²) 464,272
Densidade demográfica 2010
(hab/km²) 454,94
Código do Município 3524402
Gentílico jacareiense
Prefeito 2017 IZAIAS JOSÉ DE SANTANA
Fonte: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=352440
Jacareí/SP faz parte da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Faz limite ao norte com São José dos Campos; ao sul, com Santa
Branca e Guararema; a leste, com Jambeiro; e, a oeste, com Igaratá e Santa Isabel. É servido pelas Rodovias Presidente Dutra (liga São Paulo ao Rio de
Janeiro), Rodovia Pedro I (liga Jacareí à região de Campinas), Rodovia Ayrton Senna (paralela à Rodovia Presidente Dutra e liga Jacareí a São Paulo),
Rodovia Carvalho Pinto (continuação das Rodovias Airton Senna até Taubaté), Estrada Velha Rio-São Paulo (liga São Paulo a Taubaté) e Rodovia Nilo
Máximo (liga Jacareí a Santa Branca).
Faz parte do chamado Complexo Metropolitano Expandido que compõe, aproximadamente, 75% da população do Estado de São Paulo. As regiões
metropolitanas de Campinas, São Paulo, Baixada Santista e do Vale do Paraíba e Litoral Norte já formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul.
O município de Jacareí3 localiza-se no início da Bacia do Rio Paraíba do Sul, entre dois principais centros urbanos do país, a 72 km de São Paulo e a
350 k m do Rio de Janeiro. Tem uma área de 464,272 km2, sendo 98,62% dessa área urbanizada. A densidade demográfica corresponde a 459,46
hab/km2.
3 O termo Jacareí" é proveniente da língua tupi e significa "rio dos jacarés" pela junção dos termos îakaré (jacaré) e 'y (água, rio). In NAVARRO, E. A. Método
moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos, 3ª. edição revista e aperfeiçoada, São Paulo. Global. 2005.
33
O município nasceu a partir da ocupação do Interior pelos paulistas durante o período colonial na busca por mão de obra indígena e à procura de fontes
minerais. Jacareí tornou-se cidade pela Lei nº 17 de 03 de abril de 1849 e, devido à ausência de registro preciso de quando iniciou a povoação da vila,
denominada de Nossa Senhora da Conceição da Paraíba, a data comemorativa de sua fundação é 03 de abril, contando sua existência a partir de 1652.
Segundo pesquisas, o núcleo inicial da cidade está nas redondezas da Capela do Avareí (1728) e, depois, nas redondezas do Largo da Matriz (século
XIX), que foi urbanizado na década de 1930. O Largo da Matriz continua, desde aquela época, palco das festas em homenagem à padroeira da
cidade, Nossa Senhora da Imaculada Conceição. O dia da padroeira é comemorado em 8 de dezembro e feriado municipal. O Brasão, a Bandeira e o
Hino Oficial da cidade foram instituídos por lei municipal em 1952, 1968 e 1969, respectivamente.
Os dados da população, segundo o Censo Populacional do IBGE de 2010, totalizavam 211.214 habitantes, com estimativa para 224.826 em 2014 e
228.214 em 2016. É um município predominantemente urbano: do total da população, 98,62% (208.297) residem em área urbana e 1,38% (2.917) em
área rural. A média de moradores em domicílios particulares ocupados equivale a 3,28 moradores.
A população infanto-juvenil entre menos de um ano a 24 anos de idade, é 64.299 com a seguinte representação, sendo 33.609 formadas por homens e
30.690 por mulheres. Contudo cabe destaque para a faixa etária de menos de um ano de idade até 19 anos ser representada por 24.884 homens e 21.209
mulheres, totalizando 46.792. Concentra-se nessa faixa etária a população de maior preocupação da política de direitos infanto-juvenis.
Total de homens e mulheres na faixa etária considerada criança, adolescente e jovem - Censo demográfico IBGE 2010
Homens 33.609
Homens de 1 a 4 anos de idade 5.776
Homens de 10 a 14 anos de idade 9.002
Homens de 15 a 19 anos de idade 8.725
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Homens de 20 a 24 anos de idade 8.725
Homens de menos de 1 ano de idade 1.381
Mulheres 30.690
Mulheres de 1 a 4 anos de idade 5.665
Mulheres de 10 a 14 anos de idade 8.559 V
Mulheres de 15 a 19 anos de idade 8.344
Mulheres de 20 a 24 anos de idade 8.782
Mulheres de menos de 1 ano de idade 1.340
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010
Em relação à taxa de fecundidade percebe-se uma progressiva diminuição do número de nascimentos, diminuindo a população jovem e, nesse quesito,
suplanta a realidade nacional, estadual e regional, tendo a menor taxa de fecundidade, a saber: Brasil (1.89), São Paulo (1.66) e Jacareí (1.52).
Os indicadores gerais do município são: densidade demográfica 459,46 hab./km2; mortalidade infantil até 01 (um) ano de idade 16,67 por mil;
expectativa de vida 70,80 anos; taxa de fecundidade 2,19 filhos por mulher; taxa de alfabetização 93.97% e índice de desenvolvimento humano-M
Educação 0,740 (alto); índice de desenvolvimento humano (IDH-M) 0,777 (alto); índice de desenvolvimento humano renda (IDH-M Renda) 0,749
(alto); índice de desenvolvimento humano longevidade (IDH-M Longevidade) 0,837 (muito alto) (Fontes: IPEADATA, PNUD, IBGE).
Políticas públicas
1. Educação
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O Plano Municipal Decenal de Educação (PME, período 2015 a 2025) foi aprovado em 22/08/2015 pela Lei nº 5.954/2015. Traz um total de 10 (dez)
diretrizes para a implementação no período: erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento escolar, superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação, melhoria da qualidade da educação,
formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade, promoção do princípio da
gestão democrática da educação pública, promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; estabelecimento de meta de aplicação de
recursos públicos em educação que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; valorização dos
profissionais da educação e promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
Tem destaque na elaboração do PMDDHCA as metas e estratégias do PME que são objeto das garantias dos direitos do grupo etário infanto-juvenil,
numa ação articulada dos Conselhos – Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Tutelar, Conselho de Saúde, Conselho de Assistência Social,
Conselho da Pessoa com Deficiência – na sua relação com o Conselho Municipal de Educação – e respectivas secretarias.
Vale ressaltar dados sobre matrículas, docentes e rede escolar em 2015 apresentam o seguinte quadro (Fonte IBGE, http://www.cidades.ibge.gov.br/)
a) sobre o total de escolas (2015): 65 escolas de ensino fundamental, 63 escolas de ensino pré-escolar e 38 escolas de ensino Médio.
O Município é responsável pela educação infantil e até ao 6º ano do ensino fundamental. Os demais são de responsabilidade o ente estadual (São Paulo).
Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar -
2015
Escolas - Ensino fundamental 85 Escolas
Escolas - Ensino médio 38 Escolas
Escolas - Ensino pré-escolar 63 Escolas
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A Diretoria de Ensino da Jacareí (rede estadual) jurisdiciona seis municípios da nossa região: Arujá, Guararema, Igaratá, Jacareí, Santa Branca e Santa
Isabel, somando ao todo 58 escolas com atendimento aos Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental, ao Ensino Médio, Educação de Jovens e
Adultos, para aqueles que não concluíram seus estudos na idade correta, além de possuir um Centro de Estudo de Línguas, duas Fundações Casa, uma
Escola de Tempo Integral e uma Escola de Ensino Integral.
b) sobre o total de docentes (2015): 1.510 no ensino fundamental, 709 ensino médio e 304 no ensino pré-escolar.
Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar -
2015
Docentes - Ensino fundamental 1.510 Docentes Docentes - Ensino médio 709 Docentes Docentes - Ensino pré-escolar 304 Docentes
Os dados sobre o nº de professores em sala de aula e em diferentes níveis e modalidades de ensino são os seguintes:
Tipologia Ensino
Fundamenta
l
Ensino
Infantil
Educação
de Jovens
e Adultos
Arte Educação
Física
Educação
Especial
Total
Efetivos 352 176 0 40 46 12 626
Contratados 128 71 12 08 04 15 238
Fonte: SME/DOE, 2017.
c) sobre o total de matrículas (2015): 27.299 no ensino fundamental, 9.884 no ensino médio e 5.818 no ensino pré-escolar.
Ensino - Matrículas, Docentes e Rede Escolar -
2015
Matrícula - Ensino fundamental 27.299 Matrículas Matrícula - Ensino médio 9.884 Matrículas Matrícula - Ensino pré-escolar 5.818 Matrículas
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No PME (decenal) para o período de 2015 – 2025 as metas que cabem destaque ao PMDDHCA relacionam-se à:
Educação Básica: Educação Infantil
Meta1 – Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos e 11 meses de idade e ampliar até o final
da vigência deste Plano (educação) a oferta de vagas em creches de forma a atender com qualidade, no mínimo 50%, das crianças do município de 0
(Zero) até 3 (três) anos de idade e 11 meses.
No caso da educação infantil denominada creche, tem-se a seguinte divisão: Creche I – de 0 a 11 meses; Creche II – de 1 ano até 1 ano e 11 meses e
Creche III – de 2 anos até 3 anos e 11 meses. Ao todo são 23 unidades escolares denominadas Creches em funcionamento no município, sendo, 9 (nove)
governamentais e 14 não governamentais, conveniadas. As governamentais tem capacidade para 930 vagas e as não governamentais somam-se 2.295
vagas, um total geral 3.225 vagas (Fonte: SME, Formação de Classes 2017, Creches, atualizado em 19/01/2017).
No caso da educação infantil (pré-escola) são 33 unidades escolares (uma delas é Creche Pré-escola) com capacidade total para 5.562 vagas, sendo: 18
unidades para o maternal, com capacidade para 560 vagas; 100 unidades para o Pré I, com capacidade para 2.344 vagas; são 105 unidades para o Pré II,
com capacidade para 2.658 vagas (Fonte: SME, Formação de Classes 2017, Creches, atualizado em 19/01/2017).
Meta 1: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para crianças de 4 a 5 anos de idade e ampliar, até o final da vigência deste Plano a
oferta de vagas em creches de forma a atender com qualidade, no mínimo 50%, das crianças do município de até 3 anos de idade.
Os dados do Censo Escolar de 2016 indica o seguinte quadro de matriculados, em tempo integral:
Pré I 10
Pré II 14
38
Total 24
Fonte: SME / DPE, Fev.. 2017.
Os dados da SME/DPE em 24/02/2017 mostram a seguinte situação em relação ao nº de classes e alunos na Educação Infantil:
Classes 22
Alunos 512
Fonte: SME / DPE, Fev.. 2017.
Na entrevista realizada em 06/03/2017 com representantes da área da educação municipal no CMDCA tem-se o seguinte:
- sobre o programa federal Brasil Carinhoso o debate entre os governos (federal e municipal) para a sua viabilidade ainda não foi articulado;
- o atendimento à demanda por educação infantil essa vem sendo feita todas as terças e quartas-feiras no período da manhã, na sede da secretaria;
- no primeiro semestre de 2017 serão entregues mais 2 (duas) creches com a capacidade para 200 atendimentos;
- no segundo semestre de 2017 serão entregues mais 2 (duas) creches também com capacidade para 200 atendimentos;
- a prioridade é para a r4ealização de diagnóstico sobre a situação da educação de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos e 11 meses;
Educação Básica: Ensino Fundamental
Meta 2 - Universalizar o Ensino Fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que pelo menos 97% dos alunos concluam essa
etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.
Os dados e informações relativos à Educação Básica em 2017, considerando o Ensino Fundamental de responsabilidade do executivo municipal são os
seguintes:
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Total de classes: 448
Total de alunos: 12.341
Fonte: SME / DPE, Fev.. 2017.
Na entrevista realizada em 06/03/2017 com representantes da área da educação municipal no CMDCA e gestora da educação fundamental, tem-se as
seguintes prioridades:
- o tema da violência e violação de direitos de estudantes (crianças e adolescentes) envolvidos com substâncias psicoativas e mesmo no tráfico de
drogas (na modalidade denominada de “aviãozinho”) é fato que vem preocupando a educação tendo em vista as ausências e mesmo ao pouco
aproveitamento e rendimento escolar e que precisa ter ação articulada com demais áreas das políticas públicas;
- há necessidade de continuar e buscar outras estratégias e articulação com as demais políticas setoriais e Conselho Tutelar sobre a violência doméstica e
a exploração sexual;
- sobre a municipalização de todo o ensino fundamental ainda não está em debate;
- na educação fundamental – da 1ª a 5ª séries são atendidos 12.341 alunos em 448 classes, de responsabilidade do executivo municipal;
- manutenção do programa Mais Educação com melhor direcionamento para o campo da educação.
No ano de 2017, no município de Jacareí, 28 Escolas Estaduais garantem o Ensino Fundamental com o seguinte total de matrículas:
Ano Total de Escolas Total de matrículas
2017 28 331 Anos Iniciais
9.298 Anos Finais
Fonte: Centro de Informações Educacionais e Gestão da Rede Escolar - CIE JAC / Diretoria de Ensino da Região
de Jacareí - DER JAC, 24/03/2017
Educação básica: Ensino Médio e Profissionalizante
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Meta 5 - Estimular políticas públicas que tenham como objetivo levar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de
modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor
escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano de 2017, no município de Jacareí, 25 Escolas Estaduais garantem o Ensino Médio atendendo um total de 8.178 alunos matriculados (Fonte:
Centro de Informações Educacionais e Gestão da Rede Escolar - CIE JAC / Diretoria de Ensino da Região de Jacareí - DER JAC,
24/03/2017).
Meta 6 - Contribuir com o aumento de matrículas da educação profissional técnica de nível médio, prezando pela a qualidade da oferta e que pelo
menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.
Meta 7 - Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de
vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).
No município tem-se 01 (uma) ETEC – Escola Técnica Estadual mantida pelo CEETEPS, instituição pública do Governo do Estado de São Paulo.
Oferece os seguintes cursos: Administração, Agrimensura, ETIM (Administração, Agropecuária, Meio Ambiente), Logística, Meio Ambiente, Química
e Redes de Computadores.
Modalidade de Ensino: Educação de Jovens e Adultos
Meta 10 - Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na
forma integrada à educação profissional.
Os dados da SME/DPE indicam o seguinte quadro sobre a situação da EJA:
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Total de classes: 13
Total de alunos: 203
Fonte: SME, 24/02/2017
Meta 11 - Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 98% (noventa e oito por cento) até 2020 e, até o final da
vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir para 15% (quinze por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
Modalidades de Ensino: Educação Especial e Inclusiva
Meta 12 - Universalizar, para população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtorno globais de desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia
de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
Modalidade de Ensino: Educação Integral
Meta 13 - Oferecer Educação em tempo integral através de parcerias com o Governo Federal e Estadual em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de
forma a atender, pelo menos, 25% dos (as)alunos(as) da Educação Básica.
Sobre as matrículas na Educação Integral relativas ao Ensino Fundamental, o Censo de 2016 indica o seguinte quadro:
1º ano 15 2º ano 17
3º ano 19 4º ano 67 5º ano 128 Total 660
Fonte: Censo Escolar 2016/SME-DPE de Jacareí/SP
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Na escuta com crianças e adolescentes (Oficinas) e atores sociais (Colóquios) as sugestões para o PMDDHCA foram:
1. ampliação de recursos humanos e materiais para a capacitação dos profissionais da educação para o trabalho com famílias visando a solução de problemas
que acontecem no interior da escola minimizando encaminhamentos para outras políticas com a inserção de profissionais da psicopedagogia nas escolas. 2. aumento da quantidade de creches e pré-escola.. 3. municipalizar o Ciclo 2 do Ensino Fundamental. 4. escolas em tempo integral, municipais e estadual. 5. oferta de atividades socioeducativas, culturais, esportivas para alunos das escolas estaduais nos EducaMais. 6. garantia de acesso e permanência para as pessoas com deficiência na escola de ensino regular e com qualidade. 7. efetivar programas de capacitação permanente dos profissionais da educação para inclusão dos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas,
pessoas com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades (superdotados)..
2. Saúde
O Plano Municipal de Saúde (PMS) para período 2014 a 2017 foi aprovado em Este documento foi apreciado e aprovado pelo Conselho Municipal de
Saúde de Jacareí em reunião ordinária do dia 27 de fevereiro de 2014. Nele estão contidas as diretrizes, objetivos e as metas planejadas, além do
compromisso do governo municipal para o setor, em consonância com as demais esferas de governo, de acordo com as diretrizes do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Os dados e informações do referido plano são de 2013. Não foi possível realizar a entrevista marcada no dia 07/03/2017 com os conselheiros da saúde
representantes no CMDCA para a atualização dos dados sobre saúde da população infanto-juvenil, pela ausência dos conselheiros da saúde no horário
da entrevista e na sede dos Conselhos.
Foram definidos 7 (sete) eixos a serem desenvolvidos na política de Saúde, segundo a definição do PMS para o período de 2014 - 2017:
I. Implementar a regulação de acesso aos serviços de saúde;
II. Desenvolvimento de serviços e ações de saúde para segmentos da população mais vulnerável, com necessidades específicas e riscos à
saúde prioritários;
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III. Redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância à saúde;
IV. Gestão dos recursos destinados a Secretaria de Saúde;
V. Fortalecimento da participação da comunidade e do controle social na gestão do SUS;
VI. Gestão da educação e do trabalho no SUS.
Sobre a expectativa de vida e sobrevida os dados comparativos são os seguintes:
Esperança de vida ao nascer (2010)
Brasil - 73.94 São Paulo - 75.69 São José dos Campos – 76,27 Jacareí - 75.20 Fontes: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013: PMS de Jacareí, 2014-2017
Outra informação importante pode ser passada pela taxa de fecundidade de uma população. Progressivamente há uma diminuição do número de
nascimentos, diminuindo a população jovem. Jacareí, neste item, suplanta a realidade nacional, estadual e regional, tendo a menor taxa reprodutiva.
Taxa de fecundidade total (2010)
Brasil - 1.89
São Paulo - 1.66
São José dos Campos – 1,63
Jacareí (SP)- 1.52
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013; PMS de Jacareí, 2014-2017
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No que se refere à política de saúde para a população de adolescentes e jovens, “as ações, condutas e atividades são voltadas para a população de
adolescentes e jovens de uma maneira geral” e, a SMS “trabalha com linhas de cuidado, por ciclos de vida ou redes de atenção, em consonância com as
normas e diretrizes do SUS (Sistema Único da Saúde)”.
Os projetos e ações com adolescentes e jovens são realizados, em sua grande maioria “nos espaços em que eles vivem e convivem, como por exemplo,
nas Unidades Escolares, buscando levar temáticas como dependência química, doenças sexualmente transmissíveis, sexualidade com vistas à promoção,
prevenção e também à captação de situações já instaladas que imponham alguma intervenção”. E, os adolescentes em cumprimento de medidas
socioeducativas participam incluídos nas Unidades Escolares, se apropriam de toda essa programação e “dos espaços de saúde aos quais têm direito,
bem como a assistência a seus familiares”.
Um dos desafios para a área da saúde consiste no debate de casos “deslocando o foco médico-centrado para a esfera da clínica ampliada, com ênfase
nos aspectos biopsicossociais com vistas a ampliar as possibilidades de saída do jovem desta realidade excludente”. Nesse sentido, o investimento da
SMS recai “na estratégia de Saúde da Família, onde a família passa a ser o objeto de atenção, no ambiente em que vive, permitindo uma compreensão
ampliada do processo saúde/doença”. É objetivo da SMS que “o profissional considere esta demanda como parte da atenção básica e que receba suporte
técnico especializado através do matriciamento, no que se refere ao atendimento dos jovens em cumprimento de medidas socioeducativas e suas
especificidades”.
Apesar de ainda a SMS não participar da elaboração do PIA do adolescente, “porém há uma troca de informações entre estes profissionais (SAS-
CREAS) e técnicos da Saúde para a inclusão dos jovens e adolescentes aos serviços de saúde que, por sua vez, devem elaborar o Projeto Terapêutico
Singular (PTS) a ser compartilhado com os profissionais do Sistema de Garantia de Direitos que atuam no caso”. Contudo, não há no Plano Municipal
de Saúde, eixo específico para o atendimento desse adolescente; contudo, “ao elaborarmos o Plano de Atenção à Saúde do Adolescente existe uma
diretriz que contempla ações direcionadas a esta população, considerando suas especificidades e vulnerabilidades” (Fonte Doc. SMS, s.d.).
O saneamento básico de uma localidade também reflete seu grau de evolução e é fator de interferência direta na saúde pública. Acesso à água encanada
e tratada, esgotamento sanitário, energia elétrica e coleta de lixo irão influenciar diretamente fatores condicionantes de saúde.
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Seguindo os dados apresentados abaixo, verificamos que o município tem valores similares aos do Estado de São Paulo e de maneira geral superiores ao
Brasil.
Cabe neste momento ressaltar que o fato de se ter esgotamento sanitário não significa diretamente ter esgoto tratado. Entende-se por esgotamento
sanitário a retirada de esgotos da residência. A destinação destes resíduos também irá implicar diretamente no bioma local, pois quando não tratado,
polui córregos e rios que, por consequência, poderão contaminar águas de abastecimento, dentre outros problemas.
Sendo assim é importante lembrar que o município de Jacareí, nos últimos anos, vem implantando um programa de tratamento de esgotos, com o intuito
de elevar de 20% para 70% a eliminação dos resíduos contaminantes na natureza.
Saneamento básico e infraestrutura - % da população em domicílios com: ano base 2010
Lugar Água encanada Banheiro e água
encanada Coleta de lixo Energia
elétrica Brasil 92,72 87,16 97,02 98,58 São Paulo 98,57 97,12 99,62 99,91 São José dos Campos 98,84 97,34 99,82 99,95 Jacareí 98,77 98,48 99,54 99,84 Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013; PMS de Jacareí, 2014-2017.
Sobre a rede assistencial SUS no município, Jacareí conta com uma complexa rede de assistência à saúde SUS, sendo referência em média e alta
complexidade (nefrologia e oncologia) para os municípios de Igaratá e Santa Branca, e alta complexidade em oncologia para o Litoral Norte. Sobre a
rede física instalada, os serviços de saúde abrangem todos os níveis de assistência, sendo assim serão apresentados de acordo com esta classificação:
Na Atenção Básica de Saúde há 17 unidades de básicas de saúde, trabalhando com estratégias diferenciadas e espalhadas por todo território.
Promovendo atendimento com o conceito de unidades básicas tradicionais, o município tem as seguintes unidades: UBS Parque Brasil, UBS Jardim
Paraíso, UBS Vila Zezé, UBS Bandeira Branca, UBS Esperança.
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O total de serviços de saúde, por região, é o seguinte:
Região Quantidade
Central 9
Leste 5
Norte 3
Oeste 6
Sul 4
Fonte: CREAS Jacareí; PMASE de Jacareí, 2015 - 2025.
Em uma modalidade similar de assistência tradicional, porém com horário de atendimento estendido até às 19 horas, e ainda contando com o
atendimento de um médico clínico geral, em atendimento de livre demanda, há as seguintes unidades: UBS 12 Horas Parque Santo Antônio, UBS 12
Horas Santa Cruz dos Lázaros, UBS 12 Horas Jardim das Indústrias, UBS 12 Horas Cidade Salvador.
Há unidades de saúde que atendem com a Estratégia Saúde da Família, sendo que estas estão localizadas nas regiões mais periféricas da cidade: UMSF
Pagador Andrade, UMSF Parque Meia-Lua, UMSF Rio Comprido, UMSF Santo Antônio da Boa Vista, UMSF Jardim do Vale, UMSF Igarapés, UMSF
São Silvestre, UMSF Emília.
Em se tratando da Atenção Especializada no nível secundário de assistência existem vários equipamentos que realizam esta modalidade nas áreas de
reabilitação, médica e odontológica especializada, infectologia e saúde mental, a saber:
SIM – Sistema Integrado de Medicina - Atendimento médico ambulatorial
especializado:
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Cardiologista adulto e infantil, Cirurgião pediátrico, Cirurgião cabeça e pescoço, Cirurgião geral,
Cirurgião tórax, Cirurgião vascular, Dermatologista, Gastroenterologista, Endocrinologista adulto e
infantil, Geriatra, Coloproctologista, Hematologista, Homeopata, Neurologista adulto e infantil,
Oftalmologista, Ortopedista, Otorrinolaringologista, Pneumologista adulto e infantil , Proctologista,
Reumatologista adulto e infantil, Urologista
CEO – SORRISO - Atendimento Odontológico Especializado:
Endodontia, Cirurgia oral especializada, Pacientes especiais, Semiologia, Radiologia, Periodontia,
Prótese.
Centro de Reabilitação:
Fonoaudiologia, Fisioterapia, Acompanhamento psicológico, Assistência social, Terapias, Exames,
Protetização
Ambulatório de Saúde Mental:
Psiquiatria, Psicologia, Terapia ocupacional, Enfermagem, Assistência social
Ambulatório de Saúde da Mulher:
Tratamento e biópsias de lesões; Citologia oncológica; Eletrocauterização ; Inserção de DIU
Centros de atenção especializada a portadores de transtornos mentais:
CAPS AD – Centro de Atendimento Psicossocial para pessoas com problemas com álcool e drogas
CAPS II – Centro de Atendimento Psicossocial para pessoas com transtornos mentais graves
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CAIA - Centro de Atenção Integral ao Adolescente:
Hebiatra, Ginecologista, Psicologia, Assistência social, Matriciamento para Atenção Básica
Centro de Apoio Diagnóstico:
Laboratório Municipal
Urgência e emergência:
Unidade de Pronto Atendimento - UPA Infantil, UPA Parque Meia-Lua (infantil e adulto)
Hospitais de retaguarda:
Santa Casa de Misericórdia, Hospital São Francisco de Assis (Maternidade e Oncologia)
Programa Municipal de Prevenção às DST/HIV/Aids:
O Programa Municipal de Controle de DST/HIV/AIDS tem como objetivo principal prevenir a contaminação da população das chamadas Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST), além de oferecer assistência às pessoas com HIV/Aids em nosso município. Promove uma política de saúde
integral, ou seja, desenvolve ações nas áreas de vigilância epidemiológica, promoção, prevenção, assistência, considerando como prioridade o
desenvolvimento humano.
O município tem um serviço ambulatorial específico para atendimento de pessoas com doenças infecciosas, o Ambulatório de Infectologia, que
promove o acompanhamento das pessoas diagnosticadas com HIV ou Aids, outras DST (como a sífilis) e hepatite viral. Este serviço presta 27
atendimentos integral e de qualidade aos usuários, por meio de uma equipe multiprofissional, composta por médicos, psicólogo, enfermeiros e
assistentes sociais.
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O serviço tem um olhar específico para HIV e Aids, porque, diferentemente de outras doenças, essa tem um longo período silencioso, em que não
existem sintomas. São os que chamamos de portadores saudáveis, indivíduos infectados com o vírus HIV e que ainda não desenvolveram a doença,
todavia podem transmitir o vírus para outras pessoas através do sexo sem proteção, compartilhamento de agulhas e seringa, entre outras. Um
complicador para estes casos é quando a patologia vem associada à gestação.
Os dados nos indicam certo aumento nas gestantes com HIV/Aids e sífilis, colocando em risco a criança que está sendo gerada quando não
acompanhadas e tratadas. O número de gestantes não tratadas vem aumentando e há indícios de estar diretamente relacionado ao consumo de drogas
lícitas e ilícitas, levando à não adesão ao pré-natal e acompanhamento da gestação e parto. Esta é uma diretriz que será enfrentada nestes próximos anos,
por meio de ações específicas.
Os dados de 2013 da Diretoria de Vigilância à saúde indicavam o seguinte quadro:
HIV e Aids: 29 masculinos e 21 femininos
Gestantes com HIV: 13 casos
Crianças Expostas ao HIV: 10 casos
Aids em menores de 13 anos: 0 (nos anos de 2010, 3 casos; 2011, 5 casos; 2012, 1 (um) caso).
Gestantes com sífilis: 25 casos
Crianças com sífilis congênita: 19 casos
Coeficiente de mortalidade infantil – Indicador 2013*
Coeficiente de mortalidade neonatal precoce: 4,82
Coeficiente de mortalidade neonatal tardia: 1,85
Coeficiente de mortalidade pós-neonatal: 5,56
50
Coeficiente de mortalidade infantil: 12,24
(Fonte: Data SUS/Comitê de mortalidade infantil); PMS de Jacareí, 2014-2017- * Dados parciais sujeitos a revisão)
O município de Jacareí tem um Comitê de Prevenção à Mortalidade Materno-Infantil e Fetal atuante e todos os óbitos de crianças menores de um ano,
natimortos, mulheres em idade fértil, gestantes e puérperas são investigados. Sendo a grande maioria dos casos de óbito materno infantil e fetais com
causas identificadas, auxiliam e contribuem também para o planejamento de políticas de saúde.
Houve avanço na assistência materno-infantil nos últimos 12 anos em nosso município. Nesse período a tecnologia avançou e, com ela, a ciência
médica. O acesso da nossa população a essa tecnologia também aumentou.
A mortalidade infantil, após um período de queda, apresentou nos últimos três anos tendência à elevação. Embora o componente neonatal seja o de
maior peso na Taxa de Mortalidade Infantil Total, foi o componente pós-neonatal que sofreu aumento considerável em 2013.
Segundo análise do Comitê de Mortalidade Materno-infantil e Fetal, a maioria dessas crianças eram crianças de risco biológico ao nascer.
Apesar dos avanços ocorridos em relação à captação precoce das gestantes nas UBS, aumento no número de consultas pré-natal, há a necessidade de
melhorias na vigilância à gestante no final da gestação e na assistência pós-parto, para diagnosticar possíveis intercorrências com a gestante e o recém-
nascido.
Em relação à amamentação, há a necessidade de treinamento para os médicos, equipe de enfermagem e agentes comunitários,sendo o aleitamento
materno um ato de importância fundamental na prevenção da desnutrição e de outros agravos e, principalmente, na redução da mortalidade infantil.
51
Outro fator agravante e determinante é o aumento do indicador de mortalidade maternoinfantil, decorrentes de mães usuárias de crack e outras drogas
lícitas e ilícitas.
A análise da produtividade é utilizada como parâmetro para avaliar a dispensação dos serviços de saúde existentes e é medida a partir do número de
consultas ou procedimentos ofertados pela rede de saúde local. Para estas análises, o parâmetro utilizado é ditado pela portaria 1.101/2002 do Ministério
da Saúde.
Quanto à oferta de consultas médicas, o indicador a ser alcançado é o de 2,5 consultas/habitante/ano. Para estas interpretações também temos que
considerar a parcela da população que é realmente atendida pelo SUS local. Esta população é denominada de SUS dependente, ou seja, 100% de suas
necessidades dependem de ações e serviços públicos.
O município de Jacareí considera como parâmetro de população SUS dependente o correspondente a 58,9% da população total, tendo como base os
indicadores do Caderno Nacional da Atenção Básica para o município. Se considerarmos dados da ANS (Agencia Nacional de Saúde), essa
dependência total no município seria ainda menor, 52,7%, conforme seguintes dados:
População de Jacareí(*): 216.432
Cobertura de Plano de Saúde (**): 102.287
População do SUS: 114.145, em termos percentuais representam 52,7%.
(Fonte: * Fundação SEADE ** ANS – Agência Nacional de Saúde; PMS de Jacareí, 2014-2017)
Os Eixos e Diretrizes traçadas no Plano Municipal de Saúde definidos para o período 2014 a 2017 que relacionam diretamente com crianças e
adolescentes são os seguintes:
Eixo I - Aperfeiçoamento e qualificação do acesso aos serviços e ações de saúde
52
Diretriz 1 - Rede Regional de Atenção à Saúde Diretriz 2 - Implementar a Regulação de Acesso Diretriz 3 - Implementar o controle, avaliação e auditoria Diretriz 4 - Garantir o acesso da população usuária do SUS a medicamentos e insumos essenciais,
seguros e eficazes Diretriz 6 - Implementar a mudança de modelo assistencial da rede básica de assistência
Diretriz 10 - Implementar Atenção Domiciliar
Diretriz 11 - Qualificar o acesso à atenção da rede de urgência e emergência no município
Diretriz 12 – Reestruturação da rede de assistência às urgências do município
Eixo II –Desenvolvimento de serviços de saúde para segmentos mais vulneráveis da população, com necessidades específicas e riscos à saúde prioritários
Diretriz 1 – Implantar o Programa de Assistência Materno Infantil
Diretriz 2 – Implementar ações programáticas na saúde da criança
Diretriz 3 – Aprimorar a rede de atenção integral à saúde da mulher
Diretriz 4: Implementar o programa de planejamento familiar
Diretriz 5 – Atenção à pessoa com deficiência
Diretriz 9 – População de rua
Diretriz 12 – Saúde do Homem
Diretriz 13 – Saúde mental, álcool e outras drogas
Diretriz 14. Programa Saúde na Escola
Diretriz 15 – Qualificar e ampliar a atenção a portadores de HIV, DST, AIDS
Eixo III – Vigilância à saúde
Diretriz 1 – Fortalecer as ações de vigilância em saúde
Diretriz 2 – Imunizações (vacinas)
Na escuta com crianças e adolescentes (Oficinas) e atores sociais (Colóquios) as sugestões para o PMDDHCA foram:
53
1. ampliação das ações de saúde nas escolas e comunidades para o trabalho preventivo sobre o uso de álcool e drogas e também sobre o direito á saúde sexual
e reprodutiva. 2. criação de CAPs específico para adolescentes que sentem-se desconfortáveis no atendimento junto com crianças ou com os adultos, com atendimento em
diversas especialidades, independentemente de serem vítimas ou não de violação de direitos.. 3. garantia de ações de atendimento de psicoterapia para crianças e adolescentes na rede básica de saúde. 4. ampliar e implementar ações efetivas no Programa Saúde do Adolescente especialmente no que se refere à prevenção e promoção, cuidado, reabilitação e
de forma intersetorial..
3. Assistência Social
A Assistência Social é uma política pública que visa à garantia de direitos sociais. Compõe, a partir da Constituição Federal de 1988, a Seguridade
Social junto à Saúde e à Previdência Social. Portanto, seu reconhecimento no campo dos direitos sociais, como uma política de proteção social.
A política enquanto sistema – Sistema Único de Assistência Social (SUAS) – integra serviços, programas e benefícios. Neste contexto, os governos nos
três âmbitos da administração pública são considerados órgãos gestores responsáveis pela formulação e execução da política de assistência em seus
âmbitos. São funções da referida política: a proteção social, a vigilância socioassistencial, a defesa de direitos.
No que se refere à defesa dos direitos na implementação da Política de Assistência Social no Brasil, devem ser observados:
a) todos os direitos de proteção social de assistencial social consagrados em Lei para todos, com dignidade e respeito;
b) direito de equidade rural-urbana na promoção social não contributiva;
c) direito à igualdade do cidadão e cidadã de acesso à rede socioassistencial;
d) direito do usuário à acessibilidade, qualidade e continuidade;
e) direito em ter garantida a convivência familiar, comunitária e social;
f) direito à proteção social por meio da intersetorialidade das políticas públicas;
g) direito à renda;
h) direito ao cofinanciamento da pro4teção social não contributiva;
i) direito ao controle social e defesa dos direitos socioassistenciais (JACAREI, Plano Municipal da Assistência Social, 2014).
54
Os princípios da política de assistência social, segundo capítulo II, Seção I, artigo 4º, são os seguintes:
1. Supremacia do atendimento ás necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;
2. Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável às demais políticas públicas;
3. Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia, seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como a convivência familiar e comunitária,
vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;
4. Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência entre às populações urbanas e
rurais;
5. Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como de recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios
para sua concessão.
No que se refere ao município de Jacareí, o Plano Municipal de Assistência Social para o período de 2014 a 2017, visa “planejar e orientar as ações de
Assistência Social no município” fundado em diferentes marcos legais (legislação), incluindo a Tipificação dos Serviços Socioassistenciais, dentre
outros (JACAREI, PMAS, 2014 a 2017).
Crianças e adolescentes são sujeitos da atenção da Proteção Social Básica, tanto no Serviço de Atenção Integral à Família (PAIF) como no Serviço de
Convivência e Fortalecimento de Vínculos (para crianças de 0 (zero) a seis anos; para crianças e adolescentes de seis a 15 anos e para adolescentes de 15
a 18 anos incompletos.
O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública estatal descentralizada da política de assistência social sendo responsável
pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais da Proteção Social Básica do SUAS nas áreas de vulnerabilidade e risco social dos municípios.
Em Jacareí são 04 (quatro) CRAS instalados nas regiões Centro, Leste, Norte e Oeste, sendo três equipamentos alugados, um próprio e outro em
construção (região Sul).
55
O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) oferta serviços, programas e projetos especializados, destinados a famílias e
indivíduos que estão em risco pessoal e social, ou seja, com seus direitos violados, ameaçados ou sem acesso a eles. Muitas situações de vulnerabilidade
e risco pessoal e social podem afetar as relações familiares e na comunidade, gerando conflitos, desentendimentos, e rupturas, carecendo, portanto, um
atendimento especializado mais articulado entre os órgãos de defesa de direitos (Ministério Público, Defensoria Pública, Juizados, Conselhos etc.) e
outras políticas públicas setoriais (tais como Saúde, Educação, Habitação, entre outros). Portanto, o atendimento da Proteção Social Especial tem como
objetivo principal cooperar para prevenir a violação de direitos e potencializar recursos para reparar situações de risco pessoal e social, como violência
física, psicológica, negligencia abandono, violência sexual, situação de rua; trabalho infantil; desabrigo; cumprimento de medidas socioeducativas,
afastamento do convívio familiar, fragilização e rompimento dos vínculos familiares, comunitários e/ou sociais. Tendo em vista o nível de complexidade
do atendimento é subdivida a Proteção Social Especial Em média e alta complexidade. O CREAS oferece atendimento a família ou grupos em que seus
direitos foram violados, mas seus vínculos familiares ou comunitários não foram rompidos.
São Serviços da Proteção Social de Média Complexidade:
Serviço de Orientação e Apoio Especializado a Indivíduos e Famílias: busca atender situações de violência contra crianças, adolescentes, mulheres,
idosos, pessoas com deficiência. O atendimento psicossocial opera-se na proteção imediata à vítima e ao seu núcleo familiar, prevenindo a continuidade
da violação de direitos. Para tanto, oferece acompanhamento técnico especializado, e articulação com a rede de serviços socioassistenciais e das demais
políticas públicas, bem como com o Sistema de Garantia de Direitos (Ministério Público, Conselho Tutelar, Vara da Infância e da Juventude, Defensoria
Pública e outros).
Serviços Específicos de Proteção Social Especial: Pessoas Idosas e Pessoas com deficiência: são serviços continuados que oferecem apoio e
acompanhamento profissional as pessoas idosas, pessoas com deficiência e suas famílias, que tiveram suas limitações prejudicadas por violação de
direitos, visando ao fortalecimento de vínculos familiares, inclusão social e oferta de condições para o alcance de autonomia e independência,
melhorando sua qualidade de vida.
Serviço de Orientação e Acompanhamento a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Prestação de Serviços à Comunidade e
Liberdade Assistida: tem como objetivo encaminhar e acompanhar adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas dessas medidas, por
56
determinação judicial, previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069/90. Tal acompanhamento, previsto na Política Nacional de
Assistência Social (PNAS), deve estar pautado na concepção do adolescente como sujeito de direitos, em condição peculiar de desenvolvimento.
Serviços de Alta Complexidade: tem caráter compensatório, oferece proteção integral para indivíduos, famílias e grupos onde seus direitos foram
violados e os vínculos afetivos e comunitários rompidos, seu objetivo é oferecer proteção integral – moradia, alimentação, higienização para famílias e
indivíduos que se encontram sem referência e/ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirado de seu núcleo familiar e/ou, comunitário. Esta
proteção será garantida através dos seguintes serviços: Atendimento Integral Institucional; Casa lar; Casa de Passagem; Atendimento à População em
Situação de Rua; República; Albergue; Medidas Socioeducativas restritivas e privativas de liberdade; Trabalho Protegido; Atendimento a Pessoas com
Deficiência; Atendimento à Dependência química em situação de abrigo.
No município de Jacareí/SP a política de assistência social encontra-se territorializada nas cinco regiões – Centro, Leste, Norte, Oeste, Sul - no sentido
da viabilização das ações de Proteção Básica e Especial e também dos Programas de Transferência de Renda.
Proteção Social Básica
O CRAS é a unidade pública responsável pela Proteção Básica Social do SUAS nas áreas de vulnerabilidade e risco social no município e as equipes
desempenham papel central em cada território onde está localizado, na função exclusiva da garantia do trabalho social com famílias. Ao todo são quatro
CRAS instalados regionalmente e, um em fase final de construção para sua implementação, na região Sul.
No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214
habitantes) e da região Centro (57.720), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (12.665) e extensivo à categoria família,
tem-se o seguinte:
57
Modalidades Aspecto considerado Quantidade
Programas e Benefícios
Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 889
Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 1.618
Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 2.607
Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 101
Outras transferências de renda Renda Cidadã 71
Ação Jovem 51
Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 725
Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Centro nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:
Aspecto considerado Quantidad
e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 20 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 01 Situação de violência contra crianças 02 Crianças e adolescentes fora da escola 12 Jovens em situação de vulnerabilidade social 04 Famílias em descumprimento das condicionalidades do PBF 131
Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 06 (seis) entidades conveniadas.
No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214
habitantes)e da região Leste (57.599), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (16.477) e extensivo à categoria família, tem-
se o seguinte:
58
Modalidades Aspecto considerado Quantidade
Programas e Benefícios
Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 1.189
Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 1.895
Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 3.084
Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 152
Outras transferências de renda Renda Cidadã 84
Ação Jovem 73
Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 914
Jovens em situação de vulnerabilidade e risco social Ação Jovem 51
Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014..
Dentre as vulnerabilidades identificadas na região LESTE nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:
Aspecto considerado Quantidad
e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 00 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 00 Situação de violência contra crianças 01 Crianças e adolescentes fora da escola 00 Jovens em situação de vulnerabilidade social 06 Famílias em descumprimento das condicionalidades do PBF 35 Famílias elegíveis não inseridas nos programas ou benefícios de transferência de renda 06
Fontes: Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 02 (duas) entidades conveniadas.
59
No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214
habitantes) e da região Norte (11.762), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (3.667) e extensivo à categoria família, tem-se
o seguinte:
Modalidades Aspecto considerado Quantidade
Programas e Benefícios
Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 528
Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 975
Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 1503
Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 47
Outras transferências de renda Renda Cidadã 107
Ação Jovem 46
Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 725
Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014..
Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Norte nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:
Aspecto considerado Quantidad
e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 07 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 01 Situação de violência contra crianças 01 Crianças e adolescentes fora da escola 09 Jovens em situação de vulnerabilidade social 06 Famílias em descumprimento do PBF 25
Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 02 (duas) entidades conveniadas.
60
No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214
habitantes) e da região Oeste (69.266), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (18.504) e extensivo à categoria família, tem-
se o seguinte:
Modalidades Aspecto considerado Quantidade
Programas e Benefícios
Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 2619
Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 3014
Total de famílias cadastradas no Cadastro Único 6031
Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 295
Outras transferências de renda Renda Cidadã 100
Ação Jovem 136
Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 1531
Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Oeste nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:
Aspecto considerado Quantidad
e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 22 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 00 Situação de violência contra crianças 03 Crianças e adolescentes fora da escola 114 Jovens em situação de vulnerabilidade social 38 Famílias em descumprimento do PBF 138 Famílias elegíveis não inseridas nos programas ou benefícios de transferência de renda 172
61
Fontes:Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
Além das unidades próprias o atendimento socioassistencial é realizado por 03 (três) entidades conveniadas.
No que se refere ao quadro situacional da atenção da política de assistência social no município, considerando a população total do município (211.214
habitantes) e da região Sul (13.566), o total de crianças e adolescentes entre 0 (zero) a 17 anos de idade (3.798) e extensivo à categoria família. Cabe
destacar que o atendimento a população dessa região é realizado no CRAS da região Centro.
Modalidades Aspecto considerado Quantidade
Programas e Benefícios
Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família 775
Famílias não beneficiárias do Programa Bolsa Família 826
Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada Deficientes 135
Outras transferências de renda Renda Cidadã 50
Ação Jovem 27
Famílias acompanhadas pelo PAIF Famílias em acompanhamento 236
Fontes: MDS, 2014; Central de cadastros, 2014; Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
Dentre as vulnerabilidades identificadas na região Sul nos atendimentos do CRAS, em relação à população infanto-juvenil, tem-se o seguinte:
Aspecto considerado Quantidad
e Situação de negligência em relação a crianças/adolescentes 13 Situação de negligência em relação á pessoa com deficiência 01 Situação de violência contra crianças 06 Crianças e adolescentes fora da escola 22
62
Jovens em situação de vulnerabilidade social 02 Famílias em descumprimento do PBF 43 Famílias elegíveis não inseridas nos programas ou benefícios de transferência de renda 09
Fontes: Dados da equipe técnica, jan. a dez., 2013; PMAS, 2014.
No Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens, o Centro de Juventude, equipamento localizado na Zona Oeste foi
criado em 30/04/2015, atendendo a demanda de jovens de todas as regiões. No início de seu funcionamento tinha como objetivo “ofertar oficinas,
atividades artísticas, culturais e atividades socioeducativas”. Contudo, com a Resolução do CNAS nº109/2009, denominada Tipificação nacional dos
Serviços Socioassistenciais, o Centro da Juventude passou a ser um “serviço ofertado pela Proteção Social Básica com a denominação de Serviço de
Atenção à Juventude”. Pelo acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) o atendimento era para 700 jovens
(JACAREI, SAS, 2014, p.56). O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens tem como objetivos:
- assegurar espaços de convívio familiar e comunitário e o desenvolvimento de relações de afetividade e sociabilidade;
- valorizar a cultura de famílias e comunidades locais pelo resgate de suas culturas e a promoção de vivências lúdicas;
- desenvolver o sentimento de pertença e de identidade; e
- promover a socialização e convivência.
O Programa Bolsa Família (PBF) tem como programa de transferência de renda tem como população destinatária famílias com renda mensal de até
meio salário mínimo por pessoa e/ou famílias com renda mensal de até 03 (três) salários mínimos. Os condicionantes para a o benefício relacionou-se ao
acompanhamento da frequência escolar (com ano base no trimestre de novembro de 2013), atingindo o percentual de 93,29%, para crianças e
adolescentes entre 06 (seis) e 15 anos, o que equivalia a 7.359 alunos acompanhados em relação ao público equivalente a 7.888. No caso do atendimento
ao adolescente (entre 16 e 17 anos) o percentual atingido foi de 93,77%, o que resultou no atendimento de 1.219 jovens acompanhados de um total de
1.300. Os dados do mês de maio de 2014 apontavam que para o total de população do município (211.214 habitantes), o total de famílias inseridas no
Cadastro Único era de 16.052 e o total de famílias beneficiárias era de 6.118. O valor médio do benefício era de R$ 139,45 (JACAREI, SAS, 2014,
p.57).
63
1) Sobre o atendimento quantitativo (médio) de crianças e adolescentes no CRAS, em 2016:
Região Crianças de 07(sete) a 14 anos
(Média/mês)
Adolescentes de 15 a 17 anos (média mês)
Leste 06 05
Centro / Sul 29 02
Norte 02 11
Oeste 07 17
Fonte: MDS - Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, 2016; SAS Jacareí, 08/03/2017
2) Sobre o atendimento de crianças e adolescentes em Benefício de Prestação Continuada na Escola, em 2016:
Faixa etária Total de atendidos
0(zero) a 3 (três) anos 13
4 (quatro) a 6 (seis) anos 32
7 (sete) a 11 anos 97
12 a 14 anos 57
15 a 17 anos 82
18 anos 23
Total 304
Fontes:Sistema BPC na Escola,2016; Jacareí SAS, 08/03/2017
3) O Cadastro Único para Programas Sociais indica em outubro de 2016, o seguinte quadro no que se refere as informações socioeconômicas das
famílias com baixa renda mensal (até meio salário mínimo, por pessoa).
64
Mês / Ano Total Renda per capta familiar
Out. 2016 4.571 até R$ 85,00
2.832 entre R$ 85,01 a R$ 170,00
4.636 entre R$ 170,01 e meio salário mínimo
3.727 acima de meio salário mínimo
Fonte: Sistema CadÚnico; Jacareí SAS, out. 2016 (dado fornecido em 08/03/2017)
4) O Programa Bolsa Família (PBF) como um dos programas de transferência condicionada de renda beneficia famílias pobres e extremamente pobres,
inscritas no Cadastro Único. Em Jacareí, o PBF beneficiou, no mês de dezembro de 2016 um total de 6.382 famílias, representando uma cobertura de
78,8 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios com valor médio de R$ 166,54 e o valor total transferido pelo
governo federal em benefícios às famílias atendidas no mês de dezembro alcançou R$ 1.062.874,00.
Total de famílias cadastradas no Cad Único atualizado 15.223 12/2016
Total de famílias excluídas no Cad Único (de 2012 a 2016) 881 12/2016
Total de famílias beneficiadas no Bolsa Família atualizado 6.382 12/2016
Total de famílias excluídas no Bolsa Família (2016) 102 12/2016
Fonte: Sistema CadÚnico; Jacareí SAS, out. 2016 (dado fornecido em 08/03/2017)
O Serviço de Inclusão e Acessibilidade para Pessoas com Deficiência voltado para o grupo em situação de vulnerabilidade social, com dificuldade de
locomoção, com renda familiar mensal inferior a 02 (três) salários mínimos e residente no município (Portaria Interministerial nº 01 de 15/02/2008), o
número de atendidos no ano de 2013 foi 3.370, em diversas necessidades.
A Proteção Social Especial é destinada “a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono,
maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de
65
trabalho infantil entre outras” (BRASIL, PNAS, 2004, p. 37). O CREAS é o serviço público responsável por essa ação em consonância com outros
serviços. A Proteção Especial de Alta Complexidade é operacionalizada por serviços de atendimento e acolhimento que garantam a moradia,
alimentação, higienização entre outros (JACAREÍ, PMASE, 2014).
No CREAS são garantidos: Serviços de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI); Serviço de Proteção Social a
Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade) e o Serviço de Proteção Social
para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias.
Sobre a abordagem junto à População em Situação de/na Rua realizada pelo Centro POP – unidade de referência da Proteção Especial de Média
Complexidade – em articulação com os demais serviços das políticas setoriais para viabilizar o atendimento as diferentes demandas desse grupo de
população. Não se tem dados sobre crianças e adolescentes em situação de rua.
No que se refere ao Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes, os serviços são estão divididos por faixa etária, sendo de 0
(zero) a 12 anos – Acolhimento para Crianças e, de 12 a 18 – Acolhimento para Adolescentes. Os serviços de Acolhimento destinam-se para esse grupo
etário nas seguintes situações: quando pertencentes a grupo de irmãos, quando a criança já inserida neste equipamento completa 12 anos e ainda não
apresenta condições psicossociais para a referida transferência de equipamento e quando a medida é determinada judicialmente.
Os dados de 2013 indicavam o seguinte perfil do público atendido: de um total de 60 , 34 eram do sexo masculino e 26 feminino; a idade, pela ordem,
era de 0 (zero) a 05 (cinco anos) 18, de 15 a 18 anos, 18, de 6 (seis) a 11 anos, 13 e 12 a 14 anos, 11. A maioria era oriunda da Região Centro/Sul (17),
de outros municípios (17), da Região Oeste (15) da Região Leste (12) e desconhecida (05). Os motivos do acolhimento, pela ordem: negligência (29),
violência física (8), abandono (7), conflito familiar (7), perambulação (5) e violência sexual (4). Quanto ao destino dos acolhidos, pela ordem, tem-se:
família de origem (19), continuavam acolhidos (14), família extensa (10), família substituta (09), internação Fundação CASA (03), desligamento por
maioridade (2), evadido (1). Quanto a origem do encaminhamento: CREAS (18), CRAS (09), Conselho Tutelar (11), outros equipamentos (02) (Fonte:
JACAREÍ, SAS/Equipe Técnica, dez. 2013; PMAS, 2014).
66
Em 2016, os dados quantitativos sobre o atendimento em Acolhimento Institucional de crianças e adolescentes:
Modalidade Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Média
Registro/
Mês
Acolhimento Criança 12 11 11 12 6 6 5 5 8 8 12 13 9
Acolhimento
Adolescente
8 9 9 8 6 8 9 11 9 12 9 13 9
Fonte: Jacareí CRAS, 2016; SAS, 08/03/2017.
O Plano Municipal de Assistência Social elencou como prioridade o reordenamento dos serviços de acolhimento para Crianças e Adolescentes no
sentido de sua adequação à Resolução CNAS nº 23 de 27/09/2013, cuja meta prevista finda no mês de dezembro de 2017.
O serviço Casa de Passagem – acolhimento imediato e emergencial - não registrou, no primeiro semestre de 2013 nenhum atendimento de crianças e
adolescentes para um total de 1063 atendimentos (Fonte: JACAREÍ, SAS/Equipe Técnica, dez. 2013; PMAS, 2014).
Sobre o adolescente em conflito com a lei, o município conta com o Plano Municipal Decenal de Atendimento Socioeducativo para o cujos objetivos e
metas estão relacionadas ao período de 2015 a 2025. Os dados do Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida
Socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) no s anos 2014, 2015 e 2016, indicavam o seguinte quadro:
Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC) – ANO DE 2014
J. Volume de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas Total Média
67
J.1. Total de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC) 1.320 110,00
J.2. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Liberdade Assistida - LA 1.285 107,08
J.3. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC 53 4,42
Quantidade e perfil dos novos adolescentes inseridos no Serviço, no mês de referência Total Sexo
J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de
referência (TOTAL) 140
Masculino 130
Feminino 10
J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de
referência (MÉDIA) 11,67
Masculino 10,83
Feminino 0,83
J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 140 Masculino 130
Feminino 10
J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 11,67 Masculino 10,83
Feminino 0,83
J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 1 Masculino 1
Feminino 0
J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 0,08 Masculino 0,08
Feminino 0,00
Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC) – ANO DE 2015
J. Volume de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas Total Média
J.1. Total de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC) 1.123 93,58
J.2. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Liberdade Assistida - LA 1.078 89,83
68
J.3. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC 42 3,50
Quantidade e perfil dos novos adolescentes inseridos no Serviço, no mês de referência Total Sexo
J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de
referência (TOTAL) 50
Masculino 47
Feminino 3
J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de
referência (MÉDIA) 4,17
Masculino 3,92
Feminino 0,25
J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 49 Masculino 47
Feminino 2
J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 4,08 Masculino 3,92
Feminino 0,17
J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 2 Masculino 1
Feminino 1
J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 0,17 Masculino 0,08
Feminino 0,08
Serviço de Proteção Social a Adolescente em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC) – ANO DE 2016
J. Volume de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas Total Média
J.1. Total de adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC) 1.177 98,08
J.2. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Liberdade Assistida - LA 1.157 96,42
J.3. Quantidade de adolescentes em cumprimento de Prestação de Serviços à Comunidade - PSC 41 3,42
69
Quantidade e perfil dos novos adolescentes inseridos no Serviço, no mês de referência Total Sexo
J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de
referência (TOTAL) 84
Masculino 81
Feminino 3
J.4. Total de novos adolescentes em cumprimento de Medidas Socioeducativas (LA e/ou PSC), inseridos em acompanhamento no mês de
referência (MÉDIA) 7,00
Masculino 6,75
Feminino 0,25
J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 58 Masculino 56
Feminino 2
J.5. Novos adolescentes em cumprimento de LA, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 4,83 Masculino 4,67
Feminino 0,17
J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (TOTAL) 3 Masculino 2
Feminino 1
J.6. Novos adolescentes em cumprimento de PSC, inseridos em acompanhamento, no mês de referência (MÉDIA) 0,25 Masculino 0,17
Feminino 0,08
Fonte: Jacareí/SAS/CREAS - Informações da Proteção Social em Cumprimento de Medida Socioeducativa (LA/PSC), fornecido em 08/03/2016
Cabe destaque as prioridades aprovadas no Plano Municipal de Assistência Sociais (vigência 2014 a 2017) relacionadas à criança e adolescente ,apenas
aquelas que vencem no ano de 2017:
EIxo Prioridade Meta Prazo
I – Cofinanciamento da Assistência Social Ampliação do Orçamento da Política de Assistência Social 4% do orçamento
municipal Até dez. 2016
II – Gestão SUAS Realização da Pré - Conferência Municipal de Assistência
Social 01 Fórum por região (2015
e 2017) Entre maio de
2015 e maio de
2017 III – Gestão do trabalho Implementação do Plano de Capacitação Continuada para os
trabalhos de assistência social conforme a Política Nacional de
Educação Permanente dos trabalhadores do SUAS
04 capacitações anuais para
todos os profissionais; 02
capacitações para equipe
2014 a 2017
70
técnica; 02 capacitações
para equipe de apoio IV – Gestão dos Serviços, Programas e
Projetos Efetivação da construção do CRAS/Sul 1000 famílias/ano Até dezembro de
2015 V – Gestão dos benefícios do SUAS Identificação e cadastramento de famílias com presença de
crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil 50% no quadriênio 2014 a 2017
Cadastramento das Famílias no BPC no CadÚnico 60% no quadriênio 2014 a 2017 Acompanhamento pelo PAEFI das famílias de crianças e
adolescentes em serviços de acolhimento Atingir 60% do total de
crianças e adolescentes
acolhidos
2014 a 2017
Reordenamento dos Serviços de Acolhimento para Crianças e
Adolescentes Reordenar 100% dos
Serviços Até dezembro de
2017 Fonte: Jacarei/SP PMAS, 2014.
Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:
1. Pactuação para definir responsabilidades quanto ao trabalho do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos junto políticas setoriais, especialmente
de educação.
2. Articular ação intersetoriral (políticas públicas) e interinstitucional com os diferentes atores/instituições do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do
Adolescente SGDCA) visando o direito à efetiva proteção integral pela condição pessoas em desenvolvimento e na atualização do fluxograma de ação
contemplando as responsabilidades de cada órgão/setor/sistema.
4. Cultura
O Plano Municipal de Cultura de Jacareí traça as diretrizes da política cultural para o município no período de 2017 a 2026. O Plano foi aprovado
07/12/2016 pela Câmara Municipal. Foi elaborado pela Prefeitura e traça as diretrizes da política cultural para o município no período de 10 (dez) anos.
A execução do plano deverá ser coordenada pela Fundação Cultural de Jacarehy José Maria de Abreu e acompanhada pelo Conselho Municipal de
Política Cultural.
71
As diretrizes do Plano Municipal de Cultura de Jacareí estabelecem a cultura e a arte como indispensáveis à vida humana e à cidadania; o direito
cultural como direito fundamental; a valorização das tradições e expressões culturais; a transculturalidade como meio para o desenvolvimento do
município, destacando que o usuário das ações culturais são os munícipes; a valorização da diversidade cultural e o respeito aos direitos humanos; a
Fundação Cultural de Jacarehy – José Maria de Abreu como a principal unidade gestora da política cultural de Jacareí, atuando de forma sistêmica,
transversal e intersetorial, com foco em todo o patrimônio Cultural do território; que a gestão da cultura seja conduzida com profissionalismo e
competência; adotar uma gestão democrática, valorizando o Conselho de Política Cultural e uma gestão participativa para a implementação das políticas
públicas de cultura.
O plano tem por objetivos estabelecer um processo democrático de participação na gestão das políticas dos recursos públicos na área cultural; articular e
implementar políticas que promovam a interação da cultura com as demais áreas sociais e secretarias do município, destacando seu papel estratégico no
processo de desenvolvimento; promover intercâmbio entre as esferas municipais, estaduais, e federais para formação, capacitação e circulação de bens e
serviços culturais viabilizando a cooperação técnica entre estes; criar instrumentos de gestão para acompanhamento e avaliação das políticas públicas
desenvolvidas no âmbito do sistema municipal de cultura; estabelecer parcerias entre os setores públicos e privados nas áreas de gestão e de promoção
da cultura entre outros. Na relação mais direta com atenção à criança e ao adolescente, destacam-se as seguintes metas:
Meta 18: Criação da Escola Livre de Arte Multidisciplinar, possibilitando a ampliação da diversidade cultura. Até 2020.
Meta 19: Implantar cursos certificados artísticos, técnicos e pofissionlizados de acordo com as necessidades dos diversos segmentos culturais, implantados
em parceria com instituições de ensino.
Meta 20: Aumento de 100% de cursos, oficinas, workshops e master class, realizados em parceria com outras instituições. Até 2017.
Meta 22: Contemplar o mínimo de 50 oficinas culturais por ano promovendo a diversidade cultural realizada por profissionais adequados. Até 2017.
Meta 24.1: Ampliar em 30% os projetos permanentes de difusão cultural nos EducaMais existentes até 2017, com perspectivas de progressão, incluindo estes
programas nos EducaMais que venham a ser criados e mantidos durante a vigência do PMC.
Meta 24.2: Estabelecer Pontos de Cultural Digital implantados entre 2017 e 2018 com perspectivas de progressão mantidos durante a vigência do PMC.
Meta 25: Implantação do projeto Territórios Culturais planejado com toda logística, estrutura e equipamentos, colocado em funcionamento com a estrutura
72
prevista entre 2017 e 2019.
Meta 28: Criação de 06 (seis) Pontos de Cultura e 04 (quatro) Pontos de Troca de Livros, implantados entre 2017 e 2025.
Meta 31: Implantar 14 Pontos de Cultura a partir de Editais Públicos até 2013.
Fonte: Jacareí, PMC, 207 a 2926 disponível em http://www.jacarei.sp.leg.br/wp-content/uploads/2016/12/Processo-n---1132016.pdf.
Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:
1. garantia de acesso ao transporte público para que eles possam frequentar as atividades culturais 2. ampliar o acesso à cultura enquanto profissionalização de adolescentes e criar estratégias para incentivar a participação efetiva de adolescentes 3. efetivação de política descentralizada de cultura utilizando-se dos equipamentos da comunidade e contemplando também o período de férias escolares
5. Esportes e Recreação
O esporte e a recreação é um dos principais meios de inclusão social principalmente da parcela infanto-juvenil. A prioridade da Secretaria de Esportes e
Recreação em articulação com os entes federados (governo estadual e federal) buscam sempre ampliar seu calendário de atividades e estimular parcerias
e patrocínio aos talentos que possam representar o município, o estado e o país, em competições regionais, nacional e internacional. Entre as ações
incentivadas estão a Bolsa Talento, a participação nos Jogos Regionais e nos Jogos Abertos e ao estímulo a participação de crianças e jovens.
Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:
1. garantia de acesso ao transporte público para que eles possam frequentar as atividades esportivas e de recreação 2. ampliar o acesso ao esporte profissional criando estratégias para incentivar a participação efetiva de adolescentes 3. efetivação de política descentralizada de esporte e lazer utilizando-se dos equipamentos da comunidade e contemplando também o período de férias
escolares
-
73
6. Segurança Pública
O atendimento à criança e ao adolescente é realizado pela Delegacia da Mulher vítimas de violência doméstica ou sexual. As ações passam
pelo acolhimento, orientação, registro de ocorrências e instauração de inquéritos policiais, além de encaminhamentos para abrigos, centros de referência
da mulher e defensoria pública.
7. Finanças
O orçamento Criança e Adolescente (OCA) por função e subfunção na Lei Orçamentária Anual do município no planejamento de desenvolvimento das
ações públicas foi a seguinte no exercício de 2016:
Dotação Inicial
Eixo/Função/Subfunção/ação Coeficiente da faixa
etária do OCA
Base de Dados Exclusivo Não Exclusivo Total
04 Administração 22.472.000,00 0,00 8.298.140,00 8.298.140,00
06 Segurança Pública 14.410.000,00 110.000,00 2.145.000,00 2.555.000,00
08 Assistência Social 19.088.000,00 5.755.000,00 8.494.454,30 14.249.454,30
09 Previdência Social 3.386.000,00 0,00 1.252.820,00 1.252.820,00
10 Saúde 180.063.000,00 0,00 55.747.504,80 55.747.504,80
12 Educação 158.951.000,00 158.951.000,00 0,00 158.951.000,00
13 Cultura 4.859.000,00 0,00 2.915.400,00 2.915.400,00
16 Habitação 3.456.000,00 0,00 2.073.600,00 2.073.600,00
17 Saneamento 147.142.000,00 0,00 54.442.540,00 54.442.540,00
27 Desporto e Lazer 9.334.000,00 0,00 7.333.723,80 7.333.723,80
28 Encargos especiais 450.000,00 0,00 270.000,00 270.000,00
Fonte: Prefeitura Municipal de Jacarei/SP, 2016.
74
Sobre o Conselho Tutelar os dados coletados na entrevista de 07/03/2017 somados ao envio de planilhas sobre a ação pública desenvolvida relativa aos
anos de 204, 205 e 2016, são os seguintes:
Ofícios Recebidos pelo CT:
Ano
2014
Origem Ano 2014 Ano 2015 Ano 2016
BO – Boletim de Ocorrência 42 50 100 SAS CRAS 77 101 151
CREAS 161 305 266 CT.CR. Civil 49 08 05 CT 25 85 Denúncia
Anônima
Disk 100
250 158 178 86 69 96
D. Ensino 510 350 399 Educação 505 427 376 SINAN 108 204 FORUM 332 317 341 Notificação 145
Pó-Lar 13 06 04 Outros 19 49 SAS 19 15 SAS e outros 77
Saúde 104 100 138 TOTAL 2.369 2062 2.400
75
Atendimentos realizados pelo CT
Ano Atendimento Ofícios
Feitos
P.As
Abertos
P.As. em
Andamento
P.AS.
Arquivados
Cartas
Enviadas
Direitos não
Violados
2014 2.927 1.518 885 - 2.970 835
2015 2.860 1.241 603 2.676 - 481 247
2016 2.640 1.130 - - - - -
Total 8.427 3.889 1.493 2.676 2.970 1.316 247
Os dados relativos à demanda/ofícios encaminhados ao CT estão, pela ordem, na área da educação, nos anos de 2013 a 2016, do seguinte modo:
Educação (2.565 casos), Assistência Social (1.188 casos), FÓRUM (990 casos), Denúncias (837), Saúde (342).
9. Conselho de Direitos da Criança e do Adolescente Criança e do Adolescente
O CMDCA foi criado pela Lei Federal nº 8.069/90 no sentido de acompanhar, monitorar e controlar as ações públicas relativas à proteção dos direitos
humanos de crianças e adolescentes. Nesse sentido tem papel político na articulação dos atores/instituições que compõem o Sistema de Garantia dos
Direitos da Criança e do Adolescente, relação institucional estreita com o Conselho Tutelar diante da ameaça ou a consumação da violação de direitos
desse grupo etário e papel fundamental na articulação com os demais Conselhos das Políticas Setoriais e Temáticos, em que crianças e adolescentes são
os principais destinatários de ações de promoção, proteção e defesa dos direitos do universo criança-adolescente. Também a relação institucional com as
entidades da sociedade civil, movimentos, sujeitos destinatários da política de direitos tem sido fundamental para a afirmação de seu papel democrático
e participativo junto à sociedade.
76
Cabe a ele a articulação das políticas públicas (setoriais e temáticas), com o Sistema de Justiça, com o Executivo e legislativo no sentido
de que as crianças e adolescentes sejam de fato reconhecidos como sujeito de direitos, pessoas em condição peculiar de
desenvolvimento e, por isso mesmo, prioridade da família, da sociedade e do Poder Público. Também fazem parte de suas ações,
segundo o artigo 86 do ECA (1990):
VII - mobilização da opinião pública para a indispensável participação dos diversos segmentos da sociedade. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência VIII - especialização e formação continuada dos profissionais que trabalham nas diferentes áreas da atenção à primeira infância, incluindo os conhecimentos sobre direitos da criança e sobre desenvolvimento infantil; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) IX - formação profissional com abrangência dos diversos direitos da criança e do adolescente que favoreça a intersetorialidade no atendimento da criança e do adolescente e seu desenvolvimento integral; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016) X - realização e divulgação de pesquisas sobre desenvolvimento infantil e sobre prevenção da violência. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
Outras ações que demandam tempo, decisão, acompanhamento e controle pelo CMDCA de Jacareí/SP referem-se: a) ao registro das
organizações sociais não governamentais; b) as inscrições dos programas de atendimento de instituições não governamentais e
governamentais junto ao Conselho; c) comunicação e atualização junto ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária de Jacareí/SP dos
referidos dados e situações; d) fomento ao Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente (campanhas, busca de recursos); e)
definição da utilização dos recursos do Fundo; f) processo de eleição de conselheiros tutelares e dos conselheiros de direitos da criança
e do adolescente representativos da sociedade civil; g) realização das Conferências dos Direitos da Criança e do Adolescente nas
modalidades convencional e lúdica (criança e adolescente) em âmbito local e em articulação com os CMDCA da região de Jacareí/SP
(regionais), estadual (CONDECA) e nacional (CONANDA); d) organização administrativa das ações do CMDCA quanto as reuniões
ordinárias, extraordinárias, criação das Comissões Temáticas, prestação de contas da ação, entre outras tarefas.
Na escuta com crianças e adolescentes (Oficina) e nos Colóquios as sugestões para a área foram as seguintes:
1. elaboração de Cartilha de Direitos sobre os direitos da criança e do adolescente e sobre o papel e tarefas do CMDCA de Jacareí/SP e maior divulgação de
suas ações;
77
2. flexibilidade de horários das reuniões do CMDCA e descentralização nas regiões das reuniões como forma de maior participação da comunidade nas ações
do CMDCA, incluindo prestação de contas de suas ações; 3. ampliar a participação da criança e do adolescente nas reuniões e deliberações do CMDCA; 4. atualização dos critérios de participação na escolha dos conselheiros de direitos relacionados a assiduidade, disponibilidade e compromisso com efetiva
política de direitos e sobre o interesse superior de crianças e de adolescentes e também dos conselheiros tutelares; 5. capacitação permanente dos conselheiros de direitos e dos conselheiros tutelares para melhor cumprimento de seus papéis na promoção, proteção e defesa
de crianças e adolescentes;
78
PLANO DE AÇÃO – Período de abril de 2017 a abril de 2027.
O PLANO MUNCIIPAL DECENAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACREÍ/SP está organizado do
seguinte modo:
- 05 (cinco) Eixos
- 10 Diretrizes
- 125 metas
As indicações responsabilidade, exceto os órgãos responsáveis pela gestão da política de direitos humanos da criança e do adolescente,
parceria e financiamento são apontadas no PMDDHCA de Jacareí/SP para o desenvolvimento dos objetivos e metas. A indicação de
responsabilidades/parceiras/financiamento considera a natureza da política de direitos humanos da criança e do adolescente, qual seja, a
incompletude institucional e sua consecução depende da articulação sistêmica entre os entes federados, as diferentes institucionalidades e as
políticas setoriais e temáticas.
79
PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP
Período: abril de 2017 a abril de 2027
EIXO I – PROMOÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de
Financiamento
80
01. Promoção da
cultura do respeito e da
proteção aos direitos
humanos da criança e
do adolescente no
âmbito da família, das
instituições e da
sociedade.
01. Promover o respeito aos
direitos da criança e do adolescente
na sociedade em geral e nos meios
de comunicação de modo a
consolidar uma cultura de
cidadania.
1. 2017 a 2018: material educativo sobre
os direitos humanos da criança e do
adolescente produzido.
2. 2018 a 2020: material distribuído em
100% dos espaços escolares e demais
espaços institucionais que atendem
crianças e adolescentes (governamentais e
não governamentais).
3. 2018: material disponibilizado nos sites
oficiais da Prefeitura Municipal, Câmara
Municipal, Secretarias de Políticas Sociais,
Sistema de Justiça (Poder Judiciário,
Ministério Público, Defensoria Pública),
Conselhos das Políticas Setoriais,
Conselho Tutelar, Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
4. 2018: material disponibilizado para os
meios de comunicação.
5. 2025: atualização do material para
distribuição on line.
6. Anualmente realizar seminário para
levantamento do impacto da ação na
redução da violação aos direitos da criança
e do adolescente pelo CMDCA.
7. 2025 a 2026: avaliação da cobertura e
impacto da ação e aferição da redução dos
casos de violação dos direitos da criança e
do adolescente por Comissão Municipal
Intersetorial a ser criada pelo CMDCA.
8. Realização de campanhas anuais sobre
os direitos da criança e do adolescente
realizada pelas políticas setoriais que têm
representação no Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
9. 2027: Atualização do material educativo
para disponibilização on line.
Conselho
Municipal dos
Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselhos das Políticas
Setoriais (Educação,
Saúde, Assistência
Social, Cultura,
Esporte)
Secretarias Municipais
das Políticas Sociais
Secretarias estaduais
das políticas setoriais
Conselho Estadual e
Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
Conselho Tutelar
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Conselho Tutelar
Grêmios estudantis
Rede de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Articulação com o
Fundo Estadual e
Fundo Nacional da
Infância e
Adolescência
81
2. Fortalecer as competências
familiares e sociocomunitárias em
relação ao cuidado e educação em
direitos humanos da criança e do
adolescente.
10. Até 2027: manutenção pelas políticas
setoriais públicas e da rede de proteção
social (não governamental) de ações com
foco nas práticas educativas e de cuidado
da criança e do adolescente nos espaços
familiares e sociocomunitários
(territórios).
Políticas
Setoriais
Públicas,
especialmente
Educação,
Assistência
Social, Saúde
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Municipal
das Políticas Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais,
família)
Políticas Setoriais
Educação, Saúde,
Assistência Social
82
3. Fomentar a cultura da
sustentabilidade socioambiental no processo de cuidado e da
educação em direitos humanos da
criança e do adolescente.
11. Até 2027: implementação de ações
com foco na temática da sustentabilidade
socioambiental incorporada as políticas
setoriais, especialmente, da educação
(educação básica e formação profissional),
meio ambiente e trabalho como uma das
dimensões dos direitos da criança e do
adolescente.
Políticas
setoriais:
educação,
formação
profissional,
meio ambiente
e trabalho
Políticas Setoriais
Públicas
Conselhos das Políticas
Setoriais
Rede de Proteção
Social (entidades não
governamentais)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Câmara Municipal:
Comissão temática de
Defesa do Meio
Ambiente
Políticas setoriais:
educação, formação
profissional, meio
ambiente e trabalho
83
4. Implementar na rede de ensino
(educação básica) a educação em
direitos humanos da criança e do
adolescente em atendimento à Lei
nº. 11.525/07.
12. Até 2027: ação implementada em
100% da das escolas de educação básica o
ensino dos direitos humanos da criança e
do adolescente.
Política
setorial de
educação
Conselho Municipal de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Organização de
profissionais da
educação
Organização da rede de
educação privada
Política setorial de
educação
Articulação com a
política de educação
em âmbito estadual e
federal (MEC)
Fundos Públicos da
Educação
84
5. Fomentar junto à rede pública e
privada de ensino (educação básica
e superior) campanhas para o
debate dos direitos humanos da
criança e do adolescente.
13. Até 2027: anualmente cada uma das
unidades escolares realizará o Dia dos
Direitos Humanos da Criança e do
Adolescente em seu espaço institucional.
Política
setorial de
educação
Conselho
Municipal dos
Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho
Tutelar
Conselho Municipal de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Organização de
profissionais da
educação
Organização da rede de
educação privada de
ensino (educação
básica e ensino
superior)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Política setorial de
educação
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
85
02. Universalização do
acesso a políticas
públicas de qualidade
que garantam os
direitos humanos da
criança e do
adolescente que
contemplem a inclusão
de todo esse grupo
etário, sem qualquer
traço discricionário, na
superação das
desigualdades com
promoção da equidade
e afirmação da
diversidade.
6. Priorizar a proteção integral da
criança e do adolescente cumprindo
os objetivos e metas definidos nos
planos das políticas setoriais
(educação, saúde, assistência social,
cultura, esporte, recreação) e nos
planos temáticos (convivência
familiar e comunitária, acolhimento
institucional, violência sexual,
trabalho infantil, atendimento
socioeducativo ao adolescente em
conflito com a lei, enfrentamento ao
crack e outras drogas, etc.).
14. 2017 a 2027: cumprimento das metas
definidas nos planos das políticas setoriais
e nos planos temáticos.
15. Atualização dos planos das políticas
setoriais e dos planos temáticos cuja
finalização dos objetivos e metas encerra-
se em 2017.
Políticas
setoriais de
educação,
saúde,
assistência
social, cultura,
esporte,
recreação.
Política de
Assistência
Social
especialmente
no que se
refere aos
planos
temáticos.
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho das Políticas
setoriais
Conselho Tutelar
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais,
família)
Grêmios estudantis
Políticas setoriais de
educação, saúde,
assistência social,
cultura, esporte,
recreação.
Fundos Públicos das
políticas setoriais
Articulação com os
Fundos Públicos das
políticas setoriais e
temáticas em âmbito
estadual e federal
86
7. Fomentar junto às empresas,
fundações, clubes de serviços,
sindicatos patronais, sindicatos de
trabalhadores, que realizem
campanhas, incluindo recursos ao
Fundo da Infância e Adolescência
(FIA) e assinatura de Termo de
Compromisso de Responsabilidade
Social em favor da promoção dos
direitos da criança e do adolescente.
16. Realizar atividade, a cada dois anos, de
mobilização das empresas, fundações,
clubes de serviços, sindicatos patronais,
sindicatos de trabalhadores. l
17. 2017 a 2027: realização de 01 (uma)
campanha anualmente.
18. 2017 a 2027: assinatura de Termo de
Responsabilidade a cada dois anos, com
atingimento de 60% da meta (do total de
empresas, fundações, etc.).
19. 2017 a 2027: destinação de recursos ao
Fundo da Infância e Adolescência
anualmente.
20. 2017 a 2027: avaliação anual da meta
atingida pelo CMDCA e aferição do
impacto da ação na responsabilidade social
das empresas, fundações, fundos
empresariais, clubes de serviços, sindicatos
patronais, sindicatos de trabalhadores
promoção da proteção integral da criança e
do adolescente.
Conselho
Municipal dos
Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais,
família)
Fundação Abrinq pelos
Direitos da Criança
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Empresas, fundações
fundos empresariais,
clubes de serviços,
sindicatos patronais,
sindicatos de
trabalhadores
87
8. Fortalecer a política de
assistência social na oferta de
serviços de proteção social básica e
especial às crianças, adolescentes e
famílias.
21. Até 2027: aumento do percentual
orçamentário para o financiamento da
política de assistência social no
cumprimento do plano da política setorial
(assistência social) e planos temáticos
(convivência familiar e comunitária,
acolhimento institucional, violência
sexual, trabalho infantil, atendimento
socioeducativo ao adolescente em conflito
com a lei, enfrentamento ao crack e outras
drogas, etc.).
Conselho
Municipal dos
Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho
Municipal de
Assistência
Social
Política
setorial de
assistência
social
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Direitos Humanos,
Cidadania, Finanças e
Orçamento, Saúde e
Assistência Social,
Finanças e Orçamento
Política setorial de
assistência social
Secretaria de Finanças
88
9. Consolidar políticas de atenção
integral à saúde da criança,
adolescente e suas famílias.
22. Até 2027: atingimento em 100% a
cobertura pela atenção primária com
serviços de qualidade para crianças e
adolescentes.
Política
setorial de
saúde
Conselho Municipal
dos direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Municipal de
Saúde
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Direitos Humanos,
Cidadania, Saúde e
Assistência Social
Política setorial de
saúde
Articulação da Política
Setorial e Fundo
Público em âmbito
estadual e federal
89
10. Consolidar as metas definidas
no plano temático da saúde:
enfrentamento ao crack e outras
drogas
23. Até 2027: atingimento em 100% a
cobertura da atenção à criança e ao
adolescente no uso de drogas psicoativas
Política
setorial de
saúde
Conselho Municipal
dos direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Municipal de
Saúde
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Direitos Humanos,
Cidadania, Saúde e
Assistência Social
Política setorial de
saúde
Articulação da Política
Setorial e Fundo
Público em âmbito
estadual e federal
90
11. Programar atividades nos
territórios, com grupos de famílias
que convivam ou não com a
situação, de forma a dinamizar
informações e aumentar a
capacidade protetiva pelos serviços
no que se refere ao enfrentamento
ao crack e outras drogas (Eixo 1 –
Prevenção, Plano Municipal de
Enfrentamento ao Crack e outras
Drogas).
24. Garantia de espaços de escuta, apoio e
orientação às famílias e aos jovens (Médio
Prazo(?)).
Política
setorial de
saúde
Política setorial de
Assistência Social,
Educação, Segurança,
Esportes, Cultura
Política setorial de
saúde
Articulação da Política
setorial de saúde/Fundo
público da saúde em
âmbitos municipal,
estadual e federal
91
12. Consolidar as metas definidas
no plano da saúde relacionada à
saúde sexual e reprodutiva.
25. Até 2027: atingimento em 100% a
cobertura da atenção à saúde sexual e
reprodutiva.
Política
setorial de
saúde
Conselho Municipal
dos direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Municipal de
Saúde
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Direitos Humanos,
Cidadania, Saúde e
Assistência Social
Política setorial de
saúde
Articulação da Política
Setorial e Fundo
Público em âmbito
estadual e federal
92
13. Consolidar as metas definidas
no plano da saúde relacionada à
saúde mental do grupo infanto-
juvenil.
26. Até 2027: consolidação em 100% a
cobertura da atenção à saúde mental da
criança e do adolescente, com a criação de
serviço próprio para o adolescente.
Política
setorial de
saúde
Conselho Municipal
dos direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Municipal de
Saúde
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Direitos Humanos,
Cidadania, Saúde e
Assistência Social,
Finanças e Orçamento
Política setorial de
saúde
Articulação da Política
Setorial e Fundo
Público em âmbito
estadual e federal
Secretaria de Finanças
93
14. Consolidar as metas definidas
no plano da saúde relacionada ao
grupo infanto-juvenil vítima de
violência.
27. Até 2027: consolidação em 100% a
cobertura da atenção à saúde da criança e
do adolescente vítimas de violência.
Política
setorial de
saúde
Conselho Municipal
dos direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Municipal de
Saúde
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Cultura e
Esportes, Direitos
Humanos, Cidadania,
Saúde e Assistência
Social
Política setorial de
saúde
Articulação da Política
Setorial/ Fundo Público
da Saúde em âmbito
estadual e federal
Articulação com as
políticas de educação,
saúde, assistência
social, esportes e
cultura
94
15. Promover campanhas de
prevenção e fiscalização quanto ao
uso de bebidas alcoólicas e outras
substancias psicoativas por
crianças e adolescentes.
28. 2017 – 2027. Realização de campanhas
permanentes utilizando-se do calendário
das datas alusivas aos temas.
Políticas
setoriais de
saúde,
educação,
assistência
social, cultura,
esportes
Conselhos Municipais
de saúde, educação,
assistência social,
cultura, esporte
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Direitos Humanos,
Cidadania, Saúde e
Assistência Social
Política setorial de
saúde
Articulação da Política
Setorial/ Fundo Público
da Saúde em âmbito
estadual e federal
Articulação com as
políticas de educação,
saúde, assistência
social, esportes e
cultura
95
16. Universalizar o acesso e
promover a permanência de
crianças e adolescentes na
educação básica, concluída em
idade adequada, garantindo a
aprendizagem de qualidade e a
educação integral, com a ampliação
de tempo, espaços, e oportunidades.
29. Consolidação dos objetivos e metas
definidas no Plano Municipal de Educação
para o período de 2015 a 2025.
Política
setorial de
educação no
âmbito
estadual
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Estadual de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Política setorial de
educação no âmbito
estadual / Fundo
Público da Educação
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito federal
96
30. Busca da consolidação dos objetivos e
metas definidos no Plano Estadual de
Educação no que se refere ao Ensino
Fundamental, Ensino Médio e Formação
Profissional e cofinanciamento da
educação.
Política
setorial de
educação
Conselho Municipal de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Política setorial de
educação / Fundo
Público da Educação
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito estadual e
federal
97
31. Busca da consolidação dos objetivos e
metas definidos no Plano Nacional de
Educação relacionado aos projetos
especiais e ao cofinanciamento da
educação.
Política
setorial
educação em
âmbito
municipal e
estadual
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Estadual de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Política setorial de
educação / Fundo
Público da Educação
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito
98
17. Universalizar, até 2016, a
educação infantil na pré-escola
para crianças de 4 (quatro) a 5
(cinco) anos e 11 meses de idade e
ampliar até o final da vigência deste
Plano (educação) a oferta de vagas
em creches de forma a atender com
qualidade crianças zero até 3 (três)
anos de idade e 11 meses. (Meta 1,
PME)
32. 2017: Cumprimento da meta
estabelecida em 2016 para atendimento de,
no mínimo, 50% das crianças de 0 (zero)
até 3 (três) de idade e 11 meses na
educação infantil (creche).
2. 2017: Cumprimento da meta
estabelecida em 2016 para atendimento de
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos e 11
meses de idade na educação pré-escolar.
33. 2017 a 2025: Atingimento de 100% da
meta definida no PME
Política
setorial de
educação
Conselho Municipal de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Finanças e Orçamento
Política setorial de
educação / Fundo
Público da Educação
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito estadual e
federal para projetos
especiais
Secretaria de Finanças
99
18. Universalizar o ensino
fundamental de 9 anos para toda a
população de 6 a 14 ano e garantir
que conclua essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de
vigência deste PME (Meta 2,
PME).
34. 2017 a 2025: Atingimento de 97% dos
alunos concluintes do ensino fundamental
em idade recomendada (sem distorção
idade-série)
Política
setorial de
educação em
âmbito
municipal e
estadual
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Estadual de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Finanças e Orçamento
Política setorial de
educação em âmbito
municipal e estadual /
Fundo Público da
Educação
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito estadual e
federal para projetos
especiais
Secretaria de Finanças
100
19. Estimular políticas públicas que
tenham como objetivo elevar a
escolaridade média da população
até 18 (dezoito) anos, de modo a
alcançar, no mínimo, 12 (doze)
anos de estudo no último ano de
vigência do PME. (Meta 5, PME)
35. 2017 a 2025: Atingimento da meta 5
do PME de elevar a escolaridade de, no
mínimo, para 12 (doze) anos de estudo,
especialmente dos 25% das crianças e
adolescentes das camadas populares e em
situações de vulnerabilidades, igualando a
escolaridade média entre negros não
negros declarados ao IBGE.
Politica
setorial de
educação em
âmbitos
municipal,
estadual e
nacional
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Estadual de
Educação
Conselho Nacional de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Política setorial de
educação / Fundo
Público da Educação
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito estadual e
federal para projetos
especiais
Secretaria de Finanças
101
20. Contribuir com o aumento de
matrículas da educação
profissional técnica de nível
médio, prezando pela a qualidade e
da expansão no segmento público.
(Meta 6, PME)
36. 2017 a 2025: Atingimento de 50% da
expansão no segmento público e qualidade
de ensino.
Politica
Setorial de
Educação em
âmbito
municipal,
estadual e
nacional
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Estadual de
Educação
Conselho Nacional de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Grêmios estudantis
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Política setorial de
educação em âmbito
estadual
Política setorial de
educação/Fundo
Público da Educação
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito estadual e
federal para o
desenvolvimento da
educação profissional e
técnica
102
21. Universalizar, até 2016, o
atendimento escolar para toda a
população de 15 (quinze) a 17
(dezessete) anos. (Meta 7, PME)
37. 2017 a 2025: Elevação da taxa líquida
de matrículas no ensino médio para 85%. Política
setorial de
educação em
âmbito
municipal e
estadual
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Estadual de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Grêmios estudantis
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Política setorial de
educação em âmbito
estadual
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito estadual e
federal
103
22. Ampliar vagas para aumento
das matrículas de educação de
jovens e adultos, nos ensinos
fundamental e médio, na forma
integrada à educação profissional,
na educação de jovens e adultos
(EJA) (Meta 10, PME).
38. 2017 a 2018: Elevação das taxas de
matrículas de jovens na educação de
jovens e adultos (EJA), no mínimo 25%
nos ensino fundamental e médio. Na forma
integrada à educação profissional.
39. 2018 a 2025: Meta atingida em 100%
Política
setorial de
educação em
âmbito
municipal e
estadual
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Estadual de
Educação
Conselho da Pessoa
Com Deficiência
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho
Municipal dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Grêmios estudantis
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
Política setorial de
educação em âmbito
estadual
Articulação da Política
Setorial de Educação e
Fundo Público em
âmbito estadual e
federal
104
23. Elevar a taxa de alfabetização
da população com 15 (quinze) anos
ou mais, até o final da vigência
deste PME, erradicar o
analfabetismo absoluto e reduzir a
taxa de analfabetismo funcional
(Meta 11, PME).
40. 2017 a 2025: Elevação da taxa de
alfabetização para 95% para erradicação
do analfabetismo e redução para 15% a
taxa de analfabetismo funcional.
Política
setorial de
educação
Conselho Municipal de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Grêmios estudantis
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Política setorial de
educação / Fundo
Público da Educação
Articulação do Fundo
Público em âmbito
estadual e federal no
desenvolvimento de
projetos especiais
105
24. Universalizar, a educação
especial e inclusiva para população
de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos
com deficiência, transtorno globais
de desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, o
acesso à educação básica e ao
atendimento educacional
especializado, preferencialmente na
rede regular de ensino, com a
garantia de sistema educacional
inclusivo, de salas de recursos
multifuncionais, classes, escolas ou
serviços especializados, públicos ou
conveniados (Meta 12, PME).
41. 2017 a 2025: promoção, no prazo de
vigência deste PME, a universalização do
atendimento escolar à demanda manifesta
pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3
(três) anos com deficiência, observada a
Lei no 9.394/96, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional.
Politica
setorial de
educação
Conselho Municipal de
Educação
Conselho Municipal
dos Direitos da Pessoa
com Deficiência
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Grêmios estudantis
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Política setorial de
educação / fundo
Público da Educação
Secretaria de Finanças
Articulação das
politicas de educação
nos âmbitos estadual e
federal/Fundos
Públicos para o
desenvolvimento de
projetos
106
25. Oferecer Educação em tempo
integral através de parcerias com o
Governo Federal e Estadual para
atender a demanda de alunos na
educação básica. (Meta 13, PME)
42. 2017 a 2025: aumento de, no mínimo,
50% das escolas públicas, de forma a
atender, pelo menos, 25% dos
(as)alunos(as) da Educação Básica, a partir
de consulta prévia e informada,
considerando-se as peculiaridades locais.
Política
setorial de
educação
Conselho Municipal de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Grêmios estudantis
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Saúde, Assistência
Social Finanças e
Política setorial de
educação / Fundo
Público da Educação
Secretaria de Finanças
Articulação das
politicas de educação
nos âmbitos estadual e
federal/Fundos
Públicos para o
desenvolvimento de
projetos de educação
integral
107
26. Implementar na educação
básica o ensino da cultura afro-
brasileira, africana e indígena, em
cumprimentos das Leis de nº
10.639/03 11.645/08. (Meta 2,
PME)
43. 2017 a 2025: garantia nos currículos
escolares conteúdos sobre a história e as
culturas afro-brasileira e indígenas por
meio de ações colaborativas com fóruns de
educação para a diversidade étnico-racial,
conselhos escolares, equipes pedagógicas e
a sociedade civil.
44. 2017 a 2025: consolidação da
educação escolar no campo de populações
tradicionais, de populações itinerantes e de
comunidades indígenas e quilombolas,
respeitando a articulação entre os
ambientes escolares e comunitários e
oferta de programa para a formação inicial
e continuada de profissionais da educação.
Política
setorial de
educação
Conselho Municipal de
Educação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Grêmios estudantis
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania
Política setorial de
educação / Fundo
Público da Educação
Articulação das
politicas de educação
nos âmbitos estadual e
federal/Fundos
Públicos para o
desenvolvimento de
projetos sobre cultua
afro-brasileira, africana
e indígena.
108
27. Ampliar o acesso e a oferta de
políticas culturais que nas suas
diversas expressões e manifestações
considerem o desenvolvimento de
crianças e adolescentes e o seu
potencial criativo e inovador.
45. Até 2027: ampliado o acesso para
todas as crianças e adolescentes nas
diversas expressões relativas às políticas
de cultura, especialmente, do grupo em
situação de vulnerabilidade, oriundas das
camadas populares, atendidas em
instituições sociais e nos programas de
acolhimento institucional e em
cumprimento de medidas socioeducativas.
Fundação
Cultural Conselho Municipal da
Cultura
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Cultura e
Direitos Humanos,
Finanças e Orçamento
Fundação Cultural
Articulação com as
políticas de cultura em
âmbito estadual e
federal
Secretaria de Finanças
109
28. Promover encontros com as
diferentes instituições de promoção
e defesa da criança e do adolescente
sobre os diferentes processos ou
estratégias que envolvem a
participação desse grupo etário em
diferentes expressões e
manifestações culturais.
46. Realização de, ao menos, 01 (um)
encontro anual para escuta de crianças e
adolescentes sobre o direito à cultura e sua
inserção nas diferentes atividades.
Política
setorial de
cultura
Conselho Municipal de
Cultura
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
cultura
110
29. Ampliar o acesso e a oferta de
políticas e programas que garantam
o direito ao esporte, ao lazer e
recreação, assegurando a
participação de todas as crianças e
adolescentes, incluso das pessoas
com deficiência.
47. Até 2027: cobertura de 100% da
demanda de crianças e adolescentes. Política
setorial de
esportes e
recreação
Articulação
com a política
setorial de
esporte e lazer
em âmbito
estadual e
federal
Secretaria de
finanças
Conselho Municipal de
Esporte e recreação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Cultura,
Esportes; Direitos
Humanos, Finanças e
Orçamento
Política setorial de
esportes e recreação
Articulação com a
política setorial de
esporte e lazer em
âmbito estadual e
federal
Secretaria de finanças
111
30. Promover encontros com as
diferentes instituições de promoção
e defesa da criança e do adolescente
sobre os diferentes processos ou
estratégias que envolvem a
participação desse grupo etário em
diferentes modalidades esportivas e
recreativas.
48. Realização de, ao menos, 01 (um)
encontro anual para escuta de crianças e
adolescentes sobre o direito ao esporte e
recreação e modos de sua inserção nas
atividades.
Política
setorial de
esporte e
recreação
Conselho Municipal de
Esporte e recreação
Conselhos das Políticas
Setoriais
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
esporte e recreação
112
PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP
Período: abril de 2017 a abril de 2027
EIXO II – PROTEÇÃO E DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de
Financiamento
113
3. Fortalecimento
do Conselho
Tutelar de acordo
com o expresso
nos artigos 131 a
140 do ECA
(1990) e na
Resolução nº 170
de 10/12/2014 do
Conselho Nacional
dos Direitos da
Criança e do
Adolescente
(CONANDA).
31. Manter, implantar e dotar o
Conselho Tutelar de condições para
seu pleno funcionamento de acordo
com os parâmetros expressos na
Resolução nº 170 de 10/12/2014 do
Conselho Nacional dos Direitos da
Criança e do Adolescente
(CONANDA)
49. 2017 a 2027: manutenção e
recursos humanos e materiais para o
funcionamento pleno do Conselho
Tutelar.
Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de
Finanças
Conselho Municipal
dos Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselhos Estadual
(CONDECA) e
Nacional dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
CONANDA)
Conselhos das Políticas
Setoriais
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Finanças e Orçamento
Secretaria de Finanças
114
50. 2017 a 2018: dotação de recursos
para a implantação e manutenção do
SIPIA – Sistema Informação para a
Infância e Adolescência.
Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de
Finanças
Secretaria de
Administração e
Recursos Humanos
Conselho Municipal
dos Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselhos das Políticas
Setoriais
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Finanças e Orçamento
Secretaria de Finanças
Secretaria de
Administração e
Recursos Humanos
115
51. 2017: alocação de profissional da
guarda municipal na sede do Conselho
Tutelar
Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de
Administração e
Recursos Humanos
Conselho Municipal
dos Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselhos das Políticas
Setoriais
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Finanças e Orçamento
Secretaria de
Administração e
Recursos Humanos
116
52. 2017-2019: implantação de mais
um Conselho Tutelar. Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de
Finanças
Secretaria de
Administração e
Recursos Humanos
Conselho Municipal
dos Direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselhos das Políticas
Setoriais
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Finanças e Orçamento
Secretaria de Finanças
Secretaria de
Administração e
Recursos Humanos
117
32. Manter e atualizar as estratégias
de aproximação e diálogo do
Conselho Tutelar com instituições de
atenção à criança e ao adolescente,
rede de atendimento, sistema de
justiça, Conselho de Direitos da
Criança e do Adolescente, Conselho
das Políticas Setoriais, Políticas
Setoriais, comunidade, crianças e
adolescentes e familiares.
53. 2017 a 2027: realização de, pelo
menos 01 (um) encontro ao ano, de
encontros para manutenção e
estreitamento das relações
institucionais em favor dos direitos da
criança e do adolescente.
54. 2017 a 2027: realização de
devolutivas ou prestação de contas, ao
menos 01 (uma) vez ao ano, da ação de
defesa e promoção dos direitos da
criança e do adolescente.
55. 2017 a 2027: realização de reuniões
de trabalho, a cada 05 (seis) meses,
com o Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente
para acompanhamento das metas
traçadas no Plano Municipal dos
Direitos Humanos de Crianças e
Adolescentes de Jacareí/SP
(PMDDHCA).
Conselho Tutelar
Conselho de Direitos
da Criança e do
Adolescente
Políticas setoriais,
especialmente a da
assistência social pelo
seu caráter
administrativo
vinculante.
Conselho das Políticas
Setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Coletivo de familiares,
crianças e adolescentes
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Delegacia da Mulher
Câmara Municipal:
Comissões temáticas
de Educação, Direitos
Humanos, Cidadania,
Assistência Social
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do
Adolescente/Fundo
Municipal dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
(FUMDICAD)
118
56. 2017 a 2027: assessoria ao Poder
Executivo na elaboração da proposta
orçamentária para planos e programas
de atendimento aos direitos da criança
e do adolescente, conforme expresso
no artigo 136 do ECA (1990) e com
base no Plano Municipal Decenal dos
Direitos Humanos da Criança e do
Adolescente de Jacareí.
Conselho Tutelar Conselho Municipal
dos direitos da Criança
e do Adolescente
Conselho Municipal de
Assistência Social
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do
Adolescente/Fundo
Municipal dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
(FUMDICAD)
Conselho Municipal de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
33. Definir processo e conteúdos da
formação continuada de conselheiros
tutelares.
57. 2017 a 2027: elaboração de
conteúdos e metodologias de formação
continuada dos conselheiros tutelares.
58. 2017 a 2027: realização de
processos de formação continuada de
conselheiros tutelares, ao menos a cada
06 (seis) meses.
59. 2017 a 2027: contratação de
horas/assessoria para a formação
continuada de conselheiros tutelares.
Conselho Tutelar
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente
Política setorial de
Assistência Social
Conselhos das Políticas
Setoriais
Políticas setoriais
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Secretaria de Finanças
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/Fundo
Municipal dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
(FUMDICAD)
Articulação com os
Conselhos de Direitos
Estadual (CONDECA)
e Nacional
(CONANDA) / Fundo
dos Direitos da Infância
e Adolescência (FIA)
119
34. Aperfeiçoar e/ou atualizar os
modelos instrumentais de trabalho
para acompanhamento, avaliação e
elaboração de relatórios das ações do
Conselho Tutelar.
60. 2017 a 2027: aperfeiçoamento e/ou
atualização dos instrumentais, a cada
ano, utilizados pelos conselheiros
tutelares na sua ação diária.
Conselho Tutelar Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Secretaria de
Assistência Social
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
35. Avaliar para aperfeiçoar e/ou
atualizar as estratégias de
acompanhamento dos
encaminhamentos realizados pelo
Conselho Tutelar a diferentes
instituições.
61. 2017 a 2027: realização de
avaliação, a cada ano, das estratégias
utilizadas pelo Conselho Tutelar
quanto aos encaminhamentos
realizados às instituições,
aperfeiçoando-as e/ou atualizando-as.
Conselho Tutelar Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Secretaria de
Assistência Social
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
120
4. Proteção
especial a criança
e adolescentes com
seus direitos
ameaçados e
violados
36. Fortalecer as ações previstas no
Plano Municipal de Promoção,
Proteção e Defesa do Direito de
Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e
Comunitária de Jacareí.
62. 2017 a 2027: 100% dos serviços de
acolhimento adequados aos parâmetros
da legislação vigente (ECA, 1990) e
Resoluções dos Conselhos Nacional
dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CONANDA) e da
Assistência Social (CNAS).
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
121
63. 2017 A 2027: 100% das famílias
com crianças e adolescentes em
serviços de acolhimento recebimento
atendimento especializado e
acompanhamento psicossocial visando
à reintegração familiar.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
122
64. 2017 a 2027: realização do
reordenamento institucional dos
serviços de acolhimento institucional
adequando às normas do CNAS
conforme a meta prevista no PMAS
cuja meta encerra-se no mês de
dezembro de 2017.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
123
65. 2017 a 2027: manutenção da não
existência de crianças e adolescentes
em situação de rua.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
124
66. 2017 a 2020: reduzida em 40% a
violência física intrafamiliar de acordo
co0m o Sistema Nacional de
Informação em Saúde.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
125
37. Formular parâmetros e estruturar
uma rede integrada de atendimento
de crianças e adolescentes em
situação de violência, em suas
diversas formas.
67. 2017 a 2018: integrado o
atendimento a crianças e adolescentes
em situação de violência pelos diversos
integrantes do Sistema de Garantia dos
Direitos da Criança e do Adolescente
(SGDCA).
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Política setorial de
Saúde
Conselho Municipal
de Saúde
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
Política setorial de
Saúde
126
38. Fortalecer as ações e metas
previstas no Plano Municipal de
Enfrentamento da Violência Sexual
contra Crianças e Adolescentes
68. 2017 a 2020: redução das situações
de abuso sexual com base no Sistema
Nacional de Informação em Saúde.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Política setorial de
Saúde
Conselho Municipal
de Saúde
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
Política setorial de
Saúde
127
69. 2017 a 2019: continuidade das
ações especializadas de atendimento a
crianças e adolescentes em exploração
sexual nas redes de proteção municipal
observado os territórios de cidadania.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Política setorial de
Saúde
Conselho Municipal
de Saúde
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
Política setorial de
Saúde
128
39. Fortalecer as ações previstas no
Plano Municipal de Prevenção e
Erradicação do Trabalho Infantil e
Proteção ao Adolescente
Trabalhador.
70. 2017 a 2020: manutenção de
serviços assistenciais para a prevenção
de ocorrência de trabalho anterior à
faixa etária anterior aos 14 anos, com
encaminhamento de denúncias aos
órgãos competentes de defesa e
fiscalização do trabalho
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho Tutelar
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
129
71. Proteção do adolescente
trabalhador com encaminhamento de
denúncias aos órgãos competentes de
defesa e fiscalização do trabalho e
aprendizagem profissional.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Política setorial
trabalho,
desenvolvimento
econômico e social
Conselho Tutelar
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social /
Fundo Público da
Assistência Social
Política setorial
trabalho e
desenvolvimento
econômico e social
130
40. Fortalecer as ações e metas
previstas no Plano Municipal de
Atendimento Socioeducativo ao
Adolescente em Conflito com a Lei
(PMASE 2025 a 2025).
72. 2017 a 2025: manutenção e
qualificação dos programas de
atendimento socioeducativos em meio
aberto de Prestação de Serviços à
Comunidade (PSC) e Liberdade
Assistida (LA).
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Fundação CASA
(estadual)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social
131
73. 2017: criação da Comissão
Municipal Intersetorial do Sistema
Municipal de Atendimento
Socioeducativo (SIMASE)
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social
132
41. Fortalecer e aprimorar os
mecanismos de denúncia e
notificação de violações dos direitos
de crianças e adolescentes.
74. 2017 a 2027: divulgação de Disque
CT- 125, articulado ao Disque Direitos
Humanos – Módulo Criança e
Adolescente Disque 100 e ao SIPIA-
CT.
Política setorial de
Assistência Social
Conselho Municipal
de Assistência Social
Conselho Tutelar
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Política setorial de
Assistência Social
133
42. Universalizar, em igualdade de
condições, o acesso de crianças e
adolescentes ao sistema de justiça.
75. manutenção e aperfeiçoamento do
sistema de justiça com vara especial da
infância e da juventude e com equipes
interprofissionais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
134
43. Universalizar, em igualdade de
condições, o acesso de crianças e
adolescentes ao sistema de
segurança pública e defesa do
cidadão.
76. manutenção e aperfeiçoamento do
sistema de segurança pública em reais
condições de trabalho e com equipes
interprofissionais.
Sistema de Segurança
Pública (estadual)
Política setorial de
Segurança Pública e
Defesa do Cidadão
(Guarda Municipal).
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Segurança
Pública e Defesa do
Cidadão (estadual)
Política setorial de
Segurança Pública e
Defesa do Cidadão
(Guarda Municipal)
135
77. 2017 a 2019: interligação do SIPIA
CT à Delegacia da Mulher Sistema de Segurança
Pública (estadual)
Conselho Tutelar
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Segurança
Pública e Defesa do
Cidadão (estadual)
136
PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP
Período: abril de 2017 a abril de 2027
EIXO III – PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de
financiamento
5. Aprimoramento
e/ou atualização
de estratégias e
mecanismos que
facilitem a
expressão livre de
crianças e
adolescentes sobre
os assuntos a eles
relacionados e sua
participação
organizada,
considerando sua
condição peculiar
de pessoas em
desenvolvimento e
sujeito de direitos.
44. Promover a participação de
crianças e adolescentes nos espaços
de convivência e de construção da
cidadania, inclusive, nos processos
de formulação, deliberação,
monitoramento e avaliação das ações
públicas relativas aos seus direitos.
78. 2017 a 2027: fomento à
participação de crianças e adolescentes
nos espaços escolares como exemplos
nos conselhos escolares, grêmios
estudantis e outros.
79. 2017 a 2027: .aperfeiçoamento dos
mecanismos de participação de
crianças e adolescentes nas ações do
Conselho dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
80. 2017 a 2027: participação das
crianças e adolescentes nos espaços do
legislativo a exemplo da construção da
Frente Municipal Parlamentar dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
81. 2017 a 2027: participação das
crianças e adolescentes nas
Conferências dos Direitos da Criança e
do Adolescente desde a elaboração,
consecução e avaliação da proposta,
realização das conferências como
também na indicação e eleição dos
delegados representantes nas
Conselho Municipal
dos Direitos da
Criança e do
Adolescente
Políticas setoriais de
educação, assistência
social, esporte e
recreação, lazer,
saúde, cultura
Conselhos das
Políticas Setoriais
Conselho Tutelar
Grêmios Estudantis
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Políticas setoriais de
educação, assistência
social, esporte e
recreação, lazer, saúde
137
conferências em âmbito regional,
estadual, nacional.
82. 2017 a 2027: envolvimento dos
adolescentes na eleição de conselheiros
tutelares ao Conselho Tutelar, uma vez
que podem votar aos 16 anos.
83. 2017 a 2027: envolvimento dos
membros dos grêmios estudantis nos
debates e ações em favor dos direitos
da criança e do adolescente.
84. 2017 a 2027: abertura de espaços à
participação de crianças e adolescentes
na elaboração dos Planos Decenais das
Políticas Setoriais e Temáticas, a
exemplo do processo de escuta
realizado por ocasião da elaboração dos
Planos Municipais Decenais de
Atendimento Socioeducativo
(adolescentes) e no Decenal dos
Direitos Humanos de Crianças e
Adolescentes (crianças e adolescentes).
85. 2017 a 2018: definição de
estratégias especiais para a participação
de crianças e adolescentes nos
processos avaliativos do Plano
Municipal Decenal de Direitos
Humanos da Criança e do Adolescente.
PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP
Período: abril de 2017 a abril de 2027
138
EIXO IV – GESTÃO DA POLÍTICA MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de
financiamento
6. Fomento e
aprimoramento
das estratégias de
gestão do Plano
Municipal
Decenal dos
Direitos Humanos
da Criança e do
Adolescente
fundamentadas
nos princípios da
indivisibilidade
dos direitos,
incompletude da
política de direitos
da criança e do
adolescente,
interinstitucionali-
dade,
intersetorialidade
e práticas
interdisciplinares,
da participação e
da
responsabilidade
partilhada entre
os três entes da
federação.
45. Estabelecer mecanismos de
pactuação entre as diferentes
instâncias do Sistema de Garantia
dos Direitos da Criança e do
Adolescente (SGDCA) e dos entes
federados (responsabilidade
partilhada) na gestão do Plano
Municipal Decenal dos Direitos
Humanos da Criança e do
Adolescente.
86. 2017: criação do Comitê Gestor
Intersetorial Municipal para
acompanhamento da execução do
Plano Municipal Decenal dos Direitos
Humanos da Criança e do Adolescente.
2018: estabelecimento de pactos
intergestores para a implementação
integrada e articulada do Plano
Municipal Decenal dos Direitos
Humanos da Criança e do Adolescente.
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Política setorial de
Assistência Social,
Educação, Saúde,
Cultura, Esportes e
Recreação
Conselho das
Políticas Setoriais
Conselho Tutelar
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Políticas setoriais de
educação, assistência
social, esporte e
recreação, lazer, saúde
46. Aperfeiçoar e/ou atualizar as
estratégias de aproximação e diálogo
com os Conselhos das Políticas
Setoriais envolvidos com a política
de direitos da criança e do
adolescente.
87. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho Tutelar
Conselho das Políticas
setoriais
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
139
47. Aperfeiçoar e/ou atualizar as
estratégias de aproximação e diálogo
com os Conselhos das Políticas
Temáticas envolvidos com a política
de direitos da criança e do
adolescente.
88. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho Tutelar
Conselho das políticas
temáticas
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
48. Aperfeiçoar e/ou atualizar as
estratégias de permanente diálogo
com o Conselho Tutelar.
89. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho Tutelar Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
140
49. Aperfeiçoar e/ou atualizar as
estratégias de aproximação e diálogo
com o Sistema de Justiça (Poder
Judiciário, Ministério Público),
Ordem dos Advogados do Brasil,
Centros de Defesa e dos Direitos
Humanos, Secretaria Municipal de
Assuntos Jurídicos) e com a
Segurança Pública (Delegacia da
Mulher)
90. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública).
Secretaria de Justiça
(estadual)
Organizações de
defesa: OAB, Centros
de Defesa dos Direitos
Humanos
Sistema de Segurança
Pública (estadual) e
Segurança Pública e
Defesa do Cidadão
(municipal)
,
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
50. Aperfeiçoar e/ou atualizar as
estratégias de aproximação e diálogo
com a Câmara Municipal por meio
das Comissões Temáticas.
91. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Comissões Temáticas
da Câmara Municipal (
Educação, Cultura,
Direitos Humanos,
Assistência Social,
Saúde, Finanças e
Orçamento, Esporte)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
141
51. Aperfeiçoar e/ou atualizar as
estratégias de aproximação e diálogo
com a rede de proteção social,
movimentos sociais e comunitários.
92. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
52. Aperfeiçoar e/ou atualizar as
estratégias de participação de
crianças e adolescentes junto ao
Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
93. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Grêmios estudantis
Crianças e adolescentes
atendidos pela rede de
proteção social e
socioassistencial
Movimentos de
adolescentes e jovens
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
142
53. Aperfeiçoar as estratégias e
rotinas de trabalho (agendas) do
Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente e
estreitamento do diálogo
permanente com os conselheiros de
direitos.
94. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselheiros de
Direitos Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
54. Aperfeiçoar e/ou atualizar os
instrumentais para a ação do
Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente.
95. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselheiros de
Direitos Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
55. Aperfeiçoar e/ou atualizar e/ou
definir sobre as Comissões de
Trabalho do Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
96. 2017 a 2027: estratégias
aperfeiçoadas e atualizadas Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
143
7. Efetivação da
prioridade
absoluta no ciclo e
na execução
orçamentária da
esfera municipal
em articulação
com as esferas
estadual e federal.
56. Dotar a política dos direitos
humanos das crianças e adolescentes
de recursos suficientes e
sistemáticos para a plena
implementação das ações do Plano
Municipal Decenal dos Direitos
Humanos da Criança e do
Adolescente.
97. 2017 a 2027: incorporação dos
objetivos e metas do Plano Municipal
Decenal dos Direitos Humanos da
Criança e do Adolescente no
orçamento e financiamento públicos.
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de Finanças
Comissões Temáticas
da Câmara Municipal (
Educação, Cultura,
Direitos Humanos,
Assistência Social,
Saúde, Finanças e
Orçamento, Esporte)
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de Finanças
57. Manter e dotar o Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e
do Adolescente de condições com
recursos humanos e materiais para
seu pleno funcionamento tendo em
vista uma série de atribuições de sua
responsabilidade, de acordo com as
disposições expressas no ECA (1990
98. 2017 a 2027: manutenção de
recursos humanos e materiais para o
funcionamento pleno do Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente.
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de Finanças
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Política setorial de
Assistência Social
Secretaria de Finanças
8. Formação e
qualificação
continuada dos
diferentes atores e
profissionais do
Sistema de
58. Implementar política de
formação e qualificação
continuada para a atuação dos
diferentes atores e profissionais das
políticas setoriais e temáticas
públicas voltadas à atenção da
99. 2017 a 2018: estabelecimento de
proposta de política de formação
continuada e agenda anual de formação
aprovadas pelo Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais e Temáticas
Conselho Tutelar
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
144
Garantia dos
Direitos da
Criança e do
Adolescente
(SGDCA).
criança e do adolescente, com ênfase
na rede de conselheiros. Adolescente.
100. 2018-2027: realização de
formação, a cada ano, dos atores
(gestores e profissionais, conselheiros)
do Sistema de Garantia dos Direitos da
Criança e do Adolescente (SGDCA)
considerando as diferentes temáticas,
objetivos e metas do Plano Municipal
Decenal dos Direitos Humanos da
Criança e do Adolescente.
Políticas setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais
Conselho estadual dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONDECA)
Conselho nacional dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONANDA)
Universidades públicas
e privadas
do Adolescente
(FUMDICAD)
9. Produção de 59. Implementar e ampliar as linhas 101. 2017 a 2018: estabelecimento de Conselho Municipal Políticas setoriais e Conselho Municipal
145
conhecimento
sobre a infância e
a adolescência,
aplicada ao
processo de
formulação,
desenvolvimento e
avaliação da
política de direitos
da criança e do
adolescente.
de financiamento de estudos e
publicações e difusão no campo da
promoção, da proteção e defesa dos
direitos humanos da criança e do
adolescente, incluindo a realização do
diagnóstico da política de direitos da
criança e do adolescente..
propostas de produção do
conhecimento, elaboração do
diagnóstico e sua atualização, a cada 02
(dois) anos.
102. 2018 a 2027: elaboração de
produção, publicação e difusão de
produção do conhecimento, realizada a
cada 02 (dois) anos.
103. 2017 a 2018: sistematização,
implementação e disponibilização on
line de Banco de Dados sobre estudos,
pesquisas, atividades, relato e troca de
experiências, relacionadas às temáticas,
objetivos e metas previstas no Plano
Municipal Decenal dos Direitos
Humanos da Criança e do Adolescente.
104. 2017 a 2018: criação de site do
Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente para
alocação do Banco de Dados, Informes,
Resoluções, Prestação de Contas,
Eventos.
105. 2017-2027: contratação sempre
que necessário de
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
temáticas
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais
Conselho estadual dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONDECA)
Conselho nacional dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONANDA)
Articulação com a
Escola de Conselhos
em âmbito nacional
(CONANDA).
Universidades públicas
e privadas
Agências de fomento
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Articulação com o
Conselho Estadual dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONDECA) e
Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e
do Adolescente/ Fundo
da Infância e
Adolescência (FIA).
146
(nacional e
internacional)
60. Elaborar proposta de
assessoria/consultoria para o
Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente
visando o desenvolvimento de ações
do Plano Municipal Decenal dos
Direitos da Criança e do Adolescente,
relativas à formação, elaboração de
instrumentais, avaliação,
sistematização de documentos e
ações, produção de estudos e material
didático sobre os eixos constantes do
presente Plano.
106. 2017 a 2018: elaboração de
propostas (objetivos, conteúdos, metas,
horas/assessoria-consultoria) e
consecução durante a vigência de
implementação dos objetivos e metas
do Plano Municipal Decenal dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
(2018 a 2027).
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Políticas setoriais
Conselho estadual dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONDECA)
Conselho nacional dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONANDA)
Universidades públicas
e privadas
Centros de Estudos e
Pesquisas
Conselho Municipal
dos Direitos da Criança
e do Adolescente /
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
Articulação com o
Conselho Estadual dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(CONDECA) e
Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e
do Adolescente/ Fundo
da Infância e
Adolescência (FIA).
147
PLANO MUNICIPAL DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DE JACAREÍ/SP
Período: abril de 2017 a abril de 2027
EIXO V – MONITORAMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE SOCIAL DA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Diretriz Objetivo Meta Responsável Parceria Indicação de
financiamento
10. Fortalecimento
do Conselho
Municipal dos
Direitos da
Criança e do
Adolescente para
assegurar seu
caráter paritário,
deliberativo e
controlador das
ações em favor
dos direitos da
criança e do
adolescente,
garantindo a
natureza
vinculante de suas
decisões, expresso
no inciso II do
artigo 88 e artigo
56. Desenvolver metodologias e
sistemas de monitoramento e
avaliação do Plano Municipal
Decenal da Política de Direitos
Humanos da Criança e do
Adolescente.
107. 2017 a 2019: elaboração de
metodologias e sistemas de
monitoramento e avaliação com
aplicação na forma de pré-teste, a partir
de proposição do Conselho Nacional
dos Direitos da Criança e do
Adolescente (CONANDA).
108. 2020: aplicação da primeira
avaliação e sistematização dos
resultados.
109. 2021 a 2027: aplicação da
avaliação, a cada 02 (dois) anos e
sistematização dos resultados.
110. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo.
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal
dos Direitos da
criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Políticas Setoriais
Conselho dos Direitos
da Criança e do
Adolescente em âmbito
estadual (CONDECA)
e nacional
(CONANDA).
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
148
89 do ECA (1990). 57. Acompanhar o processo de
monitoramento e avaliação dos
Planos Municipais das Políticas
Setoriais relacionados às metas e os
prazos definidos de avaliação.
111. 2017 a 2027: avaliação e
monitoramento das metas por meio dos
Conselheiros das Políticas Setoriais e
da Rede de Proteção Social
(organizações não governamentais)
representados nos Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do
Adolescente, 01 (uma) vez ao ano.
112. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal dos
Direitos da criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas,
Direitos Humanos,
Cidadania
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
149
58. Acompanhar o processo de
monitoramento e avaliação dos
Planos Municipais das Políticas
Temáticas relacionados às metas e os
prazos definidas e os prazos de
avaliação.
113. 2017 a 2027: avaliação e
monitoramento por meio dos
Conselheiros das Políticas Setoriais e
da Rede de Proteção Social
(organizações não governamentais)
representados nos Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do
Adolescente, 01 (uma) vez ao ano..
114. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal dos
Direitos da criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas,
Direitos Humanos,
Cidadania
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
150
59. Acompanhar o processo de
monitoramento e avaliação do
Conselho Tutelar.
115. 2017 a 2027: acompanhamento
das avaliações e monitoramento das
ações do Conselho Tutelar,
semestralmente.
116. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho Tutelar
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal dos
Direitos da criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas,
Direitos Humanos,
Cidadania
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
151
60. Avaliar mediante instrumentais
previamente elaborados o processo
de realização das Conferências
Municipais dos Direitos da Criança
e do Adolescente (convencional) e a
Conferência Lúdica (participação
das crianças e adolescentes).
117. 2017 a 2027: avaliação e
monitoramento pelo Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, a cada realização das
Conferências, por meio de instrumental
específico para esse modelo de ação.
118. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Crianças e
Adolescentes
Participantes das
conferências
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
152
61. Acompanhar e avaliar o processo
de captação de recursos ao Fundo
dos Direitos da Criança e do
Adolescente (FUMDICAD).
119. 2017 a 2027: avaliação e
monitoramento da captação de recursos
pelo Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente, a cada 02
(dois) anos.
120. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente /
Comissão de
Finanças
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal dos
Direitos da criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Secretaria de Finanças
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas,
Direitos Humanos,
Cidadania, Finanças e
Orçamento
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
153
62. Acompanhar e avaliar o processo
de elaboração do Orçamento
Criança e Adolescente.
121. 2017 a 2027: avaliação e
monitoramento pelo Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, (01) vez ao ano.
122. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Conselho Tutelar
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal dos
Direitos da criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Social (entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas,
Direitos Humanos,
Cidadania, Finanças e
Orçamento
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
154
64. Acompanhar e avaliar o processo
de registro e cadastro das
entidades de atendimento
relacionadas ao campo da criança e
do adolescente.
123. 2017 a 2027: avaliação e
monitoramento por meio dos
Conselheiros das Políticas Setoriais e
da Rede de Proteção Social
(organizações não governamentais)
representados nos Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do
Adolescente, a cada 02 (dois) anos.
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal dos
Direitos da criança e do
Adolescente
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção
Socioassistencial e rede
de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
155
65. Aperfeiçoar e/ou atualizar os
instrumentos de avaliação da
utilização dos recursos do Fundo
dos Direitos da Criança e do
Adolescente (FUMDICAD).
124. 2017 a 2027: avaliação e
monitoramento pelo Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, a cada 02 (dois) anos.
125. difusão dos resultados a cada
processo avaliativo
Conselho Municipal
dos direitos da
Criança e do
Adolescente
Comitê Gestor
Intersetorial do Plano
Municipal Decenal dos
Direitos da criança e do
Adolescente
Secretaria de Finanças
Conselho das Políticas
Setoriais
Conselho Tutelar
Sistema de Justiça
(Poder Judiciário,
Ministério Público,
Defensoria Pública)
Rede de proteção social
(entidades não
governamentais,
movimentos sociais)
Câmara Municipal:
Comissões temáticas,
Direitos Humanos,
Cidadania, Finanças e
Orçamento
Conselho dos direitos
da Criança e do
Adolescente/
Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e
do Adolescente
(FUMDICAD)
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Monitoramento e Avaliação
As ações de monitoramento e avaliação do PMDDHCA de Jacareí/SP são mecanismos essenciais para a sua implementação considerando a
criação e instituição do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA).
No monitoramento os objetivos e metas destacados dependem de criação de instrumentais com definição de determinados indicadores para a
sua realização considerando a vigência decenal do PMDDHCA. As estratégias de monitoramento consideram as diretrizes, os objetivos e
metas definidos e a serem alcançados.
Na avaliação deve-se buscar a relação entre os objetivos e metas para verificar o impacto real do que de fato foi planejado considerando o
período (prazo) definido para cada essa diretriz, objetivo, meta.
O monitoramento e a avaliação devem focalizar seus instrumentos de averiguação na eficiência, eficácia e impacto dos objetivos e metas
previstas considerando também os prazos, responsáveis, parceiras e as indicações de financiamento (recursos) para cada ação.
Os objetivos do monitoramento e da avaliação devem gerar transparência na gestão e embasar avaliações e controle social da execução da
política de direitos humanos e como necessidades de ajustes técnicos como subsidiar o processo orçamentário público (Orçamento Criança –
Adolescente) e os padrões de referência para subsidiar o planejamento e as metodologias de atendimento.
No monitoramento e avaliação são adotados indicadores que, no geral, são conceituados como medidas quantitativas, que buscam substituir,
quantificar ou operacionalizar tanto as etapas de formulação, implantação e/ou implementação e mesmo de acompanhamento de políticas
e/ou ações públicas. Os indicadores também podem ser qualitativos quando se tratam da leitura avaliativa dos processos (passo a passo das
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ações) na consecução do plano. O que se busca com sua adoção é a melhoria da prestação de serviços públicos aos seus destinatários, no
caso, crianças e adolescentes (PEREIRA, 2012).
A elaboração dos instrumentais para o monitoramento e a avaliação faz parte das prioridades do PMDDHCA de Jacareí/SP e serão adotados
após a aprovação pelo CMDCA.
O processo de monitoramento e avaliação do PMDDHCA de Jacareí/SP tem como cronograma:
Ação 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027
Implementação do Plano x x x x x x x x x x x
Acompanhamento/monitoramento
dos objetivos e metas
x x x x x x x x x x x
Avaliação x x x x
Devolução dos resultados parciais x x x x x x x x x x x
Devolução dos resultados finais x
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