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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À ENXAQUECA NA POPULAÇÃO ADULTA DE PELOTAS, RS.
LUCIANE SCHERER PAHIM
PELOTAS
2004
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À ENXAQUECA NA POPULAÇÃO ADULTA DE PELOTAS, RS.
LUCIANE SCHERER PAHIM
Dissertação apresentada ao programa de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Ciências (M.S)
ORIENTADORA: PROFª DRª ANA MARIA BAPTISTA DE MENEZES
CO-ORIENTADORA: PROFª DRª ROSÂNGELA LIMA
PELOTAS, DEZEMBRO DE 2004.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
LUCIANE SCHERER PAHIM
Profª. Drª Ana Maria Baptista de Menezes (orientadora) Universidade Federal de Pelotas – UFPEL
Profª. Drª Anaclaudia Gastall Fassa Universidade Federal de Pelotas - UFPEL
Profª. Drª Iná Silva dos Santos Universidade Federal de Pelotas – UFPEL
Profª Drª Liselotte Menke Barea Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre - FFCMPOA
Agradecimentos
A Deus, pela força para seguir essa caminhada.
Ao Anderson, meu companheiro, amigo, que soube entender os grandes períodos de ausência
e com carinho e compreensão sempre me incentivou a dar o próximo passo, tornando-se cada
vez mais presente em minha vida.
Ao meu querido pai, que embora não esteja presente neste momento de minha vida, sempre
me incentivou a buscar novos objetivos, estando sempre em meu coração.
À minha mãe Ione, pela sua eterna dedicação, pessoa maravilhosa e sempre presente em
minha vida, ao meu irmão Edu e minha sobrinha Raquel, vocês sempre transmitiram força à
minha caminhada e fazem parte desse sonho, amo vocês.
À minha estimada madrinha Cleone, pela sua amizade e incentivo.
À Ana Menezes, minha orientadora, pela amizade, paciência e atenção, por ser uma pessoa
simples e presente, modelo de profissional.
À Rosângela, minha co-orientadora, pela atenção nas revisões, principalmente do projeto e
análises.
Ao Dr Luiz Paulo de Queirós, pelos trabalhos que orientaram meus primeiros estudos e pelo
incentivo e orientação nas primeiras dúvidas surgidas na formulação do trabalho, a minha
amizade.
Aos colegas Giancarlo e Vera, pela amizade e auxílio constante, principalmente nos trabalhos
de campo; vocês são pessoas especiais de quem com certeza, sempre guardarei boas
lembranças e que contribuíram bastante para eu chegar até aqui.
Às colegas Maria Alice, Giceli, pela amizade e compartilhamento de momentos alegres e
complicados, nos estudos aos finais de semana, juntamente com Cida, Celene e Denise,
sempre prestativas e dedicadas.
Aos colegas Anelise e Arnildo, pela amizade e persistência que tiveram, pois como eu, tinham
que enfrentar o deslocamento das viagens.
Aos demais colegas, todos os professores do Mestrado e aos funcionários do Centro de
Pesquisas.
Aos monitores Pedrinho e Andréia, que incansáveis nos orientaram nos primeiros passos.
À CAPES e ao PROAP pelo financiamento do trabalho.
SUMÁRIO
1. Projeto de Pesquisa 10
2. Relatório do trabalho de campo 55
3. Artigo 67
4. Press-release 91
5. Anexos 93
1. PROJETO DE PESQUISA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À ENXAQUECA NA
POPULAÇÃO ADULTA DE PELOTAS, RS.
Projeto de Pesquisa
LUCIANE SCHERER PAHIM
ORIENTADORA: PROFa DRa ANA M. B. MENEZES
CO-ORIENTADORA: PROFa DRa ROSÂNGELA LIMA
Pelotas, setembro de 2003.
SUMÁRIO
1. Pesquisa Bibliográfica 11
1.1 Critérios de inclusão e exclusão de artigos 12
2. Justificativa 13
3. Revisão de Literatura 15
3.1 Enxaqueca 15
3.2 Impacto Social 16
3.3 Tratamento Profilático da enxaqueca 16
3.4 Metodologias dos estudos sobre cefaléias 17
3.5 Critérios de Classificação 17
3.6 Prevalências 20
3.7 Fatores associados à enxaqueca 20
3.7.1 Fatores Sociais e Demográficos 21
3.7.2 Fatores Precipitantes 23
4. Objetivos 25
4. 1 Objetivo Geral 25
4.2 Objetivos Específicos 25
5. Hipóteses 25
6. Marco teórico 26
7. Modelo Teórico Hierarquizado 27
8. Modelo de Análise 28
9. Metodologia 29
9.1 Delineamento 29
9.2 População-alvo 29
9.3 Variáveis 29
9.3.1 Caracterização do desfecho 29
9.3.2 Operacionalização do desfecho 30
9.3.3 Caracterização das exposições 31
9.3.4 Operacionalização das exposições 31
9.4 Critérios de exclusão 31
10. Cálculo do tamanho da amostra 32
10.1 Cálculo do tamanho da amostra para prevalência 32
10.2 Cálculo do tamanho da amostra para associações 32
11. Amostragem 33
12. Instrumento 34
13. Seleção e treinamento das entrevistadoras 35
14. Estudo Piloto 35
15. Logística 35
16. Processamento e análise dos dados 36
17. Limitações do estudo 36
18. Controle de qualidade 36
19. Aspectos Éticos 37
20. Divulgação dos resultados 37
21. Cronograma 37
22. Orçamento 38
23. Referências Bibliográficas 39
24. Anexos 47
24.1 questionário 47
24.2 manual de instruções 48
1. Pesquisa Bibliográfica
Para realizar a revisão bibliográfica pelo método on line, não foi utilizado limite de
tempo, buscando não excluir, caso existissem, alguns estudos clássicos sobre enxaqueca.
Usaram-se as bases de dados MEDLINE (1966 a 2003), LILACS e Web of Science (1968 a
2003), com os seguintes descritores e conectores para busca:
1) Migraine e epidemiology;
2) Headache e epidemiology;
3) (Migraine ou Headache) e risk factors;
4) Migraine e population surveillance;
5) Migraine e prevalence;
6) Migraine e population based;
7) Migraine e (alcohol consumption ou alcohol drinking);
8) Migraine e (smoking ou tabagismo);
9) Migraine e (age distribution ou age factors);
10) Migraine e oral contraceptives;
11) Migraine e menstruation.
Os resultados da revisão bibliográfica podem ser vistos no Quadro 1.
Quadro 1 – Resultados da busca bibliográfica sobre enxaqueca
Base de Dados Total artigos Relevantes*
MEDLINE
616
112
LILACS
42
14
Web of Science
118
60
Total
776
186
* artigos que utilizavam classificação IHS.
11
1. 1 Critérios de inclusão e exclusão dos artigos
Para a análise de prevalência, foram considerados os artigos que utilizavam o Critério
IHS para classificação das cefaléias, incluíndo os de revisão. Quanto ao estudo de associação,
incluíram-se também artigos que não usassem o critério IHS. Empregaram-se outras fontes de
pesquisas, como bibliotecas, livros e contato com autores para efetuar este trabalho.
12
2. Justificativa
A cefaléia é um sintoma comum na população, com prevalência ao longo da vida
superior a 90,0% (11). Vários estudos demonstram um aumento de até 60,0% na prevalência
de cefaléia nos últimos 10 anos (11,27), o que a torna um importante problema de saúde
pública, tanto pelo número de pessoas que experimentam a dor quanto pelo efeito acarretado
pela mesma sobre o trabalho e relações sociais (13).
Os primeiros estudos sobre cefaléia foram realizados em ambulatórios ou consultórios,
em grupos com pouca representatividade, sem critérios claros para a sua definição (38).
Em 1988, com a criação da classificação das cefaléias (26) pela International
Headache Society (IHS), os critérios clínicos tornaram-se operacionais e comparáveis,
possibilitando a realização de estudos epidemiológicos e permitindo a análise da consistência
dos achados. A partir dessa classificação, vários estudos vêm sendo realizados a fim de
conhecer a distribuição, impacto, diagnóstico, tratamento e fatores de risco para a ocorrência
das cefaléias.
As cefaléias podem ser classificadas em secundárias, quando constituem sintomas de
outras afecções, ou primárias, quando não há uma causa subjacente, sendo essas as mais
freqüentes. Dentre as cefaléias primárias, a enxaqueca é uma das mais prevalentes e também
uma das mais incapacitantes, causando grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos.
Estudos consideram a enxaqueca mais incapacitante do que certas doenças, como
hipertensão arterial, osteoartrite e diabetes, trazendo, além do prejuízo individual, um prejuízo
econômico que repercute sobre o próprio indivíduo e sobre a sociedade, através de custos
diretos (atenção médica, medicamentos, etc) e custos indiretos (diminuição da produtividade e
falta ao trabalho) (12,17).
As prevalências de enxaqueca encontradas em diversos estudos são variadas, sendo que
no Brasil, o único estudo de base populacional detectado, revelou 22,1% para a mesma, no
último ano (52).
A pesquisa da epidemiologia da enxaqueca permite que se conheça sua distribuição na
população e os fatores de risco para sua ocorrência o que leva ao planejamento de estratégias
mais efetivas e de intervenções no campo da saúde pública.
13
Assim, um estudo de base populacional em Pelotas (onde a enxaqueca nunca foi
estudada) permitirá identificar a prevalência de enxaqueca na população, bem como descrever
seu comportamento e os possíveis fatores associados à ocorrência das crises.
14
3. Revisão de literatura
3.1 Enxaqueca
É definida como ataques recorrentes de cefaléia, de caráter pulsátil, localização
unilateral, intensidade moderada e forte, que piora com atividades físicas rotineiras e
presenças de náuseas e/ou vômitos ou fono e fotofobia (26).
A enxaqueca é considerada uma sensibilidade hereditária com reações neurovasculares
a certos estímulos (35). Segundo Adams (2), caracteriza-se por episódios recorrentes de
cefaléia, comumente unilateral, de qualidade pulsátil, com início das manifestações
geralmente na infância, adolescência ou início da vida adulta.
Muitas têm sido as hipóteses, mecanismos e causas relacionadas às enxaquecas, tais
como: alimentos, alergias, vasoespasmos, alterações serotoninérgicas, desordens plaquetárias,
desordens da barreira hemato-encefálica e origem psicogênica. Evidências indicam que é uma
doença neurológica que se origina na intimidade do sistema nervoso, com bases genéticas (71,
32).
Os mecanismos fisiopatológicos da enxaqueca ainda não estão completamente
esclarecidos. Para Vincent (71), em seu artigo de revisão, a alteração genética de um canal de
cálcio cerebral específico provocaria um estado de hiperexcitabilidade, com metabolismo
cerebral anormal, o que tornaria o Sistema Nervoso Central (SNC) mais susceptível a
estímulos externos (como luminosos e alimentares) e internos (estresse emocional, por
exemplo).
Conforme Krymchantowski e Moreira Filho (32), a enxaqueca é um distúrbio bio-
eletroquímico cerebral, possivelmente originado na ruptura do cromossomo 19p 13.1.
A enxaqueca pode manifestar-se com aura e sem aura. Com aura caracteriza-se por
dormência, diminuição da força muscular em um lado ou parte do corpo, observação de pontos
ou raios luminosos ou brilhantes, perda total ou parcial de uma parte do campo de visão (33).
3.2 Impacto Social
O impacto social e econômico provocado pela dor de cabeça e, particularmente, pela
enxaqueca, na vida das pessoas, é imenso. Estima-se que, apenas nos Estados Unidos (EUA),
os custos diretos da enxaqueca provocados por consultas e medicação estejam em torno de U$
15
10 bilhões anuais, sem levar em conta os custos indiretos, provocados por falta ao trabalho e
perda da produtividade (18).
Estudos europeus mostram que pessoas portadoras de enxaqueca perdem, em média,
até quatro dias de trabalho por ano, em função das crises de dor, sem contar os dias que
trabalham com dor, diminuindo sua produtividade. Além disso, os prejuízos sociais são
incalculáveis, pois, a ansiedade pela possibilidade de uma nova crise leva ao hábito de evitar
assumir compromissos profissionais, de lazer, convivência familiar e viagens (39).
No Canadá, um estudo avaliou os efeitos da última crise de enxaqueca, sendo
verificado que 19,0% dos enxaquecosos faltaram ao serviço, 31,0% cancelaram atividades
familiares e 30,0% deixaram de participar de atividades sociais (21).
Um estudo que avaliou 6006 pacientes, atendidos em unidades básicas de saúde,
revelou que a enxaqueca foi a principal causa de atendimentos, dentre as cefaléias, ocupando
45,1% das consultas (10).
Em um estudo realizado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de
Ribeirão Preto, 71,1% dos casos de cefaléia eram de etiologia primária, considerando que a
enxaqueca respondeu por 48,2% dos casos (12).
Em funcionários do Hospital de Clínicas de Ribeirão Preto, foi observada a limitação
social que os portadores da enxaqueca estão expostos; mais de 40% dos funcionários tinham
medo de uma nova crise e pensavam constantemente na dor, o que revela ser a enxaqueca
causa de grande impacto na qualidade de vida dos indivíduos, provocando diminuição de sua
capacidade laborativa, com prejuízo econômico considerável (11).
3.3 Metodologias dos estudos sobre cefaléia
Vários estudos sobre cefaléia e enxaqueca vêm sendo realizados mundialmente. As
classificações utilizadas, na maioria desses estudos, são variadas, o que dificulta a
interpretação e comparação dos resultados (68, 57).
Existem alguns problemas metodológicos nos estudos epidemiológicos sobre cefaléias,
como a subjetividade na definição dos tipos de cefaléia, a natureza episódica das cefaléias, a
representatividade das populações, o método da coleta de dados e a análise estatística dos
mesmos (56). Além disso, a enxaqueca é um distúrbio heterogêneo onde as crises variam na
sua intensidade, duração, freqüência e ocorrência de sintomas associados. Destaca-se também,
16
o “recall bias”, viés de rememoração ou lembrança que determina o efeito telescópio, ou seja,
a tendência de relatar a ocorrência de eventos passados mais próximos ao tempo presente.
Os estudos de base populacional utilizam, como principal método, questionários (de
autopreenchimento) enviados pelo correio; alguns realizam entrevistas diretas ou por telefone,
ou ainda, através da Internet. A entrevista clínica com especialista em cefaléia é considerada o
“padrão-ouro” para validação do instrumento, porém esse método é demorado e dispendioso,
não sendo possível sua utilização na maioria dos estudos.
3.4 Critérios de Classificação
O primeiro critério sistemático para classificar as cefaléias foi criado em 1962 pelo Ad
Hoc Committee, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA. Em 1988, em San Diego, a
International Headache Society (IHS) apresentou a classificação e critérios diagnósticos para
cefaléias, neuralgias craniais e dor facial, sendo um avanço importante para o adequado
reconhecimento e diagnóstico diferencial das mesmas. Segundo esse critério, as cefaléias
foram divididas em 13 grupos diagnósticos (Quadro 2) com mais de 150 subtipos. O grupo 1 a
4 representa as primárias e o de 5 ao 12, as secundárias (52).
17
QUADRO 2 – Classificação das cefaléias, neuralgias cranianas e dor facial, de acordo
com a IHS, 1988.
1. Enxaqueca
2. Cefaléia do tipo tensional
3. Cefaléia em salvas e hemicrania paroxística crônica
4. Cefaléias diversas não associadas a lesões estruturais
5. Cefaléia associada a trauma de crânio
6. Cefaléia associada a distúrbios vasculares
7. Cefaléia associada a outros distúrbios intracranianos não-vasculares
8. Cefaléia associada a substâncias ou sua retirada
9. Cefaléia associada à infecção não-cefálica
10. Cefaléia associada a distúrbio metabólico
11. Cefaléia ou dor facial associada a distúrbio do crânio, pescoço, olhos, orelhas,
seios paranasais, dentes ou a outras estruturas faciais ou cranianas
12. Neuralgias cranianas, dor de tronco nervoso
13. Cefaléia não classificável
Para a classificação da enxaqueca são utilizados os critérios apresentados no Quadro 3.
Conforme Abu-Arefeh e Russel (1), o critério diagnóstico da enxaqueca, definido pela IHS, é
amplamente aceito e tem sido aplicado com grande sucesso em estudos de epidemiologia da
enxaqueca em adultos. Arruda et al (4) observaram baixa sensibilidade e alta especificidade
dos critérios diagnósticos do IHS, em crianças e adolescentes.
18
QUADRO 3 – Critérios diagnósticos da enxaqueca sem aura, enxaqueca com aura e
distúrbio enxaquecoso, de acordo com a IHS, 1988.
1.1 – Enxaqueca sem aura
A – Pelo menos cinco crises preenchendo critérios B-D
B – Crise de cefaléia durando 4 a 72 horas (não tratadas ou tratadas sem sucesso)
C – Cefaléia com, no mínimo, duas das seguintes características:
1. Localização unilateral
2. Qualidade pulsátil
3. Intensidade moderada ou severa
4. Agravada por atividade física rotineira
D – Presença de, no mínimo, um dos seguintes sintomas, durante a cefaléia:
1. Náuseas e/ou vômitos
2. Fotofobia e fonofobia
1.2 – Enxaqueca com aura
A – Pelo menos duas crises que satisfaçam o critério B
B – Pelo menos três das quatro características seguintes:
1. Um ou mais sintomas de aura totalmente reversíveis, que indicam disfunção focal
cortical e/ou do tronco cerebral
2. Pelo menos um sintoma de aura que se desenvolva gradualmente em mais de 4
minutos, ou dois ou mais sintomas que ocorram em sucessão
3. Nenhum sintoma da aura que dure mais de 60 minutos
4. A cefaléia segue a aura com um intervalo livre inferior a 60 minutos
1.7 - Distúrbio enxaquecoso que não preenche os critérios acima
A – Preenche todos os critérios para uma das formas de enxaqueca acima, exceto um
B – Não preenche os critérios para cefaléia do tipo tensional
19
3.5 Prevalências
Nos estudos encontrados na literatura que utilizaram esta classificação internacional,
observaram-se prevalências de enxaqueca de 1,0 a 28,0%, em diferentes países. Em países
como Hong Kong e Etiópia é menor do que 5,0%. Na Dinamarca, França, Hungria, Estados
Unidos, Chile e Peru variam de 5,0 a 10,0%; na Alemanha, Portugal, Suécia, Turquia e
Tailândia variam de 10,0 a 20,0% e, em países como Suíça, Canadá e Coréia, alcançam
valores entre 20,0 e 25,0% (15, 3, 69, 30, 58, 28, 5, 66, 37, 25, 51, 17, 42).
Para Stewart et al (68) que realizaram um estudo de meta-análise, essa variabilidade
nas prevalências encontradas pode ser explicada pela diferença de sexo e idade nos estudos.
Ele constatou, por meio de regressão linear, que o fator sexo é responsável por 15,0% da
variação, e sexo adicionado à idade é responsável por 30,0% de variação nas estimativas de
prevalência.
Em estudo feito recentemente em Omã, detectou-se uma prevalência de 10,1% (18).
Na França, da mesma forma, observou-se uma prevalência de enxaqueca na população
nacional, de 15 anos ou mais, de 7,9% para enxaqueca e 9,1% para distúrbio enxaquecoso
(27).
No Brasil, em um estudo de base populacional, efetuado em Florianópolis, SC, com
um questionário baseado nos critérios da International Headache Society (IHS), constatou-se
uma prevalência de enxaqueca no último ano de 22,1% (52).
A prevalência e impacto da enxaqueca, em funcionários do Hospital de Clínicas da
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, foram avaliados por Bigal et al (11), que
encontraram ao longo da vida 30,4%, anual 29,5% e mensal 27,6% de prevalências. Kowacs et
al (31) avaliaram a prevalência e características clínicas da enxaqueca em uma população com
visão prejudicada, em Curitiba, com idade entre 16 e 60 anos, tendo como critérios de inclusão
a presença de cegueira total ou prejuízo visual severo e observaram uma prevalência ao longo
da vida de 16,7%.
3.6 Fatores associados à enxaqueca
3.6.1 Fatores Sociais e Demográficos
A enxaqueca é uma cefaléia predominante no sexo feminino, o que pode ser
evidenciado em vários estudos de base populacional, realizados em diversos países. Existe
20
alguma diferença na proporção de mulheres para homens, nos estudos revisados, devido às
diferenças nas faixas etárias pesquisadas. Bánk & Márton (5), Wang et al (72) e Rasmussen
(59) encontraram uma proporção de mulheres para homens de 3:1.
No Quadro abaixo (Quadro 4), podem ser observadas algumas prevalências anuais,
conforme o sexo:
Quadro 4- Prevalência de enxaqueca conforme sexo e faixa etária
Autor Faixa Etária
(anos)
Sexo (M:F)
(%)
Amostra
Stewart e col,
1992 (66)
12- 20 5,7: 17,6 populacional
Rasmussen,
1995 (56)
25- 64 6,0: 15,0 populacional
Sanvito e col,
1996 (62)
17- 43 13,0: 26,0 estudantes de
medicina
Barea e col, 1996
(8)
10- 18 9,6: 10,3 escolares
Wang e col, 2000
(72)
15 ou mais 4,5: 14,4 populacional
Queiroz, 2001
(52)
15-64 14,2: 28,8 populacional
Dahlöf & Linde,
2001 (16)
18-74 9,5: 16,7 populacional
Henry e col,
2002 (27)
15 ou mais 4,0: 11,2 populacional
Deleu e col,
2002 (19)
10- 72 4,5: 5,6 populacional
Em relação à faixa etária, a prevalência de enxaqueca foi maior em adultos jovens no
estudo de Lipton (39) e Rasmussen (55).
21
Conforme Dirk Deleu (19), a enxaqueca predominou na idade de 30 anos. Wang et al
(73) observaram a mais alta prevalência entre os 30 e 34 anos (21,1%), nas mulheres, e, no
sexo masculino, entre 25 a 29 anos (8,3%). Craig (14) notou um decréscimo de prevalência a
partir dos 45 anos de idade, semelhante a Raymond et al (54) que relataram uma maior
prevalência na faixa etária dos 33 aos 44 anos.
Queiroz (52), avaliando a prevalência de enxaqueca no último ano, por faixa etária e
sexo, encontrou a enxaqueca mais prevalente nas mulheres do que nos homens, em todas as
faixas etárias, porém, essa diferença foi estatisticamente significativa dos 35 aos 54 anos, não
sendo significativa dos 15 aos 34 anos. No sexo feminino, houve dois picos de prevalência:
nas faixas etárias de 35-44 anos e de 55-64 anos, com prevalências de 35,4% e 38,7%,
respectivamente. No sexo masculino, observou uma prevalência de 20,5% entre os 25 e 34
anos.
Segundo Stewart et al (66), a prevalência de enxaqueca começa a decrescer a partir dos
30 anos, nos homens, e ao final dos 40 anos, nas mulheres. Afirmam também que a presença
de enxaqueca varia de acordo com a raça, sendo encontrada uma prevalência maior da mesma
em brancos (20,4%) em relação aos não-brancos (africanos e asiáticos: 16,2% e 9,2%,
respectivamente). Waters (73) ressalta que, nos países da África, a prevalência de enxaqueca é
menor do que na Europa e EUA.
Alguns estudos demonstram uma maior prevalência de enxaqueca em níveis
socioeconômicos mais baixos (67, 34), sendo que outros não evidenciam tal associação (36,
65, 16, 47).
Stewart et al (66) encontraram um pico de prevalência de 40% para a menor renda e de
22% para a maior renda.
No Brasil, Queiroz (52) observou uma tendência linear, ou seja, quanto menor a renda
familiar, maior a prevalência de enxaqueca e distúrbio enxaquecoso; os indivíduos
entrevistados que consumiam menos de 48,3 kWh reportaram 1,54 vezes mais enxaqueca do
que aqueles que consumiam mais de 105,5 Kwh de energia.
Um estudo populacional na França (28) concluiu que a enxaqueca foi mais comum na
classe média, enquanto um estudo americano (66) revelou que mulheres de meia idade, que
trabalhavam em casa, tinham riscos aumentados de apresentarem enxaqueca.
22
Queiroz (52) descobriu uma prevalência de enxaqueca 60,0% maior em indivíduos
separados ou viúvos em relação aos solteiros; entretanto, outros estudos não verificaram tal
associação (58, 44, 34).
3.6.2 Fatores precipitantes
Geralmente a enxaqueca é multifatorial, sendo os fatores precipitantes necessários, mas
não suficientes para iniciar uma crise (64, 55).
Alguns estudos têm relatado elevada influência de fatores alimentares precipitantes
(46, 22, 29), sendo que outros não manifestam esses achados (55, 5).
Rasmussen (59) ressalta que essas associações são difíceis de demonstrar, pela
mudança de hábitos dos indivíduos que experimentam os ataques de enxaqueca, e ainda
sugere, a existência de um limiar de dose do fator, para que a precipitação da dor aconteça.
Na literatura, são destacados inúmeros alimentos, bebidas e aditivos que são
considerados precipitantes da enxaqueca, tais como: queijos, chocolate, frutas cítricas,
glutamato monossódico, alimentos gordurosos, sorvetes, bebidas alcoólicas, carnes (tiamina),
cachorro-quente, enlatados (nitritos), feniletilamina, frutas cítricas (principalmente laranja,
limão, abacaxi e pêssego), lingüiças, salsichas e alimentos de coloração avermelhada em
conserva (nitritos e nitratos usados como conservantes), frituras e aspartame (45, 43, 53).
Savi et al (63) avaliaram o papel dos alimentos em desencadear cefaléias, inclusive
enxaqueca, em 309 pacientes, sendo que 1/3 deles relatou suscetibilidade a certos alimentos,
entre os quais os mais citados foram chocolate, queijo e álcool.
O estudo de Van den Bergh (70) observou que 44,7% dos pacientes mencionaram
alimentos como fatores precipitantes, à semelhança do estudo citado anteriormente.
Peatfield et al (50) avaliaram 490 pacientes com enxaqueca: desses, 19,0% indicavam
o chocolate como fator precipitante, 18,0% para queijo, 11,0% para frutas cítricas, 21,0% para
bebidas de álcool e 31,0% das mulheres consideraram os contraceptivos orais como
precipitadores da enxaqueca.
Vários autores convergem afirmando que, menarca, menstruação, uso de contraceptivo
oral, menopausa, gravidez e reposição hormonal, são eventos que alteram os níveis hormonais,
podendo causar uma mudança na prevalência ou intensidade das cefaléias, principalmente da
enxaqueca (64, 41, 7, 20).
23
O uso de contraceptivo oral, dependendo de sua composição, pode diminuir ou
aumentar a manifestação da enxaqueca, mudar o padrão e freqüência de seus ataques e, em
alguns casos, não ocasionar mudanças significativas. Além da composição do contraceptivo
oral, a variabilidade individual contribui para que o mesmo se torne precipitante, agravante ou
até mesmo, não precipite a enxaqueca (6, 7, 9, 61).
Ierusalimscchy e Moreira Filho (29) observaram que 45,8% das mulheres que faziam
uso de contraceptivo oral tiveram um aumento nas crises de enxaqueca.
No estudo de Lu et al (40), que avaliou a prevalência de enxaqueca em adolescentes de
13 a 15 anos, um número significativo delas relatou que suas dores foram precipitadas por
menstruação. Rasmussen (55) afirma que 70,0% das mulheres têm enxaqueca relacionada ao
ciclo menstrual, sendo 67,0% nos dois primeiros dias antes da menstruação, 28,0% durante a
menstruação e somente 5,0% no meio do ciclo.
Dzoljic (20) observa que 51,0% das mulheres que sofrem de enxaqueca têm suas crises
no primeiro dia do ciclo menstrual, tempo de mais alta flutuação nos níveis de estrógeno.
Ressalta também que estudantes com enxaqueca tiveram ataques mais freqüentes e maior
exarcebação (68,0%) do que estudantes com cefaléia (30,0%).
Muitas mulheres melhoram da enxaqueca espontaneamente na menopausa, voltando a
piorar quando iniciam a reposição hormonal estrogênica (33).
O tabagismo, também é considerado um fator precipitante, sendo apontado em dois
estudos (29, 70).
Fatores comportamentais como alimentação, bebidas e tabagismo não serão avaliados
no presente estudo devido às limitações do estudo transversal, possibilidade de causalidade
reversa e também às restrições no número de questões no instrumento a ser utilizado.
Além desses fatores citados anteriormente, estresse, jejum, falta de uma das refeições,
redução ou excesso de horas dormidas, fadiga, distúrbios emocionais, esforço físico,
mudanças de clima e altitude, tensão muscular, tensão emocional e cheiros fortes são outros
possíveis fatores precipitantes de um ataque de enxaqueca (5, 54, 55, 49, 70, 60, 48, 23); tais
fatores deixarão de ser analisados aqui, pois não fazem parte deste estudo.
24
4. Objetivos
4.1 Objetivo geral
Identificar a prevalência de enxaqueca no último ano, em adultos da cidade de
Pelotas, e alguns fatores de risco a ela associados.
4.2. Objetivos Específicos
o Determinar a prevalência de enxaqueca no último ano, em adultos da cidade de
Pelotas;
o Avaliar alguns fatores de risco para enxaqueca, tais como:
• faixa etária;
• sexo;
• cor da pele;
• nível socioeconômico;
• anticoncepcional hormonal;
• menstruação;
5. Hipóteses
o A prevalência de enxaqueca na população adulta de Pelotas é próxima a 20%;
Os fatores de risco para enxaqueca são:
• faixa etária até os 40 anos de idade;
• sexo feminino;
• cor da pele branca;
• baixo nível socioeconômico;
• utilização de anticoncepcional hormonal;
• menstruação.
25
6. Marco Teórico
O modelo empregado demonstra uma cadeia de determinantes hierarquizados, os quais
influenciam de forma distal ou proximal a ocorrência do desfecho.
Como determinantes distais estão as características socioeconômicas (nível econômico
e renda), as características demográficas (idade, sexo, cor da pele, situação conjugal),
características hereditárias (história familiar). A evolução da história natural da doença
envolve inter-relações entre agentes etiológicos (predisposição hereditária) da doença,
características individuais, que estimulam o desenvolvimento da enxaqueca e condições
socioeconômicas que permitem a existência de fatores precipitantes (33).
O nível econômico será avaliado através dos critérios estipulados pela Associação
Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME-ANEP). Segundo a ABIPEME, as
pessoas são classificadas em grupos conforme os bens de consumo: categorias A, B, C, D e E.
Características demográficas podem influenciar na prevalência de enxaqueca, uma vez que,
muitos estudos apontam predisposição maior para a cor da pele branca, idade jovem e sexo
feminino. As características socioeconômicas, independentes dos fatores demográficos, atuam
em um mesmo nível desses, sendo as pessoas de nível socioeconômico mais baixo mais
suscetíveis à manifestação da enxaqueca, segundo alguns estudos.
No nível mais proximal, encontram-se os fatores hormonais, como pílula
anticoncepcional e menstruação. Nas mulheres, os fatores hormonais em muitos casos
precipitam as crises e podem estar influenciando a diferença nas proporções da enxaqueca
entre homens e mulheres (mulheres com proporções bem superiores).
Vários fatores comportamentais podem ser descritos como precipitantes das
enxaquecas, entre eles: alguns alimentos, bebidas alcoólicas e tabagismo. As características de
trabalho e psicológicas também são citadas na literatura como fatores associados à enxaqueca
(11, 19).
26
7. Modelo Teórico Hierarquizado
Características Demográficas
Idade Sexo Cor da pele
Características Hereditárias
História familiar
Características Socioeconômicas
Nível socioeconômico
Características Comportamentais
Alimentação Tabagismo
Bebidas
Características de trabalho
Tipo de ocupação Jornada de trabalho
Ambiente de trabalho
Características Hormonais Menstruação
Pílula anticoncepcional
Características Psicosociais
Stress Tensão
Ansiedade
ENXAQUECA
27
8. Modelo de Análise
Características Socioeconômicas Nível Socioeconômico Renda
Características demográficas Idade Sexo Cor da pele
Características Hormonais Menstruação Pílula anticoncepcional
ENXAQU
ECA28
9. Metodologia
9.1 Delineamento
Para verificar a prevalência de enxaqueca na população adulta de Pelotas, propőe-se
um estudo transversal. Sendo a enxaqueca uma doença comum, o delineamento transversal
é o mais adequado, e, além disso, permite o estudo de associações. Outras vantagens desse
delineamento são a possibilidade da elaboração de novas hipóteses, o baixo custo e rapidez
de sua realização.
9.2 Populaçăo-alvo
A população do estudo será constituída por pessoas, de ambos os sexos, com idade
entre 20 a 64 anos, residentes na área urbana de Pelotas. As variáveis menstruação e
anticoncepcional hormonal serão avaliadas na população feminina de 20 a 49 anos.
9.3 Variáveis:
9.3.1 Caracterização do desfecho
Através de um questionário, seguindo a Classificação da “International Headache
Society (IHS)”, a dor de cabeça será denominada enxaqueca, quando apresentar pelo menos
cinco ataques de dor de cabeça, com duração em média de 4 horas a 3 dias (não tratadas ou
tratadas sem sucesso), com pelo menos duas das seguintes características: localização
unilateral, qualidade pulsátil, intensidade moderada ou severa e agravada por atividade
física rotineira. No período da dor, deverão estar presentes pelo menos um dos seguintes
sintomas: náuseas e/ou vômitos, piora da dor com a luz (fotofobia) e piora da dor com o
som (fonofobia).
29
9. 3 .2 Operacionalização do desfecho
Quadro 5- Operacionalização do desfecho
Variável Indicadores Escalas Presença de cefaléia Dor de cabeça sim/ não
Caracterização da cefaléia para posterior classificação segundo critérios da IHS
Perguntada apenas aos indivíduos que acusarem cefaléia no último ano, considerando o tipo de cefaléia mais freqüente
Freqüência dos ataques Escala ordinal menos de 5 5 ou mais
Duração dos ataques, se não toma medicação ou se esta não funciona
Escala ordinal de 1 a 4 horas de 4 horas a 3 dias mais de 3 dias
Localização da cefaléia
Qualitativa nominal somente em um dos lados da cabeça; às vezes em um, às vezes em outro lado da cabeça ou dos dois lados da cabeça.
Tipo de dor Qualitativa nominal latejante/ pulsátil; em pressão ou aperto; em fisgadas / pontadas; outro
Intensidade da dor Qualitativa nominal não atrapalha atividades do dia-a-dia; atrapalha um pouco; atrapalha totalmente as atividades do dia-a-dia.
Piora da cefaléia com
esforços físicos rotineiros Categórica binária não /sim
Sintomas associados com a cefaléia
Qualitativa nominal Náuseas:não/ sim Vômitos:não / sim Fotofobia:não/ sim Fonofobia: não/ sim
30
Quadro 6- Caracterização das exposições
Variável Tipo de variável 1.Características demográficas Sexo Idade Cor da pele
categórica binária numérica discreta categórica
2.Características socioeconômicas ABIPEME/ANEP
categórica ordinal
3.Características hormonais anticoncepcional hormonal menstruação
categórica binária categórica binária
9. 3. 4 Operacionalização das exposições
• Sexo: masculino ou feminino;
• Idade: números completos de anos vividos pelo indivíduo; posteriormente,
será agrupada por décadas;
• Cor da pele: branca, não branca;
• Nível Socioeconômico: segundo classificação ABIPEME (A, B, C, D e E).
• Anticoncepcional Hormonal (somente para mulheres): uso de pílula ou
injeção para não engravidar.
• Menstruação (somente para mulheres): menstruar regularmente nos últimos
três meses.
9. 3. 5 Critérios de exclusão
Pessoas institucionalizadas (asilos, hospitais, presídios) não farão parte da amostra.
10. Cálculo do tamanho da amostra
10.1 Cálculo do tamanho da amostra para prevalência
Quadro 9- Cálculo do tamanho da amostra com prevalência estimada de enxaqueca de
20,0%, diferentes percentuais de erro e nível de significância de 95,0%
31
Nível de Confiança Erro aceitável
(pontos percentuais)
Tamanho da amostra
95,0% 3,0% 682
95.0% 2,5% 982
95,0% 2,0% 1534
Acredita-se que, para uma prevalência estimada de 20,0% ,é razoável aceitar um erro
de três pontos percentuais, obtendo-se um cálculo de tamanho de amostra em torno de 682
pessoas. Ajustando-se esse número para o efeito do delineamento da amostragem por
conglomerados de 1,2 conforme o estudo de Queirós (2001) e mais um acréscimo de 10,0%
para perdas , o tamanho da amostra necessário será de 900 indivíduos.
10.2 Cálculo do tamanho da amostra para associações
A tabela abaixo mostra os cálculos para as diferentes exposições a serem estudadas,
considerando um poder de 80,0%, um nível de confiança de 95,0%, um risco relativo maior ou
igual a 2,0 e uma prevalência geral de enxaqueca de 20,0%.
Tabela 1. Cálculo do tamanho da amostra para as respectivas associações
Variável Razão não
exposto /exposto
Freqüência de
exposição
Prevalência de
enxaqueca nos
não expostos
Tamanho
da
amostra
Amostra
acrescentada
de 10% para
perdas
Acréscimo de 15%
para fatores de
confusão
Nível D e E 7:3 32,0% 15,0% 307 338 388
Cor da pele branca 3:17 85,0% 15,0% 547 602 692
Idade de 20 a 39
anos
3:2 44,0% 15,0% 273 300 345
Sexo feminino 1:1 51,0% 15,0% 266 292 336
Pílula
anticoncepcional
3:2 55,0% 15,0% 273 300 345
Menstruação 2:8 80,0% 15,0% 434 477 549
A exposição que exigiu maior tamanho da amostra foi a variável cor da pele, pois com
acréscimos para perdas e fatores de confusão, alcançou um valor de 692 indivíduos; esse
32
número acrescido de 1,2 correspondente ao efeito de delineamento, resultou em 830
indivíduos, com um poder de 80,0%, nível de confiança de 95,0%, e risco relativo de no
mínimo 2,0.
Utilizando o último censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) como fonte, verificou-se uma média de 1,82 indivíduos por domicílio na faixa etária
de 20 a 64 anos, o que resultaria em 456 domicílios necessários a fim de alcançar a amostra
exigida.
A associação entre anticoncepcional hormonal e menstruação com enxaqueca será
avaliada na faixa etária de 20 a 49 anos. A pílula anticoncepcional exigiu uma amostra de 345
mulheres que acrescida do efeito de delineamento (1,2), totalizou 414 mulheres. O último
censo do IBGE verificou a média de 0,8 mulheres nessa faixa etária em cada domicílio.
Portanto, seriam necessários 518 domicílios para contemplar essa amostra.
Para a variável menstruação, necessita-se de uma amostra de 549 mulheres ou 659 com
o efeito de delineamento, sendo necessários 824 domicílios.
Em razão do consórcio, o tamanho da amostra deverá ser suficiente para atender as
necessidades de todos os mestrandos. Sendo assim, decidiu-se visitar cerca de 1440
domicílios, o que abrange o tamanho de amostra necessário para o estudo da enxaqueca.
11. Amostragem
O Programa de Pós-graduação em Epidemiologia do Centro de Pesquisas
Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas tem suas pesquisas desenvolvidas através
de um sistema denominado Consórcio. O Consórcio consiste da participação conjunta de todos
os mestrandos no trabalho de campo, desde a seleção das entrevistadoras até a análise, com
um questionário único reunindo as perguntas de interesse dos mesmos. Esse sistema permite
um ótimo treinamento dos mestrandos para a realização de pesquisas, além de possibilitar
menores custos na realização de seus projetos. Apresenta também a vantagem de encurtar o
tempo de execução do trabalho de campo, evitando atrasos nas entregas das dissertações.
Cada mestrando participante do consórcio realizou cálculos de tamanho de amostra que
atendessem aos objetivos gerais e específicos de seus projetos, incluindo estimativas para
prevalência e associação. Optou-se pela utilização da amostra por conglomerados, utilizando-
se para definição dos mesmos, a grade de setores censitários do Censo Demográfico de 2000.
33
A partir desses resultados, verificou-se que o número de domicílios que atenderia aos
objetivos de todos seria de 1400, considerando os acréscimos de 10% para perdas e recusas e
15% para controle dos fatores de confusão. Em função da necessidade de reduzir os efeitos de
delineamento encontrados em estudos anteriores que utilizaram 20 domicílios por setor,
decidiu-se amostrar 10 domicílios em cada um dos setores selecionados. A fim de obter-se um
número igual de setores para os 16 mestrandos, participantes do consórcio, decidiu-se visitar
144 setores (9 setores por mestrando), resultando num total de 1440 domicílios.
Os 404 setores censitários da zona urbana de Pelotas (tendo sido excluídos 4 setores
especiais) foram listados, conforme a ordem crescente da renda média do chefe da família e
foi calculado o número cumulativo de domicílios do primeiro ao último setor. O número total
de domicílios (92407) foi dividido por 144, de forma a obter-se o pulo (de 642) para a seleção
sistemática a ser realizada. O número 88, selecionado aleatoriamente, entre 1 e 642, ficou
sendo o primeiro setor a ser incluído na amostra. A este número foi adicionado 642, de forma
que o segundo setor selecionado foi o que abrangia o domicílio 730. Esse processo foi repetido
até que o número obtido superasse o total de domicílios. Nesse ponto, 144 setores haviam sido
selecionados. Essa amostragem sistemática de setores, ordenados pela renda média do chefe
do domicílio equivale a um processo de estratificação.
A seleção de domicílios dentro de cada setor selecionado seguiu uma lógica
semelhante à seleção dos setores. O número de domicílios do setor registrado pelo Censo
Demográfico de 2000 foi dividido por 10 (o número de domicílios desejados), de forma a
obter-se o pulo. Um número entre 1 e o pulo de cada setor foi determinado de forma aleatória,
sendo este o primeiro domicílio. Os seguintes foram determinados pela adição do valor do
pulo, repetindo o processo até o fim do setor, que estudado teve seus domicílios enumerados
para esta seleção, sendo que a estratégia descrita acima foi aplicada à lista obtida para cada
setor.Quando o número de domicílios, encontrados nesses superou o previsto pelo Censo
2000, o que foi verificado pelas batedoras, foram selecionados nesses setores um número
maior que os dez domicílios inicialmente planejados. O oposto ocorreu naqueles em que
houve diminuição no número de domicílios, que eram quase raros, o que garantiu uma amostra
no mínimo de 1440 domicílios.
12. Instrumento
34
Será utilizado no presente estudo um questionário estruturado, segundo os critérios da
IHS, baseado no questionário utilizado por Rasmussen et al (1991) e Queiroz (2001) para
classificação da enxaqueca. Além disso, serão acrescentadas questões sobre fatores hormonais
(exclusivamente para o sexo feminino, como menstruação e uso de anticoncepcional
hormonal) e questões sóciodemográficas.
13. Seleção e treinamento das entrevistadoras
As entrevistadoras serão do sexo feminino, selecionadas através de formulário de
inscrição e entrevista. Posteriormente, estas serão treinadas pelos mestrandos, a fim de
padronizar e qualificar a coleta de dados. O treinamento constará de técnica de dramatização e
entrevista, que se realizará em três fases: leitura do questionário e manual de instruções,
dramatização das entrevistas e entrevistas acompanhadas. A última fase do treinamento
constará de um estudo piloto.
14. Estudo Piloto
Será realizado em um setor censitário da população alvo, não incluído posteriormente
no estudo, com a finalidade do treinamento das entrevistadoras, ajuste da sistemática da coleta
de dados, treinamento da codificação, preparação e teste do banco de dados, preparação da
análise de consistência dos dados e análise preliminar dos dados obtidos.
15. Logística
O quartel general (QG) do consórcio será na Faculdade de Medicina e cada mestrando
deverá supervisionar setores e entrevistadores. Semanalmente, os entrevistadores entregarão
os questionários aos mestrandos responsáveis no QG e receberão passagens e indicaçăo dos
novos domicílios a serem visitados. Cabe ao mestrando revisar cada questionário e codificar
questőes em aberto. As pessoas que recusarem participar da pesquisa, nesse primeiro
momento, receberão novas visitas do entrevistador (no mínimo 3) e, como última tentativa,
ainda uma visita do supervisor; somente a partir desse momento, serăo consideradas recusas
definitivas Os supervisores têm que ser ativos na reversão de perdas e recusas. O próprio
entrevistador deverá revisar e codificar o questionário após cada entrevista; cada mestrando
será responsável também pela revisita a 10,0% da amostra para o controle de qualidade. As
35
perguntas do controle de qualidade serão escolhidas individualmente pelo mestrando,
respeitando alguns critérios de escolha, como: variáveis que năo modifiquem facilmente com
o tempo, que sejam pouco invasivas e que sejam importantes para cada tipo de investigação.
16. Processamento e análise dos dados
Após a revisăo dos questionários, os dados serăo codificados e digitados duas vezes
pelo programa EPI INFO 6 .0. A análise dos mesmos será realizada com os softwares STATA
7.0 e SPSS 8.0 . Inicialmente será feita uma análise descritiva para caracterizar a amostra;
posteriormente, serão efetuadas análises bivariadas, com teste T para comparação de médias,
Qui-quadrado e de Tendência Linear. A magnitude de associação será avaliada, através do
cálculo de razőes de prevalências, com seus respectivos intervalos de confiança (95%). Na
análise multivariada, será realizada regressão de Poisson ou regressão logística para controle
das variáveis de confundimento, com base no modelo de análise proposto no presente projeto.
17. Limitações do Estudo
• Será avaliada a cefaléia do último ano, levando em consideração apenas a dor de
cabeça mais freqüente; geralmente, o indivíduo lembra da cefaléia mais recente ou da mais
intensa e incapacitante;
• Diagnóstico baseado em informações do paciente;
• Alguns indivíduos poderão estar fazendo tratamento adequado para enxaqueca, o que
poderá subestimar a prevalência da mesma;
• O critério diagnóstico IHS constitui-se em um problema para definição da duração da
dor, pois muitos pacientes tomam analgésicos logo no início da dor.
• Uma grande variedade de fatores de risco não poderão ser estudados devido à
restrição no número de perguntas do consórcio.
18. Controle de qualidade
O controle de qualidade será desenvolvido em três etapas. Será, inicialmente realizada
uma revisão pós-entrevista, pelo entrevistador, próximo à residência do entrevistado.
Semanalmente, o mestrando analisará junto com o entrevistador os questionários aplicados
36
durante a semana. Serão reaplicadas 10% das perguntas pré-selecionadas, a 10% dos
entrevistados.
19. Aspectos Éticos
Todos os indivíduos entrevistados receberão informações sobre os objetivos da
pesquisa, garantindo-se sigilo quanto às informações. Pedir-se-á um Consentimento Informado
aos participantes da entrevista. O projeto será submetido ao Comitê de ética da UFPel.
20. Divulgação dos resultados
Os resultados da pesquisa serão divulgados através de um artigo (requisito para
obtenção do título de Mestre em Epidemiologia). Posteriormente, os principais resultados
serão publicados em periódicos científicos e da imprensa, sendo depois divulgados para a
Secretaria de Saúde do município.
21. Cronograma
ANO 2003 2004 Meses M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N DRevisão de literatura X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X XElaboração dos instrumentos de coleta de dados
X X X
Estudo pré-piloto X Seleção e treinamento das entrevistadoras
X
Definição da amostra e coleta de dados
X X X
Codificação, revisão e digitação dos dados
X X X
Preparação da edição dos dados
X X
Análise dos dados X X X X Redação X X X X X Divulgação dos resultados
X
37
22. Orçamento
Serão imprescindíveis materiais de consumo para realização do projeto, tais como:
papel para confecção dos questionários, mapas, folhas de conglomerados, pranchetas,
apontadores, lápis, borracha, crachás, sacola para carregar o material, grampeador, grampos,
disquetes, papel de impressora, toner, etiquetas e outros materiais.
O presente projeto faz parte de um consórcio de mestrandos do programa de Pós-
graduação em Epidemiologia 2003/2004, sendo que os custos para sua realização serão
financiados pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Faculdade de Medicina da
Universidade Federal de Pelotas. Gastos que excederem o orçamento disponível serão
cobertos pelos mestrandos do consórcio.
38
23. Referências Bibliográficas:
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46
24. Anexos
24. 1 Questionário
AGORA FALAREMOS SOBRE DOR DE CABEÇA NO ÚLTIMO ANO
1. Desde <mês> do ano passado o Sr (a) teve dor de cabeça? (0) não SE NÃO PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO (1) sim
EDORC_____
2. Quantos ataques de dor de cabeça o Sr (a) teve desde <mês> do ano passado? (0) menos de 5 ataques (1) 5 ataques ou mais (9) IGN (8) NSA
EATAQ_____
3. De um modo geral, se o Sr (a) não tomar remédio ou se o remédio não adiantar, esses ataques de dor de cabeça duram: (1) de 1 a 4 horas (2) mais de 4 horas a 3 dias (3) mais de 3 dias (9) IGN (8) NSA
EDUR_____
4. Em cada ataque de dor de cabeça, a dor de um modo geral, no início, é: (1) somente em um dos lados da cabeça (2) às vezes em um lado, às vezes nos dois lados da cabeça (3) dos dois lados da cabeça ao mesmo tempo (9) IGN (8) NSA
ELOC____
5. Essa dor de cabeça, de um modo geral, é: (1) latejante/ pulsátil (2) em pressão ou aperto (3) em fisgada ou pontada (4) outro (9) IGN (8) NSA
ETIP____
6. Essa dor de cabeça, de um modo geral: (0) não atrapalha suas atividades do dia-a-dia (1) atrapalha um pouco suas atividades do dia-a-dia (2) atrapalha totalmente suas atividades do dia-a-dia (9) IGN (8) NSA
EATIV____
47
7. Quando o Sr (a) sente dor de cabeça: Ela é acompanhada de vontade de vomitar ou enjôo? (0) não (1) sim (9) IGN (8) NSA Ela piora na presença de luz ou claridade? (0) não (1) sim (9) IGN (8) NSA Ela piora com barulhos? (0) não (1) sim (9) IGN (8) NSA Ela piora com atividades como caminhar, subir escadas, abaixar-se? (0) não (1) sim (9) IGN (8) NSA
ENAU_____ ECLAR______ EBARU_______EPIAT_____
Somente para mulheres de 20 a 49 anos:
8. A senhora tem dor de cabeça 1 a 2 dias antes, ou durante a
menstruação?
(0) não
(1) sim
EMEN___
9. A senhora usa pílula ou injeção para não engravidar? Se não pule a
próxima questão
(0) não
(1) sim
EPIL___
10. O uso de pílula ou injeção para não engravidar faz aumentar seus
ataques de dor de cabeça?
(0) não
(1) sim
(3) não sabe
(4) NSA
EAUM___
24.2 Manual de Instruções
PERGUNTA 1. Desde <mês> do ano passado o Sr (a) teve dor de cabeça?
(0) não (1) sim
A pergunta deve ser lida, sendo que a palavra <mês> deverá ser substituída pelo mês que está
sendo realizada a pesquisa. Portanto o “sim” corresponderá à presença de alguma dor de
cabeça desde a mesma data do ano anterior até a data atual e o “não” a ausência de dor nesse
mesmo período.
48
PERGUNTA 2. . Quantos ataques de dor de cabeça o Sr (a) teve desde <mês> do ano
passado?
(0) menos de 5 ataques
(1) 5 ataques ou mais
(9) IGN
(8) NSA
A pergunta deverá ser lida e as opções também, substituindo-se da mesma forma que a questão
anterior, a palavra <mês> pelo mês que está sendo realizada a pesquisa. A palavra ataque
compreenderá o momento que inicia a dor até ela parar; um ataque pode durar horas ou até
dias, no caso da pessoa deitar com dor de cabeça e acordar ainda com dor de cabeça, embora a
dor possa ser mais fraca, ainda é a mesma dor, portanto corresponderia a um ataque. Deve
sempre existir um espaço de tempo sem dor de cabeça entre um ataque e outro.
PERGUNTA 3. De um modo geral, se o Sr (a) não toma remédio ou se o remédio não
adianta, esses ataques de dor de cabeça duram:
(1) de 1 a 4 horas
(2) mais de 4 horas até 3 dias
(3) mais de 3 dias
(9) IGN
(8) NSA
Ler a pergunta . Se a pessoa referir que sempre toma remédio, cuidar a opção, pois se ela toma
remédio e o remédio não aliviar a dor, deve-se perguntar novamente, até a pessoa escolher
uma das alternativas.
Caso a pessoa tome remédios e estes funcionem, aliviando a dor deve-se marcar a opção (4)
sempre toma remédio e alivia a dor.
Caso o (a) entrevistado (a) não lembrar ou não souber dizer a resposta após algumas leituras,
usa-se (9) IGN.
49
PERGUNTA 4. Em cada ataque de dor de cabeça, a dor de um modo geral, no início, é:
(1) somente em um dos lados da cabeça
(2) às vezes em um lado, às vezes nos dois lados da cabeça
(3) dos dois lados da cabeça ao mesmo tempo
(4) IGN
(5) NSA
Ler a pergunta e as alternativas. Repetir novamente até o (a) entrevistado (a) escolher uma
opção entre as alternativas.
Pergunta 5 . Essa dor de cabeça, de um modo geral, é:
(1) latejante/ pulsátil
(2) em pressão ou aperto
(3) em fisgada ou pontada
(4) outro
(9) IGN
(8) NSA
Ler a pergunta e alternativas. Ler novamente. Se houver dificuldade no entendimento podem
ser usados os seguintes termos:
Latejante= que lateja
Pulsátil = que pulsa, como a batida do coração.
Em pressão ou aperto= como se tivesse um peso
Fisgada ou pontada = fincada
Ler novamente depois das explicações, para que o (a) entrevistado (a) escolha sua opção.
Pergunta 6. Essa dor de cabeça, de um modo geral:
(0) não atrapalha suas atividades do dia-a-dia
(1) atrapalha um pouco suas atividades do dia-a-dia
(2) atrapalha totalmente suas atividades do dia-a-dia
(9) IGN
(8) NSA
50
Ler a pergunta e alternativas. Caso haja dúvida no que são atividades do dia-a-dia, explique
que são atividades de rotina, realizadas no trabalho, em casa, com os filhos..Atrapalhar um
pouco significa que a pessoa fica mais abatida com a dor, mas mesmo assim consegue ir ao
trabalho ou fazer suas atividades. Atrapalhar totalmente significa que a pessoa não consegue ir
ao trabalho ou fazer suas tarefas domésticas, etc.. fica impossibilitada por causa da dor. Não
atrapalha significa que a dor passa rápido, não chegando a influenciar na rotina diária.
Pergunta 7. Quando o Sr (a) sente dor de cabeça:
Ela é acompanhada de vontade de vomitar ou enjôo? (0) não (1) sim (9) IGN (8) NSA
Ela piora na presença de claridade? (0) não (1) sim (9) IGN (8) NSA
Ela piora com barulhos? (0) não (1) sim (9) IGN (8) NSA
Ela piora com atividades rotineiras como caminhar, subir escadas, abaixar-se? (0) não
(1) sim (9) IGN (8) NSA
Ler as perguntas. Caso haja alguma dúvida podem-se utilizar:
Vontade de vomitar =náusea
Barulhos = ruídos ou sons
Leia a pergunta novamente até a pessoa escolher uma alternativa.
Pergunta 8. A senhora tem dor de cabeça 1 a 2 dias antes, ou durante a menstruação?
(0) não
(1) sim
Ler a pergunta. Se a entrevistada não entender a pergunta repita-a claramente. Esclarecer que
“sim” significa que a entrevistada apresenta uma das condições ou as duas condições ao
mesmo tempo e “não”, que a entrevistada não apresenta dor de cabeça nesse período
relacionado à menstruação.
51
Pergunta 9. A senhora usa pílula ou injeção para não engravidar? Se não pule a próxima
questão
(0) não
(1) sim
Ler a pergunta. Se a entrevistada não entender repita-a claramente, marcando a alternativa
correspondente.
Pergunta 10. O uso de pílula ou injeção para não engravidar faz aumentar seus ataques
de dor de cabeça?
(0) não
(1) sim
(3) não sabe
(4) NSA
Se na questão anterior a resposta foi não. Marca-se na questão NSA. Caso a senhora tenha
utilizado injeção ou pílula para não engravidar leia a questão. Se houver dúvida, leia
novamente. Caso a entrevistada não afirme com exatidão se aumenta ou não, marque a
alternativa não sabe.
52
2. RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
FACULDADE DE MEDICINA
DEPARTAMENTO DE MEDICINA SOCIAL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EPIDEMIOLOGIA
RELATÓRIO DO TRABALHO DE CAMPO
Consórcio de pesquisa 2003/2004
LUCIANE SCHERER PAHIM
Março/2004
1. Introdução
O trabalho de campo foi realizado através de um consórcio de pesquisa entre os
mestrandos do curso de Pós-graduação em Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas,
o qual se caracterizou por ter sido feito em conjunto, desde a elaboração do instrumento de
pesquisa (questionário), até o planejamento e criação do banco de dados.
O questionário foi elaborado com perguntas gerais, de interesse de todos os
pesquisadores e perguntas específicas conforme o interesse de cada um. O planejamento do
trabalho de campo envolveu a divisão de tarefas, tais como: seleção das auxiliares de pesquisa
(batedoras e entrevistadoras), contratação de digitadores e arquivista, treinamento do pessoal,
divulgação da pesquisa na imprensa local, confecções de etiquetas, supervisão do controle de
qualidade, impressão de questionários, supervisão dos erros de codificação, administração dos
recursos financeiros, validação dos dados, teste da inconsistência dos dados, entre outros.
Os objetivos desse trabalho em conjunto são a maior agilidade na execução do mesmo,
a diminuição dos custos e um melhor controle de qualidade. O presente relatório descreve
essas atividades desenvolvidas para a realização de um estudo transversal de base
populacional, na zona urbana da cidade de Pelotas.
2. Elaboração do Instrumento de Pesquisa
O instrumento de pesquisa, utilizado para a coleta de dados, constituiu-se de um
questionário, elaborado pelos pesquisadores, formulado com 228 questões, distribuídas em
quatro blocos, constituídas das questões específicas: o Bloco A, aplicado às crianças de 3 a 9
anos 11 meses e 29 dias, ou as suas mães, com 28 questões de acordo com os interesses
específicos de alguns mestrandos (variáveis socioeconômicas, comportamentais, demográficas
e de saúde); o bloco B, aplicado a adolescentes de ambos os sexos, de 10 a 19 anos 11 meses,
e 29 dias, com 54 questões de acordo com interesses específicos de alguns mestrandos
(variáveis socioeconômicas, comportamentais, demográficas e de saúde); o bloco C, aplicado
aos adultos, 20 anos ou mais, com 130 questões, referentes aos interesses da maioria dos
mestrandos (variáveis socioeconômicas, comportamentais, demográficas e de saúde); o bloco
D, respondido apenas por um morador do domicílio (preferencialmente a dona de casa),
contendo questões socioeconômicas e familiares. Cada entrevistadora possuía uma planilha de
55
domicílio e uma folha de conglomerado, com os domicílios a serem visitados pela
entrevistadora, no setor específico.
3. Manual de Instruções
Paralelamente à redação do questionário, foi elaborado um manual de instruções, para
auxiliar as entrevistadoras no trabalho de campo. Esse instrumento de registro abordava
considerações gerais em relação à realização de entrevistas domiciliares, cuidados, métodos de
abordagem, reversão de recusas, instruções gerais para o preenchimento dos questionários e
instruções específicas por blocos.
4. Amostragem
Foi realizado o processo de amostragem em múltiplos estágios. Inicialmente, houve a
amostra por conglomerados, definidos a partir da grade de setores censitários do Censo
Demográfico de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico. Realizou-se o sorteio
de 144 dos 409 setores de Pelotas, estratificados em relação à renda média do responsável pelo
domicílio, e, posteriormente, listaram-se todos os domicílios de cada um dos 144 setores,
sendo esses classificados quanto ao status de ocupação (residência, comércio ou desabitado).
Após listagem dos domicílios elegíveis, (exclusão dos desabitados e puramente comerciais),
selecionaram-se sistematicamente 10 casas de cada setor, totalizando 1440 domicílios e uma
previsão inicial de 4608 pessoas elegíveis para a amostra (com três anos ou mais de idade).
5. Seleção das batedoras
Com o objetivo de facilitar o trabalho de campo, foi efetuada uma seleção para
batedoras, com a função de atualização dos dados dos domicílios sorteados e classificação do
status de ocupação das residências. Todo esse processo facilitaria o trabalho da entrevistadora,
que receberia o endereço da residência a ser visitada, juntamente com o nome das pessoas e
idade das mesmas, bem como telefone para contato e horário de preferência das entrevistas,
além de uma carta de apresentação, explicando o trabalho a ser desenvolvido. Além disso, o
mesmo diminuiria o viés de seleção, que poderia ocorrer caso ficasse a cargo da entrevistadora
a realização do sorteio do domicílio.
56
As batedoras foram selecionadas através do preenchimento de fichas de inscrição, na
secretaria do Centro de Epidemiologia. Os funcionários e conhecidos foram avisados de que
poderiam divulgar a contratação para o trabalho entre pessoas interessadas em realizar essa
atividade, desde que, estas se enquadrassem nas seguintes condições: tempo livre de 40 horas,
mínimo de 18 anos, ensino médio completo e sexo feminino. Ainda foram critérios de seleção,
a escrita das candidatas, o tempo disponível e a prévia participação em trabalhos dessa
natureza. Todas as pessoas que se enquadravam nesses critérios participaram de um
treinamento na tarde de 22 de setembro de 2003. Depois do treinamento, foram selecionadas
32 candidatas, que iniciariam o trabalho. Vinte candidatas ficaram como suplentes, caso fosse
necessário chamar mais pessoas para a execução do trabalho. No treinamento, foram dadas
todas as orientações dos códigos a serem utilizados, como residência ®, comércio © ou casa
desabitada©, ressaltou-se a importância de verificar com atenção o número da casa, a rua e,
caso não tivesse número, anotar características para identificação nas observações. Foi
orientada também a postura, como lidar com as pessoas, o tipo de roupa adequada, e a forma
mais correta de seguir os setores, fechando quadras e numerando-as.
6. Reconhecimento dos Setores Censitários
Após a análise da logística a ser desenvolvida, buscou-se, através do programa Stata,
um sorteio dos 144 setores que fariam parte da pesquisa. Todos esses, de acordo com o ponto
de partida inicial estabelecido pelo último censo, seriam vasculhados por “batedoras” que
teriam a função de verificar o número de domicílios, que pertenciam, atualmente, ao setor,
bem como a localização de novos domicílios, casas sem moradores
(aluguel/venda/abandonada) ou comércios sem moradia e com moradia anexadas.
Cada mestrando ficou responsável por duas batedoras, que deveriam cobrir o total de
nove setores. Depois de recebida a listagem dos domicílios habitados, foi-lhes dada uma
numeração. Fez-se um sorteio aleatório, pelo programa Stata, para determinar o ponto inicial
(o primeiro domicílio a ser selecionado) e, a partir daí, de acordo com o pulo de cada setor,
que foi estabelecido pelo número total de domicílios do censo, divididos por 10, obteve-se a
listagem dos domicílios de cada setor.
57
7. Carta de apresentação
Após seleção dos domicílios da amostra, os mestrandos foram às residências sorteadas
de seus respectivos setores, com o objetivo de entregar uma carta de apresentação que
continha informações a respeito do trabalho desenvolvido pelo Centro de Pesquisas
Epidemiológicas da UFPEL e do estudo a ser realizado pelos mestrandos. Neste contato, além
da apresentação formal do pesquisador, foram obtidos dados relativos ao número de
moradores da residência, bem como, idade e sexo dos mesmos, um número de telefone para
contato e o melhor horário para a visita da entrevistadora.
8. Seleção das entrevistadoras
Foram selecionadas 77 candidatas, 32 iniciaram a coleta de dados, 45 ficaram como
suplentes. Divulgou-se a seleção através do jornal “Diário Popular”. Procurou-se ter contato
com entrevistadoras que haviam participado de pesquisas anteriores do Centro de Pesquisa,
através do telefone, verificando se teriam algum interesse em participar da seleção. As
interessadas deveriam preencher uma ficha de inscrição, com currículo resumido, horários
disponíveis, além de anexarem foto 3 x 4, na secretaria do Centro de Pesquisas
Epidemiológicas da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas. O processo
de seleção foi realizado em várias etapas, as quais são explicadas abaixo:
8.1 Análise dos currículos resumidos: os critérios pré-estabelecidos, para inclusão
das candidatas, nessa fase inicial, foram: ser do sexo feminino, idade igual ou superior a 18
anos, possuir ensino médio completo e disponibilidade de 40 horas semanais, inclusive finais
de semana, dando preferência a quem possuía experiência prévia em pesquisa ou trabalho com
público, além da verificação da letra da candidata na ficha de inscrição, que deveria ser
preenchida à mão. Nessa primeira seleção foram aprovadas 77 candidatas para a fase seguinte
do processo de seleção.
8.2 Treinamento das entrevistadoras: as 77 candidatas, aprovadas na primeira etapa
do processo de seleção, submeteram-se a um treinamento de 40 horas. Este treinamento
aconteceu no período de 20 a 24 de outubro de 2003, na Faculdade de Medicina da UFPel, e as
selecionadas participaram de uma prova prática, realizando um piloto, em visitas domiciliares,
sob supervisão dos mestrandos. Avaliaram-se individualmente as candidatas. Ao final do
treinamento, estas foram submetidas a uma prova teórica sobre conteúdos abordados no
58
treinamento. As 32 candidatas que tiveram as melhores notas na prova prática e teórica foram
selecionadas para o trabalho de campo, e 45 para suplentes em caso de desistências ou
demissões.
9. Etapas do treinamento
9.1 Apresentação geral: Inicialmente foi realizada a apresentação dos mestrandos e da
coordenadora do trabalho de campo. A seguir ministrou-se uma aula introdutória onde foram
abordados os seguintes temas: histórico resumido do Centro de Pesquisas Epidemiológicas,
importância da pesquisa voltada à saúde, descrição do consórcio de pesquisa, esclarecimentos
sobre remuneração das entrevistadoras, carga horária, importância da entrevistadora na
pesquisa, postura básica da entrevistadora; situações comuns encontradas no trabalho de
campo; aspectos específicos de ser entrevistadora.
9.2 Conhecimento do instrumento de pesquisa: Logo após, realizou-se a leitura do
manual de instruções, com orientações gerais, plantões, inclusões/ exclusões, definições e
etapas do trabalho de campo, além de orientações sobre o preenchimento dos questionários
(números e letras padrão), folhas de conglomerado e planilha de domicílio.
9.3 Conhecimento e entendimento do manual de instrução: Cada mestrando foi
responsável pela leitura explicativa de sua parte específica do manual de instruções e
esclarecimento de dúvidas. Houve também a explicação do bloco domiciliar por um dos
mestrandos.
9.4 Dramatizações: Foram realizadas dramatizações, de variadas formas,
primeiramente mestrando entrevistando pessoas da população (na sala de treinamento) e
candidatas entrevistando outras candidatas, sempre sob supervisão.
9.5 Logística do trabalho de campo: Foi explicada toda a logística do trabalho de
campo (piloto), a ser realizado no dia 23 de outubro.
9.6 Prova Prática: O penúltimo dia do treinamento consistiu-se das entrevistas
domiciliares, pelas candidatas, supervisionadas pelos mestrandos. No último dia, pela manhã,
as entrevistadoras que não haviam realizado, pelo menos uma aplicação do bloco C e do bloco
B ou bloco A, juntamente com o bloco D, deveriam fazê-las, sob supervisão. Estas entrevistas
foram efetuadas num setor censitário, não incluído posteriormente na amostra.
59
9. 7 Prova teórica: No último dia de treinamento, as candidatas foram submetidas a
uma prova teórica que constou de questões relativas aos conteúdos desenvolvidos durante a
semana. A nota da prova teórica, mais a avaliação da prova prática, conduta, pontualidade,
apresentação, comunicação e motivação forneceram subsídios para a seleção final das
entrevistadoras que fizeram parte do trabalho de campo.
10. Estudo Pré-Piloto
O estudo pré-piloto realizou-se no mês de julho de 2003, com a reunião dos
questionários de todos os mestrandos. Os próprios pesquisadores foram a campo para testar o
instrumento, e houve um treinamento rápido, em que os mestrandos explicaram sua parte
específica do questionário. Para a realização do pré-piloto, foi escolhido um setor, que não iria
fazer parte da amostra, de nível econômico médio-baixo. Esse foi dividido em quarteirões, e
cada mestrando deveria visitar de 4 a 5 domicílios. Ao final desse pré-piloto, verificou-se
terem sido feitas 196 entrevistas, sendo 22 no Bloco A, 33 no Bloco B e 141 no Bloco C.
Através do pré-piloto fez-se um levantamento de falhas, dúvidas e reformulação das questões,
para manter uma boa qualidade do trabalho a ser desenvolvido. Esta experiência também
serviu de subsídio a ser repassado às entrevistadoras, quando no treinamento destas.
11. Estudo Piloto
O estudo Piloto realizou-se como parte do processo de seleção e treinamento das
entrevistadoras, e também com a finalidade de ajuste da sistemática da coleta de dados,
treinamento da codificação e análise inicial. A partir de um setor censitário, que não estava
incluído na amostra, cada mestrando foi a campo, com um grupo de candidatas e avaliou-as
durante entrevistas completas. Este estudo aconteceu de 23 e 24 de outubro de 2003.
12. Logística do trabalho de campo
12. 1 Coleta de dados
Durante o período de 29 de outubro a 21 de dezembro de 2003, foi realizada e
previamente divulgada esta pesquisa nos principais meios de comunicação da cidade de
Pelotas. Visitaram-se um total de 1554 domicílios, nos 144 setores censitário da amostra,
60
sendo que, cada mestrando ficou responsável por supervisionar 2 entrevistadoras e 9 setores
censitários.
Para a coleta dos dados, as entrevistadoras apresentavam-se em cada domicílio,
portando uma carta de apresentação idêntica a que foi, anteriormente, entregue pelos
pesquisadores, crachá de identificação, cópia da reportagem publicada no jornal Diário
Popular e todo o material necessário para a entrevista. Este material consistia de: lápis,
borracha, apontador, planilhas de domicílios, folhas de conglomerado, blocos de questionários
A, B, C e domiciliar, folha plastificada relativa à pesquisa específica de atividade física, bloco
de fotos de alimentos relativo à pesquisa específica de alimentação infantil, balança e
estadiômetro. Este material era colocado em uma sacola fornecida a cada entrevistadora.
Entrevistaram-se individualmente os moradores de cada domicílio cuja idade era igual
ou superior a três anos. As entrevistadoras receberam orientação para realizarem em média
seis a oito entrevistas por dia e codificarem os questionários ao final de cada dia de trabalho,
visitando 1530 domicílios, com 4639 pessoas elegíveis. Houve 139 perdas e recusas,
totalizando, 4500 pessoas entrevistadas. Destas, 580 eram crianças, 820 adolescentes e 3100
adultos.
12.2 Acompanhamento do trabalho de campo
Inicialmente, reuniões semanais entre os mestrandos e as entrevistadoras foram
necessárias para esclarecer dúvidas em relação ao questionário, manual de instrução e logística
do trabalho de campo. Essas reuniões se tornaram desnecessárias, à medida que foram
esclarecidos os principais questionamentos a respeito do trabalho.
Semanalmente, houve reuniões entre entrevistadora e seu supervisor, conforme escala
previamente determinada. Nestas, eram entregues os questionários feitos na semana anterior,
os quais eram revisados, etiquetados e entregues a uma arquivista responsável pela divisão dos
mesmos, em lotes, que seriam encaminhados à primeira digitação. Eram esclarecidas dúvidas
quanto à codificação das variáveis, respostas do questionário e logística do estudo, e, ainda,
reforçado o uso do manual de instruções, controladas as planilhas de conglomerado e
domiciliar, verificado o seguimento rigoroso da metodologia da pesquisa, calibrada a balança
e reposto o material utilizado. Semanalmente, com as entrevistadoras, era avaliada se a
produção de entrevistas estava dentro do previsto e entregue folhas de exclusão, perdas e
recusas, para conferência e posterior tentativas de reversão, quando fosse o caso.
61
Além das reuniões, cada entrevistadora recebeu um cartão telefônico a fim de
comunicar-se com seu supervisor para esclarecimento de alguma dúvida e, aos finais de
semana, foi elaborada uma escala de plantões, para que as mesmas pudessem dispor de um
supervisor, caso fosse preciso. As atividades do consórcio tinham como local uma sala
destinada para tal fim, a qual estava sob responsabilidade de uma arquivista, que organizava
todo o material destinado à pesquisa, assim como os questionários recebidos.
12.3 Codificação
A coluna da direita do questionário, onde estavam as variáveis, foi utilizada para
codificação. O preenchimento era feito pelas entrevistadoras, ao final de cada dia, e,
posteriormente, revisado pelo supervisor responsável. Um grupo de mestrandos fez a
verificação de parte dos questionários revisados de cada um dos pesquisadores como forma de
controle de qualidade. Os questionários que apresentaram problemas foram novamente
revisados.
12.4 Digitação
A digitação teve início logo após o recebimento e revisão dos primeiros questionários
entregues pelas entrevistadoras. Utilizou-se o programa EpiInfo 6.0 para a entrada dos dados e
a digitação foi efetuada por uma equipe de dois digitadores sob supervisão de uma arquivista,
que recebia os questionários, dividia-os em lotes e os liberava para a digitação que, sendo
dupla, gerou um terceiro arquivo capaz de detectar possíveis erros, que foram corrigidos, com
base na resposta original do questionário.
Após, os dados foram transferidos para o programa estatístico Stata 8.0 através do software
Stat Transfer 5.0, tornando-se parte do banco de dados que serviria de base para posterior
análise.
12. 5 Análise das inconsistências
Durante a organização do banco de dados do estudo, cada mestrando construiu uma
série de comandos baseados nas prováveis respostas que deveriam ser encontradas nas
variáveis específicas do seu questionário para detectar possíveis inconsistências entre as
respostas. Através do programa Stata 8.0, foi rodado o programa de inconsistências e, à
medida que este programa era executado verificou-se a existência de inconsistências, que
foram corrigidas, através de busca no questionário. Quando o questionário não era suficiente
62
para solucionar as inconsistências encontradas, fez-se necessário o retorno do supervisor ao
domicílio correspondente.
12. 6 Controle de qualidade
A qualidade dos dados coletados foi prioridade, desde o período que antecedeu o
campo e durante sua realização. Para tal, houve cuidados desde a seleção das entrevistadoras,
testagem do questionário padronizado (pré-piloto e piloto), elaboração dos manuais
(detalhando instruções e exemplificando), treinamento das entrevistadoras e supervisão
permanente, durante o trabalho de campo. Para o controle de qualidade posterior às
entrevistas, houve re-entrevistas, sendo utilizado um questionário padronizado. Esse continha
identificação, data da entrevista, endereço, código do supervisor e da entrevistadora, com 17
perguntas chave dos estudos desenvolvidos, sendo aplicado pelos mestrandos a 10% dos
domicílios visitados pelas entrevistadoras, no prazo máximo de 7 dias após a visita domiciliar
da mesma (Anexo 5). O questionário proporcionaria a realização do Teste de Kappa, através
das perguntas-chave de cada mestrando.
13. Perdas, recusas e exclusões
Foram consideradas perdas ou recusas todos os indivíduos da amostra que, depois de
três visitas da entrevistadora e, pelo menos, uma do supervisor de campo, não responderam ao
questionário. As principais razões para perdas ou recusas foram causadas por indivíduos que
não se encontravam no domicílio na ocasião das visitas; outros, alegaram falta de tempo para
responder ao questionário ou se negaram a responder por opção pessoal. Também foram
consideradas perdas, quando os indivíduos, no período da coleta de dados, se encontravam
impossibilitados de responder por estarem viajando, doentes, etc.
A proporção final geral de perdas e recusas do consórcio de pesquisa foi de 3% (139
pessoas) Dessa, 6,2% foram do sexo masculino e 3,7% do sexo feminino. As exclusões
caracterizaram-se por indivíduos não elegíveis para o estudo, de acordo com critérios pré-
estabelecidos, entre os quais: doentes mentais, moradores do domicílio com idade inferior a 20
anos ou superior a 65 anos, indivíduos que estivessem morando temporariamente no local ou
empregadas domésticas que não dormissem no emprego. No total, foram excluídos 47
indivíduos (1,01%), sendo 23 do sexo masculino e 24 do sexo feminino. De acordo com os
blocos, houve 41 exclusões para o bloco C, 5 para o bloco B e 1 para o Bloco A.
63
14. Cronograma do Trabalho de Campo
Ano 2003 2004
Atividades Meses jun jul ago set out nov dez jan fev mar
Elaboração do instrumento de pesquisa
X X X X X
Manual de Instruções X X X
Amostragem X
Reconhecimento dos setores censitários
X X
Visita do pesquisador X X
Seleção das entrevistadoras X X
Treinamento das entrevistadoras X
Estudo pré-piloto X
Estudo piloto X
Coleta de dados X X X
Acompanhamento do trabalho de campo
X X X
Codificação X X X
Digitação X X X
Análise das incosistências X X
Controle de qualidade X X X
Padronização dos dados X
64
3. ARTIGO
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À ENXAQUECA NA
POPULAÇÃO ADULTA DE PELOTAS, RS.
* Este artigo será submetido à publicação na Revista de Saúde Pública.
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À ENXAQUECA NA POPULAÇÃO ADULTA DE PELOTAS, RS.
PREVALENCE AND RISK FACTORES OF MIGRAINE IN THE ADULTS POPULATION OF PELOTAS, RS.
Título Corrido: Prevalência e determinantes da Enxaqueca. LUCIANE SCHERER PAHIM 1
ANA M. B. MENEZES 1
ROSÂNGELA LIMA 1
1) Programa de Pós-graduação em Epidemiologia – Universidade Federal de Pelotas. Luciane Scherer Pahim Rua Gomes Carneiro, 2233, apartamento 303 A CEP 96010- 610 Pelotas-RS, Brasil. email: lpahim@epidemio-ufpel.org.br
66
Resumo
Introdução – a enxaqueca é uma doença de alta prevalência, com importantes
repercussões nas atividades diárias dos indivíduos predispostos. O objetivo do
presente estudo foi identificar a prevalência da enxaqueca no último ano, em adultos
da zona urbana da cidade de Pelotas e verificar associações como fatores
demográficos, socioeconômicos e, dentre as mulheres, utilização de anticoncepcional
hormonal e menstruação regular nos últimos três meses.
Material e Métodos - utilizou-se delineamento transversal de base-populacional, com
amostragem em múltiplos estágios e probabilística. Foram entrevistados 2715
indivíduos, de 20 a 64 anos, aos quais aplicou-se um questionário utilizando as
recomendações da International Headache Society (IHS) para a definição do desfecho.
As análises bruta e ajustada foram realizadas através de Regressão de Poisson,
levando em consideração o efeito de delineamento do estudo.
Resultados – a prevalência de cefaléia e enxaqueca no último ano foram
respectivamente 71,3% (IC95% 69,6 a 73,0) e 10,7% (IC 95% 9,4 a 12,1); as mulheres
apresentaram quatro vezes mais enxaqueca do que os homens (16,2% versus 3,9%) e
indivíduos com cor de pele branca apresentaram um risco 1,4 vezes maior do que os
de cor não branca. Mulheres em uso de anticoncepcional oral ou injetável
apresentaram 1,3 vezes mais enxaqueca do que as que não o fazem. Nível
socioeconômico e menstruação regular nos últimos três meses não mostraram
associação com enxaqueca.
Conclusão – Estes resultados revelam a alta prevalência de cefaléia e a importância
do reconhecimento e manejo da enxaqueca, principalmente nas mulheres.
Palavras-chave: Enxaqueca, Cefaléia, Prevalência, Fatores de risco, Adultos.
67
Abstract
Introduction – Migraine is a disease of high prevalence with important repercussions
in the daily activities of the premade use individuals. The present study aimed to
identify the prevalence of migraine in the last year, in adults resident in the urban area
of the city of Pelotas and to verify the association with demographic and socioeconomic
variables and to evaluate, among women, the use of hormonal contraceptives and
regular menstruation in the last three months.
Material and Methods – A cross-sectional population-based study with a multi-stage
and probabilistic sampling was used. A total of 2,715 individuals aged 20 to 64 years
old were interviewed and a questionnaire was applied according to the
recommendations of the International Headache Society for defining the main outcome.
Crude and adjusted analysis were carried out through poisson regression, taking into
account the design effect of the study.
Results – The prevalence of headache and migraine in the last year was respectively
71.3% (IC95% 69,6 a 73,0) and 10.7% (CI95% 9.4; 12.1); women had a risk four times
greater than men and people with white skin had a risk 1.4 times greater than people
with non-white skin colour. Women taking oral contraceptives or injection against
pregnancy showed a risk for migraine 1.3 times greater than women not taking this
medicine. Socioeconomic level and regular menstruation in the last three months were
not associated with migraine.
Conclusion – These results show the high prevalence of headache and the
importance of recognizing migraine and its management, mainly in the women.
keywords: Migraine, Headache, Prevalence, Risk factors, Adults.
68
Introdução
A enxaqueca é uma doença neurológica, caracterizada por um grupo de sinais
e sintomas, predominando cefaléia repetitiva, de localização uni ou bilateral, de
caráter pulsátil e, freqüentemente, com náuseas, vômitos, fotofobia e/ou fonofobia.
Suas manifestações são decorrentes de uma disfunção bioquímica cerebral, com
origem no sistema límbico, de caráter hereditário. 15
Na classificação da International Headache Society (IHS), a enxaqueca está
incluída no grupo de cefaléias primárias, estando entre as primeiras vinte doenças,
no ranking da Organização Mundial da Saúde, como causadoras de incapacidade. É
considerada por alguns autores mais incapacitante do que doenças como a
hipertensão arterial, a osteoartrite e a diabetes. Acarreta além do sofrimento
individual, um prejuízo econômico através de custos diretos (atenção médica,
medicamentos) e custos indiretos (diminuição da produtividade e falta ao trabalho). 4
A enxaqueca é desencadeada por vários fatores, de ordem intrínseca ou
extrínseca, devido a um limiar mais baixo que o indivíduo enxaquecoso possui a
certas exposições, o que conduz a uma cascata de eventos, culminando na dor. 11
Quanto aos fatores associados à enxaqueca descritos na literatura, há
consenso de que as mulheres são as mais afetadas. 10, 17 Outros determinantes de
enxaqueca, tais como: idade, cor da pele, nível socioeconômico, uso de
anticoncepcionais e outros hormônios são também mencionados, apesar de não
haver consenso quanto a essas associações. Em relação à idade, a maior parte dos
estudos mostra uma prevalência maior de enxaqueca no adulto jovem. 7,16,18 Os
resultados quanto à cor da pele são discordantes: no estudo de Waters26 (1994) e
69
Stewart et al23 (1995) foi detectada associação entre enxaqueca e cor de pele
branca, enquanto no de Queiroz14 (2001) não foi encontrada tal associação.
O mesmo acontece para a associação de enxaqueca com variáveis
socioeconômicas; alguns estudos mostram que a enxaqueca está associada a baixo
nível socioeconômico14, 24, enquanto outros12 não demonstram tal associação.
É referido na literatura que um percentual expressivo das mulheres (40 a 50%)
tem ataques de enxaqueca antes, durante ou logo após a menstruação, o que
aponta para uma associação da enxaqueca com níveis hormonais femininos. Há
também estudos relacionando enxaqueca com uso de anticoncepcionais; 18 a 50%
das mulheres pioram dos quadros cefalálgicos pré-existentes, ou iniciam a
apresentá-los com o uso de anticoncepcionais hormonais. 21. Outros autores
consideram que os anticoncepcionais hormonais podem não causar alterações ou
até melhorar os quadros de dor. 3, 20
O primeiro critério sistemático para classificar as cefaléias foi criado em 1962
pelo Ad Hoc Committee, do Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA. Em 1988, a
International Headache Society8, através da criação da classificação para critérios
diagnósticos de cefaléias, neuralgias craniais e dor facial, possibilitou que estudos de
base populacional começassem a ser realizados com uma maior qualidade e
comparabilidade; no ano de 2004, essa classificação foi atualizada sem alterações
significativas quanto ao critério diagnóstico. A partir dessa classificação (IHS 8) ,
vários estudos foram realizados em diversos países para detectar a prevalência de
enxaqueca, sendo importante ressaltar que as prevalências encontradas conforme
os diferentes estudos variam de 4,7% em Hong Kong5 até 22,1%, no Brasil. 14
70
O presente estudo objetivou conhecer a distribuição da enxaqueca na
população adulta de Pelotas e alguns de seus determinantes, o que poderá auxiliar a
definir os grupos de alto risco para enxaqueca.
Métodos
De outubro a dezembro de 2003, realizou-se estudo de delineamento
transversal, na área urbana de uma cidade ao sul do Brasil – Pelotas - com
aproximadamente 320 000 habitantes. Essa amostra foi selecionada por múltiplos
estágios, tendo como unidade amostral primária os setores censitários. Após
estratificação, conforme a renda média do responsável pela família, sortearam-se
144 setores com probabilidade proporcional ao tamanho, dos 409 setores censitários
da cidade. O número de domicílios dentro de cada setor censitário foi sorteado de
forma sistemática, levando em conta o tamanho do mesmo; a média do número de
domicílios por setor foi em torno de 10. Todos os indivíduos dos domicílios sorteados
foram entrevistados, sendo que, para o presente estudo a amostra restringiu-se a
indivíduos de 20 a 64 anos.
Em razão desta pesquisa ser parte de um consórcio de vários mestrandos,
com diferentes desfechos de interesse, o tamanho de amostra foi calculado para
contemplar os objetivos de todos mestrandos, totalizando 2715 pessoas da faixa
etária de 20 a 64 anos. Para o desfecho aqui estudado, considerando uma
prevalência de 10,7%, erro aceitável de 2,2, acréscimo de 10% para perdas e efeito
de delineamento de 1,3, seriam necessários 1084 indivíduos. Em relação aos fatores
de risco, o tamanho da amostra estudado correspondeu a uma margem de erro de
1,5 pontos percentuais, nível de significância de 95%, poder de 80%, com riscos
71
relativos em torno de 1,7 para as variáveis demográficas e socioeconômicas e de 1,5
para as variáveis hormonais.
Para definir o desfecho enxaqueca foi utilizado o critério estabelecido pela
Sociedade Internacional de Cefaléia (IHS, 1988): ou seja, presença de cefaléia com,
no mínimo, cinco ataques, com duração média de 4 a 72 horas (não tratadas ou
tratadas sem sucesso), com pelo menos duas das seguintes características:
localização unilateral, qualidade pulsátil, intensidade moderada ou forte e agravada
por atividade física rotineira. No período de dor, deveriam estar presentes pelo
menos um dos sintomas: náuseas e/ou vômitos, piora da dor com luz (fotofobia) e
piora da dor com sons (fonofobia). Considerou-se para avaliação as cefaléias que
ocorreram no último ano.
As variáveis independentes avaliadas foram: sexo, cor da pele (categorizada
em branca e não branca pelo entrevistador), escolaridade (anos completos de
estudo) e nível econômico medido através da classificação da Associação Nacional
de Empresas de Pesquisa (ANEP), dividido em cinco categorias (onde A era o grupo
de mais alto nível econômico). Dentre as mulheres da faixa etária de 20 a 49 anos,
avaliou-se a utilização de anticoncepcional hormonal (sim ou não) e menstruação
regular nos últimos três meses (sim ou não) definida como “ter menstruado
normalmente nos últimos três meses”.
Os indivíduos foram considerados como perdas (ou não respondentes) após
três contatos pelas entrevistadoras e pelo supervisor do estudo.
Efetuou-se a análise estatística através do programa STATA 8.0. Utilizou-se
regressão de Poisson levando em conta o efeito do delineamento. A medida de efeito
foi a razão de prevalência com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. A
72
análise ajustada baseou-se em um modelo no qual as variáveis demográficas e
socioeconômicas estavam em um primeiro nível, seguidas pelas variáveis hormonais
em um segundo nível e o desfecho no último nível.Também realizou-se análise
estratificada por sexo.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade
Federal de Pelotas, e todos os indivíduos entrevistados foram informados dos
aspectos gerais da pesquisa, tendo sido obtido o consentimento informado.
Resultados
No período de outubro a dezembro de 2003, foram entrevistadas 2715
pessoas, na faixa etária de 20 a 64 anos. Houve 120 perdas, recusas e exclusões, o
que correspondeu a 4,4% das pessoas elegíveis nos domicílios amostrados.
A maioria da população estudada era de cor de pele branca (81%), mais da
metade se encontrava na faixa etária inferior aos 40 anos (52%), sendo 56% do sexo
feminino. Em relação ao nível socioeconômico, observou-se que 41% da população
pertenciam às categorias mais baixas da classificação ANEP (D e E), conforme
Tabela 1.
As variáveis menstruação e uso de anticoncepcional hormonal também
aparecem na Tabela 1. A amostra era constituída por 1513 mulheres (56%), das
quais 1160 mulheres estavam na faixa etária de 20 a 49 anos. Destas, 30 estavam
grávidas (n=1130), sendo que as demais responderam as questões referentes à
utilização de anticoncepcional hormonal. Houve ainda 271 mulheres do total de 1160
que não menstruaram regularmente nos últimos três meses devido a várias
73
situações: gravidez, história de aborto recente, utilização ininterrupta de
anticoncepcional hormonal, menopausa precoce e/ou problemas hormonais.
A prevalência dos sintomas de enxaqueca, estabelecidos pela Sociedade
Internacional de Cefaléia (IHS8), é mostrada no Quadro 1; a prevalência de cefaléia
no último ano, também apresentada no Quadro 1, foi de 71,3% (IC 95% 69,6 a 73,0).
A prevalência geral de enxaqueca no último ano foi de 10,7% (IC 95% 9,4 a
12,1), sendo cerca de quatro vezes mais prevalente entre as mulheres do que entre
os homens; o efeito de delineamento foi de 1,3, coincidindo com o estimado no
cálculo do tamanho amostral, com correlação intraclasse de 0,019.
Na Tabela 2, estão ressaltadas as principais características da enxaqueca
nessa população; 93,5% dos enxaquecosos apresentavam algum tipo de limitação
nas suas atividades de vida diária na presença da dor, 71,8% tinham dor do tipo
latejante ou pulsátil e 86,5% pioravam da dor com atividades como caminhar ou subir
escadas.
Das 889 mulheres que menstruavam regularmente nos últimos três meses,
13,7% apresentavam enxaqueca relacionada ao período menstrual e das 494 que
utilizavam anticoncepcional hormonal, 51% apresentavam enxaqueca e 32,5%
acusaram aumento da mesma com o uso de pílula ou injeção para não engravidar.
A Tabela 3 mostra a análise bruta e ajustada por regressão de Poisson, com
as razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Na
análise bruta, observou-se que as mulheres apresentaram quatro vezes mais
enxaqueca do que os homens. A análise ajustada seguiu o modelo hierarquizado,
definido na seção da metodologia. A variável sexo, quando ajustada para idade, cor
da pele e nível socioeconômico, permaneceu significativamente associada com
74
enxaqueca (p<0,001). Idade e nível socioeconômico não mostraram associação com
enxaqueca em ambas análises. As pessoas de cor de pele branca apresentaram
30% mais enxaqueca do que as pessoas de cor parda ou preta. Após o controle para
as variáveis socioeconômicas e demográficas, esta associação permaneceu
significativa.
Menstruar regularmente nos últimos três meses não se mostrou associado à
enxaqueca em ambas análises. As mulheres que utilizaram anticoncepcional
hormonal apresentaram um risco 40% maior de ter enxaqueca comparadas às que
não utilizam esse método; essa associação permaneceu, mesmo após controle para
variáveis demográficas, socioeconômicas e menstruação regular.
Todas as análises acima também foram estratificadas por sexo, mas os
resultados (não apresentados aqui) foram semelhantes aos de toda amostra.
Discussão
A enxaqueca é uma cefaléia de imenso impacto social e econômico, o que
resulta em perda de dias de trabalho em função dos ataques de dor, diminuição da
produtividade, sofrimento pela ansiedade de novos ataques de dor e incapacidade
para a realização de atividades de vida diárias.
O critério diagnóstico determinado pela IHS é mundialmente aceito, tendo sido
criado com o objetivo de uniformizar o diagnóstico das cefaléias. Alguns autores tais
como Rasmussen et al19 (1991) e Merikangas et al13 (1994) validaram esse critério
internacionalmente.
É intrigante constatar a ampla variabilidade da prevalência de enxaqueca em
nível mundial. Em um primeiro momento, pensa-se em atribuir um fator geográfico
75
como possível causa para esta variabilidade. Entretanto, avaliando os achados da
literatura, conclui-se não haver consistência no sentido de que, um determinado
continente, ou zona geográfica, apresente, sistematicamente, prevalências mais altas
de enxaqueca do que outros lugares.
A composição demográfica dos diferentes estudos poderia ser outro fator
determinante dessa variabilidade da prevalência de enxaqueca, já que mulheres e
pessoas jovens apresentam maior risco para esta morbidade, segundo a literatura. O
estudo de meta-análise de Stewart et al24 (1992) demonstrou que sexo e idade são
os principais fatores responsáveis pela variação nos achados de prevalência da
enxaqueca; através da análise por regressão linear, o autor apontou que o sexo é
responsável por 15% dessa variabilidade, sendo que este somado à idade, responde
por 30% de tais diferenças. Outro autor, Raffaeli15 (2003), ainda ressalta que as
diferenças de prevalência da enxaqueca segundo sexo começam a aparecer já na
adolescência e devem-se em grande parte a fatores hormonais.
Os resultados do presente estudo são semelhantes aos de Rasmussen18
(1993) em cuja pesquisa de base populacional, em Copenhague, na Dinamarca,
avaliando indivíduos de 25 a 64 anos, encontrou uma prevalência de enxaqueca de
10%. Já no estudo de Queiroz14 (2001), em indivíduos de 15 a 64 anos, na cidade de
Florianópolis, Brasil, foi encontrada uma prevalência duas vezes maior (22,1%). Não
parece que o fato de a faixa etária estudada por Queiroz ter incluído pessoas de 15
anos possa explicar tão grande diferença.
Outra hipótese a ser pensada para o entendimento da variabilidade da
prevalência da enxaqueca diz respeito ao critério utilizado para definí-la. Apesar de
haver um critério aparentemente objetivo e uniforme, é possível que, ao ser
76
elaborado um instrumento que o contemple, possa haver modificações na
elaboração das perguntas, o que poderia, talvez, explicar a variabilidade encontrada.
Dois outros aspectos merecem ser destacados na interpretação dos achados
aqui expostos. Um deles diz respeito à possível subestimativa da prevalência de
enxaqueca, já que as pessoas, com tratamento adequado, responderiam
negativamente a pergunta sobre a presença de cefaléia no último ano. Outro fator a
ser salientado é a possibilidade de um viés de memória, minimizado neste estudo
pela presença de cefaléia apenas no “último ano”. Estes dois pontos também foram
limitações para os demais estudos aqui mencionados, não sendo, portanto,
responsáveis pela prevalência de cerca de 10% neste estudo comparada às
prevalências de 5% em alguns locais até 20% em outros.
As características da enxaqueca, observadas na amostra estudada, estão de
acordo com o que é descrito na literatura, ou seja, a maioria dos enxaquecosos
apresenta dor do tipo latejante ou pulsátil, dificuldade de realização de atividades da
vida diária, bem como piora da dor com ruídos, presença de luz ou atividades físicas.
Dentre os fatores associados à enxaqueca, destaca-se o sexo feminino como
tendo quatro vezes maior risco para enxaqueca do que o sexo masculino. Esse
achado é unânime na literatura e é possível que a explicação seja decorrente do fato
de que o cérebro masculino funciona sempre no mesmo ritmo, enquanto o sistema
límbico feminino muda de ritmo duas vezes ao mês, para produzir ora estrogênio, ora
progesterona; tais oscilações poderiam desencadear dor de cabeça em pessoas
predispostas.15
77
Podemos ainda destacar que outras cefaléias, como cefaléia tensional,
também apresentam maior prevalência em grupos femininos, verificado em um
estudo de base populacional em Porto Alegre. 2
A associação entre enxaqueca e cor da pele branca apresentou-se
consistente com outros estudos, podendo ser decorrente de uma possível
vulnerabilidade genética; a literatura revela que indivíduos de cor da pele negra
apresentam altos níveis da enzima “phenolsufotransferase ” considerada como fator
protetor para enxaqueca, por metabolizar substâncias vasodilatadoras como a
tiramina. 1,22 26.
A diferença de prevalência de enxaqueca nas diferentes faixas etárias é mais
pronunciada em mulheres do que em homens, segundo vários autores. 9,26. No
presente estudo, não houve variação do resultado analisando homens e mulheres
em conjunto e aquela realizada somente para o grupo do sexo feminino; cabe
ressaltar que apesar de não ter havido diferença significativa quanto às várias faixas
etárias, houve um leve decréscimo a partir dos 40 anos, com a mais baixa
prevalência na faixa etária acima de 50 anos, o que é consistente com os estudos de
Waters26 (1994) e Henry et al9 (2002).
Queiroz14 (2001), avaliando a associação entre enxaqueca e variáveis
indicativas socioeconômicas, não encontrou associação entre enxaqueca e nível de
instrução, embora tenha encontrado uma tendência linear de quanto menor a renda
familiar, maior a prevalência de enxaqueca.
A situação econômica no estudo aqui apresentado foi avaliada através da
classificação ANEP em quintis, não se mostrando associada significativamente com
enxaqueca, o que é consistente com estudos europeus atuais, conduzidos em países
78
como Hungria, Alemanha, Bélgica e Dinamarca, já citados anteriormente.
Aparentemente, diferente da maioria das doenças, a enxaqueca não parece ter
influência de fatores socioeconômicos, mas, sim, de fatores demográficos.
Ao estudar-se a associação entre enxaqueca e menstruação, deve ser
destacada uma diferença importante entre enxaqueca menstrual e enxaqueca
relacionada à menstruação; a enxaqueca pode estar relacionada à menstruação,
mas não ocorrer exclusivamente nesse período; já a enxaqueca menstrual,
propriamente dita, ocorre exclusivamente nesse período. Ambas são exacerbadas
pelas alterações nos níveis de estrógeno. O presente estudo avaliou a associação
entre enxaqueca e mulheres que menstruam regularmente, na faixa etária de 20 a 49
anos, não encontrando uma diferença significativa entre presença de enxaqueca e
menstruação regular nos últimos três meses.
Couturier et al6 (2003) realizaram um estudo de base populacional na
Holanda, com 1181 mulheres de 13 a 55 anos, encontrando uma prevalência de
enxaqueca menstrual de 3%. Rasmussen18 (1993) em uma amostra aleatória, em
Copenhague, verificou que 24% das mulheres declaravam menstruação como fator
precipitante de enxaqueca, sendo que destas, 67% tinham seus ataques de dor um a
dois dias antes da menstruação.
Quando se avalia a utilização de anticoncepcionais hormonais e a prevalência
de enxaqueca, deve-se ter em mente a possibilidade de causalidade reversa, pois a
prevalência de enxaqueca foi avaliada no último ano, enquanto a utilização de
anticoncepcional hormonal foi avaliada no momento atual.
Para uma conclusão mais específica, seria necessário avaliarmos o tempo de
utilização e o tipo de anticoncepcional hormonal utilizado. Não há um consenso na
79
literatura sobre este aspecto, principalmente porque há uma variabilidade de
composições nos anticoncepcionais atuais, visto que muitas combinações são
testadas para tratamento de enxaqueca. Becker3 (1999), Silberstein e Merrian20,
(1999) em seus artigos de revisão, destacam que o uso de anticoncepcional
hormonal pode piorar a enxaqueca pré-existente, não ocasionar mudanças, ou até
mostrar melhorias, sendo que uma variabilidade individual contribui para que isso
ocorra.
Pode-se concluir que a enxaqueca é uma doença que afeta principalmente as
mulheres, estando associada ao uso de anticoncepcional e à cor de pele branca.
Pesquisas com maior especificação dos anticoncepcionais hormonais, tais
como tipo e tempo de uso, devem ser realizadas para melhor esclarecimento da
associação entre enxaqueca e anticoncepção. Também pode ser considerada como
limitação do estudo a não inclusão de variáveis como estado marital eventos
produtores de stress e outras variáveis
Parece-nos importante a vinculação da enxaqueca aos programas de saúde
da mulher, já que são essas as mais afetadas pelo problema; além disso, muitas
podem não ter acesso a tratamentos efetivos, o que pode contribuir para a
cronificação da mesma ou contribuição para a manifestação de cefaléia crônica
diária, por automedicação.
Pela variabilidade de fatores que predispõe à enxaqueca e devido à variação
individual, é necessário que o paciente, juntamente ao seu médico, identifique os
fatores de risco ou desencadeadores das crises para que possa receber o tratamento
adequado. Isso evitará sofrimento e custos desnecessários aos pacientes e seus
familiares, já que a enxaqueca é uma doença que acarreta tão má qualidade de vida.
80
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84
Tabela 1 – Descrição da amostra de adultos (20 – 64 anos), conforme variáveis demográficas e socioeconômicas. Pelotas, RS, 2003.
* O máximo de valores ignorados foi 1,2 %
Variáveis * N ** % Sexo Masculino 1202 44,3 Feminino 1513 55,7 Idade (anos) 50 – 64 631 23,2 40 – 49 680 25,0 30 – 39 645 23,8 20 – 29 759 28,0 Cor da pele Não branca 524 19,3 Branca 2191 80,7 Nível Econômico (ANEP) A 138 5,1 B 566 20,9 C 899 33,3 D 935 34,6 E 165 6,1 Menstruação ** (n=1160) Não 270 23,3 Sim 889 76,7 Anticoncepcional Hormonal ** (n=1130) Não 635 56,2 Sim 494 43,8 Total 2715 100,0
** Somente para mulheres com idade entre 20 e 49 anos
86
Quadro1 – Critérios para Classificação da Enxaqueca segundo Sociedade Internacional de
Cefaléia (IHS)
Critérios N * % Critério 1 Presença de cefaléia **
1936 71,3%
No mínimo 5 crises 1255 65,0% Duração de 4 a 72 horas * 566 29,5% Atendem o critério 1 471 17,5% Critério 2 (no mínimo duas características) Localização unilateral 475 24,7% Qualidade pulsátil 1083 56,4% Intensidade moderada ou severa 1303 48,0% Agravada por atividade física rotineira 1042 38,9% Atendem critério 2 1338 49,3% Critério 3 ( Presença de no mínimo um dos sintomas durante cefaléia)
Náuseas e/ou vômitos 427 22,0% Fotofobia e fonofobia 836 30,9% Atendem o critério 3 972 35,8% Atendem os 3 critérios 289 10,7%
*: número máximo de valores ignorados foi < 1,0%. **: cefaléia correspondente ao último ano.
87
Tabela 2 – Características da enxaqueca em adultos (20- 64 anos) de Pelotas, RS, 2003.
Variáveis * n % Localização da dor de cabeça Em um dos lados 76 26,3 Alterna entre um e dois lados 64 22,1 Nos dois lados 149 51,6 Tipo de dor Latejante/ Pulsátil 207 71,8 Pressão ou aperto 42 14,6 Fisgada ou pontada 28 9,8 Outro 11 3,8 Dor atrapalha atividades diárias Não 19 6,5 Sim, um pouco 169 58,5 Sim, totalmente 101 35,0 Vontade de vomitar ou enjôo Não 138 47,6 Sim 151 52,4 Piora na presença de luz Não 30 10,4 Sim 259 89,6 Piora com barulhos Não 20 6,9 Sim 269 93,1 Piora com atividades como caminhar, subir escadas
Não 39 13,5 Sim 249 86,5 Total 289 100,0
* O número máximo de valores ignorados foi menor que 1,0%.
88
Tabela 3 – Análise bruta e ajustada por Regressão de Poisson (RP=razão de prevalências) para enxaqueca e fatores associados. Pelotas, RS, 2003.
Análise Bruta Análise Ajustada Variáveis *** % Valor p RP (IC 95%) Valor p RP (IC 95%) Sexo (n = 2715) < 0,001 * < 0,001 * Masculino 3,9 1,0 1,0 Feminino 16,2 4,2 (3,0 – 5,9) 4,3 (3,0 – 6,0) Idade (anos) (n=2715) 0,1 # 0,09 # 50 – 64 9,0 1,0 1,0 40 – 49 10,6 1,2 (0,8 – 1,6) 1,2 (0,8 – 1,7) 30 – 39 11,6 1,3 (0,9 – 1,8) 1,3 (1,0 –1,8) 20 – 29 11,6 1,3 (0,9 – 1,8) 1,3 (0,9 – 1,7)
Cor da pele (n=2715) 0,05 * 0,02 * Não branca 8,4 1,0 1,0 Branca 11,3 1,3 (1,0 – 1,8) 1,4 (1,1 -1,8) Nível Econômico (ANEP) (n=2715) 0,3 * 0,2 * 5º quintil 11,8 1,0 1,0 4º quintil 9,1 0,9 (0,6-1,2) 0,8 (0,6 – 1,3) 3º quintil 10,4 0,7 (0,5-1,0) 0,7 (0,6 –1,2) 2º quintil 11,4 0,9 (0,6- 1,3) 0,8 (0,6 – 1,1) 1º quintil 14,2 0,9 (0,6- 1,3) 0,8 (0,6 – 1,2) Menstruação ** (n=1160) 0,09 * 0,08 * Não 20,2 1,0 1,0 Sim 15,7 0,8 (0,6 – 1,1) 0,7 (0,5 – 1,0) Anticoncepcional Hormonal **(n=1130) 0,03 * 0,04 * Não 14,3 1,0 1,0 Sim 19,1 1,3 (1,1 – 1,7) 1,4 (1,1 – 1,8)
*** Número máximo de valores ignorados foi de 1,2%; variáveis demográficas e socioeconômicas pertencem ao primeiro nível do modelo de análise; ** Somente para mulheres com idade entre 20 e 49 anos; pertencem ao segundo nível do modelo de análise; * Teste de Heterogeneidade # Teste de Tendência Linear
89
4. PRESS-RELEASE
Enxaqueca apresenta níveis altos em Pelotas, acometendo principalmente
mulheres.
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça crônica, que tem como características
principais a localização uni ou bilateral, de forma pulsátil ou latejante, geralmente
acompanhada de náuseas ou vômitos, irritabilidade na presença de luz ou barulhos, que pode
durar de quatro horas a três dias.
Dentre as dores de cabeça, a enxaqueca é uma das mais incapacitantes, afetando
indivíduos de várias idades, principalmente os mais jovens. Essa dor de cabeça apresenta um
forte impacto na vida das pessoas, provocando faltas ao trabalho e perda de produtividade.
Uma pesquisa realizada de outubro a dezembro de 2003, na cidade de Pelotas, revelou
que a prevalência de enxaqueca (avaliada nos últimos doze meses) foi de 10,7%, ou seja, em
cada 100 pessoas aproximadamente 11 sofrem desse tipo de dor de cabeça. Um fato
importante é que nas mulheres esses valores são bem maiores, ou seja, em cada 100 mulheres,
aproximadamente 16 sofrem de enxaqueca; no sexo masculino essa probabilidade diminui
para 4 em cada 100.
Possíveis explicações para as mulheres terem mais enxaqueca do que os homens são os
fatores hormonais, tais como: menstruação, uso de anticoncepcional hormonal, menopausa e
gravidez.
Os resultados deste estudo mostraram que a maioria das pessoas enxaquecosas tinham
dor nos dois lados da cabeça, geralmente, do tipo latejante ou pulsátil (72%); cerca de 60%
revelaram limitação para realizar suas atividades de vida diária quando estavam com dor,
sendo que 35% sentiam-se totalmente incapacitados de realizar qualquer atividade. Outros
sintomas que acompanhavam a dor eram: vontade de vomitar ou enjôo, piora da dor na
presença de luz, de barulhos, e atividades como caminhar e subir escadas.
91
Indivíduos da cor da pele branca apresentaram um risco 1,4 vezes maior de apresentar
enxaqueca e mulheres em uso de pílula ou injeção para não engravidar apresentaram 1,3 vezes
mais risco para enxaqueca.
É importante o tratamento adequado da enxaqueca para evitar-se complicações como o
surgimento de dores de cabeça crônicas.
A enxaqueca é um importante problema de saúde pública e, embora não seja uma
causa de mortalidade, piora bastante a qualidade de vida das pessoas.
92
5. ANEXOS
ANEXO 1
QUESTIONÁRIO SOCIOECONÔMICO (DOMICILIAR)
95
BLOCO D: DOMICILIAR RESPONSÁVEL PELO DOMICÍLIO
# Este bloco deve ser aplicado a apenas 1 morador do domicílio, de preferência, a dona de
casa.
Número do setor___ ___ ___ Número da família __ __ Número da pessoa __ __ Endereço______________________________________ (1) casa (2) apartamento Data da entrevista __ __/ __ __/ __ __ Horário de início da entrevista __ __: __ __ Horário do término da entrevista __ __ : __ __ Entrevistadora: ___________________________________________
NQUE __ __ __ __ __ __ __ TIPOM ___ DE__ __ __ __ __ __HI__ __: __ __ HT __ __ : __ __ ENT __ __
D1) Qual o endereço deste domicílio? Rua: __________________________________________________________
Número: ________ Complemento: ___________
D2) O(a) Sr(a) possui telefone neste domicílio? (0) não (1) sim Qual o número? _____________________
DFONE ___
D3) Existe algum outro número de telefone ou celular para que possamos entrar em contato com o(a) Sr(a)?
(0) não (1) sim Qual o número? _____________________
DCEL ___
D4) Quantas pessoas moram nesta casa? __ __ pessoas
DMOR ___ ___
D5) Nesta casa mora alguma pessoa com Síndrome de Down? (0) não (1) sim (9) IGN DDOWN ___
AGORA FAREI ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE OS BENS E A RENDA DOS MORADORES DA CASA.
MAIS UMA VEZ LEMBRO QUE OS DADOS DESTE ESTUDO SERVIRÃO APENAS PARA UMA PESQUISA,
PORTANTO O(A) SR.(A) PODE FICAR TRANQÜILO(A) PARA INFORMAR O QUE FOR PERGUNTADO.
D6) O(a) Sr.(a) tem rádio em casa? (0) Não Se sim: Quantos? ___ rádios
DRD ___
D7) Tem televisão colorida em casa? (0) Não Se sim: Quantas? ___ televisões
DTV ___
D8) O(a) Sr.(a) ou sua família tem carro? (0) Não Se sim: Quantos? ___ carros
DCAR ___
ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO
96
D9) Quais destas utilidades domésticas o(a) Sr(a) tem em casa? Aspirador de pó (0) Não (1) Sim Máquina de lavar roupa (0) Não (1) Sim Videocassete e/ou DVD (0) Não (1) Sim
DASPI ___ DMAQ ___ DVCR ___
D10) Tem geladeira ? (0) Não (1) Sim
DGELA ___
D11) Tem freezer separado ou geladeira duplex? (0) Não (1) Sim DFREE ___
D12) Quantos banheiros tem em casa? (0) Nenhum ___ banheiros
DBAN ___
D13) O(a) Sr(a) tem empregada doméstica em casa? (0) Nenhuma Se sim: Quantas? ___ empregadas
DEMPRE ___
D14) Qual o último ano de estudo do chefe da família ? (0) Nenhum ou primário incompleto (1) Até a 4a série (antigo primário) ou ginasial (primeiro grau) incompleto (2) Ginasial (primeiro grau) completo ou colegial (segundo grau) incompleto (3) Colegial (segundo grau) completo ou superior incompleto (4) Superior completo
DESCOCH ___
D15) No mês passado quanto ganharam as pessoas que moram aqui? (trabalho ou aposentadoria) Pessoa 1: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 2: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 3: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 4: R$ __ __ __ __ __ por mês Pessoa 5: R$ __ __ __ __ __ por mês (99999) ignorado/não respondeu
DRF1__ __ __ __ __ DRF2 __ __ __ __ __ DRF3 __ __ __ __ __ DRF4 __ __ __ __ __ DRF5 __ __ __ __ __
D16) A família tem outra fonte de renda, por exemplo, aluguel, pensão ou outra, que não foi citada acima? (0) Não (1) Sim Quanto? R$__ __ __ __ __ por mês
DRE __ __ __ __ __
ANEXO 2
QUESTIONÁRIO INDIVIDUAL (ADULTOS)
98
BLOCO C: ADULTOS *Este bloco deve ser aplicado a adultos
(20anos ou mais) de ambos os sexos
ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO
Número do setor___ ___ ___ Número da família __ __ Número da pessoa __ __ Endereço_____________________________________________(1) casa (2) apartamento Data da entrevista __ __/ __ __/ __ __ Horário de início da entrevista __ __: __ __ Horário do término da entrevista __ __ : __ __ Entrevistadora: ____________________________________________
G1) Qual é o seu nome? __________________________________________ G2) Qual é a sua idade? __ __ __ IDADE__ __ __
AS PERGUNTAS G3 E G4 DEVEM SER APENAS OBSERVADAS PELA ENTREVISTADORA
G3) Cor da pele: (1) Branca (2) Preta (3) Parda (4) Outra: ___________ G4) Sexo: (0) Masculino (1) Feminino (9) IGN
CORPELE ___ SEXO ___
G5) O(a) Sr(a) sabe ler e escrever? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO G7 M (1) Sim (2) Só assina PULE PARA A QUESTÃO G7 (9) IGN M
KLER ____
G6) Até que série o(a) Sr(a) estudou? Anotação: _______________________________________________
(Codificar após encerrar o questionário) Anos completos de estudo: __ __ anos (88) NSA
ESCOLA __ __
G7) O(a) Sr(a) pratica alguma religião? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO G9
(1) Sim PRATREL __
G8) Qual? (0) Católica (1) Protestante (2) Evangélica (3) Espírita (4) Afro-brasileira (5) Testemunha de Jeová (6)Outra________________ (8) NSA
QUALREL __
G9) Qual a sua situação conjugal atual? (1) Casado(a) ou com companheiro(a)
(2) Solteiro(a) ou sem companheiro(a) (3) Separado(a) (4) Viúvo(a)
COMPAN __
G10) Qual é o seu peso atual? __ __ __ ,__ kg (999) IGN
PESO __ __ __ ,__
G11) Qual é a sua altura? __ __ __ , __ cm (999) IGN
ALTUR __ __ __ ,__
NQUE __ __ __ __ __ __ __ TIPOM__ DE__ __ /__ __/ __ __ HI__ __: __ __ HT __ __ : __ __ ENT __ __
99
G12) O(a) Sr(a) fuma ou já fumou? (0) Não, nunca fumou PULE PARA A QUESTÃO G15 (1) Sim, fuma (1 ou + cigarro(s) por dia há mais de 1 mês) (2) Já fumou, mas parou de fumar há __ __ anos __ __ meses
FUMO __ TPAFU __ __ __ __
G13) Há quanto tempo o(a) Sr(a) fuma (ou fumou durante quanto tempo)? __ __ anos __ __ meses (8888) NSA
TFUMO __ __ __ __
G14) Quantos cigarros o(a) Sr(a) fuma (ou fumava) por dia? __ __ cigarros (88) NSA G15) Como o(a) sr(a) considera sua saúde? (1) Excelente (2) Muito boa (3) Boa (4) Regular (5) Ruim (9) IGN
CIGDIA __ __ SAU __
AGORA FALAREMOS DE FRATURAS E FISIOTERAPIA C1) Algum médico já lhe disse que o(a) Sr(a) tem osteoporose ou fraqueza dos ossos? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C2) O(a) Sr(a) já quebrou algum osso do seu corpo? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C3 (8) NSA (1) Sim Quantas vezes? __ __ (9) IGN PULE PARA QUESTÃO C3
SE SIM FAÇA O QUADRO ABAIXO
PARA RESPONDER AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES CONSIDERE SOMENTE A ÚLTIMA FRATURA OCORRIDA
a)O que o(a) Sr(a) quebrou? (01) Pé (02) Tornozelo (03) Perna (04) Joelho (05) Fêmur ou quadril (06) Dedos da mão (07) Pulso (08) Antebraço (09) Braço (10) Clavícula (11) Escápula (12) Cadeiras ou bacia (13) Costela (14) Vértebra (15) Mais de um destes locais (16) Outro local ____________ (88) NSA (99) IGN
b)Esta fratura ocorreu? (1) Trabalhando
(2) No seu tempo livre fora de casa
(3) Em casa (4) Trânsito (5) Na escola (8) NSA (9) IGN
c) Como foi que ocorreu esta fratura? (1) Praticando esportes (2) Acidente de carro/pedestre (3) Violência,
Brigas, Agressões
(4) Caiu sozinho (5) Acidente de trabalho com máquinas, andaimes, outros equipamentos (6) Outro Motivo ______________ (8) NSA (9) IGN
d)Fez fisioterapia após tirar o gesso ou imobilização? (0) Não
Sim SE SIM (1) Pelo SUS (2) Particular (3) Convênio (4) Plano de
Saúde (8) NSA (9) IGN
e)Esta fratura ocorreu de <MÊS> do ano passado até o dia de hoje? (0) Não (1) Sim
(8) NSA (9) IGN
YLOFRT__ __
YLUGAR__
YMOTFR__
YTIGEF___
YFRUTA__
YOSTE__ YFRAVD__ YQTD__ __
100
C3) O(a) Sr(a) fez fisioterapia alguma vez na vida, por outro problema?
(0) Não PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO Sim SE SIM
(1) Pelo SUS (2) Particular (3) Convênio (4) Plano de Saúde
(8) NSA (9) IGN
C4) Qual foi este outro problema para o(a) Sr(a) fazer fisioterapia? (00) Derrame (Acidente Vascular Cerebral; Isquêmico ou Hemorrágico). (01) Dor nas Costas (Lombalgias ou Cervicalgia) (02) Doença Respiratória (Asma, Bronquite, Pneumonia, Enfisema, etc). (03) Problemas no Ombro (Bursite, Síndrome do Supra-Espinhoso, Manguito
Rotador). (04) Reumatismo (Doença Reumática). (05) Problemas de Coluna (Cifóse, Escoliose, Lordose e Hérnia de disco). (06) Entorse, Luxação, Contusão ou Distensão. (07) Tendinites (Pulso, Cotovelo e Tornozelo). (10) Paralisia Facial (11) Outro motivo < Escrever motivo>_______________________ (88) NSA (99) IGN
YFTOUT__ YOPROB__ __
C5) O(a) Sr(a) fez fisioterapia entre <MÊS> do ano passado e o dia de hoje? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
YFTUA__
AGORA FALAREMOS SOBRE SAÚDE C6) Indique as 3 medidas que, na sua opinião, são as mais importantes para manter a
boa saúde, começando com a mais importante de todas. (nos parênteses anteriores as opções deve ser anotada a ordem de importância dos 3 fatores citados)
MOSTRAR A FOLHA COM AS FIGURAS.
( ) (1) Ter uma alimentação saudável, evitando comer muita gordura animal; ( ) (2) Fazer exercícios físicos regularmente; ( ) (3) Não tomar bebidas alcoólicas em excesso; ( ) (4) Consultar o médico regularmente; ( ) (5) Não fumar; ( ) (6) Manter seu peso ideal; ( ) (7) Controlar ou evitar o estresse;
(9) IGN C7) Quantas horas por dia o(a) Sr(a) gasta com serviços domésticos, estudos e seu
trabalho? Manhã __ __ hrs __ __ min TOTAL MANHÃ __ __ __ minutos Tarde __ __ hrs __ __ min TOTAL TARDE __ __ __ minutos Noite __ __ hrs __ __ min TOTAL NOITE __ __ __ minutos
UFAT1__ UFAT2__ UFAT3__ UMANA__ __ __ UTARDI__ __ __ UNOITI__ __ __
101
AGORA FALAREMOS SOBRE ATIVIDADES FÍSICAS DE RECREAÇÃO, ESPORTE, EXERCÍCIO E DE LAZER
Esta seção refere-se às atividades físicas que o(a) Sr(a) fez nos últimos 7 dias, unicamente por recreação, esporte, exercício ou lazer.
C8) Desde <DIA DA SEMANA PASSADA>, em quantos dias o(a) Sr(a) caminhou por, pelo menos, 10 minutos seguidos no seu tempo livre? Não considere as caminhadas para ir ou voltar do seu trabalho.
___ dia(s) por SEMANA (9) IGN
(0) Nenhum PULE PARA A RECOMENDAÇÃO ANTERIOR A QUESTÃO C10
C9) Nos dias em que o(a) Sr(a) caminhou no seu tempo livre, quanto tempo no total o(a) Sr(a) gastou POR DIA?
____ hora(s) __ __minutos TOTAL:_ _ _ minutos (888) NSA (999) IGN ____ +____+____+____+____+____+____ = _____ ÷____ (dias) =_______minutos
Para responder as próximas questões considere que: Atividades físicas FORTES são aquelas que precisam de um grande esforço físico e que fazem respirar MUITO mais forte que o normal; Atividades físicas MÉDIAS são aquelas que precisam de algum esforço físico e que fazem respirar UM POUCO mais forte que o normal C10) Desde <DIA DA SEMANA PASSADA>, em quantos dias o(a) Sr(a) fez atividades
FORTES no seu tempo livre por, pelo menos, 10 minutos, como correr, fazer ginástica, nadar rápido ou pedalar rápido?
____ dia(s) por SEMANA (0) Nenhum PULE PARA A QUESTÃO C12 (9) IGN C11) Nos dias em que o(a) Sr(a) fez estas atividades FORTES no seu tempo livre
quanto tempo no total o(a) Sr(a) gastou POR DIA? ____ hora(s) __ __ minutos TOTAL:_ _ _ minutos (888) NSA (999) IGN ____ +____+____+____+____+____+____ = _____ ÷____ (dias) =______ minutos
C12) Sem considerar as caminhadas, desde <DIA DA SEMANA PASSADA>, em
quantos dias o(a) Sr(a) fez atividades MÉDIAS no seu tempo livre por, pelo menos, 10 minutos, como pedalar ou nadar a velocidade regular, jogar bola, vôlei, basquete, tênis?
____dia(s) por SEMANA (9) IGN
(0) Nenhum PULE PARA A RECOMENDAÇÃO ANTERIOR A QUESTÃO C14
QDIA ___ QTEM ___ ___ ___ QDVIG ___ QTVIG ___ ___ ___ QDMOD ___
102
C13) Nos dias em que o(a) Sr(a) fez estas atividades MÉDIAS no seu tempo livre quanto tempo no total o(a) Sr(a) gastou POR DIA?
____ hora(s) __ __ minutos TOTAL:_ _ _ minutos (888) NSA (999) IGN ____ +____+____+____+____+____+____ = _____ ÷____ (dias) =_____ minutos
SE A RESPOSTA PARA AS QUESTÕES C8, C10 E C12 FOI "NENHUM" FAÇA A QUESTÃO C14, CASO CONTRÁRIO PULE PARA A QUESTÃO C16." C14) Desde <MÊS DO ANO PASSADO> o(a) Sr(a) fez atividades físicas no período de
lazer por pelo menos três meses sem parar? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C17 (1) Sim (8) NSA (9) IGN C15) Por que parou de praticar as atividades físicas?
APÓS RESPONDER A QUESTÃO C15, PULE PARA A QUESTÃO C17
C16) Qual desses motivos é o principal para que o(a) Sr(a) realize atividade física? (1) Orientação médica (2) Porque gosta (3) Porque acha importante para a saúde (4) Outro motivo – Qual?________________________ (8) NSA (9) IGN C17) O(a) Sr(a) se sente velho(a) demais para fazer atividade física? (0) Não (1) Sim (9) IGN C18) O(a) Sr(a) possui alguma lesão ou doença que atrapalhe na hora de fazer atividade
física? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C20 (1) Sim (9) IGN C19) Qual? (01) Diabetes (07) Algum tipo de câncer (02) Doenças do coração (08) Hipertensão ou pressão alta (03) Paralisia (09) Asma e/ou bronquite (04) Problemas articulares (10) Outra ____________________________ (05) Problemas musculares (88) NSA (06) Fratura (99) IGN C20) O(a) Sr(a) gosta de praticar atividades físicas? (0) Não (1) Sim (9) IGN
Falta de tempo (0) Não (1) Sim Preguiça (0) Não (1) Sim Não tinha local adequado (0) Não (1) Sim Se machucou (0) Não (1) Sim Falta de dinheiro (0) Não (1) Sim Falta de companhia (0) Não (1) Sim Achava chato / não gostava (0) Não (1) Sim Outro____________________ (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
QTMOD ___ ___ ___ UFEZ__ UFALTA __ USONO __ ULOCAL __ UDOI __ UNHERO __ UCOMP __ UCHATO __ UOUTR __ QMOT ___
UVELH__ ULES __ UQLES__ __ UGOST__
103
C21) O(a) Sr(a) sente preguiça ou cansaço para fazer atividades físicas? (0) Não (1) Sim (9) IGN C22) A falta de dinheiro atrapalha o(a) Sr(a) de fazer atividades físicas? (0) Não (1) Sim (9) IGN C23) O(a) Sr(a) tem medo de se machucar fazendo atividades físicas? (0) Não (1) Sim (9) IGN C24) A falta de companhia é um fator que dificulta que o(a) Sr(a) faça atividades físicas? (0) Não (1) Sim (9) IGN C25) O(a) Sr(a) tem tempo livre para fazer atividades físicas? (0) Não (1) Sim (9) IGN AGORA FALAREMOS DAS ATIVIDADES FÍSICAS QUE O SR(A) REALIZAVA NA
SUA ADOLESCÊNCIA, ENTRE OS 10 E 19 ANOS DE IDADE C26) Sem considerar as aulas de Educação Física, o(a) Sr(a) esteve envolvido NA
ESCOLA em equipes esportivas, com treinamentos e/ou competições ou grupos de dança, por no mínimo, 6 meses consecutivos?
(0) Não (1) Sim - Qual atividade esportiva? (9) IGN Futsal/Futebol de salão (0) Não (1) Sim (8) NSA Futebol de campo/Futebol de 7 (0) Não (1) Sim (8) NSA Basquete (0) Não (1) Sim (8) NSA Voleibol (0) Não (1) Sim (8) NSA Handebol (0) Não (1) Sim (8) NSA Atletismo (0) Não (1) Sim (8) NSA Natação (0) Não (1) Sim (8) NSA Dança (0) Não (1) Sim (8) NSA Ginástica olímpica/artística (0) Não (1) Sim (8) NSA Lutas (0) Não (1) Sim (8) NSA Outra: Qual?_______________ (0) Não (1) Sim (8) NSA
C27) O(a) Sr(a) participou em clubes, academias ou associações de alguma atividade
esportiva ou realizou por conta própria alguma atividade física por, no mínimo, 6 meses consecutivos?
(0) Não PULE PARA A RECOMENDAÇÃO ANTERIOR A QUESTÃO C28 (1) Sim - Qual atividade? (9) IGN Futsal/Futebol de salão (0) Não (1) Sim (8) NSA Futebol de campo/Futebol de 7 (0) Não (1) Sim (8) NSA Basquete (0) Não (1) Sim (8) NSA Voleibol (0) Não (1) Sim (8) NSA Handebol (0) Não (1) Sim (8) NSA Atletismo (0) Não (1) Sim (8) NSA Natação (0) Não (1) Sim (8) NSA Dança (0) Não (1) Sim (8) NSA Ginástica olímpica/artística (0) Não (1) Sim (8) NSA Lutas (0) Não (1) Sim (8) NSA Ginástica (0) Não (1) Sim (8) NSA Musculação (0) Não (1) Sim (8) NSA Caminhadas (0) Não (1) Sim (8) NSA Corridas (0) Não (1) Sim (8) NSA Andar de bicicleta (0) Não (1) Sim (8) NSA Outra: Qual?_____________ (0) Não (1) Sim (8) NSA
UPREG__ UDIN__ UMEDO__ UMIGO__ UTEMP__ QESP ___ QFUT ___ QFUC ___ QBAS ___ QVOL ___ QHAN ___ QATL ___ QNAT ___ QDAN ___ QGIN___ QLUT___ QOUT ___ QATIV ___ QFUT2 ___ QFUC2 ___ QBAS2 ___ QVOL2 ___ QHAN2 ___ QATL2 ___ QNAT2 ___ QDAN2___ QGIN2 ___ QLUT2 ___ QGIN2 ___ QMUS2 ___ QCAM2 ___ QCOR2 ___ QBIC2 ___ QOUT2 ___
104
SE AS RESPOSTAS DAS QUESTÕES C26 E C27 FOREM “NÃO”, PULE PARA A
PRÓXIMA INSTRUÇÃO. C28) Considerando somente as atividades físicas feitas durante a adolescência, o(a) Sr(a)
as realizava por que gostava ou era obrigado, por algum motivo? (0) Gostava (1) Obrigado (8) NSA (9) IGN
QAFAD ___
AGORA FALAREMOS SOBRE CONSULTAS AO MÉDICO
C29) Desde <MÊS> do ano passado o(a) Sr(a) baixou o hospital? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C30) Desde<TRÊS MESES ATRÁS> deste ano o(a) Sr(a) consultou com médico? (00) Não PULE PARA A QUESTÃO C45 Sim. Quantas vezes? __ __
SE CONSULTOU APENAS 1 VEZ, PULE PARA A QUESTÃO C31 SE CONSULTOU DUAS VEZES OU MAIS, PULE PARA A QUESTÃO C34
C31) Nessa vez, onde o(a) Sr(a) consultou? (01) Posto de Saúde (02) Pronto-Socorro (03) Ambulatório do hospital (04) Ambulatório da Faculdade (05) Ambulatório do Sindicato ou empresa (06) Consultório Médico por Convênio ou Plano de Saúde
(07) Consultório Médico Particular (08) CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) (09) Outro ______________________ (88) NSA (99) IGN C32) O médico lhe pediu algum exame?
(0) Não PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO (1) Sim (8) NSA (9) IGN
C33) Que tipo de exame?
Sangue (0) Não (1) Sim Urina (0) Não (1) Sim Rx (0) Não (1) Sim Eletrocardiograma (ECG) (0) Não (1) Sim Ultrassonografia (ecografia) (0) Não (1) Sim Endoscopia (pela boca) (0) Não (1) Sim Colonoscopia (pelo ânus) (0) Não (1) Sim Tomografia Computadorizada (0) Não (1) Sim Ressonância Magnética (0) Não (1) Sim Biópsias (tecidos, secreções, raspados) (0) Não (1) Sim Outro __________________________ (8) NSA (9) IGN
PULE PARA A QUESTÃO C40
XHOSP ___ XCONS __ __ XONDE __ __ XPED ___
XSAN ___ XURI ___ XRX ___ XECG ___ XECO ___ XEDA ___ XCOLO ___ XTC ___ XRM ___ XBIO__ XEOUT ___
105
C34) Onde foram estas consultas? (01)Posto de Saúde. Sim.Quantas vezes? __ __ (02)Pronto-Socorro. Sim.Quantas vezes? __ __ (03)Ambulatório do hospital. Sim.Quantas vezes? __ __ (04)Ambulatório da Faculdade. Sim.Quantas vezes? __ __ (05)Ambulatório do Sindicato ou empresa. Sim.Quantas vezes? __ __ (06)Consultório Médico por Convênio ou Plano de Saúde. Sim.Quantas vezes? __ __ (07)Consultório Médico Particular Sim.Quantas vezes? __ __ (08)CAPS Centro de Atenção Psicossocial Sim.Quantas vezes? __ __ (09)Outro ______________________ Sim.Quantas vezes? __ __ (88)NSA (99)IGN C35) Em alguma dessas consultas o médico lhe pediu algum tipo de exame?
(0) Não PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO (1) Sim (8) NSA
C36) Em quantas consultas o médico pediu pelo menos um tipo de exame? __ __ (88) NSA (99) IGN C37) Que tipos de exames o médico lhe pediu na(s) consulta(s) do <PRIMEIRO LOCAL DE
CONSULTA RESPONDIDO NA QUESTÃO C34>__________________________________? Sangue (0) Não (1) Sim Urina (0) Não (1) Sim Rx (0) Não (1) Sim Eletrocardiograma (ECG) (0) Não (1) Sim Ultrassonografia (ecografia) (0) Não (1) Sim Endoscopia (pela boca) (0) Não (1) Sim Colonoscopia (pelo ânus) (0) Não (1) Sim Tomografia Computadorizada (0) Não (1) Sim Ressonância Magnética (0) Não (1) Sim Biópsias (tecidos, secreções, raspados) (0) Não (1) Sim Outro __________________________ (8) NSA (9) IGN
AS QUESTÕES C38 E C39 SOMENTE SERÃO PERGUNTADAS SE O ENTREVISTADO
CONSULTOU EM MAIS DE UM LOCAL, CONFORME A QUESTÃO C34
C38) Que tipos de exames o médico lhe pediu na(s) consulta(s) do <SEGUNDO LOCAL DE CONSULTA RESPONDIDO NA QUESTÃO C34>_________________________? Sangue (0) Não (1) Sim Urina (0) Não (1) Sim Rx (0) Não (1) Sim Eletrocardiograma (ECG) (0) Não (1) Sim Ultrassonografia (ecografia) (0) Não (1) Sim Endoscopia (pela boca) (0) Não (1) Sim Colonoscopia (pelo ânus) (0) Não (1) Sim Tomografia Computadorizada (0) Não (1) Sim Ressonância Magnética (0) Não (1) Sim Biópsias (tecidos, secreções, raspados) (0) Não (1) Sim Outro __________________________ (8) NSA (9) IGN
XLOC1__ __ XVEZES1 __ __ XLOC2__ __ XVEZES2 __ __ XLOC3 __ __ XVEZES3__ __ XXPED__ XXQC __ __ XLOC1B __ __ X1SAN ___ X1URI ___ X1RX ___ X1ECG ___ X1ECO ___ X1EDA ___ X1COL ___ X1TC ___ X1RM ___ X1BIO__ X1EOU ___ XLOC2B __ __ X2SAN ___ X2URI ___ X2RX ___ X2ECG ___ X2ECO ___ X2EDA ___ X2COL ___ X2TC ___ X2RM ___ X2BIO__ X2EOU ___
106
C39) Que tipos de exames o médico lhe pediu na(s) consulta(s) do <TERCEIRO LOCAL DE CONSULTA RESPONDIDO NA QUESTÃO C34>? __________________________________________Sangue (0) Não (1) Sim Urina (0) Não (1) Sim Rx (0) Não (1) Sim Eletrocardiograma (ECG) (0) Não (1) Sim Ultrassonografia (ecografia) (0) Não (1) Sim Endoscopia (pela boca) (0) Não (1) Sim Colonoscopia (pelo ânus) (0) Não (1) Sim Tomografia Computadorizada (0) Não (1) Sim Ressonância Magnética (0) Não (1) Sim Biópsias (tecidos, secreções, raspados) (0) Não (1) Sim Outro __________________________ (8) NSA (9) IGN
C40) O(a) Sr(a) teve que pagar pelo(s) exame(s)?
(0) Não (1) Sim (2) Não fez o exame pedido (8) NSA
A PERGUNTA A SEGUIR DEVE SER FEITA SOMENTE PARA AS MULHERES C41) A Sra. está grávida? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9)IGN
XLOC3B __ __ X3SAN ___ X3URI ___ X3RX ___ X3ECG ___ X3ECO ___ X3EDA ___ X3COL ___ X3TC ___ X3RM ___ X3BIO__ X3EOU ___ XPAG__ XGEST__
FALAREMOS AGORA APENAS SOBRE SUA ÚLTIMA CONSULTA NOS ÚLTIMOS TRÊS MESES C42) Qual a especialidade do médico com quem o(a) Sr(a) consultou? (1) Clínico geral (2) Psiquiatra (3) outro especialista – Qual: ___________________ (8) NSA (9) IGN C43) Qual o local onde o(a) Sr(a) consultou? (01) Posto de saúde (02) Ambulatório de hospital (03) Consultório médico (04) CAPS (05) Ambulatório de plano de saúde (06) Ambulatório da Faculdade de Medicina – UFPEL (07) Pronto socorro (08) outros – Qual?________________(88) NSA (99) IGN C44) Nessa consulta, recebeu algum remédio para os nervos? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN SE SIM: Qual? ________________________________________ (Registre o nome da medicação que consta na receita, embalagem, ou bula e o codifique conforme a lista em anexo. Se o entrevistado tiver recebido mais de uma medicação, considere a que recebeu há menos tempo) C45) Desde <DIA DA SEMANA> retrasada o(a) Sr(a) tomou algum remédio para os
nervos ou para dormir ou outro remédio que só se vende com receita? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C52 (1) Sim (8) NSA (9) IGN
SE SIM: Qual? ________________________________________________________ (Registre o nome que consta na receita, embalagem, ou bula e o codifique conforme a lista em anexo. Se o entrevistado tomar mais de uma medicação, considere a que toma há menos tempo)
PCONS___ PLOC___ ___ PREC___ PQUAL__ __ __ PTOM____ PQUALT __ __ __
107
C46) Quem indicou? (1) Toma por conta própria (2) Médico geral (3) Médico psiquiatra (4) Médico de outra especialidade_____________ (5) Parente ou conhecido (6) Farmacêutico (7) Outra pessoa______________ (8) NSA (9) IGN C47) Há quanto tempo toma? _ _ anos _ _meses _ _dias (88, 88,88) NSA (99, 99,99) IGN C48) Como conseguiu o remédio da última vez? (1) Comprou na farmácia com receita médica (2) Comprou na farmácia sem receita médica (3) Comprou em farmácia de manipulação (4) Retirou na farmácia municipal (5) Outros ________________(especificar) (8) NSA (9) IGN C49) Toma mais algum remédio para os nervos? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN SE SIM: Qual? __________________(Registre o nome que consta na receita, embalagem, ou bula e o codifique conforme a lista em anexo. Se o entrevistado tomar mais de uma medicação, considere a que toma há menos tempo)
VOU FAZER ALGUMAS PERGUNTAS SOBRE SITUAÇÕES QUE POSSAM TER LHE ACONTECIDO DESDE <MÊS> DO ANO PASSADO
C50) O(a) Sr(a) tem alguma pessoa na família, que more na sua casa, com doença
grave? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C51) O(a) Sr(a) perdeu o emprego? (0) Não (1) Sim , mas já está empregado (2) Sim e continua desempregado (8) NSA (9) IGN
PIND___ PTEMP _ _ _ _ _ _ PCOMO _ PMALG___ PMAIS__ __ __ PFAM___ PERD___
AGORA FALAREMOS DE CAMPANHAS DE SAÚDE C52) Há dois anos atrás teve uma campanha onde faziam o teste do dedinho, para saber
se as pessoas tinham diabetes ou açúcar no sangue. O(a) Sr(a) ficou sabendo desta campanha? (0) Não
Sim SE SIM (1) TV (2) Rádio (3) Vizinha, amiga, parente
(4) Posto, agente de saúde, médico (5) Mais de uma opção. Quais?_______ (8) NSA (9)IGN ________________________________ C53)O(a) Sr(a) fez o teste do dedinho em Posto de Saúde, Associação de Diabetes ou
Asilo de Mendigos na época da campanha? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C60 (1) Sim (8) NSA (9) IGN
JCAMP__ JTEST__
C54) O(a) Sr(a) fez o teste mais de uma vez na campanha? (0) Não (1) Sim Quantas?___ (8) NSA (9) IGN C55) O(a) Sr(a) lembra como foi o resultado do seu exame de açúcar no sangue? 10 exame (001) alto (002) normal (003) baixo. Valor _ _ _ (888) NSA (999) IGN (SOMENTE PARA QUEM FEZ MAIS DE UM EXAME) 20 exame (001) alto (002) normal (003) baixo. Valor _ _ _ (888) NSA (999) IGN 30 exame (001) alto (002) normal (003) baixo. Valor _ _ _ (888) NSA (999) IGN C56) Após fazer o teste alguém lhe disse para procurar o médico?
(0) Não PULE PARA A QUESTÃO C60 (1) Sim
(8) NSA (9) IGN C57) O(a) Sr(a) procurou o médico, foi consultar?
(0) Não PULE PARA A QUESTÃO C60 (1) Sim (8) NSA (9) IGN
C58) O médico pediu para o(a) Sr(a) fazer um outro exame do açúcar no sangue no
laboratório? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C60 Sim SE SIM
(1) O exame confirmou o açúcar alto (2) O exame deu normal (3) Pediu, mas o Sr(a) não foi ou não conseguiu fazer (8) NSA (9) IGN
C59) O(a) Sr(a) está indo ao médico para tratar o açúcar no sangue, ou seja, diabetes? (0) Não (1) Sim (8) NSA C60)Antes da campanha algum médico já tinha lhe dito que o(a) Sr(a) tinha: Açúcar no sangue? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Pressão alta? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Gordura no sangue, como por exemplo, colesterol ou triglicerídeos alterados? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C61) Algum de seus pais, ou algum de seus irmãos, ou algum de seus filhos, se o(a) Sr(a)
tiver filhos, têm ou tiveram açúcar no sangue? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C62) Há dois anos atrás onde o(a) Sr(a) costumava consultar?
(1) Posto de saúde (2) Ambulatório do hospital ou faculdade (3) Consultório médico particular ou convênio (4) Ambulatório de plano de saúde (5) Local não especificado (6) Outro local ______________________________ (8)NSA
C63) O(a) Sr(a) conhece uma vacina contra a gripe?
(0) Não PULE PARA A QUESTÃO C70 (1) Sim (9) IGN
JFZTS__ JQTAS__ JEX1__ __ __ JEX2__ __ __ JEX3__ __ __ JIMED__ JCONS__ JOTEX__ JTTO__ JDIAB__ JHAS__ JGORD__ JHIST__ JOND__ CVAC __
AGORA FALAREMOS SOBRE VACINAS
108
109
C64) O(a) Sr(a) fez a vacina contra a gripe neste ano de 2003? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C66 (1) Sim (8) NSA (9) IGN
C65) Onde o(a) Sr(a) fez esta vacina no ano de 2003? (0) Serviço de saúde particular ou convênio (1) Serviço de saúde do SUS – posto de saúde ou outro (2) No local onde trabalha – hospital ou posto de saúde do SUS, Secretarias da
Prefeitura (3) No local onde trabalha – empresa privada (4) Na farmácia (5) Outro local Qual? ___________________________ (8) NSA (9) IGN
PULE PARA A QUESTÃO C67 C66) Porque o(a) Sr(a) não fez a vacina contra a gripe neste ano de 2003? (0) Quase nunca tenho gripe (1) A vacina é só para velhos (2) Gripe não é uma doença grave (3) A vacina não faz efeito (4) Vacina pode causar gripe (5) A vacina é injeção (6) Tenho alergia à vacina (7) Outro Qual? ______________________________ (8) NSA (9) IGN C67) Como o(a) Sr(a) soube da vacinação contra a gripe neste ano de 2003? (0) Meios de comunicação: TV, rádio, jornal (1) Consulta médica ou posto de saúde (2) Local de trabalho (3) Amigo ou familiar (4) Outro Qual? ____________________________ (8) NSA (9) IGN C68) No ano passado o(a) Sr(a) fez a vacina contra a gripe? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C69) O(a) Sr(a) sabe de quanto em quanto tempo deve ser feita a vacina contra a gripe? (0) Não sei (1) duas vezes por ano (2) Uma vez por ano (3) De 2 em 2 anos (4) De 3 em 3 anos (5) De 10 em 10 anos (6) Uma vez na vida (7) Outra ____________________________________ (9) IGN
FEZVAC __ LUGVAC __ PQNAOVAC __ CSVAC __ FEZVACAP __ FREQVAC __
110
C70) Durante a campanha de vacinação contra a gripe deste ano, nos meses de abril até agosto, o(a) Sr(a) esteve no consultório de médico particular/convênio ou em um posto de saúde do SUS?
(0) Não SIM SE SIM (1) Consultei, acompanhei consulta ou outra atividade em serviço particular ou convênio (2) Consultei, acompanhei consulta ou outra atividade em posto de saúde do SUS (9) IGN C71) O médico já lhe disse que o(a) Sr(a) tem alguma destas doenças?
Açúcar no sangue ou diabetes (0) Não (1) Sim (9) IGN Pressão alta ou hipertensão (0) Não (1) Sim (9) IGN Doença do coração (0) Não (1) Sim (9) IGN Doença crônica do pulmão (0) Não (1) Sim (9) IGN Doença crônica de rins (0) Não (1) Sim (9) IGN Tumor maligno ou câncer (0) Não (1) Sim (9) IGN
C72) Neste ano de 2003 o(a) Sr(a) teve gripe com febre alta? (0) Não (1) Sim (9) IGN
AGORA FALAREMOS SOBRE DESLOCAMENTO PARA O TRABALHO C73) O(a) Sr(a) trabalha fora? ( 0 ) Não PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO ( 1 ) Sim
C74) Qual o meio de transporte o(a) Sr(a) usa para ir e voltar do trabalho? ( 1 ) Vai a pé ( 2 ) Bicicleta ( 3 ) Motocicleta ( 4 ) Ônibus ( 5 ) Automóvel ( 6 ) Outro Qual? _________________ ( 8 ) NSA
SE A RESPOSTA NÃO FOR BICICLETA (2) PULE PARA PRÓXIMA INSTRUÇÃO
C75) Quantos dias da semana o(a) Sr(a) usa a bicicleta para ir trabalhar? ___ dias. (8) NSA C76) Durante quanto tempo por dia o(a) Sr(a) anda de bicicleta, para ir e voltar do seu trabalho? Observar o tempo total diário __ __ hora(s) __ __ minutos (888) NSA C77) O(a) Sr(a) usa a bicicleta em dias de chuva para ir trabalhar? (0) Não (1) Sim (8) NSA C78) O(a) Sr(a) usa a bicicleta em dias de muito calor para ir trabalhar? (0) Não (1) Sim (8) NSA C79) O(a) Sr(a) usa a bicicleta em dias muito frio para ir trabalhar? (0) Não (1) Sim (8) NSA
FOISS __ DIAB __ HIPERT __ DCARD __ DPULM __ DRENAL __ CANCER __ GRIPE __ GTRAB__ GTRANS __ GDIAS __ GTDIA__ __ __ GCHUV __ GCALOR __ GFRIO __
C80) O(a) Sr(a) utiliza a bicicleta antes das 7 da manhã ou depois das 6 da tarde para ir ou voltar do trabalho?
(0) Não (1) Sim (8) NSA C81) Desde <MÊS DO ANO PASSADO> o(a) Sr(a) sofreu algum acidente de bicicleta no
caminho de casa para o trabalho ou na volta para casa, em que se machucou? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C84 (1) Sim (8) NSA (9) IGN
SE SIM Quantas vezes? __ __vez(es) (88) NSA C82) Qual o machucado mais grave que o(a) Sr(a) teve por causa do(s) acidente(s)? (1) Arranhão ou escoriação (2) Batida forte (3) Corte ou perfuração na pele (4) Fratura (quebra de osso) (5) Lesão de órgão interno (6) Outro machucado Qual?____________________________________________ (8) NSA C83) Quantos dias o(a) Sr(a) precisou faltar ao trabalho por causa do acidente? (000) Nenhum __ __ __ Dia(s) (888) NSA C84) Agora eu gostaria de ver sua bicicleta, por favor. Campainha (buzina) ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Refletor dianteiro ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Refletor traseiro ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Refletor lateral ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Refletor nos pedais ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Espelho retrovisor ao lado esquerdo ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Freio funcionando ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Farolete Dianteiro ( 0 ) Não ( 1 ) Sim Farolete Traseiro ( 0 ) Não ( 1 ) Sim C85) Qual ou quais os métodos anticoncepcionais ou jeitos de evitar filhos que o(a) Sr(a)
utiliza ou utilizou alguma vez na vida? (NÃO LER as alternativas e assinalar TODOS os métodos citados pela pessoa)
Pílula anticoncepcional (anticoncepcional oral) (0) Não (1) Sim Camisinha masculina (preservativo/condom) (0) Não (1) Sim Camisinha feminina (0) Não (1) Sim Ligadura de trompas (esterilização feminina) (0) Não (1) Sim Vasectomia (esterilização masculina) (0) Não (1) Sim DIU (Dispositivo Intra-Uterino) (0) Não (1) Sim Diafragma (0) Não (1) Sim Geléia Espermaticida (0) Não (1) Sim Método do Ritmo ou Tabelinha (0) Não (1) Sim Coito Interrompido (0) Não (1) Sim Temperatura basal/Muco cervical (0) Não (1) Sim Anticoncepcional Injetável (0) Não (1) Sim “Pílula do dia seguinte” ou contracepção de emergência (0) Não (1) Sim Outros (Implantes, anticoncepcional hormonal vaginal, adesivos) (0) Não (1) Sim (7) Nunca usou método anticoncepcional PULE PARA A QUESTÃO C87 (8) NSA
GNOIT __ GACID __ GQACI __ __ GGRAV __ GFTRA __ __ __ GCAMP __ GRDIA __ GRTRA __ GRLAT __ GRPED __ GRETR __ GFREI __ GFARD __ GFART __
MPIL __ MCAMM __ MCAMF __ MLIGA __ MVASE __ MDIU __ MDIAF__ MGEL__ MTAB__ MCOIT__ MTEMP__ MINJ __ MEMER__ MOUT__ MNAD__
AGORA FALAREMOS SOBRE MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS
111
112
C86) Quando o(a) Sr(a) optou pelo último método anticoncepcional algum profissional de saúde do setor público ou do setor privado lhe deu informações sobre anticoncepção e/ou jeitos de evitar filhos? (0) Não (1) Sim, setor público (2) Sim, setor privado (8) NSA (9) IGN
C87) Quais as afirmativas sobre a pílula anticoncepcional estão corretas?
a) Se esquecer de tomar a pílula anticoncepcional um dia deve-se tomar dois comprimidos juntos no dia seguinte no mesmo horário.
(0) Não (1) Sim (9) IGN
b) A pílula anticoncepcional deve ser tomada somente no dia ou na hora em que vai acontecer a relação sexual.
(0) Não (1) Sim (9) IGN
c) Mulheres que fumam e têm mais de 35 anos podem usar a pílula. (0) Não (1) Sim (9) IGN
d) Mulheres que têm pressão alta ou problemas no coração podem usar a pílula. (0) Não (1) Sim (9) IGN C88) Quais as afirmativas sobre a camisinha estão corretas?
a) Ao colocar a camisinha masculina deve-se apertar a ponta para evitar que ela arrebente.
(0) Não (1) Sim (9) IGN
b) Além da camisinha masculina e feminina, existem outros métodos anticoncepcionais que ajudam a prevenir tanto a gravidez quanto às doenças sexualmente transmissíveis (DST).
(0) Não (1) Sim (9) IGN C89) Quais as afirmativas sobre a ligadura de trompas estão corretas?
a) A ligadura de trompas é indicada exclusivamente para pessoas que não querem ou não podem ter mais filhos.
(0) Não (1) Sim (9) IGN
b) Mulheres que tentam desfazer a ligadura de trompas raramente conseguem ter mais filhos.
(0) Não (1) Sim (9) IGN C90) Quando começa um ciclo menstrual?
(1) No primeiro dia da menstruação (2) No último dia da menstruação
(3) No dia da ovulação (9) IGN C91) Numa mulher cujo ciclo menstrual é de 28 dias, a maior possibilidade de
engravidar ocorre: (1) No 1º dia da menstruação (2) No último dia da menstruação (3) No 14º dia após o início da menstruação (4) No 14º dia após o término da menstruação (5) Igual em todos os dias do mês
(9) IGN
MPROFS__ MESQPIL__ MHOPIL__ MFUPIL__ MPAPIL__ MCREB__
MCDST__ MLIGIND__
MLIGFI__ MINCLO__ MRISCO__
113
C92) O(a) Sr(a) tem filhos? (0) Não (9) IGN (1) Sim. Quantos?_________ (88) NSA (99) IGN Com que idade teve o 1º filho?_________ (88) NSA (99) IGN
SE O ENTREVISTADO FOR HOMEM
C93.a) O Sr. já engravidou alguém que não queria ou não podia estar grávida?
(0) Não PULE PARA A PROXIMA INSTRUÇÃO (1) Sim (8) NSA (9) IGN
SE O ENTREVISTADO FOR MULHER
C93.b) A Sra. já esteve grávida alguma vez que não queria ou não podia estar grávida? (0) Não PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO
(1) Sim (8) NSA (9) IGN C94) O(a) Sr(a) e/ou o(a) seu(sua) companheiro(a) estava usando algum método
anticoncepcional? (0) Não (8) NSA (9) IGN (1) Sim. Qual? (NÃO LER as alternativas e assinalar TODOS
os métodos citados pela pessoa). Pílula anticoncepcional (anticoncepcional oral) (0) Não (1) Sim Camisinha masculina (preservativo/condom) (0) Não (1) Sim Camisinha feminina (0) Não (1) Sim Ligadura de trompas (esterilização feminina) (0) Não (1) Sim Vasectomia (esterilização masculina) (0) Não (1) Sim DIU (Dispositivo Intra-Uterino) (0) Não (1) Sim Diafragma (0) Não (1) Sim Geléia Espermaticida (0) Não (1) Sim Método do Ritmo ou Tabelinha (Abstinência periódica) (0) Não (1) Sim Coito Interrompido (0) Não (1) Sim Temperatura basal/Muco cervical (0) Não (1) Sim Anticoncepcional Injetável (0) Não (1) Sim “Pílula do dia seguinte” ou contracepção de emergência (0) Não (1) Sim Outros (Implantes, anticoncepcional hormonal vaginal, adesivos) (0) Não (1) Sim (8) NSA
AS QUESTÕES C95 A C101 DEVEM SER RESPONDIDAS POR HOMENS E
MULHERES COM IDADE ATÉ 64 ANOS 11 MESES E 29 DIASAGORA FALAREMOS SOBRE DOR DE CABEÇA NO ÚLTIMO ANO
C95) Desde <MÊS> do ano passado o(a) Sr(a) teve dor de cabeça? (0) Não PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO (1) Sim
C96) Quantos ataques de dor de cabeça o(a) Sr(a) teve desde <MÊS> do ano passado? (0) menos de 5 ataques (1) 5 ataques ou mais (8) NSA (9) IGN
MTFIL__ MNFIL__ __ MPRIMF __ __ MGINDH__ MGINDM__ MGIND __
MGPIL __ MGCAMM __ MGCAMF __ MGLIGA __ MGVASE __ MGDIU __ MGDIAF__ MGGEL__ MGTABE__ MGCOIT__ MGTEMP__ MGINJ__ MGEMER__ MGOUT__ EDORC__ EATAQ__
114
C97) De um modo geral, se o(a) Sr(a) não tomar remédio ou se o remédio não adiantar, esses ataques de dor de cabeça duram:
(1) Até 4 horas (2) Mais de 4 horas a 3 dias (3) Mais de 3 dias (8) NSA (9) IGN C98) Em cada ataque de dor de cabeça, a dor de um modo geral, no início, é: (1) Somente em um dos lados da cabeça (2) Às vezes em um lado, às vezes nos dois lados da cabeça
(3) Dos dois lados da cabeça ao mesmo tempo (8) NSA (9) IGN C99) Essa dor de cabeça, de um modo geral, é: (1) Latejante/pulsátil (2) Em pressão ou aperto (3) Em fisgada ou pontada (4) Outro modo (8) NSA (9) IGN C100) Essa dor de cabeça, de um modo geral: (0) Não atrapalha suas atividades do dia-a-dia (1) Atrapalha um pouco suas atividades do dia-a-dia (2) Atrapalha totalmente suas atividades do dia-a-dia (8) NSA (9) IGN C101) Quando o(a) Sr (a) sente dor de cabeça: Ela é acompanhada de vontade de vomitar ou enjôo? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Ela piora na presença de luz ou claridade? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Ela piora com barulhos? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN Ela piora com atividades como caminhar, subir escadas, abaixar-se? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
EDUR___ ELOC__ ETIP__ EATIV__
ENAU__ ECLAR___ EBARU__ EPIAT__
AS QUESTÕES C102 A C110 DEVEM SER RESPONDIDAS SOMENTE POR HOMENSCOM 20 ANOS OU MAIS
AGORA FALAREMOS SOBRE RENDIDURA OU HÉRNIA NA VIRILHA
C102) O Sr. tem ou já teve rendidura ou hérnia na virilha?
(0) Não PULE PARA A QUESTÃO C105 (1) Sim (8) NSA (9) IGN C103) Há quanto tempo o Sr. sabe que tem rendidura ou hérnia na virilha? __ __ ano(s)__ __ meses C104) O Sr. já foi operado de rendidura ou hérnia na virilha?
(000) Não Sim SE SIM: Há quanto tempo? __ __ano(s)__ __meses (888) NSA (999) IGN
C105) O Sr. tem algum parente: pai, mãe, irmão, irmã, filho, filha, que tem ou teve
rendidura ou hérnia na virilha? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
HERNIA __ HIMES__ __ __ HOPMES __ __ __ HIHF___
115
C106) Com que freqüência o Sr. costuma praticar exercícios abdominais? (0) Nunca (1) Menos de uma vez por semana (2) Uma vez por semana (3) Duas ou mais vezes por semana (8) NSA (9)IGN
C107) O Sr. costuma ter prisão de ventre? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C108) O Sr. costuma ter tosse sem estar resfriado? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C109) Com que freqüência o Sr. levanta ou carrega peso durante sua jornada de
trabalho ou em outra atividade? (0) nunca (1) raramente (2) geralmente (3) sempre (8) NSA (9) IGN
C110) Quantos lances de escada ou andares de escada o Sr. costuma subir diariamente
em casa ou no trabalho? ___ ___ lances/dia (00) Se não utiliza escada diariamente (88) NSA (99) IGN
QUEREMOS AVISAR O SR. QUE PARA UMA PESQUISA COMPLEMENTAR, UM
MÉDICO PODE VIR LHE FAZER UMA NOVA VISITA NOS PRÓXIMOS DIAS.
Horário do término da entrevista __ __ : __ __
HABD___ HOBST__ HTOSSE __ HLVPSO __ HSOBES__ __
AS QUESTÕES C111 A C120 DEVEM SER RESPONDIDAS SOMENTE POR MULHERES COM IDADE ENTRE 20 E 49 ANOS 11 MESES E 29 DIAS
SE FOR MULHER E TIVER IDADE ENTRE 50 E 59 ANOS, 11 MESES E 29 DIAS, PULAR PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO
AGORA FALAREMOS SOBRE A SAÚDE DA MULHER C111) Nos últimos três meses, a Sra. menstruou normalmente?
(0)Não PULE PARA A QUESTÃO C119 (1) Sim (9) IGN VAMOS FALAR DAS SUAS TRÊS ÚLTIMAS MENSTRUAÇÕES. GOSTARÍAMOS DE SABER SOBRE SENTIMENTOS QUE APARECEM NA SEMANA ANTES DA MENSTRUAÇÃO E QUE DESAPARECEM LOGO QUE INICIA A MENSTRUAÇÃO. SÓ RESPONDA SOBRE OS SENTIMENTOS QUE APARECEM ANTES DA MENSTRUAÇÃO E QUE DESAPARECEM APÓS MENSTRUAR. AQUELES QUE DURAM O MÊS INTEIRO NÃO DEVEM SER CONSIDERADOS. C112) Na semana anterior as três últimas menstruações a Sra.: - Ficou triste, com vontade de chorar? (0)Não (1)Sim (9) IGN - Ficou com muita raiva de alguém? (0)Não (1)Sim (9) IGN - Ficou irritada, “briguenta” ou de mau humor? (0)Não (1)Sim (9) IGN - Sentiu que estava muito nervosa ou tensa? (0)Não (1)Sim (9) IGN - Sentiu que estava muito confusa? (0)Não (1)Sim (9) IGN - Ficou com vontade de se isolar, de não ver ninguém? (0)Não (1)Sim (9) IGN - Sentiu que estava mais cansada do que o habitual ou com muito trabalho? (0)Não (1)Sim (9) IGN
SMENS__
STRIS __ SRAIV __ SIRIT __ SNERV __ SCONF __ SISOL __ SCANS __
116
VAMOS FALAR AINDA DAS SUAS TRÊS ÚLTIMAS MENSTRUAÇÕES. GOSTARÍAMOS DE SABER SOBRE ALTERAÇÕES EM SEU CORPO QUE APARECEM NA SEMANA ANTES DA MENSTRUAÇÃO E QUE DESAPARECEM LOGO QUE INICIA A MENSTRUAÇÃO. SÓ RESPONDA SOBRE AS ALTERAÇÕES EM SEU CORPO QUE APARECEM ANTES DA MENSTRUAÇÃO E QUE DESAPARECEM APÓS MENSTRUAR. AQUELAS QUE DURAM O MÊS INTEIRO NÃO DEVEM SER CONSIDERADAS. C113) Na semana anterior as três últimas menstruações a Sra. teve: - Dor ou aumento de tamanho nos seios? (0) Não (1) Sim (9) IGN
- Inchaço na barriga, sensação de peso ou desconforto? (0) Não (1) Sim (9) IGN
- Dor de cabeça? (0) Não (1) Sim (9) IGN - Inchaço nas mãos ou nas pernas? (0) Não (1) Sim (9) IGN - Ganho de peso? (0) Não (1) Sim (9) IGN - Dor nas costas, nas juntas ou nos músculos? (0) Não (1) Sim (9) IGN C114) Algum dos problemas perguntados acima: Atrapalhou seu relacionamento em casa? (0) Não (1) Sim (8)NSA (9) IGN Precisou que faltasse à escola? (0) Não (1) Sim (8)NSA (9) IGN Precisou que faltasse ao trabalho? (0) Não (1) Sim (8)NSA (9) IGN Outros problemas: _______________________________________ C115) A Sra. acha que tem TPM ou Síndrome Pré-menstrual? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C117 (1) Sim (9) IGN
C116) A Sra. fez ou está fazendo tratamento para TPM ou Síndrome Pré-menstrual? (0) Não (1) Sim, está fazendo (2) Fez, mas já parou (9) IGN C117) A Sra. toma algum hormônio ou remédio para a menopausa? (0) Não (1) Sim (9) IGN C118) A Sra. tem dor de cabeça 1 a 2 dias antes, ou durante a menstruação? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9)IGN C119) A senhora usa pílula ou injeção para não engravidar?
(0) Não PULE PARA A PRÓXIMA INSTRUÇÃO (1) Sim (8) NSA (9) IGN
C120) O uso de pílula ou injeção para não engravidar faz aumentar seus ataques de dor
de cabeça? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN
SEIOS __ SBARG __ SCABE __ SMAOP __ SGPES __ SDORJ__ SDIFA __ SFALS __ SFALT __ SDIF __ STPM __ STRAT __ SREME __ EMEN__ EPIL___ EAUM___
AS QUESTÕES C121 A C130 DEVEM SER RESPONDIDAS SOMENTE POR MULHERES COM IDADE ENTRE 20 E 59 ANOS 11 MESES E 29 DIAS
AGORA FALAREMOS SOBRE EXAMES DE PREVENÇÃO C121) A Sra já ouviu falar no câncer do colo do útero ou do câncer do útero? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C122) Existe um exame preventivo do câncer do colo do útero, também conhecido como pré-câncer. A Sra já ouviu falar deste exame? (0) Não PULE PARA A QUESTÃO C128 (1) Sim (8) NSA (9) IGN
CCAN__ CPREC__
117
C123) A Sra já fez este exame? (00) Não (88) NSA (99) IGN
Sim SE SIM: quantas vezes?__ __ A Sra fez este exame no Posto de Saúde durante a Campanha de 2002? (0) Não (1) Sim (9) IGN
SE JÁ FEZ ESTE EXAME ALGUMA VEZ, PULE PARA A QUESTÃO C125 C124) Por que a Sra nunca fez este exame? (marcar a resposta dada pela entrevistada na
coluna (1), a seguir LER AS OPÇÕES e marcar as respostas nas colunas (2) e (3). Se a primeira resposta for a opção “f”, não ler as demais).
a) Acha que vai doer (1)Sim, esp. ( 2)Sim, ind. (3)Não b) Tem medo que dê câncer (1)Sim, esp. ( 2)Sim, ind. (3)Não c) Não sabe onde faz (1) Não Sabe, esp. (2)Não sabe, ind. (3)Sabe d) O médico não pediu este exame (1) Não pediu esp. (2)Não pediu, ind. (3)Pediu e) Sente vergonha (1)Sim, esp. (2)Sim, ind. (3)Não f) Nunca tive relações sexuais (não ler) (1) Nunca tive,esp. (9) IGN (6)Outra opção___________________________________ (8) NSA (9) IGN
PULE PARA A QUESTÃO C128
C125) Há quanto tempo a Sra fez este exame? Pela última vez__ __anos __ __meses E antes desta última vez__ __anos __ __meses (8888) NSA (9999) IGN C126) Onde a Sra costuma fazer este exame para evitar o câncer do colo do útero? (1) Posto de saúde, hospital, ambulatório do SUS ou Faculdade de Medicina (2) Clinica ou consultório por convênio (3) Clínica ou consultório particular (4)Outro ______________________________
C127) O resultado deste exame demora alguns dias para ficar pronto. A Sra ficou
sabendo o resultado do último exame que evita o câncer do colo do útero? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C128) Este exame serve para ver se tem câncer no colo do útero. A Sra acha que este tipo
de câncer tem cura? (0) Não (1) Sim (8) NSA (9) IGN C129) A Sra consultou com ginecologista de <MÊS> do ano passado pra cá? (0) Não Sim SE SIM: (1)SUS (2)Convênio (3)Particular (8) NSA (9) IGN C130) A Sra acha que o exame ginecológico dói? (0) Não Sim SE SIM (1) Um pouco (2) Mais ou menos (3) Muito (8) NSA (9) IGN Horário do término da entrevista __ __ : __ __
CFEZP__ __ C2002__ CDOI__ CMEDO__ CNOND__ CNPED__ CVERG__ CNREL__ COUTR__ CULPR __ __ __ __ CPNPR __ __ __ __ CONFZ__ CSABU__ CCACU__ CGANO__ CEXDO__
Instruções aos autores Estas instruções estão baseadas na tradução do documento “Requisitos
Uniformes para Manuscritos. Apresentados a periódicos Biomédicos”, publicada na
Revista de Saúde Pública 1999;33(1). No que couber e para efeito de
complementação das informações, recomenda-se consultar esse citado documento.
A Revista de Saúde Pública é um periódico especializado, internacional,
aberto à contribuições da comunidade científica nacional e internacional, arbitrada e
distribuída a leitores do Brasil e de vários outros países.
Tem por finalidade publicar contribuições científicas originais sobre temas
relevantes para a saúde pública, seja no âmbito do País, seja no âmbito
internacional.
Os manuscritos devem destinar-se exclusivamente à Revista de Saúde
Pública, não sendo permitida sua apresentação simultânea a outro periódico, tanto
do texto, quanto de figuras ou tabelas, quer na íntegra ou parcialmente, executando-
se resumos ou relatórios preliminares publicados em anais de reuniões
científicas.O(s) autor(s) deverá (ão) assinar e encaminhar declaração de acordo com
o modelo no Anexo.
Os manuscritos poderão ser encaminhados em português, em inglês ou em
espanhol, em quatro vias para o Editor Científico.
Os manuscritos publicados são de propriedade da Revista, vedada tanto a
produção mesmo que parcial em outros periódicos, como a tradução para outro
idioma sem a autorização do Conselho de Editores. Desta forma, todos os trabalhos,
quando submetidos à publicação, deverão ser acompanhados de documentos de
118
transferência de direitos autorais, contendo assinatura de cada um dos autores, cujo
modelo está no Anexo.
CATEGORIA DE ARTIGOS
Além dos artigos originais, os quais têm prioridade, a Revista de Saúde
Pública publica revisões, atualizações, notas e informações, cartas ao editor,
editoriais, além de outras categorias de artigos.
Artigos Originais – São contribuições destinadas a divulgar resultados de pesquisa
original inédita, que possam ser replicados e/ou generalizados. Devem ter a
objetividade como princípio básico. O autor deve deixar claro quais as questões que
pretende responder
• Devem ter de 2.000 a 4.000 palavras, excluindo tabelas, figuras e referências.
• As tabelas e figuras devem ser limitadas a cinco no conjunto, recomendando-
se incluir apenas os dados imprescindíveis, evitando-se tabelas muito longas, com
dados dispersos e de valor não representativo. Quanto às figuras, não são aceitas
aquelas que repetem dados de tabelas.
• As referências Bibliográficas estão limitadas a 15, devendo incluir aquelas
estritamente pertinentes à problemática abordada, havendo, todavia, flexibilidade.
Deve-se evitar a inclusão de número excessivo de referências numa mesma citação.
A estrutura dos artigos é a convencional: Introdução, Métodos, Resultados e
Discussão, embora outros formatos possam ser aceitos. A Introdução deve ser
curta, definindo o problema estudado, sintetizando sua importância e destacando as
lacunas do conhecimento (“estado da arte”) que serão abordados no artigo. Os
Métodos empregados, a população estudada, a fonte de dados e critérios de
119
seleção, dentre outros, devem ser descritos de forma compreensiva e completa, mas
sem prolixidade. A seção de Resultados deve se limitar a descrever os resultados
encontrados sem incluir interpretações/comparações. O texto deve complementar e
não repetir o que está descrito em tabelas e figuras. Devem ser separados da
discussão. A Discussão deve começar apreciando as limitações do estudo, seguida
da comparação com a literatura e da interpretação dos autores, extraindo as
conclusões e indicando os caminhos para novas pesquisas.
Revisões - Avaliação crítica sistematizada da literatura sobre determinado assunto,
devendo conter conclusões. Devem ser descritos os procedimentos
adotados,esclarecendo a delimitação e limites do tema. Sua extensão é de 5.000
palavras.
Atualizações – São trabalhos descritivos e interpretativos baseados na literatura
recente sobre a situação global em que se encontra determinado assunto
investigativo. Sua extensão deve ser de 3.000 palavras.
Notas e Informações- São relatos curtos decorrentes de estudos originais ou
avaliativos. Podem incluir também notas preliminares de pesquisa, contendo dados
inéditos e relevantes para a saúde pública.
• Devem ter de 800 a 1.600 palavras(excluindo tabelas, figuras e
referências) uma tabela/figura e 5 referências.
• Sua apresentação deve acompanhar as mesmas normas exigidas
para artigos originais.
Cartas ao Editor – Inclui cartas que visam a discutir artigos recentes publicados na
revista ou relatar pesquisas originais ou achados científicos significativos. Não
devem exceder a 600 palavras e 5 referências.
120
AUTORIA
O conceito de autoria está baseado na contribuição substancial de cada uma
das pessoas listadas como autores, no que se refere, sobretudo à concepção do
projeto de pesquisa, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
Manuscritos com mais de 6 autores devem ser acompanhados com por declaração
certificando explicitamente a contribuição de cada um dos autores elencados (ver
modelo anexo). Não se justifica a inclusão de nome de autores cuja contribuição não
se enquadre nos critérios acima, podendo, neste caso, figurar na seção
“Agradecimentos”. A indicação dos nomes dos autores logo abaixo do título do artigo
é limitada a 12; acima deste numero, os autores são listados no rodapé da página.
Cada manuscrito deve indicar o nome de um autor responsável pela
correspondência com a Revista, e seus respectivos endereço, incluindo telefone, fax
e e-mail.
PROCESSO DE JULGAMENTO DOS MANUSCRITOS
OS MANUSCRITOS SUBMETIDOS À Revista, que atenderem às “instruções
aos autores” e que se coadunem com a sua política editorial, são encaminhados aos
Editores Associados que considerarão o mérito científico da contribuição. Aprovados
nesta fase, os manuscritos são encaminhados aos relatores previamente
selecionados pelos Editores associados.
Cada manuscrito é enviado para três relatores de reconhecida competência
na temática abordada.
O anonimato é garantido durante todo o processo de julgamento. A decisão
sobre aceitação é tomada pelo Conselho de Editores. Cópias de pareceres são
encaminhados aos autores e relatores, estes por sistema de trocas entre eles.
121
Manuscritos recusados –Manuscritos não aceitos não serão devolvidos, a menos
que sejam solicitados pelos respectivos autores no prazo de até seis meses.
Manuscritos recusados, mas com possibilidade de reformulação, poderão retornar
como novo trabalho, iniciando outro processo de julgamento.
Manuscritos aceitos - Manuscritos aceitos ou aceitos sob condição poderão
retornar aos autores para aprovação de eventuais alterações no processo de
editoração e normalização de acordo com o estilo da Revista.
PREPARO DOS MANUSCRITOS
• Os manuscritos devem ser preparados de acordo com as “Instruções aos
autores” da Revista.
• Os manuscritos devem ser digitados em uma só face, com letra arial, corpo
12, em folha de papel branco, tamanho ofício, mantendo margens laterais de 3cm,
espaço duplo, em todo o texto, incluindo página de identificação, resumos,
agradecimentos, referências e tabelas.
• Cada manuscrito deve ser enviado em 4 vias. Quando aceitos para publicação
deve ser encaminhada uma cópia impressa do manuscrito e uma em disquete 3/2,
programa Word 95/97.
• Todas as páginas devem ser numeradas a partir da página de identificação.
Página de Identificação – Deve conter: a)Título do artigo, que deve ser conciso e
completo, evitando palavras supérfluas. Recomenda-se começar pelo termo que
represente o aspecto mais importante do trabalho, com os demais termos em ordem
decrescente de importância. Deve ser apresentada a versão do título para o idioma
inglês. b) Indicar no rodapé da página o título abreviado, com até 40 caracteres,
122
para fins de legendas nas páginas impressas. c) Nome e sobrenome de cada autor
pelo qual é conhecido na literatura. d) Instituição a que cada autor está afiliado,
acompanhado do respectivo endereço. e) Nome do departamento e da instituição no
qual o trabalho foi realizado. f) Nome e endereço do autor responsável para troca de
correspondência, incluso e-mail, fone e fax. g) Se foi subvencionado, indicar o tipo de
auxílio, o nome da agência financiadora e o respectivo número do processo. h)Se foi
baseado em tese, indicar o título, ano e instituição onde foi apresentado. i) Se foi
apresentado em reunião científica, indicar o nome do evento, local e data da
realização.
Resumo e Descritores – Os manuscritos para as seções Artigos Originais,
Revisões, Atualização e similares devem ser apresentados contendo dois resumos,
sendo um em português e outro em inglês. Quando o manuscrito foi escrito em
espanhol deve ser acrescentado resumo nesse idioma. Para os artigos originais os
resumos devem ser apresentados no formato estruturado com até 250 palavras,
destacando o principal objetivo e os métodos básicos adotados, informando
sinteticamente local, população e amostragem da pesquisa; apresentando os
resultados mais relevantes, quantificando-os e destacando sua importância
estatística; apontando as conclusões mais importantes, apoiadas nas evidências
relatadas, recomendando estudos adicionais, quando for o caso. Para as demais
seções, o formato dos resumos deve ser o narrativo, com até 150 palavras.
Basicamente deve ser destacado o objetivo , os métodos usados para levantamento
das fontes de dados, os critérios de seleção dos trabalhos incluídos, os aspectos
mais importantes discutidos e as conclusões mais importantes e suas aplicações.
Abreviaturas e siglas devem ser evitadas; citações bibliográficas não devem ser
123
incluídas em qualquer um dos dois tipos. Descritores devem ser indicados entre 3 a
10, extraídos do vocabulário “Descritores em Ciências da Saúde”(LILACS), quando
acompanharem os resumos em português, e do Medical Subject Headings (Mesh),
quando acompanharem os “Abstracts”. Se não forem encontrados descritores
disponíveis para combinarem a temática do manuscrito, poderão ser indicados
termos ou expressões de uso conhecido.
AGRADECIMENTOS
Contribuições de pessoas que prestaram colaboração intelectual ao trabalho
como assessoria científica, revisão crítica da pesquisa, coleta de dados entre outras,
mas que não preencham os requisitos para participar de autoria, devem constar dos
“Agradecimentos” desde que haja permissão expressa dos nomeados. Também
podem constar desta parte agradecimentos e instituições pelo apoio econômico,
material ou outros.
REFERÊNCIAS
As referências devem ser ordenadas alfabeticamente, numeradas e
normalizadas de acordo com o estilo Vancouver (RSP,vol33(1)1999). Os títulos de periódicos
devem ser referidos de forma abreviada, de acordo com o Index Medicus, e grifados.
Publicações com 2 autores até o limite de 6 citam-se todos; acima de 6 autores, cita-se o
primeiro seguido da expressão latina et al. Disponível em URL:http//www.fsp.usp.br/ rsp
TABELAS
Devem ser apresentadas em folhas separadas, numeradas consecutivamente com
algarismos arábicos, na ordem em que forem citados no texto. A cada uma deve-se atribuir
um título breve, não se utilizando traços internos horizontais ou verticais. As notas
explicativas devem ser colocadas no rodapé das tabelas e não no cabeçalho ou título. Se
124
houver tabelas extraídas de outros trabalhos, previamente publicados, os autores devem
providenciar permissão, por escrito, para a reprodução das mesmas. Esta autorização deve
acompanhar os manuscritos submetidos à publicação. Tabelas consideradas adicionais pelo
editor não serão publicadas, mas poderão ser colocadas à disposição dos leitores, pelos
respectivos autores, mediante nota explicativa. Quadros são identificados como Tabelas,
seguindo uma única numeração em todo o texto.
FIGURAS – As ilustrações (fotografias), desenhos, gráficos, etc,citadas como figuras, devem
estar desenhadas e fotografadas por profissionais.
Mais informações: Disponível em URL:http//www.fsp.usp.br
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