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PREFEITURA MUNICIPAL DE INDAIATUBA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
2019
CÂMARA TEMÁTICA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
EJA
META 1
Garantir o acesso à educação de jovens, adultos e idosos, que não tiveram
oportunidade de estudos na idade própria, numa proporção
crescente, até a erradicação do analfabetismo absoluto e a redução do
analfabetismo funcional.
APRESENTAÇÃO
No Plano Municipal de Educação foram organizadas quatro metas
específicas para tratar da Educação de Jovens e Adultos – EJA.
A Meta 1 visa garantir o acesso à educação de jovens, adultos e idosos,
que não tiveram oportunidade de estudos na idade própria.
Foram elaboradas ações coordenadas que permitem tramitar condições
e oportunidades, para minimizar a questão do analfabetismo em seu estágio
inicial e o que sucede em relação a vida diária do sujeito.
Esta meta visa ampliar o número de matrículas e a escolarização dos
jovens, adultos e idosos. O que pode ser observado na ação 1.1. O que
também poderá ser comprovado mais adiante nos indicadores 1, 2 e 3.
Atrelado a esta meta encontraremos a ação 1.2 sobre a ampla
divulgação e regularmente, através de diferentes meios, da oferta de vagas na
Educação de Jovens e Adultos que está sendo posta em prática através da
rádio local, anúncios em repartições públicas, site da prefeitura e nas contas de
água.
E ainda para garantir o acesso e permanência de pessoas com
Necessidades Educacionais Especiais na Educação de Jovens e Adultos (ação
1.4), a Secretaria Municipal de Educação organizou as duas Unidades
Escolares que atendem esta modalidade de Ensino – EMEB “Professora Áurea
Moreira da Costa e EMEB “Professor Leonel José Vitorino Ribeiro”, com
profissionais e equipamentos que visam atender as reais necessidades destes
alunos. Os discentes com deficiência auditiva são acompanhados por intérprete
em língua de sinais - Libras. Além do trabalho em sala de aula destacamos a
Sala de Recursos Multifuncionais com atendimentos individuais aos alunos
com laudo direcionados pela professora docente IV, em trabalho colaborativo
com a professora docente II e amplo planejamento com a equipe pedagógica
em consonância com a Coordenação e Gestão das escolas.
Todos os alunos têm oportunidade de frequentar a sala destinada à
Intervenção Pedagógica Paralela, para que individualmente ou em pequenos
grupos possam sanar dúvidas e ou defasagens na aprendizagem, para tanto,
foi disponibilizado professoras docentes I que realizam este trabalho.
No atendimento a ação 1.5 – Assegurar a oferta de vagas na Educação
de Jovens e Adultos às pessoas em liberdade assistida, seguindo as diretrizes
do Plano Nacional de Educação e em regime de colaboração, promovendo a
inserção social, todas as solicitações desta natureza são atendidas. A
frequência diária destes alunos é acompanhada e emitidos pareceres através
de relatórios conforme a necessidade, além da constante
comunicação/parceria com instituições e secretarias do Município como:
Conselho Tutelar, CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, CREAS
– Centro de Referência Especializado de Assistência Social, Programa Viver –
Valorizando o Indivíduo e a Vida em Recuperação.
Indicador 1: Percentual de matrículas de EJA municipal –
fundamental (ciclo I) e prova de escolaridade aplicada pela Secretaria
Municipal de Educação.
Gráfico 1- Índice de analfabetismo Indaiatuba – 2010 a 2018.
Fonte: IBGE; CENSO – Deep / INEP; Arquivo permanente da Supervisão Escolar na
SME
Tomando como ponto de partida o índice de analfabetismo de Indaiatuba em
2010 (IBGE), e retirando o número de matrículas ano a ano e de provas
emitidas também ano a ano, podemos constatar que houve diminuição no
número de analfabetismo absoluto e analfabetismo funcional. (Gráfico 1).
Em busca de assegurar a oferta gratuita de vagas na Educação de Jovens e
Adultos - EJA, àqueles que não tiveram acesso à Educação Básica na idade
própria, incentivando inclusive a continuidade da escolarização, após a
alfabetização inicial, a ação 1.2 da Meta 1 intensificou a divulgação das vagas
oferecidas e os resultados podem ser observados nos números de matrículas
conforme mostra o gráfico a seguir.
Indicador 2: Número de matrículas efetuadas na EJA – Municipal
fundamental I – ciclo I) e Estadual (Fundamental II – ciclo II e Ensino
Médio).
Gráfico 2 – Nº de matrículas EJA Municipal e Estadual 2010 a 2018.
Fonte: Número de alunos ano a ano de 2010 a 2018 obtidos através do CENSO ESCOLAR /
Deep / Inep.
Os números de alunos matriculados na EJA sofreram oscilações ao longo dos
anos e retomou crescimento em 2016, em especial no Fundamental I em
função das mudanças de horários ocorridas em 2017, que melhor atenderam
as necessidades dos alunos.
Com o acompanhamento e reuniões pontuais entre equipe técnica e gestores
das escolas municipais e estaduais, observamos crescimento também nas
matrículas do Ensino Fundamental II e no Ensino Médio. Em 2018 observamos
que houve uma procura maior em matrículas no Ensino Médio. (Gráfico 2)
Indicador 3: Somente número de matrículas na EJA Fundamental I –
ciclo I.
Gráfico 3 – Matrículas EJA Municipal – Fundamental I – 2010 a 2018.
Fonte: Número de alunos ano a ano de 2010 a 2018 obtidos através do CENSO ESCOLAR.
No ano de 2017 houve o aumento de matrículas efetuadas no Ensino
Fundamental I, oportunizando aos jovens e adultos de bairros distantes o
acesso aos estudos (ação 1.1, meta 1).
Em 2018 registra-se pequena redução na procura de matrículas de EJA –
Fundamental I, entendendo-se que este público vem diminuindo. (Gráfico 3).
207195
169 174
198
130 126
178164
0
50
100
150
200
250
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Matrículas EJA Municipal - Fund. I - 2010 a 2018
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme dados do IBGE/ CENSO ESCOLAR, houve uma redução do
número de pessoas que não tiveram oportunidade de estudos na idade própria.
Apesar das matrículas na EJA do Ensino Fundamental I – ciclo I, Ensino
Fundamental II – ciclo II e do Médio terem sofrido oscilações entre os anos de
2010 a 2018, pudemos observar que em 2017 houve um crescimento mais
expressivo no Ensino Fundamental I e em 2018 esse crescimento se deu na
continuidade de estudos no Ensino Médio.
Em 2017 o aumento de matrícula se justifica pela alteração nos horários
de atendimento. Neste mesmo ano a ação 1.4 foi atendida conforme Censo
Escolar com o aumento de matrículas na Educação Especial na EJA.
No que se refere a ação 1.3 – Estabelecer parcerias com entes
federados, organizações da sociedade civil e demais entidades privadas sem
fins lucrativos, para ampliação da oferta de vagas na Educação de Jovens e
Adultos, no próximo período deverão ser intensificados esforços neste sentido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
26 jun.2014.
Brasil. PNE em Movimento. Caderno de Orientações para Monitoramento e
Avaliação dos Planos Municipais de Educação.
Brasil. PNE em Movimento. Construindo Indicadores Educacionais nos
municípios. Brasília: 2016.
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma organização pública
responsável pelos levantamentos e gerenciamentos dos dados e estatísticas
brasileiras.
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Relatório
do 1º ciclo de monitoramento das metas PME. Brasília, DF: Inep, 2016.
CENSO Escolar - Dados estatístico-educacionais de âmbito nacional,
realizado todos os anos. Coordenado pelo Inep, é produzido com a
colaboração das secretarias estaduais e municipais de educação e com a
participação de todas as escolas públicas e particulares do país.
Indaiatuba. Plano Municipal de Educação de Indaiatuba. Secretaria Municipal
de Educação, 2015 – 2025.
SME – Supervisão Escolar, Arquivo Permanente.
Site da Prefeitura Municipal de Indaiatuba, Portal de Notícias.
META 2
Propiciar ao aluno da Educação de Jovens e Adultos - EJA, uma educação de
qualidade, garantindo melhorias nos processos de ensino e aprendizagem.
APRESENTAÇÃO
A meta 2 do PME trata da qualidade de ensino na modalidade de Educação de
Jovens e Adultos.
Esta meta divide-se em várias ações que têm como propósito garantir
melhorias nos processos de ensino e aprendizagem.
Com o propósito de monitorar tais ações construiu-se aqui uma relação de
dados que mostram o movimento em busca da efetivação das mesmas. Esses
dados, aliás, têm sido alvo de debates constantes na equipe técnica da SME e
das próprias escolas na tentativa de identificar as dificuldades e necessidades
dos alunos da EJA (ação 2.9, meta 2), através de diagnósticos da realidade e
avaliações do desempenho dos alunos realizadas (ação 2.10, meta 2).
Constam aqui dados apenas da EJA fundamental – ciclo I, modalidade
integrante do Sistema Municipal de Ensino. Não foram detectados dados da
EJA fundamental – ciclo II e nem do Ensino Médio. Representantes deste
último setor declinaram da composição desta Comissão, e apesar de ter sido
oferecida oportunidade à Diretoria de Ensino da reposição de membro para
compor esses trabalhos a mesma optou por não fazê-lo.
Para dar visibilidade as ações em curso e os resultados parciais atingidos entre
os anos de 2015 a 2018, foram criados os indicadores abaixo.
Indicador 1 – resultados qualitativos da EJA – fundamental – ciclo I
Os resultados médios qualitativos da EJA - Fundamental – ciclo I, na Rede
Municipal de Ensino, nos anos de 2015 a 2018 mostraram um balanço positivo.
Estes resultados têm sido monitorados para consecução, sobretudo da meta 2,
ação 2.9/ PME.
Gráfico 1 –– Média de retenção nas classes de EJA - Fundamental I – RME - anos 2015 a
2018
Fonte: Sistema Saber > Gestão escolar> Orientação Pedagógica> Análise e resultados>
estatísticas e taxas
Ao longo destes anos apesar de ter havido oscilações quanto às taxas médias
de reprovação das classes de EJA – fundamental I observa-se que a partir do
ano de 2017 as mesmas começaram a declinar, e em 2018 atingiram o melhor
índice do período, fato que demonstra que as ações em curso estão
gradativamente melhorando a qualidade do ensino.
Observando com preocupação a elevação dos dados de retenção em 2016 e
tendo em vista o objetivo de apoiar técnica e financeiramente projetos
inovadores e modelos mais adequados às necessidades específicas desse
público (meta 2, ação 2.1/ PME), bem como realizar estudos para adequação
de carga horária dos Termos I e II (meta 2, ação 2.8/ PME); para o ano de
2017, a Secretaria Municipal de Educação apoiou uma iniciativa das EMEBs
“Profª Áurea Moreira da Costa” e “Leonel José Vitorino Ribeiro” em alterar a
jornada diária de aulas dos alunos que passou a funcionar das 18h às 22h;
reservando os horários de 18h às 19h para o trabalho focado em plantão de
dúvidas e apoio a pequenos grupos com necessidades de aprendizagem
específicas.
20,34%
30,66%
21,28%
16,44%
0,00%
5,00%
10,00%
15,00%
20,00%
25,00%
30,00%
35,00%
2015 2016 2017 2018
Média de retenção nas classes de EJAFundamental I - RME
Estas ações objetivaram reverter o índice de abandono, com a adequação dos
horários, e melhorar os índices de aprendizagem com didática e metodologia
de trabalho melhor direcionado.
Os reflexos destas ações foram muito importantes em especial para reverter os
índices de abandono nas classes municipais de EJA, conforme mostra o
gráfico a seguir.
Gráfico 2 –– Média de abandono nas classes de EJA - Fundamental I – RME - anos 2015 a
2018
Fonte: Sistema Saber > Gestão escolar> Orientação Pedagógica> Análise e resultados>
estatísticas e taxas
O gráfico acima revela que as taxas médias de abandono nas classes
municipais de EJA – fundamental I – foram gradativamente diminuindo até
zerarem em 2018. Tal conquista representa um marco extremamente
significativo no progresso da qualidade do ensino
Indicador 2 – Ações formativas para os professores da EJA –
Fundamental ciclo I
Em atendimento a meta 2 - ações 2.2 e 2.3 do PME - que objetivam formação
continuada, participação em fóruns e seminários para discutir a Educação de
25,34% 23,24%
9,52%
0,00%0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
2015 2016 2017 2018
Média de abandono nas classes de EJA -Fundamental I - RME
Jovens e Adultos - algumas iniciativas de formação específica aos professores
de EJA foram realizadas. Vide tabela abaixo.
2016 2017 2018
Ações de
formação
específicas
para os
professores
de EJA/
fundamental
– ciclo I
1º semestre -
formação para os
professores de
EJA, em parceria
com a AMATRA
sobre projeto a ser
desenvolvido com
os alunos referente
a direitos e deveres
do trabalhador
1º semestre -
formação para os
professores de EJA,
em parceria com a
AMATRA sobre
projeto a ser
desenvolvido com
os alunos referente
a direitos e deveres
do trabalhador
2º semestre -
formação para os
professores de
EJA, em parceria
com a AMATRA
sobre projeto a ser
desenvolvido com
os alunos
referente a direitos
e deveres do
trabalhador
Julho – oficina
específica no
Encontro de
Educadores
Municipais para os
professores de
EJA, sobre o foco
do trabalho
pedagógico com a
EJA
Agosto –
participação de
professores de EJA
no Fórum da RMC,
destaque para uma
das temáticas
tratadas que foi
sobre o trabalho
com a EJA nas rede
municipais.
2º semestre –
reuniões
pedagógicas
realizadas com os
professores de
EJA com foco na
melhor
compreensão do
Currículo desta
modalidade de
ensino em
consonância com
a BNCC.
Tabela 1 – Formações específicas para os professores de EJA – Fundamental I – ciclo I –
2016 a 2018
Fonte: Setor de Orientação Pedagógica – SME
Apesar de ter havido formação continuada para os professores da EJA –
fundamental – ciclo I, a ação 2.4 da meta 2/ PME, que propõe o
aprofundamento de estudos sobre o conceito de Andragogia, não foi
contemplada, é importante salientar que esta temática irá requerer
investimento no próximo período, uma vez que tal conceito não foi
aprofundado com os professores.
Sabendo que o material didático é uma ferramenta de formação continuada
para o trabalho prático do professor com os alunos, merece menção aqui a
ação 2.5, meta 2/ PME – que assegura ao professor a escolha do material
didático que melhor atende as necessidades de seu público de alunos. Sobre
isto, cumpre ressaltar que a escolha do livro do PNLD (Programa Nacional do
Livro Didático – MEC) para esta modalidade de ensino, não foi renovada, pois
o MEC não abriu esta oportunidade. Até o ano de 2018, os livros que os
professores e alunos utilizaram foram os que os próprios professores
escolheram no ano de 2014. No ano de 2018 estes livros já foram insuficientes
para o trabalho e exigiram que as duas escolas que trabalham com essa
modalidade de ensino dividissem os livros entre si, chegando a trabalhar com
livros de títulos diferentes em uma e outra escola.
Em 2019, a quantidade insuficiente destes livros para os alunos, bem como a
não atualização dos mesmos, preocupa bastante e pode dificultar a ação
docente e o aprendizado dos alunos.
Indicador 3 – Atendimento aos alunos NEE nas classes de EJA –
fundamental ciclo I
Para dar visibilidade ao andamento da ação 2.6, meta 2/ PME - que trata a
inclusão dos alunos com necessidades especiais e apoio às suas
características individuais - foi criado o Indicador 5.
Este indicador identifica através da tabela 3, abaixo, os números de alunos
portadores de necessidades especiais atendidos na EJA fundamental ciclo I,
nos anos de 2015 e 2016.
2015 2016 2017 2018
EMEB “Profª Áurea Moreira
da Costa”
10 alunos
NEE
9 alunos
NEE
5 alunos
NEE
7 alunos
NEE
EMEB Leonel José Vitorino
Ribeiro
10 alunos
NEE
10 alunos
NEE
8 alunos
NEE
5 alunos
NEE
total 20 alunos
NEE
18 alunos
NEE
13 alunos
NEE
12 alunos
NEE
Tabela 2 – Quantidade de alunos NEE nas classes de EJA – fundamental- ciclo I – rede
municipal de ensino. Anos 2015 a 2019.
Fonte: Sistema Saber>Gestão escolar> Prodesp> Classe> Informação de classe
Tendo como compromisso a realização das ações 2.6 e 2.1, meta 2/ PME, a
Secretaria Municipal de Educação organizou e apoiou financeiramente a
alocação de um DOC IV (professor de educação especial), para cada uma das
duas escolas, para apoiar o trabalho pedagógico específico com esse público,
tendo como expectativa ampliar os níveis de aprendizagem de todos os alunos.
Sobre as ações 2.11 e 2.12, meta 2/ PME
Na EJA – fundamental ciclo I, que compõe a rede municipal de ensino, desde o
segundo semestre de 2015 foi constituída Comissão de professores,
professores coordenadores e professores orientadores pedagógicos, com
representação das duas escolas que trabalham com esta modalidade de
ensino, para a elaboração do Currículo de EJA, da Rede Municipal de Ensino.
Esta Comissão trabalhou com reuniões mensais para discussão dos objetos de
ensino, conteúdos, metodologias e funcionalidade do Currículo. Tais reuniões,
no último período tiveram inclusive como pauta o impacto da BNCC nas
habilidades pretendidas para estes alunos. Essas realizações compreenderam
as ações 2.11 e 2.12, meta 2/ PME e tiveram como produto final a primeira
versão do Currículo das classes municipais de EJA e está sendo implementado
no ano de 2019.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O relatório ora apresentado, referente à EJA – Fundamental – ciclo I -
demonstrou as inúmeras ações em curso que visam elevar qualitativamente o
ensino oferecido nesta modalidade.
No decorrer deste relato de monitoramento, iniciado com os dados de 2015 e
2016, primeiros anos de vigência do Plano Municipal de Educação, foram
detectados dados muito preocupantes com relação aos índices de
aprendizagem e retenção de alunos na EJA.
Em função disto o ano de 2017 mobilizou todo um replanejamento da
Secretaria Municipal de Educação e das escolas que trabalham com a EJA
municipal para reverter esses índices, tornando as ações do presente PME,
mais significativas e adequadas aos números e realidades observadas,
destacando-se aí a remodelação da jornada das aulas, reagrupamento de
alunos e oferecimento de plantão de dúvidas com didática mais individualizada
às necessidades de cada discente. Os resultados em 2018 mostraram
diminuição nos índices de retenção e taxa zero de abandono.
Para os próximos anos, além da continuidade de investimento nos aspectos
acima mencionados, será necessário também ampliar o trabalho com relação
a:
ampliação do quantitativo de formação dos professores de EJA, com
aprofundamento do tema Andragogia (ação 2.4, meta 2/ PME);
busca de parceria com a rede estadual, para incentivo e integração de
ações referentes à qualidade do ensino também no ciclo II e ensino
médio da EJA, para continuidade de estudos
realizações que atendam a ação 2.7, meta 2/ PME (Considerar, no
âmbito das políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos
idosos, para implementação de programas de valorização e
compartilhamento dos seus conhecimentos e experiências).
REFERÊNCIAS BIBLOGRÁFICAS
BRASIL. PNE em Movimento. Caderno de Orientações para Monitoramento e
Avaliação dos Planos Municipais de Educação. Brasília: 2016
_______. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira. Relatório do 1º ciclo de monitoramento das metas do PNE : biênio
2014-2016. – Brasília, DF: Inep, 2016.
INDAIATUBA. Plano Municipal de Educação de Indaiatuba. Secretaria
Municipal de Educação. 2015 – 2025.
META 3
Envidar esforços para que o currículo da educação de Jovens e Adultos – EJA
(1º ciclo) tenha afinidade com o universo profissional dos alunos.
APRESENTAÇÃO
No Plano Municipal de Educação foram organizadas quatro metas especificas
para tratar da Educação de Jovens e Adultos- EJA.
A meta 3 cria condições e oportunidades para que a EJA ofereça um ensino de
qualidade alinhado com o mundo do trabalho de forma que o aluno que já
atua neste universo, aprimore seus conhecimentos com parcerias que realizem
tais qualificações. Essa meta objetiva a integração de ação de qualificação
profissional com o currículo.
Para visualizar a concretização da proposta da meta foi utilizado como
indicador tabela de ações que listam os eventos de qualificação profissional
realizados para os alunos da EJA.
● Indicador 1- Tabela de ações com eventos de qualificação
profissional.
Tabela 1- Nome das Parcerias com os respectivos temas que favoreceram a qualificação
profissional dos participantes.
1 Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas :Palestra aos alunos 2 Trabalho ,Justiça e Cidadania. Realização AMATRA (Associação dos Magistrados do Trabalho)- região
de Campinas- Palestras aos alunos e material de apoio. 3 Instituto Nacional do Seguro Social- realização de palestras aos alunos com técnicos do INSS sobre os
direitos previdenciários 4 Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura- realização de curso de informática básica, integrado às
aulas do currículo. 5 - Este Projeto foi realizado apenas na Emeb Professor ”Leonel José Vitorino Ribeiro”.
Parceria Nº de alunos envolvidos
2015 2016 2017 2018
SEBRAE 1 87 89 80 0
TJC2 80 85 104 119
INSS3 95 90 0 0
FIEC/INFORMÁTICA4 645 66 0 0
Fonte – Diário de classe das turmas de EJA dos Termos I e II nos anos de 2015 a 2018 das
escolas EMEB “Professor Leonel José Vitorino Ribeiro” e EMEB “Professora Aurea Moreira da
Costa”.
Os dados apresentados foram extraídos dos diários de classe das turmas de
EJA Ciclo I dos Termos I e II nos anos de 2015 a 2018 das escolas EMEB
Professor Leonel José Vitorino Ribeiro e EMEB Professora Áurea Moreira da
Costa.
Observando a descrição dos temas abordados nas palestras e atividades
desenvolvidas ao longo dos anos entre 2015 a 2018 é possível constatar o
atendimento da vinculação do currículo com abordagem de qualificação
profissional.
É importante destacar que as atividades foram desenvolvidas de forma
interdisciplinar abordando os conteúdos das disciplinas de História, Ciências,
Geografia, Língua Portuguesa e Matemática, garantindo o enriquecimento do
currículo.
Os eventos promovidos contribuíram para aquisição de novos conhecimentos
no que diz respeito a direitos e deveres para o mercado de trabalho como uma
das dimensões de seu direito ao conhecimento socialmente produzido.
Entendendo que o currículo tem como uma das muitas competências
equacionar o conhecimento, que é um direito de todo ser humano o acesso às
produções culturais da humanidade, estas ações concretizam a prática de um
currículo plural.
O currículo pautado neste referente ético amplia a experiência humana dos
educandos, uma vez que tais propostas apresentam novos horizontes de
trabalho.
Garantir no currículo da Educação de Jovens e Adultos como um dos
princípios, a centralidade ao direito humano ao trabalho e aos saberes e
significados construídos ao longo das gerações sobre o ponto de vista do
trabalhador e do produtor, repensando o papel do educando como sujeito de
direito ao trabalho é concretizar a cidadania.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As parcerias estabelecidas oportunizaram aos alunos aquisição de novos
conhecimentos que contribuíram para o enriquecimento do currículo
trabalhado.
Os temas estudados ofereceram ferramentas para que os estudantes tenham
condições de fazer valer os seus direitos e na realização do seu trabalho,
cumprir o seu dever.
Observa-se ainda que além do aprimoramento para o mundo do trabalho, as
temáticas atenderam aos preceitos dos conteúdos e habilidades para os
cidadãos do século XXI.
Pelos esforços dispendidos observa-se que o currículo da Educação de Jovens
e Adultos – EJA (1º ciclo) tem buscado afinidade com o universo profissional
dos alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de
Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
26 jun.2014.
BRASIL. Lei Nº 6.459, de 24 de junho de 2015. Aprova o Plano Municipal de
Educação – PNE e dá outras providências.
Indagações sobre o currículo: Educando e Educadores: seus direitos e o
currículo/Miguel Gonzales Arroyo: organização do documento Jeanete
Beauchamp, Sandra Denise Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento – Brasília :
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
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