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Valdemar Araújo da Silva Filho Prefeito Municipal
Tadeu Fernandes Rodrigues Vice-prefeito
Sílvia Helena Cezário Araújo Secretária de Educação Cultura e Desporto
Sílvia da Silva Reis Secretária Adjunta de Educação, Cultura e Desporto
Jorge Luiz Nogueira Presidente da Câmara de Vereadores
Vereadores Alison Freitas Lima
Antônio Cândido Ferro Elis Regina Nonato Bessa
Francisco Albanes Machado Fiúza Francisco Célio Scipião da Silva Francisco Erivando dos Santos Laíz Suênia Alencar Ramalho
Maria Gorete Cavalcante Bastos Sobrinho Raimundo Francisco da Silva
Raimundo Gomes da Silva
Coordenação do Plano Municipal de Educação de Pindoretama Professor Paulo Sérgio Nogueira
Colaboração Históricas ao PME
Professor Fernando Holanda Costa
3
Comissão de Elaboração/Adequação do PME Jorge Luís Nogueira
Angélica Maria Holanda de Oliveira Inês Maria Alves Silva
Maria Joziana Costa Câmara Diana Márcia de Oliveira
Equipe Técnica de Suporte e Apoio ao PME
Maria Diva Ferreira Paulo Henrique Silva Coelho
Paulo Sérgio Nogueira Hipólito Almeida dos Santos
Maria Adriana Silva Albino Lima
Conselho Municipal de Educação (Diretoria Executiva)
Presidente: Maria Diva Ferreira Vice Presidente: Joel Antônio Moreira
Secretária: Luciana Simão Severino da Rocha
Angélica Maria Holanda de Oliveira Coordenadora Pedagógica
Joziana Costa Câmara
Coordenadora de Planejamento e Avaliação Educacional
Francisca Glaina Silva Benício Coordenadora de Gestão Educacional
Raimundo Costa Neto
Colaborador - Apoio Técnico do PME
Diagramação José Romário Santos Lima
Avaliadora Educacional do PME Maria Benildes Uchôa de Araújo
Revisão do PME
Paulo Sérgio Nogueira
4
Prefeitura Municipal de Pindoretama/CE Secretaria Municipal de Educação Cultura
e Desporto
Plano Municipal de Educação Pindoretama - Ceará
2015/2025
5
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 6 1. INTRODUÇÃO 7 2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO 8
2.1 ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, CULTURAIS E POLÍTICOS
8
3. EDUCAÇÃO MUNICIPIAL 15 4. NÍVEIS DE ENSINO 21
4.1 EDUCAÇÃO BÁSICA 21 4.2 ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 22 4.3 EDUCAÇÃO INFANTIL: MUNDO, BRASIL, CEARÁ E
PINDORETAMA
23 4.3.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL 24 4.3.2 PINDORETAMA E A EDUCAÇÃO INFANTIL NA
ATUALIDADE
26 4.4 ENSINO FUNDAMENTAL: UM POUCO DE HISTÓRIA 27
4.4.1 MATRÍCULA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE) ANOS E CARGA HORÁRIA
35
4.5 ENSINO MÉDIO 35 4.6 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 36 4.7 EDUCAÇÃO ESPECIAL 38 4.8 EDUCAÇÃO BÁSICA DO CAMPO 40
5. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL 41 5.1 DADOS EDUCACIONAIS 41 5.2 CÁLCULO DO IDEB 43 5.3 AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS COMPLEMENTARES 46
5.3.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO 46 5.3.2 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE 47 5.3.3 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA -
COM-VIDA
47 5.3.4 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO
DO TRABALHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – PETECA
47 5.3.5 PROGRAMA AGRINHO – SENAR 5.3.6 PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA –
PAIC – PAIC + - PNAIC
48
48 6. ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS 49 6.1 SITUAÇÃO MUNICIPAL COM RELAÇÃO ÀS METAS NACIONAL 56 7.1 – CONSTRUINDO A PRÓXIMA DÉCADA 2015/2024 7.1 METAS E ESTRATÉGIAS
64 64
8. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PINDORETAMA
85
REFERÊNCIAS 86 ANEXOS 88 LISTA DE TABELAS, FIGURAS E TABELAS E GRÁFICOS 89
GLOSÁRIO DE SIGLAS 90
MODELO DA LEI MUNICIPAL 92
6
APRESENTAÇÃO
O Plano Municipal de Educação de Pindoretama foi elaborado a partir dos
estudos, debates e proposições, tendo iniciadas as discussões no ano de 2013, na
CONAE/COMEP, envolvendo a equipe de profissionais das Coordenações:
Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Fundamental, Educação de Jovens
e Adultos e Educação Especial, assim como os segmentos das escolas, sob a
coordenação do então Professor Paulo Sérgio Nogueira da Secretaria Municipal de
Educação, Cultura e Desporto.
Assim, foi instituída a Comissão Municipal Representativa da Sociedade de
elaboração/adequação do PME, por meio de Portaria do Senhor Prefeito Municipal,
formada pela Câmara de Vereadores, Estudantes, Pais, Professores e Sindicato
dos Servidores que, contribuíram com as proposições de Metas e Estratégias para
o PME correspondendo ao Decênio 2015 – 2025.
O processo de elaboração do PME encontra respaldo legal na Constituição
Federal de 1988, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº
9.394/96, assim como, nos marcos normativos que embasam o regime de
colaboração dos entes federados: a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios. O PME de Pindoretama encontra-se alinhado ao Plano Nacional de
Educação – PNE e ao Plano Estadual de Educação – PEE.
Ressalta-se que as Metas e Estratégias definidas neste Plano apontam para
as perspectivas transformadoras e emancipadoras da educação de Pindoretama,
sendo delineadas com base na Legislação Educacional, nos Planos Nacional e
Estadual de Educação e a realidade do município.
O PME considera como foco o território do município, espaço em que o
poder público das diferentes esferas de governo articula-se para a garantia do
direito ao exercício da cidadania, tendo por eixo a qualidade da educação. As
Metas e Estratégias do PME foram definidas a partir da análise do diagnóstico
educacional do município, considerando o contexto histórico, geográfico,
socioeconômico, cultural e ambiental, o que proporcionou uma visão holística da
realidade de Pindoretama, possibilitando assim, a definição de proposições
capazes de assegurar mudanças significativas na performance educacional do
município no decorrer de dez anos.
Assim sendo, percebemos que o PME será o direcionamento para a
melhoria da qualidade da educação em Pindoretama.
Para finalizar, desejamos expressar nossos profundos agradecimentos aos
participantes, envolvidos e entrelaçados na construção deste Plano.
Temos a certeza de que todos – responsáveis por pequenas ou múltiplas
ações e que acreditaram neste processo – são cidadãos que constroem uma
cidade com orgulho e singularidade do bem maior – o ser.
A meritocracia passa a ser o valor do envolvimento de cada integrante deste
documento. A estes que ensinaram e aprenderam...
7
1. INTRODUÇÃO
O Plano Municipal de Educação de Pindoretama busca projetar a educação
em um novo patamar de qualidade com vistas a atender às necessidades e às
aspirações do educando e de seus familiares, levando em conta limitações de
recursos financeiros, humanos, tecnológicos, legais.
Portanto, apresenta-se a seguir, um conjunto de estratégias, onde o Poder
Público responderá as demandas educacionais da sociedade e, neste sentido,
traduzir-se em um elemento norteador da política pública do Município, que tem por
finalidade oferecer à comunidade uma escola pública que valorize a diversidade e
que seja de todos, para todos e de cada um.
O Plano Municipal de Educação originou-se do Plano Nacional de Educação
– PNE, Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, a qual determina que a partir dos
pressupostos, diretrizes e metas do PNE, cada município construa o seu plano de
educação. Essa elaboração cumpriu a legislação e permitiu pensar e repensar a
educação de Pindoretama e projetá-la para um futuro próximo, atendendo aos
anseios do município e sendo coerente com toda conjuntura social, política e
cultural do município, do estado e do país.
O Plano Municipal de Educação de Pindoretama tem como objetivo
responder as necessidades educacionais do município, tendo em vista a melhoria
na qualidade da educação em todo o sistema de ensino de forma participativa.
Juntos, governo e sociedade civil, pais, alunos, professores e demais profissionais
da educação irão analisar, propor e definir políticas públicas para educação, com o
propósito de reduzir as desigualdades sociais e regionais, e superar a
descontinuidade do trabalho na educação do município de Pindoretama.
Para tanto, entregamos ao Município de Pindoretama não um Plano da
Gestão Municipal, mas o Plano para a sociedade pindoretamense, que irá perdurar
por dez anos (2015 a 2025) e quem tem como foco a garantia da melhoria da
Educação Municipal.
Paulo Sérgio Nogueira Coordenador Municipal do PME
Sílvia Helena Cezário Araújo
Secretária de Educação, Cultura e Desporto
8
2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
2.1 ASPECTOS GEOGRÁFICOS, HISTÓRICOS, CULTURAIS E POLÍTICOS
DADOS DA HISTÓRIA
TOPONÍMIA
Localizado da região litorânea nordeste do Estado tem como coordenadas
geográficas, 4º 01’ 37” de Latitude Sul e 38º 18’ 18” de Longitude Oeste. A altitude
da sede é de 40 metros, tendo como limite: Norte: Aquiraz, Sul: Cascavel, Leste:
Cascavel e Aquiraz, Oeste: Aquiraz. Inicialmente chamava-se Baixinha, mudado
pela Lei nº 2.195, de 20 de Outubro de 1942, para Palmares, nome que o decreto
Lei nº 1114, de 30 de Dezembro de 1943 alterou para atual, composto,
arbitrariamente, de Pindoba (folhas de palmeiras) e Retama (região).
Palavra de origem Tupi, que significa “região das palmeiras”.
As temperaturas médias variam entre 26º e 31ºC a pluviometria média é de
930,7 mm por ano (1999).
As unidades geomorfológicas mais comuns na região são a planície
litorânea com as praias, planície de deflação e dunas e tabuleiros litorâneos pré-
litorâneo. O solo é todo constituído de Areias Quartzosas Distróficas.
ORIGEM
Pindoretama, como a grande parte dos municípios brasileiros, surgiu a
margem de uma estrada. Corria os anos de 1876 e 1977. O governo imperial de D.
Pedro II decidiu fazer a ligação telegráfica entre Aracati e Fortaleza. Foi necessário
fazer uma estrada para passar a linha telegráfica, isto é, os postes com a fiação.
No dia 17 de Fevereiro de 1878, foi inaugurada a linha telefônica entre Aracati e
Fortaleza. A estrada tinha uma extensão de 141,28Km. Esta estrada chamou-se a
princípio estrada nova, estrada telegráfica ou estrada do fio. Passava no centro de
Pindoretama. É a atual Avenida capitão Nogueira. Concluída a estrada, algumas
pessoas vieram construir suas casas, à margem dela. Assim, depois de 10 anos,
Pindoretama já era um pequeno povoado.
BREVE HISTÓRICO
Chamou-se primitivamente Baixinha e depois Palmares. Suas origens
remontam do séc. XIX, quando moradores, vindos de regiões vizinhas fizeram aos
poucos o seu povoamento. Os documentos da época a ela se referem como
povoação de Baixinha. Era uma baixa que havia na estrada de Aracati a Fortaleza.
Era uma baixa pequena, portanto uma baixinha. A população tratou algum tempo
depois de mudar esse nome. Isso só ocorreu depois da lei Estadual nº. 2.195 de 20
de outubro de 1924, sancionada pelo Governador Des. José Moreira da Rocha,
9
que mudava o nome da povoação de Baixinha para povoação de Palmares. Era
Prefeito de Cascavel o Cel. Vitoriano Antunes. Entretanto, houve necessidade de
modificar esse nome mais uma vez, tendo em vista que em Pernambuco já havia
uma cidade com esse nome. Pelo decreto – lei nº. 114 de 30 de dezembro de
1943, o interventor do Ceará, o Capitão Alberto Carneiro de Mendonça, modificou
esse nome e de Palmares passou a ser Pindoretama.
Os primeiros passos da emancipação foram dados no ano de 1984. As
lideranças de Pindoretama, tendo à frente os senhores Edílson Costa, Alédio
Batista, Jaime Felix e Fernando Holanda Costa trouxeram o deputado Paulo
Lustosa para Pindoretama e uma das principais reivindicações foi a emancipação
de Pindoretama. Nessa mesma época foi preparado o primeiro abaixo assinado,
com 138 assinaturas do povo de Pindoretama. No dia 22 de janeiro de 1985 deu
entrada na Assembleia, e no protocolo daquela casa de nº. 173/85. Mais tarde,
surgiu outro, parece que de iniciativa de José Vale Albino, que recebeu o número
de protocolo 200/85. Várias tentativas foram feitas a fim de agilizar o processo,
portanto faltava a Pindoretama o requisito de população. Foi feito um requerimento
para anexar à Pindoretama os setores populacionais de nº. 9 e 23, compreendendo
parte do Capim de Roça e parte da Preaoca ficando resolvido a questão. A
Assembleia Legislativa através do Doc. Legislativo nº. 195/87 de 27 de março de
1987, determinava a realização da consulta plebiscitária em Pindoretama. No TRE
o processo recebeu o nº. 765/87. Na sessão do dia 25 de junho de 1987, o TRE
marcou o plebiscito para o dia 07 de setembro de 1987. O resultado foi
homologado pelo TRE que encaminhou a Assembleia. No dia 1º de dezembro de
1987 a Assembleia Legislativa votou o projeto de lei nº. 99/87, elevando
Pindoretama a categoria de Município. O projeto foi encaminhado a sanção do Sr.
Governador. A lei que emancipou Pindoretama recebeu o nº. 11.413 e foi
sancionada no dia 28 de dezembro de 1987 pelo Governador Tasso Jereissati.
No dia 7 de setembro de 2005, dia do município, o Prefeito Municipal de
Pindoretama, Sr. José Gonzaga Barbosa, sancionou 5 (cinco) autógrafos de lei
criando 4 distritos: Pratiús, Capim de Roça, Ema e Caponguinha, e um projeto
redefinindo os limites do distrito sede. Os referidos autógrafos foram aprovados
pela Câmara Municipal na sessão ordinária de 2 de setembro de 2005. Em breve
as leis municipais estarão sendo publicadas e encaminhadas ao IBGE, para as
providências cabíveis.
EVOLUÇÃO POLÍTICA
A elevação do povoado à categoria de Vila provém de ato governamental
datado de 08 de Novembro de 1894, com o nome de Baixinha. Sua elevação a
categoria de município decorre da Lei nº 6310, de 20 de Maio de 1963 e suprimido
antes de ser instalado (Lei nº 8339), de 14 de Dezembro de 1965. Restaurado
conforme Lei nº 11413, de 28 de Dezembro de 1987.
RELIGIÃO
10
Toda pequena comunidade desejava ter sua igrejinha onde os fieis
pudessem fazer suas orações. Assim foi também Pindoretama. Segundo contam
os antigos, no lugar onde é a atual igreja de Nossa Senhora das Graças, na sede,
morava o escravo Manoel, chamavam Pai Mané, traficado provavelmente de
Angola, na África. O terreno onde morava, pertencia ao senhor Francisco Monteiro
da Silva (Chico Monteiro). Esse escravo tinha em seu poder, uma imagem de
Nossa Senhora da Conceição, com aproximadamente 20 cm de tamanho. Tendo
morrido o pai Mané, os poucos habitantes que havia no pequeno lugar, resolveram
fazer uma capela com paredes de taipa coberta de palha. No pequeno altar,
colocaram a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Consta que em 1899, com
o inverno pesado, caiu a capelinha. Outra foi construída.
No inicio de 1939, o vigário cooperador de Cascavel, Pe. Edilson Silva, que
celebrava a missa do 3º domingo, conclamou a comunidade fazer uma igreja nova.
E os trabalhos logo começaram. No dia 26 de Julho de 1942, foi inaugurada a nova
igreja, com a presença do vigário de Cascavel, na época PE. Mauro Fernandes
Carvalho. O que interessante ressaltar, é que a padroeira de Pindoretama, era
Nossa Senhora da Conceição. Com a construção da igreja nova, mandaram
comprar uma imagem em São Paulo, e invés de vir uma imagem maior de Nossa
Senhora da Conceição, veio uma imagem grande de Nossa Senhora das Graças. A
pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição foi entregue a família de
Manoel Monteiro, que havia doado o terreno a igreja em 1888, o terreno da igreja
matriz de Pindoretama, quando foi doado, era uma quadra de terra, com 100
metros de frente e fundos e 100 metros de lado. Os primeiros habitantes foram
invadindo.
A paróquia de cascavel, a qual pertencia a capela de Pindoretama, cobrava
uma taxa (foro) daqueles que estavam ocupando o terreno da santa com suas
casas. A partir de 1943, o vigário de Cascavel, Pe. Antônio Nepomuceno deixou de
cobrar, de tal modo que os que moram na Rua Julia Alenquer, na Travessa Juvenal
Gondim e na Rua Manoel Paulino, na parte em torno da igreja, estão na terra de
Nossa Senhora da Conceição. A capela de Pindoretama pertenceu a paróquia de
Cascavel até 1992. No dia 24 de Abril de 1992, D. Aloísio Lorsheider assinou
decreto criando a área pastoral de Pindoretama/Tapera.
Pindoretama conta com quatro distritos: Pratiús, Sitio Ema, Capim de Roça e
Caponguinha e ainda uma Sede.
11
TABELA 1 – DADOS GERAIS MUNICIPAL
Toponímia Composição arbitrária de Pindoba (folha de palmeira)
Localização Nordeste
Latitude 40°01’40”
Longitude 38°18’22”
Altitude 40 metros
Área 75.7 km2
Norte Aquiraz
Sul Cascavel
Leste Cascavel
Oeste Aquiraz
Ano de Criação 1987
Lei de Criação 11.413
Distância rodoviária à
Fortaleza
45 km
Uso Potencial Culturas cíclicas, fruticulturas, citricultura, pecuária.
Solos Areias quartizosas, distróficas e marinhas.
Densidade Demográfica 198,51 Hab/ Km2
População 19.975 habitantes
DDD 85
Temperatura Geralmente Mínimo: 26 Cº - Máximo: 31 Cº
Fonte: Câmara Municipal de Pindoretama
INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
AGRICULTURA – atualmente a agricultura constitui-se como uma das
atividades mais importantes na economia do município, visto que, há estimativas
de que este setor seja responsável por cerca de 36,8% de arrecadação.
PRODUTOS AGRÍCOLAS - cana-de-açúcar, manga, coco da Baia,
mandioca etc.
CASAS DE FARINHA E ENGENHO – segundo consta existiam de 35 a 40
engenhos no município de Pindoretama, produzindo essencialmente a rapadura.
Tradicionalmente esses engenhos, ainda conservam traços da época da
colonização, apesar dos avanços e das exigências legais para o seu
funcionamento.
PECUÁRIA - galinha/frango, ovos de galinha, bovinos, suínos, equinos,
caprinos e etc.
INDÚSTRIA - produtos alimentares, bebidas, produtos de minerais não
metálicos etc.
ARTES - o artesanato local tem sua maior expressão nas rendas de bilro,
mas há também outras tipologias com o bordado, o crochê, confecção, artigos em
cipó, cerâmica, e madeira trabalhada, além da música que predomina bastante.
FESTEJOS - festival da cana de açúcar, festa de São José, cavalgada, festa
da coroação, festas juninas, festas dos padroeiros das localidades, reisado,
malhação de judas, carnaval e natal.
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ASPECTOS POPULACIONAIS
De acordo com dados publicados pela Fundação Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística – IBGE, Pindoretama vem apresentando os seguintes
dados populacionais.
TABELA 2 – DADOS GERAIS - IBGE
População Geral 19.975 Habitantes
População Urbana 60,40% Habitantes
População Rural 39,60% Habitantes
População Homens 50% Habitantes
População Mulheres 50% Habitantes
Fonte: DOU, de 31 de agosto de 2014 - IBGE
ASPECTOS CULTURAIS
O Município de Pindoretama se destaca nesta área. Temos a segunda
melhor orquestra de sopro da América Latina. Existem grandes talentos na área
artística, notadamente no teatro, na dança e nas artes cênicas em geral.
Destacamos ainda a Quadrilha Tradição Junina que em pouco tempo conseguiu
está entre as cinco melhores do Ceará.
A cultura também tem sua valorização através do resgate do Reisado,
Carnaval, Malhação de Judas, entre outras.
2.2. Os símbolos Municipais:
Figura 1- A Bandeira
13
Figura 2 – O Mapa
LEGENDA:
Escolas Municipais
Creches Municipais
Escolas Particulares
Escola Estadual Biblioteca Municipal
Núcleo de Educação Especial
Figura 3 – O Brasão
14
O HINO
Letra: Clarismundo Silva Porto.
Música: Antônio Gondim.
I
Oh! Princesa das terras benditas
Verdejantes de canaviais
Entre afagos da brisa de agitais
Sob as palmas de teus coqueirais
REFRÃO
Pindoretama, Pindoretama
És brilhante de fino lavor!
Pindoretama, Pindoretama
Paraíso de sonho e de amor!
II
No sossego e na paz te engalanas
Na doçura de céu cor-de-anil
És a joia mimosa e te ufanas
De brilhar nesse imenso Brasil!
III
O trabalho é a luz que te guia
Ao triunfo que já te sorri
E leais, na mais santa alegria
Os teus filhos se orgulham de ti.
15
3. EDUCAÇÃO MUNICIPIAL
A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL
Do ponto de vista legal, o ensino em Pindoretama, iniciou com a criação da
Primeira Escola Pública, fundamentada na Lei Estadual nº 479 de 05 de outubro de
1898, foi criada a escola pública da Baixinha (hoje Pindoretama), distrito de
Cascavel. Logo depois, em 23 de dezembro de 1899, o Prefeito de Cascavel
nomeia para Inspetor Escolar da Baixinha o Sr. Firmino Crisóstomo de Freitas.
A Primeira Professora foi a Sra. Francisca Chagas Oliveira. Essa Professora
foi substituída em outubro de 1900, pela normalista Raimunda Pereira de Sousa.
Em 02 de janeiro de 1903, foi nomeada pelo prefeito de Cascavel, a Sra Raimunda
Gomes Barbosa. No dia 02 de janeiro de 1907, foi nomeada a Professora Sra.
Luiza Gomes Barbosa.
Em 1910 a escola fechou e reabriu anos depois.
Já em 1915, mas precisamente em 17 de junho, foi nomeada para lecionar
na Baixinha, a Professora Julia Alenquer Fontenele. Porém, só em 13 de setembro
de 1915 ela começou a ensinar na escola que se localizava na rua da Igreja,
próximo a casa do Sr. Capitão Nogueira. Em 1921 a professora Julia Alenquer
Fontenele foi substituída, pela Professora Maria Liberalina Guimarães, também
normalista. Em 1926, assumiu a Professora Maria Coelho da Silva. Em 1929,
assumiu a Professora Alice Nunes de Morais.
Apenas 1932, novamente a Professora Julia Alenquer Fontenele, veio
ensinar em Pindoretama (agora casada). Morreu de parto no dia 31 de julho de
1933. Seu túmulo foi um dos primeiros a ser erguido no Cemitério de Pindoretama,
que foi inaugurado no dia 20 de janeiro de 1932.
Depois da morte da professora Julia Alenquer Fontenele, várias outras
professoras lecionaram em Pindoretama, a citar: Professora Julia Abreu, Odete
Montenegro, Diva Pontes, Consuelo Girão, Emília Sena, Beatriz Martins Franco,
Adelaide Gondim, Dona Fausta, entre outras.
Apenas em 29 de outubro de 1949 foi inaugurada a Escola Rural de
Pindoretama, atual Escola Julia Alenquer Fontenele. O Terreno para a construção
da escola foi uma doação do Sr. Raimundo Costa Filho, morador local. Foi
construída com recursos concedidos do Governo Federal pelo Presidente da
República, o General Eurico Gaspar Dutra. A primeira professora foi a Sra. Lemilce
Leite Barbosa. A Escola tinha apenas uma sala de aula, a casa da Professora, um
salão para recreio e dois banheiros. A escola funcionava manhã e tarde. Depois
foram designadas para ensinar Adélia Gondim e Carmem Gondim.
Neste meio tempo, foi criada uma terceira turma, que funcionava em outro
local, hoje casa da Sra. Vilanir Gondim, que tinha a Professora Maria Holanda
Costa a frente. Para que escola pudesse funcionar foi preciso que o Sr. Raimundo
Costa fizesse uma preparação na estrutura física do espaço. Assim com as sobras
das carteiras da escola rural foi formada a escolinha. Com o passar do tempo a
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escolinha estava sem estrutura, então resolveu-se mudar o local da escola para a
Travessa Juvenal Gondim, antiga Câmara de Vereadores.
Ainda em julho de 1954, foi criada a Escola Isolada de Pindoretama que
funcionou onde hoje é o prédio da prefeitura (uma parte – antiga câmara de
vereadores), mas precisamente na travessa Juvenal Gondim. A Sra. Maria Holanda
Costa, Professora formada em 1953 em Fortaleza por muitos anos veio a assumir a
Escola, que mais tarde passou para compor o quadro da Escola Rural de
Pindoretama.
O sistema de ensino adotado até aqui, era por seriação, porém as turmas
eram multiseriadas e o grande objetivo de ensino era ensinar a ler e escrever e
resolver as quatro operações através da tabuada. Utilizando as Cartilhas do ABC
para Português e Tabuada para Matemática.
A antiga Escola Rural de Pindoretama, mais tarde passou a ser chamada
Grupo Escolar de Pindoretama. Que foi ampliada na Administração do Sr. Capitão
Nogueira (1963/1966). Em 1965, mas precisamente, houve a ampliação da Escola
Isolada de Pindoretama e tendo como Professora a Sra. Socorro Morais
(Fortaleza), também normalista, ficando apenas por 02 anos. Em 1974, a Sra.
Maria Daci Silva, assume como Professora leiga, ainda sem formação.
Ainda no ano 1974, aconteceu a criação do CEM (Centro Educacional
Municipal) de Cascavel no governo do Sr. Juarez Queiroz. Já em 1975, houve a
criação do anexo no CEM em Cascavel. Em 1976, a Professora Maria Holanda
Costa foi convidada para ser Diretora do Grupo Escolar de Pindoretama, tendo
como vice diretora a Sra. Maria Daci Silva, estudando ainda o Pedagógico (antigo
Normal). O fardamento era para as mulheres, blusa branca de botão com bolso
quadrado bordado em verde com a sigla GEP (Grupo Escolar de Pindoretama),
saia pregueada na cor caque, barrada com duas fitas de tecido na cor verde. Já os
homens vestiam a mesma blusa das mulheres, com calça comprida com duas fitas
em tecidos na cor verde, localizada na lateral da calça. Todos os alunos calçavam
sapatos congas com meias brancas.
No Governo do Sr. Dr. Valim (1977/1982). Também foram feitas algumas
ampliações no prédio do Grupo Escolar. Em 1977, a Professora Maria Holanda
Costa resolveu reunir professores de Pindoretama para discutir que Pindoretama
merecia uma escola própria, já que tinha estrutura necessária para o
funcionamento. Na discussão foi colada ainda que a escola teria o nome da
Professora Julia Alenquer Fontenele, diante de todo o processo histórico
apresentado pela Professora Maria Costa.
Só em 1979, ainda no governo do Sr. Dr. Valim, a Escola até então chamado
de Grupo Escolar de Pindoretama, passou a ser chamada Escola de 1º Grau Julia
Alenquer Fontenele, oficialmente pelo parecer 553/79 de 10 de abril de 1979. Mas
só apenas em 18 de janeiro de 1981, foi autorizado a funcionar com o 1º grau
completo, de acordo com o parecer nº 1483/81 até 31 de dezembro de 1984. A
primeira turma formada concluiu em 1987, tendo como Professor o Sr. Francisco
Rodrigues, conhecido popularmente como Katita.
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Criada conforme o Decreto nº 18.529, publicado o Diário Oficial do Estado
em 12 de março de 1987, a Escola passou a ser denominada de Escola de Ensino
Fundamental e Médio Julia Alenquer Fontenele.
Daí em diante a Escola passou por vários dirigentes, a começar pela
Professora Maria Holanda Costa (1979 a 1981), Maria Daci Silva, por 4 (quatro)
mandatos, sendo que o último foi por processo eletivo (1982), (1987 a 1988), (1989
a 1994) e (1995 a 1998). E ainda a Professora Cleomar Holanda de Vasconcelos
(1983 a 1986). Posteriormente ainda passou como diretores dessa escola a
Professora Clautenes Lobo (1999 a meados de 2001), Professora Sílvia Helena
Cezário Araújo por 3 mandatos, O Professor Carlos Pinheiro e Marciano Araújo
Santana.
Em 1982, houve a criação do Centro de Educação Rural (CERU), hoje a
Escola Francisca Holanda Costa localizada no Centro de Pindoretama.
Através do parecer nº 1.483.181, como se disse anteriormente, a escola
rural foi inaugurada em 29 de outubro de 1949, posteriormente, a escola foi
encampada pelo estado e, através do decreto de 12 de março de 1987, foi
definitivamente reconhecida a Escola de 1º Grau Julia Alenquer Fontenele.
Entre os anos de 1986 a 1994, funcionou um colégio da CNEC, que era
anexo da CNEC de Cascavel (Padre Francisco Valdevino Nogueira) que foi extinta.
Porém teve seus frutos, ocasionando a primeira turma formada de professores
(magistério/normal) em Pindoretama.
No Ensino particular se destacavam Oton Otoni Gomes e Clarismundo Silva
Porto (Sr. Lindolfo), na sede do município. Assim também como no Pratiús ficou a
presença de Dona Olga Vale Albino. No Sítio Marinho, Damião Praxedes. Na
Caponguinha, Marieta Benício e no Capim de Roça, Sr. Raimundo Valério.
Com a criação do Município de Pindoretama, foram criadas várias escolas
municipais, no governo do Sr. Edilson Holanda Costa, que tinha como Secretário
de Educação em 1988, o Senhor Fernando Holanda, seu adjunto era o Sr.
Raimundo Costa Neto e a supervisão era assumida pela professora Maria Daci
Silva.
Para dar início a Educação propriamente dita no Município de Pindoretama o
Sr. Edilson Costa, prefeito da época foi até Cascavel para saber o quantitativo de
alunos existente, já que o município tinha aproximadamente 10.000 habitantes.
Assim foi visto que tinha apenas 356 alunos matriculados, então o senhor Edilson
Costa resolve abrir matrícula para todos que queria estudar, achando ele que esse
número iria dobrar. Foi um engano, o número de alunos elevou aproximadamente
para 2.300 alunos. Assim, veio ocasionar um problema nas estruturas das escolas,
pois a superlotação e a falta de profissionais eram fatores que não estavam nos
planos do governo.
Para resolver o problema de imediato, foi preciso alugar casas quase que
em todas as comunidades, onde havia escolas e contratar professores ou pessoas
que tinham o nível de ensino elevado, ou seja, que tinha a 4ª série na época
poderia ensinar as séries mais baixas.
18
Ainda na Gestão do Sr. Edilson Costa foram feiras algumas construções e
ampliações de escolas, a saber:
AMPLIAÇÕES:
1. A Escola do Sítio Correia tinha existência quando Pindoretama ainda era
distrito de Cascavel, porém no Governo do Sr. Edilson Holanda Costa
passou por ampliação de 3 salas de aula. A Escola fazia atendimento para a
comunidade local e Sítio João Moreira.
2. A Escola José Queiroz Ferreira, localizada no Distrito do Pratiús, tinha
existência quando Pindoretama ainda era distrito de Cascavel, porém no
Governo do Sr. Edilson Holanda Costa passou por ampliação de 2 salas de
aula.
3. A Escola Olga Vale Albino, também localizada no Distrito do Pratiús, tinha
existência quando Pindoretama ainda era distrito de Cascavel, ampliação de
2 salas de aula.
4. O Centro de Educação Rural (CERU), hoje, a Escola Francisca Holanda
Costa, também recebeu uma ampliação de 5 salas de aulas, pois se
localizava na sede do município.
CONSTRUÇÃO:
5. A Escola da comunidade do Sítio João Moreira (Mangueiral) foi construída
quando Pindoretama já tinha sido emancipada de Cascavel, o terreno para a
construção foi doado pela família João Moreira, especificamente pela Sra.
Zita Dantas da Silva conhecida como Zizi Dantas. A Escola foi construída,
porém não teve de início os trabalhos ativos, ou seja, a escola ficou fechada.
6. A escola do Alto Alegre, nas proximidades do Distrito de Capim de Roça, foi
também construída no primeiro governo de Pindoretama e o terreno foi
doado pela comunidade de Evangélicos que queria na época um espaço
para educar suas crianças e jovens.
7. Na Comunidade do Capim de Roça, a escola se localizava onde hoje é o
posto de saúde da comunidade. Recebia o nome Escola Educandário Padre
Valério. Como o número de alunos era grande e não tinha como a Escola
atender, foi necessário que a administração construísse uma nova escola.
Para isso, a primeira iniciativa deveria ser a doação para a construção da
escola. Foi feita uma primeira tentativa com a Igreja Católica, a respeito do
terreno que se localizava ao lado da Igreja, onde hoje foi construído o
Ginásio Manoel Rodriguês. A Igreja declarava que futuramente o terreno
serviria para a construção do salão paroquial. Assim, foi tomada outra
iniciativa, conversar com o Sr. José Lino Nunes Vieira, o que de imediato
doou o terreno, com o intuito de que a escola pudesse levar o nome do seu
pai, conhecido como Joaquim Nunes Vieira, e assim foi feito, hoje a escola
recebe o nome do seu pai, porém para construir o que tinha no projeto (06
19
salas) precisava se de mais terra. Então o Sr. Nilo Valério se comprometeu
em doar mais 15 metros de seu terreno, mesmo morando em Brasília.
8. Na Comunidade da Caponguinha, a doação do terreno veio por parte do Sr.
Luiz Guerreiro para construção de 3 salas de aula. Na Caponguinha já
existia uma escola, porém para que fosse feita a ampliação era necessário
que tivesse mais terra. Mesmo assim, foi feito o pedido para a Sra. Marieta
Benício, que falou que não tinha como. A escola funcionava onde hoje
localiza se o Posto de Saúde da Caponguinha.
9. No Sítio Lima a escola foi construída e a doação do terreno ficou por conta
da Sra. Fransquinha Benício.
10. A doação para a Construção da Escola do Sítio Araújo, foi feita pela Sr.
Edilson Felix de Oliveira.
11. A Escola José Nauri Pereira de Alcântara foi construída na primeira gestão
da Sra. Regina Albino, na época prefeita municipal. O terreno foi doação da
família da senhora Ingraça Guerreiro.
12. A Escola Regina Vasconcelos Albino, foi criada e construída com base na
Lei municipal, nº 17 em 25 de novembro de 1989. O terreno da escola foi
comprado do Senhor José Cândido Ferreira pela Prefeitura Municipal com o
fim de construir a Escola. A Escola foi construída na primeira gestão da
Senhora Regina Albino.
TRABALHO PEDAGÓGICO HOJE
O planejamento das ações educacionais voltam-se à pratica democrática,
visando a efetiva participação de todo a comunidade educacional na qual está
inserida a escola.
Encontros periódicos com os grupos gestores reafirmam a necessidade de
planejar ações que possam melhorar a qualidade do processo ensino-
aprendizagem.
Com a participação efetiva de todos os membros da comunidade escolar
esperamos acompanhar e resgatar os alunos que se distanciaram da escola
identificando as causas e procurando adotar as medidas necessárias a sua
reinserção e permanência.
O trabalho pedagógico ainda está pautado em Formações Continuadas
pertinentes para todos os Professores, através do PAIC, PAIC + e PNAIC, para a
Educação Infantil e Ensino Fundamental inicial. Além de Formações para os
Educadores do Ensino Fundamental Final e EJA.
O acompanhamento pedagógico também é um fator que propicia o trabalho
mais preciso, através de visitas pedagógicas e monitoramento de resultados.
20
OFERTA DE ENSINO
Em cumprimento ao disposto na Constituição Federal, estabelecendo uma
política vinculada à manutenção e ao desenvolvimento da Educação Básica,
visando a expansão e a garantia da oferta de Educação Infantil, Pindoretama
atende na rede Municipal de ensino.
EDUCAÇÃO INFANTIL
Considera-se primordial a melhoria do trabalho nas instituições de educação
infantil através de um atendimento psico-social e pedagógico de qualidade,
valorizando um desenvolvimento físico e mental satisfatório formando cidadãos
dignos e felizes. Nos dados fornecidos pela a matrícula escolar 2015, hoje a
Educação Infantil municipal conta com 893 crianças atendidas nas escolas e
creches. Ressaltamos que a faixa etária das crianças em atendimento está entre
02 a 05 anos.
ENSINO FUNDAMENTAL
Buscando garantir uma aprendizagem de qualidade e um ensino
comprometido com a formação integral do cidadão, a Secretaria de Educação,
Cultura e Desporto de Pindoretama atende um total de 2.854 alunos, reforçando a
necessidade de propiciar a todos a formação básica comum.
ENSINO MÉDIO
No Município só existe um estabelecimento - Escola Estadual de Ensino
Médio Júlia Alenquer Fontenele - de ensino médio, localizada no Centro da cidade,
com uma demanda de 939 alunos, matriculados nos turnos, manhã, tarde e noite e
com um anexo no Distrito de Capim de Roça. Sendo de responsabilidade do
estado, sua missão de garantir a progressiva extensão de obrigatoriedade e
gratuidade do ensino médio.
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
O programa de Alfabetização de Jovens e Adultos destinado a atender os
moradores da zona rural e urbana visa minimizar o analfabetismo, outorgando a
cada munícipe o seu direito á leitura / escrita a verdadeira inserção ao exercício da
cidadania. Hoje existem 11 turma distribuídas em 7 escolas municipais que
atendem juntas cerca de 170 alunos.
O Município de Pindoretama trabalha com os seguintes programas de
alfabetização: Programa Alfabetização Solidária e Brasil Alfabetizado e EJA.
21
4. NÍVEIS DE ENSINO
4.1 EDUCAÇÃO BÁSICA
Em suas singularidades, os sujeitos da Educação Básica, em seus
diferentes ciclos de desenvolvimento, são ativos, social e culturalmente, porque
aprendem e interagem; são cidadãos de direito e deveres em construção;
copartícipes do processo de produção de cultura, ciência, esporte e arte,
compartilhando saberes, ao longo de seu desenvolvimento físico, cognitivo,
socioafetivo, emocional, tanto do ponto de vista ético, quanto político e estético, na
sua relação com a escola, com a família e com a sociedade em movimento. Ao se
identificarem esses sujeitos, é importante considerar os dizeres de Narodowski
(1998), o qual entende, apropriadamente, que a escola convive hoje com
estudantes de uma infância, de uma juventude (des) realizada, que estão nas ruas,
em situação de risco e exploração, e aqueles de uma infância e juventude (hiper)
realizada com pleno domínio tecnológico da internet, do facebooks, watszap, dos
chats e outros. Não há mais como tratar: os estudantes como se fossem
homogêneos, submissos, sem voz; os pais e a comunidade escolar como objetos.
Eles são sujeitos plenos de possibilidades de diálogo, de interlocução e de
intervenção.
Exige-se, portanto, da escola, a busca de um efetivo pacto em torno do
projeto educativo escolar, que considere os sujeitos-estudantes jovens, crianças,
adultos como parte ativa de seus processos de formação, sem minimizar a
importância da autoridade adulta.
Na organização curricular da Educação Básica, devem-se observar as
diretrizes comuns a todas as suas etapas, modalidades e orientações temáticas,
respeitadas suas especificidades e as dos sujeitos a que se destinam. Cada etapa
é delimitada por sua finalidade, princípio e/ou por seus objetivos ou por suas
diretrizes educacionais, claramente dispostos no texto da Lei nº 9.394/96,
fundamentando-se na inseparabilidade dos conceitos referenciais: cuidar e educar,
pois esta é uma concepção norteadora do projeto político-pedagógico concebido e
executado pela comunidade educacional. Mas vão além disso quando, no processo
educativo, educadores e estudantes se defrontarem com a complexidade e a
tensão em que se circunscreve o processo no qual se dá a formação do ser
humano em sua multidimensionalidade.
Na Educação Básica, o respeito aos estudantes e a seus tempos mentais,
socioemocionais, culturais, identitários, é um princípio orientador de toda a ação
educativa. É responsabilidade dos sistemas educativos responderem pela criação
de condições para que crianças, adolescentes, jovens e adultos, com sua
diversidade (diferentes condições físicas, sensoriais e socioemocionais, origens,
etnias, crenças, classes sociais, contexto sociocultural), tenham a oportunidade de
receber a formação que corresponda à idade própria do percurso escolar, da
Educação Infantil, ao Ensino Fundamental e ao Médio.
22
Assim referenciadas, estas Diretrizes compreendem orientações para a
elaboração das diretrizes específicas para cada etapa e modalidade da Educação
Básica, tendo como centro e motivação os que justificam a existência da instituição
escolar: os estudantes em desenvolvimento.
Reconhecidos como sujeitos do processo de aprendizagens, têm sua
identidade cultural e humana respeitada, desenvolvida nas suas relações com os
demais que compõem o coletivo da unidade escolar, em elo com outras unidades
escolares e com a sociedade, na perspectiva da inclusão social exercitada em
compromisso com a equidade e a qualidade. É nesse sentido que se deve pensar e
conceber o projeto político-pedagógico, a relação com a família, o Estado, a escola
e tudo o que é nela realizado. Sem isso, é difícil consolidar políticas que efetivem o
processo de integração entre as etapas e modalidades da Educação Básica e
garanta ao estudante o acesso, a inclusão, a permanência, o sucesso e a
conclusão de etapa, e a continuidade de seus estudos.
Diante desse entendimento, a aprovação das Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica e a revisão e a atualização das diretrizes
específicas de cada etapa e modalidade devem ocorrer mediante diálogo vertical e
horizontal, de modo simultâneo e indissociável, para que se possa assegurar a
necessária coesão dos fundamentos que as norteiam.
4.2 ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Quanto às etapas correspondentes aos diferentes momentos
constitutivos do desenvolvimento educacional, a Educação Básica compreende:
I – a Educação Infantil, que compreende: a Creche, englobando as
diferentes etapas do desenvolvimento da criança até 3 (três) anos e 11 (onze)
meses; e a Pré-Escola, com duração de 2 (dois) anos.
II – o Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, com duração de 9
(nove) anos, é organizado e tratado em duas fases: a dos 5 (cinco) anos iniciais e a
dos 4 (quatro) anos finais;
III – o Ensino Médio, com duração mínima de 3 (três) anos.
Estas etapas e fases têm previsão de idades próprias, as quais, no entanto,
são diversas quando se atenta para alguns pontos como atraso na matrícula e/ou
no percurso escolar, repetência, retenção, retorno de quem havia abandonado os
estudos, estudantes com deficiência, jovens e adultos sem escolarização ou com
esta incompleta, habitantes de zonas rurais, indígenas e quilombolas, adolescentes
em regime de acolhimento ou internação, jovens e adultos em situação de privação
de liberdade nos estabelecimentos penais.
23
4.3 EDUCAÇÃO INFANTIL: MUNDO, BRASIL, CEARÁ E PINDORETAMA
As funções das instituições que cuidavam de crianças foram evidenciadas
após a Primeira Guerra Mundial com o aumento do número de órfãos e a
deterioração ambiental.
Surgiu nesta época um maior interesse na educação infantil principalmente
por parte de médicos que começaram a utilizar de materiais por eles
confeccionados para desenvolver atividades educativas como por exemplo a
médica psiquiatra italiana Maria MONTESSORI (1879 –1952).
O nome da médica psiquiatra italiana Maria MONTESSORI (1879 –1952)
inclui-se também na lista dos principais construtores de propostas sistematizadas
para a educação infantil no século XX. Tendo sido encarregada da seção de
crianças com deficiência mental em uma clínica psiquiátrica de Roma, produziu
uma metodologia de ensino com base nos estudos médicos de Itard e Ségun, que
haviam proposto o uso de materiais apropriados como recursos materiais.
(OLIVEIRA, 2002)
No século XX a infância ganha novas concepções e preocupações com
relação aos valores sociais produzidos no embate de problemas políticos e
econômicos. Houve nesta época diversas e valiosas contribuições para a educação
infantil como as de Vygotsky, Piaget, Freinet, entre outros, os professores da
educação infantil da atualidade ainda se baseiam nas concepções destes autores.
Após a Segunda Guerra Mundial surgiram novos estudos abordando a
preocupação com a situação social da infância e a ideia da criança como portadora
de direitos. Surgem teorias que evidenciavam a necessidade da estimulação do
desenvolvimento na criança desde o nascimento.
A expansão dos serviços de educação infantil na Europa e nos Estados
Unidos foi sendo influenciada cada vez mais por teorias que apontavam o valor da
estimulação precoce do desenvolvimento da criança já a partir do
nascimento.(OLIVEIRA, 2002)
Mas foi o desenvolvimento tecnológico e a busca da mulher pelo mercado de
trabalho que acarretaram maiores mudanças nas concepções sobre a criança e
sua educação, a necessidade de buscar novas alternativas para cuidar das
crianças fez com que a atenção voltada para as mesmas fosse analisada.
Neste período a criança passa a ser vista como sujeito social, ativa,
participante na construção do saber, esta visão provocou mudanças na prática
pedagógica dos profissionais da área que buscavam a partir daí uma formação
especializada, como afirma Oliveira, 2002.
Atualmente na Europa, o principal eixo das discussões da área é a qualidade
da educação infantil, englobando o desenvolvimento integral da criança, bem como
o preparo para o ensino elementar.
24
4.3.1 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
A história da educação infantil no Brasil acontece como nos outros lugares
do mundo de acordo com o cenário político e econômico da época, por isso
existem muitas semelhanças, porém particularidades.
No Brasil até meados do século XIX o atendimento a crianças de 0 a 6 anos
em instituições como creches praticamente não existia, devido à estrutura familiar
da época moldada tradicionalmente, onde o pai de família trabalhava em busca do
sustento e a mãe cuidava dos filhos.
Na época a maioria da população se concentrava na área rural e pequena
parte nas cidades, havia muitas crianças órfãs de escravos e índias (que
geralmente eram frutos de abusos sexuais pelos homens brancos) estas crianças
eram adotadas pelas famílias dos grandes fazendeiros.
Nas cidades as crianças abandonadas eram recolhidas pelas rodas
expostas que eram orfanatos da época.
No final do século XIX começa a ser discutido no Brasil as concepções
elaboradas na Europa sobre a educação infantil. A partir deste período foram
criadas as primeiras instituições voltadas para o atendimento de crianças pobres.
Posteriormente surgiram os primeiros jardins-de-infância públicos voltados para as
crianças mais ricas.
Após a Proclamação da República houve um investimento na educação,
porém voltado para o ensino primário. Somente com o processo de urbanização
brasileira e consequentemente com a industrialização surgiu a necessidade de
atendimento as crianças.
Com a chegada das fábricas houve uma mudança na estrutura da família
tradicional brasileira, as mulheres saíram de casa para trabalhar nas indústrias o
que acarretou na busca de atendimento as crianças. Inicialmente as crianças eram
acolhidas por caridade pelas mulheres que não trabalhavam e se dispunham a
pajear as crianças de outras famílias ou no acolhimento de parentes.
Posteriormente, a partir da organização de movimentos e sindicatos de operários
(as) foi reivindicado inicialmente aos empresários e posteriormente ao governo
instituições como creches e pré-escolas.
Devido a necessidade encontrada foram implantadas instituições voltadas
para o atendimento de crianças, porém o caráter era puramente assistencial, havia
preocupação com a organização espacial e com a saúde da criança, não havia um
trabalho de cunho pedagógico, era um trabalho assistencial.
Após 1922, surgiram as primeiras regulamentações sobre o atendimento a
criança e surgiu um movimento de renovação pedagógica conhecido como
escalovinismo, discutia a educação pré-escolar, porém os estudos da época eram
voltados para as crianças das camadas sociais mais favorecidas.
Somente na década de 40 prosperaram iniciativas governamentais na área,
porém o atendimento à criança era voltado a saúde e filantropia.
25
Havia nesta época o que perdurou até meados do século XX atendimento
para crianças em creches, parques infantis, escolas maternais, jardins-de-infância
e classes pré-primárias.
Historicamente, sabe-se que o ingresso da mulher ao trabalho só aumentou,
aumentando também a procura por instituições de atendimento as crianças,
principalmente por período integral, porém neste período foi aprovada a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional aprovada em 1961 (Lei 4024 61) que
incluiu os maternais, jardins de infância e pré-escola no sistema de ensino.
Na década de 70 houve um processo de municipalização da educação pré-
escolar pública, segundo Oliveira (2002).
O aumento da demanda por pré-escola incentivou, na década de 70, o
processo de municipalização da educação pré-escolar pública, com a diminuição
de vagas nas redes estaduais de ensino e sua ampliação nas redes municipais,
política intensificada com a aprovação da Emenda Calmon à Constituição Nacional
(1982), vinculava um percentual mínimo de 25% das receitas municipais a gastos
com o ensino em geral.
Em 1972 já havia 460 mil matrículas na pré-escola em todo país. Com o
interesse cada vez maior das mães de classe média, não somente das mães de
classes populares por atendimento as crianças, concomitante às novas pesquisas
realizadas na área sobre o desenvolvimento da criança levou algumas instituições
se preocuparem com o caráter pedagógico no atendimento às crianças.
Em meados dos anos 70 houve debates sobre o caráter assistencialista e
educativo das instituições como os parques e creches. Porém outro fato importante
é o de que estas instituições ainda exigiam baixos níveis de escolaridade de seus
profissionais. Mas a mudança na mentalidade da população já estava suplantada, o
atendimento às crianças já não era visto como assistência social e sim como dever
do Estado e direito da família.
Lutas pela democratização da escola pública, somadas a pressões de
movimentos feministas e de movimentos sociais de lutas por creches,
possibilitaram a conquista, na Constituição de 1998, do reconhecimento da
educação em creches e pré-escolas como um direito da criança e um dever do
Estado a ser cumprido nos sistemas de ensino. (OLIVEIRA, 2002)
Embora houvesse um maior esforço em busca de práticas pedagógicas nas
instituições, os profissionais se deparavam com a falta de estrutura física e material
para realizar as atividades com as crianças.
Um traço marcante das décadas de 80 e 90 para educação voltada ás
crianças foi o surgimento de programas de televisão infantis com programação
pedagógica.
Na década de 90 houve grande evolução com relação a educação infantil,
como por exemplo a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em
1990, que registrava os direitos da criança incluindo o direito à educação.
Surgem também novas ideias e concepções para educação infantil com a
proposta de uma nova Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394 96), esta estabeleceu a
educação infantil como etapa inicial da educação básica, marco na história da
26
educação infantil por incluir crianças de 0 a 6 anos no atendimento público
obrigatório, dentre outras conquistas:
Certamente não há como negar a grande evolução que a educação infantil
passou no período entre meados do século XIX até os tempos atuais, mas este
caminho cheio de lutas, dificuldades e conquistas ainda não chegou ao fim. A
busca pela valorização da área é constante e muitos pontos ainda devem ser
discutidos por teóricos, profissionais e comunidade.
A necessidade por atendimento às crianças só vem aumentando diante da
estrutura capitalista atual e as instituições vêm experimentando diversas
metodologias e formas de estimulação por meio de atividades lúdico-pedagógicas.
A maioria dos pais procura atendimento integral para as crianças, esta realidade
merece uma reflexão especial. Na verdade, na última década houve em muitos
casos uma transferência da responsabilidade pela educação dos filhos para os
profissionais da educação, que se sentem muitas vezes sobrecarregados e sem
apoio para realizar seu trabalho. É essencial que as famílias acompanhem o
desenvolvimento de suas crianças e participem juntamente com as escolas no
processo educacional.
4.3.2 PINDORETAMA E A EDUCAÇÃO INFANTIL NA ATUALIDADE
Atualmente, o termo educação infantil, designa o trabalho realizado em
instituições que atendem as crianças de 0 a 5 anos, sejam creches ou escolas. O
que vale ressaltar, é que nas instituições de educação infantil não cabe a ideia do
"cuidar" tampouco a ideia do "caráter preparatório ou propedêutico" nem da
"importância em si e por si mesma". O papel social das instituições de educação
infantil é o de valorizar os conhecimentos que as crianças possuem e garantir a
aquisição de novos conhecimentos, exercendo dessa maneira sua função
pedagógica. Estas conquistas e avanços estão expressas em marcos legais como
a Constituição Federal de 1988 e a LDB 9394/96, conforme será discutido no tópico
a seguir.
Após a LDB (Lei nº 9.394/96), muitas discussões sobre a formação do
profissional foram realizadas junto a algumas reformas no ensino voltado para
docência na educação infantil, porém este é outro aspecto que deve ser destacado,
no caso de Pindoretama em especial a Prefeitura Municipal de Pindoretama,
especificamente a Secretaria Municipal de Educação que tem em seu quadro de
profissionais, grande parte de seus professores com a formação em Pedagogia nas
salas de aulas.
Porém, para que o trabalho possa fluir neste Município, em algumas
situações, principalmente nas salas de 02 anos e algumas de 03 anos, além do
Professor Titular, tem ainda um auxiliar de sala, para ajudar nos diversos afazeres.
Não convém discutir profundamente o binômio cuidar-educar neste
momento.
27
O Trabalho Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, orientado e
monitorado pelo setor pedagógico é de que todos os profissionais que trabalham
diretamente com a criança exercem as duas funções, a de cuidar e a de educar.
Dentre estes aspectos outros ainda merecem serem analisados e revistos
em busca de melhoria e aperfeiçoamento na educação de crianças de 0 a 5 anos
como, por exemplo, o número de vagas para atendimento às crianças nas
instituições, a inclusão de alunos especiais em sala de aula, os recursos
disponíveis para o trabalho dos professores, o espaço adequado para escola, a
formação em serviço e sem sombra de dúvida a valorização do profissional.
4.4 ENSINO FUNDAMENTAL: UM POUCO DE HISTÓRIA
A história da educação escolar (formal) no Brasil tem inicio em 1549,
quando aqui chegam os padres da Companhia de Jesus (ordem religiosa católica),
incumbidos de comandar a educação brasileira. Na época, nosso país era uma
colônia portuguesa organizada sob a égide da monocultura da cana-de-açúcar para
exportação, baseada no latifúndio e no trabalho escravo.
Segundo Romanelli (1992), como a educação escolar não se fazia
necessária para o desenvolvimento das atividades de produção, no período
colonial ela permaneceu à margem e serviu mais como um mero símbolo de status
para um limitado grupo de pessoas pertencentes à classe dominante (donos de
terra e senhores de engenho).
Contando com o incentivo e o subsídio da coroa portuguesa, os jesuítas
dominaram a educação brasileira por mais de dois séculos (1549-1759), criando
assim as nossas primeiras escolas, dentre elas as de primeiras letras,
correspondentes ao ensino fundamental de hoje.
Durante esse longo período, os padres jesuítas não descuidaram da
catequese (objetivo principal da presença da Companhia de Jesus) e acabaram
ministrando também educação elementar para a população índia e branca em geral
(salvo as mulheres) nas criadas escolas de primeiras letras.
Contudo, a educação dada pelos jesuítas foi direcionando-se cada vez
mais para a formação das elites, dando início assim ao caráter de classes que
marca educação brasileira até os dias de hoje.
Conforme revela Romanelli (1992), os colégios instalados pelos jesuítas
destinavam-se à educação média para os homens da classe dominante, parte da
qual continuou nos colégios preparando-se para o ingresso na classe sacerdotal”.
Tais colégios “[...] também preparavam para os estudos superiores, em
universidades européias, os jovens que não buscavam a vida sacerdotal”, segundo
(HAIDAR; TANURI, 1998).
Entendendo que o sistema jesuítico estava mais articulado aos interesses da
própria Companhia de Jesus que aqueles da Coroa, o rei influenciado por seu
primeiro-ministro, o Marques de Pombal, expulsou os padres jesuítas de Portugal e
seus domínios em 1759.
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Durante os mais de dois séculos (1549-1759) que dominaram a educação
brasileira, os jesuítas fundaram 17 colégios secundários e, “ao redor de cada um
ou em locais avançados do interior, dezenas de escolas de primeiras
letras.”(MONLEVADE, 1997).
Assim, a partir de 1759, quando o sistema de ensino montado pelos padres
jesuítas no Brasil caiu por terra, o Estado passou a assumir, pela primeira vez, a
organização e os encargos da educação.
O orgânico (embora conservador e elitista) sistema jesuítico foi substituído
pelas aulas régias, um sistema não seriado de aulas avulsas, com professores mal-
remunerados e vitalícios no cargo, custeado por um novo tributo colonial instituído
somente em 1772, o subsidio literário, que incidia sobre a venda de carne nos
açougues e aguardente.
Mediante a edição de tal Ato, o poder central se reservou o direito de
promover a educação superior em todo o Império e a educação no Município da
Corte, delegando às Províncias a incumbência de promover a educação primária e
secundária em suas jurisdições.
Como se vê, essa descentralização trazida pelo Ato Adicional de 1834
acabou por colocar a educação da elite a cargo do poder central e a do povo a
cargo das Províncias que, “inteiramente entregues a si mesmas, desamparadas
financeiramente pelo governo central, pouco puderam fazer em benefício da”
educação primária e secundária. (HAIDAR; TANURI, 1998).
A partir de então foram criados nas capitais os liceus provinciais, na tentativa
de reunir antigas aulas régias em liceus, sem muita organização. Em função da
falta de recursos das províncias, “o ensino, sobretudo o secundário, acabou ficando
nas mãos da iniciativa privada e o ensino primário foi relegado ao abandono,
acentuando ainda mais o caráter classista e acadêmico do ensino (ROMANELLI,
1992).
Assim, ao final do Império, o quadro geral da educação brasileira pouco
diferia da situação herdada do período colonial: “poucas escolas primárias, os
liceus provinciais, em cada capital de província, colégios particulares, em algumas
cidades importantes, e alguns cursos superiores” (ROMANELLI, 1992).
Com a queda da monarquia, em 1889, começa o período conhecido como
Primeira República (1889-1930). Contudo, no que se refere especificamente ao
campo educacional, a instauração do novo regime político não trouxe alterações
significativas para a instrução pública brasileira, visto que a primeira Constituição
da República pouco modificou a divisão de responsabilidades educacionais
estabelecida pelo Ato Adicional de 1834.
A Constituição da República de 1891, que consagrou também a
descentralização do ensino, ou melhor, reservou ao governo central o direito de
“criar instituições de ensino superior e secundário nos Estados” e “prover a
instrução secundária no Distrito Federal”, delegando aos Estados competência
para prover e legislar sobre educação primária (ROMANELLI, 1992).
Assim, mesmo com a queda do Império, continuaram a persistir o dualismo
educacional e a ausência de uma coordenação central e de uma política nacional
29
de educação que abrangesse todos os níveis de ensino (HAIDAR; TANURI, 1998).
Na prática, isso significou a permanência da precariedade da instrução primária
durante a Primeira República, que subordinada “[...] inteiramente à iniciativa e às
possibilidades financeiras dos Estados” (HAIDAR; TANURI, 1998), pouco avanço
registrou.
Durante toda a Primeira República, uma série de reformas educacionais
foram tentadas no país, destacando: a Reforma Benjamin Constant (1890), a
Reforma Epitácio Pessoa (1901), a Reforma Rivadávia Corrêa (1911), a Reforma
Carlos Maximiliano (1915) e a Reforma João Luis Alves (1925). Sem validade
nacional, todas elas não lograram acarretar nenhuma mudança substancial na
educação brasileira (ROMANELLI, 1992). Todas as reformas efetuadas pelo poder
central, limitaram-se quase exclusivamente ao Distrito Federal, que as apresentava
como “modelo” aos Estados, sem, contudo, obrigá-los a adotá-las (ROMANELLI,
1992).
Como bem lembra Gadotti (1993), na década final da Primeira República “os
estados também realizaram várias reformas, destacando-se a de Sampaio Dória,
em São Paulo (1920), a de Lourenço Filho, no Ceará (1923), a de Anísio Teixeira,
na Bahia (1925), a de Francisco Campos, em Minas Gerais (1927), e a de
Fernando de Azevedo, no Distrito Federal (1928)”.
Contudo, a educação confiada aos entes federados permaneceu sem
profundas transformações na maior parte dos Estados do país durante a Primeira
República, tomando impulso apenas “[...] em determinadas regiões do sudeste do
Brasil, sobretudo em São Paulo” (ROMANELLI, 1992).
A Revolução de 1930 marca o inicio da era Vargas (1930-1945) e também
de importantes transformações no campo educacional brasileiro. De inicio, o
governo provisório cria o Ministério da Educação e Saúde Pública, que tem como
seu primeiro Ministro Francisco Campos.
Já em 1931, o governo provisório baixou uma série de decretos dispondo
sobre a organização do ensino superior, secundário e comercial, que se
constituíram na chamada Reforma Francisco Campos.
Tal Reforma, contudo, pecou por tratar “de organizar preferencialmente o
sistema educacional das elites”, deixando “completamente marginalizados os
ensino primário e os vários ramos do ensino secundário profissional” (salvo o
comercial) (ROMANELLI,1992).
Em 16 de julho de 1934 uma nova Constituição Federal foi promulgada em
nosso país. Em relação à educação, especificamente, muitas das ideias defendidas
pelos educadores da Associação Brasileira de Educação (ABE), e que mais tarde
foram traduzidas no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, tornaram-se
preceitos constitucionais a partir da Carta de 1934.
Segundo Romanelli (1992), a Constituição de 1934 representa uma vitória
do movimento renovador, uma vez que quase todo texto constitucional “referente à
educação denuncia uma influencia bastante pronunciada do Manifesto”.
Além de estabelecer a que a educação é direito de todos, a Constituição de
1934 determinou a gratuidade e a obrigatoriedade do ensino primário e
30
estabeleceu, pela primeira vez no país, a vinculação de mínimos percentuais
orçamentários para a educação, devendo a União e os Municípios aplicar nunca
menos de 10% e os Estados e Distrito Federal pelo menos 20% da renda
resultante dos impostos, no ensino.
Contudo, com o golpe que instalou o Estado Novo (1937-1945) a Carta de
1934 logo foi substituída pela Constituição outorgada em 1937, a qual tratou a
educação muito restritivamente.
A partir de 1942, o Ministro da Educação Gustavo Capanema deu início,
ainda que de maneira parcial, a reforma de todos os ramos do ensino primário e
secundário. Entre 1942 e 1946, oito decretos-lei foram postos em execução
visando tal reforma, os quais tomaram o nome de Leis Orgânicas do Ensino.
O ensino primário, até então, praticamente não tinha recebido qualquer
atenção do governo central e ainda não havia diretrizes lançadas pelo governo
central para esse nível de ensino. Como era a administração dos Estados que
cuidava do ensino primário, as reformas referentes a este nível de ensino foram
todas feitas pelos Estados, mas de maneira isolada e sem muita continuidade
(ROMANELLI, 1992).
Com a Lei Orgânica do Ensino Primário, enfim, o governo central cuida de
traçar diretrizes para o ensino primário, válidas para todo o país. A partir de então,
tal nível de ensino ficou assim estruturado:
- ensino primário fundamental, destinado a crianças de 7
a 12 anos, subdividido em:
- primário elementar (de 4 anos); e
- primário complementar (de 1 ano).
- ensino primário supletivo, de 2 anos, para adolescentes
e adultos que não receberam esse nível de educação na
idade adequada.
Contudo, como ressalta Romanelli (1992), na prática “o ensino primário
fundamental acabou por resumir-se no ensino primário elementar, por falta de
condições objetivas de funcionamento do ensino complementar”.
O regime instalado com o golpe militar de 1964 veio alterar “sensivelmente a
estrutura do ensino até então em vigor” no país (SAVIANI, 1997).
Mediante a Lei nº 5.692/71 (fixa diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º
graus), o governo militar reformou o ensino primário e secundário. A lei supracitada
criou o ensino de 1º grau, com duração de 8 anos, mediante a junção do antigo
curso primário e do ciclo ginasial do ensino médio.
Segundo Romanelli (1992), assim, “eliminou-se um dos pontos de
estrangulamento do nosso antigo sistema representado pela passagem do primário
ao ginasial, passagem que era feita mediante os chamados exames de admissão”.
A referida lei transformou, ainda, o ciclo colegial do ensino médio em ensino
de 2º grau, de caráter profissionalizante, abrangendo dois níveis de habilitação
31
profissional: - auxiliar (3 anos de duração) e - técnico (4 anos de duração), cujos
desdobramentos não se constituem em objetivo deste trabalho.
Com o fim do regime militar (1985), o Congresso Nacional deu início ao
processo de elaboração da nova Constituição Federal. Na Constituinte, instalada
em fevereiro de 1987, o Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública teve uma
participação de destaque ao defender que suas propostas fossem incorporadas no
“capítulo da Constituição referente à educação, o que se conseguiu quase
totalmente” (SAVIANI, 1997).
A Constituição Federal de 1988 (CF/88), chamada por Ulysses Guimarães
de “Constituição Cidadã”, “reconheceu vários direitos sociais”, com consequentes
ganhos para o campo da educação.
No caso do ensino fundamental, particularmente, o texto de 1988, além de
atribuir-lhe nova nomenclatura, explicita, no inciso I do artigo 208, o direito de todos
os brasileiros a este nível de ensino, ao afirmar que “o dever do Estado com a
educação será efetivado mediante a garantia de: “I – ensino fundamental,
obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade
própria”.
Conforme o entendimento de Oliveira (2007), tal dispositivo constitucional
avança em relação ao “texto que 1967-1969, que especificava a gratuidade e o
obrigatoriedade apenas dos 7 aos 14 anos”, estendendo o dever do Estado
também àqueles que não tiveram acesso ao ensino fundamental na idade própria.
Tal obrigatoriedade implica em duplo dever: primeiro, o dever do Estado de
garantir vagas em número suficiente para todos no ensino fundamental obrigatório;
segundo, o dever dos pais ou responsáveis de matricular seus filhos em tal nível de
ensino, pois trata-se de um direito da criança e não dos pais (BRANDÃO, 2007;
OLIVEIRA, 2007).
Cabe destacar que a CF/88 manteve apenas o ensino fundamental como
obrigatório para o aluno, tal qual o ensino de primeiro grau nos marcos da Lei nº
5.692/71. Contudo, as outras etapas da educação básica são de oferta obrigatória
por parte do Poder Público.
Outro aspecto relevante apresentado pela CF/88 refere-se ao contido no §1
do artigo 208, que afirma que “o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
público subjetivo”. Trata-se do direito de qualquer cidadão brasileiro exigir do
Estado o cumprimento da prestação educacional, ou seja, “exigir vagas suficientes
para que ocorra efetivamente o acesso ao ensino fundamental” (BRANDÃO, 2007).
Se não houver vagas na escola pública, o Estado deve providenciá-las nas escolas
privadas, mediante o pagamento de bolsas aos estudantes.
Com relação à divisão de responsabilidades na oferta dos níveis de ensino,
o artigo 211 da CF/88, já alterado pela Emenda Constitucional nº 14 de 1996, deixa
claro que Estados e Municípios são corresponsáveis pelo ensino fundamental.
Os preceitos educacionais contidos no texto da CF/88 foram detalhados de
maneira mais sistemática na legislação complementar conhecida como Lei de
32
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/96), lei educacional imediatamente
abaixo da Lei Maior do país.
A LDB/96, embora na visão de renomados estudiosos da questão (DEMO,
1997; SAVIANI, 1997) não tenha regulamentado a contento os pontos do capítulo
sobre educação da CF/88, destinou importantes artigos relativos ao ensino
fundamental.
Reafirmando o disposto no artigo 208 da CF/88, a LDB/96 especifica no
artigo 4º quais são os deveres do Estado para com seus cidadãos no que se refere
à oferta da educação escolar pública. Sobre o ensino fundamental,
especificamente, seu inciso I repete o contido na redação original da CF/88: “o
dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia
de” “ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria” (inciso I, artigo 4º, da LDB/96).
O artigo 5º da LDB/96 detalha o disposto no §1º do artigo 208 da CF/88,
especificando que “o acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária,
organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda,
o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo.
O §2º do artigo 5º da LDB/96 reafirma que a prioridade de atendimento das
esferas administrativas é o ensino fundamental, único nível obrigatório, podendo
contemplar “em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as
prioridades constitucionais e legais”.
Em sintonia com o disposto no artigo 211 da CF/88, a LDB/96 ao definir as
incumbências das esferas administrativas na organização da educação nacional
(Título IV), afirma que os Estados devem “assegurar o ensino fundamental e
oferecer, com prioridade, o ensino médio” (inciso VI, artigo 10), e os Municípios
devem “oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o
ensino fundamental” (inciso V, artigo 11).
Percebe-se, claramente, que a primazia do atendimento recai mais uma vez
no ensino fundamental, nível de ensino obrigatório, devendo vir em seguida a
oferta dos demais níveis de ensino que compõem a educação básica.
Ao definir a composição dos sistemas de ensino federal (artigo 16), estadual
(artigo 17) e municipal (artigo 18), a LDB/96 estabelece que a supervisão das
instituições de ensino fundamental caberá: aos Estados, quando se tratar de
“instituições de ensino mantidas pelo Poder Público estadual” (inciso I) e de
instituições de ensino“ criadas e mantidas pela iniciativa privada” (inciso III); à
União, no caso de instituições de ensino fundamental mantidas por tal esfera
administrativa (inciso I); e aos municípios, quando se tratar de instituições de
ensino fundamental “mantidas pelo Poder Público municipal” (inciso I).
Após as duas alterações sofridas (Leis nº 11.114/05 e 11.274/06), a LDB/96,
no seu artigo 32, definiu o ensino fundamental como obrigatório, com duração de
nove anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos seis anos de idade, cujo
prazo (2010) concedido aos sistemas de ensino para se adaptarem a esta recente
orientação legal já expirou.
33
Etapa gratuita e obrigatória da educação básica e com duração de nove
anos, iniciando-se aos seis anos de idade, o ensino fundamental tem por objetivo a
formação básica do cidadão, mediante: o desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo (inciso I), a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,
da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade (inciso
II), o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores (inciso III), e o
fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social (inciso IV).
Ainda que com um atraso de quase um século em relação aos países
desenvolvidos, o Brasil praticamente universalizou o acesso ao nível obrigatório de
ensino, chegando-se ao final do ano 2000 aos significativos índices no ensino
fundamental: taxa de matrícula bruta (TMB) de 131,7% e taxa de matrícula líquida
(TML) de 97,1%.
A Lei nº 11.114/05 tornou obrigatório o início do ensino fundamental aos seis
anos de idade. A Lei nº 11.274/06, por sua vez, ampliou de oito para nove anos a
duração deste nível de ensino.
A TMB apresentada revela, claramente, que há um elevado número de
alunos matriculados no EF com idade acima de 14 anos. Essa situação de inchaço
nas matriculas do EF decorre basicamente da distorção idade-série, a qual, por sua
vez, é consequência dos elevados índices de reprovação, fazendo com que os
alunos levem muito mais tempo para concluir tal nível de ensino (em 1998, a média
era de 10,4 anos). Conforme a análise de Adrião e Oliveira (2007), devido à
implementação generalizada de processos para regularização do fluxo escolar no
EF (ciclos, progressão continuada, classes de aceleração, etc) pelos sistemas de
ensino, a tendência é que a matricula decresça e passe a “corresponder à
população na faixa etária, o que evidenciaria um fluxo perfeitamente regular, com
matrícula bruta e líquida em torno de 100%.
Tanto em termos de educação básica, no geral, quanto em relação ao
ensino fundamental, particularmente, a esfera de governo mais díspar e múltipla –
a municipal – é a grande responsável pela prestação educacional.
A concentração da maior parte das matriculas do ensino fundamental nas
redes municipais de ensino é resultado da implantação do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (antigo
FUNDEF), que, pelo seu caráter confiscatório e indutor à municipalização deste
nível de ensino, fez com que os municípios cada vez mais ampliassem sua
responsabilidade pelo ensino fundamental na sua vigência (1997-2006), com a
correspondente diminuição por parte das redes estaduais. Tal fenômeno, ao
contrário do que se esperava, não foi efetivamente estancado pelo Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos
Profissionais da Educação ( antigo FUNDEF), cuja vigência inicou-se em 2007 e
está para findar em 2020.
34
Depreende-se, então, que “os avanços brasileiros na efetivação do direito
público à educação têm sido obtido num contexto de aumento da participação
municipal” (FREITAS; FERNANDES, 2011).
Não obstante os avanços registrados, a educação municipal ainda se vê
diante de grandes desafios em termos de ampliação da prestação educacional.
Conforme observam Freitas e Fernandes (2011), “ao município cabe, atualmente, a
responsabilidade principal da oferta de 11 dos 14 anos de escolarização obrigatória
fixada constitucionalmente”.
Recentemente, a Emenda Constitucional nº. 59/09 estendeu a
obrigatoriedade escolar – até então restrita ao ensino fundamental –para a faixa
etária de 4 a 17 anos de idade, abarcando quase toda a educação básica
(educação infantil na etapa da pré-escola, ensino fundamental e médio). O
cumprimento dessa determinação foi aprazado para 2016.
Diante dos avanços registrados e da notável ampliação da matrícula, no
ensino fundamental – diferentemente de outros níveis de ensino – o grande
impasse passou do acesso para a qualidade.
Ainda que o acesso ao ensino fundamental, prioridade dos sistemas/redes
municipais de ensino, esteja (praticamente) universalizado, o insucesso escolar em
face da repetência e da evasão é bastante frequente no nível de ensino
supracitado. Assim, a melhoria da qualidade do ensino fundamental ofertado se
coloca como crucial desafio à educação municipal na atualidade.
Conforme entendem alguns especialistas, a expansão e democratização do
ensino fundamental, sobretudo a partir da década de 1970, foi acompanhada por
uma perda da sua qualidade, claramente retratada no tempo presente pelos baixos
resultados obtidos pelos alunos nas avaliações externas de desempenho escolar,
como as do Sistema Nacional do Ensino Básico (SAEB) e do Programa
Internacional de Acompanhamento de Aquisições dos Alunos (PISA).
Atualmente o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) –
criado em 2007, calculado bienalmente com base no desempenho do estudante em
avaliações do Inep e em taxas de aprovação e cujo objetivo final é que o país tenha
nota 6 em 2022 –também dimensiona tal desafio mediante a projeção de metas de
melhoria da qualidade a serem perseguidas/cumpridas pelos municípios brasileiros.
Em 2009, o Ideb municipal observado para os anos iniciais do ensino
fundamental (4,4), ainda que tenha superado a meta projetada (3,8) para tal
período, ficou abaixo do índice registrado pelas redes estadual (4,9) e privada (6,4).
Com relação aos anos finais da referida etapa escolar, o Ideb municipal observado
de 3,6 (acima da projeção de 3,3) foi também superado pelo atingido pelas redes
estadual (3,8) e privada (6,0). O Ideb municipal observado denota, claramente, as
dificuldades desta esfera governamental para atingir patamares mais elevados de
qualidade do ensino ou mesmo se equipar ao alcançado pelas demais redes de
ensino.
35
4.4.1 MATRÍCULA NO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE) ANOS E CARGA
HORÁRIA
O Ensino Fundamental com duração de 9 (nove) anos abrange a
população na faixa etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos de idade e se
estende, também, a todos os que, na idade própria, não tiveram condições de
frequentá-lo.
É obrigatória a matrícula no Ensino Fundamental de crianças com 6 (seis)
anos completos ou a completar até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a
matrícula, nos termos da Lei e das normas nacionais vigentes. As crianças que
completarem 6 (seis) anos após essa data deverão ser matriculadas na Educação
Infantil (Pré-Escola).
A carga horária mínima anual do Ensino Fundamental regular será de 800
(oitocentas) horas relógio, distribuídas em, pelo menos, 200 (duzentos) dias de
efetivo trabalho escolar.
4.5 ENSINO MÉDIO
Os princípios e as finalidades que orientam o Ensino Médio, para
adolescentes em idade de 15 (quinze) a 17 (dezessete), preveem, como
preparação para a conclusão do processo formativo da Educação Básica (artigo 35
da LDB):
I – a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II – a preparação básica para o trabalho, tomado este como princípio
educativo, e para a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a
ser capaz de enfrentar novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento
posteriores;
III – o aprimoramento do estudante como um ser de direitos, pessoa
humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico;
IV – a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos presentes
na sociedade contemporânea, relacionando a teoria com a prática.
A formação ética, a autonomia intelectual, o pensamento crítico que construa
sujeitos de direitos devem se iniciar desde o ingresso do estudante no mundo
escolar. Como se sabe, estes são, a um só tempo, princípios e valores adquiridos
durante a formação da personalidade do indivíduo.
É, entretanto, por meio da convivência familiar, social e escolar que tais
valores são internalizados.
Quando o estudante chega ao Ensino Médio, os seus hábitos e as suas
atitudes crítico-reflexivas e éticas já se acham em fase de conformação. Mesmo
assim, a preparação básica para o trabalho e a cidadania, e a prontidão para o
exercício da autonomia intelectual são uma conquista paulatina e requerem a
atenção de todas as etapas do processo de formação do indivíduo. Nesse sentido,
36
o Ensino Médio, como etapa responsável pela terminalidade do processo formativo
da Educação Básica, deve se organizar para proporcionar ao estudante uma
formação com base unitária, no sentido de um método de pensar e compreender
as determinações da vida social e produtiva; que articule trabalho, ciência,
tecnologia e cultura na perspectiva da emancipação humana.
Na definição e na gestão do currículo, sem dúvida, inscrevem-se fronteiras
de ordem legal e teórico-metodológica. Sua lógica dirige-se aos jovens não como
categorização genérica e abstrata, mas consideradas suas singularidades, que se
situam num tempo determinado, que, ao mesmo tempo, é recorte da existência
humana e herdeiro de arquétipos conformadores da sua singularidade inscrita em
determinações históricas. Compreensível que é difícil que todos os jovens
consigam carregar a necessidade e o desejo de assumir todo o programa de
Ensino Médio por inteiro, como se acha organizado. Dessa forma, compreende-se
que o conjunto de funções atribuídas ao Ensino Médio não corresponde à
pretensão e às necessidades dos jovens dos dias atuais e às dos hábitos dos
próximos anos. Portanto, para que se assegure a permanência dos jovens na
escola, com proveito, até a conclusão da Educação Básica, os sistemas educativos
devem prever currículos flexíveis, com diferentes alternativas, para que os jovens
tenham a oportunidade de escolher o percurso formativo que mais atenda a seus
interesses, suas necessidades e suas aspirações.
Deste modo, essa etapa do processo de escolarização se constitui em
responsável pela terminalidade do processo formativo do estudante da Educação
Básica, e, conjuntamente, pela preparação básica para o trabalho e para a
cidadania, e pela prontidão para o exercício da autonomia intelectual.
Na perspectiva de reduzir a distância entre as atividades escolares e as
práticas sociais, o Ensino Médio deve ter uma base unitária sobre a qual podem se
assentar possibilidades diversas: no trabalho, como preparação geral ou,
facultativamente, para profissões técnicas; na ciência e na tecnologia, como
iniciação científica e tecnológica; nas artes e na cultura, como ampliação da
formação cultural. Assim, o currículo do Ensino Médio deve organizar-se de modo a
assegurar a integração entre os seus sujeitos, o trabalho, a ciência, a tecnologia e
a cultura, tendo o trabalho como princípio educativo, processualmente conduzido
desde a Educação Infantil.
4.6 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
A instituição da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem sido considerada
como instância em que o Brasil procura saldar uma dívida social que tem para com
o cidadão que não estudou na idade própria. Destina-se, portanto, aos que se
situam na faixa etária superior à considerada própria, no nível de conclusão do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
A carência escolar de adultos e jovens que ultrapassaram essa idade tem
graus variáveis, desde a total falta de alfabetização, passando pelo analfabetismo
funcional, até a incompleta escolarização nas etapas do Ensino Fundamental e do
37
Médio. Essa defasagem educacional mantém e reforça a exclusão social, privando
largas parcelas da população ao direito de participar dos bens culturais, de
integrar-se na vida produtiva e de exercer sua cidadania. Esse resgate não pode
ser tratado emergencialmente, mas, sim, de forma sistemática e continuada, uma
vez que jovens e adultos continuam alimentando o contingente com defasagem
escolar, seja por não ingressarem na escola, seja por dela se evadirem por
múltiplas razões.
O inciso I do artigo 208 da Constituição Federal determina que o dever do
Estado para com a educação será efetivado mediante a garantia de Ensino
Fundamental obrigatório e gratuito, assegurada inclusive sua oferta gratuita para
todos os que a ele não tiverem acesso na idade própria.
Este mandamento constitucional é reiterado pela LDB, no inciso I do seu
artigo 4º, sendo que, o artigo 37 traduz os fundamentos da EJA ao atribuir ao poder
público a responsabilidade de estimular e viabilizar o acesso e a permanência do
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si,
mediante oferta de cursos gratuitos aos jovens e aos adultos, que não puderam
efetuar os estudos na idade regular, proporcionando-lhes oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. Esta
responsabilidade deve ser prevista pelos sistemas educativos e por eles deve ser
assumida, no âmbito da atuação de cada sistema, observado o regime de
colaboração e da ação redistributiva, definidos legalmente.
Os cursos de EJA devem pautar-se pela flexibilidade, tanto de currículo
quanto de tempo e espaço, para que seja:
I – rompida a simetria com o ensino regular para crianças e adolescentes, de
modo a permitir percursos individualizados e conteúdos significativos para os
jovens e adultos;
II – provido suporte e atenção individual às diferentes necessidades dos
estudantes no processo de aprendizagem, mediante atividades diversificadas;
III – valorizada a realização de atividades e vivências socializadoras,
culturais, recreativas e esportivas, geradoras de enriquecimento do percurso
formativo dos estudantes;
IV – desenvolvida a agregação de competências para o trabalho;
V – promovida a motivação e orientação permanente dos estudantes,
visando à maior participação nas aulas e seu melhor aproveitamento e
desempenho;
VI – realizada sistematicamente a formação continuada destinada
especificamente aos educadores de jovens e adultos.
Na organização curricular dessa modalidade da Educação Básica, a mesma
lei prevê que os sistemas de ensino devem oferecer cursos e exames supletivos,
que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular.
38
Entretanto, prescreve que, preferencialmente, os jovens e adultos tenham a
oportunidade de desenvolver a Educação Profissional articulada com a Educação
Básica (§ 3º do artigo 37 da LDB, incluído pela Lei nº 11.741/2008).
Cabe a cada sistema de ensino definir a estrutura e a duração dos cursos da
Educação de Jovens e Adultos, respeitadas as Diretrizes Curriculares Nacionais, a
identidade dessa modalidade de educação e o regime de colaboração entre os
entes federativos.
Quanto aos exames supletivos, a idade mínima para a inscrição e realização
de exames de conclusão do Ensino Fundamental é de 15 (quinze) anos completos,
e para os de conclusão do Ensino Médio é a de 18 (dezoito) anos completos. Para
a aplicação desses exames, o órgão normativo dos sistemas de educação deve
manifestar-se previamente, além de acompanhar os seus resultados. A certificação
do conhecimento e das experiências avaliados por meio de exames para
verificação de competências e habilidades é objeto de diretrizes específicas a
serem emitidas pelo órgão normativo competente, tendo em vista a complexidade,
a singularidade e a diversidade contextual dos sujeitos a que se destinam tais
exames.
4.7 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Educação Especial é uma modalidade de ensino transversal a todas
etapas e outras modalidades, como parte integrante da educação regular, devendo
ser prevista no projeto político-pedagógico da unidade escolar.
Os sistemas de ensino devem matricular todos os estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades/superdotação, cabendo às escolas organizar-se para seu atendimento,
garantindo as condições para uma educação de qualidade para todos, devendo
considerar suas necessidades educacionais específicas, pautando-se em princípios
éticos, políticos e estéticos, para assegurar:
I – a dignidade humana e a observância do direito de cada estudante de
realizar seus projetos e estudo, de trabalho e de inserção na vida social, com
autonomia e independência;
II – a busca da identidade própria de cada estudante, o reconhecimento e a
valorização das diferenças e potencialidades, o atendimento às necessidades
educacionais no processo de ensino e aprendizagem, como base para a
constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades e
competências;
III – o desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de
participação social, política e econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento
de seus deveres e o usufruto de seus direitos.
O atendimento educacional especializado (AEE), previsto pelo Decreto nº
6.571/2008, é parte integrante do processo educacional, sendo que os sistemas de
ensino devem matricular os estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas classes comuns do ensino
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regular e no atendimento educacional especializado (AEE). O objetivo deste
atendimento é identificar habilidades e necessidades dos estudantes, organizar
recursos de acessibilidade e realizar atividades pedagógicas específicas que
promovam seu acesso ao currículo. Este atendimento não substitui a escolarização
em classe comum e é ofertado no contraturno da escolarização em salas de
recursos multifuncionais da própria escola, de outra escola pública ou em centros
de AEE da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos conveniadas com a Secretaria de Educação ou
órgão equivalente dos Estados, Distrito Federal ou dos Municípios.
Os sistemas e as escolas devem proporcionar condições para que o
professor da classe comum possa explorar e estimular as potencialidades de todos
os estudantes, adotando uma pedagogia dialógica, interativa, interdisciplinar e
inclusiva e, na interface, o professor do AEE identifique habilidades e necessidades
dos estudantes, organize e oriente sobre os serviços e recursos pedagógicos e de
acessibilidade para a participação e aprendizagem dos estudantes.
Na organização desta modalidade, os sistemas de ensino devem observar
as seguintes orientações fundamentais:
I – o pleno acesso e efetiva participação dos estudantes no ensino regular;
II – a oferta do atendimento educacional especializado (AEE);
III – a formação de professores para o AEE e para o desenvolvimento de
práticas educacionais inclusivas;
IV – a participação da comunidade escolar;
V – a acessibilidade arquitetônica, nas comunicações e informações, nos
mobiliários e equipamentos e nos transportes;
VI – a articulação das políticas públicas intersetoriais.
Nesse sentido, os sistemas de ensino assegurarão a observância das
seguintes orientações fundamentais:
I – métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para
atender às suas necessidades;
II – formação de professores para o atendimento educacional especializado,
bem como para o desenvolvimento de práticas educacionais inclusivas nas classes
comuns de ensino regular;
III – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
A LDB, no artigo 60, prevê que os órgãos normativos dos sistemas de
ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins
lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em Educação Especial, para
fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público e, no seu parágrafo único,
estabelece que o poder público ampliará o atendimento aos estudantes com
necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino,
independentemente do apoio às instituições previstas nesse artigo.
O Decreto nº 6.571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional
especializado, regulamenta o parágrafo único do artigo 60 da LDB e acrescenta
dispositivo ao Decreto nº 6.253/2007, prevendo, no âmbito do FUNDEB, a dupla
40
matrícula dos alunos público-alvo da educação especial, uma no ensino regular da
rede pública e outra no atendimento educacional especializado.
4.8 EDUCAÇÃO BÁSICA DO CAMPO
Nesta modalidade, a identidade da escola do campo é definida pela sua
vinculação com as questões inerentes à sua realidade, ancorando-se na
temporalidade e saberes próprios dos estudantes, na memória coletiva que sinaliza
futuros, na rede de ciência e tecnologia disponível na sociedade e nos movimentos
sociais em defesa de projetos que associem as soluções exigidas por essas
questões à qualidade social da vida coletiva no País.
A educação para a população rural está prevista no artigo 28 da LDB, em
que ficam definidas, para atendimento à população rural, adaptações necessárias
às peculiaridades da vida rural e de cada região, definindo orientações para três
aspectos essenciais à organização da ação pedagógica:
I – conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades
e interesses dos estudantes da zona rural;
II – organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar
às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III – adequação à natureza do trabalho na zona rural.
As propostas pedagógicas das escolas do campo devem contemplar a
diversidade do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos,
econômicos, geração e etnia.
Formas de organização e metodologias pertinentes à realidade do campo
devem, nesse sentido, ter acolhida. Assim, a pedagogia da terra busca um trabalho
pedagógico fundamentado no princípio da sustentabilidade, para que se possa
assegurar a preservação da vida das futuras gerações.
Particularmente propícia para esta modalidade, destaca-se a pedagogia da
alternância (sistema dual), criada na Alemanha há cerca de 140 anos e, hoje,
difundida em inúmeros países, inclusive no Brasil, com aplicação, sobretudo, no
ensino voltado para a formação profissional e tecnológica para o meio rural. Nesta
metodologia, o estudante, durante o curso e como parte integrante dele, participa,
concomitante e alternadamente, de dois ambientes/situações de aprendizagem: o
escolar e o laboral, não se configurando o último como estágio, mas, sim, como
parte do currículo do curso. Essa alternância pode ser de dias na mesma semana
ou de blocos semanais ou, mesmo, mensais ao longo do curso.
Supõe uma parceria educativa, em que ambas as partes são
corresponsáveis pelo aprendizado e formação do estudante. É bastante claro que
podem predominar, num ou noutro, oportunidades diversas de desenvolvimento de
competências, com ênfases ora em conhecimentos, ora em habilidades
profissionais, ora em atitudes, emoções e valores necessários ao adequado
desempenho do estudante. Nesse sentido, os dois ambientes/situações são
intercomplementares.
41
5. DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL 5.1 DADOS EDUCACIONAIS
A Educação Básica compreende a Educação Infantil, o Ensino Fundamental
e o Ensino Médio e tem duração ideal de (18) dezoito anos contando com a
educação infantil. E tem como princípio norteador o Art. 22 da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96: "A educação básica tem por
finalidades desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores".
O município de Pindoretama alcançou importantes avanços educacionais
nos últimos anos, mantém uma matrícula constante.
Apresentamos abaixo duas tabelas:
Tabela 1. Com os estabelecimentos de ensinos do município por dependência
administrativa em funcionamento no ano de 2015.
Tabela 2. Com a relação de escolas com endereço e modalidades de ensino
ofertadas. Nas mesmas percebe- se que a maioria das escolas estão localizadas
na zona urbana do município.
TABELA 3 – NÚMERO DE INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS
NÚMEROS DE ESCOLAS E CRECHES E PRÉ-ESCOLAS
EDUCAÇÃO BÁSICA
MUNICIPAIS ESTADUAL PRIVADAS TOTAL TOTAL
GERAL
URBANA RURAL URBANA RURAL URBANA RURAL URBANA RURAL
21 11 07 01 - 02 - 14 07
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto – 2015 - SMECD
TABELA 4 – INFORMAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO
ESCOLAS MUNICIPAIS
NOME DA ESCOLA ENDEREÇO ENSINO
OFERTADO
ZONA
EEFM Francisca Holanda
Costa
Rua Marechal Castelo
Branco, SN – Centro –
Pindoretama - Ceará
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
EMEF Regina Vasconcelos
Albino
CE 040 – Km 34, SN –
Centro – Pindoretama -
Ceará
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
EMEIF Aurelina Falcão da
Silva
Rua Ferreira do Nascimento,
1057, Caponga Funda –
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Rural
42
EMEIF Camilo José Anselmo CE 040 km 36, SN – Centro
– Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
EMEIF Pedro Ricardo da Silva Sítio Correia, SN,
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Rural
EMEIF Zita Dantas da Silva Sítio João Moreira, SN,
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais
Rural
EMEF Joaquim Nunes Vieira Rua Joaquim Nunes Vieira -
Capim de Roça, SN,
Pindoretama - Ceará
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
EMEIF Professora Andrelina
Maria de Sousa
Sítio Minhocas, SN,
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Rural
EMEIF Raimundo Benício
Sobrinho
Caponguinha, SN,
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Rural
EMEIF Raimundo Francisco
de Oliveira
Sítio Araújo, SN,
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Rural
EMEF Olga Vale Albino Avenida Vale Albino, SN –
Pratiús II – Pindoretama -
Ceará
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
EMEF José Queiroz Ferreira Avenida Vale Albino, SN –
Pratiús I – Pindoretama -
Ceará
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
EMEIF Maria Nair de
Vasconcelos
Coqueiro do Alagamar, SN, -
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Rural
CRECHES E PRÉ-ESCOLAS MUNICIPAIS
NOME DA CRECHE E
PRE-ESCOLA
ENDEREÇO ENSINO
OFERTADO
ZONA
CRECHE Francisca Holanda
Costa
Rua José Franco, 1802 –
Centro – Pindoretama -
Ceará
Educação Infantil –
02 a 05 anos
Urbana
CRECHE Oton Otoni Gomes Conjunto Habitacional, SN –
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil –
02 a 05 anos
Urbana
CRECHE Olga Vale Albino Avenida Vale Albino, SN –
Pratiús II – Pindoretama -
Ceará
Educação Infantil –
02 a 05 anos
Urbana
CRECHE José Queiroz
Ferreira
Avenida Vale Albino, SN –
Pratiús I – Pindoretama -
Ceará
Educação Infantil –
02 a 05 anos
Urbana
43
EMEIF Tio Valério Travessa Luiz Gonzaga, 21 –
Capim de Roça –
Pindoretama - Ceará
Educação Infantil –
02 a 05 anos
Urbana
ESCOLA ESTADUAL
NOME DA ESCOLA ENDEREÇO ENSINO
OFERTADO
ZONA
EEM Julia Alenquer Fontenele Avenida Firmino Crisóstomo,
1944 - Centro – Pindoretama
- Ceará
Ensino Médio Urbana
ESCOLAS PARTICULARES
NOME DA ESCOLA ENDEREÇO ENSINO
OFERTADO
ZONA
Colégio Cristo Rei Rua Odílio Maia Gondim, -
Centro – Pindoretama -
Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
Colégio Nossa Senhora
Aparecida
Avenida Capitão Nogueira, -
Centro – Pindoretama -
Ceará
Educação Infantil
Ensino
Fundamental – anos
iniciais e finais
Urbana
Fonte: Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto – 2015 - SMECD
A garantia de direito à educação não resume à provisão de matrícula. O
Plano Nacional de Educação (PNE) define como prioridade a garantia e a
ampliação do acesso, a melhoria das condições de permanência e o
aprimoramento da qualidade da educação básica ofertada a todos os brasileiros.
Nesse sentido, as instituições responsáveis pela educação pública devem
assegurar meios capazes de proporcionar aos alunos condições de permanência,
aprendizagem e conclusão conduzindo assim ao aumento do nível de escolaridade
da população.
Dentre os indicadores relevantes para a qualidade educacional brasileira
destaca-se o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) combina dois
indicadores usualmente utilizados para monitorar nosso sistema de ensino:
Indicadores de fluxo (promoção, repetência e evasão) e,
Pontuações, em exames padronizados, obtidas por estudantes ao final de
determinada etapa do sistema de ensino (5º e 9º ano do ensino fundamental
e 3º ano do ensino médio).
5.2 CÁLCULO DO IDEB
Uma análise das metas em relação ao IDEB atingido demonstra que o
município de Pindoretama, tem conseguido chegar aos patamares estabelecidos
pelo MEC, como demonstra as tabelas a seguir:
44
IDEB - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS
TABELA 5 – IDEB – ANOS INICIAIS
ESFERAS IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS
ANOS 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
BRASIL 3,8 4,2 4,6 5,0 5,2 3,9 4,2 4,6 4,9 - - - 6,0
NORDESTE 2,9 3,5 3,8 4,2 - 3,0 3,3 3,7 4,0 - - - 5,2
CEARÁ 2,8 3,5 4,1 4,7 5,0 2,9 3,2 3,6 3,9 4,2 4,5 4,8 5,1
PINDORETAMA - 3,0 4,0 5,0 4,9 - 3,2 3,5 3,8 4,1 4,3 4,6 4,9
FONTE: portalideb.com.br
GRÁFICO 1 – DADOS GERAIS DO IDEB – ANOS INICIAIS
FONTE: portalideb.com.br
GRÁFICO 2 – EVOLUÇÃO DO IDEB – COMPARAÇÃO - ANOS INICIAIS
FONTE: portalideb.com.br
45
IDEB - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
TABELA 6 – IDEB – ANOS FINAIS
ESFERAS IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS
ANOS 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
BRASIL 3,5 3,8 4,0 4,1 4,2 3,5 3,7 3,9 4,4 - - - 5,5
NORDESTE 2,9 3,1 3,4 3,5 - 2,9 3,0 3,3 3,7 - - - 4,9
CEARÁ 2.8 3.3 3,6 3,9 4,1 2,8 3,0 3,3 3,6 4,0 4,3 4,6 4,8
PINDORETAMA 2,7 3,2 3,7 4,4 4,4 2,8 2,9 3,2 3,6 4,0 4,2 4,5 4,8
FONTE: portalideb.com.br
GRÁFICO 3 – PINDORETAMA – DADOS GERAIS DO IDEB – ANOS FINAIS
FONTE: portalideb.com.br
GRÁFICO 4 – EVOLUÇÃO DO IDEB – COMPARAÇÃO – ANOS FINAIS
FONTE: portalideb.com.br
46
Apesar de nos anos finais está um pouco abaixo da meta, o município vem
trabalhando pra melhorar este índice e alcançar melhores resultados.
5.3 AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS COMPLEMENTARES
Pindoretama atende hoje 3.908 estudantes na sua rede pública municipal de
ensino. Destes, pouco mais de 2.800 estão no ensino fundamental, distribuídos em
13 (treze) escolas. A partir desses dados, é possível concluir que esta é uma rede
complexa, que demanda uma série de estratégias para pleno desenvolvimento da
educação dos jovens pindoretamenses.
Nesse sentido, o município realiza um conjunto amplo de iniciativas
educacionais, de cunho federal ou estadual, as quais funcionam como ações
sócias educativas, estratégias para a implantação de uma educação integral e
integrada que visam auxiliar a melhoria da educação de nossas crianças e
adolescentes.
Tais iniciativas se materializam através de Programas e objetivam amenizar
as injustiças sociais, através da ampliação da jornada e dos espaços educativos,
oportunizando aos educandos maior tempo sob os cuidados e a responsabilidade
da escola.
Dentre esses programas, destacam-se:
5.3.1 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Com vistas à formação integral do educando, o município, em concordância
com o estabelecido na Portaria interministerial nº 107/2007, implantou a Jornada
Escolar ampliada para que de forma processual consolide uma política de
Educação Integral, possibilitando um atendimento prioritário aos estudantes que
apresentam defasagem idade/série, evasão e repetência. Para alcançar tal
objetivo, o Município aderiu ao programa Mais Educação que objetiva a melhoria
no ensino e na aprendizagem e que atende escolas do Ensino Fundamental.
Em 2012, apenas 06 (seis) escolas receberam o Programa Mais Educação.
E atualmente ele está presente nas 12 (doze) escolas, atendendo a quase 100 %
dos educandos que fazem parte do Ensino Fundamental. Estes alunos participam
de um conjunto de atividades educativas dentro dos chamados “macrocampos”
vinculados às temáticas de: Acompanhamento pedagógico; Educação ambiental e
desenvolvimento sustentável; Esporte e lazer; Cultura, artes e educação
patrimonial; Comunicação: uso de mídias e cultura digital e tecnológica; Educação
em diretos humanos e Promoção da saúde;
O desenvolvimento das atividades é realizado no contra turno escolar e
acontece no próprio espaço da instituição e/ou em espaços cedidos como igrejas,
associações etc.
47
5.3.2 PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA - PSE
Este Programa consiste em iniciativa interministerial, entre o Ministério da
Educação e o Ministério da Saúde, e visa o fortalecimento das ações
socioeducativas de promoção, prevenção e implantação de atendimento às
demandas de saúde de adolescentes e jovens escolares no município.
Pindoretama desenvolve o PSE a partir de uma parceria entre a Secretaria
de Educação, Secretaria de Saúde e Secretaria de Assistência Social. As ações
envolvem palestras e seminários para a prevenção de situações indesejáveis,
como Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST, gravidez precoce e problemas
oftalmológicos ou psicológicos.
Atualmente, o PSE é realizado em todas as escolas do município e
contempla a todos os estudantes matriculados.
5.3.3 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDA - COM-VIDA
A COM-VIDA é uma nova forma de organização na escola e se baseia na
participação de estudantes, professores, funcionários, diretores, comunidade.
Quem organiza a COM-VIDA é o delegado ou a delegada e seu suplente da
Conferência de Meio Ambiente na Escola, com o apoio de professores.
O principal papel da COM-VIDA é contribuir para um dia a dia participativo,
democrático, animado e saudável na escola, promovendo o intercâmbio entre a
escola e a comunidade. Por isso, a COM-VIDA chega para somar esforços com
outras organizações da escola, como o Grêmio Estudantil, a Associação de Pais e
Mestres e o Conselho da Escola, trazendo a Educação Ambiental para todas as
disciplinas.
A COM-VIDA deve estar presente em todas as escolas de ensino
fundamental do município e contempla a todos os estudantes matriculados.
5.3.4 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – PETECA
O Peteca é um programa de educação que visa conscientizar a sociedade
para a erradicação do trabalho infantil. Consiste num conjunto de ações voltadas
para a promoção de debates nas escolas de ensino fundamental e médio, dos
temas relativos aos direitos da criança e do adolescente, especialmente o trabalho
infantil e a profissionalização do adolescente. Adotando a estratégia da
multiplicação dos saberes, o Peteca realiza oficinas de capacitação e
sensibilização de profissionais da educação, que atuam como coordenadores
municipais do Programa e são responsáveis pela formação de coordenadores
pedagógicos. Estes, por sua vez, debatem com os professores os temas estudados
nas oficinas, elaborando plano de ação para abordagem em sala de aula e
promoção de eventos que permitam ampliar o debate para toda a comunidade
escolar.
48
O programa está presente no município de Pindoretama desde 2008,
quando foi criado pelo Ministério do Trabalho do Ceará. Hoje com funcionamento
oficialmente em 07 escolas (urbana), porém o trabalho é ampliado para as cinco
escolas rurais.
5.3.5 PROGRAMA AGRINHO – SENAR
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR tem como missão
proporcionar a formação profissional rural e a promoção social do trabalhador e de
sua família, incluindo os jovens e as crianças que vivem no meio rural.
Comprometido com essa missão, o SENAR – CE lançou mão do Agrinho,
programa idealizado pelo SENAR-PR em 1996, para a formação de uma nova
mentalidade nas crianças e nos jovens rurais do ensino público fundamental,
despertando o interesse por temas como: trabalho e consumo, cidadania, saúde e
meio ambiente.
O Agrinho é um programa educativo, transformador e motivador de
mudanças de hábitos e atitudes, que prioriza a criança, transformando-a, pela
educação, em agente de melhoria das condições sociais e econômicas das famílias
e da comunidade onde vivem. É trabalhando em cinco escolas rurais do município,
nas seguintes localidades: Sítio Correia, Sítio Araújo, Coqueiro do Alagamar, Sítio
Minhocas e no distrito de Caponguinha.
5.3.6 PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA – PAIC - PAIC + -
PNAIC
A origem do PAIC aponta para o trabalho desenvolvido pelo Comitê Cearense
para a Eliminação do Analfabetismo Escolar, criado em 2004, pela Assembléia
Legislativa do Estado do Ceará, através da iniciativa do deputado Ivo Gomes. O
Comitê era constituído pela Assembléia Legislativa, UNICEF, APRECE,
UNDIME/CE, INEP/MEC, e Universidades Cearenses como UECE, UFC, UVA,
URCA e UNIFOR. Porém só em 2007 é que o Programa deu seu ponta pé inicial.
Pindoretama aderiu o Programa desde seu início (2007) e assim vem
conquistando resultados positivos desde a instalação do programa.
O Paic ainda foi referência nacional pela forma metodológica que vinha sendo
trabalhada, tão provável isso que o Governo Federal assumiu o modelo cearense
do programa e tornou como referência nacional – PNAIC – Programa Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa.
49
6. ESTATÍSTICAS EDUCACIONAIS
GRÁFICO E TABELA 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL - ESTABELECIMENTO
GRÁFICO E TABELA 2 – EDUCAÇÃO INFANTIL - MATRÍCULA
FONTE: SEDUC CEARÁ
50
Esses dados deixam claro que o número de alunos matriculados na
Educação Infantil em Instituições públicas e particulares é proporcional ao número
de estabelecimento. Assim acontece com o público infantil atendido nestas
mesmas repartições, percebe-se que o número de crianças atendidas é bem maior
na zona rural do que na urbana, embora saibamos que ainda encontramos crianças
que estão fora da escola.
TABELA 7 – INFRAESTRUTURA
Nos dados acima, podemos constatar que por mais que as 17 instituições
municipais de ensino fundamental apresentem 100% no abastecimento de água e
energia elétrica, mesmo assim sofremos com falta de água. Diante disso podemos
ver um esforço grandioso da SME e da Secretaria de Infra Estrutura para
disponibilizar carros pipas com o intuito de sanar a problemática.
Outros fatores que deve ser percebido nestes dados é o percentual de
Escolas sem laboratório de ciências e os 47,06% com os laboratórios de
informática, que já tem aumentado em 2014 com a parceria do Governo Federal.
51
GRÁFICO E TABELA 3 – COMPOSIÇÃO DA FUNÇÃO DE DOCENTE
No gráfico acima em pizza, percebemos que em 2013 não tínhamos nenhum
profissional em sala de aula com ensino fundamental, isso seria um dado
agravante, caso aparecêssemos com algum número de professores com Ensino
Fundamental nas salas de aulas. Porém 62,26% de nossos professores estavam
em Formação, por essa ocasião percebemos que o gráfico deixa claro que são
profissionais com apenas Ensino Médio. Diante dessa situação podemos constatar
que no SISP – Sistema de Informação e Simplificação de Processos, gerenciado
pelo Conselho Estadual de Educação, não aceita informações de Professores sem
que estes estejam formados ou em formação. Os 37,74% apresentados aqui, deixa
claro que esse número é bem reduzido. Porém em 2014 esse número chega
aproximadamente 80% dos professores.
O Gráfico abaixo sustenta a informação de que em 2010 cerca de 342
crianças e adolescentes estavam fora da escola, acreditamos que este número
venha caindo, pois o número de crianças e adolescentes matriculados nos anos
subsequentes vem aumentando a cada ano. Mesmo assim, percebemos a
importância deste gráfico para nos respaldar diante de toda a problemática da
educação municipal: falta de compromisso da população, trabalho infantil, violência
sexual, abandono, entre outras situações de cunho social.
52
GRÁFICO 5 – CRIANÇAS E ADOLESCENTES FORA DA ESCOLA
Fonte: Fora da Escola não pode – 2010
MATRÍCULAS – 2012
Apresentamos aqui os dados de matrículas dos anos de 2012, 2013 e 2014.
Esses dados demonstram em números exatos a situação da matrícula, respeitando
as modalidades de ensino e a divisão por ano.
TABELA 8 - MATRÍCULA 2012
Fonte: convivaeducacao.org.br
53
TABELA 9 – MATRÍCULA 2012 - EJA
Fonte: convivaeducacao.org.br
Em 2012, percebe se que as atividades complementares não apresenta
nenhum alunos. O mesmo acontece com o atendimento em salas de AEE –
Atendimento Educacional Especializado. No Ensino Regular, mas precisamente na
Educação Infantil, cerca de 76 alunos estavam em salas unificadas, ou seja,
crianças de 3, 4 e 5 anos estavam estudando na mesma sala de aula. O que não
acontecia no Ensino Fundamental, o que chamamos de multisseriadas.
MATRÍCULA – 2013
TABELA 10 – MATRÍCULA 2013
Fonte: convivaeducacao.org.br
54
TABELA 11 – MATRÍCULA 2013 - EJA
Fonte: convivaeducacao.org.br
Nestes dados percebemos que o número de aluno teve um aumento
significativo de 74,62% isso não quer dizer que o número de alunos aumentou
consideravelmente, pois o número da população entre crianças e jovens não chega
a esse número de 6.674, porém a grande situação aqui é que esses alunos foram
contados duas vezes, pois para eles estão incluídos no Programa Mais Educação e
na educação especial.
Na verdade o número de alunos matriculados é de 3.630, inferior a do ano
2012.
Aqui já percebemos que as atividades complementares encontram-se com o
número relevante de 2.859 alunos. E ainda que o número de alunos em salas
unificadas na Educação Infantil teve uma caída de 26 crianças em relação ao ano
de 2012.
55
MATRÍCULA – 2014
TABELA 12 – MATRÍCULA 2014
Fonte: convivaeducacao.org.br
TABELA 13 – MATRÍCULA 2014 - EJA
Fonte: convivaeducacao.org.br
O mesmo se repete em 2014, porém com um agravante, onde não existia
salas multisseriadas agora com atendimento de 38 crianças, isso acontece
precisamente na zona rural. Outro fator é que o número de atendimento em sala
unificadas tem uma caída significante.
56
6.1 SITUAÇÃO MUNICIPAL COM RELAÇÃO ÀS METAS NACIONAL
GRÁFICO 6 – EDUCAÇÃO INFANTIL
Neste gráfico podemos ver que a situação de atendimento a crianças de 4 e
5 anos em Pindoretama está bem melhor que o Brasil e o Ceará, porém nossa
proposta é fechar nos 100%, para isso devemos pautar ações para atender os
4,1% dos que estão fora de sala de aula.
Mas, nosso trabalhos está para que possamos atender cerca de 25% de
nossas crianças de 0 a 3 anos que estão fora da pré escola.
57
GRÁFICO 7 – ALFABETIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Como mostra o gráfico acima. 18,9% de nossas crianças não concluíram o
3º ano do Ensino Fundamental.
GRÁFICO 8 – ENSINO FUNDAMENTAL
Ainda temos que fechar os 100% de nossas crianças para que frequentem a
escola. O dado acima apresenta que temos ainda 2,4% da população de 6 a 14
anos fora da escola. E ainda chegar a 95% de adolescente de 16 anos com o
Ensino Fundamental concluído, ou seja, olhando para o gráfico acima pode se
perceber que falta cerca de 26,6%.
58
GRÁFICO 9 – ENSINO MÉDIO
Esses dois gráficos acima, nos faz refletir sobre a preocupação da
população de 15 a 17 anos que não frequenta a escola, ou seja, percebe se que o
jovem desiste da escola antes mesmo de concluir. O número de jovens que
frequenta a escola é bem inferior do que a média nacional e estadual, Isso é mais
agravante ainda quando esse número está relacionada a taxa de escolarização
líquida, isto é, matricular e concluir o Ensino Médio.
Segue abaixo a previsão de alunos que o Município de Pindoretama enviará
para o Ensino Médio – Ensino Médio Profissionalizante, até a vigência deste Plano,
totalizando até o final deste plano aproximadamente 3.381 alunos.
TABELA 14 – PREVISÃO PARA O ENSINO MÉDIO
ANO PREVISÃO – QUANTIDADE
2016 452
2017 405
2018 367
2019 336
2020 307
2021 308
2022 305
2023 274
2024 261
2025 366
Fonte: SMECD -2015
59
GRÁFICO 10 – EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Ainda estamos longe dos 100% que se pretende o PNE para alcance dessa
Meta. Nos falta aproximadamente 23,1% da população de 4 a 17 anos com
deficiência estarem na escola com todas as condições previstas em lei.
GRÁFICO 11 – TEMPO INTEGRAL
A situação destes gráficos acima é de que o Mais Educação tem dado uma
parcela significativa nas atividades de tempo Integral. Na verdade o que temos
como proposta do Mais Educação é Educação em tempo integral, o que difere de
escola em tempo integral. Os gráficos demonstram uma situação confortável, mas
60
o que realmente ser ver são 03 (três) creches em Tempo Integral e nas outras
unidades escolares a atuação do Mais Educação.
GRÁFICO 12 – ELEVAÇÃO DA ESCOLARIDADE/DIVERSIDADE
A Escolaridade média da população de 18 a 29 anos entre os pobres é
grande, mais isso não difere muito da realidade brasileira e nem tão pouco do
estado do Ceará. O que se percebe é que os jovens Pindoretamenses não passam
o tempo necessário para estudar e terminar seu ensino Médio na Escola. A saber:
61
é preciso passar 12 anos estudando, para concluir a educação básica – 9 anos no
Ensino Fundamental e 3 anos no Ensino Médio. O jovem não passa esse tempo
todo. Porém nossa meta é assegurar que esses jovens possam concluir seus
estudos no tempo certo.
GRÁFICO 13 – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EJA INTEGRADO
Nos gráficos acima temos a representatividade de taxas, uma que trata da
alfabetização da população de 15 anos ou mais e a outra que trata do
analfabetismo funcional da mesma faixa etária, assim percebemos que temos que
aumentar esse número em um percentual de 15.2% para a população alfabetizada
de 15 anos ou mais ainda se encontra fora da escola, prevista nesta meta e
diminuir a taxa de analfabetismos em 21,7% desta mesma população. Para que
isso possa ser solucionado será necessário aprimorar a Educação de Jovens e
Adultos.
GRÁFICO 14 – MATRÍCULA DA EJA INTEGRADO
Para esse dado, como mostra o gráfico acima será necessário repaginar a
Educação de Jovens e Adultos, oferecendo profissionalização aos alunos, assim,
podemos ver bem claro o que mostra este gráfico. Não temos atendimento nas
62
EJAS com cursos profissionalizantes. Porém a situação do Brasil não é diferente, já
a situação do Estado do Ceará é melhor, mas precisa melhorar muito.
GRÁFICO 15 – FORMAÇÃO DOCENTE
O gráfico acima apresenta a situação da Formação dos Educadores com
Pós-graduação, onde o percentual apresentado é 12,4%. A meta nacional sugere
que possamos elevar esse número para 50% até a vigência desse plano. Sabemos
ainda que alguns dos professores apresentam pós-graduação, porém não
estabelece relação com área de atuação. E ainda que muitos de nossos
professores estão em processo de formação e que este dado é referente ao ano
2013, o que podemos constatar que esse número é bem maior que o previsto neste
gráfico.
TABELA 15 – REPASSE PARA EDUCAÇÃO – 2012
Fonte: tesouro.gov.br
63
TABELA 16 – REPASSE PARA EDUCAÇÃO – 2013
Fonte: tesouro.gov.br
TABELA 17 – REPASSE PARA EDUCAÇÃO – 2014
Fonte: tesouro.gov.br
Percebe-se nestas três tabelas que o Repasse do FUNDEB vem a cada ano
aumentando, isso se deu pelo resultado da ampliação do Programa Mais
Educação, ou seja, os alunos do Programa Mais Educação são contados no Censo
Escolar.
64
7. CONSTRUINDO A PRÓXIMA DÉCADA
Considerando o Plano Nacional de Educação – PNE para o decênio
2014/2024, ficam propostas as seguintes Metas e Estratégias educacionais para a
Educação Municipal, proposta no Plano Municipal de Educação – PME –
2015/2025
7.1. METAS E ESTRATÉGIAS
META 01: Universalizar até 2016 o atendimento escolar da população de 4
(quatro) e 5 (cinco) anos, ampliar até o final da vigência deste plano, a oferta
de Educação Infantil, de forma a atender no mínimo 50% da população de até
3 (três) anos de idade.
ESTRATÉGIAS:
1.1. Realizar levantamentos dos espaços adequados para construção de prédios
para funcionamento de instituições de Educação Infantil em conformidade com os
padrões arquitetônicos do Ministério da Educação - MEC, respeitando as normas
de acessibilidade, as especificidades geográficas e culturais locais;
1.2. Assegurar espaços lúdicos de interatividade. Tais como: brinquedoteca,
ludoteca, bibliotecas e parques infantis;
1.3. Garantir que os espaços físicos sejam adequados aos padrões de qualidade e
acessibilidade e mobiliados em conformidade com as especificidades infantis;
1.4. Ampliar a equipe técnico-pedagógica da Educação Infantil com o objetivo de
fortalecer o acompanhamento das atividades em todas as escolas, a fim de
fomentar a eficiência da qualidade no atendimento à infância;
1.5. Estimular a criação de Fóruns Municipais de Educação Infantil, que venham a
elucidar a prática do professor em sala de aula, assim como sensibilizar as
famílias/responsáveis sobre a importância da primeira etapa da Educação Básica;
1.6. Adotar em regime de colaboração entre os setores de saúde, assistência social
e cultura, na manutenção, administração, controle e avaliação das instituições de
atendimento às crianças da Educação Infantil, contemplando as dimensões do
educar, cuidar e brinca de acordo com os RCNEI;
1.7. Assegurar o cumprimento da Resolução Nº 361/2000 do Conselho Estadual de
Educação do Ceará – CEE, que determina a relação professor-aluno no que se
refere à quantidade de crianças em sala de aula na Educação Infantil;
1.8. Promover, em regime de colaboração, políticas e programas de qualificação
permanente de forma presencial, articulando teoria/prática, para os profissionais da
Educação Infantil;
1.9. Garantir o transporte escolar, atendendo aos princípios básicos de segurança
exigidos pelo Departamento Nacional de Trânsito – DNT, e as normas de
acessibilidade que garantam a segurança e o tempo de permanência das crianças
na escola;
65
1.10. Ofertar Educação Infantil em regime de colaboração com os representantes
do campo, mediante os interesses da comunidade, contemplando os
conhecimentos e saberes desse povo e respeitando suas diversidades;
1.11. Garantir a elaboração, implantação e avaliação da proposta curricular para a
Educação Infantil que contemple as comunidades do campo e a diversidade étnico
racial, ambiental, bem como o ritmo, as necessidades e especificidades das
crianças com deficiências, com transtornos globais de desenvolvimento ou altas
habilidades/superdotação;
1.12. Garantir o ingresso e permanência de profissionais formados em Pedagogia,
para educar e cuidar das crianças de forma indissociável, conjunta e colaborativa
no ambiente escolar;
1.13. Cumprir com a política nacional e as Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Infantil - DCNEI, programas e projetos favorecedores do processo
educacional das crianças;
1.14. Inserir no processo formativo das crianças, elementos favorecedores da
cultura da paz, do campo artístico e estético, do cuidado com o meio ambiente, da
solidariedade, da ética e da justiça.
1.15. Garantir e ampliar até o final da vigência deste plano, de maneira gradativa e em tempo integral, a oferta na Educação Infantil (creches), de forma a atender no mínimo 50% da população de até 3 (três) anos de idade, garantindo a formação dos cuidadores ou professores. 1.16. – Garantir em regime de colaboração (município, estado e união), creche
para crianças de 6 meses a 3 (três) anos, garantindo formação continuada dos
profissionais e ainda espaços adequados para o seu funcionamento e ainda
assegurar que os responsáveis legais das crianças matriculadas comprovem a
necessidade trabalhista;
1.17. Garantir profissionais capacitados para receber alunos de inclusão nas
unidades de Educação Infantil;
1.18. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os
quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas
associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as
formas de discriminação;
META 02: Garantir a universalização do Ensino Fundamental de Nove Anos
para população de 6 a 14 anos e que pelo menos 95,2% dos alunos concluam
essa etapa na idade recomendada até o último ano de vigência deste PME.
ESTRATÉGIAS:
2.1. Ampliar as estratégias de monitoramento que possibilitem o acompanhamento
individual da aprendizagem dos alunos em todas as escolas do sistema de ensino;
66
2.2. Promover reformulações anuais dos projetos políticos pedagógicos, com base
nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos,
relacionando com o contexto municipal e local de cada escola;
2.3. Ajustar o número de alunos por professor, garantindo a qualidade do processo
ensino-aprendizagem em conformidade com a Resolução específica expedida
pelos Conselhos Nacional e Estadual de Educação;
2.4. Implantar programas e projetos de Correção de Fluxo Escolar, reduzindo as
taxas de reprovação, abandono escolar e distorção idade-ano, em todas as
escolas;
2.5. Definir e garantir padrões de qualidade, incluindo a igualdade de condições
para acesso e permanência dos alunos na escola;
2.6. Ampliar e fortalecer as políticas intersetoriais de saúde, meio ambiente, cultura
e outras, para que, de forma articulada, assegurem direitos e serviços de apoio e
orientação à comunidade escolar;
2.7. Aprimorar o acompanhamento e apoio das atividades educativas
desenvolvidas nas escolas, em regime de colaboração com os diferentes
segmentos, através da coordenação pedagógica de Ensino Fundamental de Nove
Anos;
2.8. Promover, em regime de colaboração, programas de qualificação permanente
para os profissionais da educação;
2.9 Fortalecer o monitoramento do acesso e da permanência do aluno na escola
por parte dos beneficiários de programas de transferência de renda, identificando
motivos de ausência e baixa frequência, garantindo apoio à aprendizagem;
2.10. Promover a busca ativa de crianças fora da escola, em parceria com as
Secretarias de Assistência Social e Saúde;
2.11. Ampliar a aquisição de veículos escolares apropriados para o transporte dos
alunos, nas áreas urbanas e de campo, a partir de assistência financeira do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE/MEC, com o objetivo de reduzir
o tempo máximo dos estudantes em deslocamento e abandono escolar, atendendo
aos princípios básicos de segurança exigidos pelo Departamento Estadual de
Trânsito DETRAN;
2.12. Garantir e ampliar política de formação inicial e continuada de professores e
demais profissionais da educação a partir de parcerias com os Programas de
Formação e por iniciativa própria;
2.13. Implantar Diretrizes Curriculares Municipais para o Ensino Fundamental, de
maneira a assegurar a formação básica comum e respeito aos valores culturais e
artísticos;
2.14. Inserir no currículo do Ensino Fundamental conteúdos que tratem de
temáticas afro indígenas, de acordo com as leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008,
bem como os direitos da criança e do adolescente, conforme a lei nº 8.069/1990,
que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA;
2.15. Garantir a implementação das leis afro indígenas nº 10.639/2003 e nº
11.645/2008, no currículo do sistema de ensino de Pindoretama, compreendendo o
Ensino Fundamental;
67
2.16. Garantir a formação continuada de professores, gestores e técnicos
pedagógicos do sistema de ensino do município sobre as leis afro indígenas, de
forma interdisciplinar;
2.17. Assegurar recursos necessários para mobiliar adequadamente os espaços
físicos das escolas que atendem os alunos de 6 (seis) anos e daqueles com
dificuldades de locomoção.
2.18. Implantar projetos educativos que fortaleçam a relação família/escola,
visando à melhoria do ensino e aprendizagem;
2.19. Garantir tecnologias nas escolas, com suporte técnico, estimulando o uso
como ferramentas pedagógicas, de forma inovadora, no processo ensino e
aprendizagem;
2.20. Garantir a oferta do Ensino Fundamental - anos iniciais - para populações
urbanas e de campo, nas próprias comunidades, ampliando a oferta para os anos
finais;
2.21. Intensificar ações de redução do abandono escolar dos alunos do Ensino
Fundamental;
2.22. Estimular práticas pedagógicas no sistema de ensino com a utilização de
recursos didático-pedagógicos que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a
aprendizagem dos alunos;
2.23. Garantir interprete de Libras e transcritor do sistema Braile nas escolas que
efetivarem matrícula de alunos com deficiência auditiva e/ou visual;
2.24. Definir Diretrizes Municipais para a política de formação continuada na
modalidade de Educação Especial para professores e demais profissionais da
educação do Ensino Fundamental;
2.25. Assegurar o cumprimento de 200 (duzentos) dias letivos e carga horária
mínima anual de 800 (oitocentas) horas/aulas aos estudantes do Ensino
Fundamental do Sistema Municipal de Ensino.
2.26. Garantir profissionais capacitados para receber alunos de inclusão nas
unidades de Ensino Fundamental;
2.27. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os
quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas
associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as
formas de discriminação.
META 03. Ampliar até 2018, o atendimento escolar a população de 15 a 17
anos e elevar até a vigência deste Plano, a taxa líquida de matrículas do
ensino médio de 64,2 % para 82,0% nessa faixa etária.
ESTRATÉGIAS
3.1. Fortalecer as práticas curriculares voltadas para o desenvolvimento do
currículo escolar, organizado de maneira flexível e diversificado com conteúdos
obrigatórios e eletivos em todas as áreas de conhecimento;
68
3.2. Formalizar e executar planos de formação continuada dos professores, tendo
em vista o alcance das metas de aprendizagem em articulação com o Projeto
Político Pedagógico da Escola;
3.3. Implementar programas e projetos de Correção de Fluxo Escolar, por meio de
acompanhamento individualizado dos alunos com rendimento escolar defasado, de
forma a reduzir as taxas de distorção idade-série na escola;
3.4. Ampliar os tempos e espaços do trabalho pedagógico, a partir de práticas
curriculares diversificadas, incluindo aulas de reforço no contraturno para os alunos
com baixo rendimento escolar;
3.5. Estabelecer parcerias com instituições públicas de Ensino Superior para a
formação continuada dos profissionais da Educação Básica que atuam no sistema
estadual de ensino;
3.6. Ajustar a relação entre o número de alunos e professores, garantindo a
qualidade do processo ensino-aprendizagem em conformidade com a legislação
vigente;
3.7. Garantir a oferta de vagas, através da construção ou ampliação de prédios
escolares, assim como a adequação de espaços físicos existentes, atendendo aos
padrões mínimos de qualidade;
3.8. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os
quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas
associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as
formas de discriminação.
META 04: Garantir à população de 04 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o
atendimento escolar aos/as estudantes do sistema regular de ensino, com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, de forma a atingir 50% da demanda em 05 (cinco) anos e a sua
universalização até final da década.
ESTRATÉGIAS:
4.1. Garantir o atendimento educacional especializado em salas de recursos
multifuncionais, ou em Centros de Atendimento Educacional Especializado,
públicos ou comunitários, confessionais ou filantrópicos sem fins lucrativos,
conveniados com o poder público;
4.2. Implantar salas de recursos multifuncionais e garantir a formação continuada
de professores para o atendimento educacional especializado complementar e
suplementar, nas escolas urbanas, rurais e assentamentos, quando for o caso;
4.3. Oferecer o atendimento educacional especializado complementar e
suplementar aos estudantes matriculados na rede pública de ensino regular;
4.4. Garantir acesso à Tecnologia Assistiva (T.A.) e suas modalidades, por meio do
ensino e utilização de recursos que possibilitem aos/as estudantes a ampliação de
69
suas habilidades, oportunizando autonomia e ações em todos os momentos
escolares;
4.5. Adaptar as escolas regulares com acessibilidade e dotar de profissionais
especializados na Educação Especial;
4.6. Disponibilizar materiais didáticos e pedagógicos em BRAILE específicos para
alunos cegos e com baixa visão, distribuição notebooks equipados com programas
com sistema de voz, para os alunos do sistema de ensino e instituições
especializadas;
4.7. Formar uma equipe itinerante de professores capacitados em deficiência visual
(braile, soroban e outras), libras, deficiência mental e altas habilidades, no sistema
público de ensino;
4.8. Promover parcerias com empresas e Centros Multidisciplinares de apoio,
pesquisa e assessorias, articulados com instituições acadêmicas;
4.9. Garantir recursos financeiros para a oferta de cursos de formação continuada
em Braille, libras, soroban, deficiência intelectual, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, para professores que atuem na
área;
4.10. Estabelecer padrões básicos de infraestrutura do sistema de ensino de
acessibilidade aos estudantes público alvo da Educação Especial;
4.11. Ampliar o atendimento aos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
4.12. Articular com instituições de ensino superior, proposta de estudos e
pesquisas em apoio ao atendimento complementar de estudantes com deficiência
e suplementar aos estudantes com altas habilidades/superdotação;
4.13. Realizar concurso público para suprir as necessidades de profissionais
especializados para atuarem nos Centros e Núcleos de Atendimento Educacional
Especializado, nas salas de recursos multifuncionais e nas escolas do sistema de
ensino;
4.14. Ampliar a oferta da educação inclusiva para os/as estudantes público alvo da
educação especial de forma a garantir a sua universalização nas escolas do
sistema de ensino;
4.15. Garantir o cumprimento dos dispositivos legais constantes na Convenção dos
Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU, 2006), ratificada no Brasil pelos
Decretos nº 186/2008 e nº 6949/2009, na Política de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) e nos marcos legais políticos e
pedagógicos;
4.16. Garantir a oferta da Educação de Jovens e Adultos - EJA, no turno diurno na
perspectiva de Educação Inclusiva;
4.17. Orientar e acompanhar as famílias, através de ações intersetoriais voltadas
aos esclarecimentos das dificuldades de aprendizagem do educando, em regime
de colaboração com as secretarias municipais;
4.18. Garantir a participação da equipe do NEEP (Núcleo de Educação Especial de
Pindoretama), nas formações da Educação Infantil, no Ensino Fundamental inicial e
final e Educação de Jovens e Adultos;
70
4.19. Garantir em tempo hábil para estudantes com deficiência e suplementar aos
estudantes com altas habilidades/superdotação, atendimento especializado nas
unidades escolares e em locais especializados;
4.20. Ampliar o número de profissionais que fazem atendimento a estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, de forma a atender a demanda de estudantes municipais.
META 05- Alfabetizar e letrar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º
ano do Ensino Fundamental.
ESTRATÉGIAS:
5.1. Implementar mecanismos de avaliação tais como: acompanhamento
pedagógico, avaliações diagnósticas e atividades especificas de alfabetização na
idade certa;
5.2. Implantar salas apropriadas com recursos pedagógicos e profissionais
capacitados, a fim de promover a alfabetização;
5.3. Garantir a todas as crianças até o final do ciclo de alfabetização o domínio da
leitura, escrita, compreensão textual e cálculo;
5.4. Oferecer a todas as crianças que apresentem dificuldades em alfabetização,
reforço escolar em contraturno e reenturmação com acompanhamento pedagógico
supervisionado para garantir a aprendizagem;
5.5. Priorizar o acompanhamento individual das crianças com dificuldades de
aprendizagem especificamente no 2º. e 3º ano (ciclo de alfabetização) para garantir
que até o final do ano letivo vigente, 100% das crianças sejam alfabetizadas;
5.6. Implantar um sistema de avaliação diagnóstica supervisionada, no segundo e
sexto mês do ano letivo, para analisar e adotar medidas corretivas e interventivas
até o término do primeiro trimestre do ano letivo;
5.7. Selecionar, capacitar e certificar professores do quadro municipal de ensino,
com perfil alfabetizador para assumirem e acompanharem os três primeiros anos
da alfabetização e para os professores de 4 (quatro) anos ao 5º. Ano;
5.8. Fortalecer o acompanhamento no Ensino Fundamental - anos iniciais,
referente à alfabetização na idade certa;
5.9. Oferecer condições a todos os docentes que tenham alunos com deficiência
inseridos em salas regulares, ambientes alfabetizadores, respeitando as
especificidades e o número de alunos determinado pela legislação vigente;
5.10. Garantir a alfabetização de crianças do campo e de população itinerantes,
com materiais didáticos específicos;
5.11. Ampliar o uso de tecnologias educacionais para o ciclo de alfabetização,
assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, bem como o
acompanhamento dos resultados no sistema de ensino.
71
META 06: Ampliar o atendimento em educação de tempo integral de forma a
atender 50% das escolas públicas de educação básica até 2019, e 100% até o
final da vigência deste PME.
ESTRATÉGIAS:
6.1. Garantir a construção, estruturação e manutenção de escolas de tempo
integral, promovendo a articulação com os diferentes espaços educativos e
equipamentos públicos;
6.2. Melhorar os padrões de qualidade das escolas de tempo integral existentes no
município, viabilizando atendimento diferenciado aos/as alunos/as com habilidades
ou dificuldades específicas de aprendizagem;
6.3. Oferecer atividades de acompanhamento pedagógico e multidisciplinares, de
forma que o tempo de permanência de crianças e adolescentes na escola seja
igual ou superior a sete horas diárias durante todo o ano letivo;
6.4. Fortalecer o regime de colaboração com a União e o Estado para a ampliação
da jornada escolar, atendendo a educação em tempo integral nas escolas públicas
do ensino fundamental;
6.5. Garantir na área educacional, profissionais formados para atuarem nas escolas
de tempo integral de forma a consolidar o atendimento às dificuldades específicas
de aprendizagem.
META 07 Atingir as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
– IDEB para a educação básica do Município.
METAS OBSERVADAS PARA O IDEB DO MUNICIPIO 2005-2013 IDEB
2005
2007
2009
2011
2013
E. F. Anos Iniciais - 3.0 4.0 5.0 4.9
E. F. Anos Finais 2.7 3.2 3.7 4.4 4.4
METAS PROJETADAS PARA O IDEB DO MUNICIPIO 2015-2021 IDEB
2015
2017
2019
2021
E. F. Anos Iniciais 4.1 4.3 4.6 4.9
E. F. Anos Finais 4.0 4.2 4.5 4.8
ESTRATÉGIAS
7.1. Garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e o atendimento às
especificidades dos estudantes de todo sistema de ensino, visando a efetivação do
direito à educação e a redução das desigualdades educacionais;
72
7.2. Construir em colaboração com gestores e professores um indicador da
qualidade educacional do município com base no desempenho dos estudantes,
considerando o perfil do corpo docente, do gestor, os recursos pedagógicos
disponíveis e as condições de infraestrutura da escola;
7.3. Garantir o atendimento aos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
7.4. Ampliar o número de profissionais que fazem atendimento a estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, de forma a atender a demanda de estudantes municipais;
7.5. Instituir processo contínuo de autoavaliação do sistema de ensino, das escolas
de educação básica por meio da construção de instrumentos de avaliação que
orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando a elaboração de
planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a
formação continuada dos professores do Ensino Fundamental e o aprimoramento
da gestão democrática;
7.6. Orientar o planejamento das atividades pedagógicas a serem desenvolvidas
nas escolas do Ensino Fundamental, de forma a buscar atingir as metas do IDEB,
para diminuir a diferença entre as escolas com os menores índices, garantindo
equidade da aprendizagem no município;
7.7. Aprimorar e ampliar os projetos desenvolvidos em tecnologias educacionais e
de inovação das práticas pedagógicas nas escolas, objetivando a melhoria da
aprendizagem dos alunos;
7.8. Ampliar ações de combate à violência, ao uso de drogas nas escolas em
parceria com outras Secretarias, Governo Estadual, Governo Federal e outras
instituições, através do desenvolvimento de ações destinadas a capacitação de
educadores para detecção de suas causas, como a violência doméstica e sexual,
favorecendo a adoção de medidas adequadas de segurança que promovam a
construção de cultura de paz no ambiente escolar;
7.9. Executar o Plano de Ação Articulada – PAR e o Plano Plurianual – PPA em
consonância com o Plano Municipal de Educação - PME, tendo em vista as metas
e estratégias estabelecidas para a educação básica pública;
7.10. Fixar, acompanhar e divulgar bienalmente os resultados pedagógicos dos
indicadores do SAEB e do IDEB, e anualmente os resultados pedagógicos dos
indicadores do SPAECE relativo às escolas, assegurando a contextualização
desses resultados, com relação a indicadores sociais relevantes, como os de nível
socioeconômico das famílias dos alunos e a transparência e o acesso público às
informações técnicas de concepção e operação do sistema de avaliação;
7.11. Aprimorar continuamente os instrumentos de avaliação da qualidade do
Ensino Fundamental, participando dos exames aplicados pelo MEC, Governo
Estadual e Governo Municipal nos anos finais das etapas da educação básica;
7.12. Implementar políticas no sistema municipal de ensino de forma a buscar
atingir as metas do IDEB, diminuindo a diferença entre as escolas com os menores
índices, para garantir a equidade da aprendizagem em todo o município;
73
7.13. Promover a articulação dos programas da área da educação de âmbito
nacional e local, com os de outras áreas como saúde, trabalho e emprego,
assistência social, esporte, cultura, possibilitando a criação de rede de apoio
integral às famílias, como condição para melhoria da qualidade educacional;
7.14. Promover em consonância com as diretrizes do PNLD - Plano Nacional do
Livro Didático e da Leitura, a formação de leitores e a capacitação de professores,
bibliotecários e agentes das comunidades para atuar como mediadores, de acordo
com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da
aprendizagem.
META 08: Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29
(vinte e nove) anos de modo a alcançar no mínimo 12 (doze) anos de estudo
no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, das
localidades de menor escolaridade, no município e dos mais pobres, bem
como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, declarados na
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, com vistas à
redução das desigualdades educacionais.
ESTRATÉGIAS:
8.1. Implementar programas e projetos que contemplem o desenvolvimento de
Tecnologias (computadores, celular, wi-fi) para correção de fluxo,
acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão parcial,
priorizando estudantes com rendimento escolar defasado;
8.2. Ampliar a oferta do Ensino Fundamental com qualificação social e profissional
aos segmentos sociais considerados que estejam fora da escola e com defasagem
idade/série, de forma articulada a estratégias diversificadas que assegurem a
continuidade do processo de escolarização, a essas populações;
8.3. Possibilitar a diversificação curricular, integrando a formação à preparação
para o mundo do trabalho, a interrelação entre teoria e prática, abrangendo os
eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura, de modo a adequar ao
tempo e à organização do espaço pedagógico da escola;
8.4. Implantar a oferta e a divulgação gratuita de Educação Profissional por
intermédio de parcerias com a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência
Social e as entidades privadas de serviço social e de formação profissional
vinculada ao sistema sindical, quando se tratar de profissionais com 18 ou mais
anos de idade de forma concomitante ao ensino ofertado no sistema escolar
público, para atendimento aos segmentos populacionais considerados;
8.5. Promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, a busca
escolar ativa, assegurando o acompanhamento e monitoramento de acesso e
permanência na escola, bem como identificar causas de afastamentos e baixa
frequência, estabelecendo em regime de colaboração, de maneira a estimular a
ampliação do atendimento desses alunos no sistema público regular de ensino;
74
8.6. Viabilizar o uso de tecnologias educacionais e de inovação das práticas
pedagógicas, que assegurem a alfabetização e sua continuidade, a partir de
realidades diferenciadas do ponto de vista linguístico e que favoreçam a melhoria
do fluxo escolar e as aprendizagens dos alunos, segundo as diversas abordagens
metodológicas;
8.7. Apoiar experiências específicas de Educação do Campo em função das etapas
e modalidades da Educação Básica e da especificidade de seu corpo discente,
adotando diferentes estratégias metodológicas;
8.8. Fomentar a produção de materiais didático-pedagógicos específicos e
diferenciados, contextualizados às realidades socioculturais para professores e
alunos, contemplando a educação para as relações étnico-raciais, educação em
direitos humanos, educação ambiental, educação fiscal, arte e cultura nas escolas
para a Educação Básica, respeitando os interesses das comunidades e povos do
campo;
8.9. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os
quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas
associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as
formas de discriminação.
META 09 - Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais
para 93,7% até 2017, erradicar o analfabetismo e reduzir em 50% a taxa de
analfabetismo funcional até o final da vigência deste Plano.
ESTRATÉGIAS
9.1. Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os que
não tiveram acesso à educação básica na idade própria;
9.2. Assegurar que as escolas públicas de Ensino Fundamental localizadas em
áreas caracterizadas por analfabetismo e baixa escolaridade, ofereçam programas
de alfabetização de ensino e exames para jovens, adultos e idosos de acordo com
as Diretrizes Curriculares Nacionais, em parceria com Programas do Governo
Federal e Instituições não governamentais;
9.3. Promover o acesso e permanência no Ensino Fundamental aos egressos de
Programas de Alfabetização, garantindo a participação em exames de
reclassificação e de certificação da aprendizagem;
9.4. Acompanhar e monitorar o acesso, a frequência e a aprendizagem dos
estudantes da EJA, identificando motivos de ausência, infrequência e baixo
rendimento, adotando ações corretivas para diminuir o índice de abandono escolar;
9.5. Sensibilizar e mobilizar a comunidade em parceria com entidades
governamentais e não governamentais, através de propagandas, campanhas,
palestras e outros, de forma a incentivar os jovens, adultos e idosos que não
tiveram acesso ao Ensino Fundamental na idade própria, a ingressarem na
Educação de Jovens e adultos;
75
9.6. Oferecer e garantir matrículas no Ensino Fundamental na modalidade
Educação de Jovens e Adultos no turno diurno, distribuídos por Pólo ou Distrito, de
acordo com a necessidade do aluno e da comunidade;
9.7. Estabelecer parcerias com outras Secretarias Municipais, visando ao
mapeamento da população analfabeta, de modo a programar a oferta de Educação
de Jovens e Adultos a todos que dela não tiveram acesso ou oportunidade de
concluírem seus estudos na idade adequada;
9.8. Garantir alimentação escolar de qualidade com acompanhamento de
nutricionista aos alunos da Educação de Jovens, adultos e idosos, respeitando
suas especificidades;
9.9. Estabelecer parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, articulando com
Programas Nacionais que contemplem o fornecimento gratuito de óculos e/ou
aparelhos auditivos para estudantes da Educação de Jovens, adultos e idosos;
9.10. Estabelecer em regime de colaboração com as esferas estadual e federal,
bem como instituições, além de parceria com outras secretarias municipais,
aquisição gratuita de cadeiras de rodas e próteses para os diversos tipos de
deficiência física para estudantes da Educação de Jovens, adultos e idosos;
9.11. Assegurar através dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas que
ofertam a Educação de Jovens, adultos e idosos o atendimento às suas
necessidades, no que diz respeito à assiduidade, pontualidade, aprendizagem e à
saúde;
9.12. Garantir a participação de jovens, adultos e idosos na elaboração de
instrumentos normativos e na constituição dos Conselhos Escolares;
9.13. Assegurar a formação continuada dos conselheiros e a funcionalidade dos
conselhos nas escolas públicas que atendem jovens, adultos e idosos;
9.14. Implantar programa de formação continuada aos professores da Educação de
Jovens e Adultos na sua área de atuação com utilização das tecnologias, visando à
melhoria da aprendizagem;
9.15. Garantir a reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão
e melhoria da estrutura física de escolas públicas que contemplam a Educação de
Jovens e Adultos;
9.16. Garantir o acesso e a permanência aos estudantes da Educação de Jovens e
Adultos do Ensino Fundamental oferecendo inovações pedagógicas e educação de
qualidade em igualdade de condições e continuidade a níveis mais elevados de
ensino;
9.17. Garantir o transporte escolar aos estudantes da EJA e Programas de
Educação que atendem as comunidades do campo, em regime de colaboração
entre União e Estado atendendo aos princípios básicos de segurança exigidos pelo
DETRAN e as normas de acessibilidade que garantem segurança aos alunos com
deficiência, objetivando a otimização do tempo gasto na sua locomoção.
9.18. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os
quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas
associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades
76
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as
formas de discriminação.
META 10: Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas
da Educação de Jovens e Adultos na forma integrada à Educação
Profissional, no Ensino Fundamental e Médio.
ESTRATÉGIAS
10.1. Proporcionar Educação Profissional de qualidade a jovens e adultos, por meio
de cursos de qualificação, habilitação e/ou atualização profissional;
10.2. Proporcionar condições às pessoas que se encontram em situação de
vulnerabilidade social, meios necessários para acesso à Educação Profissional,
permanência e conclusão de sua formação;
10.3. Articular ações com os poderes públicos - federal, estadual, instituições
privadas e demais segmentos da sociedade civil para integração da política de
Educação Profissional, acompanhando os avanços tecnológicos, culturais,
ambientais e produtivos do mundo do trabalho;
10.4. Promover ações contínuas de orientação profissional aos munícipes,
articuladas com a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social, IDT –
Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, Sistema S (SEBRAE, SESC, SESI,
SENAI, SENAC), Lideranças Comunitárias, Associações, Sindicatos e outras
organizações não governamentais;
10.5. Apoiar as ações de incentivo aos programas de aprendizagem, estágio e do
primeiro emprego aos jovens e adultos;
10.6. Fortalecer parcerias entre os Governos Federal e Estadual, visando a
reestruturação e aquisição de equipamentos voltados à expansão e à melhoria da
rede física de escolas públicas que atuam na Educação de Jovens e Adultos
integrada à Educação Profissional;
10.7. Articular a oferta da Educação Profissional com a Educação de Jovens e
Adultos e Educação Especial;
10.8. Garantir a formação continuada de docentes do sistema de ensino público
que atuam na Educação de Jovens e Adultos articulada à educação profissional.
META 11: Oferecer matrícula na Educação Profissional Técnica de Nível
Médio, assegurando a qualidade da oferta de pelo menos 50% (cinquenta por
cento) da expansão no segmento público.
ESTRATÉGIAS
11.1. Viabilizar parcerias com Estado e União para construção e implantação de
uma Escola Técnica Profissionalizante no Município de Pindoretama;
11.2. Viabilizar ações de integração do ensino profissionalizante junto aos setores
produtivos, visando seu aperfeiçoamento;
77
11.3. Apoiar programas de assistência ao estudante, articulando ações de
assistência social e de apoio psicopedagógico, que contribuam para garantir o
acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão com êxito do Ensino Médio
integrado com a educação profissional;
11.4. Auxiliar na Promoção da educação profissional visando, também, a formação
integral do ser humano;
11.5. Apoiar e divulgar as ações que visam à Educação Profissional Técnica de
nível médio, por meio de parcerias com os seguintes programas: PRONATEC
(Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), instituído pelo
MEC; FIES (Programa de Financiamento Estudantil- técnico), instituído pelo
Governo Federal e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Ceará – IFCE;
11.6. Viabilizar, através de parceria com o Governo do Estado e a União, a garantia
da educação profissional às comunidades em áreas do campo.
11.7. Implementar políticas de prevenção a evasão motivadas por preconceitos os
quaisquer formas de discriminação, criando rede de proteção contra formas
associadas de exclusão, promovendo assim, a superação das desigualdades
educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as
formas de discriminação.
META 12: Elevar a taxa de matrícula na Educação Superior para 50% até a
vigência deste plano, assegurando a qualidade da oferta.
ESTRATÉGIAS:
12.1. Criar e garantir a oferta de cursos preparatórios (cursinho) para ingresso na
Educação Superior nos turnos diurno e noturno, inclusive em áreas do campo,
considerando a infraestrutura básica que possibilite o acesso, permanência e
conclusão do curso;
12.2. Disponibilizar vagas para a ampliação da oferta de estágio, em regime de
colaboração com as Instituições de ensino superiores públicas e privadas, como
parte da formação do discente;
12.3. Garantir transporte para deslocamento aos pólo das universidades federal,
estadual e particulares, incluindo instituto privados de ensino superior;
12.4. Discutir formas de colaboração com a União e Estado acerca das demandas
que venham a surgir para a implementação desta meta.
META 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação
de mestres e doutores nas Instituições de Educação Superior para 20% no
mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 5% doutores.
ESTRATÉGIAS:
78
13.1. Disponibilizar espaços de apoio à pesquisa que possam contribuir para a
formação de mestres e doutores para o avanço do ensino e da pesquisa;
13.2. Estabelecer políticas de comunicação das ações internas e externas das
Instituições de Ensino Superior - IES, potencializando meios e formas de socializar
os saberes e fazeres produzidos nas ações de pesquisa, ensino e extensão dos
professores, mestres e doutores;
13.3. Fomentar a formação de consórcios entre universidades públicas do Estado
do Ceará e outros estados, com vistas a potencializar a atuação regional, inclusive
por meio de plano de desenvolvimento institucional integrado, assegurando maior
visibilidade nacional às atividades de ensino, pesquisa e extensão;
13.4. Discutir formas de colaboração com a União e Estado acerca das demandas
que venham a surgir para a implementação desta meta.
META 14: Elevar gradualmente o número de matrículas em nível de pós-
graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e
doutorado), em sua área de atuação, de modo a atingir 50% dos profissionais
da educação.
ESTRATÉGIAS:
14.1. Implantar programas, em regime de colaboração com o Estado e a União,
que ampliem a oferta de vagas nos cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto
sensu) e formação continuada, em instituições públicas;
14.2. Firmar parceria entre a União e o Estado, nos campi Universitários a oferta de
cursos em Pós-Graduação (lato sensu e stricto sensu) e formação continuada, nas
modalidades presencial, semipresencial e a distância;
14.3. Apoiar e sugerir formas de ofertas de cursos de Pós-Graduação stricto sensu,
utilizando metodologias, recursos e tecnologias de educação à distância;
14.4. Discutir formas de colaboração com a União e Estado acerca das demandas
que venham a surgir para a implementação desta meta.
META 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União e o Estado, no
prazo de um ano de vigência deste PME, política de formação dos
profissionais da educação, assegurando-lhes a devida formação inicial, nos
termos da legislação e formação continuada em nível Superior de Graduação
e Pós-Graduação, na respectiva área de atuação.
ESTRATÉGIAS
15.1. Estimular a articulação entre a pós-graduação, núcleos de pesquisa cursos
de formação para profissionais da educação, de modo a garantir elaboração de
propostas pedagógicas capazes de incorporar os avanços de pesquisas ligadas ao
processo de alfabetização de crianças e de educação de jovens e adultos;
79
15.2. Instituir programa de acompanhamento ao professor concursado iniciante,
supervisionado por profissional do magistério com experiência de ensino, a fim de
fundamentar, com base em avaliação documentada, a efetivação do professor ao
final do estágio probatório, através de avaliação de desempenho;
15.3. Propiciar aos profissionais da educação básica espaço físico apropriado com
salas de estudo, recursos didáticos, biblioteca e acompanhamento profissional para
apoio sistemático da prática educativa;
15.4. Ampliar na infraestrutura existente das escolas, espaços de convivência
adequados para os profissionais da educação, equipados com recursos
tecnológicos e acesso à internet;
15.5. Implementar políticas de valorização profissional especificas para os
especialistas em educação, contemplando a formação continuada e condições de
trabalho;
15.6. Valorizar os profissionais do magistério do sistema público municipal da
educação básica, através do acesso gratuito aos instrumentos tecnológicos como
notebooks e tablets, com o acesso gratuito à internet nas escolas municipais;
15.7. Instituir em regime de colaboração com as Instituições de Ensino Superior,
formas de registros de projetos desenvolvidos nas escolas, para incentivo aos
profissionais envolvidos em projetos, pesquisas, publicações no sentido de
valorizar as produções dos profissionais;
15.8. Propor junto às Instituições de Ensino Superior a ampliação da oferta dos
cursos de licenciatura em segunda graduação, em regime de colaboração com o
Estado e a União, considerando aqueles que trabalham fora da área de formação;
15.9. Implementar programas específicos para formação de profissionais da
educação para a educação especial;
15.10. Valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação
superior dos profissionais da educação, visando o trabalho sistemático de
articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica, em
sintonia com os fundamentos legais e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN);
15.11. Fortalecer a avaliação da política de formação continuada para os
profissionais da educação, instituindo mecanismos de acompanhamento;
15.12. Criar e fortalecer o Programa de Formação continuada para professores e
profissionais de serviços e apoio escolar, a partir de iniciativas do município;
15.13. Criar e regulamentar a comissão de lotação dos profissionais da educação,
observando o desempenho profissional;
15.14. Otimizar o acompanhamento sistemático ao processo de lotação dos
profissionais da educação, por meio da comissão de lotação.
META - 16: Formar, até o último ano de vigência deste PME, 50% (cinquenta
por cento) dos professores que atuam na educação básica em curso de pós-
graduação stricto ou lato sensu em sua área de atuação, e garantir que os
profissionais da educação básica tenham acesso à formação continuada,
considerando as necessidades e contextos do sistema de ensino.
80
ESTRATÉGIAS
16.1. Promover a divulgação junto aos profissionais da educação básica de
informações sobre os cursos de Pós-Graduação;
16.2. Incentivar a criação de mecanismos promotores de intercâmbio entre os
estabelecimentos de Educação Superior e as escolas públicas de educação básica
do município, visando o desenvolvimento de pesquisa e extensão, assim como
programas de formação continuada para a educação básica, considerando as
demandas;
16.3. Estimular a ampliação e o desenvolvimento da Pós-Graduação e da pesquisa
nas Instituições de Ensino Superior públicas e privadas, aumentando assim o
número de docentes na educação básica com maior qualificação;
16.4. Garantir oportunidades de formação continuada para todos os profissionais
da educação municipal;
16.5. Incentivar a qualificação dos profissionais da educação em tecnologias da
informação e comunicação;
16.6. Favorecer a construção do conhecimento e a valorização da cultura da
investigação, através de programas de composição de acervo de obras didáticas,
paradidáticas, literatura e de dicionários, além de programa específico de acesso a
bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em libras e em braile, sem
prejuízos de outras.
META 17: Valorizar os profissionais do magistério dos sistemas públicos da
Educação Básica, a fim de equiparar a 100%, em até seis anos, a partir da
vigência deste Plano, ao maior salário vigente no país, dos demais
profissionais com a escolaridade equivalente.
ESTRATÉGIAS:
17.1. Atualizar a cada 5 (cinco) anos o Plano de Carreira, Cargos e Salários e do
de Valorização do Magistério e Plano de cargo, carreira e salário para os demais
profissionais que atuam na educação do Sistema Municipal de Ensino, fazendo-se
cumprir nas formas legais;
17.2. Garantir o cumprimento de 1/3 da jornada de trabalho em atividades
extraclasse, dos/as profissionais do magistério do Sistema Público Municipal de
Ensino, conforme a Lei 11. 738/2008, inclusive para contratados;
17.3. Assegurar a permanência do/a professor/a de até 40h na mesma unidade de
ensino respeitando a legislação no que se refere a 1/3 da carga horária para outras
atividades extraclasse, desde que este(a) professor(a) esteja lotado na educação e
infantil ou ensino fundamental inicial;
17.4. Garantir a formação continuada em serviço específica sobre História Afro-
Brasileira e Indígena, aos professores que atuam em todas as áreas de
conhecimento;
81
17.5. Estabelecer convênios com instituições de educação superior, a fim de
garantir no prazo de dois anos, a partir da vigência deste PME, a formação
continuada em serviço em Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos,
aos professores que atuam na educação básica do sistema de ensino;
17.6. Oferecer cursos de formação continuada em serviço para professores, de
forma a atingir um modelo eficiente de ensino, visando o sucesso do aluno.
17.7. Implantar e implementar o pacto de compromisso e competências para os
profissionais do magistério, garantindo premiações pelos resultados alcançados,
dentro de uma meta proposta pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e
Desporto – SMECD, com o intuito de garantir a melhoria do ensino e
aprendizagem.
META 18: Reestruturar no prazo de 02 anos a existência do Plano de
Carreiras para os Profissionais da Educação Básica, tomando como
referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal nos
termos do Inciso XIII do Artigo 206 da Constituição Federal.
ESTRATÉGIAS:
18.1. Garantir a jornada de trabalho com carga horária organizada,
preferencialmente, em uma única instituição de ensino, com vista a atender as
necessidades do estudante e a qualidade das condições de trabalho do professor;
18.2. Garantir a efetiva progressividade de carreira e salário de acordo com os
níveis de formação;
18.3. Reestruturar e fortalecer o processo de avaliação do desempenho dos
profissionais da educação;
18.4. Cumprir a legislação referente à Lei do Piso Salarial Nacional para
profissionais da educação, respeitando as horas destinadas ao estudo e
planejamento;
18.5. Reformular o Plano de cargos, carreira e salário dos profissionais do
magistério, contando com a participação do Sindicato e observando os critérios de
titulação e avaliação de desempenho;
18.6. Criar o Plano de cargo, carreira e salário para os demais profissionais que
atuam na educação, mas que não integram o quadro do magistério, contando com
a participação do Sindicato e observando os critérios de tempo de serviço, titulação
e avaliação de desempenho;
18.7. Criar cargos exclusivos para a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e
Desporto, através de concursos públicos;
18.8. Assegurar condições dignas de trabalho aos profissionais da educação, bem
como instalações específicas adequadas, equipamentos e materiais didáticos de
apoio, serviço de acompanhamento e orientação pedagógica, número de alunos
por sala conforme legislação pertinente, dentre outras;
82
18.9. Oferecer programas e serviços permanentes de prevenção e cuidado à saúde
dos profissionais da educação, em especial, da voz, em parceria com a secretaria
municipal de saúde;
18.10. Criar os critérios e procedimentos para a remoção dos profissionais da
educação e cumpri-los;
18.11. Estabelecer parcerias com órgãos responsável pelos conselhos de direitos,
para construir uma pauta de enfrentamento à violência na escola;
18.12. Criar mecanismos de publicação da produção de obras literárias de autoria
dos profissionais do magistério.
META 19: Assegurar condições, no prazo de dois anos, para a efetivação da
gestão democrática da educação, por meio da participação direta da
comunidade escolar.
ESTRATÉGIAS
19.1. Instituir a seleção e eleição direta para o cargo de gestor das escolas públicas
do Sistema Municipal de Ensino, promovendo as condições para a efetiva
participação das comunidades local e escolares;
19.2. Criar Comissão formada por técnicos da SME e representantes do Conselho
Municipal de Educação para elaboração de critérios técnicos que fundamentem o
decreto que normatize a eleição e a profissionalização dos gestores escolares;
19.3. Criar o Fórum Municipal de Educação com representação paritária, de caráter
consultivo e deliberativo para tomada de decisões a respeito da educação básica,
contribuindo sobremaneira para seu fortalecimento e o controle social;
19.4. Garantir a gestão democrática nos Conselhos Escolares, com transparência
dos recursos financeiros administrados para toda a comunidade escolar;
19.5. Garantir a efetiva participação da comunidade escolar na elaboração do
Projeto Pedagógico, Currículos Escolares, Plano de Gestão Democrática, com
aporte técnico e material para sua realização;
19.6. Garantir e fortalecer a gestão escolar democrática com a participação dos
profissionais da educação, comunidade local e escolar no diagnóstico da escola,
plano de aplicação dos recursos financeiros recebidos, plano municipal de
educação e a prestação de contas dos mesmos;
19.7. Facilitar a formação continuada em serviço na área de gestão escolar, bem
como em Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos, aos gestores,
coordenadores pedagógicos e demais profissionais da escola, a fim de garantir a
efetivação da gestão democrática no Sistema Municipal de Ensino;
19.8. Assegurar a todas as escolas, apoio e acompanhamento na formulação dos
Projetos Pedagógicos, Plano de Desenvolvimento da Escola, com observância às
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e das Matrizes
Curriculares do Estado;
19.9. Assegurar a autonomia administrativa e pedagógica das escolas para o
cumprimento de sua proposta pedagógica, de forma a atingir um modelo de
83
educação pública de qualidade do sistema em um prazo máximo de dois anos, a
partir da vigência deste Plano;
19.10. Garantir as escolas pessoal administrativo, pedagógico e operacional,
capacitando-os para colaborar com uma gestão eficiente e democrática,
favorecendo um atendimento de qualidade a toda a comunidade escolar;
19.11. Implementar o Sistema de Municipal de Educação de Pindoretama;
19.12. Fortalecer o Conselho Municipal de Educação, como órgão normativo do
sistema de ensino;
19.13. Fortalecer a atuação dos Conselhos: CME, CACS/FUNDEB, CAE,
ESCOLARES, além dos Grêmios Estudantis e o Fórum Municipal de Educação,
dando apoio necessário;
19.14. Implantar de forma gradativa a Avaliação Municipal Institucional e de
desempenho, nas escolas da rede municipal;
19.15. Avaliar, adequar e atualizar as diretrizes que operacionalizam a educação
do município;
19.16. Desencadear permanentemente a avaliação dos processos de gestão
educacional do município;
19.17. Subsidiar a construção do espaço de formação dos profissionais da
educação municipal, com vista a execução das políticas e programas locais.
19.18. Acompanhar e monitorar o desenvolvimento das ações planejadas pelo
Plano de Ações Articuladas - PAR mediante as responsabilidades estabelecidas;
META 20: Ampliar o investimento público em educação de forma a atingir, no
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto – PIB do
Município no quinto ano de vigência deste Plano e, no mínimo, o equivalente
a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.
ESTRATÉGIAS
20.1. Definir que o cumprimento das metas e estratégias estabelecidas neste plano
são condicionadas ao aumento das transferências do governo federal, de acordo
com seu papel de redistributivo, supletivo e colaborativo, assim como estabelecido
no artigo 22 da Constituição Federal e artigo 9 da Lei de Diretrizes e Base da
Educação Nacional;
20.2. Incrementar anualmente o equivalente a 0,7 % do PIB no orçamento da
educação até o último ano da vigência do plano;
20.3. Definir o custo aluno-qualidade da Educação Básica do município,
considerando a ampliação do investimento público em educação e o Parecer
CNE/CEB nº 8 de 05/05/2010 que define normas sobre os padrões mínimos de
qualidade de ensino;
20.4. Participar do processo de mobilização que envolve governo, entidades e
movimentos sociais organizados que defendem o direito a educação e
parlamentares, para garantir que até 2016, conforme determina o PNE (Lei
13.005/2014), seja implantado o Custo Aluno-Qualidade inicial – CAQI,
84
referenciado ao conjunto de padrões básicos estabelecidos na legislação
educacional, cujos recursos serão provenientes dos aportes financeiros negociados
e disponibilizados para o seu cumprimento e manutenção progressiva até a
implementação plena do Custo Aluno-Qualidade – CAQ;
20.5. Contribuir e participar do processo de mobilização nacional para que seja
ampliado o investimento público em educação pública de forma a atingir no
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do país
no quinto ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por
cento) do PIB o final do decênio deste plano;
20.6. Implementar política de financiamento, em regime de colaboração com a
União e o Estado, para ações voltadas à solução de problemas de transporte
escolar enfrentados pelo município, na zona urbana e rural, em relação ao
gerenciamento e pagamento de despesas;
20.7. Garantir a transparência na gestão dos recursos públicos da Educação
Municipal com a divulgação das prestações de contas, para todos que compõem o
Sistema de Educação Municipal por meio de sites, reuniões ampliadas e outros;
20.8. Aprimorar os mecanismos de participação democrática no planejamento,
execução, acompanhamento e monitoramento dos recursos da Educação
Municipal;
20.9. Elaborar e acompanhar de forma participativa, o orçamento da rede municipal
de educação, através da participação ativa dos conselhos e de reuniões periódicas
com toda comunidade educacional;
20.10. Aplicar os recursos financeiros permanentes a educação infantil, ensino
fundamental e modalidades da educação, observando-se as políticas de
colaboração entre o Estado e o município, em especial as decorrentes do Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de valorização dos
profissionais da Educação - FUNDEB (art. 60 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias) e do artigo 75 § 1º da LDB (Lei n° 9.394, de 1996),
que trata da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado,
para atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional;
20.11. Elaborar bienalmente um plano que garanta a manutenção das Instituições
de Educação municipal pela Secretaria Municipal de Educação, bem como garantir
a execução das ações deste plano;
20.12. Acompanhar rigorosamente, através do site de transferência os editais de
licitação para aquisição de materiais, equipamentos e serviços para manutenção e
desenvolvimento do ensino.
20.13. Firmar parcerias com instituições públicas e/ou privadas no intuito de garantir a todos os estudantes das escolas municipais a carteira de estudante;
85
8. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PINDORETAMA
O Plano Municipal de Educação de Pindoretama – PME, elaborado para o
Decênio 2015 – 2025, representa o instrumento norteador da educação municipal
para o período de 10 (dez) anos, sendo necessária a previsão e o estabelecimento
de mecanismos de acompanhamento e de avaliação que possibilitem ao sistema
educacional o cumprimento das metas e estratégias estabelecidas para esse
Decênio.
A organização e sistematização deste PME agrega um elenco de ações
estratégicas integradas, a serem implementadas no decorrer desses anos, tendo
como foco a qualidade na Educação Básica do Município, do Estado e
consequentemente do país. Assim, na implantação do PME será instituído o FME -
Fórum Municipal de Educação representado pelos diferentes segmentos da
sociedade civil e do poder público, a quem caberá a coordenação no âmbito do
município do Acompanhamento e Avaliação da implantação e implementação deste
Plano.
Com a aprovação do PME, serão realizadas periodicamente ações
estratégicas de acompanhamento como seminários municipais e audiências
públicas sob a coordenação do FME - Fórum Municipal de Educação, tendo em
vista o monitoramento da execução do PME. Após dois anos da aprovação do
PME, pretende-se que seja realizada a primeira avaliação externa junto às
representações do FME - Fórum Municipal de Educação por meio do qual serão
planejadas avaliações bianuais para que sejam realizadas as devidas adequações,
em tempo hábil para o cumprimento das metas e estratégias na efetivação das
políticas públicas educacionais do município.
86
REFERÊNCIAS
Anuário Brasileiro da Educação Básica. Movimento Todos pela Educação. 2012. Ed. Moderna. BRANDÃO, Carlos da Fonseca. LDB passo a passo: lei de diretrizes e bases da educação nacional, lei n. 9.394/96. São Paulo: Avercamp,2007. BRASIL. Constituição 1988. Brasília: Senado, 1988. _________. Lei Federal nº 9 394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília. _________. Ministério da Educação. Ampliação do Ensino Fundamental para 9 anos. 3º Relatório do Programa. maio de 2006. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC - Parecer / CEB nº 4, de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 2, de 7 de abril de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009 Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Parecer CEB nº 22, de 17 de dezembro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. _________. Ministério da Educação – Conselho Nacional de Educação – MEC Resolução CNE/CEB nº 1, de 7 de abril de 1999. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil. _________. Plano Nacional de Educação. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. _________. Conferência Nacional da Educação – CONAE - Portaria n.º 1.410, de 03 de dezembro de 2012 – Documento referência 2014 _________. Sinopses Estatísticas, 2000 a 2012. Disponível em: http//www.portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar. DEMO, Pedro. LDB: ranços e avanços. São Paulo: Papirus, 1997. FREITAS, D. N. T. de; FERNANDES, M. D. E. Educação municipal e efetivação do direito à educação. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.19, n.72, p. 555-574, jul./set. 2011.
87
HAIDAR, Maria de Lourdes Mariotto; TANURI, Leonor Maria. A educação básica no Brasil: dos primórdios até a primeira Lei de diretrizes e Bases. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE <http://www.ibge.gov.br>. INSTITUTO DE PESQUISAS ECONÔMICAS APLICADAS – IPEA / Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD. <http://www.ipea.gov.br>. Acessado em 2015. MONLEVADE, João. Educação Pública no Brasil: contos e descontos. Ceilândia-DF: Idéa, 1997. OLIVEIRA, Zilma R. de. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez ROMANELLI, Otaíza. História da educação no Brasil: 1930-1973. Petrópolis: Vozes, 1992. SAVIANI, Dermerval. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. Campinas : Autores Associados, 1997.
88
ANEXOS
LISTA DE TABELAS, FIGURAS E TABELAS E GRÁFICOS
LISTA DE GRÁFICOS
GLOSSÁRIO DE SIGLAS
MODELO DA LEI MUNICIPAL
89
LISTA DE TABELAS, FIGURAS E TABELAS E GRÁFICOS
TABELA 1 – Dados Gerais Municipal TABELA 2 – Dados Gerais IBGE TABELA 3 – Números de Instituições Educacionais TABELA 4 – Informações das Instituições de Educação TABELA 5 – IDEB – Anos Iniciais TABELA 6 – IDEB – Anos Finais TABELA 7 – Infraestrutura TABELA 8 – Matrícula 2012 TABELA 9 – Matrícula 2012 - Eja TABELA 10 – Matrícula 2013 TABELA 11 – Matrícula 2013 - Eja TABELA 12 – Matrícula 2014 TABELA 13 – Matrícula 2014 - Eja TABELA 14 – Previsão para o Ensino Médio TABELA 15 – Repasse do FUNDEB – 2012 TABELA 16 – Repasse do FUNDEB - 2013 TABELA 17 – Repasse do FUNDEB – 2014 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- TABELA E GRÁFICO 1 – Educação Infantil – Estabelecimento TABELA E GRÁFICO 2 – Educação Infantil – Matrícula TABELA E GRÁFICO 3 – Composição da Função de Docente ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- FIGURA 1 – Bandeira FIGURA 2 - Mapa FIGURA 3 - Brasão LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 – Dados Gerais do IDEB – Anos Iniciais GRÁFICO 2 – Evolução do IDEB – Anos Iniciais GRÁFICO 3 – Dados Gerais do IDEB – Anos Finais GRÁFICO 4 – Evolução do IDEB – Anos Finais GRÁFICO 5 – Crianças e Adolescentes Fora da Escola GRÁFICO 6 – Educação Infantil GRÁFICO 7 – Alfabetização na Educação Infantil GRÁFICO 8 – Ensino Fundamental GRÁFICO 9 – Ensino Médio GRÁFICO 10 – Educação Inclusiva GRÁFICO 11 – Tempo Integral GRÁFICO 12 – Elevação da Escolarização/Diversidade GRÁFICO 13 – EJA/Integrado GRÁFICO 14 – Matrícula da EJA/Integrado GRÁFICO 15 – Formação de Docentes
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GLOSSÁRIO DE SIGLAS ABE – Associação Brasileira de Educação AEE – Atendimento Educacional Especializado CACS – Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB CAQ – Custo Aluno Qualidade CAQI – Custo Aluno Qualidade Inicial CAE – Conselho de Alimentação Escolar CEB – Câmara de Educação Básica CERU – Centro de Educação Rural CF – Constituição Federal do Brasil/1988 CNE – Conselho Nacional de Educação CNEC – Campanha Nacional de Escolas das Comunidades CME – Conselho Municipal de Educação COMEP – Conferência Municipal da de Pindoretama Educação CONAE – Conferência Nacional da Educação DCNEI – Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais DETRAN – Departamento de Trânsito DNT – Departamento Nacional de Trânsito EI – Educação Infantil EF – Ensino Fundamental EJA – Educação de Jovens e Adultos EM – Ensino Médio FIES - Programa de Financiamento Estudantil – Técnico FME – Fórum Nacional de Educação FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica IES – Instituto de Ensino Superior IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IFCE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IDT – Instituto de Desenvolvimento do Trabalho LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDBEN – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional MEC – Ministério da Educação NEEP – Núcleo de Educação Especial de Pindoretama ONU – Organizações das Nações Unidas PAR – Plano de Ação Articulada PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais PEE – Plano Estadual de Educação PIB – Produto Interno Bruto PISA – Programa Internacional de Avaliação dos Estudantes PME – Plano Municipal de Educação PNE – Plano Nacional de Educação PNLD – Programa Nacional do Livro Didático PPA – Plano Plurianual PRONATEC - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego RCB – Referenciais Curriculares Nacionais RCNEI – Referenciais Curriculares Nacional para Educação Infantil SPAECE – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará
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SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEDUC – Secretaria Estadual de Educação SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SESC – Serviço Social do Comércio SESI – Serviço Social da Indústria SMECD– Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto SPAECE – Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará TA – Tecnologia Assistiva TMB – Taxa de Matrícula Bruta TML – Taxa de Matrícula Líquida TRE – Tribunal Regional Eleitoral
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MODELO DA LEI MUNICIPAL LEI MUNICIPAL Nº _____/2015
Aprova o Plano Municipal
de Educação e dá outras
providências.
Valdemar Araújo da Silva Filho, Prefeito Municipal de Pindoretama, estado
do Ceará.
Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores de Pindoretama /CE,
aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Fica aprovado o Plano Municipal de Educação, constante do
documento anexo, com duração de 10 (dez )anos.
§ 1º - O Plano Municipal de Educação, apresentado conforme o inciso 1º do
artigo 9º da lei de diretrizes e bases da Educação Nacional, reger-se-á pelos
princípios da democracia e da autonomia, buscando atingir o que preconiza a
constituição da república, como também as leis municipais existentes no município.
§ 2º- O Plano Municipal de Educação contém os objetivos e prioridades para
a educação do município, assim como as diretrizes, objetivos e metas para os
níveis de ensino conforme documento anexo.
§ 3º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão por conta
das verbas orçamentárias próprias, suplementadas se necessárias, de outros
recursos captados no decorrer da execução do Plano.
Art. 2º - A execução do Plano Municipal de Educação se pautará pelo regime
de colaboração entre a União, o Estado, o Município e a sociedade civil.
§ 1º - O Poder Público Municipal exercerá papel indutor na implementação
dos objetivos e metas estabelecidos neste Plano.
§ 2º - A partir da vigência desta Lei, as instituições de Educação Infantil e de
Ensino Fundamental, inclusive nas modalidades de Educação para Jovens e
Adultos e Educação Especial, integrantes da rede municipal de ensino, em
articulação com a rede estadual e privada, que compõem o Sistema Estadual de
Ensino, deverão organizar seus planejamentos e desenvolver suas ações
educativas, com base no Plano Municipal de Educação.
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§ 3º - O Poder Legislativo, por intermédio de seus integrantes, acompanhará
a execução do Plano Municipal de Educação.
Art. 3º - O Município, em articulação com a União, o Estado e a Sociedade
Civil, procederá às avaliações periódicas de implementação do Plano Municipal de
Educação, que serão realizadas a partir do segundo ano de vigência desta Lei e as
posteriores, a cada 2 (dois) anos.
Parágrafo único – A Conferência Municipal será organizada pela Secretaria
Municipal de Educação, Cultura e Desporto e grupo de acompanhamento e
Avaliação da Implementação do Plano Municipal de Educação.
Art. 4º - O Grupo de Acompanhamento e Avaliação da Implementação do
Plano Municipal de Educação, será composto por representantes dos poderes
Executivo e Legislativo, Conselho Municipal de Educação e Colegiados Escolares,
Sociedade Civil Organizada, Conselho de Acompanhamento do FUNDEB e todos
os demais Conselhos Municipais.
§ 1º - A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, deverá
providenciar e disponibilizar a Comissão de Avaliação e Acompanhamento do
PME, dados estatísticos para a realização de aferição quantitativa, de
acompanhamento e monitoramento do processo educacional.
§ 2º - A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto, deverá
regulamentar as atividades da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do
Plano Municipal de Educação.
Art. 5º - Os Planos Plurianuais do Município serão elaborados de modo a dar
suporte às metas constantes do Plano Municipal de Educação.
Art. 6º - O Poder Público Municipal se empenhará na divulgação deste Plano
e da progressiva realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o
conheça amplamente e acompanhe sua implementação.
Art. 7º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as
disposições em contrário.
Gabinete do Prefeito Municipal de Pindoretama, em 08 de junho de 2015.
Valdemar Araújo da Silva Filho
PREFEITO MUNICIPAL
REGISTRE-SE E PUBLIQUE-SE
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www.pindoretama.ce.gov.br
Prefeitura Municipal de Pindoretama Rua Juvenal Gondim, 221
Pindoretama - CE 85 33751094
Secretaria Municipal de Educação Avenida Professor Nogueira, 1184
Centro – Pindoretama – CE 85 33751770
Câmara Municipal de Pindoretama Rua Padre Antônio Nepumoceno, 556
Centro – Pindoretama – CE 85 33751820
Conselho Municipal de Educação
Avenida Professor Nogueira, 1184 Centro – Pindoretama – CE
85 33751770
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